IFE Diário 6.163
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
ONS: Revisão Quadrimestral da Carga 2025-2029 traz variação média de 3,4% no SIN
O Operador Nacional do Setor Elétrico, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e a Empresa de Pesquisa Energética divulgaram, na última sexta-feira, 04 de abril, os dados da Primeira Revisão Quadrimestral das Previsões de Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética – 2025-2029. A perspectiva é de crescimento médio de 3,4% da carga do Sistema Interligado Nacional no período. Para 2025, o crescimento projetado é de 3,7% na carga global, atingindo o valor de 82.871 MW med. Em 2029, está previsto o valor de 94.573 MW med. Os dados consideram a Micro e Minigeração Distribuída e a integração de Roraima no SIN em janeiro de 2026. (Agência CanalEnergia - 08.04.2025)
CMSE determina ações para reduzir impactos de cortes na geração de energia renovável no Nordeste
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) determinou que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) adote medidas para ampliar o aproveitamento da geração de energia renovável no Nordeste, reduzindo os impactos dos cortes de geração — prática conhecida como “curtailment” — que têm prejudicado empresas do setor. Entre as ações previstas, o ONS deverá apresentar até junho de 2025 um estudo com novas regras para minimizar as interrupções e aprimorar os Sistemas Especiais de Proteção, visando ampliar o intercâmbio de energia entre os subsistemas do país. Os cortes, que afetam especialmente as fontes eólica e solar, decorrem da falta ou limitação da infraestrutura de transmissão e do excesso de oferta em relação à demanda, sendo que apenas parte desses casos prevê compensação. Após o apagão de agosto de 2023, o ONS adotou postura mais conservadora, agravando o problema, e diversas empresas impactadas, como Renova e Engie, têm registrado prejuízos e recorrido à Justiça contra a Aneel.(Valor Econômico - 09.04.2025)
Reservatórios do Sul operam com 39% da capacidade
Os reservatórios do Sul apontaram queda de 0,1 ponto percentual na última segunda-feira, 07 de abril, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O subsistema trabalha com 39% de sua capacidade. A energia armazenada marca 7.972 MW mês e ENA é de 3.094 MW med, equivalente a 54% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 38,71% e 46,46%, respectivamente. A região Nordeste baixou 0,1 p.p e está operando com76,7% de sua capacidade. A energia retida é de 39.662 MW mês e ENA aponta 3.427 MW med, valor que corresponde a 24% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 76,74%. A Região Norte diminuiu 0,1 p.p e trabalha com 96%. A energia armazenada indica 14.689 MW mês e a energia natural afluente computa 24.871 MW med, correspondendo a 61% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 99%. (Agência CanalEnergia - 08.04.2025)
BBCE tem alta de 51% no giro financeiro em março, mas queda nos volumes de energia
Impulsionados pelo aumento dos preços futuros de energia elétrica, os negócios na plataforma BBCE movimentaram em março R$ 10,06 bilhões, montante 51,2% maior que o apurado em igual período do ano passado e 6% acima do verificado em fevereiro. Segundo o balcão de comercialização, trata-se do maior volume financeiro transacionado pela empresa para o mês de março. A cifra elevada é fruto da escalada do valor do megawatt-hora, em decorrência da piora das previsões de chuvas e, consequentemente, das reduções nas projeções de afluência e armazenamento nas hidrelétricas, fatores que influenciam na formação dos preços da energia. O movimento é observado desde o fim de janeiro. (Broadcast Energia - 09.04.2025)
Obra de transmissão no centro de SP é autorizada pela Aneel
A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou o remanejamento de banco de transformadores da Subestação Manoel da Nóbrega para a subestação Centro, ambas no Estado de São Paulo. De acordo com a agência reguladora, esta última instalação supre importantes consumidores na região central da capital paulista. O ONS consolidou a obra no Plano de Outorga de Transmissão de Energia Elétrica Ciclo 2025 – 1ª Emissão – Reforços de Pequeno Porte das Instalações de Transmissão Existentes (POTEE 2025). O remanejamento foi considerado pelo ONS como solução estrutural que melhor garante a confiabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN) nesses dois pontos do sistema. (Agência CanalEnergia - 08.04.2025)
Regulação
MME aprova PDE 2034
O Ministério de Minas e Energia, publicou nesta quarta-feira, 9 de abril, a Portaria MME 831 que aprova o Plano Decenal de Energia de 2034. Ao longo de todo o ano passado, a Empresa de Pesquisa Energética, responsável pela elaboração do PDE 2034, divulgou os cadernos temáticos que compõem o Plano. A previsão é de que os investimentos somem R$ 3,2 trilhões, sendo que 80% desse valor dedicados à indústria do óleo e gás. Esses cadernos tratam do Meio Ambiente, Transmissão de Energia, Gás Natural, Parâmetros de Custos de Geração e Transmissão, Demanda de Eletricidade e até um estudo para a MMGD e baterias. Ao total são 17 cadernos temáticos. De acordo com a EPE, o PDE é um dos mais importantes produtos elaborados pela empresa, contando com o apoio das equipes do Ministério de Minas e Energia e em alinhamento às diretrizes adotadas por este órgão. O PDE 2034 apresenta as perspectivas da expansão do setor de energia para os próximos 10 anos, considerando o período de 2025 a 2034, mantendo uma visão integrada para os diversos energéticos. E ressalta que os múltiplos estudos presentes no plano subsidiam decisões de política energética, integrando-as às demais políticas adotadas no país, em especial as ligadas às mudanças climáticas e de transição energética. (Agência CanalEnergia - 09.04.2025)
