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IFE
26/11/2024

IFE Diário 6.085

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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26/11/2024

IFE nº 6.085

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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IFE Diário 6.085

Regulação

Senado analisa projeto das eólicas offshore que pode aumentar contas de luz em 11% até 2050

O Senado analisa no dia 26 de novembro o projeto de lei 576/21, que regula as eólicas offshore, mas enfrenta críticas por incluir emendas que podem elevar significativamente os custos para consumidores. Especialistas alertam que "jabutis" no texto, como subsídios e prorrogações de benefícios para fontes fósseis e geração distribuída, podem gerar um impacto de R$ 25 bilhões anuais até 2050, aumentando em 11% as contas de luz. Apesar de reconhecer o potencial positivo do marco para atrair investimentos, críticos, como o presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata, denunciam falta de transparência e impactos negativos, como a "sujeira" da matriz elétrica e prejuízos para o setor eólico. A aprovação sem ajustes é vista como um desrespeito aos consumidores e à democracia. (Valor Econômico - 25.11.2024) 
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Fazenda alerta para riscos de encarecimento da conta de luz com marco das eólicas offshore

Um parecer técnico do Ministério da Fazenda alerta para os impactos negativos da aprovação do marco legal das eólicas offshore, em tramitação no Senado, destacando o risco de encarecimento da conta de luz devido à criação ou prorrogação de subsídios para setores específicos. O documento, elaborado pela Secretaria de Reformas Econômicas, aponta o crescimento desproporcional dos subsídios embutidos nas tarifas de energia elétrica, que subiram 228% entre 2018 e 2024, enquanto as tarifas residenciais aumentaram 35%, agravando-se no Nordeste, onde o crescimento dos subsídios foi de 609%. Os técnicos recomendam a exclusão de artigos do projeto que ampliam esses custos e reforçam a necessidade de revisar e racionalizar os subsídios no setor elétrico para evitar distorções econômicas, reduzir tarifas e melhorar a competitividade. (Valor Econômico - 25.11.2024) 
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MME pede à Aneel liberação do bônus de Itaipu para modicidade tarifária

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitou à Aneel a avaliação para liberar o bônus de Itaipu de 2023, no valor de R$ 1,3 bilhão, visando aliviar as tarifas de energia elétrica e mitigar os impactos na inflação. A proposta considera a melhora nos níveis de armazenamento dos reservatórios, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste, que concentram 70% da capacidade nacional. Silveira destacou a importância de valores equilibrados para as bandeiras tarifárias, evitando pressões inflacionárias, como o impacto da energia elétrica em outubro de 2024, quando representou 0,20% do IPCA total de 0,56%. (Agência CanalEnergia - 22.11.2024)
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MME edita portarias sobre metodologia de cálculo das garantias físicas de novas usinas

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou duas portarias que tratam da metodologia de cálculo das garantias físicas de energia dos novos empreendimentos de geração que comporão o Sistema Interligado Nacional (SIN). A garantia física é a quantidade de energia que cada usina pode comercializar e é definida a partir de critérios previamente fixados. De acordo com as publicações, o montante será calculado de acordo com os seguintes passos: determinação da oferta total de garantia física de energia (ou carga crítica) do SIN; rateio da oferta total de garantia física de energia do SIN, abatida da geração não despachada centralizadamente, em dois blocos: oferta hidráulica (EH) e oferta térmica (ET); rateio da oferta hidráulica entre todas as usinas hidrelétricas proporcionalmente às suas energias firmes; e rateio da oferta térmica entre todas as usinas termelétricas. A primeira portaria altera as regras do anexo da Portaria nº 101/GM/MME, de 22 de março de 2016, enquanto a segunda define as premissas gerais a serem utilizadas na aplicação da metodologia fixada em atendimento ao normativo de 2016. (Broadcast Energia – 25.11.2024) 
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Aneel atualiza quotas da CDE e Proinfa para transmissoras

