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IFE Diário 6.043
Regulação
Artigo GESEL: "Políticas sociais com foco na geração distribuída"
Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL), Cristina Rosa (pesquisadora associada do GESEL-UFRJ) e Luiza Masseno (pesquisadora plena do GESEL-UFRJ) tratam da importância da energia elétrica para a vida moderna e sua conexão com a dignidade humana. Embora não seja um direito fundamental explícito na Constituição de 1988, o acesso à eletricidade é essencial para uma vida digna. O governo brasileiro, ao longo dos anos, implementou diversas políticas públicas para expandir e melhorar o acesso à eletricidade, como o Programa Luz para Todos. No entanto, apesar dos avanços, ainda há desigualdade econômica no acesso à energia, devido ao alto custo das tarifas e à baixa renda de parte da população. Programas como a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) ajudam, mas desafios como inadimplência e subconsumo persistem. O texto também aborda a importância de uma transição energética justa, com destaque para a Geração Distribuída para o Interesse Social (GDIS), que usa energia solar para reduzir custos e ampliar o acesso à eletricidade, especialmente em áreas carentes. Iniciativas recentes, como o Programa de Energia Renovável Social (PERS) e o Programa Energia Limpa no Minha Casa Minha Vida, são vistas como promissoras, mas enfrentam desafios de implementação, exigindo coordenação entre governo, distribuidoras e outras partes interessadas para garantir sua eficácia e sustentabilidade. Acesse o texto na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 23.09.2024)
Ver PDFSeminário GESEL: “Transição Energética e Transformação Econômica: Perspectivas do H2V”
Acontece no próximo dia 27 de setembro, às 9h30, no Campus Praia Vermelha da UFRJ (Auditório do CFCH), o Seminário GESEL “Transição Energética e Transformação Econômica: Perspectivas do H2V”. O GESEL vem desenvolvendo esforços analíticos e reflexões baseada nos fundamentos da economia da inovação, economia industrial e teorias do desenvolvimento econômico, com a premissa de que a transição energética vai provocar transformações econômicas no Brasil. Nesta direção, iremos realizar esse seminário com foco na indústria nascente do Hidrogênio e com uma atenção aos projetos de plantas pilotos vinculadas à Chamada Estratégica da ANEEL, que recebeu 19 propostas de plantas somando 100 MW e 2,7 bilhões de investimentos. Com coordenação de Nivalde de Castro, o Seminário também contará com as presenças de Patrícia Naccache Martins da Costa (MME); Carla Primavera (BNDES); Thiago Ivanoski Teixeira (EPE); Fernanda Delgado (ABIHV); Enio Pontes (UFC); Sergio Fonseca (CTG Brasil); Tatsumi Igarashi (Neoenergia); e Mauricio Moszkowicz (GESEL). Inscreva-se: https://forms.gle/vtEcmgj9w6EJcTkw9 (GESEL-IE-UFRJ – 23.09.2024)
Link ExternoMME/Silveira: Horário de verão fica para depois das eleições
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que, se adotado, o horário de verão entrará em vigor após as eleições deste ano, sendo necessário um decreto presidencial com 30 dias para implementação. Embora o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tenha indicado a viabilidade da medida, ela ainda será analisada devido ao impacto sobre a população. Estima-se que o horário de verão possa gerar uma economia de R$ 400 milhões, ao prolongar a geração de energia renovável e reduzir o uso de usinas térmicas. A decisão final deve ser anunciada nos próximos 10 dias, com o governo também considerando outras alternativas para fortalecer a resiliência energética. Durante reunião sobre a crise hídrica, foi ressaltado que, apesar do baixo nível de chuvas, os reservatórios operam com 55% de sua capacidade, descartando o risco de racionamento. (Agência CanalEnergia - 19.09.2024)
Link ExternoMME aprova manual de operacionalização do Luz para Todos
