IFE Diário 6.165
Regulação
Silveira anuncia reforma do setor elétrico para reduzir tarifas e ampliar benefícios sociais
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou, nesta quinta-feira (10), que o texto da proposta de reforma do setor elétrico será encaminhado à Casa Civil ainda neste mês. A declaração foi feita durante o segundo dia do Fórum Brasileiro de Líderes em Energia 2025, que reúne, no Rio de Janeiro, as principais autoridades e representantes do setor energético nacional. O ministro destacou a importância de um planejamento energético eficiente, com foco na eliminação das contratações emergenciais. Entre as medidas mencionadas, também estão a redução das tarifas para conter a inflação, a quitação dos débitos relacionados à conta-Covid e à escassez hídrica, além do encerramento de disputas judiciais que comprometem interesses estratégicos do país. Alexandre Silveira também mencionou medidas como o investimento de mais R$ 60 bilhões em transmissão, com geração de mais de 100 mil empregos, a integração total do país no Sistema Interligado Nacional (SIN) prevista para este ano, o que reduzirá o uso do diesel na Amazônia. Segundo o ministro, o Brasil ainda precisa avançar no fortalecimento da infraestrutura nacional para a geração de energias renováveis, na modernização dos contratos de distribuição e na realização de novos leilões que assegurem potência e capacidade de armazenamento. Ele também apontou a necessidade de corrigir distorções tarifárias que impactam o equilíbrio do setor. (Petronotícias – 10.04.2025)
Haddad diz que não há proposta em análise para ampliar tarifa social
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (10/04) que não existe nenhum estudo na Fazenda ou na Casa Civil para a ampliar a tarifa social de energia elétrica e aumentar o número de beneficiários com a isenção do pagamento da conta de luz. A proposta foi anunciada hoje pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, como uma das medidas do projeto de lei de reestruturação do setor elétrico que ele prometeu apresentar até o fim do mês à Casa Civil. Em conversa com jornalistas na portaria do ministério, Haddad disse que ligou para Rui Costa, ministro da Casa Civil, assim que a pergunta foi encaminhada pela imprensa a sua assessoria. E ele confirmou que a pasta não está analisando nenhum projeto nesse sentido. (Agência CanalEnergia - 10.04.2025)
Aneel/Mosna: Proposta para tarifa social é interessante, mas não sabemos qual será impacto
Fernando Mosna, diretor da Aneel, afirmou que a proposta de reformulação da tarifa social é interessante, mas ainda carece de detalhes para avaliar seu real impacto. Durante o Fórum Brasileiro de Líderes em Energia, ele destacou a simplificação das regras e a ampliação do benefício, que pode atingir mais de 60 milhões de pessoas, contra os atuais 40 milhões. O ministro Alexandre Silveira (MME) propôs gratuidade para consumos de até 80 kW/mês. O possível aumento dos subsídios pode elevar a CDE, mas o MME garante um realocamento de custos. Mosna reforçou a necessidade de maior clareza sobre como isso será feito, mas considerou a iniciativa positiva para modernizar regras já desgastadas. (Broadcast Energia - 11.04.2025)
Evento promove nivelamento entre os fiscais da Aneel e das Agências Reguladoras Estaduais
Foi realizado, entre os dias 7 e 11 de abril, o 2º Congresso Nacional de Fiscalização da Aneel (CONFIA). O evento híbrido teve modalidade presencial em Brasília, no Auditório Sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Essa foi a segunda edição conjunta de dois já tradicionais eventos da Aneel, o Encontro Nacional de Fiscais da Distribuição (ENAFID) e o Encontro Nacional de Fiscais da Geração (ENAFIG). A abertura do congresso contou com a presença do diretor-geral, Sandoval Feitosa, que reforçou o compromisso da Agência com o diálogo e a comunicação, e destacou que o evento tem contribuindo de forma significativa para o fortalecimento e o aprimoramento das atividades de fiscalização. (Aneel – 11.04.2025)
