IFE Diário 6.149
Regulação
Disputa sobre Comissão de Minas e Energia está na fase final
Em Brasília, o deputado Joaquim Passarinho (PL/PA) informou que a definição da presidência da Comissão de Minas e Energia (CME) está em fase final, com três partidos envolvidos na disputa: Partido Liberal (PL), Partido Social Democrático (PSD) e Partido dos Trabalhadores (PT). O PL indicou Passarinho como seu representante, enquanto o PSD indicou o deputado Diego Andrade (MG). O PT também demonstrou interesse na cadeira. Passarinho mencionou que, se o PT pleitear a presidência, o PL buscará o comando da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. A CME é de grande importância devido aos projetos do setor de minas e energia, diretamente ligados ao ministro Alexandre Silveira. No ano anterior, a presidência do colegiado foi ocupada pelo deputado Junior Ferrari (PSD-PA), do mesmo partido de Silveira. A definição da presidência da CME promete ser um processo disputado entre os partidos envolvidos, com possíveis consequências para a condução dos projetos e políticas relacionados ao setor de energia no país. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
MME/Silveira sugere que Ibama está ‘atrasando’ o crescimento econômico do Brasil
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou o Ibama e algumas secretarias estaduais por atrasarem o crescimento do Brasil ao dificultarem o licenciamento do bloco FZA-M-59 na Margem Equatorial. Silveira defende a liberação do projeto, ressaltando a importância de agir com cuidado ambiental, mas questionando a demora nas aprovações que impactam o setor energético. Durante a 8ª Conferência Nacional de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), o ministro expressou sua frustração e pediu agilidade nos processos. Além disso, Silveira mencionou a possibilidade de recorrer contra a liminar que envolve o Custo Variável Unitário (CVU) estabelecido pelo Ministério de Minas e Energia no Leilão de Reserva de Capacidade, dando destaque ao desafio enfrentado por um grupo de usinas termelétricas a biocombustíveis que questionaram o teto do CVU na Justiça. A postura do ministro reflete a preocupação do governo em impulsionar o crescimento do setor energético e superar obstáculos burocráticos que possam prejudicar o desenvolvimento do país. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
STF atende Petrobras e derruba pagamento retroativo a empregados anistiados
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, acolher um recurso da Petrobras contra uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que permitia o pagamento de retroativos a empregados da estatal beneficiados por anistia e posteriormente readmitidos. O relator do caso, Luiz Fux, inicialmente havia negado o pedido da Petrobras em decisão individual, mas a empresa recorreu e o caso foi levado à Turma do STF. Fux, que havia mantido sua posição no início do julgamento, revisou seu voto e foi seguido pelos demais ministros, resultando na decisão favorável à Petrobras. Fux justificou sua mudança de posicionamento afirmando que a jurisprudência do STF já possui precedentes que proíbem o pagamento retroativo de verbas a empregados readmitidos e anistiados. A ação foi movida na Justiça do Trabalho por dois ex-funcionários da Petrobras, admitidos em 2006 após serem beneficiados pela Lei nº8.878/94, que permitiu a reintegração de servidores públicos afastados por razões políticas entre 1990 e 1992. Com essa decisão, a Petrobras não terá que efetuar o pagamento retroativo aos empregados envolvidos no caso. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
Aneel: Entrega do Prêmio Satisfação do Consumidor 2024
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entregou, em 19 de março, o Prêmio Aneel de Satisfação do Consumidor 2024. O mérito é baseado em pesquisa realizada com mais de 29 mil consumidores em 637 municípios, que se manifestarão sobre o grau de satisfação com relação aos serviços prestados, qualidade do fornecimento de energia, atendimento e confiança na distribuidora. O reconhecimento às empresas com as melhores avaliações dos consumidores, assim, busca incentivar o aperfeiçoamento dos serviços elétricos. Além disso, segundo a diretora Ludmilla Lima, a percepção do consumidor ajuda na elaboração da agenda regulatória. As distribuidoras foram premiadas em 14 categorias, que compreendem títulos regionais e por faixa de unidades consumidoras atendidas, além da separação entre concessionárias e permissionárias. Entre as vencedoras estão: Energisa Tocantins (Região Norte), Sulgipe (Região Nordeste), RGE (Região Sul acima de 400 mil unidades consumidoras) e CPFL Santa Cruz (Região Sudeste acima de 400 mil unidades consumidoras). (Aneel – 19.03.2025)
Transição Energética
Brasil ainda não criou autoridade climática prometida para a COP30
Em setembro do ano passado, o presidente Lula anunciou que o Brasil, como sede da COP30, criaria uma autoridade climática, mas até o momento, essa promessa não foi cumprida. A crise climática se intensificou desde então, com temperaturas recordes e eventos climáticos extremos, enquanto o Brasil enfrenta desafios internos e externos. A indefinição sobre questões como a política energética e a exploração de petróleo, além da falta de estrutura em Belém, colocam em risco o sucesso da COP30. A volta de Donald Trump ao poder e a diminuição do engajamento de outros países com a agenda climática complicam ainda mais a situação. A realização de uma transição energética justa e a implementação de ações climáticas se tornam tarefas ainda mais difíceis, exigindo um esforço conjunto do Brasil e de aliados internacionais para evitar que a cúpula fracasse. (Valor Econômico - 21.03.2025)
White Martins vai inaugurar segunda planta de hidrogênio verde
A White Martins, líder do mercado de gases industriais no Brasil, está prestes a inaugurar sua segunda planta de hidrogênio verde em Jacareí (SP) ainda neste ano. Com uma capacidade de produção de 800 toneladas anuais, a nova unidade já tem 20% de sua produção comprometida em um contrato de longo prazo com a Cebrace, fabricante de vidros. O CEO da White Martins, Gilney Bastos, revelou que o objetivo da empresa com essa expansão é avaliar a demanda do mercado por esse produto inovador. O hidrogênio verde, produzido por meio de eletrólise da água com energia renovável, tem se destacado como uma alternativa sustentável e promissora para diversos setores industriais que buscam reduzir suas emissões de carbono. Com essa iniciativa, a White Martins demonstra seu compromisso com a inovação e a sustentabilidade, contribuindo para a transição energética rumo a uma economia mais verde e eficiente. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
EUA: Juíza barra tentativa de Trump de cortar subsídios para a economia verde
