IFE Diário 6.181
Regulação
GESEL no ABDIB FÓRUM 2025
No dia 5 de junho, Nivalde de Castro, professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL, participará do ABDIB FÓRUM 2025 – “Infraestrutura: Caminho para o Desenvolvimento Sustentável”, que acontecerá no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília, a partir das 9h. O evento é realizado pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB). Nivalde será um dos palestrantes do painel “Regulação do Setor Elétrico e Transição Energética”, programado para acontecer das 16h40 às 18h. Também participam do mesmo painel como palestrantes, Alexandre Silveira (Ministro de Minas e Energia), Sandoval Feitosa (Diretor-Geral da ANEEL), Arnaldo Jardim (Deputado Federal) e representantes de empresas associadas. O ABDIB FÓRUM 2025 tem como proposta reunir autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, executivos das principais empresas do setor, além de lideranças e especialistas em um conjunto de painéis temáticos para a construção de uma agenda de ações com vistas ao estímulo dos investimentos no setor, fundamental para o aumento da competitividade e retomada do crescimento econômico. (GESEL-IE-UFRJ – 14.05.2025)
MME prorroga consulta pública sobre aversão a risco em modelos do setor elétrico
O Ministério de Minas e Energia (MME) estendeu em 10 dias o prazo da consulta pública que discute critérios para alterações no nível de aversão a risco nos modelos computacionais do setor elétrico, como Newave, Decomp e Dessem. A proposta, analisada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), visa definir regras para ajustes nesses parâmetros, que influenciam a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) e impactam preços e armazenamento de energia. Originalmente com prazo até 12 de maio, as contribuições agora podem ser enviadas até 22 de maio. A medida busca maior participação de agentes do setor na definição de variáveis críticas para a segurança energética do país. (Broadcast Energia - 13.05.2025)
Conta de luz pode cair até 16% em 2025 com eliminação de subsídios
Um estudo da TR Soluções indica que a conta de luz dos consumidores residenciais brasileiros poderia cair até 16% em 2025 se todos os subsídios tarifários e custos adicionais, como os da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fossem eliminados. A CDE, que custará R$ 39,6 bilhões em 2025 e é integralmente paga pelos consumidores, financia políticas como a tarifa social e a geração de energia em áreas isoladas. Se apenas os subsídios essenciais (como a tarifa social e a CCC) forem mantidos, a redução seria de 7,3%. Medidas adicionais, como a revisão da tarifa de Itaipu e o rateio da energia das usinas nucleares Angra 1 e 2, poderiam ampliar a queda para até 21,1% no Sul. Especialistas alertam, porém, que muitas dessas despesas têm função social e que não há força política para eliminar todos os subsídios. O crescimento da geração distribuída (como painéis solares), isenta de vários encargos até 2045, já representa o maior subsídio do setor, com impacto estimado de 4,8% nas tarifas em 2024. (Valor Econômico - 14.05.2025)
Veto à lei das eólicas offshore pode elevar tarifas de energia no Norte
Os vetos aos chamados "jabutis" da lei que regula a geração de energia eólica offshore podem aumentar as contas de luz em 9%, segundo a Abradee. O Pará será o estado mais afetado, com um reajuste de R$19,45 por MWh, seguido por Mato Grosso do Sul, Alagoas, Rio de Janeiro e Amazonas. O impacto total para os consumidores pode chegar a R$545 bilhões, equivalente a 25 anos de bandeira vermelha 2. (Folha de São Paulo – 12.05.2025)
ONS: Aneel aprova prazo de 30 meses para implementação de sistema de liquidação do EUST
