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IFE
04/02/2025

IFE Diário 6.121

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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04/02/2025

IFE nº 6.121

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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IFE Diário 6.121

Regulação

Fevereiro de 2025 terá bandeira tarifária verde, sem custo adicional 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária verde será acionada em fevereiro de 2025, sem custo adicional na tarifa de energia. Essa é a terceira vez consecutiva que a bandeira verde é acionada, devido ao volume de chuvas e boas condições dos níveis dos reservatórios. No segundo semestre de 2024, a Aneel havia acionado a bandeira tarifária vermelha patamar 1º em setembro, pela primeira vez em mais de três anos, devido à seca histórica. O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, afirmou que há indicativo de bandeira tarifária verde ao longo do ano, mas só no fim do período úmido será possível fazer uma previsão mais assertiva. O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, tem como objetivo atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia e já foi acionado em 61 oportunidades. A maior série histórica em que a bandeira tarifária ficou verde foi de abril de 2022 até julho de 2024. (Broadcast Energia – 03.02.2025)  
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Transição Energética

Setor elétrico brasileiro investirá R$ 30 bi por ano até 2027 para enfrentar extremos climáticos

O setor elétrico brasileiro está enfrentando os impactos dos extremos climáticos, com as concessionárias anunciando investimentos de R$ 30 bilhões por ano até 2027 para melhorar a resiliência das redes e reduzir interrupções no fornecimento de energia, como os apagões causados por tempestades. O aumento de investimentos é impulsionado pela previsão de tempestades mais severas, ondas de calor e secas mais intensas, além da renovação de contratos de 21 concessionárias entre 2025 e 2031. A mudança climática também afeta a geração de energia, com secas reduzindo a capacidade das hidrelétricas e ondas de calor pressionando o consumo elétrico. Além disso, um relatório da Agência Internacional de Energia Renováveis alerta que a infraestrutura energética precisa ser mais resiliente para enfrentar os desafios climáticos. No entanto, o desafio da resiliência pode ser ofuscado pela agenda de combustíveis fósseis, com países como os EUA e o Brasil defendendo o uso contínuo de petróleo, gás e carvão. (Agência Eixos – 03.02.2025) 
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Brasil é destaque entre os quatro países com maior capacidade de liderar a transição energética global

O Brasil está entre os quatro países com maior capacidade para liderar a transição energética global, de acordo com um estudo do Net Zero Industrial Policy Lab da Universidade Johns Hopkins. O país se destaca em áreas-chave como minerais estratégicos, baterias, veículos elétricos híbridos com biocombustíveis e combustíveis sustentáveis para aviação, devido à sua base industrial já existente. No entanto, os pesquisadores alertam que o plano governamental Nova Indústria Brasil (NIB) precisa de mais foco e clareza para garantir impacto significativo. Eles sugerem uma abordagem de “microtargeting”, priorizando setores estratégicos para maximizar o potencial de liderança do Brasil na economia verde, enfatizando a necessidade de integrar esses setores e investir em infraestrutura e capital humano. A análise também destaca que, apesar de desafios globais, como a postura dos EUA e Rússia contra a transição energética, o Brasil tem uma oportunidade única de se posicionar como líder no futuro da economia verde. (Valor Econômico - 04.02.2025) 
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Diretor-geral da Irena visita o Brasil para apoiar agenda da COP30 e discutir adesão do país

Francesco La Camera, diretor-geral da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena), visitará o Brasil em fevereiro para apoiar a agenda do país para a COP30, que ocorrerá em Belém (PA) em novembro. Sua visita também está ligada ao pedido do Brasil para integrar o grupo da Irena, que está sendo analisado após o anúncio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em janeiro, sobre a retomada do processo de adesão. Durante a visita, La Camera se reunirá com autoridades brasileiras, incluindo Silveira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o presidente da COP30, André Corrêa do Lago. Ele também visitará Campinas (SP) e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e, em 17 de fevereiro, terá um encontro com o diretor de sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, além de visitar o Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes). (Valor Econômico - 04.02.2025)
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Queensland interrompe investimentos em projeto de H2V após mudança política