Itaipu apresenta superávit em 2024 e promete manter tarifa para o consumidor
O Conselho de Administração de Itaipu Binacional informou nesta quinta-feira (10) que a usina apresentou superávit de US$ 680 milhões (R$ 3,96 bilhões) em 2024. O resultado se refere à Conta de Exploração, que mostra o saldo entre as receitas e os custos da geração de energia. Houve ainda lucro contábil de US$ 443 milhões. Estiveram presentes na apresentação do balanço o diretor-geral brasileiro, Enio Verri, os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão), além de representantes dos governos do Brasil e do Paraguai. O Conselho da usina também aprovou o volume recorde de US$ 871,9 milhões em investimentos socioambientais, sendo US$ 540,3 milhões aplicados no Brasil. A usina destinou ainda US$ 301 milhões para a Conta de Comercialização de Itaipu. Segundo a empresa, isso garante a manutenção da tarifa de energia em US$ 17,66/kW, sem previsão de aumentos para os consumidores. (Folha de São Paulo – 10.04.2025)
Aneel aprova antecipação de pagamentos das Contas Covid e Escassez Hídrica
A Aneel alterou os Submódulos 4.4, 4.4A e 5.2 do Proret para viabilizar a quitação antecipada das Contas Covid e Escassez Hídrica, após consulta pública que recebeu 20 contribuições de agentes setoriais. Nove sugestões foram aceitas, incluindo demandas por maior transparência, como pedido da Abradee e Energisa. A medida gerará benefício global de R$46,5 milhões, com impacto tarifário médio de 0,02%, mas efeitos desiguais entre distribuidoras – 50 com VPL favorável e 53 com VPL desfavorável. Para garantir isonomia aos consumidores, Cemig e Copel propuseram um mecanismo de equalização via CDE Eletrobras. A MP 950/2020, que permitiu usar a CDE para amortizar dívidas do setor elétrico durante a pandemia, fundamenta a decisão. A Aneel terá 30 dias para publicar explicação didática em seu site. (Agência CanalEnergia - 08.04.2025)
Aneel prevê aprovar regulamentação de compartilhamento de postes até 20 de maio
Ricardo Tili, diretor da Aneel, afirmou que a agência deve aprovar até 20 de maio o processo que regulamenta o compartilhamento de postes entre os setores elétrico e de telecomunicações. A resolução estabelecerá critérios objetivos, mas os valores de utilização ainda não serão definidos. Tili destacou a complexidade de alinhar as regras com a Anatel, mas reforçou a colaboração entre as agências. O prazo foi fixado antes do fim de seu mandato, encerrando um longo debate sobre o tema. A declaração foi feita durante o UTCAL Summit 2025, evento sobre telecomunicações e automação realizado no Rio de Janeiro. (Broadcast Energia - 09.04.2025)
Decisão judicial coloca Aneel e CPFL em situação desafiadora sobre tarifa
A Justiça determinou um repasse de R$4,68 bilhões dos consumidores da CPFL Paulista à comercializadora do grupo, gerando dilemas para a Aneel. A decisão, fundamentada na segurança jurídica e não retroatividade, exige que a agência avalie a viabilidade de incluir esse montante nas tarifas dos consumidores, tensionando o princípio de acessibilidade tarifária. Embora três diretores da Aneel apoiem o parcelamento do valor em cinco etapas, com aumento médio de 4,56% na tarifa de 2025, outros diretores questionaram o cálculo e solicitaram análise mais detalhada. Para o UBS BB, apesar de ganhos financeiros previstos para a CPFL, há preocupação com impactos regulatórios e reputacionais, especialmente em um momento sensível para revisão do marco do setor. (Broadcast Energia - 09.04.2025)
Contratações aumentam 50% no setor de infraestrutura e energia no Brasil no 1º tri 2025
O aumento da demanda por projetos de infraestrutura e energia no Brasil tem impulsionado significativamente o mercado de trabalho, com um crescimento de 50% nas contratações no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao ano anterior, e aumento médio de 5% nos salários. Segundo levantamento da Michael Page, há uma forte valorização de cargos técnicos e gerenciais, principalmente nas áreas de infraestrutura elétrica e sistemas de armazenamento de energia, com destaque para funções como diretor de operações, diretor de vendas, gerente de vendas e especialista em aplicação. Os salários variam entre R$ 15 mil e R$ 55 mil, refletindo a escassez de profissionais qualificados em setores estratégicos como data centers, hospitais e bancos. O cenário é impulsionado pelos altos investimentos em infraestrutura, que somaram R$ 259,3 bilhões em 2024, com expectativa de crescimento contínuo. (Valor Econômico - 09.04.2025)
Aprovado, projeto que aumenta as penas para furto de cabos volta à Câmara
As penas para furto, roubo e receptação de equipamentos de telefonia ou de transmissão de energia elétrica serão maiores, caso seja convertido em lei o projeto aprovado em Plenário nesta quarta-feira (9). O texto do PL 4.872/2024 tem origem na Câmara dos Deputados e altera o Código Penal e a Lei Geral das Telecomunicações. Modificado pelos senadores, o projeto retorna à análise da Câmara. Para o caso de furto de fios e cabos de eletricidade ou de telefonia, o projeto estabelece pena de reclusão de dois a oito anos e multa. O texto aplica a mesma pena para o furto de bens que comprometam o funcionamento de órgãos públicos ou de estabelecimentos que prestem serviços públicos essenciais. No caso de roubo desses itens, isto é, quando o crime envolver ameaça ou violência, a pena prevista é de seis a doze anos de reclusão e multa; e no caso de receptação — que envolve, por exemplo, recebimento, transporte ou ocultação dos cabos —, a pena pode variar de dois a 16 anos de reclusão e multa. (Agência Senado – 09.04.2025)
