IFE Diário 6.177
Regulação
Governo finaliza MP que amplia tarifa social de energia e reforma setor elétrico
O Planalto concluiu a análise da Medida Provisória (MP) que reforma o setor elétrico, proposta pelo Ministério de Minas e Energia (MME). A medida, que deve ser assinada por Lula em breve, amplia a tarifa social, beneficiando até 60 milhões de pessoas com descontos na conta de luz a partir de junho. Para custear a expansão, serão cortados subsídios para energia eólica e solar, que hoje somam R$10 bilhões anuais via CDE. A MP também prevê a abertura do mercado de energia a partir de 2028, permitindo que todos os consumidores escolham livremente seus fornecedores. O MME rebateu críticas de Bolsonaro, afirmando que a proposta atual busca organização, diferentemente da abertura desordenada do governo anterior. (O Globo 06.05.2025)
Lula aprovou sem alterações proposta de reforma do setor, diz Silveira
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, informou nesta quarta-feira, 06 de maio, que a proposta de reforma do setor elétrico foi aprovada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos termos apresentados pelo MME à Casa Civil. O anúncio oficial do encaminhamento da Medida Provisória será feito por Lula no retorno da viagem à Rússia e à China. “O presidente Lula resolveu, eu não vi ele assinando, isso é um protocolar, mas ele bateu texto no texto da reforma, e a Casa [Civil] seguiu naturalmente”, disse Silveira, que tratou do assunto em reunião na tarde de hoje com o presidente no Palácio da Alvorada. A proposta da MP, segundo o ministro, é a mesma apresentada por ele no início do mês, em entrevista no ministério. Ele disse que nesse período da ausência do presidente Lula ficou estabelecido que a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, vai atuar para criar um ambiente favorável para que o Senado e a Câmara de Deputados possam recepcionar a proposta, já que é uma reforma a favor dos brasileiros. (Agência CanalEnergia - 06.05.2025)
Senador ironiza nova MP do setor elétrico e critica inércia do governo
O presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério (PL-RO), ironizou mais um anúncio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de que pretende enviar o texto da reforma do setor na forma de medida provisória. Rogério criticou a inércia do governo em relação à retomada do projeto de reestruturação, que tem uma proposta (PL414) parada na Câmara desde 2022, e disse que se a estratégia é mandar um texto novo, o Congresso vai receber e dar o entendimento necessário. O MME vazou nesta terça-feira (06/05) a informação de que a MP pode sair ainda hoje. “Eu acho que o governo se tivesse um pouquinho mais de habilidade, poderia estar trabalhando para fazer ela andar. Não fez nenhum movimento. Saiu daqui, está lá hoje. Poderia vir de lá para cá um texto já bem redondo para a gente arrematar aqui. Não conseguiram. Estão querendo mandar uma proposta nova,” disse, destacando a tramitação do PL já aprovado no Senado como PLS 232, de onde seguiu para a Câmara dos Deputados. (Agência CanalEnergia - 06.05.2025)
Governo define agenda de estudos para planejamento da transmissão em 2025
O Ministério de Minas e Energia e a Empresa de Pesquisa Energética divulgaram na última terça-feira, 6 de maio, a agenda de estudos voltados ao planejamento da transmissão de energia elétrica para o ano de 2025. O intuito é identificar novas instalações e equipamentos necessários à expansão do sistema de transmissão nacional. De acordo com a EPE, ao todo, estão previstos 37 estudos, distribuídos por todas as regiões do país. Desse total, 15 são inéditos e 22 correspondem a análises iniciadas em 2024 que ainda estão em curso. Entre os principais temas abordados estão a ampliação das interligações regionais, com destaque para o aumento da capacidade de exportação do Nordeste (estudo 1), e a avaliação da inserção de cargas de hidrogênio na mesma região (estudo 9). Ambos têm conclusão prevista para 2025. (Agência CanalEnergia - 07.05.2025)
Setor elétrico diverge sobre impacto da energia autogerada na rede das distribuidoras
Em audiência pública realizada no dia 6 de maio, na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados, representantes do setor elétrico divergiram sobre os efeitos da micro e minigeração distribuída nas redes das distribuidoras, com foco especial no chamado "fluxo reverso". Tradicionalmente, a energia elétrica circula das subestações pelas redes de média e baixa tensão até o consumidor final. Com o avanço da geração distribuída — especialmente a partir de sistemas solares fotovoltaicos — consumidores passaram a produzir sua própria energia e a injetar o excedente de volta na rede elétrica, no sentido contrário ao fluxo convencional. Esse movimento, conhecido como fluxo reverso, tem gerado preocupação entre as distribuidoras. Elas argumentam que a infraestrutura atual, como transformadores e sistemas de proteção, não foi projetada para absorver o volume crescente de energia injetada, o que pode comprometer a estabilidade e a segurança da rede. (Agência Câmara de Notícias – 06.05.2025)
MME enquadra mais de R$ 676 mi em reforço na transmissão junto ao Reidi
