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IFE
07/11/2024

IFE Diário 6.076

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

IFE
07/11/2024

IFE nº 6.076

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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IFE Diário 6.076

Regulação

Aneel vai discutir mudança no regimento para dar celeridade a processos

Na reunião de 5 de novembro, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, anunciou uma proposta de revisão do regimento interno para agilizar os processos, respondendo a uma sugestão do diretor Fernando Mosna. Mosna propôs limitar a prorrogação dos pedidos de vista a um único prolongamento de até 16 sessões, para evitar adiamentos sucessivos. Feitosa rejeitou a proposta imediata, mas sugeriu focar a revisão do regimento especificamente em aspectos de celeridade processual. Atualmente, processos podem ficar paralisados por sucessivas prorrogações, afetando a eficiência da agência. Na reunião, foram prorrogadas vistas para três processos, incluindo o caso da termelétrica Marlim Azul e recursos ligados à remuneração da Rede Básica do Sistema Existente (RBSE). (Agência CanalEnergia - 05.11.2024)
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Aneel aprova sandboxes tarifários para cooperativas do sul do país

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um projeto de sandbox tarifário para as cooperativas de distribuição Cerbranorte, Certaja, Certel e Coprel, permitindo que essas conduzam 13 experimentos com consumidores de baixa tensão para avaliar seu comportamento em um mercado de energia mais aberto. Financiado com R$ 520 mil do Sistema Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e apoio das cooperativas, o projeto envolverá 3.150 unidades consumidoras com consumo acima de 350 kWh/mês nas classes residencial, rural, comercial e industrial, sem benefícios tarifários ou microgeração. A iniciativa, que se estenderá de maio de 2024 a dezembro de 2025, simulará um ambiente de contratação livre, separando custos de rede e energia para ampliar a escolha dos consumidores, e é vista pela Aneel como uma inovação que complementa outros sandboxes tarifários de concessionárias. (Agência CanalEnergia - 05.11.2024)
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Transição Energética

Mercado de Carbono: Votação de PL fica para semana que vem

O Senado adiou para 12 de novembro a votação do Projeto de Lei 182/2024, que cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa, permitindo que empresas e órgãos públicos adquiram créditos ambientais para compensar emissões de gases poluentes. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou que o adiamento visa ao amadurecimento da proposta, enquanto a relatora, senadora Leila Barros, pediu um compromisso da Câmara dos Deputados para votar a medida ainda este ano. (Agência CanalEnergia - 05.11.2024)
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Vale destaca a importância da região Norte para a transição energética

O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, destacou a importância da região Norte, especialmente o Pará, para a transição energética, pois abriga a maioria dos minerais essenciais para esse processo. Ele afirmou que a mineradora está comprometida com projetos "responsáveis e sustentáveis" que buscam equilibrar desenvolvimento econômico e preservação ambiental, como a proteção de mais de 800 mil hectares de floresta nativa. Pimenta também lembrou o compromisso da Vale de retirar 500 mil pessoas da pobreza. O presidente do Ibram, Raul Jungmann, reforçou que soluções para a Amazônia são cruciais para o Brasil e o mundo, condenando a mineração ilegal e enfatizando a necessidade de estratégias econômicas sustentáveis para a região, especialmente com a COP30 se aproximando. (Valor Econômico - 06.11.2024)
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Brasil pode avançar na economia e equidade com a transição, aponta PwC 

O avanço do Brasil rumo a uma economia verde, ou de baixo carbono, pode ajudar o país a mudar uma triste realidade que é a pobreza energética. De acordo com uma pesquisa da consultoria PwC, 46% das famílias gastam metade da renda em energia, forçando escolhas entre necessidades básicas e eletricidade. Mas a busca por energia sustentável e equidade social em nível global mostra um momento favorável para a trajetória da economia brasileira que pode apresentar em um mesmo ambiente a interseção entre sustentabilidade, crescimento econômico e justiça social. Essa é a principal conclusão da pesquisa intitulada Evolução Energética do Brasil: da pobreza aos empregos verdes, que trata sobre a busca por energia sustentável e equidade social. Segundo a consultoria, é necessário acelerar o processo por aqui se quisermos aproveitar essa janela. Isso se deve pelo fato de que essa é uma busca global, os países estão disputando os recursos. (Agência CanalEnergia - 05.11.2024) 
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Governo de SP abre CP sobre plano de adaptação e resiliência às mudanças climáticas

