IFE Diário 6.140
Regulação
Curso GESEL: “Dinâmica e características técnicas dos Sistemas de Armazenamento de Energia no Contexto da Transição Energética”
Início das aulas na próxima semana! O GESEL vai realizar o curso sobre “Dinâmica e características técnicas dos Sistemas de Armazenamento de Energia no Contexto da Transição Energética”. O início do curso será no dia 18 de março de 2025 e término no dia 10 de abril de 2025. O curso, em modo virtual, é dividido em oito módulos: aulas de 2h, duas vezes por semana, somando carga horária de 16h. O objetivo central é construir uma visão qualificada e geral sobre a necessidade e importância dos sistemas de armazenamento para o Setor Elétrico Brasileiro no horizonte de até 2030. Serão analisados com os mais qualificados especialistas do setor: transição energética, armazenamento em escalas de rede, tecnologias, aplicações, regulação, mercados e modelos de negócios relacionados a sistemas de armazenamento. Vagas Limitadas. Saiba mais e inscreva-se aqui: https://forms.gle/t5sgJuiaeR24igvQ7 (GESEL-IE-UFRJ – 10.03.2025)
Artigo GESEL: "Os impactos dos eventos climáticos extremos no setor elétrico brasileiro"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) trata dos desafios impostos pelo aquecimento global às distribuidoras de energia elétrica no Brasil, especialmente com a crescente frequência de eventos climáticos extremos (ECEx). O exemplo da Enel, que enfrentou dois severos ECEx em um curto período, destaca a necessidade de melhorias na infraestrutura e na interação com órgãos municipais e estaduais. A solução imediata envolve planos de contingência, como os adotados nos EUA, enquanto a solução a médio e longo prazo passa pela adoção de novas tecnologias e investimentos, conforme o novo contrato de concessão das distribuidoras. Esse contrato, que exigirá redes mais resilientes, poderá permitir investimentos diferenciados e tarifas específicas, adaptadas às necessidades de cada região. A politicagem em torno dos ECEx, segundo o autor, é prejudicial, já que as soluções técnicas e regulatórias para o enfrentamento desses eventos estão claramente mapeadas. Acesse o artigo na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 10.03.2025)
Decreto altera destino do bônus de Itaipu e pode afetar consumidores de baixa renda
O decreto 12.390/2025, publicado em 5 de março, altera o destino do "bônus de Itaipu", que anteriormente era usado para reduzir as contas de luz de consumidores de baixa renda, agora sendo parcialmente destinado a cobrir o déficit da Conta de Comercialização de Itaipu. Essa medida, que permite à ENBPar criar uma reserva financeira de até 5% do saldo positivo da conta para compensar oscilações nas tarifas, pode resultar em prejuízos para os consumidores de menor renda, já que reduzirá o valor disponível para descontos nas faturas. Especialistas alertam que a mudança é consequência de um erro no cálculo do acordo tarifário entre Brasil e Paraguai em 2024, e a Frente Nacional dos Consumidores de Energia critica a medida, apontando que ela é um reflexo de acordos e gastos excessivos em Itaipu, que poderiam ser evitados com ajustes no Tratado de Itaipu. (Valor Econômico - 07.03.2025)
Decreto autoriza EBNPar a criar reserva técnica financeira com saldo de Itaipu
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva emitiu um decreto em Brasília, no dia 05/03, que autoriza a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (EBNPar) a criar uma reserva financeira utilizando os saldos provenientes da comercialização de energia da usina binacional de Itaipu. Segundo o decreto, a partir de 2025, a EBNPar poderá constituir uma reserva técnica financeira a partir do saldo positivo da conta de Comercialização da Energia Elétrica de Itaipu do ano anterior, incluindo montantes de recomposição não distribuídos. Esta ação tem como objetivo mitigar os impactos relacionados a variações de fluxo de caixa e possíveis variações na tarifa de repasse de Itaipu, limitada a até 5% do recolhimento anual. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) e representa um movimento estratégico para garantir a estabilidade financeira e operacional da usina binacional de Itaipu. (Broadcast Energia – 09.03.2025)
Gleisi Hoffmann: É Itaipu contribuindo para baixar o custo da energia
O presidente Lula assinou um decreto que permite à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) utilizar o saldo financeiro de Itaipu para compensar reajustes no preço da energia. Essa medida impediu um reajuste de 6% que estava programado para este mês, além de evitar novos aumentos ao longo do ano. Com essa ação, Itaipu, sob a gestão de Lula, contribui mais uma vez para a redução do custo da energia para famílias, comércios e indústrias. A presidente do PT e futura ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, destacou a importância dessa iniciativa em sua rede social. Esta decisão tem impacto significativo na economia e no bolso dos consumidores, aliviando a pressão dos reajustes constantes na conta de luz. A utilização do saldo financeiro de Itaipu como forma de estabilizar os preços da energia demonstra uma estratégia governamental para manter a tarifa acessível e promover o desenvolvimento econômico do país. A medida também ressalta a importância das parcerias e da gestão eficiente dos recursos para garantir a sustentabilidade do setor energético, beneficiando diretamente a população e os setores produtivos. (Broadcast Energia – 09.03.2025)
MME/Silveira: Governo enviará ao Congresso PL da reforma do setor elétrico nos próximos meses
