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IFE Diário 6.094
Regulação
MME/Manfrim indica regra de transição para reduzir encargos na conta de luz
O subsecretário de Assuntos Econômicos e Regulatórios do Ministério de Minas e Energia (MME), Gustavo Manfrim, afirmou que o governo estuda uma regra de transição para estabelecer uma "trajetória de redução" dos encargos setoriais que impactam a tarifa de energia. Ele não entrou em detalhes sobre a medida, mas ressaltou que a proposta de ampla reforma do setor elétrico que será apresentada pelo governo ao Congresso Nacional deve conciliar sugestões do setor privado e pontos que refletem a posição do governo federal sobre o tema. A proposta de reestruturação do setor elétrico está dividida em diretrizes como: a abertura do mercado para consumidores residenciais e pequenos comércios; alocação "mais justa" dos encargos setoriais; redistribuição dos subsídios nas tarifas de energia, buscando onerar quem consome mais. Outra proposta é a ampliação da faixa de consumo elegível para a tarifa social na conta de luz, de 50 kW para 80 kW. A última previsão para o envio do texto ao Congresso foi dezembro de 2024. (Broadcast Energia - 08.12.2024)
Link ExternoTributos e encargos no setor elétrico representam 46,2% das contas, aponta estudo
Os tributos e encargos representam 46,2% das contas de energia no Brasil, segundo estudo da PwC e Instituto Acende Brasil, que apontou arrecadação consolidada de R$ 107,9 bilhões em 2023. Apesar de uma leve redução de 1,9 pontos percentuais em relação a 2022, impulsionada pela limitação do ICMS sobre energia elétrica como bem essencial, os encargos setoriais permaneceram estáveis, correspondendo a 15,2% da arrecadação, com destaque para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), responsável por 12,9% do total. A carga tributária consolidada também caiu, de 32,9% em 2022 para 31% em 2023, com maior impacto no ICMS e variações menores em tributos federais. O estudo ainda destacou a desigualdade tributária entre estados, como Bahia, onde alíquotas chegaram a 37% para consumidores residenciais. Para 2024, mudanças na base de cálculo do ICMS e a reforma tributária poderão trazer novos desafios ao setor, incluindo impactos nos subsídios tarifários e na competitividade. (Agência CanalEnergia - 05.12.2024)
Link ExternoAbradee/Madureira: Compensação por corte de geração vai afetar tarifa de energia
O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Madureira, alertou que a decisão judicial que determina compensação integral para geradores eólicos e solares afetados por cortes de geração (constrained off) terá impacto na tarifa de energia elétrica, penalizando o consumidor, que já subsidia descontos tarifários para essas fontes. Madureira destacou que muitos cortes ocorrem devido à produção de energia desnecessária em horários de baixa demanda, o que obriga o Operador Nacional do Sistema (ONS) a interromper a geração para preservar a segurança do sistema elétrico. A decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região atende parcialmente pedido da Abeeólica e da Absolar e inclui a possibilidade de pagamentos retroativos a 2023, com impacto tarifário estimado de 0,04% para energia eólica e 0,05% para solar. Em setembro de 2024, os cortes de geração somaram 3.780 MW médios, principalmente por limitações de transmissão e excesso de oferta sem demanda suficiente. (Agência CanalEnergia - 06.12.2024)
Link ExternoAbrage/Pereira: Situação é de bastante risco em relação à confiabilidade do sistema elétrico
A presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Marisete Pereira, alertou em uma audiência pública na Câmara dos Deputados sobre a situação de risco do sistema elétrico do Brasil em relação à confiabilidade. Segundo ela, há um déficit na capacidade de atendimento ao horário de ponta de carga e na flexibilidade operativa, o que coloca em perigo o critério de confiabilidade do sistema. Além disso, Pereira argumentou que os subsídios concedidos às fontes de energia eólica e solar estão se tornando insustentáveis e refletindo diretamente nas tarifas dos consumidores. De acordo com a ex-secretária executiva do Ministério de Minas e Energia, as usinas hidrelétricas, que antes representavam 83% da matriz elétrica do país, hoje atendem apenas 47% dos critérios de confiabilidade. Com o crescimento das fontes solar e eólica, há excesso de oferta de energia em determinados horários do dia, com redução no horário de pico de demanda, o que pode agravar ainda mais a situação.O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já indica uma necessidade de potência de quase 5 gigawatts para 2025, o que coloca o sistema elétrico em uma situação de bastante risco em relação à confiabilidade. A presidente da Abrage pede um debate amplo sobre o tema para que seja possível encontrar soluções que garantam a segurança e a estabilidade do sistema elétrico brasileiro. (Broadcast Energia - 08.12.2024)
Link ExternoEx-presidente da Petrobras faz críticas à gestão de Alexandre Silveira
Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras, afirmou em entrevista que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, foi um dos responsáveis por convencê-lo a sair da estatal, apontando que a presença de Silveira durante sua demissão, comunicada por Lula, o incomodou. Prates criticou a influência do ministro sobre a Petrobras, através de conselheiros indicados por ele, que dificultaram a gestão da empresa. Além disso, o ex-executivo observou que há uma oposição ao presidente Lula dentro do governo, criando dificuldades no Congresso. Sobre sua sucessora, Magda Chambriard, Prates não a criticou diretamente, mas comentou que sua gestão parece ter uma posição mais conservadora em relação à transição energética. Ele também mencionou a demora na aprovação de licenças ambientais para exploração de petróleo na Foz do Amazonas e declarou que não tem interesse em cargos políticos, destacando a falta de apoio de colegas do PT após sua saída da Petrobras. (Valor Econômico - 06.12.2024)
Link ExternoTransição Energética
Elétricas veem com bons olhos marco do mercado de carbono
As empresas de energia elétrica, especialmente as que atuam com geração renovável, receberam positivamente a aprovação do marco legal para o mercado de carbono no Brasil. O Projeto de Lei (PL) 182/24, aprovado no final de novembro, cria um mercado regulado de créditos de carbono no país e traz regras para o mercado voluntário, que é o único em andamento. As companhias elétricas, muitas com braços em outros países, já ofertam créditos, mas afirmam que o texto é necessário para trazer segurança jurídica e posicionar o país no mercado internacional. A Voltalia, companhia francesa que atua em 20 países, incluindo o Brasil, espera que a regulamentação abra novas portas para a participação do país em mercados internacionais e consolide sua posição como referência global em soluções para a redução de emissões. A Comerc Energia, do Grupo Vibra Energia, espera colher os frutos da legislação já no próximo ano. A diretora de Assuntos Regulatórios e Institucional da Comerc destacou que o texto trouxe na definição dos certificados tanto projetos de eficiência energética quanto de geração de energia renovável, o que considerou bastante positivo. Para o gerente de Negócios de Carbono da Auren Energia, a realização da COP 30 no Brasil em novembro do próximo ano pode ser um incentivador para avanços na regulamentação do tema ao longo do próximo ano. (Broadcast Energia - 08.12.2024)
Link ExternoSão Paulo terá novos procedimentos para produção de biocombustíveis em propriedades rurais
