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IFE Diário 6.035
Regulação
Bandeira tarifária pode se manter com cobrança adicional até o fim do ano
Especialistas consultados pelo Broadcast Energia afirmam que o clima mais seco e quente que vem sendo observado no Brasil, combinado com uma perspectiva negativa para a hidrologia, deve manter os preços da energia elevados e fazer as bandeiras tarifárias permanecerem vermelhas pelo menos por mais um mês, durante outubro. Para novembro e dezembro, há mais dúvidas sobre qual será a coloração da bandeira, diante das incertezas sobre o início do próximo período úmido e qual volume de chuvas que poderá ser observado. Ainda assim, um retorno ao patamar verde, sem cobrança adicional na conta de luz, é esperado por parte dos especialistas do setor apenas para 2025. A Comerc Energia estima bandeira vermelha Patamar II para outubro, passando para Vermelha Patamar I em novembro e Amarela em dezembro. A Thymos Energia também trabalha com a perspectiva de bandeira vermelha para outubro, mas no patamar 1, e um retorno à bandeira verde apenas em 2025. O diretor-presidente da comercializadora Armor Energia acredita que dadas as circunstâncias atuais, de tempo seco e um possível atraso no início das chuvas, é possível que a bandeira permaneça vermelha até os primeiros meses de 2025. O sócio da comercializadora Ecom Energia destaca que o retorno das chuvas no início do período úmido pode permitir um rápido retorno à bandeira Verde. (Broadcast Energia – 10.09.2024)
Link ExternoCorreção da bandeira tarifária de setembro pode virar objeto de uso político
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revisou a bandeira tarifária para o mês de setembro, que será a vermelha 1, e não a vermelha 2, como havia sido comunicado anteriormente. A Aneel explicou que a mudança ocorreu devido a uma correção de informações de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Enquanto o setor elétrico considera o sistema de bandeira claro e robusto, há preocupação de que o episódio seja usado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na sua cruzada contra a agência. Há a possibilidade de que o ministro use a circunstância para ganhar força na indicação do quinto componente da diretoria colegiada da Aneel, conseguindo assim emplacar um nome mais alinhado à ala política do que técnica. A escolha para tal missão é importante diante da divisão entre os quatro diretores que estão na casa de regulação. No dia 27, o diretor Fernando Mosna sugeriu que o novo integrante precisará de um dia exclusivo para tratar dos processos empatados na agência. (Broadcast Energia – 10.09.2024)
Link ExternoAneel aprova operacionalização do sandbox regulatório do Programa de Resposta da Demanda
A Aneel aprovou a operacionalização do Programa de Resposta da Demanda, parte da Agenda Regulatória 2023-2024, que incentiva grandes consumidores a reduzir ou deslocar voluntariamente sua demanda energética. Voltado para consumidores livres, o programa oferece um mecanismo de leilão competitivo, com ofertas de redução de consumo de 5 MW a 100 MW por submercado, a ser testado até 2026. Essa iniciativa, que já existia em formato piloto desde 2017, promove eficiência energética e econômica ao permitir que grandes consumidores participem ativamente da gestão do Sistema Interligado Nacional (SIN). (Aneel – 10.09.2024)
Link ExternoTarifa de energia impacta para deflação em agosto, diz IBGE
O Brasil registrou deflação em agosto, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuando 0,02%, uma redução de 0,40 ponto percentual em relação a julho. No acumulado do ano, o IPCA subiu 2,85%, e, nos últimos 12 meses, registrou alta de 4,24%, abaixo dos 4,50% observados no período anterior. A queda foi influenciada principalmente pelos grupos de Habitação (-0,51%), devido à redução de 2,77% nas tarifas de energia elétrica, e Alimentação e bebidas (-0,44%). Regionalmente, São Luís teve a maior deflação (-0,54%), enquanto Porto Alegre apresentou a maior alta (0,18%). O INPC também recuou 0,14% em agosto. (Agência CanalEnergia - 10.09.2024)
Link ExternoTribunal de Justiça confirma cobrança reduzida em fatura de energia elétrica
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) confirmou a decisão que determinou a cobrança parcial de uma fatura de energia elétrica, originalmente de R$ 19.483,04, após uma consumidora questionar o valor devido a uma ligação irregular em sua residência. A 7ª Turma decidiu que o valor correto a ser pago é de R$ 5.562,06, com base em um laudo pericial que indicou um consumo menor do que o calculado pela Neoenergia. A empresa defendeu o valor integral da fatura alegando subcobrança, mas a perícia técnica comprovou o valor reduzido. O tribunal rejeitou os recursos das partes, destacando que não havia elementos suficientes para contestar as conclusões do laudo e que a cobrança deveria refletir o consumo real. (Valor Econômico - 11.09.2024)