IPCA de março fica em 0,56%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março foi de 0,56%. Segundo divulgação da manhã desta sexta-feira, 11 de abril, do IBGE, esse índice é 0,75 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de fevereiro (1,31%). Contudo, representa o maior IPCA para um mês de março desde 2003, quando a taxa alcançou 0,71%. Assim, a inflação acumula alta de 2,04% no 1º trimestre. Nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,48%, acima dos 5,06% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2024, a variação havia sido de 0,16%. Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação positiva. O grupo Habitação, que havia registrado alta de 4,44% em fevereiro, variou 0,24% em março. A energia elétrica residencial, subitem de maior peso no grupo, desacelerou dos 16,8% do mês anterior para 0,12% em março. Compõem a variação, além do reajuste de 1,37% em uma das concessionárias do Rio de Janeiro, com queda de 0,79%, vigente desde 15 de março, os aumentos e reduções nas alíquotas de Pis/Cofins das concessionárias. (Agência CanalEnergia - 11.04.2025)
MME/Nogueira: PL de reestruturação do setor vai focar em questões mais prementes do setor
O secretário Nacional de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Gentil Nogueira de Sá Junior, salientou há pouco que o projeto de lei de reestruturação do setor elétrico, que deverá ser encaminhado à Casa Civil até o fim do mês, será focado nas “questões mais prementes” no setor e demandas antigas dos agentes. “A ideia não é colocar 100% do que seria adequado, mas pontos principais, e discutir com a sociedade e com o Congresso outras evoluções, mas que merecem discussão maior”, disse Nogueira, durante participação no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia. Ele defendeu que o pano de fundo de um texto mais enxuto e focado é propiciar uma discussão mais ampla com as instituições, com o Congresso e com a sociedade, de modo a dar “mais eficiência na dinâmica”. Nogueira lembrou que é necessário avançar também tirar ineficiências que setor traz e citou os cortes de geração, conhecidos no setor como curtailment. (Broadcast Energia - 11.04.2025)
Aneel/Feitosa: Brasil precisa ter uma tarifa de energia mais simples e limpa possível
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, declarou que o Brasil precisa ter uma tarifa de energia mais simples e limpa o possível. De acordo com Feitosa, subsídios fazem parte da política de desenvolvimento de qualquer país, mas o ideal é que determinados encargos sejam encaminhados à outras pastas. “Se um subsídio é voltado para proteção social, o ideal é que esse recurso venha do ministério que trata desse tema, assim como subsídios que tratam das necessidades de irrigação tenham que vir do ministério da Agricultura. Da mesma forma que temos outros subsídios na tarifa e que devem vir de políticas públicas específicas”, disse. (Agência CanalEnergia - 10.04.2025)
Aneel: Feitosa aponta necessidade de intensificar sinal locacional
O diretor geral da Aneel, Sandoval Feitosa, apontou a necessidade de intensificar o sinal locacional na região Nordeste para tentar minimizar as questões de curtailment. De acordo com Feitosa, o principal problema da região atualmente é a falta de demanda, ou seja, com tarifas mais baixas. Essa discussão poderia ser a solução, pois existirá a redução do consumo, que será importante para o desenvolvimento de data centers, siderúrgicas, usinas eletrointensivas e plantas de hidrogênio. “No meio dessa discussão podemos também avaliar esse impacto porque isso será relevante para que possamos reduzir a tarifa de energia elétrica para o consumidor da região”, disse durante conversa com jornalistas no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia. Após ser inserido pela Aneel em 2023, o sinal locacional tinha como objetivo assegurar valores menores para os usuários que menos utilizam o sistema de transmissão. Segundo Feitosa, o setor elétrico é alocativo, e não dá para pensar em tirar o custo de um lugar e não elevar em outro. “A região Nordeste hoje é super habitada em energia e a tarifa para o consumidor do Nordeste precisa diminuir e a tarifa do gerador, obviamente, por ter muita oferta, precisa subir”. (Agência CanalEnergia - 11.04.2025)
Transição Energética
Comitê aprova contratação de estudo para avaliar investimentos em descarbonização da Amazônia