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o cronograma que autoriza o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a implementar, em até 30 meses, um sistema computacional para apoiar a liquidação financeira dos Encargos de Uso do Sistema de Transmissão (EUST). O período autorizado passou a contar desde de 1º de janeiro de 2025. A decisão foi tomada em 13 de maio, durante a 16ª reunião ordinária da diretoria da Aneel. Inicialmente, o cronograma apresentado pelo ONS foi considerado incompleto, pois previa apenas 205 dias úteis para definir a solução e elaborar uma proposta orçamentária, sem detalhar o prazo total de implementação da plataforma. Diante da falta de marcos e prazos claros no plano original, a Superintendência de Regulação dos Serviços de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica (STD) exigiu um novo cronograma. Em resposta, o ONS acrescentou 24 meses ao prazo inicial, totalizando os 30 meses aprovados, o que foi considerado razoável pela diretora relatora do projeto, Ludimila da Silva, ante a complexidade associada. Além disso, a Aneel determinou que o ONS apresente entregas parciais da solução em marcos trimestrais, permitindo o acompanhamento contínuo do progresso pela STD. (Agência CanalEnergia - 13.05.2025)
Aneel debate legalidade em novo estatuto da CCEE após pedido de vista
O diretor da Aneel, Fernando Mosna, pediu vista no processo sobre o novo estatuto da CCEE, alegando ilegalidade na distribuição de votos em assembleia geral, que, segundo ele, só pode ser definida pela "Convenção de Comercialização". Em novembro de 2024, a Aneel havia negado a homologação do estatuto devido a irregularidades, como restrições a envolvimento político de membros e limites à recondução de conselheiros (apenas uma vez, contra duas permitidas por decreto). O ministro Alexandre Silveira pressionou por celeridade, alertando para os riscos ao funcionamento da CCEE. O relator Ricardo Tili votou pela homologação, entendendo que as falhas foram corrigidas, mas o pedido de vista adia a decisão sem prazo definido. O impasse persiste sobre a conformidade legal do texto. (Broadcast Energia - 13.05.2025)
Aneel recomenda cancelar cinco concessões do Grupo MEZ por descumprimento contratual
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recomendou ao Ministério de Minas e Energia (MME) a caducidade de cinco concessões do Grupo MEZ Energia, responsável por projetos em São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A relatora Agnes da Costa apontou descumprimento de obrigações, como atrasos na implantação de obras e falhas não sanadas. Entre os contratos afetados estão linhas de transmissão para suprir demandas no sul de MS e áreas industriais de SP. A MEZ alegou dificuldades como a pandemia, a guerra na Ucrânia (que elevou custos) e "exigências excessivas", mas a Aneel considerou os argumentos insuficientes para justificar revisões. A decisão final cabe ao MME, que analisará a discricionariedade do caso. (Broadcast Energia - 13.05.2025)
Transição Energética
Brasil e Rússia discutem parceria em urânio e reatores nucleares modulares
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que Brasil e Rússia iniciarão negociações para parcerias em mineração de urânio e desenvolvimento de pequenos reatores modulares (SMRs). A decisão surgiu após reuniões com o presidente russo Vladimir Putin, que ordenou à estatal Rosatom acelerar um acordo com o Brasil. Silveira destacou que os SMRs são essenciais para atender à demanda energética de data centers e indústrias eletrointensivas, além de reforçar a segurança do sistema elétrico. O Brasil, sexto maior produtor mundial de urânio, busca ampliar o mapeamento de suas reservas (apenas 26% conhecidas) e dominar a produção de combustível nuclear. A cooperação incluirá transferência de tecnologia russa para usos pacíficos, gestão de resíduos recicláveis e possível substituição de térmicas poluentes. O governo também planeja retomar Angra 3 e expandir a energia nuclear como fonte limpa e estratégica para o futuro. (Petronotícias – 12.05.2025)
Petrobras mantém transição energética nos planos apesar da queda do petróleo