O Ministério de Minas e Energia aprovou e publicou o Manual de Operacionalização do Programa Luz para Todos, que tem como objetivo universalizar o acesso à energia elétrica para toda a população brasileira. O manual estabelece critérios técnicos, financeiros, procedimentos e prioridades que serão aplicados no programa. Desde sua criação em 2003, o programa já beneficiou mais de 16 milhões de pessoas que vivem em áreas rurais e remotas do país. A meta é levar energia elétrica para mais de 2,6 milhões de pessoas até 2022. Para isso, serão investidos R$ 3,3 bilhões em recursos do Orçamento Geral da União e de empréstimos internacionais. Além disso, o programa também prevê ações de educação e conscientização sobre o uso seguro e eficiente da energia elétrica. A iniciativa é importante para promover o desenvolvimento econômico e social das regiões mais afastadas do país, além de melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem nessas áreas. (Broadcast Energia – 22.09.2024)
Link ExternoAtrasos na nomeação de diretores geram críticas à gestão do MME
A demora do Ministério de Minas e Energia (MME) em nomear diretores para autarquias e estatais, a falta de definição de regras para leilões e a promessa de uma Medida Provisória para modernização do setor elétrico têm gerado críticas de especialistas. Eles destacam que essas medidas são essenciais para destravar investimentos e criar um ambiente regulatório mais estável. O ministro Alexandre Silveira reconhece a necessidade de reestruturação do setor, mas as promessas, como a edição de uma MP e o avanço do projeto de lei 414/2021, ainda não foram concretizadas. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) enfrenta desafios devido à falta de um diretor, enquanto o leilão de reserva de capacidade, crucial para a confiabilidade do sistema elétrico, ainda não tem diretrizes definidas. Além disso, a negociação do Anexo C do Tratado de Itaipu e a governança do setor nuclear permanecem indefinidas, criando um cenário de incerteza e pressão sobre o MME. (Valor Econômico - 20.09.2024)
Link ExternoAutoridades sinalizam bandeira tarifária vermelha patamar 2 em outubro
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) projeta que a bandeira vermelha patamar 2 será acionada em outubro, o que significa uma cobrança adicional nas tarifas de energia de R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos. Independentemente da previsão para as chuvas nos próximos dias, a CCEE estima um Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) superior a R$ 500 por megawatt-hora (MWh) no próximo mês. O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, também aponta para a possibilidade de a bandeira vermelha patamar 2 seguir com cobrança adicional até o fim do ano. Os preços de referência para a energia convencional a ser entregue nos próximos três meses calculados pela consultoria Dcide tiveram uma valorização de 9,39% na última semana, alcançando R$ 333,79 por MWh. Enquanto isso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kássio Nunes Marques prorrogou por mais 90 dias o prazo para a União e a Eletrobras chegarem a um acordo sobre o poder de voto na empresa. As partes devem comprovar o engajamento em prol da resolução do conflito, o avanço das negociações e quais ajustes foram feitos para que o "quadro não permaneça indefinido por tempo indeterminado, tampouco contribua para a manutenção de cenário de incertezas". No mercado de petróleo, os contratos futuros operam em alta nesta quinta-feira, refletindo o otimismo de que o Federal Reserve (Fed) entregará mais cortes de juros até o final do ano, após ter aberto o ciclo de relaxamento com uma redução de 50 pontos-base na taxa básica ontem. As persistentes tensões no Oriente Médio também seguem no radar, com Israel declarando o começo de uma "nova fase" na guerra em andamento, que focará no conflito com o Hezbollah no Líbano. Às 08h54 (de Brasília), o barril do WTI para novembro subia 0,69%, a US$ 70,57, e o do Brent para igual mês ganhava 0,88%, a US$ 74,31. (Broadcast Energia – 22.09.2024)
Link ExternoTransição Energética
Petrobras/Tolmasquim: Transição energética terá implicações geopolíticas