O governo de Queensland, na Austrália, decidiu interromper novos investimentos em um projeto de hidrogênio verde, que visava produzir 70 mil toneladas por ano até 2028, após a mudança para o governo conservador do Partido Nacional Liberal. O projeto, que já estava em estágio avançado e havia sido selecionado para subsídios de até 2 bilhões de dólares australianos, foi considerado pouco lucrativo pelo novo governo. A decisão gerou críticas, especialmente do ministro australiano de Mudanças Climáticas, Chris Bowen, que ressaltou os impactos negativos para a economia local e o emprego, além de destacar a importância do hidrogênio verde. Essa retirada de financiamento ocorre em meio a incertezas globais sobre a energia renovável, acentuadas por decisões políticas, como a saída dos EUA do Acordo de Paris. (Valor Econômico - 04.02.2025) 
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Empresas

Copel, Cymi, Eletrobras, ISA Brasil e TBE obtêm benefício fiscal para reforços em transmissão

O Ministério de Minas e Energia (MME) concedeu benefício fiscal para empresas que atuam no setor de transmissão de energia elétrica. As companhias contempladas foram Mantiqueira Transmissora de Energia (da Cymi), Marumbi Transmissora de Energia (Copel), Eletronorte (Eletrobras), Empresa Norte de Transmissão de Energia (Ente), da TBE, e ISA Brasil Energia. O aval foi publicado no Diário Oficial da União e enquadrou as iniciativas no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), permitindo que os empreendimentos possam adquirir máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos, prestação de serviços e materiais de construção para utilização ou incorporação nas obras sem a incidência de PIS/Cofins. A Mantiqueira Transmissora de Energia teve projetos de reforços contemplados para a Subestação Itabira 5, em Minas Gerais. A ISA Brasil Energia foi beneficiada para obras de reforço na Subestação Ribeirão Preto, em São Paulo. Já a Marumbi Transmissora de Energia fará reforços na Subestação Curitiba Leste, no Paraná. A Eletronorte fará obras nas subestações Nobres e Porto Franco, no Maranhão e Mato Grosso, respectivamente. Por fim, a Empresa Norte de Transmissão de Energia (Ente), da Transmissoras Brasileiras de Energia (TBE), foi contemplada para realizar melhorias nas subestações de Açailândia, no Maranhão, e Marabá, no Pará. Os benefícios fiscais concedidos pelo MME visam estimular o investimento em infraestrutura de energia elétrica, essencial para garantir o abastecimento de energia do país. As empresas contempladas poderão realizar obras de reforço e melhorias em sistemas de transmissão, contribuindo para o aumento da segurança energética e a melhoria da qualidade do serviço prestado aos consumidores. (Broadcast Energia – 03.02.2025) 
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Scatec: Demonstrações financeiras do 4º trimestre e acumulado de 2024

O Scatec compartilhou os suas demonstrações financeiras referentes ao quarto trimestre de 2024. No período, a companhia registrou lucro líquido de US$ 8,7 milhões, Ebitda de US$ 71,6 milhões e US$ 100,4 milhões – todos inferiores ao apurado em igual período de 2023. Apesar disso, o desempenho na geração de energia aumentou. As usinas da Scatec geraram 1.138 GWh no quarto trimestre de 2024, um aumento em relação aos 811 GWh na comparação anual, alcançando marcos importantes em diversos projetos de energias renováveis. Já para os resultados acumulados do ano de 2024, o lucro líquido ficou em US$ 130,2 milhões, o Ebitda em US$ 473,7 milhões, e a receita em US$ 574,4 milhões, com todos aumentando em relação a 2023. O aumento foi impulsionado pelo bom desempenho nas Filipinas, novas plantas em operação e um ganho contábil decorrente da venda de ativos na África do Sul. (Agência CanalEnergia - 03.02.2025)
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Alupar: Aquisição estratégica de ações da Rialma IV