O governo de São Paulo lançará novos procedimentos para a geração de biogás e biometano em propriedades rurais. As diretrizes foram desenvolvidas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em conjunto com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, visando facilitar o licenciamento, atrair investimentos e padronizar a produção de combustíveis renováveis no estado. A transformação dos gases gerados pelos resíduos agropecuários em biogás e biometano pode reduzir as emissões estaduais em até 16%, segundo estimativa da secretaria.O setor agropecuário paulista tem grande potencial para produzir combustíveis renováveis, com mais de 10 milhões de bovinos, 1,25 milhão de suínos e quase 126 milhões de aves. Segundo a Associação Brasileira de Biogás e Biometano (Abiogás), apenas os dejetos de suínos têm potencial para gerar 2,7 bilhões de metros cúbicos de biometano por ano, o equivalente a substituir 2,6 bilhões de litros de diesel. Estimativas do Centro de Pesquisa para Inovação em Gás (RCGI) apontam que o biogás produzido no Estado poderia atender 93% do consumo residencial de eletricidade em São Paulo, enquanto o biometano gerado seria capaz de substituir 72% do diesel comercializado localmente. Com as novas diretrizes, o governo paulista espera que todos os setores do agro possam investir e colaborar na descarbonização e melhorar a rentabilidade de suas propriedades. (Broadcast Energia - 08.12.2024)
Link ExternoChina deve aprovar até 100 novos reatores nucleares nos próximos 10 anos
A China planeja aprovar até 100 novos reatores nucleares nos próximos 10 anos, segundo o órgão estatal da indústria. O país já adicionou 34 gigawatts de capacidade nuclear em uma década, o que é suficiente para fornecer energia para cerca de 30 milhões de residências. A China aprovou 11 usinas nucleares adicionais este ano, o que deve colocá-la no caminho para ter o maior setor nuclear do mundo até 2030.A China está investindo fortemente em energia nuclear como forma de reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de gases de efeito estufa. A energia nuclear é uma fonte limpa e confiável de energia, mas também é controversa devido aos riscos associados à radiação e à segurança.O país já tem 50 reatores nucleares em operação e outros 18 em construção, tornando-se o terceiro maior produtor de energia nuclear do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da França. A China planeja aumentar a capacidade de energia nuclear para 70 gigawatts até 2025 e 120 gigawatts até 2030.O governo chinês tem enfrentado críticas por sua abordagem agressiva em relação à energia nuclear, que alguns argumentam que é arriscada e pode levar a acidentes nucleares. No entanto, a China está comprometida em melhorar a segurança nuclear e está trabalhando para desenvolver tecnologias mais avançadas e seguras.A expansão do setor nuclear da China tem implicações significativas para a indústria global de energia nuclear, que tem enfrentado dificuldades nos últimos anos devido a preocupações com a segurança e custos crescentes. A China está se tornando cada vez mais importante para a indústria nuclear, com empresas chinesas envolvidas em projetos em todo o mundo. (Broadcast Energia - 08.12.2024)
Link ExternoArtigo de Clarissa Lins: "De Baku a Belém: o que esperar da COP30"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Clarissa Lins (sócia-fundadora da Catavento Consultoria) trata dos desafios e avanços obtidos na COP29 de Baku, destacando o acordo sobre a meta de financiamento climático anual, que será de US$ 300 bilhões a partir de 2035, um valor três vezes maior que o acordado em 2009. Embora o resultado tenha sido considerado aquém do necessário, com especialistas apontando a necessidade de até US$ 1,3 trilhão anuais, o artigo enfatiza a importância de mecanismos inovadores e investimentos domésticos, destacando o papel do Brasil. Lins também discute as dificuldades em apresentar metas climáticas que atendam ao limite de 1,5°C e o impacto das decisões políticas no ritmo da transição para uma economia de baixo carbono. A COP30, que ocorrerá em Belém, é vista como uma oportunidade para o Brasil liderar a discussão sobre soluções baseadas na natureza, mercados de carbono e a transição energética. (GESEL-IE-UFRJ – 09.12.2024)