A secretaria de transição energética e planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME)autorizou o enquadramento de 17 projetos de reforços e melhorias em instalações de transmissão de energia elétrica ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi). Juntas, as iniciativas somam mais de R$ 676,2 milhões em investimentos sem incidência das taxas PIS/PASEP e de COFINS. A maior cifra vem de uma obra de R$ 97,6 milhões (sem os impostos) da Chesf na linha de transmissão 230 kV Itapebi/Eunápolis C1 e C2. A previsão de conclusão é para agosto de 2027. A segunda maior, de R$ 93,6 milhões sem inclusão das taxas, vem de uma subsidiária da State Grid Brazil Holding e compreende melhorias na subestação Ribeirão Preto, até outubro de 2029. Outra obra da multinacional chinesa contemplada é na SE Cuiabá, com R$ 69,3 milhões indo até agosto de 2027. (Agência CanalEnergia - 07.05.2025)
Comissão do Senado pede ao TCU que fiscalize negociação da tarifa de Itaipu
A Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle do Senado aprovou nesta terça-feira (6) solicitação para que o TCU (Tribunal de Contas da União) fiscalize os impactos financeiros e legais do acordo que congelou por três anos a tarifa da usina de Itaipu, tecnicamente chamada Cuse (Custo dos Serviços de Eletricidade). A solicitação segue direto para o TCU e tende a ficar a cargo da AudElétrica (Unidade de Auditoria Especializada em Energia Elétrica e Nuclear) após pequeno trâmite interno na Corte, que inclui tomada de conhecimento dos ministros e indicação de relator. Como empresa binacional, Itaipu não está na alçada do TCU, mas a investigação será feita sobre a atuação de sua controladora no Brasil, a ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional), que assina do acordo com a sua contraparte no Paraguai, a Ande (Administración Nacional de Electricidad). (Folha de São Paulo – 08.05.2025)
Transição Energética
Brasil se destaca como potência energética na OTC 2025
Durante a Offshore Technology Conference (OTC 2025), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) reforçou o papel estratégico do Brasil como líder na transição energética global. Com uma matriz energética amplamente renovável, o país deve atrair cerca de R$ 3,2 trilhões em investimentos até 2034, abrangendo geração, transmissão, petróleo, gás natural e biocombustíveis. Os leilões de energia previstos para 2025 devem movimentar mais de R$ 50 bilhões, impulsionando a segurança de suprimento e a expansão das fontes renováveis. A diretora da EPE, Heloisa Borges, destacou que o Brasil está bem posicionado para uma transição energética justa e competitiva. A participação da EPE na OTC reforça o compromisso do país com o desenvolvimento sustentável e o planejamento energético integrado. (EPE – 06.05.2025)
EPE destaca oportunidades de investimento no setor energético durante a OTC 2025
Em apresentação realizada durante a Offshore Technology Conference (OTC 2025), uma das principais conferências globais do setor de energia, a Diretora de Estudos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Heloisa Borges, destacou o papel estratégico do Brasil como potência energética e destino atrativo para investimentos no contexto da transição energética global. Com uma matriz energética amplamente renovável – 48% da oferta interna de energia e cerca de 85% da geração elétrica provenientes de fontes limpas – o Brasil mantém uma posição de destaque entre as grandes economias globais. Segundo projeções da EPE, consolidadas no recém-aprovado Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE2034), o país deve atrair cerca de R$ 3,2 trilhões em investimentos no setor de energia até 2034, distribuídos entre geração, transmissão, petróleo, gás natural e biocombustíveis. (EPE – 06.05.2025)
Edital reúne R$ 85,2 bi para transformação de minerais estratégicos
A chamada pública do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para apoiar investimentos em transformação de minerais estratégicos terminou com a inscrição de 124 propostas de planos de negócios, totalizando investimento potencial de R$ 85,2 bilhões. Os projetos foram apresentados por 136 grupos econômicos para aportes em 23 estados de todas as regiões do país. De acordo com o edital, os planos devem contemplar recursos em capacidade produtiva e pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para transformação de minerais estratégicos e obtenção de materiais transformados ou produtos manufaturados para transição energética e descarbonização. Do montante anunciado, R$ 6,4 bilhões referem-se a desenvolvimento tecnológico e R$ 67,8 bilhões ao escalamento industrial desses projetos, dentre outros. Como destaque, quatro elementos apresentaram maior interesse dentre as propostas inscritas: terras raras (27), lítio (25), cobre (24) e grafite (20). (Agência CanalEnergia - 07.05.2025)
Filipinas apostam em tecnologia verde chinesa, apesar de tensões geopolíticas