A juíza federal Tonya Chutkan bloqueou a tentativa do governo dos EUA, liderado por Donald Trump, de cortar subsídios para entidades de energia limpa concedidos durante o mandato de Joe Biden. A ordem impede a EPA de encerrar um programa de US$ 20 bilhões e o Citibank de devolver o montante ao governo. Grupos ambientalistas processaram a EPA e o Citibank devido à retenção de US$ 14 bilhões do Fundo de Redução de Gases de Efeito Estufa. A agência alegou má gestão e fraude pelos beneficiários, congelando os subsídios que agora devem ser retomados conforme a decisão judicial. Em outra frente, a juíza Ana Reyes bloqueou o decreto de Trump que proibia pessoas transgênero de servir no Exército, considerando-o uma violação dos direitos constitucionais. O governo tem a opção de recorrer da decisão de Reyes. Essas duas decisões judiciais representam embates significativos entre o governo Trump e o sistema judiciário em questões de energia limpa e direitos transgênero nos Estados Unidos. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
IFC vai financiar produção de carvão vegetal na Aperam com 250 mi de euros
O International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, anunciou um financiamento de 250 milhões de euros para apoiar a Aperam, fabricante global de aço, em seus esforços de descarbonização. Esse financiamento inclui recursos próprios do IFC e fundos mobilizados de outros credores, como o ING. A produção global de aço é responsável por cerca de 8% das emissões de dióxido de carbono no mundo, e o investimento visa promover a produção sustentável de carvão vegetal pela Aperam. O objetivo é adquirir plantações complementares de eucalipto e modernizar os fornos de produção de carvão vegetal, além de ampliar a capacidade do viveiro de mudas para atender à demanda por mudas de alta qualidade. Também está previsto o desenvolvimento de variedades de árvores melhoradas, visando maior biomassa com menor consumo de recursos como água. A Aperam pretende ser pioneira na produção comercial em larga escala de bio-óleo a partir dos resíduos do processo de produção de carvão vegetal. Essas iniciativas buscam reduzir as emissões de carbono e promover práticas sustentáveis na indústria do aço, contribuindo para metas ambientais globais. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
Brasil: Setor de H2V enfrenta desafios de infraestrutura e barreiras burocráticas
O setor de hidrogênio verde no Brasil enfrenta desafios significativos devido à dificuldade de acesso à infraestrutura elétrica necessária para viabilizar seus projetos, especialmente no Nordeste. Empresas como a Fortescue enfrentam barreiras burocráticas e técnicas, como a negativa do Parecer de Acesso para usar a infraestrutura de energia, o que gera incertezas sobre os investimentos. O sistema de transmissão local, particularmente no Porto do Pecém, não tem capacidade para suportar a carga adicional exigida pelos projetos. Além disso, a discrepância entre o cronograma de expansão das redes de transmissão e a necessidade imediata de energia cria riscos para o setor. Embora o Brasil tenha grande potencial para produzir hidrogênio verde com energia renovável barata, a falta de infraestrutura e os atrasos nas obras de transmissão podem prejudicar o avanço dos projetos e o atrativo do país para investimentos estrangeiros. A pressão por novas linhas de transmissão na região e a necessidade de uma solução para o impasse são fundamentais para o sucesso dessa indústria. (Valor Econômico - 20.03.2025)
Crise Climática
Enel SP: Após chuva, 22 mil imóveis seguem sem luz na tarde de 19 de março
A Enel SP confirmou, no início da tarde de 19 de março, o restabelecimento da energia para a maior parte dos imóveis afetados pela chuva que colocou São Paulo em estado de atenção para alagamentos. Segundo a empresa, 22.021 unidades consumidoras permanecem sem luz na área de concessão, sendo 18.874 na capital paulista. As regiões mais afetadas foram norte e leste. De acordo com o órgão municipal, o ocorrência intensa mas isolada de chuvas na cidade se deve ao calor e à entrada da brisa marítima. (Folha de São Paulo – 19.03.2025)
Enel SP: Técnicos atuam para restabelecer a energia de 31 mil imóveis
A distribuidora Enel São Paulo informou nesta quarta-feira, 19 de março de 2025, que técnicos estavam trabalhando desde as 6h para restabelecer o fornecimento de energia para 31 mil imóveis na região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital. Esse número representa 0,3% dos oito milhões de unidades atendidas pela empresa na região. Até o mesmo horário, a Enel São Paulo já havia restabelecido a energia para 83% dos clientes afetados pelas chuvas do final da tarde do dia anterior, sendo as regiões Norte e Leste as mais impactadas. A companhia destacou que reforçou seu plano de ação emergencial, com a mobilização antecipada de equipes de campo. Os técnicos trabalharam de forma ininterrupta, inclusive durante a madrugada, para normalizar o serviço para a maioria dos clientes. A Enel São Paulo ressaltou o compromisso em agir rapidamente diante de situações de emergência, buscando minimizar os impactos e restabelecer a energia elétrica o mais breve possível para os usuários afetados. É importante ressaltar a eficiência e rapidez com que a distribuidora atuou para solucionar os problemas causados pelas chuvas, garantindo o restabelecimento da energia para a maioria dos clientes afetados. A atuação das equipes de campo durante a madrugada demonstra o empenho da Enel São Paulo em manter a qualidade do serviço prestado, mesmo diante de situações adversas. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
SP Águas se prepara para enfrentar seca severa em 2025
A SP Águas, novo órgão regulador que substituiu o Daee, está se preparando para enfrentar um período de seca difícil em 2025 e elaborando um pacote de medidas focado na segurança hídrica de São Paulo. Dentre as ações, estão a revisão das normas sobre o uso de recursos hídricos, o fortalecimento da fiscalização de barragens e a modernização do monitoramento hidrológico, com a criação de uma "sala de situação". A presidente da SP Águas, Camila Viana, alertou que o estado enfrentará uma estiagem severa, em um cenário de extremos climáticos mais frequentes, como chuvas intensas e secas prolongadas. A agência está desenvolvendo um protocolo de atuação para emergências hídricas, que será lançado em maio de 2025, e investindo em infraestrutura para melhorar a fiscalização e o monitoramento. Apesar dos desafios, Camila acredita que o estado está mais preparado para evitar uma crise hídrica como a de 2014, devido às infraestruturas e transposições de rios implementadas. (Valor Econômico - 20.03.2025)
Artigo de Renata Piazzon: “Narrativas climáticas: o que falta para virar o jogo?”
