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IFE
12/11/2024

IFE Diário 6.079

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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12/11/2024

IFE nº 6.079

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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IFE Diário 6.079

Regulação

Aneel aprova sandbox tarifário sobre comportamento de consumidores na abertura do mercado

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o projeto piloto de sandbox tarifário de quatro permissionárias, com o objetivo de entender o comportamento dos consumidores de baixa tensão no processo de abertura do mercado de energia. O projeto, chamado de 'Estratégias para o Mercado Livre de Energia', é conduzido pela Cooperativa de Eletrificação Braço do Norte (Cerbranorte), pela Cooperativa Regional de Energia Taquari Jacui (Certaja), pela Cooperativa de Distribuição de Energia Teutônia (Certel) e pela Coprel Cooperativa de Energia (Coprel). O ambiente regulatório experimental e temporário conta com uma amostra de 3.150 unidades consumidoras com consumo médio superior a 350 kWh/mês, conectadas à baixa tensão. Cada permissionária realizará os experimentos de forma independente e cada grupo amostral contará apenas com consumidores de uma mesma distribuidora. Com a aprovação da Aneel, será concluído o planejamento para a execução e a preparação do sistema de faturamento. O projeto tem previsão de envio dos relatórios finais até 1º de junho de 2026. (Broadcast Energia – 11.11.2024) 
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Aneel abre Tomada de Subsídios sobre limites de interrupções para a Amazonas Energia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estará recebendo até o dia 20 de novembro contribuições para definir os limites dos indicadores DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) para a Amazonas Energia S/A, no âmbito da Tomada de Subsídios 024/2024. Esses indicadores são usados para avaliar a eficiência da distribuidora quanto à continuidade e qualidade do fornecimento de energia. A proposta estabelece limites para o período de 2025 a 2029 e exige que a Amazonas Energia forneça dados sobre novos conjuntos, em razão da inauguração de novas Subestações de Distribuição. As contribuições podem ser enviadas para o e-mail ts024_2024@aneel.gov.br, e a nota técnica está disponível para consulta no site da Aneel. (Aneel – 11.11.2024)
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Justiça Federal confirma validade da transferência da Amazonas Energia

A Justiça Federal no Amazonas validou as assinaturas no termo aditivo que permitiu a transferência de controle da Amazonas Energia para o Grupo J&F, após contestação da Aneel, que alegou que as assinaturas ocorreram após o prazo da Medida Provisória 1.232. A juíza Jaíza Fraxe rejeitou a tese da Aneel, argumentando que a agência foi responsável pelo atraso na disponibilização do documento, tornando impossível sua assinatura no prazo estipulado. O plano de transferência aprovado prevê flexibilizações regulatórias por 15 anos, a um custo de R$ 14 bilhões, e compromisso de aporte de R$ 6,5 bilhões para reduzir a dívida da distribuidora. A Aneel contestou judicialmente, acusando a Amazonas de manipulação processual, mas a juíza manteve a validade dos atos e negou a extinção do processo. (Agência CanalEnergia - 11.11.2024) 
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Governo de SP move ação contra Enel SP por falhas na prestação do serviço

O Governo de São Paulo, por meio da Procuradoria Geral do Estado, a Agência Reguladora de Serviços Públicos e o Procon, entrou com uma ação civil pública contra a Enel São Paulo, acusando a empresa de descumprir seus deveres na prestação de serviços e de ocultar dados essenciais para a fiscalização. A ação foi motivada por falhas graves na operação da concessionária durante duas tempestades: uma em novembro de 2023, que afetou 2,1 milhões de pessoas, e outra em outubro de 2024, que deixou 3,1 milhões de consumidores sem energia, com prejuízos de R$ 2 bilhões. O governador Tarcísio de Freitas e autoridades locais pediram ao TCU medidas para intervenção ou caducidade do contrato com a empresa. (Agência CanalEnergia - 11.11.2024)
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Transição Energética