O Comitê Gestor do Programa Pró-Amazônia Legal aprovou a contratação de consultoria técnica especializada para a realização de estudo sobre a estimativa de investimentos em projetos e ações para o alcance das metas do Programa Energias da Amazônia. Aresolução publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (10/04) estabelece que a Eletrobras será responsável pela contratação, podendo optar por uma empresa individual ou consórcio de empresas. O Energias da Amazônia é um programa de descarbonização lançado em agosto de 2023 pelo governo, com a meta de reduzir o uso de óleo diesel na produção de energia nos sistemas isolados, por meio da substituição de geração térmica por fontes renováveis. O investimento previsto é de cerca de R$ 5 bilhões para atendimento a mais de 3 milhões de pessoas em localidades isoladas na região. (Agência CanalEnergia - 10.04.2025)
Ceará busca solução imediata para acomodar 5 GW em H2 e data centers
O governo do Ceará está debatendo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e o Ministério de Minas e Energia uma solução urgente para que os projetos mais avançados de hidrogênio e data centers tenham garantia de acesso ao fornecimento de energia para suas execuções. Segundo o governador do estado, Elmano de Freitas, são R$ 102 bilhões em investimentos planificados na região, sendo R$ 2 bilhões para um grande data center de 1 GW e R$ 100 bilhões entre três usinas de H2, das empresasFortescue, Total Eren e aVoltalia. E que tiveram o pedido de conexão negados pelo ONS recentemente. (Agência CanalEnergia - 10.04.2025)
Transporte marítimo de hidrogênio avança e mira escala comercial
A transição energética pode impulsionar uma nova cadeia logística global com o transporte marítimo de hidrogênio liquefeito (LH₂), cuja viabilidade técnica e comercial começa a se consolidar, apesar dos desafios. O hidrogênio, por ser leve e altamente volátil, exige compressão ou resfriamento extremo para transporte, sendo o navio Suiso Frontier, da japonesa Kawasaki Heavy Industries, um dos primeiros testes em alto-mar. Empresas como KHI, CB&I e consórcios asiáticos já desenvolvem navios maiores e sistemas de contenção mais eficientes, mirando 2030 como marco para uma cadeia de suprimentos em larga escala. Assim como ocorreu com o gás natural liquefeito (GNL), o sucesso do LH₂ dependerá da evolução da demanda global e da superação de obstáculos técnicos, como perdas energéticas e infraestrutura portuária. O Brasil, com seu vasto potencial em energias renováveis, pode se tornar um exportador relevante de hidrogênio de baixo carbono, desde que acompanhe os avanços tecnológicos e estratégias globais, sem comprometer o desenvolvimento de sua própria indústria energética. (Agência Eixos – 13.04.2025)
Especialista alerta que consumidor ainda é deixado de lado na transição energética
Vivemos um momento de profundas transformações no setor elétrico. Os limites entre gerador, distribuidor e consumidor estão se tornando cada vez mais tênues, abrindo espaço para um novo modelo energético, mais integrado, flexível e centrado em quem consome. Antes centralizado, o mercado agora caminha para um ecossistema descentralizado, digitalizado e orientado por dados, onde o consumidor não apenas consome, mas influência e até gera energia. Segundo Cyro Vicente Boccuzzi, sócio fundador da ECOee e presidente do Fórum Latino-Americano de Smart Grid, estamos diante de um consumidor mais ativo, informado e engajado, inclusive com sua própria agenda ambiental. “No entanto, ainda há uma desconexão importante nas discussões sobre transição energética no Brasil, o consumidor muitas vezes permanece à margem. Mesmo com uma matriz energética limpa, abundante e, teoricamente, competitiva, fatores como subsídios cruzados e encargos regulatórios acabam comprometendo essa vantagem”, disse. (Agência CanalEnergia - 11.04.2025)
EPE debate transição energética e geopolítica em Fórum de Líderes do Setor