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que, apesar da necessidade de redução de custos e simplificação de projetos devido à queda na cotação do petróleo, a transição energética continua nos planos da estatal. A empresa estuda reestruturar a área de gás, transferindo parte das atividades para a diretoria de refino após a saída de Mauricio Tolmasquim. Chambriard também expressou preocupação com os preços dos combustíveis em postos com a marca Petrobras, destacando que a empresa perdeu o controle direto sobre a ponta após a privatização da BR Distribuidora, agora Vibra Energia. Mesmo com a nova política comercial e preços abrasileirados, ela garantiu que a Petrobras segue gerando lucro. (Valor Econômico - 13.05.2025)
EPE e Abiquim iniciam estudo sobre o potencial do etanol para o setor petroquímico nacional
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) deram início a um estudo conjunto para avaliar as oportunidades associadas ao uso do etano como matéria-prima para a produção de petroquímicos no Brasil. A reunião de abertura foi realizada no dia 8 de maio, na sede da EPE. O objetivo principal é analisar a disponibilidade de etanol no mercado nacional e faixas de preços viáveis para seu uso como insumo principal em um cracker de eteno. (EPE – 13.05.2025)
LBDS critica métodos de produção de biocombustíveis no Brasil e defende maior eficiência
A LBDS, líder global em biotecnologia para biocombustíveis, alerta que o Brasil deve priorizar a eficiência na conversão de amido em etanol, e não apenas aumentar a moagem de grãos. A empresa destaca que 80% do custo do etanol de cereais está na matéria-prima, exigindo tecnologias que reduzam perdas e otimizem a produção. Fernanda Firmino, vice-presidente da LBDS, afirma que fermentações com altos sólidos só são viáveis com infraestrutura adequada, caso contrário, comprometem a rentabilidade. A empresa também aponta desafios como fermentações prolongadas, que reduzem a produtividade. Com juros altos pressionando custos, a LBDS defende maximizar a extração de etanol por tonelada processada, usando leveduras de alta performance, que elevam a produtividade em 6% e as margens operacionais. Presente em quase metade do mercado brasileiro, a empresa busca expandir sua atuação com soluções integradas. (Petronotícias – 12.05.2025)
Empresas de energia limpa dos EUA avaliam migração após cortes de Trump
Com a mudança de governo nos EUA e os cortes no financiamento à energia limpa pela administração Trump, várias empresas de tecnologia limpa que antes recebiam apoio durante o mandato de Joe Biden estão considerando transferir suas operações para fora do país, segundo Jigar Shah, ex-diretor do programa de empréstimos do Departamento de Energia. Shah, que foi fundamental na seleção de cerca de 400 empresas para subsídios e empréstimos, tem dialogado com autoridades europeias sobre a realocação dessas empresas. A União Europeia e o Reino Unido veem a situação como uma oportunidade para atrair essas companhias e seus especialistas, oferecendo pacotes de incentivo financeiro e infraestrutura. Enquanto isso, produtores europeus enfrentam dificuldades diante da concorrência chinesa e da queda de preços, levando a UE a preparar um novo plano de apoio ao setor. (Valor Econômico - 13.05.2025)
Reino Unido cria força-tarefa para impulsionar energia marinha
O governo britânico anunciou a formação de uma força-tarefa para acelerar o desenvolvimento da energia das ondas e marés no Reino Unido. Liderado pela indústria, o grupo identificará obstáculos, estimará investimentos e criará um plano estratégico para expandir o setor. O subsecretário de energia, Michael Shanks, destacou o potencial da energia marinha, citando £292 milhões em investimentos e 429 empregos gerados no País de Gales. A meta é alcançar mais de 130 MW de capacidade de marés até 2029, com apoio contínuo à energia eólica offshore e P&D para ondas. A Marine Energy Council publicará as conclusões, que guiarão políticas públicas. Jay Sheppard, da Marine Energy Wales, celebrou a iniciativa como um passo crucial para superar desafios e atrair investimentos, beneficiando comunidades costeiras. A medida reforça o compromisso do Reino Unido com energias renováveis marinhas. (Petronotícias – 13.05.2025)
Crise Climática
Eventos climáticos extremos já causaram US$ 2 tri em prejuízos desde 2014