Projetos de lei buscam combater evasão fiscal no setor de combustíveis
Postos de combustíveis poderão ser responsabilizados por adquirir produtos de empresas classificadas como “devedoras contumazes” de tributos, caso um dos projetos de lei sobre evasão fiscal recorrente seja aprovado no Congresso. A proposta visa combater uma evasão tributária estimada em R$ 26 bilhões por ano, equiparando a prática à receptação de produto roubado e buscando eliminar vantagens competitivas desleais. Dois projetos estão em destaque: o PL 164/2022, aprovado na CCJ do Senado e com pedido de urgência para votação no plenário, e o PLP 125/2022, que prevê o Código de Defesa do Contribuinte e foi construído em conjunto entre Legislativo e Executivo. A medida tem impacto econômico e de segurança pública, pois a sonegação no setor de combustíveis é ligada à informalidade e ao crime organizado, especialmente em estados como SP, RJ, MG e PR. A proposta ganha força em um contexto de maior atenção ao combate ao crime, sendo vista como essencial para proteger o mercado legal de combustíveis e o consumidor final, além de contribuir para uma transição energética sustentável. (Valor Econômico - 10.04.2025)
Fitch Ratings: Termos da renovação de distribuição são avaliados positivamente
A agência de classificação de risco Fitch Ratings considerou positiva a proposta de renovação antecipada das concessões das 19 distribuidoras de energia com contratos vencendo entre 2025 e 2031. A expectativa é que as renovações ocorram em 2025, e o aditivo contratual divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em fevereiro não trouxe mudanças inesperadas que comprometam os perfis de crédito das empresas. Todas as concessionárias, com exceção da Light, estão em conformidade com as metas de qualidade e limites de alavancagem. A Light, que está em recuperação judicial, deve se beneficiar de capital novo e da reestruturação de sua dívida. A Fitch também destacou que, embora os novos contratos tragam metas mais rigorosas e aumento de custos operacionais, isso não deve comprometer o desempenho financeiro do grupo. A Enel é vista como um caso de maior desafio, mas com potencial de ganho de eficiência. A Fitch analisou positivamente medidas como a limitação de dividendos em caso de descumprimento de metas, o reconhecimento tarifário de investimentos em modernização e a socialização de perdas em áreas complexas. No entanto, alertou que subsídios nacionais via tarifas podem pressionar regiões mais vulneráveis, como o Norte e o Nordeste. (Agência CanalEnergia - 09.04.2025)
Artigo de Jorge Arbache: "E agora, José?"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Jorge Arbache (professor de economia da Universidade de Brasília [UnB]) trata do colapso da globalização e seus impactos sobre países e empresas que antes se beneficiaram fortemente dela, como Cingapura e Apple. Ele argumenta que a nova ordem mundial, marcada por protecionismo, guerras comerciais e desmonte de instituições multilaterais, torna o cenário econômico global mais caótico e imprevisível. Nesse contexto, países altamente dependentes do comércio exterior, como Cingapura, enfrentam vulnerabilidades severas, enquanto empresas como a Apple veem ameaçadas suas complexas cadeias globais de valor. Para Arbache, o Brasil, apesar dos riscos, pode emergir como beneficiário relativo dessa mudança, devido à sua autossuficiência energética e alimentar, tamanho de mercado, relações diplomáticas amplas e capital natural abundante. O autor defende que o país tem uma chance histórica de superar seus gargalos estruturais e assumir papel estratégico na nova geoeconomia, desde que haja liderança com visão e coragem para aproveitar esse momento. (GESEL-IE-UFRJ – 10.04.2025)
MME indefere pedidos de usinas de GD para enquadramento no Reidi
O Ministério de Minas e Energia publicou no Diário Oficial desta terça-feira, 8 de abril, o despacho técnico 5/2025 /STP indeferindo pedidos de projetos de enquadramento ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura dos projetos de minigeração distribuída. A negativa foi para 65 projetos. De acordo com o despacho, a nota técnica 21 da Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento fundamenta a decisão. Os pedidos negados foram enviados à Agência Nacional de Energia Elétrica nos meses de novembro e dezembro do ano passado e janeiro de 2025. (Agência CanalEnergia - 08.04.2025)
Aneel fixa taxa de fiscalização para distribuidoras com reajuste em março
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou hoje, 04 de abril de 2024, os valores da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE) no Diário Oficial da União (DOU). Esses valores se aplicam aos agentes de distribuição de energia elétrica que passaram por atualização tarifária em março. No despacho publicado, estão listados os montantes correspondentes a cada concessionária, como Enel Rio, Light e CPFL Santa Cruz. A TFSEE é dividida em duodécimos, e a parcela referente ao mês de competência deve ser quitada até o dia 15 do mês subsequente.Essa divulgação é importante para as empresas do setor elétrico, pois as taxas de fiscalização incidem diretamente sobre suas atividades e custos operacionais. Com os valores agora conhecidos, as concessionárias podem se programar financeiramente e cumprir com suas obrigações perante a Aneel. A transparência nesse processo é fundamental para garantir a regularidade e o bom funcionamento do mercado de energia elétrica no país. (Broadcast Energia - 08.04.2025)
Aneel mantém decisão sobre cálculo para revisão da RAP de transmissoras