Senado pauta projeto de lei sobre o mercado de carbono no Brasil

O Senado pautou para o dia 12 de novembro o projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono no Brasil, em meio à COP29, que ocorre até 22 de novembro no Azerbaijão. O projeto visa estabelecer regras para os mercados regulado e voluntário de créditos de carbono, permitindo a compra e venda de créditos entre empresas e países para reduzir as emissões de CO2. As divergências entre a Câmara e o Senado envolvem a venda de créditos de carbono por estados e o repasse de lucros a comunidades indígenas, quilombolas e assentados. O entendimento entre os deputados foi consolidado com ajustes na propriedade privada e no repasse de lucros para essas comunidades, garantindo que ao menos 50% dos projetos de remoção de gases e 70% dos projetos de preservação sejam destinados a esses grupos. (O Globo- 12.11.2024) 
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Cop29 em Baku e a falta de progresso na luta contra o aquecimento global

As conferências climáticas, incluindo a COP29 em Baku, têm falhado em conter as emissões de carbono e enfrentar o aquecimento global, principalmente devido à falta de recursos para ajudar os países em desenvolvimento a mitigar os impactos das mudanças climáticas. O financiamento climático continua sendo um ponto de discórdia entre países ricos e em desenvolvimento, e as metas de redução de emissões, como limitar o aquecimento global a 1,5ºC, tornam-se cada vez mais inalcançáveis. Além disso, a escolha de sediar a COP29 em países produtores de petróleo, como o Azerbaijão, levanta dúvidas sobre o compromisso com a transição energética. Com as emissões crescendo e os desastres climáticos se intensificando, a falta de progresso nas negociações gera incertezas sobre a eficácia das COPs na luta contra o aquecimento global. (Valor Econômico - 12.11.2024) 
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Financiamento está no centro da pauta da COP 29 

A COP 29 começou nesta segunda-feira, 11 de novembro, em Baku, capital do Azerbaijão. É a ultima etapa antes do evento chegar ao Brasil no ano que vem. Este ano o evento conta com o potencial de definir a trajetória da ação climática e de estabelecer uma meta de financiamento para enfrentar os desafios do clima. A conferência tem sido chamada como “COP do financiamento” e tem como mandato principal a definição do novo objetivo para viabilizar os recursos a serem aplicados e influenciar a ambição da próxima rodada de compromissos nacionais com vistas à COP 30, em 2025, que acontecerá em Belém (PA). (Agência CanalEnergia - 11.11.2024) 
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Irena: Mundo precisa de mais de US$ 30 tri em investimentos até 2030

A Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês) alerta que mesmo que todos os anúncios da COP até o momento fossem totalmente implementados, uma lacuna significativa de emissão de CO2 ainda precisaria ser fechada até 2050. A necessidade de investimentos passa de US$ 30 trilhões até o final da década. Essa é a conclusão do World Energy Transitions Outlook 2024, publicado durante a abertura da Conferência do Clima da ONU COP29 em Baku, Azerbaijão. Segundo a Irena, essas metas para 2030 são cruciais para limitar o aumento da temperatura global abaixo de 1,5 °C, conforme destacado pelo Consenso dos Emirados Árabes Unidos. No entanto, permanece uma lacuna significativa entre os anúncios políticos e os planos e as ações efetivas. “Os planos e metas nacionais estão definidos para fornecer apenas metade do crescimento necessário em energia renovável até 2030. Os investimentos em energia renovável, redes e flexibilidade, eficiência energética e conservação devem aumentar drasticamente para atender às metas de energia renovável e eficiência, totalizando US$ 31,5 trilhões de 2024 a 2030”. (Agência CanalEnergia - 11.11.2024) 
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Artigo de Edvaldo Santana: "O bode (elétrico) expiatório"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edvaldo Santana (ex-diretor da Aneel) trata dos desafios e contradições enfrentados pelo setor elétrico brasileiro, destacando o potencial da energia eólica e a crescente adesão de grandes consumidores às fontes renováveis variáveis (FRVs) e à autoprodução de energia. Santana aponta a crescente incidência de curtailment, que é a redução da geração de energia devido a falhas no sistema, o que tem gerado altos custos para o Brasil. Ele critica a agenda de transferir esses custos para os consumidores, especialmente os pequenos, e menciona a Medida Provisória (MP) 1.212, que visava reduzir a conta de luz, mas acabou resultando em um aumento disfarçado, beneficiando os subsídios e prejudicando os consumidores com tarifas mais altas por mais tempo. O autor conclui questionando as implicações de uma governança elétrica que favorece interesses empresariais em detrimento da modicidade tarifária para a população. (GESEL-IE-UFRJ – 12.11.2024)
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Empresas