A Aneel estabeleceu os valores das quotas referentes à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) de setembro de 2024, totalizando R$ 96.078.410,39, e fixou também as quotas de custeio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) para janeiro de 2025, somando R$ 31.516.210,52. Ambos os encargos devem ser recolhidos até 10 de dezembro de 2024 pelas concessionárias de transmissão que atendem consumidores livres e/ou autoprodutores conectados à Rede Básica do SIN. (Agência CanalEnergia - 22.11.2024)
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Aneel autoriza novo modelo Decomp e Newave para ONS e CCEE

A Aneel autorizou o uso das versões atualizadas dos modelos computacionais Decomp (versão 32) e Newave (versão 30) a partir do PMO de janeiro de 2025. Essas ferramentas serão utilizadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para planejamento e programação da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) e cálculo do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD). A decisão foi formalizada em despacho publicado no Diário Oficial da União em 22 de novembro. (Agência CanalEnergia - 22.11.2024)
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Aneel atuou na segurança energética da reunião da Cúpula do G20

A Aneel atuou na fiscalização do fornecimento de energia elétrica durante o G20 Social e a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, entre 14 e 20 de novembro, garantindo segurança e confiabilidade nos eventos que reuniram chefes de Estado das maiores economias do mundo. Em parceria com o MME, ONS, transmissoras e distribuidoras, a agência realizou inspeções, manutenções preventivas e treinamentos, além de traçar planos de contingência para evitar intercorrências. As ações também abrangeram eventos em outras cidades brasileiras e foram coordenadas pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), envolvendo diversos setores estratégicos nacionais. (Aneel – 21.11.2024)
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ONEE 2024: Cerimônia de premiação acontecerá amanhã (27/11), em Brasília

A cerimônia de premiação da edição 2024 da Olimpíada Nacional de Eficiência Energética (ONEE) acontecerá em 27 de novembro, em Brasília. A iniciativa é a principal olimpíada do conhecimento relacionada à energia elétrica no país e tem o objetivo de engajar estudantes em atividades que promovam a eficiência energética, a sustentabilidade e a educação. A ONEE 2024 foi realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com coordenação do Instituto Abradee e organização da distribuidora EDP Espírito Santo, e teve mais de 263 mil inscritos em todo o país. A solenidade terá como ponto alto a entrega de medalhas de ouro para os candidatos com a melhor colocação nos 26 estados e no Distrito Federal, e, posteriormente, mais oito mil estudantes receberão também, em suas localidades, medalhas pelo desempenho na ONEE 2024. Os medalhistas estão automaticamente classificados para a segunda fase da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) de 2025, sem a necessidade de participação na primeira fase. (Aneel – 21.11.2024)
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Transição Energética

COP29 e projeto de lei reacendem debate sobre questões tributárias no Brasil

Dois eventos recentes reacenderam o debate sobre as questões tributárias dos créditos de carbono: a conclusão da COP29, que destacou a necessidade de grandes investimentos para mitigar a crise climática, e a aprovação pelo Congresso Nacional do projeto de lei que regula os mercados de carbono no Brasil. O projeto prevê isenção de PIS/Cofins e condiciona a incidência de IRPJ/CSLL ao modelo de negócio adotado na negociação desses créditos. Além disso, a Orientação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (OCPC 10), que define regras para contabilização de créditos de carbono, reforça sua classificação como ativo, priorizando sua função econômica. Apesar de lacunas sobre a implementação prática, essas medidas podem impulsionar o comércio de créditos de carbono e contribuir para enfrentar a emergência climática. (Valor Econômico - 25.11.2024) 
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COP29/Alckmin: É muito boa a expectativa sobre a aprovação do PL do carbono