O Governo de São Paulo abriu uma consulta pública para o Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática, coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. Com consulta disponível até 20 de dezembro, o plano busca reunir contribuições da sociedade para definir ações climáticas futuras, com foco em temas como biodiversidade, saúde, segurança alimentar e hídrica, além de áreas costeiras. Destaca-se um eixo transversal de justiça climática e um estruturante focado em infraestrutura, abordando a vulnerabilidade da energia em casos de eventos extremos, como inundações que podem comprometer serviços urbanos. O plano, com uma visão de 10 anos, será implementado em ciclos de 3 anos e inclui medidas específicas para aumentar a resiliência do estado diante de ameaças climáticas, considerando impactos de calor intenso, mudanças nas chuvas e eventos extremos que já afetam a região. (Agência CanalEnergia - 05.11.2024)
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Combustível do futuro: Unica defende adoção precedente de 30% de etanol à gasolina antes de 35% 

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) propôs um cronograma escalonado para a elevação do teor máximo permitido de etanol anidro na gasolina tipo C. A proposta da indústria é a adoção de uma mistura de 30% e escalonada até a permissão de uma mistura de 35%. A lei do combustível do futuro, sancionada pelo governo em outubro de 2024, permite a elevação do teor máximo de etanol anidro na gasolina tipo C dos atuais 27% para 35% (E35) e do porcentual mínimo obrigatório de 22% para 27%. A adoção do E30 evita a emissão de 3,1 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano a partir da gasolina C, enquanto o E35 evitaria a emissão de 8,4 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano. De acordo com dados da Unica, a adoção do E30 evitaria a importação de US$ 730 milhões em gasolina por ano, passando para US$ 1,95 bilhão por ano que deixam de ser importadas com E35. A capacidade instalada autorizada atualmente para as usinas é de 150 mil litros por dia, considerando produção de etanol de cana-de-açúcar, plantas de etanol de milho e usinas flex. (Broadcast Energia – 06.11.2024) 
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Nuclep e Rosatom fecham acordo para SMRs no Brasil

Durante o evento Nuclear Legacy, seis acordos foram assinados para impulsionar o setor nuclear brasileiro. Destaca-se o acordo entre Rosatom e Nuclep, que visa a produção de micro reatores modulares (SMRs) no Brasil, com transferência de tecnologia e foco na redução de emissões de carbono. A Abdan também firmou parcerias com a Associação Comercial do Rio de Janeiro, Itaipu Parquetec e Sebrae, para fortalecer a cadeia nuclear, promover sinergias tecnológicas e apoiar pequenas e médias empresas. Além disso, Amazul fechou acordos com Framatome, para cooperação científica, e com Tractebel Engie, para desenvolver projetos conjuntos no setor nuclear. (Agência CanalEnergia - 06.11.2024)
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Comerc obtém habilitação do GCC para emissão de créditos de carbono

O complexo solar Bon Nome, da Comerc Energia, em Pernambuco, recebeu a habilitação do Global Carbon Council (GCC) para emissão de créditos de carbono, sendo a quarta empresa mundial a obter o selo Diamond, a classificação mais alta do GCC. Esse selo reconhece a conformidade com seis ou mais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, incluindo energia limpa (ODS 7), combate às mudanças climáticas (ODS 13) e diversas ações sociais (ODS 2, 4, 5, e 8). A expectativa é que os parques gerem créditos suficientes para compensar 1,1 milhão de toneladas de CO2 ao longo de 10 anos, com a previsão de compensar cerca de 9 milhões de toneladas até 2026, quando toda a capacidade instalada de 1,5 GWp da Comerc será homologada. A empresa também iniciou uma parceria com a Vibra para expandir sua plataforma de descarbonização. (Agência CanalEnergia - 06.11.2024)
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Retorno de Trump vai desacelerar, mas não interromper, boom de energia limpa nos EUA