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) participou ativamente do 3º Fórum Brasileiro de Líderes em Energia, Oil & Gas (2025), no Rio de Janeiro, apresentando análises sobre cenários futuros e desafios do setor. O presidente Thiago Prado destacou o Plano Nacional de Energia 2055, abordando segurança, equidade e sustentabilidade na transição energética. A diretora Heloisa Borges discutiu geopolítica, enfatizando a resiliência do petróleo em meio a incertezas globais e lançou um estudo sobre licitações internacionais de óleo e gás. O evento reuniu autoridades, como o ministro Alexandre Silveira, que reforçou o papel estratégico da EPE no planejamento energético nacional. Temas como inovação, descarbonização e segurança energética também foram debatidos. (EPE – 11.04.2025)
Empresas investem em caminhões sustentáveis, mas maioria da frota segue envelhecida
A renovação da frota de caminhões no Brasil tem avançado, impulsionada pela busca por maior produtividade e, ainda de forma tímida, pela descarbonização do transporte rodoviário. Grandes empresas como o grupo Sada, JSL, Ambev e Volvo têm investido em veículos menos poluentes, como caminhões a gás natural, elétricos e modelos compatíveis com biodiesel. No entanto, o desafio permanece grande, já que a maioria dos caminhões nas estradas tem em média 20 anos e pertence a pequenos transportadores e autônomos com pouca capacidade de investimento. A venda de novos caminhões aumentou em 2024, mas ações sustentáveis ainda ocupam baixa prioridade nas decisões de renovação, conforme apontado por pesquisa do Ilos. Especialistas e líderes do setor defendem a criação de um programa governamental robusto para acelerar a modernização da frota, reduzir emissões, e promover impactos positivos em áreas como meio ambiente, saúde e segurança viária. (Valor Econômico - 14.04.2025)
Crise Climática
IMO aprova acordo climático inédito para emissões zero no setor naval até 2050
Na sede da Organização Marítima Internacional (IMO), em Londres, 104 dos 176 países-membros aprovaram, por votação, um acordo climático inédito que obriga o setor naval a alcançar emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050. Apesar da preferência da IMO por decisões por consenso, a falta de acordo levou à solicitação de votação por parte da Arábia Saudita, que representava um grupo de países produtores de petróleo contrários à medida. O texto aprovado prevê medidas técnicas e econômicas, como uso de combustíveis menos poluentes e investimentos em novas tecnologias. Países como Brasil, China, UE e Japão votaram a favor, enquanto Arábia Saudita, Rússia e Venezuela se opuseram, alegando possíveis impactos negativos à segurança alimentar e à pobreza. Pequenas ilhas do Pacífico, apesar de críticas ao texto por não incluir uma taxação universal das emissões, optaram por se abster para não se alinhar aos produtores de petróleo. Especialistas e ativistas reconheceram o avanço, mas consideraram que a decisão ainda não atende plenamente à urgência climática. (Valor Econômico - 11.04.2025)
Empresas
Eletrobras: Regras para desempate e redução de conselheiros indenpendentes são questionadas
O conselheiro da Eletrobras, Marcelo Gasparino, enviou uma consulta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionando regras propostas pelo conselho de administração da empresa para futuras assembleias. Ele critica a redução de conselheiros independentes, a elegibilidade de uma candidata e a proposta que dá mais poder aos independentes em caso de empate no conselho. Gasparino alega que essas medidas favorecem a atual administração e limitam a participação de acionistas minoritários. Apoiado por alguns fundos, ele defende uma eleição independente e afirma que a privatização de 2022 concentrou poder no conselho. Segundo ele, isso configura um grupo majoritário que age como controlador informal, prejudicando a diversidade e transparência na gestão. Ele alerta que a aprovação da chapa da atual administração pode perpetuar essa situação e defende mais pluralidade e participação efetiva de todos os acionistas. (Broadcast Energia - 11.04.2025)
Transferência da Amazonas Energia é prorrogada por mais 90 dias