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que é boa a expectativa sobre a aprovação do projeto de lei do mercado regulado de carbono nesta quarta-feira no Senado Federal. Ele disse isso em uma entrevista depois de participar de um painel no Consórcio Interestadual da Amazônia na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), que ocorre em Baku (Azerbaijão). Alckmin afirmou que a aprovação do projeto do mercado regulado de crédito de carbono será um exemplo para o mundo e que isso vai mudar o cenário para florestas. Ele disse que o mercado de carbono é o que vai tornar a árvore em pé muito valorizada. Durante o painel, o vice-presidente e chefe da delegação brasileira na COP29 afirmou também que 'o mundo precisa aprovar o mercado regulado de crédito de carbono'. Esse é um dos temas da conferência: a regulação do artigo 6 do Acordo de Paris que trata desse mercado e de questões como a venda entre países dos créditos. O mercado regulado de carbono é uma forma de incentivar a redução das emissões de gases do efeito estufa. Ele funciona assim: empresas que poluem menos do que o permitido podem vender créditos de carbono para outras empresas que poluem mais do que o permitido, criando um mercado de créditos de carbono. Com essa lei, o Brasil pretende incentivar a preservação da floresta amazônica e de outras áreas naturais, já que a preservação dessas áreas pode gerar créditos de carbono que podem ser vendidos no mercado regulado. A aprovação desse projeto de lei seria um grande avanço para a luta contra as mudanças climáticas e para a preservação do meio ambiente. (Broadcast Energia – 25.11.2024) 
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COP29/Marina Silva diz que NDC com banda não significa que objetivo não seja o teto de 67% 

Durante a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, afirmou que a nova meta climática do Brasil tem como objetivo limitar as emissões de gases de efeito estufa a 850 milhões de toneladas de CO2, o que representa uma redução de 67%. A meta, que tem uma banda de 59% a 67% de redução, vale para todos os setores e contempla o desmatamento zero e a recomposição de florestas desmatadas. O vice-presidente e chefe da delegação brasileira na COP29, Geraldo Alckmin, reforçou o compromisso do governo com o desmatamento zero e destacou que a nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) é mais ambiciosa do que a anterior. Antes do governo Lula, houve omissão em relação ao desmatamento, mas agora o objetivo é a preservação ambiental e a redução das emissões de gases de efeito estufa. (Broadcast Energia – 25.11.2024) 
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COP29/Meio Ambiente/Marina Silva: COP30 vai ser a COP das COPs 

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou em Baku que a COP30 será a COP das COPs. Durante um painel no estande do Consórcio Interestadual Brasil Amazônia na COP29, Marina declarou que a COP29 é a COP da implementação, enquanto a COP30 será a COP da implementação, implementação e implementação. A ministra defendeu que os países precisam começar a falar de vantagens colaborativas, transformando suas vantagens comparativas em vantagens colaborativas e não mais em vantagens competitivas. A COP29 conta com a participação de representantes de 196 países. (Broadcast Energia – 25.11.2024) 
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COP29/Pará/Hélder Barbalho: Não cabe mais discutir quem ganha com a COP em Belém 

O governador do Pará, Hélder Barbalho, afirmou em um painel na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, no Azerbaijão, que a realização da COP30 em Belém, na Amazônia, colocará o Brasil na liderança da discussão sobre mudança climática no mundo. Ele reconheceu a carga de preconceito e desconfiança sobre a realização da conferência na região, mas disse que a coragem de fazê-la é maior do que os desafios enfrentados. Barbalho informou que um cluster de dois centros de exposições está em construção na região de um antigo aeroclube de Belém para abrigar a Zona Azul e a Zona Verde da COP, e que 60% das obras estão prontas, com conclusão marcada para agosto. Ele também afirmou que a hospedagem dos visitantes será feita de forma diversificada, com a construção de dois novos hotéis de alto padrão e a reforma de igrejas e escolas públicas. Além disso, 4.500 imóveis foram inscritos no programa do AirBnB com o governo para preparação para aluguel de temporada. Barbalho destacou que a COP30 terá a maior participação de povos indígenas e que serão construídos espaços com a ambientação de aldeias indígenas para recebê-los. (Broadcast Energia – 25.11.2024) 
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COP29/Amapá/Clécio Vieira: Na COP30, vamos falar de Amazônia com quem mora na Amazônia