Entre 2014 e 2023, eventos climáticos extremos causaram US$ 2 trilhões em prejuízos à economia global, com expectativa de que esses custos anuais possam chegar a até US$ 3,1 trilhões até 2050, caso não haja controle das emissões. Diante desse cenário, o Bank for International Settlements (BIS), que reúne 63 bancos centrais, incluindo o do Brasil, decidiu intensificar a análise dos riscos financeiros associados às mudanças climáticas e propôs uma estrutura de divulgação voluntária sobre o tema. Apesar da resistência dos EUA, o movimento visa orientar decisões financeiras e estimular a transição energética, especialmente em países em desenvolvimento. Estudo recente aponta que apenas 111 empresas de combustíveis fósseis foram responsáveis por US$ 28 trilhões em danos causados pelo calor extremo entre 1991 e 2020, sendo cinco delas responsáveis por um terço desse valor. (Agência Eixos – 13.05.2025)
Empresas
Petrobras: Lucro cresce 48,6% e vai a R$ 35,2 bi no 1° tri 2025
A Petrobras compartilhou as demonstrações financeiras de sua operação no primeiro trimestre de 2025. A companhia encerrou o período com lucro líquido de R$ 35,2 bilhões, o que representa um crescimento de 48,6% em relação ao mesmo período de 2024. O EBTIDA ajustado somou R$ 61 bilhões (+1,7%) e a receita de vendas atingiu R$ 126,1 bilhões (+4,6%). Apesar do desempenho positivo geral, o segmento de Gás, Energia e Baixo Carbono registrou prejuízo de R$ 244 milhões, revertendo o lucro de mais de R$ 1,7 bilhão do ano anterior. A queda nesse setor foi atribuída à redução nas vendas de gás natural e à baixa nos preços tanto do gás (-16,4%) quanto da energia elétrica (-20,9%). Quanto aos investimentos da petroleira, o volume realizado somou US$ 4 bilhões (+33,6%). A maior parte foi direcionada ao setor de Exploração & Produção (US$ 3,5 bilhões), com destaque para o avanço de projetos. O segmento de Refino, Transporte e Comercialização recebeu US$ 400 milhões, enquanto Gás, Energia e Baixo Carbono teve o menor aporte, com R$ 55 milhões. Além disso, a receita com energia elétrica aumentou alcançando R$ 810 milhões (+28,4%), ao passo que a venda de gás ficou em R$ 5,2 bilhões (-21,1%). Já a dívida líquida subiu 28,4%, indo a US$ 56 bilhões, elevando a alavancagem da companhia para 1,45 vez. (Agência CanalEnergia - 13.05.2025)
Petrobras: Pagamento de R$ 11,72 bi em dividendos e JCP é aprovado
A Petrobras aprovou o pagamento de R$ 11,72 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) intercalares, equivalente a R$ 0,90916619 por ação ordinária e preferencial em circulação, como antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2025. O pagamento será efetuado em duas parcelas. A primeira, de R$ 0,45458310 por papel, será paga em 20 de agosto sob JCP, e a segunda, de R$ 0,45458309 por ação, em 22 de setembro, sendo R$ 0,30844749 sob a forma de dividendos e R$ 0,14613560 sob JCP. Conforme comunicado, o movimento está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas vigente, que prevê que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo de definido no plano de negócios em vigor (atualmente US$ 75 bilhões), e observadas as demais condições da Política, a empresa deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre. (Agência CanalEnergia - 13.05.2025)
Agência autoriza descruzamento de ativos entre Copel e Eletrobras
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta terça-feira, 13/04, o descruzamento de ativos por Copel e Eletrobrás em dezembro do ano passado. Com a iniciativa, a Copel Geração e Transmissão (Copel GeT), subsidiária integral da empresa paranaense, receberá 40% da participação da Eletrobras na usina hidrelétrica Mauá e 40,9% da Eletrobras na transmissora Mata de Santa Genebra, passando a deter 100% dos dois ativos. Já a Eletrobras receberá a participação integral da Copel GeT na usina hidrelétrica Colider. A operação já havia sido aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em janeiro deste ano. (Broadcast Energia – 13.05.2025)
Itaipu: Anúncio de investimentos na UTFPR e convênio sobre plantas medicinais