Amazonas Energia: Operação de transferência de controle para a J&P completa um mês de incertezas

A assinatura da operação bilionária de transferência de controle da Amazonas Energia para o grupo J&F completou um mês. Cerca por incertezas, a conclusão do negócio – que tem 31 de dezembro como limite – não tem um desfecho previsível. A J&F não vê segurança no formato do aval dado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que só liberou a operação após ter sido obrigado por um liminar de primeira instância da Justiça do Amazonas, um instrumento considerado muito frágil para respaldar um negócio dessa dimensão. Caso a transferência não vá adiante, o governo aprecia como alternativa a possibilidade de intervenção, mas o processo poderia trazer custos bilionários para os cofres federais, além de depender de processo da agência reguladora. Paralelamente, as empresas passaram a ser muito complicadas para o negócio, com a Amazonas Energia acionando a ANEEL na Justiça por não ter recebido a totalidade das flexibilizações permitidas por uma Medida Provisória, o que teria feito com que a empresa acumulasse o prejuízo de cerca de R$ 462 milhões. (Folha de São Paulo – 11.11.2024)
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WEG lidera ranking de desempenho financeiro em 2023 com crescimento de 8,7%

A WEG se destacou em 2023, liderando o ranking de Desempenho Financeiro da "Época Negócios 360°" entre 420 empresas, com uma receita de R$ 32,5 bilhões, um crescimento de 8,7% em relação ao ano anterior. O lucro líquido aumentou 36,2%, alcançando R$ 5,7 bilhões, e o Ebitda cresceu 26,2%, atingindo R$ 7,1 bilhões, com uma margem Ebitda de 21,8%. Apesar de um cenário global desafiador, com inflação alta e instabilidade política interna, a WEG obteve excelente desempenho, impulsionado pela diversificação de mercados e produtos. A empresa obteve 52,9% de sua receita no exterior, com destaque para os bons resultados nos Estados Unidos. No Brasil, o crescimento foi impulsionado por equipamentos ligados à energia. A companhia investiu R$ 1,7 bilhão em expansão, com destaque para a construção de novas fábricas e a aquisição histórica de motores e geradores da Regal Rexnord, consolidando-se como uma das maiores empresas da B3. (Valor Econômico - 12.11.2024) 
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Alupar: Ampliação do portfólio no segmento de transmissão em mercados internacionais

A Alupar, nos últimos anos, arrematou vários lotes de transmissão de alta rentabilidade fora do Brasil. Hoje, o pipeline da companhia conta com um capex de US$ 500 milhões no Peru, US$ 200 milhões no Chile, e mais US$ 200 milhões na Colômbia, considerando o projeto que já está sendo terminado. No Brasil, apesar de 85% dos negócios da companhia estarem centrados no segmento de transmissão, a medida de ‘curtailment’ impactou a empresa, ainda que não intensamente. Em outubro, todavia, segundo o diretor-presidente da Alupar, José Luiz de Godoy Pereira, o processo reduziu bastante em razão da entrada em operação de uma linha no Ceará cuja entrega estava atrasada. Quanto ao próximo leilão de transmissão nacional, o executivo pontuou que a participação da Alupar ainda é incerta. (Agência CanalEnergia - 08.11.2024)
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Celesc: Fitch confirma rating AA(bra) para o grupo