Em entrevista ao Jornal O Globo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo enviará ao Congresso Nacional nos próximos dois meses o projeto de lei que estabelece uma reforma nas diretrizes do setor elétrico. A ideia, segundo ele, é incluir nessa proposta o uso de recursos públicos para bancar parte dos subsídios que hoje são pagos pelos consumidores nas contas de luz. Dessa forma, seria possível reduzir as tarifas em um momento de baixa popularidade da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Neste ano, a previsão é de que os consumidores arquem com R$ 36,5 bilhões de incentivos para usinas eólicas e solares, irrigação e redução tarifária para baixa renda. Isso representa, em média, quase 15% do total pago na conta de luz. O objetivo de Silveira é usar recursos públicos para aliviar a fatura mensal dos consumidores — e ajudar na estratégia de retomada da popularidade do governo Lula. Leia a entrevistanaíntegra abaixo. (O Globo - 07.03.2025)
União e Eletrobras: Negociações envolvendo acordo de acionistas são concluídas
A Eletrobras informou, em 28 de fevereiro, que, em conjunto com a União, foi concluído o acordo que viabiliza o fim da ação judicial em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF), que questionava a vedação aos acionistas da companhia de exercerem seus votos em número superior a 10% da quantidade de ações do capital votante da empresa. Havia insatisfação do Governo Federal com esta condição prevista no acordo para a privatização da elétrica, uma vez que, embora fosse o maior acionista – mais de 40% -, não tinha peso nas decisões. Com o encerramento das negociações, a União poderá indicar três dos dez integrantes do Conselho de Administração e um dos cinco representantes do Conselho Fiscal da empresa, respeitados os critérios de elegibilidade do estatuto da Eletrobras, conforme a Lei 14.182 de 2021. A Eletrobras, por outro lado, passa a deixar de ter a obrigação de aportar recursos para a construção da Usina de Angra 3, caso o governo federal decida por avançar no projeto. Ainda, consoante a negociação, a União se esforçará para apoiar a Eletrobras em um processo de desinvestimento de sua participação na Eletronuclear. (Agência CanalEnergia - 28.02.2025)
Aneel define valor da Conta Bandeiras de janeiro e repasse de R$ 82,8 mi a distribuidoras
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu que o valor total da Conta Bandeiras a ser repassado às concessionárias de distribuição de energia elétrica credoras em São Paulo será de R$ 82,79 milhões até a próxima terça-feira, 11 de março. Além disso, as companhias de energia que estão em débito deverão depositar um total de R$ 1.037,68 na mesma conta até sexta-feira, 07 de março. Esses valores são referentes à contabilização do mês de janeiro deste ano. Entre as distribuidoras, a Enel São Paulo receberá o maior valor, com R$ 7,6 milhões, seguida pela Light com R$ 6,4 milhões e pela Cemig com R$ 5,7 milhões. Os detalhes completos sobre os valores a serem recebidos por cada distribuidora podem ser consultados no Diário Oficial da União. Este repasse e pagamento fazem parte dos procedimentos regulares da Aneel para garantir o equilíbrio financeiro do setor elétrico e manter a qualidade dos serviços prestados pelas concessionárias aos consumidores em São Paulo. (Broadcast Energia – 09.03.2025)
CMSE decide criar grupo de trabalho sobre cortes de geração de energia
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu nesta quinta-feira criar um grupo de trabalho para tratar do problema de cortes de geração de energia, conhecido no jargão do setor como curtailment. Em nota, foi informado que esse grupo vai coordenar ações e realizar diagnóstico, além de avaliar e propor medidas de "planejamento, regulatórias e operacionais" para mitigar cortes de geração renovável. O Comitê cita como exemplo a ampliação e os reforços da rede de transmissão, a indicação de "novos compensadores síncronos" para a região Nordeste, bem como a antecipação de obras de linhas de transmissão. Além disso, é mencionado "aperfeiçoamentos" dos modelos dinâmicos das usinas renováveis e da metodologia de corte de geração. O GT vai tratar também da programação dos cortes de produção de energia, ou seja, do planejamento de quando essas interrupções poderiam ocorrer. Outra frente de discussão é a utilização de sistemas de armazenamento de energia - o que poderia ajudar a mitigar o problema. Na primeira reunião será estabelecido o plano de trabalho. (Broadcast Energia - 06.03.2025)
Fitch avalia positivamente acordo entre Eletrobras e União sobre usina Angra 3
A Fitch Ratings avaliou positivamente o acordo entre a Eletrobras e a União, anunciado em 28 de fevereiro, destacando a dispensa do investimento de R$ 20 bilhões para a conclusão da usina Angra 3. A agência também considerou que os R$ 2,4 bilhões que a Eletrobras irá subscrever em debêntures conversíveis para financiar a extensão da vida útil de Angra 1 são significativos, mas administráveis para as reservas de caixa da empresa. Além disso, a Fitch não vê risco aumentado de interferência política com a ampliação do número de conselheiros indicados pela União, já que o Estado manterá apenas 10% dos direitos de voto. A agência mantém as notas de crédito "BB-" e "AA(bra)" para a Eletrobras, com perspectiva negativa. (Valor Econômico - 07.03.2025)
Artigo de Alexandre Street: "Em busca da flexibilidade perdida"
Em artigo publicado pelo MegaWhat (no dia 07/03), Alexandre Street (professor associado do Departamento de Engenharia Elétrica da PUC-Rio) trata dos desafios da expansão desordenada das fontes renováveis no setor elétrico brasileiro, os impactos na estabilidade do sistema e as possíveis soluções para aumentar a flexibilidade e sustentabilidade do mercado. O setor elétrico brasileiro incentivou fontes renováveis desde 2010, mas subsídios descoordenados levaram a uma expansão descontrolada, prejudicando a estabilidade do sistema, como evidenciado pelo apagão de 2023. Para corrigir isso, o governo adotou leilões de capacidade, priorizando termelétricas, mas essa solução enfrenta críticas. Alternativas mais eficientes, como os mercados de tempo real e a Resposta da Demanda (RD), podem trazer mais flexibilidade. Além disso, as distribuidoras têm grande potencial inexplorado. O texto questiona se o Brasil organizará seu mercado energético para o futuro ou continuará refém de medidas imediatistas. (GESEL-IE-UFRJ – 10.03.2025)