O governador do Amapá, Clécio Vieira, afirmou que a COP29, conferência global sobre mudanças climáticas, será histórica para a Amazônia, pois pela primeira vez o mundo vai falar sobre a região com quem mora nela. Em um painel no estande do Consórcio Interestadual Brasil Amazônia, Vieira defendeu a mudança da mensagem sobre o uso da terra no bioma amazônico, que atualmente é vista como quem desmatou ficou rico e quem não devastou ficou na pobreza. Ele destacou a importância de mostrar que é possível associar desenvolvimento econômico com a proteção da floresta em pé e que a Amazônia não deve ser romantizada. O governador ressaltou que o Brasil tem bons indicadores ambientais e que é possível melhorar as condições sociais e econômicas com a proteção da floresta. A COP29 ocorre em Baku, no Azerbaijão. (Broadcast Energia – 25.11.2024) 
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COP29 em Baku revela divisões e desafios no financiamento climático global

A COP29, realizada em Baku, focou no financiamento climático, mas revelou divisões profundas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Após longas negociações, definiu-se que os países ricos mobilizariam US$ 300 bilhões anuais até 2035, valor considerado insuficiente frente às demandas estimadas de até US$ 6,7 trilhões anuais até 2030 para enfrentar a crise climática. A criação de um mercado de carbono pela ONU foi um avanço, mas a ausência de compromissos mais robustos e o uso predominante de empréstimos dificultam o apoio a nações mais pobres. As COPs, embora essenciais, têm falhado em garantir reduções significativas de emissões e financiamento adequado, enquanto as emissões continuam subindo, especialmente em emergentes como China e Índia. O "mapa do caminho" Baku-Belém buscará soluções até a COP30, mas o desafio de conciliar metas ambiciosas com a governança de consenso persiste. (Valor Econômico - 26.11.2024)
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COP 29 termina com novo objetivo de US$ 1,3 tri para financiamento climático

A COP 29, realizada de 11 a 22 de novembro em Baku, no Azerbaijão, terminou com o acordo do Baku Finance Goal (BFG), um novo compromisso para canalizar US$ 1,3 trilhão de financiamento climático para o mundo em desenvolvimento a cada ano. O comunicado oficial do evento aponta um sucesso na principal prioridade da presidência do encontro que era chamado de a COP do Financiamento. Contudo, organizações civis avaliam o resultado do evento no sentido contrário, dizendo que o texto final é fraco. O Baku Finance Goal contém uma meta central para que os países desenvolvidos assumam a liderança na mobilização de pelo menos US$ 300 bilhões por ano para os países em desenvolvimento até 2035. Isso representa um aumento de US$ 50 bilhões no texto do rascunho anterior. Ele dá consideração especial ao apoio aos países menos desenvolvidos e pequenos estados insulares em desenvolvimento, com disposições sobre acessibilidade e transparência. (Agência CanalEnergia - 25.11.2024) 
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Neuman & Esser inaugura fábrica de hidrogênio verde em Belo Horizonte

A alemã Neuman & Esser (NEA) inaugura uma nova fábrica de geradores de hidrogênio verde em Belo Horizonte, fruto de um investimento de R$ 70 milhões. A planta, com 3,5 mil m² e capacidade de produzir até 70 MW/ano, fabricará eletrolisadores PEM, usados para gerar hidrogênio a partir de eletrólise da água. A empresa, que adquiriu a startup brasileira Hytron em 2020, espera dobrar sua receita no Brasil até 2026, atendendo setores como cimento, aço, vidro, óleo e gás, e transporte pesado. Além de já ter pedidos no Brasil e Chile, a NEA tem projetos para outros países da América Latina, reforçando suas operações em compressão de gases, moagem de sólidos e geração de hidrogênio verde. (Valor Econômico - 25.11.2024) 
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Engie: Programa prevê redução de 20% das emissões da companhia