A Itaipu Binacional firmou um convênio com foco no fortalecimento da produção e consumo de plantas medicinais, voltado especialmente para agricultores familiares e comunidades vulneráveis da região de Medianeira, no oeste do Paraná. A parceria com o Centro de Saúde Popular Yanten integra o programa Itaipu Mais que Energia e prevê ações de formação, além de visitas técnicas, workshops e produção de materiais educativos. O projeto tem vigência de dois anos, terá um investimento superior a R$ 1 milhão, sendo a maior parte financiada pela Itaipu. Paralelamente, a binacional também anunciou investimentos em infraestrutura no campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em Medianeira, onde será construído o Centro de Pesquisa e Inovação (CPInova) dentro do Parque Científico e Tecnológico (CienTech). Neste convênio, que envolve - além da UTFPR - o Itaipu Parquetec e a Fundação de Apoio à Universidade (Funtef-PR), é previsto o aporte total de R$ 20 milhões da Itaipu e a contrapartida de R$ 4,3 milhões da universidade. (Agência CanalEnergia - 13.05.2025)
Agência propõe aumento de 11,65% na tarifa da EDP Espírito Santo em 2025
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu consulta pública para revisão tarifária da EDP Espírito Santo, propondo um reajuste médio de 11,65% a partir de agosto de 2025. O período de contribuições vai até 27 de junho, com audiência pública marcada para 5 de junho. O ajuste considera dois grupos de custos: a "Parcela A" (compra de energia, transmissão e encargos setoriais), que subirá 5,21%, e a "Parcela B" (distribuição), com alta de 2,67%. Além disso, fatores financeiros acrescentam 3,78% ao reajuste total. A decisão final será tomada após análise das participações da sociedade. O aumento reflete os custos operacionais e investimentos do setor elétrico, impactando os consumidores capixabas. (Broadcast Energia - 13.05.2025)
Pedido de vista em processo que pode impactar dívida da Light em R$ 5,4 bi até 2026
A diretora da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Ludimila Lima da Silva, pediu vista em processo sobre o impacto de perdas não técnicas, como furtos de energia, para a Light Serviços de Distribuição no ciclo de 2022 a 2026. Conforme a apresentação feita na reunião pública de hoje, hå risco de a dívida total da empresa aumentar de R$ 8,1 bilhões para R$ 11,5 bilhões, oυ seja, em R$ 5.4 bilhões. O caso envolve um pedido da Light para a reavaliação dos parâmetros regulatórios de perdas não técnicas estabelecidos na Revisão Tarifária Periódica (RTP) de 2022. Na ocasião foram fixados os percentuais máximos de repasse dessas perdas de energia no ciclo 2022 a 2026. A empresa pediu alteração dos percentuais. (Broadcast Energia - 13.05.2025)
Cemig: Aumento de 15% nos aportes de manutenção preventiva para resiliência da rede em 2025
A Cemig anunciou que vai intensificar as ações de manutenção preventiva em todos os 774 municípios da sua área de concessão, visando, sobretudo, aumentar a resiliência da rede de distribuição durante o período chuvoso. Para tanto, a companhia irá destinar cerca de R$ 360 milhões, valor que supera em 15% o realizado para esta rubrica em 2024. As ações previstas incluem 835 mil podas de árvores, providenciar a limpeza de mais de 50 mil km de linhas, vistoriar a rede de média tensão e substituir milhares de equipamentos, como cruzetas, postes, isoladores e para-raios. Segundo a empresa, no período chuvoso é possível realizar maior volume de manutenções e trabalhar na rede elétrica de forma preventiva, inclusive utilizando equipes especializadas de linha viva, que atuam com o sistema elétrico ligado. Mirando aproveitar ao máximo essa lacuna, a Cemig afirmou que os mutirões foram intensificados em várias cidades, com centenas de profissionais. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)
Fitch reafirma notas de crédito da Energisa com perspectiva estável
A Fitch Ratings reafirmou as notas de crédito da Energisa em “BB+” para moedas estrangeira e local, e “AAA(bra)” em classificação nacional, com perspectiva estável, destacando a sólida posição financeira da empresa e de suas 11 subsidiárias. Segundo os analistas, o grupo possui uma carteira de concessões diversificada e lucrativa no setor elétrico brasileiro, o que garante robusta geração de caixa e flexibilidade financeira suficiente para lidar com fluxos de caixa livres negativos e amortizações futuras. A avaliação também considera os fortes incentivos legais para que a holding apoie suas subsidiárias, se necessário.(Valor Econômico - 13.05.2025)
