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IFE
19/03/2025

IFE Diário 6.147

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves, Paulo Giovane e Tatiane Freitas

IFE
19/03/2025

IFE nº 6,147

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves, Paulo Giovane e Tatiane Freitas

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IFE Diário 6.147

Regulação

Modelos de operação estão aderentes às necessidades do setor, diz ONS

Durante o encontro Agenda Setorial 2025 - em painel sobre modelo, formação e projeção de preços -, foi destacada a evolução nos últimos anos dos modelos computacionais para a operação do setor, como o newave híbrido e a mudança na aversão ao risco. Segundo o Gerente da Programação Diária do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Diogo Cruz, a configuração atual do modelo está aderente à postura e às necessidades do órgão em sua operação cotidiana. Ele ainda pontua que, apesar do início peculiar de 2025, com a baixa qualidade do período úmido, o cenário não preocupou o ONS, visto que o modelo entregou 715 MW de usinas termelétricas que permitiram a segurança do sistema. O despacho atual está em torno de R$ 350/ MWh. “Não vou fazer juízo de valor se R$ 350/ MWh é alto ou baixo, o que posso dizer é que a quantidade de UTEs que está sendo despachada está ajudando a operação em todas as condições que estamos enxergando daqui para a frente”, completou o executivo. (Agência CanalEnergia - 17.03.2025)

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Transição Energética

Brasil: Às vésperas de sediar COP30, resistência do Congresso a temas ambientais aumenta

O Índice de Convergência Ambiental Total (Icat), produzido pela Virada Parlamentar Sustentável com base nas principais votações em plenário, mostrou que, na legislatura atual, o Brasil tem uma composição da Câmara dos Deputados menos alinhada às pautas ambientais do que a anterior. Enquanto a média foi de 43% no período entre 2018 e 2022, o índice caiu para 29,1% no mandato atual, inferior aos 42% previstos pelos pesquisadores após os resultados da eleição de 2022. No Senado, a convergência ambiental na atual legislatura é ainda menor: 25,49%. Especialistas, diante disso, avaliam a existência de uma "ruptura com o compromisso ambiental" do governo, às vésperas da COP30, a ser sediada em Belém (PA) em novembro. Para Marcos Woortmann, cientista político e diretor adjunto do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), a pauta ambiental "foi sequestrada pela polarização". E avalia também que "há uma miopia de parlamentares de centro e da direita sobre o tema". O movimento recente do presidente Lula para se aproximar do senador Alcolumbre — um dos principais apoiadores da exploração de petróleo na Margem Equatorial -, no entanto, também vem preocupando ambientalistas, que percebem uma contradição na gestão petista, que se coloca como antagônica ao viés antiambiental observado no governo Bolsonaro. (O Globo – 18.03.2025)


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Fusões e aquisições no setor de mineração crescem 42,85% no Brasil

Em 2024, o Brasil registrou um aumento de 42,85% nas operações de fusões e aquisições (M&A) no setor de mineração, totalizando 30 transações, o maior número dos últimos 20 anos, impulsionado pela crescente demanda por minerais críticos, como níquel, cobre, lítio e terras raras, essenciais para a transição energética e a produção de veículos elétricos e energias renováveis. A pesquisa da KPMG aponta que 12 dessas operações envolveram empresas estrangeiras adquirindo empresas brasileiras, e o valor total potencial das transações é estimado em até R$ 15 bilhões. Especialistas destacam que o Brasil tem atraído investidores em busca de ativos ligados a minerais críticos, com o Centro-Oeste se destacando pela presença de terras raras. Apesar dos desafios em infraestrutura e financiamento, a tendência é de continuidade do aquecimento dessa demanda nos próximos anos, com o país oferecendo um potencial significativo devido às suas reservas minerais. (Valor Econômico - 18.03.2025)

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Empresas como Afya e Natura adotam o conceito "net positive"