Em artigo publicado pelo Estadão, Renata Piazzon (diretora-geral do Instituto Arapyaú e representante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável [CDESS]) trata da penetração da agenda climática na opinião popular. Segundo a autora, a resistência à ciência e sinais da deflagração de uma crise climática são impelidos por emoções, interesses e mecanismos sociais complexos. Entre eles, destaca: a influência política e financeira de grandes setores da economia na minimização ou dissuasão do tema, mirando a proteção de interesses econômicos e políticos; dissonância cognitiva; e a crescente desconfiança nas instituições. Pondera ainda que a experiência histórica demonstra que as narrativas moldam percepções e que a maneira como um problema é enquadrado define as soluções que se tornam politicamente viáveis. A autora argumenta que o desafio, destarte, não é apenas apresentar evidências científicas, mas construir um discurso que dialoga com diferentes setores da sociedade, demonstrando que a transição para uma economia de baixo carbono não é uma ameaça, mas uma oportunidade – no caso do Brasil - para a produtividade, a segurança alimentar e a competitividade global do país. “É preciso construir narrativas que conectem uma agenda climática aos interesses de diferentes segmentos, garantindo que o diálogo ultrapasse divisões ideológicas e estimule a cooperação para soluções sustentáveis”, conclui Piazzon. (GESEL-IE-UFRJ – 21.03.2025)
Empresas
Itaipu revela orçamento de US$ 2,8 bi para 2025
A Usina Hidrelétrica de Itaipu divulgou seu orçamento para 2025, destacando que mais da metade dos US$ 2,8 bilhões destinados aos serviços de eletricidade será classificada sob a rubrica genérica de “outros”, sem detalhes sobre sua aplicação e sem fiscalização externa. Esse montante de US$ 1,58 bilhão levanta preocupações sobre a falta de transparência na gestão da usina, especialmente devido ao crescente aumento dessa categoria desde 2016. O orçamento inclui gastos com a operação, manutenção e programas socioambientais, como o “Itaipu Mais que Energia”. A situação tem gerado críticas, com especialistas questionando a eficiência desses investimentos e o impacto sobre os consumidores, que enfrentam custos elevados, especialmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. (Valor Econômico - 20.03.2025)
Cemig: Subsidiárias concluem operações de liquidação financeira que somam mais de R$ 3 bi
A Cemig comunicou ao mercado a conclusão da liquidação financeira de duas emissões de debêntures de suas subsidiárias Cemig GT e Cemig-D. A Cemig GT concluiu a liquidação da 10ª emissão de debêntures simples. A operação emitiu 625 mil papéis caracterizadas como “Debêntures Verdes” ao valor unitário de R$ 1.000,00, perfazendo R$ 625 milhões. Já a Cemig-D concluiu a liquidação financeira da 12ª emissão de debêntures simples, em duas séries, com fiança outorgada pela holding. Foram emitidas 2,5 milhões de debêntures, caracterizadas como “títulos ESG de uso de recursos – sustentáveis”, totalizando R$ 2,5 bilhões. Segundo a companhia, os recursos obtidos com as operações serão destinados para a gestão do fluxo de caixa, envolvendo o reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacionadas à implantação de projeto prioritário, além de questões sociais e ambientais. (Agência CanalEnergia - 20.03.2025)
Energisa: Lucro líquido aos controladores aumenta 254,1% no 4° tri 2024, a R$ 1,828 bi
A Energisa registrou um lucro líquido de R$ 1,828 bilhão no último trimestre de 2024, apresentando um crescimento de 254,1% em comparação com o mesmo período de 2023. No acumulado do ano, o lucro atingiu R$ 3,789 bilhões, representando um aumento de 100,1% em relação ao ano anterior. O Ebitda ajustado recorrente no último trimestre foi de R$ 1,905 bilhão, uma queda de 7,9% em base anual, totalizando R$ 7,631 bilhões no ano, com incremento de 8,1%. A receita líquida alcançou R$ 7,568 bilhões no trimestre, com um aumento de 13,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, e fechou o ano em R$ 27,155 bilhões, com alta de 15,1%. A dívida líquida da empresa chegou a R$ 24,986 bilhões, um aumento de 0,5% em relação ao ano anterior, enquanto a alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado, foi de 3,0 vezes, um acréscimo de 0,2 p.p. em relação a 2023. Os investimentos totalizaram R$ 2,016 bilhões no último trimestre, crescendo 45,5% em comparação com o mesmo período de 2023, e somaram R$ 6,772 bilhões no ano, um aumento de 12,5%. Esses resultados refletem a sólida performance financeira da Energisa ao longo de 2024, evidenciando seu crescimento e solidez no mercado. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
Citi: Resultados do 4º tri 2024 da Taesa vieram dentro do esperado
A Taesa divulgou seu resultado financeiro para o quarto trimestre de 2024, com números em linha com as estimativas do Citi. A receita líquida cresceu 1,2% para R$ 591 milhões, próxima da expectativa de R$ 592 milhões. O Ebitda atingiu R$ 422 milhões, ajustado por itens não recorrentes totalizou R$ 480 milhões, próximo à estimativa de R$ 484 milhões do Citi. O lucro líquido foi de R$ 201 milhões, uma queda de 32,5% em relação ao ano anterior, impactado por maiores despesas financeiras. A empresa manteve seu compromisso com os acionistas, distribuindo R$ 900 milhões em dividendos em 2024, representando 91% dos lucros regulatórios. No entanto, a alavancagem atingiu 4,0 vezes o Ebitda, e o relatório do Citi destaca que a Taesa está sendo negociada com uma taxa de retorno pouco atrativa de 7,8%, em comparação com seus pares do setor. O banco recomenda neutralidade para o papel da Taesa, com um preço-alvo de R$ 32, representando uma desvalorização de 6,9% em relação ao último fechamento. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
Safra: Com resultado abaixo do esperado, Taesa apresentou receitas menores e alta nas despesas