O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos pode reverter algumas políticas energéticas, priorizando a produção de petróleo e gás, mas é improvável que desacelere significativamente o crescimento das energias renováveis. A Lei de Redução da Inflação, sancionada por Joe Biden, garantiu subsídios de longo prazo para energia solar, eólica e outras fontes limpas, e revogá-la seria muito difícil devido ao forte apoio de estados republicanos que se beneficiam economicamente dos investimentos em energia limpa. Trump pode dificultar o acesso a financiamentos federais e restringir concessões de terras públicas para projetos de energia limpa, mas isso teria um impacto marginal no setor, que continua crescendo impulsionado pela tecnologia e pela demanda. Em relação ao petróleo e gás, Trump pode expandir a produção, revertendo algumas políticas climáticas de Biden, mas a decisão de perfurar depende do mercado global de commodities e da disposição das empresas. (Folha de São Paulo – 06.11.2024)
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Artigo de Pietro Erber: "O delicado equilíbrio da transição energética"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Pietro Erber (membro do Instituto Nacional de Eficiência Energética (Inee)) trata da transição energética global e seus desafios, destacando a necessidade urgente de reduzir o consumo de combustíveis fósseis, que geram grandes emissões de gases de efeito estufa (GEE), como CO2 e metano, responsáveis por fenômenos climáticos disruptivos e migrações em larga escala. Ele enfatiza que, apesar das dificuldades políticas, econômicas e tecnológicas, a transição para fontes de energia renováveis é imprescindível para evitar custos ainda maiores com a mudança climática. No contexto brasileiro, o país já apresenta um cenário favorável devido à abundância de fontes renováveis, mas a mudança também enfrenta obstáculos, como a necessidade de eficiência nos setores de transporte e indústria. O artigo propõe soluções como o mercado de carbono, a captura de CO2, e a substituição de combustíveis fósseis por renováveis, além de destacar a importância do Brasil na transição global, com a criação de oportunidades econômicas, inovações e preservação ambiental. (GESEL-IE-UFRJ – 07.11.2024)
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Empresas

Eletrobras registra lucro de R$ 7,2 bi no 3º trimestre

No terceiro trimestre de 2023, a Eletrobras registrou um lucro líquido de R$ 7,195 bilhões, um aumento de 387,3% em relação ao mesmo período de 2022, impulsionado principalmente pelo reconhecimento da "remensuração" dos ativos de transmissão, que gerou um impacto positivo de R$ 5,4 bilhões. A receita líquida da empresa cresceu 25,8%, alcançando R$ 11,043 bilhões, enquanto o EBITDA avançou 164,1%, totalizando R$ 11,96 bilhões. No entanto, a dívida líquida ajustada aumentou 4,5%, somando R$ 40,85 bilhões, o que resultou em uma alavancagem de 1,7 vezes, mantendo a relação entre a dívida líquida e o EBITDA. (Valor Econômico - 06.11.2024)
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Copel registra lucro líquido de R$ 1,22 bi no 3º trimestre de 2024

No terceiro trimestre de 2024, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) obteve lucro líquido de R$ 1,22 bilhão, quase três vezes maior do que no mesmo período do ano anterior, impulsionado pela significativa queda de 97,6% nas despesas operacionais líquidas, que totalizaram R$ 12,4 milhões, devido a um ganho de R$ 297,9 milhões em outras receitas operacionais. A empresa também reduziu seus custos e despesas operacionais em 10,1%, destacando-se pela queda de R$ 811,9 milhões em despesas de pessoal, material e serviços. A receita líquida cresceu 3,5%, alcançando R$ 5,73 bilhões, enquanto o EBITDA ajustado caiu 0,9%. A Copel ainda concluiu a venda de ativos no valor de R$ 286 milhões, gerando um ganho de R$ 264,4 milhões. O resultado financeiro apresentou uma melhora, mas a dívida consolidada aumentou para R$ 16,22 bilhões, um crescimento de 8,5% em relação ao início do ano. (Valor Econômico - 06.11.2024)
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Engie: Resultados financeiros e operacionais do 3º trimestre de 2024