A juiza federal Jaíza Fraxe prorrogou por mais 90 dias o prazo para conclusão da transferência de controle da Amazonas Energia para a Âmbar, do Grupo J&F. A nova liminar foi concedida nesta sexta-feira (11/04) à distribuidora, que alegou a possibilidade concreta de um acordo amigável com a Aneel para resolver de forma definitiva a questão, encerrando o processo judicial que torna precárias todas as decisões sobre o assunto. A Amazonas Energiaprotocolou em fevereiro um pedido de audiência de conciliação no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, após a diretoria da agência ter autorizado o diretor-geral, Sandoval Feitosa, a buscar uma solução para o impasse junto à Advocacia Geral da União. (Agência CanalEnergia - 11.04.2025)
Neoenergia registra alta de 3,6% no volume de energia injetada no 1º tri 2025
O volume de energia injetada na rede de distribuição das concessionárias da Neoenergia somou 22.903 GWh no primeiro trimestre do ano. Esse volume representa um aumento de 3,6% quando comparado ao mesmo período de 2024. Desse total, a geração distribuída foi responsável por 2.070 GWh alta de 2,3% na base analisada, sendo o maior montante registrado na área da Coelba com 724 GWh. O maior mercado em energia injetada total é a Bahia com 7.772 GWh, seguido pela Elektro com 6.075 GWh, Pernambuco respondeu por 5.076 GWh, Neoenergia Brasília com 2.061 GWh e depois a Cosern com 1.919 GWh. Entre as distribuidoras o maior crescimento total foi verificado na região da Elektro com alta de 5,9%, depois vem a Bahia com 5,3%. Houve uma retração, em Pernambuco, de 0,2%. (Agência CanalEnergia - 11.04.2025)
Petrobras: Escolha de nova diretoria de compliance é deliberada em meio a disputa por influência
O Conselho de Administração da Petrobras discute a nomeação de Ricardo Wagner de Araújo, auditor da Controladoria-Geral da União (CGU), como novo diretor de Governança e Compliance, em substituição a Mário Spinelli – ligado ao ministro da Fazenda -, cujo mandato termina no fim de abril e não será renovado. A saída de Spinelli ocorre em meio a tensões internas, especialmente com a presidente da companhia, Magda Chambriard. Divergências entre os dois, como nas decisões sobre a fábrica de fertilizantes do Paraná e a plataforma P-31, além do incômodo de Magda com o canal de denúncias anônimas gerido pela diretoria de compliance, contribuíram para o afastamento do executivo. Segundo a companhia, a escolha de Wagner, representa um equilíbrio político entre diferentes grupos de influência dentro da Petrobras, incluindo os ministérios da Fazenda, de Minas e Energia, e da CGU, emergindo como uma solução de consenso para evitar novos conflitos. (O Globo – 11.04.2025)
Eletrobras: Presidente do CA defende aprovação de acordo com União
O presidente do Conselho de Administração da Eletrobras, Vicente Falconi, em carta enviada aos acionistas, defendeu a aprovação do Termo de Conciliação firmado entre a empresa e a União, que será votado em Assembleia Geral Extraordinária no dia 28 de abril. O acordo busca encerrar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), garantindo ao governo federal o direito de indicar três membros para o Conselho de Administração e um para o Conselho Fiscal, sem alterar a limitação de 10% do poder de voto por acionista — o que mantém a Eletrobras como uma corporation. O termo também desobriga a empresa de investir na usina nuclear Angra 3 e permite sua saída do capital da Eletronuclear. Segundo o executivo, que o acordo representa um avanço importante para a estabilidade da companhia e sua governança, além de destravar seu potencial estratégico e permitir uma trajetória de crescimento sustentável. (Agência CanalEnergia - 11.04.2025)
Eletrobras: Novas indicações para o conselho de administração são divulgadas
A Eletrobras anunciou a indicação de novos candidatos ao conselho de administração, no contexto da Assembleia Geral Ordinária (AGO) agendada para 29 de abril de 2025. Entre os candidatos estão: Carlos Marcio Ferreira, Pedro Batista de Lima Filho e Afonso Henriques Moreira Santos. Carlos Marcio Ferreira recebeu apoio de fundos sob gestão da SPX Gestão de Recursos, Opportunity HDF, Oceana Investimentos e Navi Capital. Já o candidato Pedro Batista de Lima Filho foi indicado por fundos sob gestão da Atmos Capital, Vinci Equities, Milestones, Radar e SPX Gestão de Recursos. Afonso Henriques Moreira Santos, por sua vez, teve o apoio do Fundo de Investimento em Ações Dinâmica Energia. Santos, ainda, assumiu compromisso formal para de renunciar ao cargo de conselheiro da CEMIG caso seja eleito para a Eletrobras, o que validou sua candidatura diante do comitê de pessoas e governança da ex-estatal. Segundo a empresa, a diversidade de perfis e experiências no colegiado é essencial para fortalecer a governança, enriquecer os debates e ampliar a capacidade de supervisão estratégica. (Agência CanalEnergia - 10.04.2025)