Durante o 'Climate Impact Summit', evento promovido pela Amcham e o jornal Valor Econômico, em Nova York, o diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, afirmou que a transição energética terá implicações geopolíticas, tanto para os países quanto para as empresas. Ele destacou a importância da cooperação internacional como uma saída para a redução de custos e salientou que o Brasil está bem posicionado em relação ao resto do mundo. Tolmasquim ressaltou que a transição energética é um processo sem precedentes e que diálogos como esses são cruciais. Ele enfatizou que a cooperação internacional na transição energética promove a redução de custos para todos os envolvidos. O 'Climate Impact Summit' ocorreu às margens da 'Climate Week NY', o maior evento com a temática clima do mundo. (Broadcast Energia – 22.09.2024)
Link ExternoAlemanha revê certificação de carbono após encontrar 45 projetos fraudulentos na China
A Agência Ambiental da Alemanha (UBA) iniciou uma revisão rigorosa de seu sistema de certificados de redução de emissões após descobrir 45 projetos fraudulentos na China, levando à revogação de certificados que compensavam cerca de 6 milhões de toneladas de CO2. A investigação revelou um sistema de auditoria com dados falsos e imagens enganosas. A UBA propõe várias mudanças, como a rotação de inspetores e o uso de imagens de satélite para aumentar a transparência. Além disso, há investigações em andamento sobre 17 suspeitos de fraude. As descobertas podem influenciar a regulamentação do mecanismo de ajuste de fronteira de carbono da União Europeia (CBAM), destacando a necessidade de maior controle sobre as cadeias de suprimento. (Valor Econômico - 23.09.2024)
Link ExternoABB e EVE Energy: Colaboração com foco na produção em baterias
A ABB assinou um memorando de entendimento com a fabricante de baterias EVE Energy. O acordo prevê a participação da ABB na implantação das novas fábricas da empresa chinesa, previstas para os próximos anos, em diferentes partes do mundo, bem como a colaboração para a pesquisa e desenvolvimento de células de baterias, módulos e pacotes tecnológico, e para a busca por novas estratégias para os processos de produção. Em comunicado, a empresa afirma que, ao envolver a ampliação da capacidade produtiva global de baterias e contribuir para aumentar a disponibilidade do equipamento, a parceria deve contribuir para a aceleração da transição energética mundial. (Agência CanalEnergia - 20.09.2024)
Link ExternoArtigo de Renata Campetti Amaral: "O que o Brasil precisa fazer para a COP do Clima"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Renata Campetti Amaral (presidente da Comissão de Meio Ambiente e Energia da ICC Brasil) trata da importância da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontecerá em Belém do Pará, em 2025, destacando o foco global na Amazônia e a urgência de abordar a mudança climática. Ela ressalta que, enquanto o Brasil enfrenta entraves na aprovação do Projeto de Lei do mercado de carbono, outros países já avançam com acordos bilaterais que garantem recursos para redução de emissões. Amaral aponta cinco gargalos que precisam ser resolvidos para atrair investimentos: a implementação de um sistema de transferência de resultados de mitigação, o consentimento de comunidades indígenas, a regularização fundiária, a rastreabilidade na cadeia de suprimentos e o combate ao desmatamento. A autora enfatiza a necessidade de ação imediata para que o Brasil não fique para trás nessa corrida climática. (GESEL-IE-UFRJ – 23.09.2024)
Ver PDFEmpresas
Copel Geração e Transmissão anuncia emissão de R$ 1,6 bi em debêntures
A Copel Geração e Transmissão planeja emitir R$ 1,6 bilhão em debêntures, cujo valor será utilizado para refinanciar dívidas, incluindo reembolsos de pagamentos realizados ao longo do ano, além de reforçar seu caixa. Os títulos serão distribuídos em três séries, com vencimentos em 2029, 2031 e 2034. A primeira série terá remuneração de, no máximo, CDI mais 0,52% ao ano, a segunda será de CDI mais 0,69%, e a terceira, de CDI mais 0,95%, com as taxas a serem definidas em 10 de outubro. A operação é coordenada pelos bancos Safra, Inter, Daycoval e Bocom, com liquidação prevista para 15 de outubro. (Valor Econômico - 20.09.2024)
Link ExternoTaesa: Conclusão da captação de R$ 400 mi em debêntures
A Taesa concluiu a captação de recursos de longo prazo através da 16ª emissão de debêntures simples no valor de R$ 400 milhões. Os títulos são não conversíveis em ações, de espécie quirografária e têm valor unitário de R$ 1 mil, com vencimento em 2031. A emissão coordenada pelo Banco Bradesco BBI. Segundo a companhia, os recursos captados serão utilizados para reforço de caixa e capital de giro da empresa .(Agência CanalEnergia - 20.09.2024)