A diretoria colegiada da Aneel decidiu pelo estabelecimento de súmula para consolidação do seu entendimento a respeito do cálculo do Custo de Capital de Terceiros (rD) para fins de revisão tarifária periódica da Receita Anual Permitida (RAP) das transmissoras, presente na Cláusula Sétima dos Contratos de Concessão do segmento. De acordo com oprocesso, nos casos em que o anexo dos contratos licitados indicar que a taxa de risco s1 é definida em termos nominais, o custo será recalculado aplicando-se o deflacionamento pelo IPCA sobre a taxa resultante da adição do prêmio de risco s1 à Taxa de Juros. (Agência CanalEnergia - 08.04.2025)
Aneel altera submódulos para antecipação das Contas Covid e Escassez Hídrica
A Aneel aprovou a alteração dos Submódulos 4.4, 4.4A e 5.2 dos Procedimentos de Regulação Tarifária (Proret) para contemplar a regulação associada a quitação antecipada das Contas Covid e Escassez Hídrica. A decisão vem após os resultados da Consulta Pública nº 29/2024, com outra determinação da diretoria colegiada sendo a implementação, em até 30 dias, de uma explicação didática em seu site, visando promover a transparência do processo. De acordo com oprocesso, a CP recebeu vinte contribuições de oito agentes setoriais. Nove foram acatadas, oito não aceitas, uma parcialmente aceita e duas foram classificadas como não aplicáveis. Para fins de análise, as contribuições foram divididas em quatro blocos: Benefício ao consumidor e equalização; Tratamento do Mercado Cativo e Livre; Operacionalização da retirada da cobertura tarifária; e Demais contribuições e outros temas. (Agência CanalEnergia - 08.04.2025)
Aneel define regra para cálculo de custo de capital em revisão tarifária de transmissoras
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve sua decisão sobre o cálculo do Custo de Capital de Terceiros (rD) para revisão tarifária periódica da Receita Anual Permitida (RAP) das concessionárias de transmissão. A súmula estabelece que, quando contratos indicarem a taxa de risco (s1) em termos nominais, o custo será recalculado com deflacionamento pelo IPCA, somando-se o prêmio de risco à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Contratos pós-2007 preveem revisão quinquenal da receita, ajustando o WACC, que impacta a RAP. A discussão surgiu na revisão dos contratos do Leilão 004/2008, onde o Anexo V definiu s1 em termos nominais, gerando questionamentos desde 2015. (Agência CanalEnergia - 08.04.2025))
Transição Energética
Investimentos em transição energética crescem, mas riscos regulatórios ainda preocupam investidores
Segundo pesquisa da KPMG com 50 executivos de 11 setores no Brasil, os principais obstáculos para investidores na transição energética são os riscos regulatórios e de políticas públicas, apesar do reconhecimento de que os investimentos na área estão crescendo rapidamente. Ambientes regulatórios estáveis são considerados essenciais, especialmente para projetos de longo prazo como solar, eólica, biocombustíveis e hidrogênio verde. A pesquisa revelou que investidores financeiros priorizam o retorno monetário (48%) e o desenvolvimento tecnológico (35%), enquanto investidores operacionais valorizam segurança energética, impacto social, custos e pressão das partes envolvidas. A redução dos juros, queda nos custos de materiais e políticas favoráveis devem impulsionar os aportes, com foco em eficiência energética (64%), armazenamento e infraestrutura de rede (40%). A transição energética é vista como fonte de oportunidades em diversos setores. (Agência Eixos – 09.04.2025)
Riscos regulatórios são maior barreira a investimentos em transição energética
Em 2024, os ativos ligados à transição energética no Brasil atraíram investimentos significativos, variando de US$ 10 milhões a US$ 1 bilhão. No entanto, um estudo da consultoria KPMG aponta que esses números poderiam ser ainda maiores se houvesse um cenário global mais estável em relação às políticas energéticas. Para 36% dos executivos responsáveis por esses investimentos, os principais desafios são os riscos regulatórios e políticos, que podem impactar os planos de investimento a longo prazo. Além disso, a incerteza sobre o desempenho de tecnologias e a volatilidade do mercado também são preocupações. (Broadcast Energia - 08.04.2025)
Armazenamento de energia é um dos focos do setor para 2025
A regulamentação do uso de tecnologias para o armazenamento de energia elétrica, proposta pela Aneel em Consulta Pública (CP) nº 39/2023, foi um dos temas abordados na abertura do evento UTCAL Summit 2025, que acontece nesta quarta-feira, 09 de abril, no Rio de Janeiro. O processo é aguardado com grande expectativa pelo mercado, tendo em vista que as novas tecnologias são essenciais para garantir a continuidade dos avanços no setor elétrico e consequentemente na transição energética. Segundo Ricardo Tili, diretor da Aneel e relator do processo, a expectativa é que o processo seja pautado até o final do seu mandato, que será no dia 24 de maio. Tili destacou também a questão do compartilhamento dos postes, em relação a regulamentação que é uma cobrança antiga dos 2 setores: energia e telecomunicações. O diretor apontou que com a minuta da nota técnica pronta, irá encaminhar uma solução que seja favorável tanto para Aneel quanto para Anatel. “Compor dentro de uma agência já é difícil, agora compor duas agências reguladoras é um desafio enorme, que consome tempo e desafio de trabalho.”, explicou. (Agência CanalEnergia - 09.04.2025)
Secretário do RJ destaca foco em plano para a transição energética
