Ver índice
IFE Diário 6.070
Regulação
GESEL participa do 3º Seminário de Energia e Clima da CPLP
No dia 4 de novembro, no Instituto de Economia da UFRJ, acontecerá o 3º Seminário de Energia e Clima da CPLP, que abordará o papel dos mecanismos de financiamento climático na transição energética dos Estados-Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com foco nos Mercados de Carbono. O coordenador do GESEL, Professor Nivalde de Castro, participará da mesa redonda sobre regulamentação de mercados de carbono nos países da CPLP. O evento reunirá representantes governamentais e financiadores para discutir a cooperação entre o setor público e privado, os avanços na regulamentação dos mercados de carbono, o uso de créditos de carbono para apoiar a transição energética e os desafios e oportunidades na sua comercialização. Promovido pelo Governo de São Tomé e Príncipe, que preside atualmente a CPLP, o seminário contará com a coordenação da ALER e da Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa (RELOP). Saiba mais e inscreva-se aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 30.10.2024)
Link ExternoAneel/Mosna faz críticas ao Ministério de Minas e Energia sobre tarifas
O diretor da Aneel, Fernando Mosna, criticou severamente o Ministério de Minas e Energia por um "erro grosseiro" na projeção de redução tarifária decorrente da quitação antecipada de empréstimos do setor elétrico, que o ministério estimou em 3,5% para 2024, enquanto a Aneel calculou apenas 0,02%. Essa discrepância surge em meio a críticas do ministro Alexandre Silveira à agência, que responde afirmando que suas decisões são baseadas em análises técnicas. Mosna argumenta que a operação financeira, que usa recursos da privatização da Eletrobras, beneficiou mais os credores do que os consumidores, e sugere a abertura de processos disciplinares para investigar a situação. A Aneel aprovou uma consulta pública sobre o tema, mas a decisão de enviar o caso aos órgãos de controle foi suspensa devido a um empate entre os diretores. O MME, por sua vez, defende a medida, alegando que as projeções tarifárias podem ser afetadas por diversas incertezas. (Valor Econômico - 29.10.2024)
Link ExternoAneel aponta impacto de 0,02% e questiona operação de antecipação de recebíveis
A Aneel aprovou uma consulta pública para regulamentar os efeitos tarifários da quitação antecipada das Contas Covid e Escassez Hídrica, questionando a eficácia dos benefícios previstos na Medida Provisória 1.212, que estima uma economia de apenas R$ 46,5 milhões e um impacto tarifário de 0,02% em 2024, muito aquém dos R$ 510 milhões inicialmente previstos. A situação gerou dúvidas sobre a solução proposta pelo Ministério de Minas e Energia e levantou a necessidade de uma fiscalização na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que alterou seus cálculos de benefícios. A falta de ratificação do novo cálculo pelo MME foi criticada como um erro, e o diretor da Aneel, Fernando Mosna, sugeriu que a Controladoria-Geral da União investigue o caso. A consulta pública estará aberta de 30 de outubro a 13 de dezembro, enquanto a agência analisa os resultados das distribuidoras envolvidas, com metade apresentando resultados positivos e a outra metade negativa. (Agência CanalEnergia - 29.10.2024)
Link ExternoBenefício da MP 1212 é menor do que espera governo, diz TR Soluções
Um estudo da TR Soluções revela que a Medida Provisória 1212, destinada a reduzir a conta de luz dos consumidores, pode não alcançar seu objetivo. A nova alocação dos benefícios da desestatização da Eletrobras não será isonômica entre as concessionárias, impactando negativamente mais de 67% do mercado cativo de energia do Brasil. Isso ocorre porque parte dos benefícios, que antes eram distribuídos igualmente, será destinada a quitar empréstimos específicos de cada distribuidora. Empresas como Enel SP, Cemig e Copel sairão prejudicadas, enquanto distribuidoras que necessitaram de mais recursos durante crises, como Equatorial GO e Enel CE, serão beneficiadas. O estudo considera cenários com e sem a MP para avaliar os efeitos tarifários entre 2025 e 2027, destacando as consequências financeiras das Contas Covid e Escassez Hídrica. (Agência CanalEnergia - 28.10.2024)
Link ExternoEPE: Publicação de notas técnicas de cálculo e revisão de garantia física de julho a setembro