Transição Energética
Comitê técnico permanente do Combustível do Futuro tem representantes designados
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nomeou os representantes que comporão o Comitê Técnico Permanente Combustível do Futuro, estabelecido pelo CNPE. O grupo inclui membros de diferentes órgãos governamentais, como MME, Casa Civil, Ministério da Agricultura, Ministério da Ciência e Tecnologia, entre outros. A coordenação ficará a cargo do MME, e a diversidade de representantes reflete a abrangência do tema e a necessidade de colaboração interdisciplinar. A criação desse comitê demonstra o compromisso do governo em buscar soluções sustentáveis e inovadoras para o setor energético. A presença de entidades como ANP, ANAC, EPE e Ibama ressalta a importância de considerar aspectos regulatórios, ambientais e tecnológicos na busca por alternativas de combustíveis do futuro. A iniciativa visa promover o desenvolvimento de fontes de energia mais limpas e eficientes, alinhadas com as demandas da sociedade e as metas de sustentabilidade. Este comitê tem o potencial de impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias energéticas no Brasil, fomentando a inovação e a competitividade do país no cenário global. (Broadcast Energia – 09.03.2025)
Governador do Pará defende Belém como sede da COP30 apesar das críticas sobre infraestrutura
O governador do Pará, Helder Barbalho, defendeu a realização da COP30 em Belém, apesar das críticas sobre a falta de infraestrutura da cidade para sediar o evento. Ele destacou que a cidade está recebendo investimentos para se preparar e que os legados do evento beneficiarão tanto os habitantes quanto os visitantes. Embora o presidente Lula tenha reconhecido as dificuldades de infraestrutura, Barbalho reafirmou que a cidade já passou por vistorias das Nações Unidas e que mudar a sede teria um impacto negativo, especialmente por ser um evento ligado à Amazônia. O governador também falou sobre a necessidade de fortalecer o diálogo com os Estados Unidos, especialmente com seus entes subnacionais, e com outras potências globais como China e União Europeia para combater as urgências climáticas.(Valor Econômico - 06.03.2025)
COP30/Lago: Brasil buscará traduzir os 10 anos do Acordo de Paris em resultados palpáveis
A defesa do multilateralismo e o respeito pela ciência serão os pilares da presidência brasileira na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que buscará encontrar soluções "estruturais e avançadas" para acelerar a implementação do Acordo de Paris, que neste ano completa dez anos de assinatura. "Nossas instituições multilaterais podem e devem entregar resultados proporcionais à escala do desafio climático", afirmou o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, em discurso nesta quarta-feira (5), na Assembleia Geral da ONU sobre as prioridades e preparativos para a conferência, que acontecerá em novembro, em Belém, no Pará. "O Brasil tem a firme convicção de que não há progresso para a humanidade sem uma cooperação profunda, rápida e sustentada entre todos os países", afirmou Lago na abertura de seu discurso, que durou quase 20 minutos. Ele lembrou que 2024 foi o ano mais quente da histórica, com a temperatura média global excedendo 1,5 grau acima de seu nível pré-industrial. Por isso, defendeu que a COP30 foque em buscar meios de os países acelerarem a implementação do Acordo de Paris. (Valor Econômico - 05.03.2025)
Editorial Folha de São Paulo: É preciso evitar mais energia poluente e alta da conta de luz
Em editorial, a Folha de São Paulo critica o projeto de lei sobre energia eólica em alto mar, alterado no Congresso para incluir "jabutis" como reserva de mercado para usinas poluentes de carvão e gás. Essa intervenção geraria emissões de 274,4 milhões de toneladas de CO2 em 25 anos e aumento de 11% na conta de luz. Embora vetados por Lula, há risco de reversão. (GESEL-IE-UFRJ – 10.03.2025)
Artigo de Rafaela Calçada da Cruz: "Reforma tributária e produção de hidrogênio"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Rafaela Calçada da Cruz (advogada tributarista) trata da reforma tributária aprovada pela Emenda Constitucional nº 132/2023, que substitui cinco tributos por três e estabelece princípios como a simplicidade, transparência, justiça tributária e defesa do meio ambiente. A reforma prevê regime fiscal favorecido para biocombustíveis e Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (HBC), mas não esclarece o tratamento específico do HBC no contexto tributário. A Lei nº 14.948/2024, conhecida como "Marco Legal do Hidrogênio", institui incentivos fiscais para a produção de HBC, mas há incertezas sobre os benefícios fiscais para toda a cadeia produtiva devido à interpretação restritiva da Receita Federal. Isso pode gerar insegurança jurídica e tornar a produção de HBC mais cara, comprometendo a transição energética e o cumprimento das metas ambientais do Brasil no Acordo de Paris. (GESEL-IE-UFRJ – 10.03.2025)
Crise Climática
Argentina enfrenta crise climática com chuvas extremas e ondas de calor intensas
A Argentina vive uma semana marcada por eventos climáticos extremos, caracterizados por chuvas torrenciais e ondas de calor intensas. Em Bahía Blanca, as fortes chuvas mataram pelo menos seis pessoas e causaram danos significativos, enquanto Buenos Aires enfrentou recordes de temperatura de 47°C, apagões e falhas no sistema elétrico, afetando milhões de pessoas. O governo de Javier Milei, que já demonstrou interesse em abandonar o Acordo de Paris, enfrenta críticas tanto pela crise climática quanto pela gestão energética. O colapso do sistema de energia e o desastre em Bahía Blanca exigem a colaboração entre o governo federal e o local, gerando tensões políticas. A situação expõe a vulnerabilidade do país, que também enfrenta desafios relacionados ao fornecimento de gás, o que levanta preocupações para o futuro. (Valor Econômico - 08.03.2025)