Apesar das tensões geopolíticas com a China, incluindo disputas territoriais e suspeitas de interferência eleitoral, as Filipinas continuam a recorrer a fornecedores chineses para desenvolver sua infraestrutura de energia renovável. A principal razão é o custo significativamente mais baixo das tecnologias verdes produzidas na China em comparação com as alternativas dos Estados Unidos e Europa. Empresas como a Alternergy destacam que propostas chinesas para projetos eólicos foram muito mais competitivas. A dominância chinesa no setor — incluindo a fabricação em larga escala de painéis solares, turbinas eólicas e veículos elétricos — tem se consolidado como alternativa atraente para países em desenvolvimento que buscam crescer sem ampliar suas emissões. Esse movimento foi acelerado após os cortes no financiamento climático dos EUA durante o governo Trump, que também impôs tarifas severas à tecnologia chinesa vinda do Sudeste Asiático. Enquanto isso, a China intensifica sua presença na região por meio de investimentos e acordos no âmbito da Iniciativa Cinturão e Rota, ampliando sua influência estratégica. No entanto, a crescente dependência de fornecedores chineses levanta preocupações nas Filipinas quanto à segurança nacional, especialmente diante do envolvimento de empresas estatais da China em setores críticos como a rede elétrica. (Folha de São Paulo - 06.05.2025)
GRA firma parceria com empresas para impulsionar transição energética
A Global Renewables Alliance (GRA) anunciou uma lista de parceiros corporativos para 2025. Entre as empresas que mantêm a parceria estão os principais players globais comprometidos em impulsionar a expansão das energias renováveis: Adani Green Energy, EDP, CIP, Fortescue, Google, Iberdrola, Octopus Energy Generation, Ørsted, SSE, Topsoe e Vestas, além da Arup e Sunotec, que aderiram este ano. Essas empresas contribuirão para o avanço de políticas, compartilhando insights de ponta do setor e mobilizando soluções para uma transição energética limpa, segura e justa. Representando fabricantes, compradores de energia, desenvolvedores, concessionárias de serviços públicos e investidores, trazem a expertise e a influência coletivas necessárias para expandir as energias renováveis no ritmo necessário. (Agência CanalEnergia - 07.05.2025)
Crise Climática
Autoridade Climática continua no papel, apesar da urgência ambiental
Anunciada na campanha eleitoral, a Autoridade Climática ainda não passa de intenção, mesmo transcorrida mais da metade do governo Luiz Inácio Lula da Silva, revelou reportagem do GLOBO. Apenas em setembro do ano passado foi concluída a minuta da proposta de sua criação, sem que haja previsão de quando ocorrerá. Não é certo sequer se existirá até novembro, a tempo da Conferência Mundial do Clima da ONU em Belém, a COP30. É indiscutível a necessidade dessa nova estrutura no governo federal. A transição para uma economia de baixo carbono e a frequência com que se sucedem eventos climáticos extremos requerem respostas rápidas e eficazes, tanto nas medidas preventivas quanto no socorro aos atingidos. A Autoridade Climática vai contra a lógica da burocracia, organizada em feudos estanques que não se comunicam. Seu objetivo é integrar diversas áreas do governo em busca da agilidade necessária para alcançar um objetivo comum. (O Globo – 07.05.2025)
Empresas
Petrobras/Chambriard: Exploração da Margem Equatorial é foco central
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, mantém firme o interesse na exploração da Margem Equatorial, apesar da resistência do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), influenciados por pressões ambientalistas. Com apoio político de figuras como o presidente do Senado, David Alcolumbre, o senador Randolfe Rodrigues e o governador do Amapá, Clécio Luís, a executiva destaca a importância da região para a reposição das reservas de petróleo da estatal. No entanto, diante da persistente negativa ambiental, Chambriard afirma que a petroleira também busca alternativas fora do Brasil, mantendo um olhar estratégico e global. Entre os focos de expansão estão a Índia, a África Ocidental e a Colômbia, onde a Petrobras recentemente descobriu mais de 6 trilhões de pés cúbicos de gás no projeto Sirius, localizado na Bacia Offshore de Guajira, no Mar do Caribe. A empresa planeja iniciar a produção até o final da década, com uma solução submarina conectada à costa. “Estamos perfurando mais profundamente na Colômbia, a profundidades onde nenhuma empresa jamais foi”, declarou a executiva. (Petronotícias – 06.05.2025)
Presidente da Eletronuclear deixa cargo após quase dois anos
Raul Lycurgo Leite, presidente da Eletronuclear, decidiu não renovar seu mandato encerrado em abril, deixando o cargo após quase dois anos, período em que liderou esforços para retomar as obras da usina de Angra 3 e reequilibrar financeiramente a estatal. A companhia, agora controlada pela ENBPar após a privatização da Eletrobras, enfrenta desafios como a necessidade de investimento bilionário para concluir Angra 3, risco de liquidez, excesso de pessoal em comparação a padrões internacionais e incertezas quanto à continuidade operacional. Embora algumas medidas tenham sido tomadas, como plano de desligamento voluntário e cortes de funcionários, a situação financeira da Eletronuclear segue frágil e depende da decisão do governo sobre o futuro do projeto nuclear. (Valor Econômico - 07.05.2025)
Engie lucra R$ 826 mi no 1º tri 2025; queda de 51% ante o 1º tri 2024