Considerado um dos principais polos de conhecimento, infraestrutura e desenvolvimento de tecnologias ligadas aos setores elétrico e energético, o plano do Rio de Janeiro para a transição energética, para além da exploração de petróleo e gás, está centrado em eólica offshore, energia solar, biogás e biometano. Foi o que afirmou o secretário de Energia e Economia do Mar do RJ, Cássio Coelho. Ele ressaltou que o estado recebeu R$ 25 bilhões de royalties em participações em 2024 e que atualmente 56% da receita estadual vem do setor de óleo e gás. O secretário também salientou os avanços do estado em energia solar e o atual status do hidrogênio para o plano fluminense. (Agência CanalEnergia - 09.04.2025)
Crise Climática
CMA: PL que exige que planos diretores municipais priorizem tecnologias verdes é aprovado
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou, em 8 de abril, por unanimidade, o Projeto de Lei 6.046/2019, que determina a inclusão de normas voltadas à redução de impactos ambientais e à priorização de tecnologias verdes nos planos diretores das cidades. O texto aprovado modifica o Estatuto das Cidades (Lei 10.257/2001) para estabelecer que a legislação que regula a ocupação urbana deve conter normas de uso e ocupação do solo para reduzir impactos ambientais - como os provocados pela crescente verticalização das construções -, além de priorizar tecnologias verdes em parcelamentos e edificações. O projeto também autoriza a criação de incentivos, por meio de lei municipal, para a implantação dessas tecnologias nas edificações, incluindo a instalação de telhados verdes e reservatórios para a água da chuva. Segundo o relator do projeto, o senador Confúcio Moura (MDB-RO), o objetivo é promover práticas mais sustentáveis no desenvolvimento urbano, garantindo autonomia aos municípios para definir suas políticas e adaptá-las às realidades locais. (Agência Senado – 08.04.2025)
ESB Networks: Plano para aumentar resiliência da rede elétrica diante de eventos climáticos extremos
A ESB Networks da Irlanda apresentou planos para aumentar a resiliência da rede elétrica, visando melhorar a capacidade de resposta a eventos climáticos extremos como a Tempestade Éowyn. O plano, que será implementado entre março e outubro de 2025, inclui ações como inspeções e remoção de perigos, manejo florestal, revisão de materiais e reforço dos estoques para tempestades. Além disso, há iniciativas de longo prazo para fortalecer as áreas vulneráveis e garantir a segurança da população, especialmente os cidadãos mais vulneráveis. O governo também avaliará mudanças legislativas relacionadas à silvicultura e infraestrutura elétrica, enquanto as parcerias com redes europeias serão ampliadas para apoio mútuo em caso de futuras tempestades. (Smart Energy – 09.04.2025)
Empresas
Banco Clássico sugere Afonso Moreira Santos como substituto para o conselho da Eletrobras
A Eletrobras anunciou que o Banco Clássico indicou o engenheiro Afonso Moreira Santos como substituto para o conselho da companhia caso o nome do banqueiro Juca Abdalla, atual conselheiro da Petrobras, seja impedido de concorrer por conflito de interesse, já que as duas empresas atuam em setores correlatos. Abdalla reconhece a possível restrição legal, mas afirmou que, se a assembleia de acionistas no fim de abril conceder dispensa prévia, pretende manter sua candidatura. Ele defende que sua atuação pode agregar valor à Eletrobras, como afirma ter feito na Petrobras. Os demais indicados ao conselho permanecem os mesmos, com nomes apresentados pela administração, pela União e por acionistas, totalizando dez vagas no colegiado. (Valor Econômico - 10.04.2025)
Cade aprova operação de R$ 2,956 bi da Engie Brasil Energia
A Superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, que a Engie Brasil Energia adquira as usinas hidrelétricas Cachoeira Caldeirão e Santo Antônio do Jari, numa operação de R$2,956 bilhões. As usinas são detidas em 50% pela EDP Energias do Brasil e em 50% pela China Three Gorges Brasil (CTG Brasil). E o aval foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 09. Segundo o informe, a operação representa uma “oportunidade de negócio”. A iniciativa contribuirá para o desenvolvimento dos negócios e alavancará a eficiência dos esforços. (Broadcast Energia - 09.04.2025)
Aprovado reajuste médio de 1,33% nas tarifas da Energisa MS
A Aneel autorizou o reajuste tarifário da Energisa Mato Grosso do Sul, com impacto médio de 1,33% para os consumidores. Os ajustes variam conforme a categoria: 3,09% para Alta Tensão e 0,69% para Baixa Tensão. A distribuidora, que atende 1,15 milhão de unidades e fatura R$4,33 bilhões anuais, teve o reajuste calculado com base nos custos das Parcelas A (57,8% dos gastos) e B (42,2%). A Parcela A contribuiu com +3,50%, influenciada por encargos como CDE USO (+1,77%) e Proinfa (+0,33%), enquanto a Parcela B teve aumento de 3,10%, considerando IGPM (9,29%) e Fator X (-1,648%). Componentes financeiros reduziram o impacto final em -3,13%. (Agência CanalEnergia - 08.04.2025)
Reajuste da CPFL Paulista com incorporação de R$ 4,6 bi é adiado
A Aneel adiou a decisão sobre o reajuste anual das tarifas da CPFL Paulista, após pedido de vistas do diretor Fernando Mosna, em meio à discussão sobre incorporação de R$4,67 bilhões no processo tarifário da distribuidora. Segundo a empresa, o valor é baseado no critério adotado pela Advocacia Geral da União (AGU), atualizado até março de 2025, sendo oriundo de uma ação judicial proposta contra a Agência em 2004 para afastar a aplicação de alguns critérios quanto a um contrato de compra e venda de energia elétrica, celebrado entre a empresa e a CPFL Brasil, que deverá receber o montante. Na reunião desta terça-feira, 8 de abril, a diretora relatora Agnes da Costa votou no sentido de homologar o reajuste das tarifas com alta média de 4,56% a ser percebida pelos consumidores da concessionária. Voto seguido por outros dois diretores presentes, Ludimila Lima da Silva e Sandoval Feitosa. (Agência CanalEnergia - 08.04.2025)