Empresas
Eletrobras inaugura centro de monitoramento de ativos e clima para melhorar gestão energética
A Eletrobras inaugurou um centro de monitoramento de ativos e clima em sua sede no Rio de Janeiro, com o objetivo de melhorar a gestão da sua rede de geração e transmissão de energia em todo o Brasil. O centro, que já recebeu um investimento inicial de R$ 30 milhões e receberá mais R$ 110 milhões até 2025, reúne tecnologias de monitoramento de diferentes unidades da empresa para supervisionar 87 mil ativos, como usinas, subestações e transformadores. Utilizando inteligência artificial e sistemas de georreferenciamento, a iniciativa visa prever e mitigar os impactos climáticos, que têm afetado a infraestrutura elétrica, além de antecipar riscos meteorológicos e fornecer alertas e previsões especiais. A Eletrobras busca melhorar a resposta a incidentes, a qualidade do serviço e o uso eficiente dos ativos, especialmente após os apagões que afetaram o Brasil em 2023 e 2024. (Valor Econômico - 09.03.2025)
Itaipu: Aquisição de terras para comunidades indígenas pauta acordo de conciliação
O Conselho de Administração da Itaipu Binacional aprovou, em 27 de fevereiro, os termos de um acordo de conciliação que autoriza a compra de 3 mil hectares de terras, em caráter emergencial, a serem destinadas a comunidades indígenas Avá-Guarani da região Oeste do Paraná. São parte do acordo o Ministério Público Federal (MPF), as comunidades indígenas propriamente ditas, União, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Comissão Nacional de Soluções Fundiárias do Conselho Nacional de Justiça, além da própria Itaipu. O valor fixado para o negócio é de até R$ 240 milhões, que serão disponibilizados pela Binacional. Segundo a Itaipu, o acordo está relacionado à ação pede a reparação por violações a direitos humanos e fundamentais das comunidades indígenas afetadas pela formação do reservatório da usina, em 1982. Pelo tratado, a Itaipu deverá promover ações de restauração ambiental dessas áreas e implementar infraestrutura que garanta serviços essenciais, como fornecimento de água potável, energia elétrica, saneamento básico, saúde e educação. (Agência CanalEnergia - 27.02.2025)
ENBpar poderá criar reserva técnica financeira a partir de 2025
A partir de 2025, a Energia Nuclear e Binacional S.A (ENBpar) poderá criar uma reserva técnica financeira utilizando o saldo positivo da conta Comercialização da Energia Elétrica de Itaipu do ano anterior, com o objetivo de mitigar impactos de variações no fluxo de caixa e na tarifa de repasse de Itaipu, limitada a 5% do recolhimento anual. Essa medida foi estabelecida por um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, publicado no Diário Oficial da União, que alterou regulamentações anteriores sobre a comercialização de energia elétrica gerada pela Itaipu Binacional. A reserva será homologada anualmente pela Aneel após apuração do resultado da conta. (Valor Econômico - 05.03.2025)
Copel: Lucro cresceu 20,3% e foi a R$ 2,79 bi em 2024
A Copel compartilhou suas demonstrações financeiras referentes às operações em 2024. A companhia encerrou o período com lucro de R$ 2,79 bilhões, valor 20,3% superior ao que foi registrado em 2023. A receita operacional líquida cresceu 5,5%, indo a a R$ 22,6 bilhões, e o Ebtida ficou em R$ 5,52 bilhões, uma alta de 8,9%. Além disso, os investimentos somaram investidos R$ 2,5 bilhões, sendo 87,7% aplicados na Copel Distribuição, com destinação de 98,9% para ativos elétricos e 1,1% para investimentos em ativos não elétricos e outros investimentos. Já no referente aos resultados específicos para o quarto semestre de 2024, o lucro líquido ficou em R$ 575,2 milhões (-39%); a receita operacional líquida, em R$ 6,01 bilhões (+8,1%); o Ebtida, em R$ 1,29 bilhão (-15,75%); e os investimentos, em R$ 679,8 milhões. (Agência CanalEnergia - 28.02.2025)
Cemig: Aquisição de transmissora do Grupo Fram Capital
A Cemig GT fechou acordo para a aquisição da totalidade do capital social da Empresa de Transmissão Timóteo-Mesquita, de propriedade do Grupo Fram Capital. O preço negociado foi de R$ 30 milhões e a Receita Anual Permitida (RAP) dos ativos é R$ 5,7 milhões. A empresa afirma que a operação está em linha com seu Planejamento Estratégico, que prevê o investimento em ativos de transmissão em Minas Gerais. A companhia reforça, todavia, que a eficácia do contrato está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, como as anuências do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (Agência CanalEnergia - 27.02.2025)
EDP: Nova gestão para operações no Brasil e na América do Sul
O Grupo EDP informou que, a partir de 1 de junho, as operações e negócios da companhia na América do Sul terão estarão sob nova gestão. João Brito Martins foi designado para gestão da EDP na América do Sul, responsabilidade que acumulará com o cargo de Diretor Presidente da companhia no Brasil. O executivo desempenha funções no grupo EDP desde 2005, tendo sido Diretor Geral da EDP Espírito Santo, Vice-Presidente de Distribuição da EDP Brasil e Administrador da E-Redes em Portugal. Até 31 de maio, o Presidente João Marques da Cruz permanecerá à frente da empresa. Segundo comunicado da companhia, estão previstos relevantes desafios nos próximos meses a prosseguir ainda pela atual gestão, sobretudo no tocante à finalização do processo de prorrogação das concessões de distribuição de energia. (Agência CanalEnergia - 27.02.2025)
Isa Energia: Instalação de câmeras reduz em 75% desligamentos de linha por queimadas