A Engie Brasil foi reconhecida pelo Pacto Global da ONU por auxiliar seus fornecedores a desenvolverem suas próprias jornadas de descarbonização, na categoria Guardiões Pelo Clima. O objetivo da aprovação é dar visibilidade e promover as ações nas temáticas das iniciativas dos Movimentos da estratégia Ambição 2030 da entidade, todas ligadas à sustentabilidade. O Programa de Descarbonização de Fornecedores da companhia é voltado à redução da emissão de gases de efeito estufa da cadeia de valor corporativo e pretende engajar 100% dos principais fornecedores. A estimativa é que haja a redução superior a 100 mil toneladas equivalentes de CO2, o que corresponde a mais de 20% das emissões totais da Engie. Neste primeiro ano de lançamento, mais de 58% dos colaboradores elegíveis aderiram a iniciativa e já estão desfrutando dos benefícios. (Agência CanalEnergia - 25.11.2024)
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Japão propõe meta climática de reduzir emissões em 60% até 2035

O Japão está discutindo uma nova meta climática para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 60% até o ano fiscal de 2035, em comparação com os níveis de 2013, superando a meta atual de 46% até 2030. A proposta, alinhada ao compromisso de emissões líquidas zero até 2050, será apresentada à ONU até fevereiro de 2025, conforme o Acordo de Paris. Para atingir essa meta, o país planeja acelerar a transição para energias renováveis, como solar e eólica, além de aumentar o uso de energia nuclear, com foco no setor energético, que é o maior emissor. As emissões já foram reduzidas em 22,9% até 2022, mas o desafio será equilibrar as metas ambientais com o crescimento econômico e a dependência limitada de recursos naturais. (Valor Econômico - 25.11.2024) 
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Irena:Investimento global precisa alcançar US$ 4,5 tri/ano para atingir meta de descarbonização

 Um novo relatório da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena) destaca a necessidade de passos significativos para a transição energética entrar em ritmo ideal. Mesmo com os compromissos assumidos na COP28 e novas iniciativas do G20 e G7, a capacidade renovável precisa triplicar e a eficiência energética dobrar até 2030 para alinhar o sistema energético com as metas climáticas. Para cumprir as metas de 2030 e 2050, será necessário um aumento anual dos investimentos em energias renováveis, redes e flexibilidade, eficiência energética e conservação de US$ 1,29 trilhão em 2023 para US$ 4,5 trilhões anuais entre 2024 a 2030. Os países do G20 são fundamentais na transição, e o relatório sinaliza que as nações deverão triplicar sua capacidade renovável até 2030. A maior parte do financiamento está concentrada em poucos países, como China e Estados Unidos, enquanto regiões como a África enfrentam desafios para atrair investimentos. (Broadcast Energia – 25.11.2024) 
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TotalEnergies e Air Liquide anunciam projeto de H2 verde em refinaria 

Em linha com a sua ambição para 2030 de descarbonizar o hidrogênio utilizado nas suas refinarias europeias, a TotalEnergies uniu forças com a Air Liquide para produzir hidrogenio renovável em La Mède, no sudeste de França. A iniciativa complementa o projeto Masshylia, de produção de hidrogênio verde por eletrólise liderado pela empresa em parceria com a Engie. No caso, a Air Liquide vai construir e operar uma unidade de produção de H2 renovável a partir de 2028, com uma capacidade anual de 25 mil toneladas e reciclando coprodutos da biorrefinaria. O vetor energético será então utilizado para produção de biodiesel e combustível de aviação sustentável (SAF). O investimento total é de 150 milhões de euros para as duas companhias. (Agência CanalEnergia - 25.11.2024) 
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Empresas

BNDES financia modernização da fábrica da Unipar em Cubatão, com foco em sustentabilidade