Eletrobras: Indicação de Marisete Pereira para nova composição do CA contrapõe conselheiros
A indicação de Marisete Pereira para composição do novo Conselho de Administração da Eletrobras gerou controvérsia entre os atuais conselheiros. Embora sua nomeação tenha sido aprovada pela maioria, o conselheiro Marcelo Gasparino votou contra, alegando que ela não atende aos critérios de independência por ter atuado como representante do governo na desestatização da empresa e por presidir uma associação ligada a empresas concorrentes. A administração e o Comitê de Pessoas e Governança, entretanto, defenderam a elegibilidade de Marisete, afirmando que ela seguiu todos os trâmites legais e sempre teve sua independência reconhecida. A divergência evidencia tensões internas e interpretações distintas sobre critérios de governança, refletindo a disputa por influência no conselho. A eleição do novo colegiado está marcada para 29 de abril. (Broadcast Energia - 11.04.2025)
Eletrobras: Carta aos acionistas defende eleição ao CA de lista da administração
A Eletrobras, em carta enviada aos acionistas, defendeu a eleição dos nomes indicados pela atual administração para o novo conselho de administração, que será formado em 29 de abril. No documento, assinado pelo presidente do conselho, Vicente Falconi, a Eletrobras detalha o processo de escolha dos candidatos, destacando as indicações de Pedro Batista de Lima Filho e Carlos Márcio Ferreira, feitas por fundos acionistas. A menção específica a esses nomes é interpretada como resposta às críticas de consultorias de voto internacionais, que não recomendaram esses candidatos e sugeriram outros, como Marcelo Gasparino, Juca Abdalla e Rachel Maia. A companhia afirma que o processo de seleção foi criterioso, com apoio de comitês internos, consultores externos e participação de acionistas, com foco em competências técnicas, diversidade e alinhamento com os objetivos estratégicos da empresa. A carta também acena para a necessidade de uma renovação controlada do conselho, diante das transformações no setor elétrico, e afirma que as decisões sobre reconduções levaram em conta avaliações de desempenho dos atuais conselheiros. (Broadcast Energia - 11.04.2025)
Leilões
Governo quer que novas diretrizes do LRCap sejam publicadas em até 60 dias
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quinta-feira (10) que o novo edital do Leilão de Reserva de Capacidade (LRCap) deve ser publicado em até 60 dias. Caso esse prazo seja cumprido, a expectativa é de que o certame ocorra ainda em 2025. Para lembrar, a concorrência foi cancelada no final da última semana após uma série de contestações das regras e diretrizes do leilão no âmbito judicial. “O ideal é que [o edital] saia em 60 dias, espero que seja até antes”, disse Silveira, durante participação no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia, no Rio de Janeiro. O Ministério de Minas e Energia está revisando as regras para evitar novos questionamentos jurídicos. “Determinei que isso fosse feito no menor tempo possível e com maior segurança. (Petronotícias – 10.04.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
ONS: Custo Marginal da Operação cai 40% no Sudeste/Centro-Oeste entre 12 e 18/04
O Custo Marginal da Operação (CMO) para o período de 12 a 18 de abril, caiu 40% no submercado Sudeste/Centro-Oeste, em relação à semana passada, para R$ 163,42 por megawatt-hora (MWh). No Sul, o custo para se produzir 1 MWh diminuiu 38%, para R$173,26, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no boletim do Programa Mensal da Operação (CMO). Já no Nordeste e no Norte o CMO permanece em R$0,00 por MWh. (Broadcast Energia - 11.04.2025)
Reservatórios do NE ficam estáveis e contam com 76,7% da capacidade