No livro Net Positive, Paul Polman e Andrew Winston defendem que as empresas devem buscar não apenas o lucro, mas também gerar impacto socioambiental positivo, com o conceito de “net positive”, ou seja, lucrar enquanto resolvem problemas globais. Empresas como Afya e Natura já mensuram seus impactos, com a Afya demonstrando que, para cada R$ 1 investido em seus cursos de Medicina, são gerados R$ 3,58 em benefícios sociais. A Natura, por sua vez, usa uma ferramenta de balanço integrado e calcula que gera R$ 2,70 de impacto positivo para cada R$ 1 de receita líquida. Ambas buscam práticas regenerativas, com foco na redução das emissões de carbono e melhoria da sustentabilidade. Embora esses exemplos mostrem avanços, ainda há desafios em mensurar o impacto ambiental, especialmente na cadeia de valor e na conservação de recursos naturais e biodiversidade, áreas que precisam de mais inovação e integração nos processos empresariais. (Valor Econômico - 19.03.2025)

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Mulheres ganham espaço na liderança do setor energético, com destaque para a geração limpa

Embora as mulheres ainda sejam minoria no setor energético, elas vêm conquistando cada vez mais posições de liderança, especialmente na área de geração limpa, essencial para a transição para uma economia de baixo carbono. Dados de 2023 indicam que 22,24% dos cargos de liderança no setor elétrico no Brasil são ocupados por mulheres. Iniciativas como o movimento "Sim, Elas Existem!", que visa incentivar a liderança feminina, têm contribuído para aumentar a representatividade, com algumas mulheres assumindo posições de destaque, como na direção de agências reguladoras. No setor de energia eólica, a presença feminina ainda é baixa, mas tem avançado, com empresas como a Auren estabelecendo metas para aumentar a participação feminina na liderança e nas operações. A necessidade de maior inclusão e equidade de gênero é reconhecida, com a formação e capacitação de mulheres como uma das principais estratégias para atingir esse objetivo. (Valor Econômico - 19.03.2025)

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Crise Climática

OMM: 2024 é o ano mais quente em 175 anos, com concentrações de CO2 em níveis históricos

O relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) revelou que 2024 foi o ano mais quente em 175 anos de registros e que as concentrações de CO2 atingiram níveis históricos. O planeta enfrenta mudanças dramáticas, como a diminuição do gelo marinho no Ártico e na Antártida, o aumento do nível do mar e temperaturas globais recordes, impulsionados por emissões crescentes de gases de efeito estufa e fenômenos como El Niño. Embora o aquecimento global tenha ultrapassado 1,5°C em relação à era pré-industrial, o secretário-geral da ONU, António Guterres, acredita que ainda é possível limitar o aumento da temperatura, desde que os líderes ajam com urgência. O relatório também destaca os impactos devastadores de fenômenos climáticos extremos, como ciclones, secas e inundações, e a necessidade de investimentos em sistemas de alerta precoce para melhorar a resiliência. As consequências do aquecimento global são irreversíveis no curto prazo, com o aumento do nível do mar e o aquecimento dos oceanos levando entre 100 e 1.000 anos para serem revertidos. (Valor Econômico - 18.03.2025)

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PwC: CEOs reportam ganhos com aportes em impacto climático e IA generativa

Segundo levantamento da PwC, o nível de confiança no crescimento econômico das empresas e na sustentabilidade dos modelos de negócios está aumentando no setor de energia e serviços de utilidade pública no Brasil. Dos cerca de 150 a 180 CEOs consultados para a pesquisa, mais da metade declarou já perceber um maior retorno sobre investimento em ações de impacto climático positivo, e pontuaram as mudanças climáticas como a maior ameaça ao setor pelo próximo ano. Ainda, em destaque, muitos executivos reportaram ganhos com aportes em I.A. generativa. “Saiu um pouco do hype para tangibilizar resultados e analisar novos modelos de negócio e fontes de receita como serviços atrás do medidor”, analisou o líder do setor de Energia e Serviços de Utilidade Pública da PwC Brasil, Adriano Correia. Em relação ao desempenho econômico das empresas, os executivos demonstraram otimismo maior do que a média nacional, envolvendo companhias de outros setores, quanto as perspectivas de crescimento. Em contrapartida, a confiança no crescimento da receita recuou tanto no segmento como na média nacional. Em sua parte conclusiva, o estudo da PwC mostra que as utilities apresentam um desempenho similar ao da média nacional quando avaliadas as estratégias de reinvenção dos negócios. Por outro lado, indica uma grande diferença em iniciativas como modelos de precificação, exploração de novas rotas de mercado e desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, ainda impactado por limitações regulatórias. “O processo de transformação da indústria já começou a partir dos processos de transição energética e de digitalização”, completou Correia. (Agência CanalEnergia - 18.03.2025)