de 2024. A companhia registrou R$ 666 milhões de lucro líquido ajustado no período, uma queda de 28,2% em relação ao mesmo trimestre de 2023. A redução, segundo a empresa, deve-se a alienação parcial da participação na TAG, além de outros efeitos de dimensão financeira. O ebtida também teve um recuo de 3,1%, indo a R$ 1,654 bilhão, afetado por aumento em custos de material e serviços de terceiros, apesar da queda dos custos com compra de eletricidade. Ademais, a receita operacional líquida da empresa alcançou R$ 2,537 bilhões (+0,9%), os investimentos ficaram em R$ 1,9 bilhão e a dívida líquida chegou a R$ 19,095 bilhões em setembro (+24,5%). Sobre os resultados nos negócios de energia, a produção bruta de eletricidade ficou em 6.338 MW médios (+13,2%), a energia vendida alcançou 4.050 MWmed (+4,3%) e o preço líquido médio foi R$ 215,96/MWh (-3,6%). (Agência CanalEnergia - 05.11.2024)
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Enel registra aumento no lucro líquido para 5,87 bi de euros

Nos primeiros nove meses de 2024, a Enel registrou um aumento no lucro líquido, que subiu para 5,87 bilhões de euros, comparado a 4,25 bilhões de euros no ano anterior, impulsionado pelo desempenho positivo das operações de energia renovável e pela redução das despesas financeiras líquidas. O Ebitda aumentou mais de 22%, alcançando quase 18,6 bilhões de euros, enquanto o Ebitda ajustado subiu 6,5%. No entanto, a receita caiu para 57,6 bilhões de euros, devido à menor geração de eletricidade pelas termelétricas e à queda nos preços de eletricidade e gás. A empresa anunciou um dividendo provisório de 0,21 euro por ação para 2024 e manteve suas previsões de lucro e Ebitda ajustado para o ano. Apesar dos bons resultados operacionais, as ações da Enel tiveram uma queda de 2,62% na Bolsa de Milão. (Valor Econômico - 06.11.2024)
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EDP: Plano de investimentos de R$ 5 bi no ES avança e Plano Verão 2024/2025 é iniciado

A EDP divulgou um plano de investimento de R$ 5 bilhões para o Espírito Santo até 2030. As principais ações incluem melhorias no atendimento ao cliente, a implementação de redes mais robustas e resilientes, modernização de equipamentos e a adoção de novas tecnologias e sistemas automatizados. Em 05 de novembro, foram inauguradas quatro novas subestações nas regiões de Grande Vitória e do Caparaó, que juntas totalizam um aporte de R$ 206,5 milhões e beneficiarão de mais 500 mil habitantes. O CEO da companhia na América do Sul, João Marques da Cruz, ainda, afirmou que, além do investimento e reforço do sistema elétrico com novas SEs, a EDP executará neste período o Plano Verão 2024/2025, que prevê obras e manutenções preventivas, como a instalação de redes mais robustas e resilientes, modernização de equipamentos, e a implantação de sistemas automatizados. Ele enfatiza também que a estratégia mira a maior integração das iniciativas já praticadas pelo grupo em momentos de contingência. (Agência CanalEnergia - 05.11.2024)
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Cemig: Ampliação da oferta de energia no sul de Minas Gerais

A Cemig está realizando obras no Sul de Minas Gerais para ampliar a oferta de energia aos atuais e novos clientes. Os investimentos para potencializar a capacidade de atendimento na região de Pouso Alegre já totalizam R$ 260 milhões. Entre os empreendimentos, destaca-se a entrega da Subestação Pouso Alegre 3, que entrou em operação em 31 de outubro e vai beneficiar diretamente cerca de 200 mil pessoas. Outras obras previstas incluem a construção das SEs Pouso Alegre 5, para 2025, e Cachoeira de Minas 1, para 2026, além de novas linhas de alta tensão e média tensão para integrar os ativos, melhorias de rede, e um plano para conversão trifásica. O objetivo, segundo a Cemig, é trazer mais confiabilidade e disponibilidade de energia para a região. (Agência CanalEnergia - 06.11.2024)
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Auren e AES concluem combinação de negócios e divulgam cronograma 