A Unipar, maior produtora de cloro e soda cáustica da América do Sul, obteve um financiamento de R$ 672,9 milhões do BNDES para modernizar sua fábrica de Cubatão (SP), com foco em sustentabilidade e eficiência energética. O investimento de R$ 1 bilhão visa substituir tecnologias de mercúrio e diafragma por células de membrana, reduzindo emissões de gases de efeito estufa. O projeto, que inclui a utilização de hidrogênio verde na produção de ácido clorídrico, permitirá uma redução de 70 mil toneladas de CO2 por ano. O financiamento será dividido entre o Fundo Clima e o Finem Meio Ambiente, oferecendo condições favoráveis, como juros mais baixos e prazos mais longos. (Valor Econômico - 25.11.2024) 
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Itaipu Binacional e Caixa lançam edital de R$ 400 mi para projetos sociais

A Usina de Itaipu Binacional lançou, em parceria com a Caixa Econômica Federal, um edital de R$ 400 milhões para financiar projetos sociais voltados a comunidades vulneráveis, abordando desafios como mudanças climáticas, segurança hídrica e energética, e desenvolvimento social. Apesar da quitação da dívida histórica de construção da usina em 2023, que deveria reduzir a tarifa de energia, os custos de exploração aumentaram significativamente, gerando críticas de especialistas do setor elétrico. A Academia Nacional de Engenharia apontou que os gastos da usina dispararam nos últimos anos, penalizando os consumidores brasileiros, que arcam com a maior parte do orçamento da usina, enquanto o Paraguai usufrui de condições mais vantajosas devido ao Tratado de Itaipu. (Valor Econômico - 25.11.2024) 
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Copel vende 13 ativos de energia para a Electra por R$ 450,5 mi

A Copel vendeu 13 ativos de geração de energia, incluindo pequenas centrais hidrelétricas, uma termelétrica e um parque eólico, para a Electra por R$ 450,5 milhões. A transação marca a estratégia da Copel de focar em grandes usinas e concluir seu processo de descarbonização, alinhado à reestruturação pós-privatização. A Electra, que dobrou seu portfólio de PCHs e se posiciona entre as maiores do setor, financiou a compra majoritariamente com debêntures emitidas pela JiveMauá. A aquisição inclui 118,7 MW de capacidade e contratos de longo prazo de energia, garantindo estabilidade financeira. A termelétrica será desativada, enquanto o parque eólico receberá modernização. A operação ainda aguarda aprovação de órgãos reguladores. (Valor Econômico - 26.11.2024) 
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WEG compra Reivax e fortalece presença em soluções digitais e energéticas

A WEG anunciou a compra da Reivax, uma empresa brasileira especializada em sistemas de controle para geração de energia, com atuação nos setores hidrelétrico, fotovoltaico, eólico, termelétrico, subestações e industrial. Fundada em 1987, a Reivax possui presença global, com filiais na Suíça e no Canadá e uma receita de mais de R$ 130 milhões em 2023. A aquisição, paga com capital próprio da WEG, faz parte da estratégia de expansão da empresa em soluções digitais e energéticas, fortalecendo seu portfólio de sistemas inteligentes para geração e distribuição de energia, especialmente renovável. A compra visa melhorar a eficiência operacional dos clientes e consolidar a entrada da WEG no mercado de otimização de geração e transmissão de energia elétrica, um segmento onde a companhia não era forte. A Reivax continuará com os antigos sócios como consultores. Esta é a segunda aquisição da WEG em 2024, após a compra da Volt Electric Motors. (Valor Econômico - 26.11.2024) 
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CYMI BR: Aquisição de 100% do capital social da Cotesa Engenharia