A agência de classificação de risco Fitch Ratings confirmou, em 08 de novembro, o rating nacional de longo prazo AA(bra) para a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) e suas subsidiárias: Celesc D e Celesc G. Além disso, a agência manteve o rating AA(bra) para as emissões de debêntures quirografárias das controladas, todas garantidas pela Celesc. A perspectiva dos ratings corporativos é estável. Segundo a Fitch, ainda, os ratings refletem a atuação preponderante do grupo no segmento de distribuição de energia elétrica, de risco baixo a moderado. Esse, que deverá receber investimentos mirando ganhos de eficiência e geração de caixa, mas que não afetarão a compatibilidade da alavancagem financeira com a classificação da agência. Foi indicado também que a Celesc D precisa lidar com alguma volatilidade de fluxo de caixa e tem o desafio de continuar melhorando sua eficiência operacional. (Agência CanalEnergia - 11.11.2024)
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Light: Pedido sobre revisão tarifária extraordinária é negado

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou um pedido de Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) da Light Serviços de Distribuição S.A, empresa que atua no estado do Rio de Janeiro. A concessionária havia solicitado a alteração dos porcentuais de perdas não técnicas regulatórias definidos na Revisão Tarifária Periódica de 2022. As perdas não técnicas são aquelas que decorrem principalmente de ligação clandestina ou desvio direto da rede, bem como fraude de energia (adulteração no medidor), conhecida como 'gato'. Esse índice de energia produzida, mas não comercializada, é repassado na tarifa de energia dos consumidores. A Aneel estabelece limites regulatórios para o repasse. A Light solicitou a reavaliação dos parâmetros regulatórios de perdas não técnicas que foram estabelecidos na revisão tarifária periódica, aprovada em 2022, argumentando que houve “distorção” do valor dos referenciais regulatórios. A concessionária alegou que houve redução do mercado de baixa tensão (residenciais) em função da crise econômica e social no estado do Rio de Janeiro e que os dados de perdas deveriam considerar o recálculo do mercado de baixa tensão. A empresa também mencionou os efeitos da introdução da Micro e Minigeração Distribuída (MMGD), que reduz a participação no mercado cativo. A Aneel reconheceu que as perdas não técnicas apresentaram, nos últimos anos, tendência de aumento, sobretudo em 2023. No entanto, os diretores entenderam que não seria possível modificar os parâmetros de perdas não técnicas estabelecidos na revisão tarifária da Light de 2022, em razão da 'preclusão administrativa e da falta de autorização contratual'. O diretor-relator, Fernando Mosna, afirmou que não há certeza de que o aumento das perdas não técnicas tenha sido provocado exclusivamente por fatores externos, não relacionados à gestão da concessionária. (Broadcast Energia – 11.11.2024) 
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Roraima Energia disputa cobrança de R$ 123,5 mi com agência

A Roraima Energia, distribuidora do grupo Oliveira, enfrenta uma disputa com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) devido a uma cobrança de R$ 123,5 milhões, referente a falhas nas usinas térmicas Monte Cristo e Floresta, que pertencem ao mesmo grupo. Essas usinas, que abastecem Boa Vista e regiões próximas, operaram abaixo da potência contratada e apresentaram frequentes indisponibilidades, o que afetou o fornecimento de energia e onerou indevidamente a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), fundo que subsidia a energia em regiões isoladas. A Aneel determinou a restituição dos valores, mas a Roraima Energia recorreu à Justiça, obtendo uma liminar que suspendeu a cobrança até o julgamento final, além de evitar novos pagamentos. A situação preocupa, pois o estado depende das termelétricas a diesel, e o sistema de energia de Roraima está isolado do Sistema Interligado Nacional, com previsão de integração apenas em 2025.(Valor Econômico - 11.11.2024) 
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Isa Cteep inicia operações do projeto de transmissão Minuano antes do prazo

A ISA Cteep anunciou que iniciou as operações do projeto de transmissão de energia Minuano cinco meses antes do prazo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Localizado na Região Sul do Brasil, o projeto visa melhorar a qualidade do fornecimento de energia para a Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, com a instalação de 115 quilômetros de linhas e a construção de uma subestação. Com o termo de liberação provisório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a empresa começa a receber 61% da receita anual permitida de R$ 50,2 milhões, após um investimento de R$ 626 milhões. (Valor Econômico - 11.11.2024) 
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CPFL registra crescimento no setor industrial, mas enfrenta perdas com cortes na geração renovável