Bradesco e CPFL: Oferta de solução que facilita pagamento de contas via Pix
O Bradesco e a CPFL Energia anunciaram uma parceria para oferecer aos clientes da companhia uma solução simplificada e célere para o pagamento das faturas. Na prática, o sistema elimina a necessidade de copiar e colar códigos PIX ou escanear QR Codes. Com a nova interface, o cliente pode acessar um link enviado junto à conta de energia por e-mail, selecionar a sua instituição financeira e, então, realizar o pagamento, iniciando a transação diretamente da plataforma da CPFL. Além da conveniência, a solução oferece um alto nível de segurança, incorporando tecnologias como tokens, biometria e reconhecimento facial. Para Marcos Cavagnoli, diretor de produtos do Bradesco, durante todo o processo foi buscada tecnologia inovadora na experiência do cliente para pagar um Pix. A iniciativa foi desenvolvida pela área de Open Finance do Bradesco, com apoio do Inovabra, ecossistema de inovação do banco. A solução já está implementada na CPFL e, segundo o banco, a intenção é expandir para outras concessionárias de energia e água, além de setores como varejo, e-commerce, telecomunicações e demais parceiros que operam com Pix. (Agência CanalEnergia - 09.04.2025)
Agência não aceita anuência da Enel RJ para refinanciamento de contrato
A Aneel não aceitou o pedido medida cautelar protocolado pela Enel RJ com vistas à autorização para celebração de refinanciamento de contrato mútuo entre a empresa e suas partes relacionadas até a decisão final no âmbito administrativo. A decisão envolve os acordos “Mútuo Ampla – Enel BR 63” e “Mútuo Ampla – Enel BR 64”, com vencimentos em 16 de abril e 24 de abril, respectivamente, totalizando R$ 141,8 milhões. Noprocesso, a Aneel destaca que a quase totalidade dos mútuos com vencimento no segundo semestre de 2024 foram quitados e convertidos em aporte de capital pela empresa, em operações que totalizaram R$ 2,5 bilhões. Dentre esses, o “Mútuo Enel Brasil 55”, de R$1,1 bilhão e com vencimento em 7 de julho, teve sua prorrogação temporária autorizada por meio da Medida Cautelar concedida no Despacho nº 1.968/2024, sendo posteriormente parcialmente convertido em aporte de capital e parcialmente refinanciado até a decisão final de mérito da Agência. (Agência CanalEnergia - 08.04.2025)
Cemig: Investimento de R$ 10,1 mi em projetos selecionados de eficiência energética
A 1ª Chamada Pública de Inovação em Eficiência Energética da Cemig aprovou quatro projetos voltados à redução do desperdício de energia, com investimento de R$ 10,1 milhões por meio do Programa de Eficiência Energética. A seleção considerou critérios como inovação, viabilidade financeira, abrangência e capacidade de execução. Agora, os projetos passam por uma etapa de refinamento para adequação às exigências regulatórias, antes de serem encaminhados para aprovação do órgão regulador. Cada proposta aprovada está alinhada a um desafio temático. Em iluminação pública eficiente, será testada a dimerização e telegestão da iluminação viária em bairros de Divinópolis. No agronegócio, o foco será a adoção de fontes alternativas como mini-hidrelétricas e sistemas fotovoltaicos. Para cidades inteligentes, será implementado um sistema de monitoramento energético com mapas de calor em uma cidade-piloto. E Em edificações eficientes, destaca-se a instalação de um sistema de armazenamento de energia em um hospital para reduzir custos no horário de ponta e garantir abastecimento em emergências. (Agência CanalEnergia - 09.04.2025)
EDP-SP: Projetos de eficiência energética selecionados na CPP receberão investimento de R$ 5,5 mi
A EDP SP investirá cerca de R$ 5,5 milhões nos projetos selecionados na Chamada Pública de Projetos de Eficiência Energética (CPP 001/2024), que tem como objetivo promover o uso eficiente e sustentável da energia elétrica. Foram oito selecionados para sete municípios da área de concessão da empresa no estado de São Paulo. A expectativa é que as ações promovam a economia de mais de 2,2 mil MWh de energia por ano. De acordo com a EDP SP, os projetos contemplados estão alinhados às diretrizes da companhia de impactar positivamente os territórios de sua atuação. As iniciativas incluem: a instalação de sistemas fotovoltaicos, a substituição de luminárias de iluminação pública por modelos LED e a troca de equipamentos, como refletores. Os projetos vencedores da chamada pública serão a implantados ao longo de 2025. (Agência CanalEnergia - 09.04.2025)
CPFL Paulista: Modernização do sistema elétrico do Hospital Municipal de Paulínia
A CPFL Paulista, por meio do programa CPFL nos Hospitais, abraçado pelo Programa de Eficiência Energética, forneceu uma sistema próprio de geração de energia solar e automação da central de abastecimento de água gelada para o Hospital Municipal de Paulínia. A investida teve um investimento total de R$ 4,9 milhões. Com a entrega do projeto, a economia anual estimada é de 2.430 MWh e a projeção de emissões de CO2 evitadas anualmente é de cerca de 132,4 toneladas. Segundo a empresa, a economia de energia alcançada pela instituição poderá contribuir para a melhoria da estrutura e dos serviços de saúde oferecidos à população pela administração pública. (Agência CanalEnergia - 09.04.2025)
Scatec: Plano de expansão no Brasil com foco em projetos renováveis e baterias