A CYMI BR anunciou a aquisição de 100% do capital social da Cotesa Engenharia. A transação, que foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em 11 de novembro, marca um importante passo para a companhia, reforçando sua estratégia de consolidação no mercado de operação e manutenção (O&M) de ativos de energia. Ademais, a compra representa uma oportunidade de crescimento, permitindo companhia oferecer um conjunto mais amplo de serviços, como manutenção preventiva e corretiva, além de soluções técnicas especializadas. Com a conclusão da operação, as duas empresas trabalharão juntas para integrar suas operações, expandir suas capacidades e explorar novas oportunidades no mercado de energia. (Agência CanalEnergia - 22.11.2024)
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Elera Renováveis anuncia André Flores como novo CEO em meio a desafios no setor elétrico

A Elera Renováveis, controlada pelo grupo canadense Brookfield, anunciou André Flores como novo CEO, substituindo Fernando Mano, que deixou a empresa para projetos pessoais. Flores, que acumulará o cargo com sua posição atual na Brookfield, assume em um momento desafiador para o setor elétrico, marcado por perdas devido a restrições de geração ("curtailment"), mudanças regulatórias e riscos de inadimplência. A empresa planeja energizar o parque solar Irapuru, no norte de Minas Gerais, e expandir seus negócios por meio de contratos de autoprodução. A expectativa de um leilão governamental para sistemas de armazenamento é vista como uma solução promissora para equilibrar a oferta e a demanda de energia, especialmente nos horários de pico. A busca por um novo executivo para o cargo de CEO está em andamento, mas um nome interno também pode ser considerado. (Valor Econômico - 25.11.2024) 
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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

China aprova nova lei de segurança energética para fortalecer autossuficiência até 2025

A China aprovou uma nova lei de segurança energética, que entrará em vigor em 2025, com o objetivo de fortalecer a autossuficiência energética e a resiliência das cadeias de suprimentos em meio a tensões geopolíticas com os EUA. A legislação, elaborada desde 2006 e adaptada ao longo dos anos, busca diversificar as matrizes energéticas, ampliar a geração de energias renováveis e criar estratégias de estoque e distribuição em situações de emergência. Diante do aumento da dependência de importações de petróleo e gás natural, empresas estatais como a CNOOC planejam expandir a produção doméstica de combustíveis fósseis para apoiar a nova estratégia nacional. (Valor Econômico - 25.11.2024) 
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Mobilidade Elétrica

Volkswagen anuncia investimento de US$ 5,8 bi em joint venture de carros elétricos com Rivian 

A Volkswagen e a startup americana de veículos elétricos Rivian Automotive firmaram uma parceria para criar uma joint venture com o objetivo de produzir carros elétricos mais acessíveis. A joint venture terá sede em Palo Alto, na Califórnia, e a montadora alemã planeja investir US$ 5,8 bilhões até 2027. A parceria utilizará a arquitetura elétrica e tecnologia de software da Rivian, permitindo o lançamento do modelo R2 da startup no primeiro semestre de 2026 e contribuindo para o lançamento dos primeiros modelos da Volkswagen em 2027. O CEO da Volkswagen, Oliver Blume, afirmou que a parceria com a Rivian é o próximo passo lógico em sua estratégia de software. A ação da Rivian subiu 10,3% no pré-mercado de Nova York, enquanto a ação da Volkswagen recuou 1,4% na Bolsa de Frankfurt. (Broadcast Energia – 25.11.2024) 
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Energias Renováveis

Petrobras/Tolmasquim: Falta de demanda é obstáculo para investimentos em renováveis

A dificuldade em fechar contratos (PPAs – Power Purchase Agreements), apesar da disposição para a realização de investimentos, tem sido o principal impeditivo para a entrada de ativos renováveis na carteira da Petrobras de acordo com o diretor de Transição Energética da estatal, Maurício Tolmasquim. “Temos o recurso aprovado e temos uma oferta grande de projetos no mercado, mas falta a demanda”, explicou o executivo. Ele pondera, todavia, que a melhora do cenário econômico, com o Brasil crescendo e aliando novas demandas como a do hidrogênio e do aumento da eletrificação, poderia provocar o aumento da demanda hoje retraída. O Plano de Negócios 2025-2029 da companhia prevê investimentos de US$ 5,7 bilhões em energias de baixo carbono e acena para parcerias com grandes com empresas do setor renovável, com o objetivo de descarbonização das operações, integração da carteira de soluções de baixo carbono e captura de oportunidades de mercado no Brasil. (Agência CanalEnergia - 22.11.2024)
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Aumento do imposto sobre painéis solares provoca críticas na COP 29