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicou as notas técnicas de cálculo e revisão referentes às garantias físicas definidas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) nos últimos três meses, assim como a base de garantias físicas vigentes atualizada. Esses parâmetros são fundamentais para o planejamento do Sistema Interligado Nacional (SIN). Por meio desses, é avaliado o equilíbrio estrutural entre a oferta e a demanda no longo prazo, além de representarem o montante máximo que pode ser comercializado pelo gerador em contratos de venda de eletricidade. De julho a setembro, foram publicadas pelo MME garantias físicas novas ou revistas para 57 usinas eólicas e 17 usinas fotovoltaicas, com base nos cálculos realizados pela EPE e registrados nas referidas notas técnicas, que passam a compor o acervo da entidade. (EPE – 28.10.2024)
Link ExternoTransição Energética
A energia nuclear como alternativa na transição energética do Brasil
Raul Leite, presidente da Eletronuclear, defende a conclusão da usina nuclear Angra 3 com base em um estudo do BNDES, argumentando que sua construção é socioeconomicamente e ambientalmente vantajosa para o Brasil. Ele ressalta que, diante da transição energética e da crescente intermitência de fontes renováveis como solar e eólica, a energia nuclear oferece uma alternativa firme e constante, capaz de garantir a segurança do sistema elétrico. Leite critica a percepção negativa em relação à energia nuclear, comparando os níveis de radiação em usinas a atividades cotidianas, como voos e banhos de sol. Apesar das dificuldades financeiras e críticas em relação à obra, ele afirma que o investimento é justificável, dado o potencial de Angra 3 para operar de forma contínua e segura, contribuindo para a matriz energética do país e oferecendo uma resposta ao aumento da demanda por energia. (Folha de São Paulo - 28.10.2024)
Link ExternoPropostas do B20 abordam inclusão social e transição energética
O clube Monte Líbano em São Paulo recebeu o evento principal do B20 de 2024, reunindo empresários, especialistas e autoridades de diversos países para discutir propostas que representem os interesses do setor privado junto ao G20. Sob a liderança da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o encontro enfatizou o desenvolvimento econômico sustentável, a transição climática e a inclusão social. Palestrantes como Bob Sternfels, da McKinsey, defenderam um investimento de US$ 78 trilhões para promover crescimento econômico, enquanto Livia Chanes, do Nubank, e Jon M. Huntsman, da Mastercard, abordaram a importância da inclusão financeira e responsabilidade social. O evento também destacou a urgência da transição energética, com discussões sobre descarbonização e oportunidades no Brasil, e o vice-presidente Geraldo Alckmin enfatizou a necessidade de alinhar as recomendações do B20 às metas do G20 para um comércio justo e sustentável. (Valor Econômico - 30.10.2024)
Link ExternoCasa dos Ventos e Atlas Agro: Acordo para impulsionar a produção de fertilizantes verdes no Brasil
A Casa dos Ventos e a Atlas Agro assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) que tem como objetivo utilizar projetos eólicos e solares para fornecer energia renovável para empreendimento de fertilizantes verdes produzidos com a utilização de hidrogênio verde (H2V). O projeto, localizado em Uberaba, em Minas Gerais, tem entrada em operação comercial prevista para 2028 e capacidade para produzir cerca de 530 mil toneladas de fertilizantes por ano. Para que a produção dos fertilizantes nitrogenados – que tipicamente é feita com gás natural – seja feita com energia renovável, a planta demandará cerca de 300 MW médios de energia, a ser fornecida pela Casa dos Ventos. O projeto, destarte, visa não só produzir um insumo mais sustentável, como também reduzir a dependência do Brasil das importações, mitigando riscos de suprimento de um bem essencial para a economia. (Agência CanalEnergia - 28.10.2024)
Link ExternoTransição energética e os desafios para países em desenvolvimento
Jean Pierre Clamadieu, presidente da Comissão de Desenvolvimento Sustentável do Medef e da Engie, afirmou que a transição energética é irreversível e que há recursos suficientes para implementá-la, mas ressaltou a importância de projetos viáveis e condições regulatórias favoráveis para mitigar impactos inflacionários em países mais pobres. Durante sua visita a São Paulo para o B20, ele mencionou que os custos estimados da transição variam de US$ 5 trilhões a US$ 10 trilhões, destacando o potencial do Brasil em hidrogênio verde e energia renovável. Clamadieu também alertou sobre riscos que podem atrasar o progresso, como as eleições nos EUA, e enfatizou a necessidade de educar a população sobre a transição, garantindo que as camadas mais vulneráveis não sejam prejudicadas. (Valor Econômico - 30.10.2024)