A Taesa teve um desempenho abaixo do esperado no quarto trimestre de 2024, de acordo com o relatório do banco Safra. A empresa registrou menos receitas do que o previsto e aumentou as despesas, resultando em um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) regulatório de R$ 422 milhões, uma queda anual de 12,9%. Isso ficou 14,0% abaixo da projeção do banco, principalmente devido a uma provisão de R$ 44 milhões relacionada ao fim dos Contratos de Uso do Sistema de Transmissão (CUST). No entanto, a Taesa propôs uma distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio maior do que o esperado, o que pode ser visto como positivo para os investidores. Os analistas Daniel Travitzky, Carolina Carneiro e Mario Wobeto, apesar de manterem a avaliação de underperform (venda) para a ação da empresa, destacaram a possibilidade de a Taesa participar dos próximos leilões de transmissão. Um ponto de atenção é a alavancagem considerada alta, atingindo 4 vezes. A sugestão de explorar a potencial participação nos leilões pode despertar interesse no mercado em relação à Taesa. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
Controlada da Cymi receberá R$ 1,96 mi como parcela de ajuste no próximo ciclo tarifário
A Interligação Elétrica de Minas Gerais (IEMG), empresa da Cymi, receberá R$ 1,96 milhão em parcelas de receita adicional para cobrir os custos previstos na regulamentação de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O pagamento será feito por meio de ajustes no próximo ciclo tarifário da transmissão. A IEMG é responsável pela operação da linha de transmissão Neves 1 - Mesquita, que possui cerca de 173,2 quilômetros de extensão e atravessa 14 municípios de Minas Gerais, além de ter subestações associadas. O despacho com essas informações foi publicado no Diário Oficial da União no dia 19 de março de 2025. Esta medida visa garantir a sustentabilidade financeira da empresa e assegurar a continuidade da prestação do serviço de transmissão de energia elétrica. A IEMG desempenha um papel fundamental no fornecimento de energia para a região, contribuindo para a estabilidade e segurança do sistema elétrico de Minas Gerais. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
WEG: Distribuição de JCP de R$ 338,6 mi é aprovada
A WEG aprovou, em 18 de março, a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de cerca de R$ 338,6 milhões aos titulares de ações escriturais em 21 de março de 2025. O montante corresponde a a R$ 0,080705882 por ação. De 24 de março de 2025 em diante, as ações serão negociadas “ex-juros sobre capital próprio”. O pagamento de JCP ocorrerá em 13 de agosto de 2025 e será feito pelo valor líquido de R$ 0,068600000 por ação, já deduzido o imposto de renda, exceto ante comprovação de desobrigação junto ao Banco Bradesco. (Agência CanalEnergia - 19.03.2025)
Empresa do grupo HUAWEI inicia parceria com a Bold Energy
A Huawei Digital Power dá mais um passo importante no desenvolvimento dos negócios de energia renovável de zero carbono. Depois do memorando de entendimentos entre a HDT, representante da multinacional no Brasil, e a empresa Bold Energy, que passa a contar com as soluções da Huawei Digital Power em seu portfólio. Para Bruno Monteiro, CCO da HDT, “essa aliança entre Bold Energy, Huawei e HDT é fundamental para o aumento da capilaridade e crescimento da marca Huawei no Brasil e principalmente na região Sul”. (Petronotícias - 19.03.2025)
Leilões
PPSA fará primeiro leilão do insumo pertencente à União
O governo federal atribuiu à Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) a responsabilidade de realizar o primeiro leilão de volumes de gás natural da União no mercado, previsto para este ano. A estatal planeja iniciar a entrega dos volumes contratados em 2027, com uma oferta inicial de 300 mil metros cúbicos (m3) por dia em 2026. Os dados oficiais indicam que a oferta de gás pela PPSA aumentará significativamente nos próximos anos, atingindo 1,1 milhão de m3/dia em 2027 e um pico de 3,4 milhões de m3 em 2031. No entanto, é esperado que a oferta de gás na costa brasileira diminua gradualmente após esse período, em consonância com o declínio da produção dos campos do pré-sal. Esse movimento reflete as projeções de mercado e a necessidade de gerenciar a exploração de recursos naturais de forma sustentável e estratégica. A decisão de leiloar os volumes de gás natural da União marca um importante passo na política energética do país e pode impactar significativamente o setor de energia nos próximos anos. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
Setor de baterias preocupa-se com redução de demanda em leilão exclusivo
O setor de armazenamento de energia teme que o leilão exclusivo para baterias perca relevância devido à prioridade dada a termelétricas e hidrelétricas no leilão de reserva de capacidade, marcado para 27 de junho. Marcelo Rodrigues, da UCB Power, alerta que a contratação de fontes tradicionais pode deixar pouco espaço para as baterias, reduzindo o leilão a um mero "teste". O governo planeja um leilão específico para baterias, mas sem data definida, o que gera incertezas. A ABSAE negocia com o Ministério de Minas e Energia para garantir pelo menos 2 GW de potência contratada, considerada mínima para viabilizar o setor. (Folha de São Paulo – 17.03.2025)
Mercado de baterias no brasil busca expansão com parcerias e leilões
A UCB Power, em parceria com a norte-americana Powin, prepara-se para projetos de armazenamento de larga escala no Brasil, visando o leilão exclusivo de baterias previsto para 2025. A empresa, que já atua em soluções de pequena escala, busca sinalização de volume do governo para iniciar a produção econômica. O setor demonstra grande interesse, mas aguarda definições sobre o leilão, que foi adiado devido ao calendário cheio de eventos governamentais. A tecnologia de baterias, já consolidada internacionalmente, é vista como benéfica para o sistema elétrico e consumidores. (Folha de São Paulo – 19.03.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
Consumo de eletricidade cresce 1,6% no 4º tri 2024, com destaque para a indústria