No primeiro trimestre de 2025, a Engie reportou lucro líquido de R$ 826 milhões, uma queda de 51% em relação ao mesmo período de 2024, impactada por um efeito não recorrente da venda de participação na TAG. Apesar disso, a receita operacional líquida cresceu 15,5%, atingindo R$ 3 bilhões, e o Ebitda ajustado aumentou 12,4%, chegando a R$ 2 bilhões, impulsionado por novos projetos. A dívida líquida subiu 26%, alcançando R$ 20,6 bilhões, mantendo a alavancagem em 2,7 vezes. A empresa também observou um crescimento de 27% em sua base de clientes no mercado livre de energia e anunciou a compra de duas hidrelétricas no Amapá, ainda não concluída. Houve ainda cortes na geração de energia eólica e solar devido à alta disponibilidade de ventos, com impacto considerado pequeno no portfólio. (Valor Econômico - 07.05.2025)
Aeris registra prejuízo de R$ 94,5 mi no 1º tri 2025
A Aeris, fabricante de pás eólicas, registrou um prejuízo de R\$ 94,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 129,2% em relação ao mesmo período de 2024, mas representando melhora frente às perdas históricas do trimestre anterior. A receita caiu 59,2%, totalizando R\$ 210,4 milhões, refletindo a baixa demanda e redução nas linhas de produção. O Ebitda ajustado recuou 73,3%, com margem de apenas 5,4%. A empresa renegocia uma dívida de R\$ 1,5 bilhão, sendo que 73% já foi repactuada com carência de juros até 2027 e novo cronograma de amortizações até 2030. A crise do setor eólico no Brasil, marcada pela escassez de contratos de energia e cortes na geração, agravou o cenário, levando a Aeris a focar em exportações para os EUA, onde ainda vê oportunidades apesar de incertezas políticas.(Valor Econômico - 07.05.2025)
Schneider Electric: Avanços em sustentabilidade marcaram as ações no 1º tri 2025
A Schneider Electric, no primeiro trimestre de 2025, atingiu a pontuação de 7,95 em 10 em seu programa de sustentabilidade Schneider Sustainability Impact (SSI), avançando rumo à meta de 8,80 até o final de 2025. Segundo a Corporate Knights, a empresa foi reconhecida, em janeiro deste ano, como a mais sustentável do mundo, tendo registrado avanços importantes em diversas áreas. Entre os destaques, a Schneider elenca o auxílio aos seus clientes para evitar a emissão de cerca de 700 milhões de toneladas de CO2 por meio de suas soluções. A empresa também impulsionou iniciativas como o programa Energize PPA, que permitirá a quatro organizações globais de saúde comprarem 245 GWh de energia renovável anualmente. Ainda, foram acelerados os esforços para reduzir as emissões de carbono na cadeia de suprimentos, atingindo uma queda de 42% entre os mil principais fornecedores da companhia. Além disso, a companhia afirmou que mantém forte compromisso no combate à pobreza e apoio às comunidades. A Schneider já proporcionou acesso à energia para 56 milhões de pessoas, com foco em educação, saúde, agricultura e pequenos negócios, e, com a assinatura do Rise Ahead Pledge, intensificou o apoio a mercados vulneráveis por meio de investimentos de impacto. Segundo a companhia, essas ações reforçam seu compromisso com um futuro mais inclusivo e sustentável. (Agência CanalEnergia - 07.05.2025)
Elera Renováveis: Chegada de nova CEO
A Elera Renováveis anunciou que Karin Luchesi assumirá o cargo de CEO da empresa, com efeitos a partir de 14 de maio de 2025. Com uma carreira de 25 anos no setor elétrico, Luchesi deixou a CPFL Energia, onde atuava como Vice-Presidente de Operações de Mercado, para assumir o posto. A executiva é engenheira pela UFSCar, possui MBA pelo Insper e especializações por Stanford, Universidade Cândido Mendes e HSM, além de ser conselheira certificada pelo IBGC. Sua trajetória, ainda, inclui passagens pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e mais de duas décadas na CPFL. Com essa mudança, André Flores, que estava como CEO interino da Elera desde o fim de 2024, retorna ao cargo de Managing Partner da Brookfield Asset Management no Brasil. (Agência CanalEnergia - 06.05.2025)
Cemig realiza leilão de imóveis em diversas regiões
A Cemig realizará o Leilão de Imóveis da companhia, tanto na área urbana quanto em localidades rurais. Interessados poderão dar lances até o próximo dia 12 de junho, pela plataforma Superbid Exchange. Entre os destaques estão dois prédios, estrategicamente localizados em áreas centrais de Belo Horizonte e Juiz de Fora. Além desses prédios, são ofertados imóveis em municípios nas regiões do Triângulo, Norte, Leste e Sul de Minas. Também serão leiloados imóveis situados em localidades rurais dos municípios de Itamarandiba, no leste de Minas, e Cristália, na região Norte do estado. (Agência CanalEnergia - 07.05.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
Brasil supera a marca de 210 GW instalados
O Brasil ultrapassou em abril a marca de 210 gigawatts (GW) em potência fiscalizada de energia elétrica, com mais de 24 mil usinas em operação comercial. Os dados fazem parte do Sistema de Informações de Geração da Aneel (SIGA), disponível no portal da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mais da metade da geração de energia elétrica no país vem da força dos rios, com 103,2 GW oferecidos por usina hidrelétricas (48,76% do total), 5,89 GW provenientes de pequenas centrais hidrelétricas (2,80%) e 874,02 megawatts (MW) de centrais geradoras hidrelétricas (0,41%). As usinas termelétricas respondem por 47,07 GW de potência instalada (22,82% do total); as eólicas, por 33,74 GW (15,91%0; as solares centralizadas, por 17,67 GW (8,37%); e as usinas nucleares, por 1,99 GW (0,94%). (Aneel – 07.05.2025)
MME e EPE divulgam agenda de estudos para o planejamento da transmissão em 2025