Ver PDFEmpresas
Petrobras/MME: Presidente do Conselho de Administração é indicado para a ANP
A Petrobras informou que o Presidente do Conselho de Administração da companhia, Pietro Adamo Sampaio Mendes, foi indicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), para consideração da Casa Civil da Presidência da República, como proposta de nome para ocupar uma Diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Mendes também é o atual Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME. Caso a Presidência da República aprove a indicação do nome, este ainda dependerá de sabatina pelo Senado Federal e posterior nomeação pelo Presidente da República. O executivo seguirá na sua função de Presidente do Conselho de Administração da Petrobras durante todo o processo. (Agência CanalEnergia - 05.12.2024)
Link ExternoLeilões
Leilão de energia para janeiro de 2025 movimenta R$ 4,6 bi e registra deságio de 18,88%
O leilão de energia realizado no dia 6 de dezembro, resultou em 31 grupos vencedores, que venderão 28,4 milhões de MWh de energia para 16 distribuidoras a um custo médio de R$ 163,75/MWh, com um deságio de 18,88% em relação ao preço-teto. O total negociado foi de R$ 4,6 bilhões, com a energia sendo entregue a partir de janeiro de 2025. Em 40 minutos de disputa, foram comercializados 1.621,5 MW médios. Os maiores vendedores foram Chesf, BTG Pactual e Auren, enquanto entre os compradores, a Light destacou-se com 23,12% do total, seguida pela Enel SP e Amazonas Energia, com 13,75% e 11,97%, respectivamente. (Valor Econômico - 06.12.2024)
Link Externo2º Leilão de energia para janeiro de 2026 movimenta R$ 1,43 bi e registra deságio de 5,26%
O segundo leilão de energia realizado no dia 6 de dezembro, com fornecimento previsto para janeiro de 2026, movimentou R$ 1,43 bilhão, negociando 8,9 milhões de megawatts/hora (MWh) a um preço médio de R$ 163,22/MWh, com um deságio de 5,26% em relação ao preço-teto. Em pouco mais de 20 minutos de disputa, foram vendidos 508,8 megawatts-médios. Os maiores vendedores foram Enel Trading, Matrix e Santander, cada um com 1.000 lotes, enquanto as distribuidoras Enel Ceará, Enel SP e Celesc se destacaram entre os compradores, adquirindo respectivamente 27,9%, 23,19% e 26,8% da energia comercializada. (Valor Econômico - 06.12.2024)
Link Externo3° Leilão de energia para janeiro de 2027 é encerrado sem negociações
O terceiro leilão de energia existente, realizado realizado no dia 6 de dezembro para fornecimento em janeiro de 2027, terminou sem negociações devido à falta de interessados. Após 11 minutos de disputa, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) encerraram o pregão sem fechar contratos, com o preço inicial estipulado em R$ 140 por megawatt-hora (MWh). Em contraste, os dois primeiros leilões movimentaram R$ 4,6 bilhões e R$ 1,43 bilhão, respectivamente, com deságios significativos. Esses leilões anuais visam complementar a demanda de contratação das distribuidoras para o mercado regulado, planejando o fornecimento de energia e a eficiência do sistema elétrico. (Valor Econômico - 06.12.2024)
Link ExternoLeilões de energia somam mais de R$ 6 bi e destacam contratos A-1 e A-2
Os leilões de energia realizados realizado no dia 6 de dezembro, para fornecimento de energia entre 2025 e 2027, resultaram em contratos que somaram mais de R$ 6 bilhões. Os certames A-1, A-2 e A-3 variam no prazo de entrega da energia: o A-1 começa em janeiro de 2025, o A-2 em 2026, e o A-3 em 2027. O A-1 foi o maior, com R$ 4,6 bilhões em contratos e 28,4 milhões de MWh negociados, destacando-se a Light, Enel São Paulo e Amazonas Energia como principais compradoras. O preço médio de R$ 163,75/MWh no A-1 gerou uma economia de cerca de R$ 1 bilhão, enquanto o A-2 negociou R$ 1,43 bilhão a um preço médio de R$ 163,22/MWh. O A-3, no entanto, não registrou propostas. Esses leilões ajudam a planejar o fornecimento de energia para o mercado regulado. (Valor Econômico - 06.12.2024)