O consumo de eletricidade no Brasil aumentou 1,6% no 4º trimestre de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, impulsionado principalmente pelo setor industrial, que registrou alta de 4,2%. O crescimento foi influenciado pela Formação Bruta de Capital Fixo e pelo Consumo das Famílias. Enquanto isso, as classes residencial e comercial tiveram avanços modestos, de 1,0% e 0,2%, respectivamente. O mercado livre de energia também apresentou desempenho positivo, com crescimento de 10,8% no consumo e 52,0% no número de consumidores. Além disso, o Rio Grande do Sul destacou-se com aumento de 5,4% no consumo, recuperando-se após as inundações históricas de maio. (EPE – 19.03.2025)
ONS: Fonte solar fotovoltaica bateu novo recorde instantâneo, a 37.869 MW em 14/03
No dia 14 de março de 2025, a fonte solar fotovoltaica estabeleceu um novo recorde instantâneo de geração de energia em São Paulo, atingindo a impressionante marca de 37.869 megawatts (MW) às 11h. Esse número representa cerca de 39% da carga total do Sistema Interligado Nacional (SIN), conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). É importante ressaltar que esse recorde superou o registrado anteriormente em 26 de fevereiro, quando a geração solar atingiu 37.228 MW, equivalente a 36% da carga do SIN. Esses números demonstram o crescente protagonismo da energia solar no cenário energético nacional, contribuindo significativamente para a matriz energética do país. A constante evolução e eficiência da tecnologia fotovoltaica reforçam a importância de investimentos e políticas públicas que promovam o uso de fontes renováveis e sustentáveis, visando a segurança energética e a redução das emissões de gases de efeito estufa. A quebra de recordes de geração solar como essa evidencia o potencial e a viabilidade dessa fonte energética no Brasil, além de destacar a relevância da diversificação da matriz elétrica para garantir um sistema mais resiliente e ambientalmente responsável. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
Cortes em energia renovável impactam empresas e investimentos
Os cortes na geração de energia renovável, principalmente eólica e solar, determinados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), estão prejudicando as empresas do setor, afetando seus resultados financeiros e adiando investimentos. Esses cortes, intensificados após o apagão de 2023, refletem uma postura mais conservadora do ONS e aumentam a percepção de risco. A falta de infraestrutura de transmissão e o excesso de oferta em relação à demanda são apontados como causas principais. Enquanto o governo prioriza o setor de óleo e gás, soluções para os desafios das renováveis avançam lentamente, embora oportunidades em armazenamento de energia e biocombustíveis surjam como alternativas. (Valor Econômico - 19.03.2025)
Aumento no armazenamento de energia para 2025
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) projeta que os níveis de Energia Armazenada (EAR) no subsistema Sudeste/Centro-Oeste serão superiores em agosto de 2025 em comparação a 2024. No cenário mais otimista, o aumento será de 17,6 pontos percentuais (p.p.), enquanto no menos favorável, 6,2 p.p. O Nordeste opera com 78,7% de sua capacidade, e o Norte, com 94,3%. O ONS destacou a importância de preservar recursos hídricos após um período úmido com afluências adequadas. Além disso, o CMSE aprovou a instalação de compensadores síncronos no Rio Grande do Norte para aumentar a confiabilidade do sistema, com previsão de licitação no segundo semestre de 2025. (Agência CanalEnergia - 19.03.2025)
Outono de 2025 no Brasil terá temperaturas acima da média e chuvas irregulares
O outono no Brasil começou em 20 de março e vai até 20 de junho de 2025, sendo uma estação de transição entre o verão quente e o inverno frio. Durante essa estação, as chuvas diminuem no interior do país, especialmente no semiárido nordestino, enquanto o Norte e Nordeste ainda recebem precipitações significativas devido à Zona de Convergência Intertropical. A temperatura deve ficar acima da média histórica na maior parte do Brasil, com algumas regiões, como o Sul e o Sudeste, podendo registrar quedas de temperatura devido à incursão de massas de ar frio. O outono também traz fenômenos adversos típicos, como geadas, nevoeiros e até neve nas áreas serranas da Região Sul. A previsão para as diversas regiões inclui chuvas abaixo da média histórica no Sul, Centro-Oeste e Nordeste, enquanto o Norte deve ter chuvas acima da média. (Valor Econômico - 20.03.2025)
CCEE: PLD descola do piso no Nordeste e no Norte e alcança máxima de R$ 67,15 por MWh
No dia 19 de março de 2025, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) apresentou variações significativas nas regiões Nordeste, Norte, Sudeste/Centro-Oeste e Sul, de acordo com dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Nas regiões Nordeste e Norte, o PLD saiu do piso, atingindo uma média diária de R$ 58,96 por megawatt-hora (MWh). Os valores máximos registrados foram de R$ 67,19 por MWh no Nordeste e R$ 67,15 por MWh no Norte, às 18h. No restante do dia, o preço permaneceu no valor regulatório mínimo de R$ 58,60 por MWh estabelecido para o ano corrente. Já no Sudeste/Centro-Oeste, a média diária foi de R$ 406,61 por MWh, com picos de R$ 427,11 por MWh às 19h e mínima de R$ 393,98 por MWh ao meio-dia. No Sul, a média foi semelhante à do Sudeste/Centro-Oeste, atingindo R$ 406,64 por MWh, com máxima de R$ 427,13 por MWh às 19h e mínima de R$ 394,02 por MWh ao meio-dia. Essas variações nos preços refletem a dinâmica do mercado de energia elétrica nessas regiões, demonstrando a importância de acompanhar de perto as oscilações do PLD para o setor energético. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
Mobilidade Elétrica
Brasil lidera mercado de carros elétricos e híbridos chineses com 82% de participação em 2024
A Foxconn está perto de firmar um acordo com a montadora japonesa Mitsubishi para desenvolver veículos elétricos, o que representaria um avanço significativo na estratégia da empresa de expandir sua presença nesse setor, além de conquistar uma montadora estabelecida como cliente. As negociações já ocorrem há mais de seis meses, e o presidente da Foxconn, Young Liu, vê essa colaboração como uma oportunidade de comprovar as capacidades da empresa em veículos elétricos e abrir portas para futuras parcerias. A Foxconn também demonstrou interesse em investir na Nissan, além de realizar parcerias com outras montadoras e startups, embora seus esforços anteriores no mercado de carros elétricos não tenham gerado resultados expressivos. A empresa busca reduzir sua dependência do negócio de eletrônicos e se tornar uma fabricante relevante de veículos elétricos até 2025. (Valor Econômico - 21.03.2025)