O submercado Nordeste apresentou estabilidade no nível de armazenamento dos reservatórios e operava com 76,7% da capacidade na última quinta-feira, 10 de abril, se comparado ao dia anterior. As informações são do boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A energia armazenada somou 39.660 MW mês e a energia natural afluente (ENA) 4.046 MW med, valor que corresponde a 27% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A hidrelétrica de Sobradinho marca 76,13%. A região Sul também ficou estável e operava com 39,1%. A energia armazenada marca 8.010 MW mês e ENA é de 4.516 MW med, equivalente a 56% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 39,58% e 46,93% respectivamente. (Agência CanalEnergia - 11.04.2025)
CCEE: PLD médio diário volta a ter comportamento similar nos quatro submercados do SIN
O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) voltou a ter curva similar entre os quatro submercados do Sistema Interligado Nacional (SIN) nesta sexta-feira, 11, após meses de descasamento. De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, no Sudeste/Centro-Oeste, o PLD médio de hoje fica em R$258,81 por megawatt-hora (MWh). A máxima é de R$274,27 por MWh, às 18h, e a mínima é de R$207,75 por MWh, às 12h. No Sul, a média diária é de R$259,64 por MWh. A máxima para o dia também é de R$274,27 por MWh no subsistema e se dará às 18h enquanto a mínima fica em R$207,76 por MWh, também ao meio-dia. (Broadcast Energia - 11.04.2025)
Mobilidade Elétrica
Empresas investem em frota elétrica e rotas otimizadas para reduzir emissões
Apenas 1% das grandes indústrias e varejistas brasileiras estão na liderança da descarbonização logística, enquanto a maioria ainda está em estágios iniciais ou de planejamento, segundo pesquisa do Instituto Ilos. Para reduzir emissões de gases de efeito estufa, empresas têm investido na consolidação de cargas, otimização de rotas e, principalmente, na eletrificação da frota e uso de combustíveis alternativos. Iniciativas como triciclos e VUCs elétricos da Fever Mobilidade, frota sustentável do Mercado Livre, otimização de entregas e uso de modais como cabotagem no Magazine Luiza, e ações da PepsiCo, Ambev e DHL mostram avanços na última milha e no transporte de cargas em geral. Apesar de desafios como infraestrutura limitada, os resultados incluem economia operacional, redução de emissões e maior conforto para os motoristas, reforçando a importância da logística sustentável na agenda ambiental e econômica das empresas. (Valor Econômico - 14.04.2025)
Inovação e Tecnologia
Utcal Summit debate as novas tecnologias de utilities e o uso da inteligência artificial
Com mais de mil participantes, o UTCAL Summit 2025 — o maior evento de utilities da América Latina, começou trazendo novidades para regulamentação dos setores de energia e de telecomunicações. Na abertura, o presidente da UTC América Latina, Dymitr Wajsman destacou a importância das novas tecnologias para o aprimoramento da entrega de serviços críticos. Uma das novidades apresentadas a profissionais do setor de utilities e players do setor foi o anúncio da apresentação de documento sobre a regulamentação do uso de tecnologias para armazenamento de energia elétrica, feita pelo diretor relator da Aneel, Ricardo Tili. A sua proposta deve ser anunciada deve até o dia 24 de maio, quando encerra seu mandato. Tili também apresentará uma minuta para a questão da regulamentação dos postes que envolve os setores de energia e telecomunicações, buscando um equilíbrio entre os interesses da Aneel e da Anatel. Já o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, solicitou a colaboração da UTCAL para atuar na coordenação de interferências do espectro para uso das faixas de radiofrequências associadas ao Serviço Limitado Privado (SLP) pelas utilities. (Petronotícias – 10.04.2025)
Geotrasport opta por inovadores Astra HD9 8x6 para transporte de pás eólicas
O transporte de pás eólicas é uma das operações mais complexas no setor de transporte excepcional. O comprimento, o peso e as dimensões superdimensionadas desses componentes exigem veículos altamente especializados e tecnologias avançadas para garantir um transporte seguro e eficiente. Nesse contexto, a Geotrasporti, empresa especializada em transporte ferroviário e eólico, optou por contar com dois inovadores Astra HD9 8×6 equipados com transmissões Allison. A primeira pá foi transportada do Porto para o Campo “Mondonuovo”. A operação teve sucesso graças ao desempenho do novo equipamento totalmente automático Allison da Série 4700. (Petronotícias – 12.04.2025)