A recuperação do setor industrial impulsionou os resultados da CPFL no terceiro trimestre de 2024, com destaque para o crescimento de segmentos como químicos (7,9%), borracha (7,4%) e veículos (5,1%), conforme apontou o CEO Gustavo Estrella. A empresa observou um impacto positivo nas condições climáticas, especialmente em São Paulo, mas a inadimplência permaneceu estável em níveis elevados, devido ao aumento das tarifas e à dificuldade de realizar cortes em comparação com o ano anterior. A CPFL espera uma redução na inadimplência nos próximos trimestres, à medida que retoma os cortes. Contudo, os cortes de geração renovável, especialmente no Nordeste, afetaram significativamente os resultados, com uma perda de R$ 177 milhões devido ao "curtailment" de 28%, que impediu o crescimento esperado de 19,5% na geração de energia, transformando-o em uma queda de 3,7%. Apesar de melhorias nas linhas de transmissão, ainda há restrições, como no Rio Grande do Norte, onde os cortes aumentaram.(Valor Econômico - 11.11.2024) 
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Inovação e Tecnologia

Brasileiros desenvolvem material que promete células solares mais eficientes

Desde 2016, a pesquisadora Ana Flavia Nogueira, do Instituto de Química da Unicamp, tem aperfeiçoado células solares de perovskita, um material que promete ser uma alternativa mais econômica e eficiente ao silício para energia solar. A perovskita sintética, criada em laboratório, supera o silício em potencial de eficiência, chegando a 26% na conversão de luz em energia. No entanto, a durabilidade e a presença de elementos tóxicos, como o chumbo, são desafios que pesquisadores buscam contornar por meio de camadas adicionais e contenção segura. A perovskita, cujo custo de produção é inferior ao do silício, poderia democratizar o acesso à energia solar no Brasil, principalmente em painéis integrados a edifícios e sistemas agrovoltaicos. Especialistas acreditam que, entre 2027 e 2029, a tecnologia poderá entrar no mercado brasileiro, contribuindo para o crescimento do setor solar, que atualmente compõe 19% da matriz elétrica do país. (Folha de São Paulo – 10.11.2024)
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Conheça a usina experimental da USP que gera gás, energia e fertilizantes a partir de resíduos

A Universidade de São Paulo (USP) inaugura em janeiro uma usina que transforma resíduos orgânicos dos restaurantes da Cidade Universitária em energia e biofertilizantes, uma iniciativa pioneira que integra setores de energia, agricultura e saneamento. Desenvolvida pelo Instituto de Energia e Ambiente (IEE) desde 2018, a usina iniciou operações em 2021 com investimento de R$ 7,2 milhões e capacidade para processar até 43,5 toneladas diárias de resíduos, gerando eletricidade, biocombustível e fertilizantes. O biogás produzido alimenta a USP e pode exceder para o Sistema Interligado Nacional (SIN), enquanto o digestato é testado em plantações e sistemas hidropônicos. Para replicação comercial, o projeto demanda mudanças regulatórias e políticas de separação de resíduos. (Folha de São Paulo – 10.11.2024)
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Parque Tecnológico do Mar seleciona três startups com soluções em energia

O Parque Tecnológico do Mar de Angra dos Reis (RJ) selecionou dez projetos inovadores para um período de incubação, destacando-se três voltados para energia elétrica. A Uapê Energias Solares desenvolverá usinas fotovoltaicas flutuantes, com apoio da Ocean Sun, prometendo um modelo eficiente em termos de materiais e logística, com entrega prevista para 2024. A Costa Verde H2V planeja construir uma usina de hidrogênio verde, utilizando água dessalinizada para produzir energia a partir do hidrogênio em 2025, com expansão para suprir frotas marítimas e terrestres. A Seahorse Wave Energy, originada da COPPE/UFRJ, trabalha em dessalinização por energia das ondas com um sistema de bombeamento inovador, permitindo a produção de água potável sem consumo de eletricidade. Esses projetos se destacaram entre as propostas selecionadas e visam impulsionar tecnologias sustentáveis para o setor energético. (Agência CanalEnergia - 11.11.2024)
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Energias Renováveis