Link ExternoMME e EPE divulgam caderno de parâmetros de custos do PDE 2034
No dia 9 de setembro, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) deram continuidade às publicações do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034 com a divulgação do Caderno de Parâmetros de Custos – Geração e Transmissão. Este documento fornece estimativas dos custos das fontes de geração elétrica consideradas para a expansão no PDE, bem como os custos referenciais para a expansão das interligações entre subsistemas. O caderno visa garantir transparência nos dados utilizados no Modelo de Decisão de Investimento (MDI) do PDE 2034, apresentando estimativas baseadas em informações nacionais e internacionais, e dados sobre a vida útil econômica dos equipamentos e os prazos contratuais para cada fonte nos leilões de energia. (EPE - 09.09.2024)
Link ExternoEditorial Folha de São Paulo: “Energia cara é um gargalo da economia brasileira”
Em editorial, o jornal Folha de São Paulo critica o alto custo da energia no Brasil, argumentando que "empresas brasileiras pagam muito mais que seus concorrentes nas modalidades principais, da energia elétrica ao gás natural". Segundo o texto, "a causa é o acúmulo de políticas mal desenhadas e a submissão a interesses particulares que encontram guarida no governo e no Congresso Nacional". Leia na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 11.09.2024)
Ver PDFTransição Energética
MMA/Capobianco: Brasil cumpriu meta de emissões até 2020 e agora discute a de 2035
O secretário-executivo do ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco, anunciou que o Brasil cumpriu a meta de emissões de gases de efeito estufa de 2020 e agora está discutindo a meta absoluta para 2035. O objetivo final é alcançar a neutralização total das emissões de gases de efeito estufa até 2050. Capobianco participou de um evento da Amcham sobre financiamento da agenda climática e afirmou que o Plano Clima, que faz parte do plano nacional de ações para combater as mudanças climáticas, terá um planejamento de médio prazo até 2035, com ajustes e revisões a cada quatro anos. A meta para 2035 é considerada a mais ambiciosa e está em construção para ser apresentada antes da COP 30, a conferência das Nações Unidas sobre o clima que acontecerá no próximo ano em Belém (PA). O Brasil vem enfrentando críticas internacionais por não estar fazendo o suficiente para combater as mudanças climáticas, e a meta para 2035 é vista como uma tentativa de mudar essa percepção e se alinhar com os objetivos do Acordo de Paris. (Broadcast Energia – 10.09.2024)
Link ExternoBrasil defenderá nova meta de financiamento climático e mercado de carbono na COP29
O Brasil irá defender a mobilização de recursos financeiros para o financiamento climático nas economias em desenvolvimento e a conclusão de um acordo sobre créditos de carbono na COP29, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que acontecerá de 11 a 24 de novembro em Baku, no Azerbaijão. O embaixador extraordinário para a mudança do clima do Itamaraty, Luiz Alberto Figueiredo Machado, afirmou que existe uma expectativa em se chegar a uma nova meta coletiva de financiamento climático em Baku, já que os recursos nunca chegaram ao nível prometido pelos países desenvolvidos em 2009, e a necessidade de financiamento passou para a casa dos trilhões de dólares. Além disso, será importante concluir um artigo previsto no Acordo de Paris sobre o mercado de carbono, que é fundamental para a arquitetura da mobilização de fundos para as ações necessárias ao enfrentamento das mudanças climáticas. O acesso aos recursos financeiros é complexo, e encontrar formas de destravar esses recursos, assegurando, entre outros objetivos, uma transição energética justa, estará no centro das discussões na COP de Baku. O secretário de inovação do ministério da Agricultura, Pedro Neto, disse que a agropecuária brasileira está comprometida com o desenvolvimento sustentável e que o clima é um ativo do setor, que passou por uma transformação nas últimas cinco décadas, quando o Brasil passou de importador ao principal fornecedor de alimentos do mundo, sendo fundamental na segurança alimentar de outros países. (Broadcast Energia – 10.09.2024)
Link ExternoBNDES/Costa: Banco apoiará segunda onda de transição energética e terá linha para SAF