Link ExternoOferta e Demanda de Energia Elétrica
Matriz elétrica em 2024 cresce 10.306 megawatts até novembro, ultrapassando meta
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a expansão da matriz elétrica brasileira alcançou 10.306 MW de janeiro a novembro de 2024, ultrapassando a meta estabelecida para o ano - de 10.106 MW em potência fiscalizada. As fontes de energia solar fotovoltaica e eólica foram as principais responsáveis por esse crescimento, representando 90,14% da potência instalada no período. O Brasil conta agora com um total de 207.760 MW de potência fiscalizada. A Aneel espera que o fechamento do ano registre um recorde, com a entrada de mais usinas em dezembro. Em novembro, foram adicionadas 26 novas usinas, incluindo 18 centrais solares fotovoltaicas, cinco usinas eólicas, uma usina termelétrica e duas pequenas centrais hidrelétricas. Desde o início do ano, foram instaladas 281 novas usinas em 17 estados do país, com destaque para Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte. A Aneel espera que o ano de 2024 seja o melhor ano de crescimento da matriz elétrica brasileira, superando o recorde anterior de 10.324 MW estabelecido em 2023. (Broadcast Energia - 08.12.2024)
Link ExternoMobilidade Elétrica
BYD planeja adaptar carros para o Brasil e investir R$ 5 bi até 2025
A BYD, montadora chinesa, planeja adaptar seus carros para o mercado brasileiro com dois modelos desenvolvidos especificamente para o Brasil até o final de 2025. Com uma fábrica em construção na Bahia, a empresa já detém 2,98% do mercado brasileiro e espera um crescimento significativo, com a previsão de um aumento de 50% nas vendas em 2025. A BYD investiu R$ 5 bilhões no país e projeta uma capacidade de produção de até 300 mil veículos por ano, incluindo modelos híbridos e elétricos, como o Song Pro e o Dolphin mini. A empresa também está focada no desenvolvimento de veículos híbridos movidos a etanol. Apesar de um incidente de más condições de trabalho nas obras em Camaçari, a empresa reafirma seu compromisso com a segurança e responsabilidade social. Além disso, a BYD planeja expandir sua produção para o México e continuar sua liderança como maior fabricante mundial de veículos elétricos, apesar das preocupações globais sobre a crescente presença das montadoras chinesas. (Valor Econômico - 09.12.2024)
Link ExternoStellantis e Zeta Energy: Parceria para o desenvolvimento de baterias mais baratas para VEs
A Stellantis e a Zeta Energy assinaram um acordo para o desenvolvimento de baterias de lítio-enxofre baratas para veículos elétricos (VEs). Visto que os custos das baterias afetam significativamente o preço dos VEs, a investida mira tornar esses mais acessíveis. O acordo inclui o desenvolvimento de pré-produção e planos para a produção futura até 2030. Ao contrário das baterias tradicionais de lítion-íon, as baterias de lítio-enxofre não utilizam materiais caros, como níquel ou cobalto, o que resulta em custos de produção mais baixos – menos da metade do preço por kWh - embora tenham uma duração mais curta. Ainda, segundo as empresas, essa tecnologia pode aumentar a velocidade de carregamento das baterias em até 50%. "Isso significa, potencialmente, um pacote de baterias significativamente mais leve, com a mesma energia utilizável das baterias de lítio contemporâneas, permitindo maior autonomia, melhor dirigibilidade e desempenho aprimorado", afirmaram em comunicado conjunto. As baterias devem ser fabricadas dentro da tecnologia existente em gigafábricas, utilizando uma cadeia de suprimentos curta e totalmente doméstica na Europa ou América do Norte. (Folha de São Paulo – 05.12.2024)
Link ExternoInovação e Tecnologia
Meta: Aporte de US$ 10 bi para construção de data center