A Isa Energia reduziu em 75% o número de desligamentos por queimadas na interligação elétrica Norte-Nordeste (IENNE) após a instalação câmeras autônomas offgrid de segurança nas torres de transmissão, com o objetivo de identificar focos de incêndio. Em agosto de 2024, os equipamentos foram implantados em quatro torres no Estado do Piauí e são capazes de monitorar em tempo real uma área de até 25 quilômetros (km) na área de servidão próxima aos ativos, permitindo a identificação dos focos de incêndio em sua fase inicial. As câmeras foram colocadas em áreas críticas para a ocorrência de incêndios. Segundo a empresa, a medida foi adotada a partir de um plano de melhoria contínua para reduzir o impacto das queimadas nas linhas de transmissão, uma vez que o fogo, a fumaça e a fuligem podem causar curto-circuito e interromper o fornecimento de energia elétrica. (Broadcast Energia - 07.03.2025)
Leilões
EPE: Leilão de reserva de capacidade 2025 tem 74 GW cadastrados
Um total de 327 projetos, que somam mais de 74 GW de capacidade instalada, foram cadastrados no Leilão Reserva de Capacidade de 2025, informou a EPE. Previsto para ocorrer em 27 de junho, o certame contratará potência usinas termelétricas, novas e existentes, e ampliações de hidrelétricas. Estimativas de mercado sugerem que o leilão contratará cerca de 10 GW de projetos. Do total de projetos cadastrados, 67% se referem a usinas termelétricas novas, 30% termelétricas existentes. Os 3% restantes correspondem a ampliações em usinas hidrelétricas. Entre as empresas que devem disputar o leilão estão grandes geradores termelétricos, como a Petrobras, a Âmbar Energia, do Grupo J&F, e a Eneva, além de grandes companhias com ativos hídricos que podem passar por expansão, como Copel, Eletrobras, Enel Green Power, Neoenergía, e a chinesa SPIC. (Broadcast Energia - 07.03.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
EPE: Consumo de energia elétrica no País sobe 0,6% em janeiro, com impulso da indústria
Em janeiro de 2025, o consumo de energia elétrica no Brasil atingiu 47.143 GWh, representando um aumento de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O destaque foi a indústria, que registrou um crescimento de 3%, totalizando 15.985 GWh, o maior volume já registrado para o mês de janeiro. Dentre os setores industriais mais eletrointensivos, o automotivo liderou com um aumento de 9,7%, impulsionado pela produção de veículos que cresceu 15,1%. Em seguida, a metalurgia, a fabricação de produtos de borracha e material plástico, produtos alimentícios, produtos de minerais não metálicos, extração de minerais metálicos e o setor têxtil também apresentaram crescimento no consumo de eletricidade. Por outro lado, o setor químico teve um aumento de 2%, abaixo da média da indústria, enquanto a produção de papel e celulose se manteve estável e produtos de metal registraram uma queda de 1,1%. Na classe residencial, o consumo de eletricidade aumentou 1,4% em comparação com janeiro de 2024, interrompendo a queda observada no mês anterior. A EPE aponta que o crescimento pode ser atribuído à expansão de 2,3% no número de consumidores residenciais e à melhoria nas condições de emprego e renda no país, com destaque para as regiões Sudeste e Nordeste. Já na classe comercial, houve uma diminuição de 1,7% no consumo de energia, relacionada à ocorrência de temperaturas mais amenas em comparação ao ano anterior. Esses dados refletem não apenas o cenário econômico e industrial do Brasil, mas também indicam mudanças nas condições de consumo de energia em diferentes setores, com impactos diretos nas atividades produtivas e no padrão de vida da população. A análise dessas informações é fundamental para o planejamento energético do país e para a compreensão das tendências de consumo no setor elétrico. (Broadcast Energia – 09.03.2025)
ONS faz leve ajuste na projeção de carga do SIN
O ONS elevou em 36 MWmed, ou 0,04%, a previsão de carga para o Sistema Interligado Nacional (SIN) em março, para 86.450 megawatts médios (MWmed). Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve uma manutenção da projeção de crescimento em 3,5%. De acordo com o mais recente Programa Mensal da Operação (PMO), no Sudeste/Centro-Oeste, principal centro consumidor de energia do País, a carga deve alcançar 49.321 MWmed, redução de 0,4% frente a projeção anterior. Contudo, na comparação anual, a estimativa é de crescimento de 3,2%. Para o Sul, a carga prevista é de 15.799 MWmed, elevação e 1,8% em relação ao PMO anterior, mas elevação de 7,6% frente a março do ano passado. Na região Nordeste a estimativa é de carga em 13.638 MWmed, redução de 0,6% na comparação com a previsão anterior, mas elevação e 0,2% em relação ao mesmo mês de 2024. Já no submercado Norte, a carga prevista é de 7.692 MWmed, alta de 0,6% ante o PMO divulgado na semana passada, e de 4,0% frente a março do ano passado. (Broadcast Energia - 07.03.2025)
Itaipu aumenta produção de energia em 2,5% no 1º bimestre de 2025
A usina hidrelétrica binacional Itaipu fechou o primeiro bimestre do ano com uma produção de 13,8 milhões de MWh, 2,5% acima do verificado em igual período de 2024. A energia produzida nos dois primeiros meses do ano foi responsável por atender 7,8% de todo o consumo de eletricidade do sistema elétrico brasileiro e 77% do sistema paraguaio. O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, destacou a capacidade da usina de apoiar o atendimento da carga tanto no Brasil quanto no Paraguai, contribuindo para uma maior segurança operacional, também em momentos de maior demanda como na atual onda de calor. No mês passado, os sistemas elétricos brasileiro e paraguaio registraram recordes de consumo, em meio a ondas de calor observadas nos principais centros de consumo dos dois países. No Paraguai, houve quebra de marca histórica de consumo instantâneo total no país, com 5.054 MW registrado às 13h45 do dia 11 de fevereiro (recorde já superado em 4 de março, com 5.122 MW, às 14h11). No Brasil, houve uma sequência de quebras de recorde diário ao longo do primeiro bimestre, sendo o último observado às 14h27 do dia 26 de fevereiro, quando o consumo de energia no Brasil atingiu a marca de 106.532 MW. (Broadcast Energia - 07.03.2025)