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Empresas

Eletrobras: Conclusão da modernização de R$ 150 mi da SE Curitiba

A Eletrobras informou a conclusão das obras de melhorias e modernização da subestação Curitiba. Orçado em R$ 150 milhões, o projeto iniciado em outubro de 2024 envolveu a substituição de diversos equipamentos de grande porte por modelos mais modernos, como o novo transformador 525/230 kV de 224 MVA – que foi energizado em fevereiro -, mirando trazer maior confiabilidade, eficiência e disponibilidade na transmissão de energia elétrica para a região. As melhorias na SE devem proporcionar um incremento de R$ 21,7 milhões na Receita Anual Permitida (RAP) destinada à Eletrobras CGT Eletrosul, responsável pela operação das instalações. (Agência CanalEnergia - 18.03.2025)


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Cade aprova compra de ativos inoperantes da usina Camaçari, da Eletrobras, pela Eneva

A Superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição pela Eneva de ativos inoperantes da usina termelétrica de Camaçari, pertencentes à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobras. A usina está desativada desde 2018. A aprovação foi publicada no Diário Oficial da União, sem detalhes sobre os valores da operação. A Eletrobras vê a transação como uma oportunidade para mitigar riscos operacionais e financeiros, otimizar seu portfólio, alocar capital e acelerar as metas de redução de emissões. Para a Eneva, a aquisição significa a expansão de sua capacidade de geração e a possibilidade de participar de leilões. A operação se enquadra nos planos estratégicos de ambas as empresas, promovendo sinergias e oportunidades de crescimento no setor energético.(Broadcast Energia – 18.02.2025)

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Eneva: Pagamento de R$ 89 mi aos acionistas da Focus Energia

A Eneva anunciou que efetuará o pagamento da terceira parcela do acordo de arbitragem com os acionistas da Focus Energia Holding Participações. O valor será equivalente ao montante recebido pela companhia da contraparte - descontado o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), totalizando R$ 89,3 milhões, o equivalente a R$ 0,99 por ação. O pagamento deverá ocorrer no dia 19 de março de 2025 aos acionistas Focus – data base que já estejam em regularidade com os seus cadastros junto ao Itaú Corretora. Já para aqueles que não estão com o cadastro regularizado mas que o fizerem até o dia 25 de março receberão o pagamento no dia 31 do mesmo mês. Ademas, eventuais despesas e tributos adicionais remanescentes que sejam dedutíveis pela Eneva serão contabilizadas e retidas apenas na quarta e última parcela, que deverá ocorrer até 23 de junho de 2025, segundo a empresa. (Agência CanalEnergia - 17.03.2025)

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Energisa registra lucro líquido de R$ 1,82 bi no 4º tri 2024

A Energisa registrou um lucro líquido atribuído à controladora de R$ 1,82 bilhão no quarto trimestre de 2024, um aumento de 254% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado de 2024, o lucro líquido foi de R$ 3,78 bilhões, crescendo 100% em relação a 2023. A receita líquida no quarto trimestre de 2024 foi de R$ 7,56 bilhões, com alta de 13,3% sobre o ano anterior, e no ano todo, a receita líquida totalizou R$ 27,1 bilhões, crescimento de 15,1%. O Ebitda no quarto trimestre de 2024 foi de R$ 1,79 bilhão, uma queda de 8,8%, mas no ano, o Ebitda registrou R$ 7,96 bilhões, alta de 4,5% em relação a 2023. (Valor Econômico - 18.03.2025)