A Auren e a AES Brasil Energia anunciaram hoje que a combinação de negócios foi concluída e a AES Energia agora é subsidiária integral. O conselho de administração da Auren aprovou o aumento do capital social da empresa no valor de R$ 247.634.937,47 por meio da emissão de novas ações pelo preço total de R$ 695.749.700,13. As frações das novas ações resultantes da incorporação serão agrupadas em números inteiros e vendidas em bolsa, com os recursos líquidos da venda sendo divididos proporcionalmente entre os titulares das frações. As novas ações da Auren começarão a ser negociadas na B3 amanhã. Os investidores da AES que não residem no Brasil têm até segunda-feira para informar o custo de aquisição das ações da companhia. Os acionistas da AES Brasil que optaram por receber ações ordinárias receberão o crédito em suas contas de custódia em 5 de novembro, enquanto o pagamento do valor do resgate por ação preferencial será feito em 8 de novembro. A movimentação das frações de ações para B3 está agendada para 13 de novembro, juntamente com a solicitação para realização do Leilão, e a divulgação do Aviso aos Acionistas sobre a data de realização do mesmo. O Leilão está previsto para o dia 19 de novembro, com o resultado sendo divulgado no dia seguinte e a disponibilidade do dinheiro em 21 de novembro. (Broadcast Energia – 06.11.2024) 
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Light vai reduzir terceirização de grande parte da sua mão de obra

O presidente da Light, Alexandre Nogueira, anunciou que a empresa vai contratar diretamente grande parte de sua mão de obra, reduzindo a terceirização, seguindo as orientações do decreto sobre renovação de concessões de energia elétrica. A medida tem como objetivo melhorar a qualidade do serviço prestado, diante da crescente intolerância da população às faltas de energia. Nogueira afirmou que a Light está formando novos profissionais próprios, não apenas eletricistas, para atender às demandas do mercado. A empresa não pretende colocar funcionários em situações de risco em áreas conflagradas, mas os novos profissionais serão treinados para atuar na ponta da cadeia, ou seja, nas ruas. A medida faz parte do ProRio, programa de recuperação de perdas e combate à inadimplência na área de concessão da Light. (Broadcast Energia – 06.11.2024) 
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Multas de R$ 43 mi contra a Enel Goias são mantidas

A Aneel confirmou multas de R$ 43,2 milhões aplicadas à Enel Goiás em março de 2020, devido a 41 infrações identificadas pela Agência Goiana de Regulação (AGR) na qualidade dos serviços prestados pela distribuidora. A fiscalização realizada em 2019 apontou problemas técnicos no fornecimento de energia, irregularidades em 17 subestações, registros incorretos de interrupções e falhas na manutenção da rede elétrica. Em 2022, a Enel Goiás foi adquirida pela Equatorial Energia. (Agência CanalEnergia - 06.11.2024)
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WEG/Salgueiro: Plantas adquiridas nos EUA estão com capacidade de utilização em 50%

Durante uma teleconferência sobre os resultados da Weg no terceiro trimestre, o diretor de Finanças e RI da empresa, André Salgueiro, afirmou que as plantas de negócios adquiridas pela companhia nos Estados Unidos estão com capacidade de utilização de 50%. Ele também explicou que caso seja necessário migrar a produção para o país, a empresa tem flexibilidade para utilizar essas plantas nesse processo. Salgueiro destacou que cerca de dois terços da receita obtida pela Weg na América do Norte já são produzidos no México e nos Estados Unidos, enquanto o restante vem do Brasil, Europa e outras regiões. Segundo o diretor, a empresa possui uma pegada industrial bastante espalhada pelo mundo, o que lhe permite ter alguma flexibilidade e fazer ajustes para se adaptar a uma situação nova ou algum impacto que possa surgir por conta de mudanças de tarifas nos próximos anos. No terceiro trimestre, a América do Norte respondeu por 49,5% da receita operacional líquida da companhia em dólares. A Weg é uma empresa brasileira que atua no setor de tecnologia e fabricação de equipamentos eletroeletrônicos, sendo uma das maiores fabricantes mundiais de motores elétricos industriais. Ela tem crescido bastante no mercado internacional, com aquisições em diversos países, como Alemanha, México e Estados Unidos. (Broadcast Energia – 06.11.2024) 
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Mobilidade Elétrica

Fiat lança híbridos leves produzidos no Brasil para tornar a eletrificação mais acessível