Link ExternoArtigo de Mário Allan Ferraz Mafra: "O futuro da agenda ESG no Brasil: tendências e desafios para além de 2024"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Mário Allan Ferraz Mafra (vice-presidente de finanças do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo) trata da transformação das práticas de ESG (ambiental, social e de governança) no Brasil, destacando 2024 como um ano crucial. Ele enfatiza a crescente pressão sobre as empresas para reduzir emissões de gases de efeito estufa e adotar energia renovável, além da importância de regulamentações como o Projeto de Lei nº 412/2022, que busca regulamentar o mercado de carbono. A transparência nas práticas ESG, a diversidade e inclusão, a transição para uma economia circular e o papel da tecnologia são apresentados como elementos fundamentais para a construção de confiança e eficiência operacional. O governo brasileiro também está se mobilizando para criar um ambiente regulatório favorável, preparando o país para ser um líder em responsabilidade corporativa. Mafra conclui que a adoção efetiva das práticas ESG é essencial para o sucesso empresarial e a construção de um futuro sustentável. (GESEL-IE-UFRJ – 30.10.2024)
Ver PDFEmpresas
Celesc: Reativação da Usina Maruim
A Celesc reativou a Usina Maruim, localizada em São José, em Santa Catarina, após 52 anos desativada. O projeto de reativação teve investimento integral da companhia, no valor de aproximado de R$ 9 milhões, e trouxe novos sistemas de geração, permitindo à usina operar com maior eficiência e segurança. O ativo, agora, tem potência instalada de 1MW e uma capacidade de atendimento de cerca de 2 mil residências, combinando a modernização de sua infraestrutura com a preservação de sua identidade histórica. (Agência CanalEnergia - 28.10.2024)
Link ExternoCemig: Projeto de substituição de torres de madeira por metálicas avança
A Cemig planeja substituir todas as 7 mil torres de madeira de suas linhas de distribuição – que são os circuitos que interligam subestações - por estruturas metálicas até o fim de 2028. Para tanto, a empresa destinará cerca de R$ 2 bilhões na substituição de 2.500 km de linhas. Segundo avaliação, as estruturas metálicas são mais resistentes a incêndios nas áreas de matas e requerem menos manutenções preventivas. Já em andamento, a companhia, desde 2019, já fez a substituição de 700 km de linhas de distribuição, ou 1.848 estruturas de madeira. De acordo com a Cemig, a iniciativa traz mais confiabilidade ao sistema elétrico de Minas Gerais e irá proporcionar uma contribuição significativa para os clientes, principalmente para o agronegócio mineiro. (Agência CanalEnergia - 29.10.2024)
Link ExternoInstituto Equatorial: Lançamento de edital com R$ 3 mi para projetos sociais de OSC’s
O Instituto Equatorial está com inscrições abertas para o Edital Diálogos Equatorial, que investirá R$ 3 milhões em projetos sociais liderados por Organizações da Sociedade Civil (OSC’s) de base comunitária. A iniciativa abrange os estados do Piauí, Maranhão, Alagoas, Amapá, Pará, Goiás e Rio Grande do Sul, e busca fomentar ações que promovam impacto positivo e sustentável em áreas essenciais. As OSC’s poderão inscrever projetos relacionados às áreas de educação, empregabilidade e geração de renda, empreendedorismo e sustentabilidade e biodiversidade, e aqueles que forem aprovados poderão receber até R$ 20 mil para execução. O prazo para inscrições é até 14 de novembro. (Agência CanalEnergia - 29.10.2024)
Link ExternoWärtsilä: Demonstrações de negócios no 3º trimestre de 2024
A Wärtsilä compartilhou o desempenho de seus negócios no terceiro trimestre de 2024. O resultado operacional da empresa no período em relação ao mesmo trimestre de 2023 aumentou 65%, indo a € 192 milhões, e a vendas líquidas chegaram a € 1,7 bilhão (+18%), sendo 21% o crescimento orgânico. Além disso, a carteira de pedidos no final do período aumentou 15%, chegando a € 7,6 bilhões, e as vendas líquidas aumentaram 5%, para € 4,595 bilhões. Na análise da companhia, apesar da incerteza em torno do ritmo da transição energética global, as fontes de energia renováveis permaneceram dominantes em novas adições de capacidade; e para dar suporte a essas novas implantações, a demanda por de energia de motor cresceu em comparação ao ano passado. Mas embora a entrada de pedidos para geração de energia tenha crescido, ela diminuiu ligeiramente para equipamentos nos segmentos Marine e Energy Storage & Optimisation. A Wärtsilä, todavia, afirmou que permanece otimista quanto às perspectivas de crescimento em ambos os mercados. (Agência CanalEnergia - 29.10.2024)
Link ExternoEnergias Renováveis
Safira Energia inaugura usina solar no Mato Grosso do Sul