Eletronuclear: Angra 1 é sincronizada ao sistema interligado nacional
A Eletronuclear informou que a usina nuclear Angra 1 foi sincronizada novamente ao Sistema Interligado Nacional (SIN) às 15h34 desta sexta-feira (07). Com isso, iniciam os trabalhos para a retomada da potência total da usina. A nota confirma informação dada mais cedo pelo Broadcast Energia, de que os testes seriam iniciados na tarde desta sexta-feira, 06, com a elevação gradual da potência do reator até atingir 100% da capacidade operacional. A sincronização da usina ocorre após a ocorrência de um o desarme automático do reator de Angra 1, na tarde da quinta-feira, 06, o que provocou a retirada temporária da unidade do SIN. (Broadcast Energia - 07.03.2025)
ONS: Sudeste/Centro-Oeste teve corte de 2.226 MW de geração solar em 04/02
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) implementou cortes na geração de energia solar e eólica em diversas regiões do Brasil no dia 04/03/2025, visando controlar a frequência do Sistema Interligado Nacional (SIN). No Sudeste/Centro-Oeste, a geração de energia solar foi limitada em 2.226 MW, enquanto no Nordeste, a geração eólica teve uma redução de 5.839 MW ao longo do dia. No período das 07h00 às 16h29, a produção de energia solar fotovoltaica também foi restringida em 2.454 MW. No Norte, houve restrição na geração eólica, com um corte máximo de 24 MW entre 08h44 e 15h29. Por outro lado, no Sul não foram registrados cortes devido a restrições sistêmicas. Essas medidas têm sido adotadas com mais frequência desde 2023, causando debates no setor, com as empresas proprietárias de usinas apontando prejuízos financeiros e riscos para seus negócios. As informações foram divulgadas no Informativo Preliminar da Operação (IPDO) do ONS. A situação ressalta a importância de discutir e buscar soluções para garantir a estabilidade e eficiência do sistema elétrico nacional diante do crescimento da geração de energia renovável. (Broadcast Energia – 09.03.2025)
ONS: Desligamento em linha de transmissão interrompeu fluxo de 90 MW para Jaú
No dia 4 de março, a linha de transmissão de 138 kV Barra Bonita/Bariri, localizada em São Paulo, sofreu um desligamento automático, causando a interrupção do fluxo de 90 megawatts (MW) de carga destinada à CPFL na cidade de Jaú. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou um Informativo Preliminar da Operação (IPDO) que indicava o início da normalização da carga às 16h31 e sua conclusão às 21h46 do mesmo dia. Esse incidente demonstra a vulnerabilidade da rede elétrica e a importância de medidas preventivas para evitar interrupções no fornecimento de energia. A ráp intervenção das equipes técnicas foi fundamental para restabelecer a energia na região afetada dentro de algumas horas. A interrupção no fornecimento de energia pode causar impactos significativos na vida cotidiana das pessoas, afetando não apenas o conforto, mas também a operação de diversos estabelecimentos comerciais e industriais. A CPFL e outras empresas do setor elétrico devem estar preparadas para lidar com situações de emergência e garantir a segurança e estabilidade do sistema. É essencial que as autoridades e empresas do setor elétrico invistam em modernização e manutenção adequada da infraestrutura elétrica, bem como em sistemas de monitoramento e controle eficientes, a fim de minimizar o risco de falhas e interrupções no fornecimento de energia. A população também pode contribuir para a eficiência do sistema elétrico, adotando práticas de consumo consciente e evitando o desperdício de energia. Diante desse episódio, é fundamental que sejam realizadas investigações detalhadas para identificar as causas do desligamento da linha de transmissão e implementar medidas preventivas para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro. A segurança e confiabilidade do sistema elétrico são aspectos essenciais para o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da sociedade. (Broadcast Energia – 09.03.2025)
Segurança hídrica na região metropolitana de São Paulo
Apesar dos reservatórios da região metropolitana de São Paulo estarem em níveis confortáveis, especialistas alertam para os riscos de escassez hídrica devido a anomalias climáticas, como ondas de calor e chuvas irregulares. Embora o abastecimento seja melhor do que há dez anos, a redução das chuvas e o aumento das temperaturas tornam a situação imprevisível e exigem ações contínuas para garantir a segurança hídrica, como a melhoria da infraestrutura de distribuição e a recuperação de áreas florestais nos mananciais. Além disso, iniciativas de adaptação e resiliência, como o reflorestamento, são vistas como fundamentais para enfrentar os desafios climáticos e urbanos, enquanto a Sabesp já implementa planos para expandir o abastecimento e reduzir perdas. (Valor Econômico - 05.03.2025)
ABCE/Vivan: Consumo deve aumentar em 2025, mas ano será desafiador
O crescimento de 3,4% do PIB brasileiro em 2024 foi sustentado por programas sociais do governo, que impulsionaram o consumo, elevando também a demanda por eletricidade, avaliou o diretor presidente da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE), Alexei Vivan. Por isso, o dirigente, que é também sócio da CGM Advogados, espera que o aumento de carga se mantenha em 2025, com todos os desafios e oportunidades que acarreta para o setor elétrico. Ele cita preocupações com a possibilidade de sobrecarga no sistema elétrico nacional, o que exige investimentos em linhas de transmissão e novas termelétricas e hidrelétricas para garantir a confiabilidade da operação. Uma oportunidade de negócios para os geradores. No entanto, comenta que o cenário de inflação e juros em alta, associado à taxa de câmbio elevada, traz dificuldades para a viabilização de novos projetos. (Broadcast Energia - 07.03.2025)
Artigo de Armando Ribeiro de Araujo: "Faz sentido jogar eletricidade fora?"