Link ExternoCPFL Energia: Pagamento da 5ª parcela de dividendos no valor de R$ 350 mi
A CPFL Energia divulgou que efetuará o quinto pagamento dos dividendos parcelados no montante de R$ 350 milhões no dia 27 de setembro de 2024. O valor por ação será de R$ 0,30. Já o valor remanescente de R$ 713 milhões, segundo a companhia, será pago até o dia 31 de dezembro de 2024. Farão jus aos dividendos os acionistas detentores de ações em 26 de abril de 2024, e a partir de 29 de abril de 2024 as ações passaram a ser negociadas ex-dividendo na B3. (Agência CanalEnergia - 19.09.2024)
Link ExternoCemig: Conexão da SE Uberlândia 10 ao sistema elétrico como parte do PDD
A Cemig conectou a subestação (SE) Uberlândia 10 ao sistema elétrico. A conexão dessa nova unidade, construída pela ISA CTEEP, teve investimentos de R$ 27 milhões em obras de adequação nas SEs de Miranda, Uberlândia 6, Uberlândia 8. O empreendimento proporciona a melhoria de desempenho do sistema elétrico de distribuição da Região do Triângulo Mineiro, beneficiando mais de 1,1 milhão de pessoas nos municípios de Uberlândia, Uberaba e Araguari. A investida é parte do programa de desenvolvimento da distribuidora (PDD) – o maior plano de investimentos da história da Cemig -, que prevê o aporte de R$ 23 bilhões na rede de distribuição do estado até 2027, contemplando, entre suas iniciativas, a construção de mais de 120 SEs. (Agência CanalEnergia - 20.09.2024)
Link ExternoOferta e Demanda de Energia Elétrica
O retorno do horário de verão pode aliviar a crise hídrica no Brasil
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou o retorno do horário de verão em 2024 para mitigar a crise hídrica e o estresse energético enfrentado pelo país. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a decisão final, que deve ser anunciada até o início de outubro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda não foi tomada. A proposta visa aumentar a geração de energia solar durante o horário de pico, evitando o acionamento de usinas térmicas, que são mais caras e menos sustentáveis. Com a pior seca dos últimos 94 anos, a medida pode gerar uma economia de até R$ 400 milhões, permitindo que o horário de verão se estenda de novembro a fevereiro em alguns estados brasileiros. (Valor Econômico - 21.09.2024)
Link ExternoMobilidade Elétrica
Rede Brasil e Scania lançam hub para descarbonização do transporte rodoviário
A Rede Brasil e a Scania lançaram o Hub de Biocombustíveis e Elétricos, um centro de debate focado na descarbonização do transporte rodoviário, durante o evento SDGs in Brazil em Nova York. O objetivo é reunir especialistas e representantes do governo para desenvolver projetos que acelerem a transição para uma economia de baixo carbono, já que o setor de transporte é responsável por 8% das emissões de gases de efeito estufa. O presidente da Scania, Christopher Podgorski, enfatiza a necessidade de criar uma infraestrutura similar à atual para a matriz fóssil, voltada a biocombustíveis e eletrificação. O hub conta com cerca de 70 empresas e está realizando um mapeamento de desafios para a descarbonização. Apesar do potencial, Podgorski observa que a produção de veículos comerciais pesados movidos a combustíveis renováveis ainda é mínima em comparação com a capacidade total da empresa. (Valor Econômico - 20.09.2024)
Link ExternoNissan investe em VEs híbridos plug-in para impulsionar suas vendas
A Nissan planeja lançar seus próprios veículos elétricos híbridos plug-in (PHEVs) até o final da década, considerando também que sua parceira Mitsubishi forneça PHEVs à Honda, que atualmente não os oferece no Japão. Com as vendas de veículos totalmente elétricos (EVs) estagnadas devido a altos preços, a Nissan vê os PHEVs como uma solução lucrativa para a transição até a adoção generalizada dos elétricos. Embora o Japão tenha poucos modelos de PHEVs disponíveis, a demanda por esses veículos está crescendo, especialmente na China, onde as vendas aumentaram 80% no último ano. A Honda, que tem uma presença limitada de PHEVs, está explorando parcerias para incluir veículos da Mitsubishi em sua linha, buscando reduzir custos. A competição está acirrada, com empresas chinesas liderando o desenvolvimento de PHEVs avançados, enquanto montadoras japonesas, como a Toyota, estão se esforçando para atualizar suas ofertas. (Valor Econômico - 23.09.2024)