EMAE: Conquista da maior nota de crédito da Fitch Ratings após desestatização
A agência de classificação de risco Fitch Ratings atribuiu a classificação “AAA(bra)” – maior nota corporativa possível - para o rating Inicial Nacional Privado de Longo Prazo da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE). Segundo a Fitch, o rating reflete a elevada previsibilidade da receita e EBITDA da companhia, decorrente da comercialização de 89% de sua energia assegurada através do regime de cotas, no qual a empresa recebe uma receita anual de geração (RAG) ajustada pelo IPCA até o final das concessões, em 2042. Tal cenário, na avaliação da agência, isenta a empresa do risco volumétrico/hidrológico, uma vez que a receita é baseada na disponibilidade da potência das usinas, e não na energia gerada. A decisão de contratar o rating foi tomada pela nova administração da companhia, após a desestatização em outubro de 2024. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)
TSEA: Nova diretoria financeira
A TSEA energia anunciou a chegada de Gustavo Murgel como novo Diretor Financeiro (CFO), em substituição Paulo Carneiro, que encerra sua trajetória após seis anos de atuação na empresa. Murgel é formado pela EAESP-FGV e possui mais de 40 anos de experiência no setor financeiro, com passagens por instituições como ING, Santander, Itaú e FRAM, onde ocupou posições de liderança estratégica. O CEO da companhia, José Roberto Reynaldo, apreciou a capacidade do novo executivo em tomar decisões e destacou que a corporação pode expandir a relevância e os resultados de cada uma das suas unidades de negócio, inclusive no mercado norte-americano. (Agência CanalEnergia - 13.05.2025)
Siqueira Castro: Chegada de nova sócia para a área de energia
O escritório de advocacia Siqueira Castro anunciou a chegada da advogada Daniela Afonso como nova sócia da prática de Energia. Com mais de 15 anos de atuação no setor elétrico, a executiva tem experiência em regulação do setor, desenvolvimento de projetos e estruturação de investimentos. Daniela é mestre e bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e possui especialização em Regulação do Setor Elétrico pela IE Business School. E, ao longo da carreira, assessorou empresas nacionais e multinacionais, como a SPIC Brasil, em projetos de grande impacto para a cadeia setorial. Segundo o escritório, a entrada da executiva fortalece a capacidade da SC de assessorar clientes que enfrentam um cenário jurídico em constante evolução, impulsionado pela agenda global de descarbonização e por soluções energéticas sustentáveis. (Agência CanalEnergia - 13.05.2025)
Mobilidade Elétrica
Vendas de veículos eletrificados crescem 6,6% no 1º quadrimestre de 2025
No primeiro quadrimestre de 2025, as vendas de veículos leves eletrificados no Brasil cresceram 6,6% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando 54,6 mil unidades, segundo a ABVE. Em comparação a 2023, o avanço foi de 180%, impulsionado pela maior oferta de modelos e novos fabricantes. Os híbridos plug-in (PHEV) lideraram as vendas, com 50% do total, refletindo a preferência do consumidor por sua eficiência e autonomia frente à infraestrutura de recarga limitada no país. Apesar do crescimento anual, houve uma queda de 2,9% nas vendas em abril em relação ao mesmo mês de 2024, influenciada por mais feriados e por mudanças na metodologia da ABVE, que passou a excluir os micro-híbridos (MHEV) da contagem. (Agência Eixos – 13.05.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
CCEE: PLD segue com descolamento entre submercados; Sul tem maiores valores do dia