O texto discute o fenômeno do "curtailment" - quando sistemas elétricos descartam ou vendem a preço zero eletricidade gerada por fontes renováveis variáveis (eólica/fotovoltaica). Isso ocorre pela necessidade de manter equilíbrio instantâneo entre oferta e demanda, já que essas fontes não controlam sua produção. Principais causas: excesso de capacidade variável, congestionamento na transmissão e requisitos de estabilidade do sistema. A ocorrência aumenta em sistemas com alta penetração de renováveis, podendo ser economicamente preferível ao investimento em armazenamento. (GESEL-IE-UFRJ – 10.03.2025)
Mobilidade Elétrica
Expansão da infraestrutura de recarga elétrica impulsiona o mercado de VEs no Brasil
Em 2025, o mercado de recarga de veículos elétricos no Brasil teve grande crescimento, com a demanda por infraestrutura disparando devido ao aumento da frota de carros elétricos. O número de pontos de recarga rápida e semirrápida no país cresceu significativamente, atraindo grandes empresas do setor de energia, como Vibra e Raízen, que começaram a investir no segmento de recarga elétrica. Empresas menores e startups também continuam atuando, oferecendo equipamentos, serviços de recarga e aplicativos para facilitar o processo. O mercado está se consolidando, com destaque para a expansão de carregadores rápidos, e grandes redes de combustível estão entrando no setor. Investimentos de R$ 15 milhões pela Vibra na startup EZVolt e de R$ 10 milhões pela Raízen na Tupi Mobilidade indicam a atratividade do setor, que agora conta com uma rede crescente de recarga pública em diversas regiões do Brasil. (Valor Econômico - 05.03.2025)
Toyota lança bZ3X, seu veículo elétrico mais barato, na China
A Toyota lançou o bZ3X, seu veículo elétrico mais barato na China, com preço inicial de cerca de 110 mil yuans (US$ 15 mil), tornando-o 30% mais acessível que o sedã bZ3. Desenvolvido em parceria com a GAC Group, o SUV usa baterias de fosfato de ferro-lítio e pode percorrer de 430 a 610 km com uma carga. O modelo também conta com um sistema de assistência ao motorista avançado. A Toyota não planeja vender o bZ3X fora da China. O lançamento ocorre em meio a uma crescente competição de preços entre montadoras, como a Honda, que também apresentou seu novo S7 EV. A China continua sendo o maior mercado automotivo do mundo, com previsões de crescimento nas vendas de veículos elétricos, apesar de quedas nas vendas das montadoras japonesas. (Valor Econômico - 07.03.2025)
Inovação e Tecnologia
Karpowership e FECD: P&D para aplicação de hidrociclones
A Karpowership e a Fundação Educacional Charles Darwin (FECD) firmaram parceria para a realização do projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) ‘Sistema inteligente para separação rápida de sólidos de água e inibição do crescimento de microrganismos’, que compreende a aplicação de hidrociclones. A Karpowership destacou que os equipamentos serão utilizados para a separação de impurezas da água do mar no processo de geração de energia da empresa, que envolve usinas térmicas flutuantes. Este equipamento trabalhará associado à radiação ultravioleta para mitigar o desenvolvimento de microrganismos, sem adição de produtos químicos, para melhorar a filtragem de água nos navios. O investimento do projeto alcança cerca de R$ 2 milhões e tem prazo de 18 meses. A companhia, ainda, acenou para a importância de que universidades e institutos tenham ciência do compromisso institucional em investir em inovação e contribuir para o desenvolvimento do setor elétrico. (Agência CanalEnergia - 28.02.2025)
Energias Renováveis
Abren: Prodeval chega como nova associada para reforço nos mercados de biogás e biometano
A Associação Brasileira de Energia de Resíduos (Abren) anunciou a chegada da Prodeval como sua mais nova associada. A multinacional, que realiza o tratamento e valorização do biogás proveniente da metanização de resíduos orgânicos, contribuirá para reforçar a atuação da Abren nos mercados de biogás e biometano. A empresa, que inaugurou sua filial no Brasil em setembro de 2024, destacou que participa ativamente da redução dos gases de efeito estufa, por meio de soluções em biogás e BioGNV cada vez mais inovadoras, responsáveis e alinhadas com as aspirações ambientais. Suas soluções evitam a emissão de 880.000 toneladas de CO₂ por ano e garantem a injeção de 52.381 Nm³/h de biometano na rede de gás natural. Atualmente, a Prodeval conta mais de 500 instalações em operação. (Agência CanalEnergia - 28.02.2025)
Artigo de Clarissa Lins: "Combustível renovável, solução escalável?"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Clarissa Lins (sócia-fundadora da Catavento Consultoria) trata da possibilidade de as soluções brasileiras em combustíveis renováveis servirem de exemplo para o mundo, destacando o papel do Brasil na descarbonização, especialmente no setor de transporte. Embora o Brasil seja líder mundial no uso de biocombustíveis, com uma participação de 25% na demanda total por energia renovável, as soluções globais ainda enfrentam desafios, como a falta de escala e o alto custo dos combustíveis renováveis. No entanto, com políticas públicas adequadas e a adoção de padrões globais, como o G20 em 2024, o Brasil pode exportar suas soluções e inspirar outros países, comprovando que as alternativas sustentáveis têm vantagens competitivas e um impacto positivo socioambiental. (GESEL-IE-UFRJ – 10.03.2025)