Link ExternoMontadoras japonesas investem recordes em eletrificação para atender à demanda crescente
Seis das sete principais montadoras japonesas estão a caminho de estabelecer recordes em investimentos e gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D) neste ano fiscal, visando atender à crescente demanda por veículos híbridos e elétricos. O investimento total deve aumentar 20%, alcançando 4,29 trilhões de ienes, enquanto os gastos com P&D crescerão 13%, totalizando 3,86 trilhões de ienes. A Honda lidera com os maiores aumentos percentuais, prevendo um investimento de 10 trilhões de ienes até 2030, enquanto a Toyota, apesar de ter os maiores números absolutos, apresenta crescimento mais lento. Outras montadoras como Suzuki, Nissan, Subaru e Mazda também estão focadas na eletrificação e na expansão da produção, especialmente em mercados emergentes como a Índia. No entanto, cinco das sete empresas esperam uma queda nos lucros operacionais, refletindo as incertezas financeiras associadas à construção de veículos elétricos em meio a uma concorrência crescente, especialmente de fabricantes chineses. (Valor Econômico - 20.09.2024)
Link ExternoInovação e Tecnologia
Brasil pode se tornar um hub tecnológico na América do Sul com novos projetos de data centers
O Ministério de Minas e Energia (MME) do Brasil anunciou um aumento significativo na demanda por energia elétrica devido a novos projetos de data centers, que pode alcançar 9 GW até 2035. Entre maio e agosto de 2024, o número de projetos registrados saltou de 12 para 22, evidenciando um crescimento de 3,6 vezes. Enquanto isso, a demanda global por eletricidade por centros de dados, que já supera a dos veículos elétricos, deverá crescer ainda mais, impulsionando a compra de energia renovável por grandes empresas como Amazon e Google. Apesar de ser uma oportunidade para o Brasil se tornar um hub tecnológico na América do Sul, a crescente demanda energética levanta desafios para as metas de emissões líquidas zero, especialmente para as big techs, que enfrentam dificuldades para descarbonizar suas operações. (Agencia Eixos - 18.09.2024)
Link ExternoEnergias Renováveis
Associações monitoram novas tentativas de ampliar subsídios à GD
Entidades do setor elétrico que criticam a prorrogação dos subsídios à geração distribuída comemoram a retirada de uma emenda que estendia o prazo para minigeradores fotovoltaicos no projeto de lei do Combustível do Futuro (PL 528), mas alertam que a batalha ainda não terminou, pois há propostas similares em tramitação no Congresso. O presidente da Frente Nacional de Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata, enfatizou a importância da união entre associações contra a extensão dos subsídios, enquanto se mobilizam para rejeitar emendas em outros projetos, como o PL 576 sobre eólicas offshore e o PL 327 que institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten). A preocupação se estende ao PL 624/2023, que propõe substituir descontos na tarifa social por energia de microgeração, podendo impactar consumidores vulneráveis. Um estudo da PSR prevê que os subsídios à geração distribuída possam chegar a R$ 188 bilhões entre 2024 e 2045, elevando os custos para os consumidores. (Agência CanalEnergia - 19.09.2024)
Link ExternoFonte solar alcança 47 GW instalados no Brasil
A Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar) anunciou que a fonte solar atingiu 47 GW de potência instalada, evitando a emissão de 57 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Desde 2012, o setor atraiu mais de R$ 217,8 bilhões em investimentos e gerou 1,4 milhão de empregos verdes. No entanto, a crise climática no Brasil tem causado impactos severos, como alagamentos e secas, resultando em aumento na conta de luz com bandeira vermelha devido à escassez de chuvas e uso de usinas emergenciais. O CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, destacou que a situação poderia ser ainda mais grave sem as fontes renováveis não-hídricas, como solar e eólica, que aliviaram a demanda e os recursos hídricos. Ele enfatizou a importância de diversificar a matriz elétrica para enfrentar os desafios climáticos crescentes. (Agência CanalEnergia - 19.09.2024)