A Scatec informou que segue olhando com atenção para o Brasil como um dos seus quatro principais mercados globais. A empresa avalia oportunidades estratégicas para ampliar sua atuação, especialmente por meio de plataformas de trading que ofereçam proteção para os seus ativos operacionais, com destaque para projetos eólicos, híbridos e o avanço em armazenamento com baterias. “Nosso foco continua sendo geração renovável, mas temos interesse em entender e acompanhar as movimentações do mercado”, frisou Bruno Cazarotte, gerente de projetos da empresa. Ainda, segundo o gerente geral da Scatec no Brasil, Aleksander Skaare, a companhia também estuda a viabilidade de participar do leilão de reserva de capacidade, mas pondera que a decisão depende da clareza do marco regulatório. Ademais, a respeito do hidrogênio verde, a empresa destaca que, apesar do interesse global no tema, a Scatec tem adotado uma postura cautelosa em relação ao Brasil, sublinhando que o marco regulatório ainda não está definido e que existem desafios técnicos, logísticos e políticos envolvidos, o que inviabiliza o desenvolvimento desses projetos. (Agência CanalEnergia - 08.04.2025)
Erco Energia: Obtenção de US$ 20 mi com o Norfund para expansão na América Latina
O Norfund, instituição financeira de desenvolvimento da Noruega, aumentou seu investimento na empresa colombiana de energia solar Erco Energia, com um empréstimo subordinado de US$ 20 milhões. Com um investimento total de US$ 50 milhões destinados à expansão e ao desenvolvimento de projetos solares, a movimentação financeira representa um fortalecimento significativo da estrutura financeira da Erco e um impulso para a expansão na América Latina. A presença da empresa no Brasil vem desde 2022 como comercializadora de energia no mercado livre. Para o Diretor Executivo da Erco no Brasil, Vitor Piva, o investimento do Norfund, além de consolidar e ampliar a atuação no Brasil, potencializa a capacidade de entregar boas soluções de energia para diferentes empreendimentos e reforçar a posição de ser voltada para o fortalecimento sustentável e robusto de países emergentes. O executivo ressalta que os recursos serão destinados à garantia de transparência e eficiência para empreendedores através da comercialização livre de energia, livrando-os de vínculos com distribuidoras e estimulando princípios de sustentabilidade nos negócios. (Agência CanalEnergia - 08.04.2025)
Wartsila: Aporto de € 50 mi em centro de tecnologia na Finlândia
A Wartsila informou que investirá € 50 milhões para expansão do seu centro de tecnologia de última geração Sustainable Technology Hub na Finlândia. De acordo com a companhia, a expansão aumentará a capacidade da companhia de atender à crescente demanda por desenvolvimento e entrega de tecnologias sustentáveis marinhas e de energia e para dar suporte a aplicações de combustível necessárias no futuro. O investimento deve acelerar o desenvolvimento de produtos e o tempo de colocação no mercado, reduzir o tempo e os custos de testes, cortar as emissões relacionadas aos testes e criar potencial para o crescimento futuro da capacidade de fabricação. Segundo Juha Kytölä, Diretor de P&D e Engenharia, os recursos apoiarão fortemente no desenvolvimento de motores que podem funcionar de forma flexível com combustíveis de baixo e zero carbono, como amônia, hidrogênio e metanol. (Agência CanalEnergia - 09.04.2025)
Inovação e Tecnologia
Casa dos ventos instala primeiro LIDAR em terra Brasileira
A Casa dos Ventos instalou o primeiro LIDAR (Light Detection and Ranging) de nacele do Brasil no Complexo Eólico Rio do Vento, no Rio Grande do Norte, em parceria com a Vestas. O equipamento opera emitindo pulsos de laser que medem a velocidade e a direção do vento a até 700 metros à frente do aerogerador, na mesma altura da torre. Com essa tecnologia, será possível obter mais precisão na análise da curva de potência das turbinas, identificar desalinhamentos em relação à direção do vento e otimizar o desempenho dos aerogeradores. A tecnologia será aplicada tanto na fase de operação e manutenção, quanto no desenvolvimento de novos projetos. (Petronotícias – 09.04.2025)
Mobilidade Elétrica
Renault e Geely avançam parceria e lançam SUV elétrico EX5 no Brasil em 2025
A Renault e a chinesa Geely avançaram em sua parceria para produção e venda de veículos eletrificados no Brasil, anunciando que o SUV elétrico EX5 será o primeiro modelo da Geely comercializado no país a partir de julho de 2025. Inicialmente importado, o modelo será vendido em 23 concessionárias dedicadas, com plano de expansão para 105 pontos em todo o Brasil. A produção local ocorrerá futuramente na fábrica da Renault no Paraná, dependendo da aprovação dos órgãos regulatórios no Brasil e na China. Apesar do aumento progressivo do imposto de importação sobre eletrificados, que começa a subir também em julho, a Renault afirma que o cronograma de lançamento não foi influenciado por isso. A parceria com a Geely marca mais um passo da presença crescente de montadoras chinesas no Brasil, enquanto a Renault mantém seus próprios planos com a linha E-Tech. O EX5 se destaca pelo design moderno, tecnologia embarcada e autonomia de até 530 km no ciclo chinês. (Valor Econômico - 10.04.2025)
Energias Renováveis
MME concede benefício fiscal a sete projetos de geração fotovoltaica e hídrica