O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) dos submercados Nordeste e Norte segue no piso regulatório de R$ 58,60 por megawatt-hora (MWh) desta terça-feira, 13/04, descolado do PLD Sudeste/Centro-Oeste e Sul. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) O Sul registra o maior valor médio diário, de R$238,20 por MWh. Neste submercado, a máxima intradiária é de R$320,42 por MWh, às 19h, e a mínima é de R$58,60 por MWh, das 02h às 04h e às 12h. No Sudeste Centro-Oeste, principal centro de carga do País, a média diária é de R$ 203,94 por MWh, com máxima de R$ 310,11 por MWh, às 18h, e a mínima de R$ 58,60 por MWh, das 02h às 04h e das 10h às 13h. (Broadcast Energia - 13.05.2025)
Região Norte aumentou 0,1 p.p e opera com 97,8% da capacidade
A Região Norte apresentou aumento de 0,1 ponto percentual, no último domingo, 11 de maio, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O subsistema está operando com 97,8% da capacidade. A energia armazenada mostra 14.967 MW mês e a ENA aparece com 15.800 MW med, o mesmo que 59% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 9,15%. O subsistema do Nordeste teve queda de 0,1 p.p e opera com 76% da sua capacidade. A energia armazenada indica 39.266 MW mês e a energia natural afluente computa 3.972 M MW med, correspondendo a 60% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 69,43%. O Sudeste/Centro-Oeste teve níveis estáveis e está com 70,2%. A energia armazenada mostra 143.729 MW mês e a ENA aparece com 33.231 MW med, o mesmo que 84% da MLT. Furnas admite 68,80% e a usina de Itumbiara marca 87,83%. A Região Sul cresceu 0,1 p.p e está operando com 36,9% da capacidade. A energia armazenada marca 7.540 MW mês e ENA é de 2.970 MW med, equivalente a 27% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 42,65% e 44,16% respectivamente. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)
ONS informa ligação de LT que estava indisponível no Pará
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou em seu boletim diário, IPDO, que às 15h24, da última segunda-feira, 12 de maio, foi ligada a linha de transmissão 230 kV Vila do Conde/Tomé-Açu C2, no estado do Pará, que se encontrava indisponível desde o dia 08 de maio, devido à queda de torres. (Agência CanalEnergia - 13.05.2025)
Inovação e Tecnologia
Ministro Silveira se reuniu com Tik Tok por Data Center de R$ 50 bi
O ministro Alexandre Silveira revelou que ontem, dia 13 de maio, ocorreu a reunião com a rede social de vídeos chinesa Tik Tok, visando investimento de R$ 50 bilhões no Brasil. Esse movimento de capital seria em um Data Center no estado do Ceará, no Porto de Pecém. Segundo o ministro, há uma forte intenção do governo em estimular esse desenvolvimento, tanto do membro federal quanto do estadual. Ademais, por uma questão de compliance dos players de Data Centers, a energia usada deverá ser renovável. Por fim, ele expõe o aval Russo para o desenvolvimento de SMRs para o Brasil, atuando em parceria neste segmento. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)
Casa dos Ventos otimiza análise de contratos através da plataforma C3
A Casa dos Ventos desenvolveu a plataforma C3, uma solução de IA concebida a partir da plataforma Vertex AI, do Google Cloud, e visa automatizar o mapeamento de obrigações contratuais. Como resultado, a desenvolvedora de projetos de geração diminuiu o tempo médio necessário para análise de contratos complexos em 80%, de 40 para 8 minutos por acordo. Atualmente, quase 1 mil contratos já foram incorporados, além de mais de 8 mil obrigações mapeadas. A tecnologia preenche automaticamente alguns campos de classificação, assim elevando a eficiência operacional. Ademais, a companhia destacou também a aplicação da IA na operação comercial de energia. Assim, com os dados, eles desenvolvem uma melhor previsão e decisões estratégicas considerando o tempo e o preço de mercado, obtendo uma maior previsibilidade para os contratos e expectativas. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)
Energias Renováveis
GreenYellow conclui instalação de 31 MW solares