A Fiat iniciou a venda de seus primeiros híbridos leves produzidos no Brasil, os modelos Pulse e Fastback, com preços entre R$ 125,9 mil e R$ 161,9 mil. Esses veículos visam tornar a eletrificação mais acessível ao público brasileiro, oferecendo uma alternativa econômica e com menores emissões em comparação aos modelos a combustão, sem depender de uma infraestrutura de recarga pública. A estratégia também visa enfrentar a crescente concorrência das marcas chinesas, aproveitando a fidelidade dos consumidores à marca Fiat e o uso de etanol, alinhando-se às políticas de biocombustíveis. Produzidos em Betim (MG), os híbridos oferecem uma economia de combustível de 10% a 12%, com desempenho ainda melhor em áreas urbanas. A Stellantis, dona da Fiat, planeja expandir a produção de veículos eletrificados no Brasil e aumentar a nacionalização de componentes, como as baterias, atualmente importadas da Coreia, prevendo que até 2030, 60% dos carros vendidos no país serão híbridos ou elétricos. (Valor Econômico - 07.11.2024)
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Inovação e Tecnologia

CCEE vence desafio de Inteligência Artificial em evento da Amazon Web Services

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) venceu uma competição promovida pela Amazon Web Services (AWS) nos dias 7 e 8 de outubro, focada em inteligência artificial generativa. A equipe da CCEE, em parceria com o ONS, desenvolveu uma solução para facilitar o entendimento das regras de comercialização, criando uma versão beta que utiliza a ferramenta de IA Bedrock da AWS para responder questões sobre os Cadernos de Regras. A aplicação acelera a avaliação do uso da IA em cenários específicos e foi reconhecida pelos jurados, superando equipes do setor público. (CCEE – 05.11.2024)
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Artigo de Rafael Rodrigues da Costa e Matheus Barreto: "O custo ambiental da IA"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Rafael Rodrigues da Costa (mestre em Ciências Sociais) e Matheus Barreto (cientista da Computação) tratam dos impactos ambientais do crescimento acelerado das tecnologias de inteligência artificial (IA), destacando o imenso consumo de energia e água necessário para manter data centers, com especial atenção para as consequências socioambientais em economias periféricas. Eles exemplificam como o uso de IA, como o ChatGPT, consome significativamente mais recursos do que buscas simples na internet, e projetam um aumento da demanda por eletricidade e água nos próximos anos, com implicações para países como o Brasil, que já enfrentam crises hídricas. Além disso, alertam para os desafios que o Brasil enfrenta ao expandir sua infraestrutura digital sem considerar adequadamente os custos ambientais, enfatizando a necessidade de políticas públicas e inovações sustentáveis para mitigar os impactos negativos desse modelo econômico. (GESEL-IE-UFRJ – 07.11.2024)
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Energias Renováveis

EDP compra 16 usinas solares no Brasil e investe R$ 218 mi na expansão

A EDP, empresa portuguesa, adquiriu 16 usinas solares na modalidade de geração distribuída por R$ 218 milhões, expandindo sua presença no Brasil com projetos na Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, totalizando 44,3 MWp de capacidade instalada. A companhia já possui 90 usinas solares no país e planeja atingir 500 MWp até 2026, com investimentos anuais de cerca de R$ 600 milhões. A maior parte do investimento será financiada via dívida, e a EDP busca expandir sua base de clientes, que atualmente conta com 10 mil, com a meta de chegar a 30 mil até 2026. Embora o mercado de geração distribuída esteja em processo de consolidação, com grandes players como Brookfield e Origo, o desafio da EDP será encontrar demanda para a energia gerada pelas novas usinas, já que essas plantas serão entregues sem clientes contratados para consumo imediato. (Valor Econômico - 06.11.2024)
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Fleury avança para ter 100% do consumo de energia renovável

O Grupo Fleury, especializado em serviços médicos e diagnósticos, atualizou seus planos de energia com foco em sustentabilidade e redução de custos. A empresa está migrando mais de 20 unidades para o mercado livre de energia e investindo em usinas solares compartilhadas. Atualmente, 90% de sua eletricidade (60 GWh por ano) vem de fontes renováveis. O grupo já possui contratos com usinas solares em São Paulo e no Rio de Janeiro, com previsão de gerar 12,3 GWh, representando 17% do consumo total. Além da redução de custos (de até 28%), a estratégia também visa a sustentabilidade. Parcerias com desenvolvedores e a Engie garantem o fornecimento de energia renovável a preços competitivos. A Fleury também explora alternativas como biomassa e biogás para diversificar ainda mais sua matriz energética. (Agência CanalEnergia - 06.11.2024)
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Governo avança com hidrelétrica que impacta yanomamis