A Alupar anunciou, em 31 de janeiro, a aquisição de ações de emissão da Rialma Transmissora de Energia IV, lote 3 do Leilão de Transmissão realizado em dezembro de 202. De acordo com o diretor de Relações com Investidores da companhia, Luiz Eduardo Coimbra, a compra do ativo ‘brownfield’ não muda os planos de expansão em 2025, mas mostra que a empresa está atenta a todo tipo de oportunidade de mercado. Ele completa que o negócio foi objeto de bastante estudo, com diligências técnicas, fiscais e tributárias, e que o nível de retorno está muito próximo dos projetos ‘greenfields’, mas com um risco menor. “A conta no final acabou fazendo sentido para a gente”, avisou. A compra foi feita através da subsidiária ETAP e o contrato prevê a aquisição das ações pelo valor de R$ R$175.434.000,00. (Agência CanalEnergia - 31.01.2025)
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Neoenergia: Inauguração de nova SE em Petrolina (PE)

A Neoenergia inaugurou a subestação Petrolina III, instalada no Sertão do São Francisco, em Pernambuco. O empreendimento integra o plano de investimento de R$ 5,1 bilhões previsto para o ciclo de 2024 a 2028, e recebeu um aporte de R$ 21,4 milhões para reforçar o fornecimento de energia elétrica para cerca de 85 mil habitantes. O empreendimento é classificado como um dos mais modernos da subsidiária do Grupo Iberdrola no Brasil, estando habilitado para monitoramento e a gestão à distância, diretamente do Centro de Operações Integradas (COI), no Recife. São 26,6 MVA inicialmente ligados a uma linha de subtransmissão e cinco circuitos de média, e, em 2026, é prevista a energização de uma segunda linha e a construção de mais cinco circuitos, o que permitirá duplicar a potência da SE. Além disso, até o final de 2028, a distribuidora prevê a entrega de pelo menos mais nove novas SEs. (Agência CanalEnergia - 03.02.2025)
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Isa Energia Brasil: Aporte de R$ 190 mi em modernização de LTs em SP

A Isa Energia Brasil investiu, ao longo de 2024, cerca de R$ 190 milhões em 10 projetos de reforços e melhorias focados em linhas de transmissão (LTs) para ampliar a confiabilidade do fornecimento de energia e a capacidade do sistema em São Paulo. A companhia renovou 112 km de cabos para-raios por cabos convencionais ou especiais, que oferecem melhor proteção e eficiência; substituiu 206 km de cabos condutores, com foco em aumentar a capacidade da rede; e implementou 72 novas torres de transmissão para reforçar a infraestrutura do sistema elétrico. Ainda, além da modernização de LTs, a empresa possui um plano de renovação de ativos bastante abrangente que contempla também subestações. Os investimentos – que somaram R$ 959,9 milhões até o terceiro trimestre de 2024 - são realizados com a colaboração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e compreendem reforços – obras para aumento de capacidade, confiabilidade, vida útil ou conexão de usuário – e melhorias – obras para reforma ou adequação de instalação e equipamentos mirando a melhor prestação do serviço. (Agência CanalEnergia - 03.02.2025)
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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

Copel Distribuição registra aumento de 4,7% no consumo de energia elétrica no 4º tri de 2024

No quarto trimestre de 2024, o mercado fio da Copel Distribuição registrou um aumento de 4,7% no consumo de energia elétrica, atingindo 9.226 GWh, em comparação com o mesmo período de 2023. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo aumento da atividade econômica e pela elevação do padrão de consumo dos clientes. O mercado fio engloba o mercado cativo, o fornecimento para concessionárias e permissionárias dentro do Paraná, e os consumidores livres na área de concessão. Além disso, o faturamento do mercado fio, que inclui a energia compensada de mini e micro geração distribuída (MMGD), cresceu 2,5% no trimestre. (Valor Econômico - 03.02.2025) 
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Mobilidade Elétrica