Foxconn negocia acordo com a Mitsubishi para desenvolver veículos elétricos
A Foxconn está perto de firmar um acordo com a montadora japonesa Mitsubishi para desenvolver veículos elétricos, o que representaria um avanço significativo na estratégia da empresa de expandir sua presença nesse setor, além de conquistar uma montadora estabelecida como cliente. As negociações já ocorrem há mais de seis meses, e o presidente da Foxconn, Young Liu, vê essa colaboração como uma oportunidade de comprovar as capacidades da empresa em veículos elétricos e abrir portas para futuras parcerias. A Foxconn também demonstrou interesse em investir na Nissan, além de realizar parcerias com outras montadoras e startups, embora seus esforços anteriores no mercado de carros elétricos não tenham gerado resultados expressivos. A empresa busca reduzir sua dependência do negócio de eletrônicos e se tornar uma fabricante relevante de veículos elétricos até 2025. (Valor Econômico - 21.03.2025)
BYD lança bateria que carrega em 8 minutos
A gigante chinesa de energia e automóveis BYD anunciou o desenvolvimento de um sistema de carregamento ultrarrápido de veículos elétricos, capaz de fornecer uma carga completa em cinco a oito minutos. Isso representa um avanço significativo, pois a rapidez no carregamento é um dos principais obstáculos para a adoção massiva de veículos elétricos. A BYD planeja construir mais de 4 mil estações de carregamento na China, visando tornar o tempo de recarga dos EVs tão curto quanto o abastecimento de veículos a combustível tradicionais. O sistema de carregamento rápido da BYD se baseia em chips de energia de carboneto de silício com alta tensão, desenvolvidos pela própria empresa. Além disso, a bateria de fosfato de ferro-lítio Blade da BYD é considerada uma das mais seguras e eficientes do mundo, sendo escolhida pela Tesla para uso em alguns de seus veículos elétricos. Esses avanços tecnológicos colocam a BYD em destaque no mercado de veículos elétricos. A notícia impactou as ações da Tesla, com uma queda de 4,8% na segunda-feira. A BYD ultrapassou a Tesla na produção de veículos elétricos movidos a bateria em 2024, fabricando mais unidades. O preço das ações da BYD, negociadas em Shenzhen, teve um aumento de quase 50% nos últimos seis meses, demonstrando o reconhecimento do mercado em relação aos avanços da empresa no setor de veículos elétricos. A competição entre as gigantes chinesa e americana no mercado de EVs promete continuar intensa, com ambas buscando inovações e melhorias para conquistar mais espaço e consumidores nesse segmento em crescimento. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
Tesla realiza recall de 46.096 unidades da Cybertruck para corrigir problema no painel
A Tesla está realizando um recall de 46.096 unidades de sua picape elétrica Cybertruck para corrigir um problema no painel lateral de aço inoxidável. Embora recalls sejam comuns no setor automotivo, o da Cybertruck não envolve software, sendo necessário reparo físico em uma concessionária sem custo para o proprietário. Este é o oitavo recall do modelo desde seu lançamento no final de 2023, o que gerou atenção devido à visibilidade da Tesla, líder no mercado automotivo. No entanto, recalls não costumam impactar significativamente as finanças das montadoras, e os investidores estão mais focados em outros fatores, como tarifas, políticas de Elon Musk e dados de vendas, do que nas correções feitas nos veículos. (Valor Econômico - 20.03.2025)
Energias Renováveis
Greener apontou investimentos de R$ 60 bi no mercado fotovoltaico em 2024
O Brasil registrou um novo recorde do mercado fotovoltaico em 2024, quando a demanda por equipamentos superou 22 GWp. Essa evolução resultou em investimentos superiores a R$60 bilhões e em um crescimento de 27%. A Geração Distribuída representa 77%, impulsionada, em parte, pelo avanço das fazendas solares, enquanto a Geração Centralizada responde por 23%. Os números fazem parte do novo Estudo Estratégico GD produzido pela Greener, que ouviu diversas empresas integradoras do setor. Ademais, segundo o levantamento, a queda de 9% no preço da energia solar causou um estimo ao mercado de microgeração em 2024. (Petronotícias - 19.03.2025)
(re)energisa terminou 2024 com 117 usinas e 441 MWp em capacidade instalada de GD
O Grupo Energisa encerrou o ano de 2024 com 117 usinas solares fotovoltaicas em operação na modalidade de geração distribuída, totalizando uma capacidade instalada de 441 megawatts-pico. Esses empreendimentos são geridos sob a marca (re)energisa, que obteve uma receita líquida de R$ 116,3 milhões no quarto trimestre de 2024, representando um aumento de 29,8% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado do ano, a subsidiária registrou uma receita de R$ 380,4 milhões, o que representa um crescimento de 66,1%. Além disso, a (re)energisa realizou investimentos significativos, totalizando R$ 85,7 milhões no quarto trimestre de 2024 e R$ 324,7 milhões ao longo do ano. Esses investimentos demonstram o comprometimento da empresa com a expansão e melhoria de sua infraestrutura para a geração de energia solar. A atuação da (re)energisa no setor de geração distribuída contribui para o avanço da energia limpa e sustentável, promovendo a diversificação da matriz energética e reduzindo a emissão de gases de efeito estufa. Os resultados positivos apresentados pela (re)energisa refletem não apenas o crescimento do mercado de energia solar no Brasil, mas também o reconhecimento da importância das fontes renováveis na matriz energética do país. A expansão da capacidade instalada e o aumento da receita demonstram o potencial de crescimento e a solidez da atuação do Grupo Energisa no setor de energia solar, contribuindo para a transição para um modelo energético mais sustentável e eficiente. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