Crédito é chave para crescimento da energia solar no Brasil

A energia solar vive um forte crescimento no Brasil, impulsionada por fatores como condições climáticas favoráveis, interesse por economia na conta de luz e, principalmente, pela oferta de financiamentos. Segundo a Aneel, mais da metade da capacidade elétrica adicionada até agosto veio da energia solar, com mais de 2 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados. Mesmo com a queda nos preços dos equipamentos, os custos iniciais ainda são altos, e o financiamento permite que consumidores adquiram sistemas sem comprometer o orçamento, substituindo a conta de luz por parcelas mensais. Em 2022, o volume de financiamentos cresceu 79%, atingindo R$ 35,1 bilhões, viabilizando o acesso e impulsionando o setor. A instalação de sistemas solares valoriza os imóveis, gera economia e representa uma opção estratégica e sustentável, com potencial de transformar o Brasil em referência mundial em energia limpa. (Folha de São Paulo – 10.11.2024)
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Camex aumenta tarifas de importação sobre insumos de células fotovoltaicas

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aumentou as tarifas de importação sobre insumos de vidro para a indústria e células fotovoltaicas utilizadas na produção de painéis solares, com o objetivo de fortalecer a produção local e gerar empregos no Brasil. As tarifas de vidro foram elevadas de 10,8% para 20%, de 9% para 25%, e de 16,2% para 25%, dependendo do tipo de insumo, com validade de 12 meses. Já as tarifas para células fotovoltaicas, com validade até 30 de junho de 2025, foram zeradas até um limite de cota de importação, acima do qual será aplicada uma tarifa de 25%. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) não divulgou a cota estabelecida para as células fotovoltaicas. (Valor Econômico - 11.11.2024) 
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Solfácil aponta baixa no preço da energia solar no 3º trimestre

O estudo Radar, realizado pela Solfácil, revelou que o preço médio da energia solar para residências no Brasil caiu 5% no terceiro trimestre de 2024, passando de R$ 2,66 para R$ 2,53 por Watt-pico (Wp), devido à queda no custo dos equipamentos. Para sistemas acima de 15 kWp, que atendem empresas e indústrias, a redução foi de 10%, com o preço caindo para R$ 2,28/Wp, o que deve impulsionar novos projetos no setor corporativo. Minas Gerais teve a maior queda, com 14%, enquanto o Rio Grande do Sul foi o único estado sem redução significativa, mantendo os preços estáveis após as enchentes. O Centro-Oeste destacou-se como a região mais barata, com uma queda de 7%, enquanto o Nordeste e o Sudeste também apresentaram reduções expressivas de 5% e 8%, respectivamente. Já o Norte e o Sul mantiveram preços mais altos, com o Norte registrando a menor redução de apenas 3%. (Agência CanalEnergia - 11.11.2024)
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Aneel: Operação comercial e em teste somam 267,04 MW

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou, a partir de 8 de novembro, o início da operação comercial das UG1 a UG38 da UFV Vista Alegre I, III e V, com 114 MW de capacidade instalada, e das UG1 a UG166 da UFV Arinos 19, com 46,48 MW. No total, foram liberados 160,48 MW para operação comercial. Além disso, a Aneel autorizou a operação em teste de diversas unidades geradoras, totalizando 106,56 MW: UG1 a UG30 da UFV Luiz Gonzaga II (30 MW), UG1 a UG20 da UFV Jaíba (20 MW), UG2 da EOL Ventos de Santa Luzia 14 (4,5 MW), UG1 a UG122 da UFV Assu Sol 4 (40,26 MW), e UG1 e UG2 da EOL Casqueira I (11,8 MW). (Agência CanalEnergia - 08.11.2024) 
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Hidrelétricas responderão por menos da metade da geração de energia do Brasil em 10 anos

As hidrelétricas, que atualmente respondem por cerca de 55,8% da geração de energia no Brasil, deverão representar menos de 50% da matriz elétrica em uma década, segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE) da EPE. A participação das fontes eólica, solar e de gás natural está prevista para crescer significativamente, com o gás quadruplicando sua presença. A energia nuclear também terá um leve aumento com a conclusão de Angra 3 em 2029. Esse cenário de diversificação visa atender ao aumento de 37% na demanda de eletricidade, exigindo R$ 3,2 trilhões em investimentos, com foco em energia elétrica, petróleo, gás e biocombustíveis líquidos. A expansão também elevará a demanda por minerais estratégicos em 58%, impulsionando uma transição energética que, segundo o ministro Alexandre Silveira, será inclusiva e geradora de empregos e renda. (O Globo – 08.11.2024)
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Copel: Aporte de R$ 223 mi na modernização da UHE Governador Parigot de Souza