Celesc: Lançamento de chamada pública para recarga de veículos elétricos em SC

A Celesc lançou uma chamada pública para seleção de locais para instalação de novas estações de recarga do corredor elétrico catarinense, para entes públicos e privados. Com mais de R$ 5 milhões em investimentos, a nova etapa do projeto pretende contar com 65 novos eletropostos que, somados aos já existentes, devem totalizar 100 unidades até o fim do ano, em todas as regiões do estado, com no máximo 50 quilômetros de distância entre um e outro. A prioridade da empresa é a busca por locais com grande fluxo de pessoas e de fácil acesso aos condutores. O modelo do negócio prevê a cobrança de uma tarifa pelo uso do eletroposto, de modo a cobrir os custos com aquisição de energia, operação, aplicativo de recarga e manutenção. Já os custos relacionados à implantação das unidades são de responsabilidade da Celesc. Entre os benefícios aos interessados, segundo a empresa, estão o aumento no fluxo de clientes e fortalecimento de imagem e de marca. As inscrições podem ser realizadas até 14 de março. (Agência CanalEnergia - 31.01.2025)
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Energias Renováveis

MME define garantia física de usinas eólicas e fotovoltaicas de Engie e Vale

O Ministério de Minas e Energia (MME) definiu a garantia física de usinas eólicas da Engie e fotovoltaicas da Vale. A garantia física é a quantidade máxima de energia que um equipamento pode comercializar, calculada a partir de critérios previamente fixados. Para a Engie, o valor foi fixado para as usinas Assu Sol 6, 7, 12 e 14 entre 15,1 e 15,3 megawatts médios (Mwmed). Já para a Vale, a definição contemplou as usinas AC III a X e XV a XXIII, que ficaram entre 8,8 e 15,0 MWmed de garantia física. Os montantes de garantia física de energia referem-se ao Ponto de Medição Individual (PMI) das usinas. Para efeitos de comercialização, as perdas elétricas do PMI até o centro de gravidade do submercado deverão ser abatidas, observando as regras de comercialização vigentes. A definição da garantia física é importante para que as empresas possam comercializar a energia produzida pelas usinas eólicas e fotovoltaicas no mercado livre de energia. A Engie e a Vale são importantes players no setor de energia renovável do país, contribuindo para a diversificação da matriz energética brasileira. (Broadcast Energia – 03.02.2025) 
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EDP coloca à venda dois complexos solares em São Paulo

A EDP, empresa portuguesa de energia, anunciou a venda de dois grandes complexos solares no estado de São Paulo. O Complexo Solar Pereira Barreto, com capacidade de 252 megawatts (MW), está localizado no município homônimo, enquanto o Complexo Solar Novo Oriente está situado em Ilha Solteira. As negociações estão em fase inicial e os ativos são avaliados entre R$ 1,6 bilhão e R$ 1,8 bilhão, considerando o valor da empresa, incluindo patrimônio e dívida líquida. O BTG Pactual está assessorando a EDP nesse processo. Além disso, a EDP está em processo de venda de duas hidrelétricas no Amapá. Em dezembro do ano passado, o presidente da EDP na América do Sul, João Marques da Cruz, afirmou que a companhia concentrará seus investimentos em distribuição e transmissão. A venda desses complexos solares faz parte da estratégia da EDP de se concentrar em outros setores, como distribuição e transmissão, em vez de investir em geração de energia. A empresa já havia vendido uma parte de sua participação em parques eólicos no Brasil em 2020. A EDP está presente em 16 países e é uma das maiores empresas do setor elétrico em Portugal. No Brasil, a empresa atua em geração, distribuição e comercialização de energia elétrica. (Broadcast Energia – 03.02.2025) 
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Japão aumenta meta de aquisição doméstica para parques eólicos offshore

O Japão pretende aumentar sua meta de aquisição doméstica para parques eólicos offshore de 60% para 70% até 2040, como parte de uma estratégia para fortalecer a cadeia de suprimentos local e atrair investimentos estrangeiros. A nova meta, que será finalizada neste verão, visa aumentar a participação de componentes fabricados no Japão, mas para isso será necessário que fornecedores ocidentais construam fábricas no país e que empresas japonesas forneçam peças essenciais. O Japão, que atualmente depende de importações para componentes como pás de turbinas e nacelas, já tem planos de alcançar 10 gigawatts de capacidade de energia eólica offshore até 2030 e 30 a 45 gigawatts até 2040. Para reduzir custos e aumentar a produção, também se espera que a energia eólica offshore se torne uma fonte importante de energia no país até 2040, com a energia eólica flutuante contribuindo para a capacidade. (Valor Econômico - 04.02.2025) 
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