O aumento do imposto de importação sobre módulos fotovoltaicos de 9,6% para 25%, anunciado pelo Governo Federal, foi amplamente criticado durante a COP 29 por entidades como Global Solar Council (GSC) e SolarPower Europe, que alertaram para o impacto negativo na transição energética do Brasil. Especialistas destacaram que a medida pode inviabilizar 281 projetos solares, representando 25 GW de capacidade, R$ 97 bilhões em investimentos e 750 mil empregos verdes até 2026, além de dificultar o acesso à energia solar para consumidores e pequenos empreendedores. As duas únicas fábricas nacionais de módulos fotovoltaicos não atendem nem 5% da demanda nacional, o que agrava os riscos de retrocesso na meta de redução de emissões e no crescimento sustentável do setor. (Agência CanalEnergia - 25.11.2024) 
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UFV Vista Alegre inicia operação de 114,5 MW

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o início da operação comercial das UFVs Vista Alegre IV, VI e XII, totalizando 114,5 MW de capacidade instalada, a partir de 22 de novembro. Para operação em teste, foram liberadas as UG8 a UG13 da EOL Coxilha Negra 4 (25,2 MW), as UG1 a UG9 da EOL Serra do Assuruá 3 (40,5 MW) e a UG6 da EOL Ventos de Santa Luzia 14 (4,5 MW). Ao todo, foram liberados 184,7 MW entre operações comerciais e testes, conforme publicação no Diário Oficial da União. (Agência CanalEnergia - 22.11.2024)
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Gás e Termelétricas

Braskem retoma negociações com Petrobras e planeja expansão no setor petroquímico

A Braskem retomou negociações com a Petrobras para discutir preços de gás natural, visando a expansão de seu complexo petroquímico no Rio de Janeiro e o aumento da capacidade de produção de PVC na Bahia e Alagoas. A companhia também está avaliando entrar no mercado de combustível sustentável para aviação (SAF) e investindo em plásticos reciclados, após adquirir o controle da Wize. Além disso, a Braskem busca apoio para a revisão de tarifas antidumping sobre PVC e polietileno e apoia um programa de transição energética para tornar a produção mais competitiva. Apesar da perspectiva de recuperação no longo prazo, a empresa continua lidando com desafios financeiros, incluindo o impacto do caso Maceió, mas espera gerar caixa positivo até 2025. (Valor Econômico - 26.11.2024) 
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Mercado Livre de Energia Elétrica

Aneel/Tili: Ilegalidades são apontadas em estatuto social da CCEE encaminhado a regulador

O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Ricardo Tili, votou contra a homologação do Estatuto Social enviado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), alegando a existência de "vastas ilegalidades apontadas". A diretora Agnes Aragão da Costa pediu uma prorrogação na votação e o tema será retomado a partir das 14h de hoje. O diretor-relator do processo afirmou que o estatuto está flexibilizando a qualificação dos membros do Conselho de Administração, Diretoria e Conselho Fiscal, permitindo que membros sem atender a todos os requisitos previstos sejam eleitos. Tili também votou para que a CCEE apresente um novo estatuto à Aneel, em conformidade com a legislação e regulamentação vigente. Em agosto, a Aneel já havia mostrado que parte do novo estatuto social da CCEE estava incompatível com atos normativos. O ministro Alexandre Silveira havia cobrado a homologação pela Aneel, o que implicaria em "configuração de irregularidade no funcionamento da CCEE". (Broadcast Energia – 25.11.2024) 
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