Isa Energia Brasil energiza usina solar para autoconsumo em Assis (SP)
A Isa Energia Brasil energizou sua segunda usina solar instalada na Subestação Assis (SP). Com 214 kWp (quilowatt-pico) de potência instalada, o sistema é capaz de gerar energia para atender nove unidades consumidoras da própria empresa na região, contribuindo para uma redução anual estimada de 17 toneladas de CO2e. O empreendimento contou com o investimento de R$ 1,4 milhão e a instalação de 310 módulos fotovoltaicos em uma área de 34 mil m². Dando continuidade a essa estratégia, a companhia planeja a construção de mais duas usinas solares até o fim de 2025, expandindo sua potência instalada para 1300 kW. (Agência CanalEnergia - 19.03.2025)
Sofar Solar: Expansão da atuação e investimentos em soluções híbridas
A Sofar Solar, após bom desempenho em 2024, planeja expansão e novos investimentos em 2025. Segundo a empresa, as metas para o ano incluem aumentar sua presença na América Latina, consolidar a rede de distribuidoras, reforçar a qualificação de profissionais e ampliar investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Outro ponto de destaque mencionado é o aporte em soluções híbridas que integram energia solar com armazenamento em baterias, tendência que - segundo o country manager da Sofar Brasil, Eduardo Fróes – está ganhando força no Brasil e abre novas oportunidades de crescimento para a empresa. A companhia explica que os planos de expansão se justificam devido ao crescimento acelerado do mercado solar no Brasil - o terceiro maior do mundo atualmente, consoante o relatório Global Market Outlook - e ao feedback dos integradores e distribuidores, que apontaram a necessidade de um suporte técnico mais próximo e rápido. (O Globo – 19.03.2025)
Aneel revoga requerimento de outorga de 90 usinas da CEI Energética
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a revogação dos requerimentos de outorga (DROs) de 90 usinas fotovoltaicas da CEI Energética, a pedido da empresa. Os despachos com as revogações foram publicados no Diário Oficial da União, abrangendo as usinas Delta 1 a 25, Gama 1 a 8, Canaã 1 a 35, Matias Cardoso 1 a 17 e Lagoa do Silêncio 8 a 12, que estavam planejadas para serem construídas nos estados do Piauí, Bahia e Minas Gerais. Os DROs são documentos prévios às outorgas, não assegurando direitos de preferência, exclusividade ou garantia de obtenção da autorização para a exploração do empreendimento. Essa decisão representa uma mudança significativa nos planos de expansão da geração de energia solar da CEI Energética, impactando diretamente o setor energético e os projetos de desenvolvimento sustentável nessas regiões. A revogação dos DROs pode ter sido motivada por diversos fatores, como questões financeiras, estratégicas ou regulatórias, levando a empresa a reconsiderar seus investimentos nesses empreendimentos específicos. Com a crescente importância das energias renováveis e da busca por fontes mais limpas de energia, a revogação desses requerimentos pode gerar debates sobre a viabilidade e o futuro desses projetos de energia solar no Brasil. Além disso, a decisão da Aneel também levanta questões sobre o processo de autorização e regulação do setor energético no país, destacando a necessidade de transparência e segurança jurídica para os investidores e empresas do ramo. A CEI Energética e outros atores do setor energético devem agora reavaliar suas estratégias e buscar alternativas para compensar a não realização dessas usinas fotovoltaicas, buscando manter o ritmo de crescimento e contribuindo para a diversificação da matriz energética nacional. Acompanhar os desdobramentos dessa revogação e suas consequências para o mercado de energia solar no Brasil será fundamental para entender os impactos a curto e longo prazo no setor e na economia do país. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
Aneel prorroga por tempo indeterminado aval para operação comercial de PCH da Eletram
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta quarta-feira, 19 de março de 2025, a prorrogação por tempo indeterminado da operação comercial de parte da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) da Eletricidade da Amazônia (Eletram). O despacho emitido pela Aneel contempla as unidades geradoras de 2,4 megawatts (MW) cada, totalizando 9,6 MW, da PCH Braço Norte II localizada em Guarantã do Norte, Mato Grosso. Além disso, a agência autorizou a operação comercial da usina fotovoltaica Reval Serras, de 0,29 MW, situada em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, e pertencente à empresa Reval Serras e Ferramentas para Madeira. Ainda no mesmo comunicado, a Aneel permitiu que a Weiku do Brasil realizasse testes de operação da Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Weiku, de 0,13 MW, localizada em Pomerode, Santa Catarina. Essas decisões visam fomentar a geração de energia limpa e sustentável no país, contribuindo para a diversificação da matriz energética e o aumento da segurança no fornecimento de eletricidade. A autorização concedida pela Aneel representa um passo importante para o setor energético brasileiro, incentivando investimentos em fontes renováveis e promovendo o desenvolvimento sustentável. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
Zambianco registra requerimento de outorga de térmica movida a bagaço de cana no interior de SP
A empresa sucroalcooleira Zambianco obteve junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o registro de requerimento de outorga (DRO) para uma usina termelétrica em Tietê, São Paulo. O empreendimento terá 10 megawatts de capacidade instalada e será abastecido com bagaço de cana de açúcar. O documento tem validade de quatro anos e não garante preferência, exclusividade ou garantia de obtenção da outorga de autorização para a exploração do empreendimento. A construção da usina termelétrica representa um avanço na diversificação da matriz energética do país, aproveitando os resíduos da produção de cana de açúcar para gerar eletricidade de forma mais sustentável. A iniciativa da Zambianco contribui para a geração de empregos na região de Tietê e para o desenvolvimento econômico local. Além disso, a usina termelétrica poderá fornecer energia limpa e renovável para a população, fortalecendo a segurança energética do estado de São Paulo. A aprovação do requerimento de outorga pela Aneel é um passo importante para o início das obras e para a consolidação do projeto, que promete trazer benefícios tanto para a empresa quanto para a comunidade onde será instalada. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