A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) avançou no projeto da usina hidrelétrica Bem Querer, em Roraima, protocolando o estudo de impacto ambiental (EIA/Rima) no Ibama, sem incluir o estudo de componente indígena (ECI), que é obrigatório para projetos que afetam terras indígenas. A usina, prevista para operar no rio Branco, terá capacidade de 650 MW e formará um reservatório de 640 km², com impacto direto na Terra Indígena Yanomami e em outras áreas próximas. O EIA aponta riscos como a pressão sobre as terras indígenas, o aumento do garimpo ilegal e a poluição de igarapés, além de impactos na pesca e na saúde das comunidades indígenas. A Funai e o Ibama já alertaram para a falta do ECI, o que pode atrasar a análise do projeto. O governo federal está em operação de desintrusão para combater o garimpo ilegal na região, que causou uma grave crise de saúde entre os Yanomami. (Folha de São Paulo – 05.11.2024)
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Acordo prevê criação de peixes em reservatórios de hidrelétricas

Os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e André de Paula (Pesca e Aquicultura) firmaram um acordo de cooperação para promover a criação de peixes em 74 reservatórios de hidrelétricas, visando aumentar a produção de pescado e incentivar o uso de energias renováveis. Por meio do Pacto Nacional para o Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e Energia em Reservatórios, o projeto pretende criar espaços de diálogo sobre usos múltiplos dos reservatórios, simplificar o licenciamento ambiental e explorar tecnologias mais limpas, como barcos movidos a energia solar. Silveira destacou que a aquicultura pode contribuir para a descarbonização, aproveitando resíduos de peixe para biocombustíveis, e reforçou o papel do Brasil como líder em biocombustíveis. (Agência CanalEnergia - 06.11.2024)
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Gás e Termelétricas

Japão e Polônia assinam acordo para construção de usinas nucleares

Japão e Polônia firmarão um acordo de cooperação para a construção de instalações de energia nuclear, visando ajudar a Polônia a reduzir sua dependência do carvão, que atualmente responde por 70% de sua geração elétrica. O memorando de entendimento envolverá colaboração em cadeias de suprimento, segurança nuclear, treinamento especializado e gestão de resíduos radioativos. A Polônia, que busca diversificar sua matriz energética, pretende construir sua primeira usina nuclear até 2030 e expandir as energias renováveis. O Japão incentivará o uso de pequenos reatores modulares, desenvolvidos em parceria com a Hitachi e a General Electric, além de explorar novas tecnologias como reatores resfriados a gás. O país asiático também fornecerá apoio técnico e financiamento para os projetos de energia nuclear da Polônia, que planeja construir até seis reatores grandes até 2043. (Valor Econômico - 07.11.2024)
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Artigo de Gustavo Pinheiro: "O mito do gás como combustível de transição está morto"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Gustavo Pinheiro (membro dos Conselhos da Climate Ventures) trata dos resultados de um estudo da Universidade Cornell, que desmascara o mito do gás natural como "combustível de transição". O estudo revela que, ao longo de seu ciclo de vida, o gás de origem fóssil pode ser até mais poluente que o carvão, devido ao vazamento de metano, um gás de efeito estufa com um poder de aquecimento muito superior ao do CO₂. Os pesquisadores destacam que esses vazamentos ocorrem em várias etapas da cadeia de produção e transporte, tornando o gás uma solução insustentável que, ao invés de reduzir, pode até agravar a crise climática. A pesquisa alerta investidores e líderes empresariais de que o gás não é uma ponte para um futuro mais limpo, mas sim um risco ambiental e financeiro, desviando recursos de soluções realmente sustentáveis, como as energias renováveis. (GESEL-IE-UFRJ – 07.11.2024)
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Biblioteca Virtual

ERBER, Pietro. "O delicado equilíbrio da transição energética".

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COSTA, Rafael Rodrigues da; BARRETO, Matheus. "O custo ambiental da IA".

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PINHEIRO, Gustavo. "O mito do gás como combustível de transição está morto".

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