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Taesa registra queda no lucro líquido de 32,5% no 4º tri 2024

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) registrou lucro líquido de R$ 200,6 milhões no quarto trimestre de 2024, uma queda de 32,5% em relação aos R$ 297,4 milhões do mesmo período de 2023. A receita operacional líquida teve uma leve redução de 0,5%, passando de R$ 583,9 milhões para R$ 581 milhões. O Ebitda também caiu 11,5%, totalizando R$ 421,6 milhões. No consolidado de 2024, a empresa obteve lucro líquido de R$ 991,5 milhões, uma redução de 7,5% em comparação a 2023, enquanto a receita líquida somou R$ 2,329 bilhões, com queda de 2,8%, e o Ebitda totalizou R$ 1,871 bilhão, recuando 6,9%. (Valor Econômico - 19.03.2025)

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Aimorés e Paraguaçu assinam aditivo para ampliação dos contratos de concessão

A ISA Energia e a Taesa informaram ao mercado que as concessões Aimorés e Paraguaçu – das quais cada uma tem 50% de participação - firmaram com a União os Primeiros Termos Aditivos aos Contratos de Concessão, prorrogando os prazos de vigência das concessões. Para Aimorés, localizado em Minas Gerais, o prazo se estendeu em 55 dias, com novo término em 6 de abril de 2047. Já a concessão de Paraguaçu, que fica em Minas Gerais e na Bahia, ganhou mais 138 dias, com novo término em 28 de junho de 2047. De acordo com o comunicado, o aditivo é resultado do aval ao pedido de reconhecimento de excludente de responsabilidade junto a agência reguladora pelo atraso na entrada em operação comercial dos dois projetos, por conta dos impactos da Covid-19. (Agência CanalEnergia - 18.03.2025)

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Isa Energia: Aporte de R$ 75 mi na expansão da SE Água Vermelha

A Isa Energia Brasil investiu R$ 75 milhões na expansão da Subestação Água Vermelha, localizada na fronteira entre Minas Gerais e São Paulo, com a finalidade de ampliar a capacidade do sistema elétrico e permitir a conexão de empreendimentos de geração renovável na região. A empresa destacou que o Noroeste Paulista possui excelente potencial de geração de energia fotovoltaica e de bioeletricidade por meio da cana de açúcar e tem se consolidado como o grande polo de usinas de geração fotovoltaica centralizada do Estado. A iniciativa consistiu em projeto de reforço de grande porte, mediante à instalação de banco de transformadores de 300 MVA, o que contribui com o aumento da capacidade da rede de transmissão no atendimento à condição de contingência, reduzindo riscos de sobretensão e, sobretudo, sobrecargas na injeção de potência das usinas fotovoltaicas e de biomassa locais ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com a energização do banco de transformadores, a empresa obteve o Termo de Liberação Definitivo (TLD) para o recebimento da Receita Anual Permitida (RAP) de cerca de R$ 9,3 milhões para o ciclo 2025-2025. (Agência CanalEnergia - 18.03.2025)


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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

Brasil enfrenta uma das secas mais severas da história e vê aumento nos preços da energia

Em 2024, o Brasil enfrentou uma das secas mais severas da história, afetando os níveis de armazenamento dos reservatórios e elevando os preços da energia no mercado livre. Embora o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tenha garantido que não há risco de suprimento, as projeções indicam vazões abaixo da média nos principais rios e uma antecipação do fim do período chuvoso. A falta de chuvas intensificou a dependência das térmicas, elevando o preço de liquidação das diferenças (PLD) no mercado livre, que saltou de R$ 61,07/MWh para valores superiores a R$ 300/MWh, com picos de até R$ 400/MWh. O aumento do consumo de energia, impulsionado pelas ondas de calor, também contribuiu para essa elevação nos preços e exigiu o acionamento de usinas térmicas para suprir a queda na geração solar. (Valor Econômico - 18.03.2025)

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ONS: Carga do SIN deve fechar março em 86.994 MW médios, alta anual de 4,2%