A Copel afirmou que a hidrelétrica Governador Parigot de Souza, em Antonina, no Paraná, será modernizada. A usina é a maior central subterrânea do Sul do país, com 260 MW de potência instalada, e capacidade para atender ao consumo de até 750 mil pessoas. O projeto de reforma, orçado em R$ 223 milhões prevê a troca dos principais componentes elétricos e mecânicos dos geradores de energia e sistemas auxiliares. Essa revitalização vai permitir que a usina siga operando nas próximas décadas para oferecer energia elétrica aos clientes com tecnologia mais avançada, segurança e dentro dos parâmetros ideais de eficiência. O município de Antonina, assim, deverá ser beneficiado com um aumento na arrecadação de impostos e aquecimento da economia local. A conclusão dos trabalhos está prevista para 2029. (Agência CanalEnergia - 11.11.2024) 
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México prioriza fontes renováveis e busca parcerias público-privadas no setor elétrico

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, busca atrair mais investimentos privados no setor elétrico, mantendo, no entanto, a meta de que a Comissão Federal de Eletricidade (CFE) forneça 54% da demanda elétrica do país, enquanto os geradores privados ficarão com 46%. Seu governo, que prioriza fontes renováveis, espera que o setor privado participe da expansão da capacidade de geração, com um plano de investimentos de US$ 6 a US$ 9 bilhões. Apesar de a reforma constitucional recente ter dado maior controle à CFE, o plano oferece oportunidades, como a geração de eletricidade por residências sem licença e novos projetos de energia solar. Contudo, a falta de clareza nas leis secundárias e a prioridade de despacho para a CFE ainda geram incertezas, o que pode levar os investidores a adotarem uma postura cautelosa. O setor privado poderá se beneficiar de parcerias público-privadas, mas a dúvida sobre a regulamentação futura pode limitar o interesse em novos projetos de geração de energia no México. (Valor Econômico - 11.11.2024) 
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Gás e Termelétricas

Petrobras/Magda: Questão do aumento da produção de gás é círculo vicioso

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a questão do aumento da produção de gás natural no Brasil é um "círculo vicioso" que a estatal tem que romper. Segundo ela, a empresa precisa amarrar as pontas da produção e do consumo, e é nesse sentido que a empresa pretende atuar também nos segmentos de fertilizantes e petroquímica. Magda explicou que, se a empresa não desenvolve o mercado de gás, acaba não tendo mercado e não pode investir, mas sem investir também não pode abordar o mercado. A Petrobras pretende trazer o gás para a costa no momento em que a empresa consegue colocá-lo no mercado, evitando que ele seja queimado e polua o meio ambiente. Em relação ao setor de fertilizantes, a Petrobras tem o reaproveitamento da fábrica de fertilizantes de Araucária (Ansa), no Paraná, e a conclusão da unidade de fertilizantes em Mato Grosso do Sul (Fafen III) como concretos até o momento. Magda afirmou que os próximos passos da empresa serão ver o que fazer com as fábricas de fertilizantes da Bahia e de Sergipe, referindo-se a fábricas de fertilizantes que foram arrendadas no governo anterior. O objetivo da Petrobras será responder com a maior parte ou quase totalidade dos produtos nitrogenados, mas os próximos passos ainda não estão traçados. A presidente destacou que a empresa está focada em lidar com uma coisa de cada vez e que não há planos para perseguir a autossuficiência em fertilizantes no momento. (Broadcast Energia – 11.11.2024) 
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Petrobras, Gerdau e Sulgás firmam contrato de fornecimento de gás natural no mercado livre