Energias Renováveis
Thopen: Captação de R$ 90 mi para aporte em projetos de energia solar em 6 estados
A Thopen, plataforma da Pontal Energy, realizou a captação de R$ 90 milhões com a primeira emissão de debêntures incentivadas de uma de suas controladas. Os fundos de renda fixa foram investidos pela Kinea. Os recursos serão destinados para o financiamento de projetos fotovoltaicos nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Ceará; que, juntos, têm capacidade instalada total de aproximadamente 27,9 MWp. A previsão para operacionalização dos ativos é até setembro de 2025. De acordo com comunicado da empresa, esse aporte será importante para os planos de expansão em âmbito nacional. Ainda, aponta que há pretensão de investir mais de R$ 2 bilhões na plataforma - que faz atualmente a gestão de 250 mil unidades consumidoras - até 2027. (Agência CanalEnergia - 11.04.2025)
Aneel libera mais de 50 MW para início de operação em teste
A Agência Nacional de Energia Elétrica liberou para início de operação em teste, a partir de 10 de abril, a unidade geradora UG5, da Eólica Serra Do Assuruá 2 Ltda, de 4,5 MW, no estado da Bahia. A Aneel também liberou a UG6, da EOL Ventos de Santa Luzia 15, de 4,5 MW e a UG12, da EOL Ventos de Santo Antônio 04, de 4,5 MW, ambas no estado da Bahia. A Agência liberou as unidades UG1 a UG150, da UFV Assu Sol 6, que juntas somam de 50 MW, no estado do Rio Grande do Norte. As deliberações foram publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 10 de abril. (Agência CanalEnergia - 10.04.2025)
Gás e Termelétricas
Firjan debate impactos da reforma tributária no setor de gás
O 3º Seminário Tributação em Óleo e Gás, realizado pela Firjan em parceria com a Infis Consultoria, reuniu especialistas para discutir os efeitos da reforma tributária no setor energético. Gisela Gadelha, da Firjan, destacou que a reforma, embora não ideal, trouxe simplificação e transparência, mas ainda requer regulamentação para beneficiar plenamente o ambiente de negócios. Eduardo Pontes, da Infis, ressaltou a abrangência do evento, que abordou temas como metalurgia, setor naval e aduaneiro. Karine Fragoso, da Firjan, enfatizou a necessidade de diversificação energética, enquanto Claudio Nunes (IBP) apontou que o setor responde por 17% do PIB industrial. Francisco Bulhões (PRIO) criticou entraves tributários, e Tabita Loureiro (PPSA) destacou avanços no pré-sal. (Petronotícias – 10.04.2025)
Mercado Livre de Energia Elétrica
Engie: GD abriu o mercado para os consumidores, mas competição ainda deve ser impulsionada
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a abertura total do mercado livre de energia para todos os consumidores deve ocorrer até o final de 2026. Na concepção de Eduardo Sattamini, CEO da Engie Brasil, todavia, essa abertura já acontece, mas de forma limitada, beneficiando apenas quem investe em mini e microgeração distribuída (MMGD). Não obstante, ele ressalta que essa energia é cara, pois compete com a das distribuidoras que arcam com encargos e tarifas do sistema elétrico. Diante disso, o executivo enfatiza que é essencial ampliar a concorrência e permitir que qualquer consumidor escolha seu fornecedor, o que ainda não é possível de forma ampla e equitativa. Durante o Fórum Brasileiro Líderes em Energia, Sattamini e outros especialistas destacaram ainda que a abertura do mercado não deve ser um fim em si, mas um meio de tornar o setor mais eficiente. Mas apesar da crescente expansão do mercado livre e dos ganhos de eficiência prospectivos, alertou para a permanência de questões que dificultam o processo, como a quantidade de subsídios que incidem sobre as tarifas reguladas, tornando-as mais caras, de modo que podem ficar inviáveis para os consumidores no futuro e impelir consequências para o mercado livre. Além disso, destacou que a constante instabilidade regulatória afasta investidores internacionais e compromete o desenvolvimento sustentável do setor. (Agência CanalEnergia - 10.04.2025)