O Ministério de Minas e Energia (MME) concedeu benefícios fiscais a sete projetos de geração de energia, incluindo pequenas hidrelétricas e usinas fotovoltaicas. Essas iniciativas foram enquadradas no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), possibilitando que as empresas responsáveis adquiram equipamentos e materiais para as obras sem a incidência de PIS/Cofins. Entre os projetos contemplados estão a Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Escola Rio Natal e a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Rio Vermelho III, da empresa Usina Rio Vermelho (Urve), a serem construídas em Santa Catarina. A Apolo Energia teve as usinas fotovoltaicas Xangrilá 2 e 3 enquadradas, a serem implantadas em Minas Gerais. Além disso, a CGN Brazil Energy, por meio da Atlantic Energias Renováveis, obteve o mesmo tratamento para a usina Solar Lagoa do Barro I, no Rio Grande do Sul. Outras duas usinas fotovoltaicas, Girassol e Guia, serão implantadas no Mato Grosso por Sociedades de Propósito Específico (SPEs) homônimas aos empreendimentos. Essas medidas visam fomentar o desenvolvimento da infraestrutura energética no país, incentivando a produção de energia limpa e renovável em diferentes regiões do Brasil. (Broadcast Energia - 08.04.2025)
Aneel libera 63,6 MW em operação teste de parques eólicos e solar
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou, a partir de 4 de abril, a operação em teste de usinas eólicas e solar, totalizando 63,6 MW de capacidade instalada. Foram incluídas as unidades geradoras UG1 a UG5 dos parques eólicos São Domingos I, III e IV (53,1 MW), a UG14 da eólica Ventos de Santo Antônio 08 (4,5 MW), e as UG1 a UG9 da usina solar Ape Açaí Amazonas (6 MW). A medida visa testar a integração dessas fontes renováveis ao sistema elétrico antes da operação comercial. (Agência CanalEnergia - 07.04.2025)
Atlas e Colbun: Acordo para compra de energia solar e projeto de armazenamento no Chile
A Atlas Renewable Energy e a Colbun assinaram um contrato de 15 anos envolvendo a compra de energia solar para um projeto de sistema de armazenamento de energia em bateria (BESS). Segundo as partes, a Atlas construirá o BESS e a Colbun receberá cerca de 335 GWh por ano da iniciativa, podendo fornecer energia renovável aos seus clientes nos períodos de pico de demanda. O projeto, localizado na região de Antofagasta, no Chile, utilizará baterias independentes e autônomas para armazenar o excesso de energia gerada pelo sistema fotovoltaico de 230 MWp e armazenamento de 920 MWh por dia. A plataforma será a segunda da geradora na região, sendo pertinente para ajudar a mitigar a intermitência das fontes no sistema elétrico chileno. A entrada em operação comercial está prevista para 2027. (Agência CanalEnergia - 08.04.2025)
Comgás: Abertura de chamada pública para aquisição de biometano
A Comgás abriu chamada pública para contratar suprimento de biometano, visando atender seus consumidores do mercado cativo. Para acelerar a transição energética, a companhia tem investido na incorporação do energético em seu portfólio para ampliar seu uso no estado de São Paulo, com foco em indústrias e veículos comerciais pesados. Além de ser um combustível renovável, o biometano é intercambiável com o gás natural, o que possibilita a sua movimentação na rede de distribuição da companhia. As empresas interessadas em participar da chamada deverão apresentar proposta comercial até 07 de maio de 2025, de acordo com as definições apresentadas pela Comgás. (Agência CanalEnergia - 09.04.2025)
Gás e Termelétricas
Ministro Alexandre Silveira ainda critica governo anterior por entraves no setor de gás
Dois anos e quatro meses após assumir o Ministério de Minas e Energia, Alexandre Silveira continua atribuindo ao governo anterior as dificuldades no setor de gás natural. Durante o Gas Week 2025, ele cobrou da ANP uma regulamentação mais eficiente para evitar que a Petrobras defina preços arbitrariamente, defendendo metodologias justas de cálculo. O ministro também criticou a formação de "oligopólios" na gestão passada, liderados pelo ex-ministro Paulo Guedes, que, segundo ele, encarecem o gás natural e o GLP. Silveira afirmou que seu governo está enfrentando esses grupos, apesar de resistências. Participaram do evento representantes do setor, como o IBP e a PPSA, enquanto o programa Gás para Empregar busca ampliar a competitividade do gás no país, reduzindo custos e fomentando a industrialização. (Petronotícias – 08.04.2025)
MME/Silveira: Queda no preço do petróleo pode baratear combustíveis
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira que a queda na cotação do petróleo no mercado internacional pode fazer com que a Petrobras também corte o preço de seus combustíveis. Silveira, no entanto, atribuiu a queda nos preços do mercado internacional às tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo ele, é necessário aguardar a estabilização dos preços para definir o que será feito. (O Globo – 08.04.2025)
Eletronuclear: Movimento grevista tem forte adesão, mas não compromete Angra 1 e 2
Os funcionários da Eletronuclear em Angra dos Reis iniciaram, em 8 de abril, uma greve por tempo indeterminado. A paralisação teve forte adesão da categoria e foi convocada por sindicatos diante do impasse nas negociações com a empresa por questões trabalhistas. Entre os principais motivos da mobilização, os funcionários apontam a ausência de um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) desde 22 de janeiro deste ano e a “tentativa da Eletronuclear de alterar unilateralmente instruções normativas que fazem parte do contrato de trabalho” - segundo denúncia dos grevistas. A decisão da empresa de dar início ao processo de desligamento de funcionários aposentados antes de 2019 e a falta de negociação sobre o reajuste salarial acumulado também são pontos de tensão. Em comunicado, a Eletronuclear informou que as usinas Angra 1 e Angra 2 seguem operando de forma segura apesar do movimento grevista. A companhia também afirmou estar disposta a dialogar e negociar com os trabalhadores. (Petronotícias – 08.04.2025)