A Meta comunicou, em 04 de dezembro, que planeja investir US$ 10 bilhões na montagem de um data center de inteligência artificial (IA) em Louisiana, nos Estados Unidos, no que será o maior data center da empresa no mundo, com entrega prevista para 2030. A computação de IA tem levada a um aumento massivo nas necessidades de energia de grandes empresas, gerando um novo interesse pela energia nuclear. O anúncio do data center ocorreu um dia após a Meta informar que está buscando propostas de desenvolvedores de energia nuclear para ajudar no cumprimento de suas metas ambientais e de IA. A quantidade de eletricidade usada pela unidade será compensada por energia renovável, pois qual empresa trabalhará com o fornecedor de energia Entergy. Todavia, diante da frota envelhecida de reatores, a sobrecarga da comissão reguladora nuclear dos EUA, além de potenciais obstáculos no fornecimento de combustível de urânio e oposição local, surgem preocupações quanto à dificuldade de atender rapidamente à crescente demanda de energia apenas com a energia nuclear. (Folha de São Paulo – 05.12.2024)
Link ExternoEnergias Renováveis
Gerdau e Newave Energia investem R$ 1,3 bi em parque solar em Goiás
A Gerdau Aços Longos, em parceria com a Newave Energia, iniciará a construção de um parque solar em Barro Alto, Goiás, com investimento de R$ 1,3 bilhão e previsão de conclusão em 2026. O parque terá capacidade de 452 MWp, dividido em sete Sociedades de Propósito Específico (SPEs), das quais a Gerdau adquirirá integralmente três, por R$ 600 milhões, garantindo 43 MWm de energia. Além disso, a empresa e suas subsidiárias adquirirão 23 MWm das SPEs da Newave. O parque fornecerá 66% de sua energia para as unidades de produção de aço da Gerdau, com um investimento adicional de R$ 41 milhões na Newave Energia, aumentando sua participação para 40%. Com esses investimentos, a Gerdau passará a consumir 111 MWm de energia solar, o que representa 23% de seu consumo no Brasil, reduzindo em 65 mil toneladas suas emissões de CO2 anuais. (Valor Econômico - 06.12.2024)
Link ExternoCelgPar inaugura usina fotovoltaica da Ceasa
A Celg de Participações (CelgPar) inaugura em 6 de dezembro a Usina Fotovoltaica das Centrais de Abastecimentos de Goiás (Ceasa), fruto de um investimento de R$ 33,5 milhões. O projeto abrange 25.000 m² de estacionamento coberto com carports solares e 70.000 m² de painéis no solo, integrando o Programa de Eficiência Energética do Governo de Goiás. Com capacidade de geração de 11.800 MWh por ano, a usina reduzirá os custos de energia elétrica da Ceasa e outros órgãos estaduais, proporcionando uma economia anual de R$ 3,4 milhões. Além disso, a instalação é suficiente para atender mais de 3.000 residências médias e oferece 980 vagas cobertas, combinando sustentabilidade e funcionalidade ao proteger veículos enquanto gera eletricidade. (Agência CanalEnergia - 05.12.2024)
Link ExternoEcom investe R$ 17 mi em novas usinas de GD compartilhada
A Ecom anunciou o lançamento de três novas usinas solares de geração distribuída compartilhada (GDC) em Parapuã, interior de São Paulo. Com um investimento superior a R$ 17 milhões, as usinas têm uma potência total de 3 MW e beneficiarão mais de 90 municípios, abrangendo não apenas o estado de São Paulo, mas também cidades do Paraná e Minas Gerais. Localizado em uma área de 10 hectares, o complexo estará em pleno funcionamento na segunda quinzena de dezembro de 2024. A energia gerada será 100% solar, uma alternativa sustentável e economicamente viável que contribuirá para o desenvolvimento socioeconômico local. (Agência CanalEnergia - 05.12.2024)
Link ExternoTRF1 determina compensação por corte de geração de usinas eólicas e solares
A Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região concedeu liminar determinando que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) garanta a compensação integral a geradores eólicos e solares afetados por cortes de geração em eventos de constrained off. A decisão, atendendo parcialmente a agravo da Abeeólica e Absolar, assegura pagamentos pelos cortes já na próxima liquidação financeira do mercado de curto prazo, sem limitações relacionadas à indisponibilidade externa ou franquias de horas. As associações argumentaram que a Aneel extrapolou normas legais ao criar categorias restritivas de compensação, reduzindo significativamente o direito dos geradores. Em 2023, cortes de geração totalizaram 577 MW médios, mas apenas 0,3% foram compensados; em setembro de 2024, os cortes chegaram a 2.900 MW médios de eólica e 880 MW médios de solar. A Absolar celebrou a decisão, destacando os impactos negativos dos cortes sobre o fluxo de caixa das usinas, riscos contratuais e rebaixamentos de crédito, agravados pela quase inexistência de compensações financeiras nos últimos anos. (Agência CanalEnergia - 05.12.2024)
Link ExternoEólicas e Solar iniciam teste de 82,5 MW
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o início da operação em teste de três empreendimentos de geração de energia renovável, totalizando 82,5 MW de capacidade instalada. As liberações incluem as UG1 a UG8 da EOL Serra do Assuruá 5, com 36 MW; as UG6 a UG8 da EOL Casqueira II, com 17,7 MW; e as UG1 a UG9 da UFV Dunamis II, com 28,8 MW. (Agência CanalEnergia - 05.12.2024)
Link ExternoMercado Livre de Energia Elétrica
CCEE/Rossi: Período sombra do monitoramento prudencial vai até aval da Aneel a regra definitiva
O monitoramento prudencial de agentes que atuam no mercado livre de energia elétrica continua mesmo após o prazo de 12 meses, de acordo com o conselheiro da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Eduardo Rossi. A Resolução 1.072, de 2023, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) previu que o período sombra continua valendo até que a Aneel delibere sobre o assunto. Durante o período sombra, os agentes enviam dados reais para testes de melhorias do mecanismo, mas não sofrem penalidades por não participarem. A CCEE apontou uma adesão de mais de 90% dos agentes.A CCEE propôs melhorias ao mecanismo, como a simplificação das regras de declaração para os consumidores, por meio da obrigatoriedade do envio de informações apenas para grupos com demanda igual ou maior que 9 megawatts médios (MWmed), faixa que isenta 97% da categoria de participação no mecanismo. No entanto, essa proposta não foi unânime no comitê consultivo que trata do tema e deve ser alvo de discussões no setor.O conselheiro Eduardo Rossi afirmou que as melhorias propostas só serão implantadas mediante aval da agência reguladora. Ele lembrou que nada muda até que a Aneel delibere sobre o assunto e transforme o período sombra em monitoramento definitivo, o que é esperado para o primeiro semestre de 2025. Em termos de consumo, a medida de simplificação das regras de declaração exclui apenas 40% do mercado livre. (Broadcast Energia - 08.12.2024)
Link ExternoBBCE: Encerramento dos negócios de novembro revela queda de preços e menor liquidez
Os negócios na Bolsa Brasileira de Commodities e Energia (BBCE) encerraram novembro de 2024 com uma queda tanto nos preços quanto na liquidez do mercado. Ao todo, foram transacionados 2.320 contratos, representando uma diminuição de 19% em relação ao mesmo período de 2023. As operações, todavia, foram fechadas a valores mais altos. O volume financeiro registrado foi R$ 2,9 bilhões (-11,7%), e quantidade de energia negociada somou 21.664 GWh (-36,5%). A maior parte das transações foi voltada para ativos anuais, com contratos de energia convencional de maior prazo e entrega para o próximo ano, o que resultou em menor liquidez para os contratos com vencimentos mais próximos. Esse cenário reflete uma mudança no comportamento do mercado, influenciado por fatores climáticos e pela redução das operações no mercado livre, que continuam a impactar a dinâmica de preços e a negociação de contratos de energia no Brasil. (Agência CanalEnergia - 05.12.2024)
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