Link ExternoAneel libera para início de operação mais de 71 MW
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o início da operação comercial de diversas unidades geradoras a partir de 19 de novembro. Entre elas, estão as UG2 e UG3 da EOL Ventos de Santa Eugenia 01 (11,4 MW), UG6 da EOL Morro 1 (5,7 MW) e UG5 da EOL Ventos de Santa Eugenia 03 (5,7 MW), todas na Bahia, além das unidades UG1 a UG16 da UFV SSA (4 MW) em Goiás. Para testes, foram liberadas as UG1 a UG38 da UFV Vista Alegre IX (41,1 MW) em Minas Gerais, UG1 e UG2 da PCH Boa Vista (5 MW) em Santa Catarina e UG7 da EOL Serra do Assuruá 18 (4,5 MW) na Bahia. (Agência CanalEnergia - 19.09.2024)
Link ExternoClaro inaugura 100ª usina de seu programa de geração renovável
O programa Energia da Claro atingiu a marca de 100 usinas em operação, compensando 75% do consumo da empresa com fontes renováveis, o que resultou em mais de 1 TWh fornecido somente em 2023. Com plantas geradoras em diversos estados brasileiros, a Claro planeja inaugurar mais de 20 usinas nos próximos anos, abastecendo mais de 25 mil unidades consumidoras e 70% das suas antenas. A empresa já cumpriu sua meta de redução de emissões de carbono sem recorrer a créditos de carbono, descarbonizando seu sinal móvel em 20 estados e instalando mais de 800 mil painéis solares, evitando a emissão de mais de 400 mil toneladas de CO2 desde o início do programa. (Agência CanalEnergia - 20.09.2024)
Link ExternoNeoenergia leva pegada renovável e sustentável ao Rock in Rio 2024
A Neoenergia está presente no Rock in Rio 2024 com ações para reduzir as emissões de CO2, incluindo 43 postes de iluminação solar e 30 carrinhos elétricos. Recentemente, foi lançado o "Guia Diretrizes ESG para Festivais de Música", que oferece iniciativas para implementar práticas sustentáveis em eventos, validado pela PUC-Rio e elaborado em colaboração com empresas como Coca-Cola e Rock World. O diretor da Neoenergia, Hugo Nunes, destacou a importância da descarbonização e do poder transformador da música, especialmente entre os jovens. Para cada pessoa no festival, a empresa doará uma lâmpada LED a comunidades de baixa renda, com estimativas de troca de até 700 mil unidades. O Coke Studio, da Coca-Cola, opera 100% com energia limpa e inclui inovações como uma pista de dança cinética que gera energia. (Agência CanalEnergia - 19.09.2024)
Link ExternoAbren assina acordo com European Biogás
A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren) firmou um acordo com a European Biogás Association (EBA) com o objetivo de fortalecer e desenvolver o biogás no Brasil. Através do acordo, as instituições buscarão promover a troca de conhecimentos e melhores práticas em regulamentação, políticas, tecnologia e desenvolvimento de projetos. Dentre as iniciativas adotadas, estão a organização de workshops com empresas do mercado nacional e internacional para discutir tendências tecnológicas, consultoria de especialistas sobre regulamentação ou tecnologias e visitas a usinas de biogás na Europa. O biogás é uma fonte de energia limpa e renovável, produzida a partir da decomposição de matéria orgânica, como resíduos agrícolas e urbanos. Além de ser uma alternativa sustentável para a geração de energia, o biogás também pode ser utilizado como combustível veicular e na produção de fertilizantes. A Abren acredita que o biogás tem grande potencial no Brasil, já que o país é um dos maiores produtores de resíduos orgânicos do mundo. Com a parceria entre a Abren e a EBA, espera-se que a tecnologia do biogás possa ser aprimorada e ampliada no Brasil, contribuindo para a redução da dependência de fontes de energia não renováveis e para a melhoria da qualidade de vida da população. Além disso, a iniciativa pode impulsionar a criação de novos negócios e empregos no setor de energia renovável. (Broadcast Energia – 22.09.2024)