A GreenYellow colocou em operação no segundo semestre de 2024 mais 16 usinas fotovoltaicas em 13 cidades de nove estados das regiões Centro-Oeste, Sul, Sudeste e Norte do país. O financiamento contou com recursos do Finem (R$ 126 milhões) e Fundo Clima (R$ 30 milhões), aprovados no ano passado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As usinas de miniferação reúnem, 31 MWAC em potência. Segundo BNDES, a iniciativa deve representar 844 mil toneladas CO2 a menos na atmosfera ao longo de 30 anos de vida útil dos empreendimentos. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)
Genial Solar atinge montante de 14 parques em operação
A Genial Solar inaugurou mais duas usinas fotovoltaicas no Rio de Janeiro, dessa vez em Casimiro de Abreu e Barra do Piraí. A UFV Casimiro possui 6,6 MWp e capacidade de geração anual de 12,5 GWh, além de possuir uma estrutura de fixação dos módulos com rastreadores. É a primeira da empresa conectada à distribuidora Enel RJ. Já a UFV Ipiabas, que admite 6,5 MWp e 9,8 GWh de capacidade em geração anual, está na concessão da Light, onde a companhia possui outros ativos. Com os dois novos empreendimentos, o montante atinge 14 parques em operação. A empresa espera ter mais 10 usinas conectadas até o final do ano. (Agência CanalEnergia - 13.05.2025)
MTR anuncia divisão especializada em retrofit
A MTR Solar anunciou sua nova divisão especializada em retrofit de usinas solares. A empresa passa a oferecer soluções completas de modernização e atualização de equipamentos antigos. Segundo a empresa, o retrofit é uma estratégia essencial para prolongar a vida útil das usinas solares, elevando sua eficiência e maximizando seu retorno financeiro aos investidores. Além disso, esta permite ajustes estratégicos e modernos, elevando o desempenho da planta. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)
Aneel revoga autorizações de usinas solares que não saíram do papel no Piauí
A Aneel revogou as autorizações de 15 usinas solares planejadas para Parnaguá, no Piauí, após constatar que a responsável pelo projeto, Riacho da Serra, não avançou com as obras nem respondeu às intimações da agência. As usinas, com capacidade total de 657 MW, deveriam ter iniciado a construção em março de 2021 e entrado em operação em janeiro de 2023, mas apresentaram apenas 0,01% de progresso. O relator do processo, diretor Fernando Mosna, alertou que a não entrega da energia prevista compromete a segurança do sistema elétrico e prejudica consumidores. A revogação foi aprovada por unanimidade. (Agência Eixos – 13.05.2025)
ES Gás celebra seu primeiro contrato para inserção de biometano obtido de resíduos
A distribuidora ES Gás anunciou ontem (13) a celebração do seu primeiro contrato para inserção de biometano obtido a partir de resíduos sólidos urbanos na malha de distribuição canalizada do Espírito Santo. O projeto contará com um investimento de R$ 70 milhões na planta da Marca Ambiental, localizada em Cariacica, na região metropolitana de Vitória, além de um aporte adicional de R$ 5 milhões por parte da distribuidora para viabilizar a conexão e adequar a infraestrutura necessária. A planta está em fase inicial de construção e o empreendimento integra o programa ES Mais+Gás. Por fim, a distribuidora também protocolou na Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP) o seu plano de investimentos para os próximos cinco anos, prevendo aporte de R$ 1 bilhão no estado. (Petronotícias – 13.05.2025)
Gás e Termelétricas
Alagoas retoma liderança no ranking do mercado livre de gás com pontuação de 91,29
Alagoas voltou ao topo do Ranking do Mercado Livre do Gás, com pontuação de 91,29, em um total de 100, depois de cair para o segundo lugar no final de 2023. A atualização do Relivre que reposicionou o estado na liderança em relação ao ambiente regulatório favorável à abertura de mercado foi divulgada no dia 9 de maio. No ranqueamento atualizado, Sergipe ficou em segundo lugar, seguido por Espírito Santo. Dos 20 estados que fazem parte do ranking, 13 têm pontuação abaixo de 50. Essa retomada de Alagoas é atribuída à regulamentação da Lei do Gás estadual (Lei nº 9.029/2023). Além do movimento na regulação, outro ponto destacado foi a definição da estrutura tarifária, com foco em diferentes perfis dos agentes. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)