No mais recente Programa Mensal da Operação divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a projeção de carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) para março foi revisada para 86.994 MWm, representando um aumento de 0,6% em relação à previsão anterior. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um crescimento de 4,2%. Na região Sudeste/Centro-Oeste, que é o principal centro de carga do SIN, a estimativa é de 49.490 MWm, com um aumento de 0,3% em relação à projeção anterior e 3,6% em comparação com o ano passado. No Sul, a previsão é de atingir 15.831 MWm, um aumento de 0,2% em relação ao PMO anterior e 7,8% em comparação com março de 2024. No Nordeste, a estimativa é de 13.878 MWm, representando um aumento de 1,8% em relação à projeção anterior e 1,9% em comparação com o ano anterior. Já no Norte, a carga prevista é de 7.796 MWm, um aumento de 1,4% em relação ao PMO anterior e 5,4% em comparação com março do ano passado. Estas revisões nas projeções de carga de energia refletem as dinâmicas em curso no setor elétrico brasileiro e fornecem insights importantes sobre a demanda e a capacidade de geração de energia no país. (Broadcast Energia – 18.03.2025)

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Eletrobras/Monteiro: Conclusão do linhão Manaus-Boa Vista é prevista para o 2º semestre

O presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, anunciou que o linhão de transmissão que interliga Manaus a Boa Vista, conectando Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN), deve ser concluído no segundo semestre de 2025. A obra, conhecida como "Linhão de Tucuruí", foi resgatada após a privatização da companhia e enfrentou atrasos, sendo entregue com uma década de atraso. O projeto é de responsabilidade da Transnorte Energia (TNE), um consórcio formado pela Alupar (51%) e Eletronorte (49%), empresa controlada pela Eletrobras. O atraso nas obras foi atribuído a diversos fatores, incluindo impasses com indígenas cujas terras são afetadas pelo empreendimento. A ligação de Roraima ao SIN é crucial para garantir o abastecimento de energia no estado, que atualmente depende de usinas termelétricas e importação de eletricidade da Venezuela. A conclusão do linhão é vista como um avanço na infraestrutura energética da região, permitindo maior estabilidade no fornecimento de energia e redução de custos para os consumidores locais. A expectativa é que, com a entrada em operação do linhão, Roraima possa integrar-se de forma mais efetiva ao sistema elétrico nacional, beneficiando tanto a população quanto a economia da região. (Broadcast Energia – 18.03.2025)

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Mobilidade Elétrica

Ações da BYD disparam e atingem maior valor após anúncio de sistema de recarga ultrarrápida

As ações do grupo chinês de carros elétricos BYD dispararam nesta terça-feira (18) e atingiram um nível recorde, depois que a empresa anunciou uma nova tecnologia de baterias que permite a recarga em um tempo similar ao necessário para encher um tanque de combustível. Após os anúncios, as ações da BYD em Hong Kong subiram mais de 6%. A empresa afirmou que a bateria e o sistema de recarga denominado "Super e-Plataforma" alcançam velocidades de recarga de 1.000 quilowatts, permitindo que os veículos percorram até 470 quilômetros após apenas cinco minutos de conexão. O anúncio coloca a empresa à frente de sua principal rival. Além disso, foram apresentados dois novos modelos os Han-L e o Tang L. Por fim, a BYD pretende construir mais 4000 estações de recarga na China. (Folha de São Paulo – 18.03.2025)

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Energias Renováveis

Governo propõe aumento de etanol na gasolina para reduzir importações e impactar preços

O governo brasileiro está propondo aumentar a adição de etanol na gasolina de 27% para 30%, o que reduziria as importações de gasolina e aumentaria a demanda por etanol. Embora essa medida possa reduzir o preço da gasolina em até R$ 0,13 por litro e evitar a importação de 760 milhões de litros de gasolina anualmente, especialistas alertam que o impacto no preço será pequeno. A produção de etanol pode ser afetada por fatores climáticos, com uma previsão de queda na safra 2025/2026, o que pode aumentar os preços do etanol e fortalecer o consumo de gasolina. A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) estima uma redução de 25% nas importações de gasolina, mas acredita que ainda será necessário importar combustível fóssil para complementar a oferta interna. (Valor Econômico - 19.03.2025)