Gás e Termelétricas
Sergipe avança para reduzir preço e ampliar uso do gás natural, dizem entidades
A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Agrese) propôs ajustes no contrato entre a concessionária Sergas e o estado de Sergipe visando reduzir custos e ampliar a distribuição de gás natural. Essas mudanças foram apoiadas por entidades do setor, como o IBP, Abrace Energia e Abpip, que acreditam que as propostas beneficiarão os consumidores. As alterações incluem uma revisão na taxa de retorno da concessionária, eliminando a remuneração fixa sobre despesas, modernizando o cálculo tarifário e ajustando a base de cálculo da tarifa. Essas medidas visam tornar o ambiente regulatório mais claro, estimular novos investimentos, e levar o gás natural a mais regiões do estado. A diretora executiva de gás natural do IBP destacou a importância dessas propostas para a modernização do setor em Sergipe, enquanto o presidente da Abpip ressaltou a relevância do estado como exemplo para o mercado brasileiro de gás. Com essas mudanças, espera-se que o gás natural se torne um instrumento de desenvolvimento econômico mais competitivo e acessível para os consumidores de Sergipe, incentivando a inovação e a eficiência no setor. (Broadcast Energia – 09.03.2025)
Eneva recebe aval para operação comercial de parte de termelétrica no Maranhão
A Eneva, por meio da Parnaíba II Geração de Energia, recebeu autorização para operar comercialmente a unidade geradora 3 da usina termelétrica MC2 Nova Venécia 2, localizada em Santo Antônio dos Lopes, no Maranhão. Esta unidade tem uma potência de 92,25 megawatts (MW), contribuindo para a capacidade total da usina de 270,47 MW. A fonte de energia utilizada é o gás natural. A usina está em funcionamento desde outubro de 2023 e a aprovação para a operação da unidade 03 foi oficializada no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira, 05/03/2025. Este avanço representa um passo significativo no setor de energia, fortalecendo a capacidade de geração e contribuindo para o fornecimento de energia elétrica de forma mais eficiente e sustentável. (Broadcast Energia – 09.03.2025)
Mercado Livre de Energia Elétrica
CCEE lança Guia de Direitos e Deveres do Consumidor no Mercado Livre de Energia
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) lançou, em 7 de março, o Guia de Direitos e Deveres do Consumidor no Mercado Livre de Energia. O material didático mira proporcionar mais transparência e entendimento para os consumidores que acabaram de ingressar no ambiente de contratação livre (ACL). O e-book foi elaborado para esclarecer dúvidas frequentes e ajudar os novos participantes a compreenderem suas responsabilidades ao atuar no segmento livre e como atuar caso queira trocar de representante varejista, voltar para o atendimento da sua distribuidora local ou se receber notificações de desligamento do seu fornecedor. O guia também aborda de forma clara e acessível tópicos como os processos de cadastro no mercado livre, os direitos do consumidor quanto ao serviço prestado e as obrigações que as partes envolvidas devem cumprir. Além disso, oferece orientações sobre como os consumidores podem resolver eventuais conflitos e garantir que suas demandas sejam atendidas conforme as normativas vigentes. A publicação, que tem como objetivo tornar o mercado livre de energia mais seguro para todos, está disponível gratuitamente no site da CCEE. Acesse aqui o material. (CCEE – 07.03.2025)
Ende Brasil Energia recebe aval para atuar como comercializadora na CCEE
A empresa Ende Brasil Energia recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para atuar como agente comercializador de energia elétrica na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Com sede na Asa Norte, em Brasília, no Distrito Federal, a companhia agora está sujeita às regulamentações específicas para exercer essa atividade. A aprovação foi publicada no Diário Oficial da União, o que significa que a Ende Brasil Energia deve cumprir todas as disposições relacionadas à comercialização de energia elétrica. Essa autorização representa um passo importante para a empresa, possibilitando sua participação no mercado de energia elétrica de forma mais ativa e legalizada. Este marco certamente terá impacto no setor energético e na economia do país, abrindo novas oportunidades de negócio e contribuindo para a diversificação do mercado de energia elétrica no Brasil. (Broadcast Energia – 09.03.2025)
Biblioteca Virtual
CASTRO, Nivalde de. "Os impactos dos eventos climáticos extremos no setor elétrico brasileiro".
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EDITORIAL Folha de São Paulo: "É preciso evitar mais energia poluente e alta da conta de luz".
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CRUZ, Rafaela Calçada da. "Reforma tributária e produção de hidrogênio".
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ARAUJO, Armando Ribeiro de. "Faz sentido jogar eletricidade fora?".
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LINS, Clarissa Lins: "Combustível renovável, solução escalável?".
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