Link ExternoGás e Termelétricas
Tolmasquim: Seca mostra que térmicas flexíveis são fundamentais
Mauricio Tolmasquim, diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, afirmou em entrevista que o período de seca que o Brasil vem enfrentando reforça a importância das usinas termelétricas flexíveis. Segundo ele, em momentos de falta d'água ou em variações fortes da geração solar, as térmicas flexíveis são fundamentais para suprir a demanda energética. Tolmasquim destacou que o Brasil não precisa de usinas térmicas inflexíveis, que funcionam o tempo todo, mas sim das flexíveis, que são acionadas a partir de alguma necessidade específica. A Petrobras tem interesse em participar do leilão de reserva de capacidade de energia elétrica, que está sendo planejado pelo governo federal, tanto para vender energia das térmicas já existentes, que estão sem contrato, como para colocar uma térmica nova no Gaslub, antigo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A construção da nova termelétrica flexível depende da vitória da Petrobras no leilão. O Ministério de Minas e Energia ainda não anunciou uma data para o leilão de capacidade, mas a previsão é de realização até o fim do ano. Tolmasquim disse que não sabe se a seca no Brasil pode fazer o governo acelerar o certame. (Broadcast Energia – 22.09.2024)
Link ExternoReativação da usina nuclear garante energia para a Microsoft
Um acordo entre a Constellation Energy e a Microsoft vai reiniciar a usina nuclear de Three Mile Island, na Pensilvânia, para fornecer energia para as crescentes demandas da gigante da tecnologia em inteligência artificial. A Constellation reativará o reator intacto da usina, fechado em 2019, e venderá a energia à Microsoft, que firmou um contrato de 20 anos, buscando garantir uma fonte de eletricidade limpa e estável. A reabertura, que pode custar cerca de US$ 1,6 bilhão até 2028, reflete a crescente necessidade de energia estável para centros de dados, ao mesmo tempo em que promove a descarbonização da rede elétrica. Apesar das preocupações sobre a segurança e as exigências regulatórias, o reator poderia adicionar até 2.000 megawatts de energia nuclear, suficiente para abastecer mais de 1,5 milhão de residências. (Valor Econômico - 20.09.2024)
Link ExternoMercado Livre de Energia Elétrica
Abraceel: Setor industrial compra no mercado livre 92% da eletricidade que utiliza
De acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), as indústrias brasileiras adquirem 92% de toda a eletricidade que consomem no mercado livre de energia. A estratégia é utilizada com o objetivo de garantir preços mais baixos na compra de energia elétrica e maior previsibilidade quanto à evolução dos reajustes. O setor industrial, em especial os segmentos eletrointensivos, foi o primeiro a buscar o ambiente de comercialização livre (ACL) como alternativa de suprimento. Inicialmente, as regras de funcionamento do mercado livre limitavam às grandes indústrias a possibilidade de adesão, já que somente consumidores com carga superior a 3 megawatts (MW) poderiam atuar no ACL. Com o tempo, as regras foram mudando e atualmente qualquer consumidor atendido em alta tensão, independentemente da demanda, pode atuar no mercado livre. Isso tem impulsionado o aumento da participação de outros setores econômicos, como o comércio, que já compra 39% de toda a eletricidade que consome no ACL. Segundo o levantamento da Abraceel, atualmente 51.389 unidades consumidoras são atendidas no mercado livre, um aumento de 16,2 mil unidades, ou 46%, nos últimos 12 meses. O impulso veio justamente da liberação, a partir de janeiro deste ano, para que qualquer consumidor no Grupo A (alta tensão) possa aderir ao mercado livre. Antes, apenas aqueles com demanda superior a 500 kilowatts (kW) poderiam exercer essa opção. A Abraceel afirma que há cerca de 151 mil consumidores aptos a migrar ao ACL, mas que seguem no mercado cativo, atendido pelas distribuidoras. A expectativa é que cada vez mais empresas optem pelo mercado livre de energia, buscando uma maior previsibilidade de custos e a possibilidade de negociar valores com fornecedores. (Broadcast Energia – 22.09.2024)
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