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Projetos de autoprodução lideram contratos de energia renovável no Brasil em 2024

Em 2024, os projetos de autoprodução no mercado livre de energia, onde grandes consumidores se tornam sócios de usinas para consumo próprio, lideraram os novos contratos de longo prazo de energia renovável (solar e eólica), superando a indústria, com destaque para a crescente demanda dos centros de dados no Brasil. Foram firmados 31 contratos, totalizando 2,3 GW em energia solar e eólica, sendo 18 de energia solar e 11 de energia eólica. Embora o volume de energia comercializada tenha caído em relação a 2023, devido à entrada de consumidores de menor porte e obstáculos como dificuldades de conexão de projetos e mudanças tributárias, o setor financeiro financiou R$ 3,9 bilhões em contratos. A demanda das "big techs" por eletricidade, especialmente para data centers, segue alta, embora o sistema de transmissão em algumas regiões do Brasil enfrente limitações, o que levou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a monitorar a fila de pedidos de acesso à rede elétrica. (Valor Econômico - 18.03.2025)

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Itaipu Binacional autoriza início da implantação de projeto de solar flutuante

A Itaipu Binacional autorizou o início da implantação de uma usina solar flutuante no reservatório da usina. O investimento estimado é de US$ 1 milhão, com capacidade de 1 megawatt-pico distribuído em cerca de dois mil painéis fotovoltaicos. A instalação, localizada no lado paraguaio de Itaipu, ocupará uma área de 7 a 10 mil metros quadrados e pretende gerar entre 1,8 mil a 2 mil megawatts-hora de energia, parcialmente destinada ao consumo dos escritórios da própria Itaipu. O projeto experimental visa avaliar benefícios e impactos ambientais no reservatório, sendo parte de um estudo de viabilidade que poderá resultar na expansão do sistema. O consórcio Sunlution e Luxacril venceu a licitação com uma proposta de US$ 854,5 mil, representando um deságio de 11,72% em relação ao previsto. O prazo para a execução do serviço é de 150 dias, com mais 180 dias para assistência técnica, treinamento e aceitação final do produto. (Broadcast Energia – 18.03.2025)

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Thymos: Autoprodução deve movimentar 1 GWm em novos contratos

A Thymos Energia projeta que os contratos de autoprodução de energia devem movimentar cerca de 1 GWm em 2025. A modalidade tem se consolidado como um dos principais impulsionadores da expansão de fontes renováveis no Brasil. O levantamento aponta uma crescente procura pelos consumidores de até 10 MWm por essa estrutura, que se destaca como uma solução para gerar a própria energia e fortalecer compromissos ambientais. Entre os destaques, estão clientes ultra eletrointensivos, comodata centers, com as tecnologias eólica e solar como predominantes. A Thymos atua desde a análise de viabilidade até a negociação de contratos e suporte regulatório, atendendo setores como celulose, siderurgia, data centers e petroquímica, que devem liderar essa expansão em 2025. (Agência CanalEnergia - 17.03.2025)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

Autoprodução lidera contratos de solar e eólica no mercado livre em 2024, mostra CELA

Estudo da CELA (Clean Energy Latin America) mostra que os projetos de autoprodução no mercado livre em 2024 mantiveram o protagonismo nos contratos de longo prazo de energia renovável (solar e eólica) no Ambiente de Contratação Livre (ACL) em 2024, impulsionados principalmente pelos datacenters que operam no Brasil. De acordo com a consultoria, a modalidade de autoprodução foi responsável por 30 contratos de compra e venda de energia de longo prazo assinados em 2024, num total de 31 acordos celebrados no período. Com a maior abertura do mercado livre, observou-se um crescimento da quantidade de contratos de longo prazo e uma queda do volume de energia comercializada ao comparamos 2023 e 2024. Segundo o estudo, essa queda é explicada pela mudança de perfil do consumidor que entra no mercado livre com a maior abertura. (Agência CanalEnergia - 18.03.2025)

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