O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram, no dia 6 de maio, a agenda de estudos voltados ao planejamento da transmissão de energia elétrica para o ano de 2025. O intuito é identificar novas instalações e equipamentos necessários à expansão do sistema de transmissão nacional. Ao todo, estão previstos 37 estudos, distribuídos por todas as regiões do país. Desse total, 15 são inéditos e 22 correspondem a análises iniciadas em 2024 que ainda estão em curso. Entre os principais temas abordados estão a ampliação das interligações regionais — com destaque para o aumento da capacidade de exportação do Nordeste (estudo 1) — e a avaliação da inserção de cargas de hidrogênio na mesma região (estudo 9). Ambos têm conclusão prevista para 2025. (EPE - 06.05.2025)
EPE: Consumo de eletricidade bate recorde em março e sobe 2,6% ante mesmo mês de 2024
O consumo nacional de energia elétrica registrou um aumento significativo de 2,6% em março de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo o volume de 49.190 gigawatts-hora (GWh), o maior da série histórica desde 2004, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela classe residencial, que teve um aumento de 3,7%, seguida pela indústria com 2,7%, e outros setores, incluindo o rural. O consumo comercial permaneceu estável, com uma pequena alta de 0,1%. Todas as regiões do país apresentaram aumento no consumo de energia: Sul (+3,4%), Norte (+2,5%), Sudeste (+2,1%), Nordeste (+0,9%) e Centro-Oeste (+0,7%). No acumulado dos últimos 12 meses, o consumo nacional foi de 564.490 GWh, representando um aumento de 4,2% em relação ao período anterior. No que diz respeito ao ambiente de contratação, o mercado livre foi responsável por 43,2% do consumo, com um crescimento de 9,9% no consumo e de 58,1% no número de consumidores em comparação com o ano anterior. O mercado regulado das distribuidoras, que respondeu por 56,8% do consumo, teve uma queda de 2,4% no consumo, mas um aumento de 1,3% no número de consumidores. O movimento de migração de consumidores para o mercado livre continua forte após a abertura para todos os consumidores do grupo A em março de 2024. (Broadcast Energia - 07.05.2025)
ONS: Carga de energia no SIN cresce 3,2% em março/25 ante março/24
Em março de 2025, a carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu 86.127 MWmed, representando um aumento de 3,2% em relação ao mesmo período de 2024. Nos últimos 12 meses, houve um crescimento de 5% na carga do SIN. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) destacou que o desempenho em março foi impactado negativamente pelo carnaval, que reduziu o número de dias úteis. Excluindo fatores não econômicos, como o calendário e as condições climáticas atípicas, a expansão da carga foi de 4,0%. Na região Nordeste, a carga teve um leve aumento de 0,3%, com uma queda de 0,8% considerando fatores fortuitos. No Norte, a carga cresceu 6,2%, impulsionada por maiores totais de precipitação. No Sudeste/Centro-Oeste, a carga aumentou 3%, com uma expansão de 3,9% após ajustes. No Sul, o crescimento foi de 5,8%, influenciado por temperaturas extremas e baixos níveis de precipitação. No geral, o ONS ressaltou a importância de considerar os fatores fortuitos ao analisar o desempenho da carga de energia em diferentes regiões do país. (Broadcast Energia - 07.05.2025)
ONS: CMO sobe 40,8% e alcança R$ 244,95 por MWh no Sudeste/Centro-Oeste
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou que o Custo Marginal da Operação (CMO) para a semana de 03 a 09 de maio apresentou variações significativas nas diferentes regiões do Brasil. No Sudeste/Centro-Oeste, o CMO ficou em R$244,95 por megawatt-hora (MWh), um aumento de 40,8% em relação à semana atual, que estava projetada em R$173,87 por MWh. Já no Sul, o CMO para a próxima semana foi calculado em R$249,34 por MWh, representando um aumento de 32,5%. Nos submercados Nordeste e Norte, o CMO voltou a ficar zerado, em contraste com os R$111,94 por MWh da semana passada. O CMO é o custo para produzir 1 MWh de energia para atender ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O ONS indicou despachos por 'ordem de mérito' de 208 MWm, principalmente no Sudeste/Centro-Oeste. Além disso, estão previstos 4.681 MWm de geração por inflexibilidade e mais 113 MWm por restrição elétrica, totalizando 5.002 MWm em todo o sistema interligado. Estes valores são indicativos e os montantes de despacho por ordem de mérito são definidos nas etapas de Programação Diária e Tempo Real.(Broadcast Energia - 07.05.2025)
Reservatórios do Sul operam com 39,4% da capacidade
Os reservatórios do Sul apontaram queda de 0,4 ponto percentual na última segunda-feira, 05 de maio, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O subsistema trabalha com 39,4% de sua capacidade. A energia armazenada marca 8.056 MW mês e ENA é de 2.342 MW med, equivalente a 24% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 47,95% e 45,46%, respectivamente. A região Nordeste teve redução de 0,2 p.p e está operando com 76,3% de sua capacidade. A energia retida é de 39.462 MW mês e ENA aponta 4.241 MW med, valor que corresponde a 60% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 70,35%. A Região Norte contou com níveis estáveis e trabalha com 97,3%. A energia armazenada indica 14.885 MW mês e a energia natural afluente computa 17.153 MW med, correspondendo a 60% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 98,69%. O submercado do Sudeste/Centro-Oeste diminuiu 0,1 p.p e operava com 70,4% do armazenamento. A energia armazenada mostra 144.063 MW mês e a ENA aparece com 41.219 MW med, o mesmo que 90% da MLT. Furnas admite 69,56% e a usina de Itumbiara marca 86,96%. (Agência CanalEnergia - 06.05.2025)