Gás e Termelétricas
MME/Silveira: Não é admissível que gás natural custe US$ 14,50 para consumidor nacional
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou hoje (21/03), em Brasília, que medidas decisivas serão tomadas para reduzir o preço do gás natural no Brasil, garantindo segurança jurídica no processo. Ele destacou que o valor atual de US$ 14,50 por milhão de BTU para os consumidores nacionais é inaceitável. Silveira ressaltou a necessidade de regular o gasoduto de escoamento, mencionando que a Petrobras tem liberdade para calcular os custos de transporte do gás, mas também deve cumprir sua função social. O ministro enfatizou a importância de revisar os ativos do gasoduto para garantir uma remuneração adequada, argumentando que os ativos foram subavaliados e que é preciso encontrar um custo justo para o transporte do gás. A declaração de Silveira reflete a intenção do governo em buscar soluções para reduzir os custos do gás natural e torná-lo mais acessível aos consumidores brasileiros. (Broadcast Energia - 21.03.2025)
UTE Uruguaiana tem operação comercial prorrogada
A Agência Nacional de Energia Elétrica prorrogou por tempo determinado, de 20 de março até 31 de dezembro de 2025, a operação comercial da UTE Uruguaiana, outorgada à Âmbar Uruguaiana Energia S.A, com capacidade instalada de 639,9 MW. O empreendimento está localizado no estado do Rio Grande do Sul. Em primeira análise, a solicitação foi deferida em caráter temporário, pois os contratos de suprimento de combustível e de uso do sistema de transmissão apresentados tinham prazo de vigência até 31/12/2024. Posteriormente, verificou-se que há argumentos e condições suficientes para que a operação comercial da UTE seja prorrogada por prazo determinado, até 31/12/2025, considerando a vigência da garantia de suprimento. (Agência CanalEnergia - 20.03.2025)
ANP projeta R$ 68 bi em royalties para 2025
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) atualizou suas estimativas de distribuição de royalties e participações especiais para os próximos anos, projetando para 2025 um valor de R$ 68 bilhões em royalties, um aumento de 16,8% em relação a 2024, apesar da previsão de preços mais baixos do petróleo Brent (US$ 74,52 por barril). A estimativa de câmbio para 2025 é de R$ 5,93 por dólar. Para os anos seguintes (2026-2029), a ANP projeta queda no preço do Brent e variações no câmbio. Além dos royalties, as participações especiais, pagas por grandes campos de petróleo, também devem diminuir ao longo dos anos, com a expectativa de R$ 32,4 bilhões em 2025. Especialistas apontam que a arrecadação é volátil, influenciada por fatores globais como o preço do petróleo e o câmbio, e ressaltam a necessidade de o Brasil explorar novas fronteiras para garantir a reposição de suas reservas e a continuidade da arrecadação de royalties. (Valor Econômico - 21.03.2025)
Otimismo em relação a iniciativa da CNEN sobre micro reator nuclear
A informação de que a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) iniciou um projeto de três anos para demonstrar a viabilidade do desenvolvimento de um micro reator brasileiro de 3-5 MW ainda repercute na comunidade nuclear brasileira. A ideia é que o micro reator caiba em um contêiner de 40. Os usos sugeridos incluem fornecer energia confiável para cidades remotas, hospitais e fábricas, e assim reduzir a dependência de geradores a diesel. A CNEN diz que seu Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) será responsável pela pesquisa e desenvolvimento de materiais essenciais para este dispositivo. O Instituto de Engenharia Nuclear (IEN) será responsável por montar uma unidade subcrítica. (Petronotícias - 19.03.2025)
Inscrições para Hackathon 2025 estão abertas até 9 de maio
As inscrições para o Hackapower 2025 já estão abertas para estudantes de todo o Brasil e vão até 9 de maio. A competição, promovida pela ABDAN, terá início durante o evento NT2E (Nuclear Trade & Technology Exchange), que acontecerá de 20 a 22 de maio, e se estenderá até novembro, quando os finalistas apresentarão seus projetos no evento Nuclear Legacy. O objetivo da Hackapower é estimular a inovação e o desenvolvimento de soluções nas áreas de energia, sustentabilidade e preservação de alimentos, assim, promovendo o avanço da tecnologia nuclear no país. A competição será dividida em diversas etapas, com apresentações de acompanhamento e a elaboração de um artigo técnico sobre as soluções desenvolvidas. (Agência CanalEnergia - 20.03.2025)
Mercado Livre de Energia Elétrica
Crescimento de 74% nas migrações para o mercado livre de energia em fevereiro
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) registrou 2.443 novos consumidores migrando para o mercado livre de energia em fevereiro de 2024, um aumento de 74% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado do ano, foram 5.461 migrações, crescimento de 41% ante o recorde de 2024. A abertura do mercado livre para consumidores de média e alta tensão, independentemente da carga demandada, desde janeiro de 2023, impulsionou o movimento. Cerca de 84% das migrações contaram com apoio de representantes varejistas, obrigatórios para cargas abaixo de 500 kW. Os setores de Comércio e Serviços lideraram as adesões, seguidos por Indústria Alimentícia e Manufaturados Diversos. São Paulo foi o estado com mais migrações, seguido por Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. A expansão reflete a busca por eficiência e economia na escolha de fornecedores. (Broadcast Energia – 19.03.2025)
Biblioteca Virtual
PIAZZON, Renata. “Narrativas climáticas: o que falta para virar o jogo?”.
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