A Petrobras, a Gerdau e a Sulgás firmaram contratos de fornecimento de gás natural no mercado livre para atender às unidades produtivas da Gerdau no Rio Grande do Sul, incluindo as plantas de aços especiais em Charqueadas e de aços longos em Sapucaia do Sul. Este acordo marca a primeira migração de um cliente do mercado industrial cativo para o mercado livre de gás no estado, após a aprovação das novas regras pela agência reguladora local. O contrato é o terceiro entre a Petrobras e a Gerdau no mercado livre, após acordos anteriores para unidades em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. A Gerdau pagará tarifas de movimentação de gás à distribuidora Sulgás. (Valor Econômico - 11.11.2024) 
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Silveira defende conclusão das obras de Angra 3: 'Nós temos que terminar'

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou a necessidade de concluir as obras da Usina Nuclear de Angra 3, que já consumiu R$ 8 bilhões e está com 65% da construção concluída, mas exige mais R$ 20 bilhões para finalização. Silveira defendeu que a energia nuclear é essencial para a transição energética brasileira e apontou para o potencial de expansão com pequenos reatores nucleares, especialmente em um país de dimensões continentais como o Brasil. Durante o lançamento do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034, o ministro destacou que o setor energético receberá investimentos de aproximadamente R$ 3,2 trilhões na próxima década, com foco em energias renováveis e infraestrutura verde, para manter a matriz energética nacional com cerca de 50% de fontes renováveis até 2030. (O Globo – 08.11.2024)
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Angra 2 encerra vigésimo ciclo com 99,4% de disponibilidade

O vigésimo ciclo de operação da usina nuclear Angra 2, encerrado em 8 de novembro de 2024, alcançou 99,4% de disponibilidade, o segundo melhor desempenho de sua história, ficando atrás apenas do ciclo 13 em 2016, que obteve 99,5%. O ciclo durou aproximadamente 365 dias, com a usina operando quase sem interrupções, entregando energia de base ao Sistema Elétrico Nacional sem depender de fatores climáticos. O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, destacou a importância de concluir a construção da usina Angra 3 para garantir a continuidade dessa produção constante de energia limpa e sem emissões de gases de efeito estufa. O resultado foi possível graças à capacitação dos profissionais da Eletronuclear e ao processo de confiabilidade de equipamentos implementado desde 2017. (Agência CanalEnergia - 08.11.2024)
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Reativação da usina Three Mile Island testa promessa da energia nuclear nos EUA

A proposta de reativação de um dos reatores de Three Mile Island, com o apoio financeiro da Microsoft, reflete a crescente aceitação da energia nuclear nos EUA para atender à demanda energética sem emissões de carbono. A planta, que se tornou símbolo dos riscos nucleares após o acidente de 1979, poderá operar novamente em 2028 com um contrato de venda de energia de 20 anos para a Microsoft. O CEO da Constellation Energy, Joseph Dominguez, planeja expandir a frota nuclear da empresa, mas os desafios de cumprir prazos e orçamentos ainda geram cautela entre investidores. Empresas como Google e Amazon também têm se aliado a startups de reatores nucleares, enquanto a pressão por descarbonização e o aumento da demanda energética impulsionam o setor nuclear, que hoje representa cerca de 19% da matriz elétrica dos EUA. (Folha de São Paulo – 11.11.2024)
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Mercado Livre de Energia Elétrica

CCEE: Agentes aprovam em R$ 345,7 mi o orçamento para 2025

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em 08 de novembro, teve, em Assembleia Geral Extraordinária com os agentes, aprovado seu orçamento para 2025. O valor aprovado de R$ 345,7 milhões será destinado ao desenvolvimento da abertura de mercado, tecnologia, evolução das operações de mercado, segurança e monitoramento de mercado, além de melhorias em gestão e governança. O presidente do Conselho de Administração da CCEE, Alexandre Ramos, acredita que a confiança depositada na entidade é fruto das entregas apresentadas pela organização durante este ano. Além disso, foi deliberada e aprovada a possibilidade da CCEE receber cotas de patrocínio destinada à realização de eventos de interesse do mercado. (CCEE – 08.11.2024)
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Biblioteca Virtual

SANTANA, Edvaldo. "O bode (elétrico) expiatório".

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