CCEE: PLD médio diário fica em R$ 166,87 por MWh no Sudeste/Centro-Oeste nesta 2ªfeira
Em São Paulo, em 05/05/2025, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) médio diário no Sudeste/Centro-Oeste foi de R$ 166,87 por megawatt-hora (MWh), de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). No subsistema, iniciou em R$58,60 por MWh, atingindo um pico de R$286,72 por MWh às 18h. Já no Sul, a média diária foi de R$197,86 por MWh, seguindo um padrão um pouco diferente, com início e fim a R$58,60 por MWh e atingindo o mesmo pico às 18h. Nas regiões Norte e Nordeste, o PLD permaneceu no valor mínimo regulatório de R$58,60 por MWh durante todo o dia, sem variações. O cálculo do PLD leva em consideração limites máximos e mínimos para cada período e submercado, refletindo fatores como carga, chuvas e nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Esses valores são determinantes para o setor de energia elétrica, influenciando diretamente a economia e o abastecimento do país. (Broadcast Energia - 07.05.2025)
Espanha diz que levará dias para investigar apagão
O governo da Espanha declarou que será um processo demorado para identificar a causa do grande apagão que afetou a Península Ibérica na semana passada. A ministra da Transição Ecológica, Sara Aagesen, mencionou que todas as possibilidades estão sendo consideradas, incluindo a de um ataque cibernético. A interrupção de energia causou transtornos e preocupações, levando à necessidade de investigações detalhadas para esclarecer o que levou a essa situação. A incerteza em torno da origem do apagão ressalta a importância da segurança cibernética e da infraestrutura energética robusta para evitar eventos semelhantes no futuro. Enquanto isso, autoridades e especialistas trabalham para resolver o incidente e garantir a estabilidade do fornecimento de energia na região. A repercussão desse incidente destaca a vulnerabilidade das redes elétricas modernas e a necessidade contínua de medidas preventivas para proteger contra possíveis ameaças, sejam elas naturais ou provocadas por ações externas. (Broadcast Energia - 07.05.2025)
Inovação e Tecnologia
Brasil atrai interesse internacional com matriz renovável e inovações em automação
O tema da tecnologia voltada para o setor de energia dominou o Web Summit de 2025, destacando o Brasil como protagonista global graças à sua matriz elétrica com 90% de fontes renováveis e ao avanço em automação e robótica. Iniciativas como a poda automatizada de vegetação em linhas elétricas da EDP Brasil ilustram esse protagonismo. Especialistas também apontaram a necessidade de tecnologias que garantam a estabilidade da rede diante do crescimento das fontes intermitentes, como solar e eólica, destacando o papel futuro das baterias. A expectativa é que leilões de energia de capacidade em breve viabilizem sua entrada no país. Além disso, o potencial do Brasil atrai o interesse de empresas suíças que desenvolvem soluções para geração limpa, reforçando a cooperação internacional no setor. (Valor Econômico - 08.05.2025)
Empresas do setor elétrico estão acima da média quanto à preocupação com cibersegurança
Um levantamento realizado pela Fortinet acusou que as empresas do setor elétrico no Brasil e na América Latina demonstram um nível de maturidade cibernética acima da média, com um índice de 1,5 em uma escala de 0 a 5, enquanto a média geral entre setores é de 0,9. Esse desempenho, segundo a empresa, eflete uma maior conscientização sobre a importância da segurança cibernética, embora ainda exista um longo caminho até níveis mais avançados de proteção. A implementação de redes segmentadas e sistemas de detecção é vista como um passo importante, mas a escalada para níveis mais altos exige investimentos contínuos, estratégias de mitigação e uma disposição clara para lidar com riscos crescentes. A Fortinet constata, todavia, que a tomada de ação proativa é urgente, sobretudo ante um cenário no qual as ameaças cibernéticas estão cada vez mais sofisticadas e movidas por interesses financeiros ou geopolíticos. Para 2025, a Fortinet projeta um ambiente ainda mais desafiador, com ameaças rápidas, inteligentes e muitas vezes autônomas, alimentadas por tecnologias como inteligência artificial e deepfakes. Nesse sentido, especialista dos grupos ponderam que ações no tema da cibersegurança deve ir além do cumprimento de normas, sendo imperativa a inclusão da capacitação de toda a força de trabalho — incluindo terceirizados — e investimentos colaborativos para garantir a resiliência operacional diante de um cenário cada vez mais digital e interconectado. (Agência CanalEnergia - 06.05.2025)
Senador destaca viagem aos EUA e disserta sobre impactos das tecnologias digitas
Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (6), o senador Chico Rodrigues (PSB-RR) destacou viagem oficial que fez aos Estados Unidos para participar da Conferência de Segurança RSA, um dos principais eventos mundiais sobre segurança da informação. Segundo ele, a comitiva também teve a participação dos senadores Esperidião Amin (PP-SC), Marcos Pontes (PL-SP), Jorge Seif (PL-SC) e Sergio Moro (União-PR). O senador afirmou que a missão foi essencial para compreender os impactos das tecnologias digitais, dando destaque às IA. Ele defende que necessitamos de políticas públicas que promovam o uso responsável da tecnologia, ou seja, de um plano nacional de cibersegurança, e que esta temática precisa ser foco principal na discussão política atual. (Agência Senado – 06.05.2025)
Elea expande data centers no Rio com apoio da prefeitura e foco em energia renovável
O projeto Rio AI City, liderado pela Elea Data Centers com apoio da Prefeitura do Rio, busca transformar a região do Parque Olímpico em um dos maiores polos globais de inovação e inteligência artificial, com um dos dez maiores data centers do mundo. A iniciativa prevê alcançar até 3,2 GW em capacidade energética, sustentada por fontes renováveis, e já conta com a operação do centro RJO1, enquanto novas unidades (RJO2, RJO3 e RJO4) estão em desenvolvimento. Em paralelo, o governo federal, por meio da Política Nacional de Data Centers (Redata), pretende atrair investimentos estrangeiros para o setor com incentivos como redução de impostos e segurança jurídica. A Elea, que já esgotou os espaços disponíveis no RJO1, vê grande interesse de empresas internacionais, enquanto a prefeitura atua como facilitadora do projeto, assegurando infraestrutura e ambiente regulatório favoráveis. (Valor Econômico - 08.05.2025)
Cade aprova operação de sale and leaseback da Scala Data Centers para fundos regulação
A Scala Data Centers, juntamente com os fundos Alianza Gestão de Recursos e a GIC Realty, recebeu a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para realizar uma operação de sale and leaseback de um imóvel em São João do Meriti, no Rio de Janeiro. O acordo, cuja duração não foi divulgada, envolve a venda do imóvel pelas gestoras para a Scala, que permanecerá como locatária do mesmo. O imóvel em questão abriga diversas benfeitorias e instalações destinadas à operação de um data center, incluindo elevadores, geradores, instalações elétricas e hidráulicas. A transação foi devidamente comunicada ao Cade pelas empresas envolvidas. Esta operação de sale and leaseback é uma estratégia comum no mercado imobiliário, permitindo que as empresas liberem capital ao venderem um ativo e ao mesmo tempo continuem utilizando-o através de um contrato de locação. A aprovação do Cade para essa transação ressalta a conformidade com as normas de concorrência e demonstra a importância da transparência nos processos de fusões e aquisições. (Broadcast Energia - 07.05.2025)
Voltera aposta em IA para potencializar seu operacional
A inovação tecnológica tem atingido empresas de todos os setores e, recentemente, chegou para transformar a forma como consumidores gerenciam e contratam energia elétrica no Brasil. Em linha com a tendência, a Voltera desenvolveu uma plataforma própria que une IA, automações e business intelligence. Segundo o Ceo da Voltera, Alan Henn, o papel da IA e do Machine Learning(ML) serão transformadoras em praticamente todas as pontas do setor elétrico. A tecnologia oferece uma visão detalhada do comportamento energético dos clientes, permitindo identificar horários de pico e diversas outras informações, assim auxiliando no fator custo. Por fim, a companhia mira na potencialização conforme avanço da migração mercado livre, focando na segurança das informações e em novas funcionalidades, como uma área de pagamentos e análise de consumo mais robustas. (Agência CanalEnergia - 06.05.2025)
Solfácil lança plataforma de financiamento com diversos avanços operacionais
A Solfácil lançou uma nova plataforma de crédito que promete simplificar o acesso dos integradores ao financiamento, acelerando aprovações e eliminando burocracias. A nova tecnologia foi testada por mais de 100 integradores antes do lançamento oficial. A nova ferramenta reduz drasticamente o tempo de aprovação, contando com uma análise de crédito em até 30 segundos e formalização 100% digital. Além disso, esta mantém a dispensa de comprovação de renda e oferece condições flexíveis, ademais, incorpora mecanismos mais robustos de prevenção a fraudes, com tecnologias de biometria facial e verificação em tempo real. (Agência CanalEnergia - 06.05.2025)
Artigo de Fabiano Gallo, Breno Cintra e Marcos Silva: "Expansão dos data centers: oportunidade e desafio para o Brasil"
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Fabiano Gallo, Breno Cintra e Marcos Silva (sócios e associados das áreas de energia e recursos naturais e M&A do Campos Mello Advogados) discutem os limites da discricionariedade das agências reguladoras e a deferência judicial no setor energético. Os autores analisam como o equilíbrio entre autonomia regulatória e controle judicial impacta a segurança jurídica e os investimentos no segmento. Eles destacam que “a excessiva judicialização pode fragilizar a atuação regulatória, enquanto a deferência absoluta pode mitigar o controle democrático”. Concluem que “é essencial encontrar um ponto de equilíbrio que preserve a eficiência regulatória sem abrir mão da fiscalização judicial”. (GESEL-IE-UFRJ – 08.05.2025)
Energias Renováveis
Aneel registra DRO para 306,0 MW em geração solar fotovoltaica na Bahia