A Safira Energia inaugurou uma usina solar em Cassilândia, Mato Grosso do Sul, com potência de 2,4 MW, capaz de gerar em média 540 MWh por mês e atender até 1.500 instalações. A usina beneficiará clientes de baixa tensão na área de cobertura da Energisa MS, operando sob o regime de geração distribuída compartilhada, o que permite que unidades consumidoras de uma mesma pessoa física ou jurídica se beneficiem da energia gerada. Denilson Santos, CEO da Safira Solar+, destacou que o modelo é simples e prático, não exigindo obras ou instalação de painéis fotovoltaicos, facilitando o acesso dos clientes à energia solar gerada na usina. (Agência CanalEnergia - 29.10.2024)
Link ExternoVivo inaugura terceira usina solar na Bahia
A Vivo inaugurou sua terceira usina solar na Bahia, totalizando 70 usinas de geração distribuída no Brasil e alcançando uma produção anual de 626.000 MWh. A nova planta, construída em parceria com Gera e Energea, ocupa 14,2 hectares e deverá gerar 12.348 MWh/ano, fornecendo energia para 140 pontos de consumo na região através da concessionária Neoenergia Coelba. A Vivo, que possui 35 mil pontos de consumo de energia no país, afirma que toda a sua energia provém de fontes 100% renováveis, combinando geração distribuída solar (62%), hídrica (27%) e de biogás (11%), além de autoprodução solar e energia adquirida no mercado livre, complementada por certificados I-RECs de origem eólica. (Agência CanalEnergia - 28.10.2024)
Link ExternoGrupo Massa vai investir R$500 mi no mercado de geração solar distribuída
O Grupo Massa, em parceria com a Nextron, está investindo no setor de geração solar distribuída como parte de sua estratégia de diversificação, com foco no Paraná. A Massa Energia by Nextron utilizará uma fazenda solar própria para fornecer energia, com a meta de atender mais de 50 mil pessoas e investir R$ 500 milhões em 12 meses, visando uma capacidade instalada de cerca de 100 MW. Até agora, foram investidos R$ 12 milhões na estrutura da fazenda em Apucarana, que deve abastecer toda a região. Os usuários poderão se cadastrar digitalmente, permitindo que a energia solar seja injetada na rede local e compensada na conta de luz, oferecendo economia e sustentabilidade sem necessidade de instalação de painéis solares. A Nextron gerenciará a compensação, garantindo descontos mensais de até 20% nas contas de energia, o que deve potencializar o crescimento e o faturamento do Grupo Massa. (Agência CanalEnergia - 29.10.2024)
Link ExternoIPT quer se aproximar mais do setor eólico para avançar nas soluções
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está focado na transição energética por meio de parcerias e coesão, investigando a extensão da vida útil de equipamentos eólicos, um tema relevante para a indústria. Segundo João Carlos Cordeiro, diretor da Unidade de Negócios em Energia do IPT, a colaboração com a ABEEólica e outros centros de pesquisa, como o Polo Tecnológico de Itaipu e o Senai, visa entender melhor os desafios do setor. Equipamentos projetados para durar 20 anos estão operando além desse período, exigindo monitoramento contínuo para garantir sua segurança operacional, utilizando tecnologias como sensores. O IPT também estuda a redução de custos e o desempenho dos equipamentos, além de considerar a circularidade e o aproveitamento de resíduos. Embora ainda não exista um marco regulatório, o instituto está atento à possibilidade de utilização de plataformas de petróleo para suportar geradores eólicos offshore, enfatizando a necessidade de garantir suas condições operacionais. (Agência CanalEnergia - 28.10.2024)
Link ExternoMercado Livre de Energia Elétrica
O crescimento do mercado livre de energia no Brasil
As 20 maiores comercializadoras de energia do Brasil negociaram 51,77% do volume total do mercado livre entre julho de 2023 e julho de 2024, com Raízen Power, Auren e BTG Pactual liderando as vendas. Apesar da concentração atual, espera-se uma maior pulverização do mercado com a entrada de novas empresas, embora haja também uma tendência de fusões e aquisições no longo prazo. A liberalização do mercado, que começou em janeiro de 2024, permitiu que todos os consumidores de média e alta tensão escolhessem seus fornecedores, resultando em um aumento no número de comercializadoras ativas e na criação do mercado varejista. Em julho de 2024, havia 615 comercializadoras registradas, embora muitas ainda não realizassem negociações significativas. As principais varejistas foram EDP Smart, Matrix e AES Tietê Integra, destacando o potencial de crescimento no segmento de pequenas e médias empresas. (Agência Eixos - 27.10.2024)
Link Externo