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registrou um Requerimento de Outorga (DEO) para a geração de 306,0 megawatts (MW) em usinas de energia solar fotovoltaica pertencentes à Diadorin Solar Energia. Estas usinas, denominadas Berilo 13 a 20, possuem capacidades instaladas que variam entre 45,0 MW e 36 MW cada. Localizadas em Campo Formoso, no Estado da Bahia, os empreendimentos representam um avanço significativo na produção de energia limpa na região. O despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) estabelece que os requerimentos têm validade de quatro anos, demonstrando o compromisso com a expansão e o desenvolvimento sustentável do setor energético no Brasil. Esta iniciativa reforça a importância da energia solar como uma alternativa viável e promissora para a diversificação da matriz energética do país, contribuindo para a redução da dependência de fontes não renováveis e para a mitigação dos impactos ambientais associados à geração de eletricidade. (Broadcast Energia - 07.05.2025)
Gás e Termelétricas
ONIP lança estudo sobre Oportunidades de investimento na indústria de óleo e gás nacional
A Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) lançou no Pavilhão Brasil na Offshore Technology Conference (OTC) 2025 o estudo “Oportunidades de investimentos na indústria brasileira de óleo e gás”. O documento, feito com apoio da EBSE, Metroval e Orguel, faz um levantamento das oportunidades de parceria e demandas da indústria, da Oferta Permanente de blocos da ANP e outras oportunidades para Exploração e Produção. Ademais, também são apresentadas propostas de projetos de infraestrutura da EPE, os principais projetos da Petrobrás e outros players, além da visão da Firjan e outras federações da indústria. Por fim, o documento apresenta as oportunidades relacionadas ao pré-sal e as oportunidades de parceria no Brasil para projetos de P&D. (Petronotícias – 07.05.2025)
EPE finaliza análise técnica do projeto da nova UPGN
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) finalizou a análise técnica do projeto da nova Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) Miranga, apresentada pela empresa PETRORECÔNCAVO. O projeto, que representa investimento da ordem de R$ 350 milhões em sua primeira fase, é a primeira avaliação realizada pela EPE no escopo do Decreto nº 12.153/2024, artigo 6-F, que dispõe sobre a autorização para as atividades das infraestruturas e instalações constantes do Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural e Biometano (PNIIGB). Recebido pela EPE no final de fevereiro de 2025, o projeto foi analisado em diálogo com a ANP respeitando os prazos regulamentares. A análise técnica indicou que a nova unidade reforçará a capacidade de processamento regional. Por fim, a conclusão foi de compatibilidade do projeto com o planejamento setorial e pela autorização. (EPE – 06.05.2025)
JBS: Aporte de R$ 17 mi para geração de 2 mil MWh de eletricidade a partir do metano
A JBS anunciou que foram gerados 2 mil MWh de energia elétrica a partir do metano capturado em suas operações, com um investimento de R$ 17 milhões. O biogás obtido é usado para alimentar geradores em unidades da Friboi, reduzindo custos operacionais e promovendo eficiência energética. Segundo a companhia, desde 2023, a produção evitou a emissão de 263,7 mil toneladas de CO2 equivalente. A empresa está focando na economia circular e vê o biogás como alternativa para substituir biomassa, gerar energia e apoiar uma transição para uma frota menos dependente de combustíveis fósseis. Nessa investida, foram investidos R$ 77 milhões em infraestrutura de biodigestores. Ainda, unidades em Minas Gerais e São Paulo já estão operantes, com economia de R$ 1 milhão, enquanto a operacionalização de outras plantas no Mato Grosso e Goiás está no horizonte. Até o encerramento do primeiro semestre de 2025, a previsão é que 18 geradores estejam operando nas quatro unidades. (Broadcast Energia - 07.05.2025)
Mercado Livre de Energia Elétrica
J&F obtém autorização da Aneel para atuar como agente comercializador de energia na CCEE
A J&F Investimentos recebeu a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para atuar como agente comercializador na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), conforme despacho publicado no Diário Oficial da União. A empresa poderá operar nessa função por meio de sua filial em São Paulo. Essa permissão representa um avanço significativo para a J&F Investimentos, permitindo-lhe participar ativamente no mercado de energia elétrica. A atuação como agente comercializador implica a possibilidade de compra e venda de energia elétrica no âmbito da CCEE, o que pode ser estratégico para a empresa diversificar seus negócios e ampliar sua presença no setor energético. Esta autorização também pode representar uma oportunidade de crescimento e expansão para a J&F Investimentos, possibilitando a entrada em novos mercados e a exploração de novas oportunidades de negócio. Com isso, a empresa reforça sua posição como um player relevante no cenário energético nacional, contribuindo para a dinamização e desenvolvimento do setor. (Broadcast Energia - 07.05.2025)
Biblioteca Virtual
GALLO, Fabiano; CINTRA, Breno; SILVA, Marcos. "Expansão dos data centers: oportunidade e desafio para o Brasil".
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