O Brasil, que já possui uma matriz energética com 89% de sua geração de energia elétrica vinda de fontes renováveis, agora precisa entrar na segunda onda da transição energética, produzindo hidrogênio verde e combustível sustentável de aviação (SAF), segundo a diretora de infraestrutura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa. Durante um evento sobre financiamento climático promovido pela Amcham, Costa afirmou que o Brasil terá o hidrogênio verde mais barato do mundo até 2030 e que o mundo terá dificuldades em produzir a quantidade necessária de SAF sem a contribuição do país. O BNDES já trabalha com dois projetos e terá linhas de inovação para financiar mais projetos de SAF. A diretora ressaltou que o Brasil pode alcançar a neutralidade nas emissões de carbono antes de 2050, mesmo sem adotar novas tecnologias. Costa afirmou que o BNDES pretende trabalhar com o mercado de capitais e bancos privados e que está desalavancado, ou seja, tem espaço para apoiar projetos sustentáveis. Ela acrescentou que o mundo está investindo atualmente para chegar em 2050 à situação atual da matriz energética brasileira, a mais renovável entre as economias do G20. (Broadcast Energia – 10.09.2024)
Link ExternoPetrobras e Gerdau firmam acordo para avaliar negócios de baixo carbono
A Petrobras firmou um Memorando de Entendimento (MoU) com a Gerdau no intuito de avaliar oportunidades comerciais e potenciais parcerias em projetos envolvendo as diferentes tecnologias da descarbonização. Entre elas combustíveis de baixo carbono; hidrogênio e seus produtos; captura, transporte e armazenamento de carbono (CCUS). Outra frente em análise são projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) relativos à integridade de materiais em ambiente marítimo e de produção de aço via “redução direta” a gás natural. O processo é uma alternativa ao processo de produção de aço convencional, que utiliza gás natural em vez de carvão. O acordo tem caráter não vinculante, com um prazo de vigência de dois anos, e está alinhado às diretrizes estratégicas da companhia, que incluem iniciativas para descarbonizar operações e promover a transição energética. (Agência CanalEnergia - 10.09.2024)
Link ExternoValor e Amcham Brasil organizam summit sobre mudanças climáticas na sede da ONU
Em 19 de setembro, o Valor e a Amcham Brasil organizarão o "Brazil-US Climate Impact Summit" 2024 na sede das Nações Unidas em Nova York, reunindo autoridades, especialistas e líderes empresariais dos EUA e Brasil para discutir mudanças climáticas e transição energética. O evento celebra os 25 anos do Valor e os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países. A transição energética global, crucial para reduzir o uso de combustíveis fósseis e adotar fontes renováveis, exigirá cerca de US$ 4,5 trilhões anuais. O summit contará com quatro painéis abordando oportunidades e desafios da transição, e será patrocinado por empresas como Petrobras, Scala Data Centers, JBS e Banco do Brasil, com apoio institucional do Atlantic Council. O seminário, que terá cerca de 200 convidados e será transmitido ao vivo, destaca o papel de Brasil e EUA na liderança da transição energética. (Valor Econômico - 11.09.2024)
Link ExternoEmpresas
Eletrobras: Unificação e melhoria do sistema de monitoramento de ativos
A Eletrobras unificou seu sistema de geoprocessamento, o Protector. A investida teve investimentos de R$ 16 milhões e é pautada no reconhecimento da necessidade de monitoramento remoto de ativos e do desenvolvimento e aplicação de tecnologias que reduzem riscos. O principal objetivo é garantir a segurança de pessoas, dos ativos e do meio ambiente. Segundo o diretor de Licenciamento Ambiental da companhia, Jader Fernandes de Jesus, o monitoramento abrange todas as operações de geração e transmissão da empresa, permitindo acessos remotos, a qualquer momento, a todos os ativos da companhia e suas áreas de concessão. “O grande ponto é a unificação e concentração de toda inteligência que a companhia tem em um único ponto, traduzindo isso em ganha de confiabilidade para o Sistema Interligado Nacional”, declarou. (Agência CanalEnergia - 09.09.2024)
Link ExternoAES Brasil: Aprovada combinação de negócios com Auren
A AES Brasil e a Auren anunciaram que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a combinação de negócios das duas empresas. A agência aprovou a transferência de controle indireto da AES Brasil Operações, subsidiária integral da AES Brasil, e confirmou a mudança de controle que transformará a AES Brasil em uma subsidiária integral da Auren. A AES Brasil é a controladora da AES Comercializadora de Energia. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a AES Brasil informou ainda que aguarda a aprovação da Aneel para a mudança de controle da AES Tietê Integra Soluções em Energia e outras condições para finalizar a Combinação de Negócios. (Broadcast Energia – 10.09.2024)
Link ExternoRZK: Com foco em GD, companhia lança meta de fechar 2025 com 350 MWp em ativos
A RZK Energia quer chegar ao final de 2025 com um volume de 350 MWp em capacidade instalada. Atualmente, a companhia conta com 275 MWp entre projetos em operação e em construção e que estão com a parte financeira equacionada. Para avançar nos 75 MWp restantes para o atingimento da meta, a empresa prevê a emissão de mais de R$ 188 milhões em títulos e a chegada dos negócios em novos estados, como Ceará, Espírito Santo e Bahia. Segundo o CEO da RZK, Luiz Serrano, a maior parte dos investimentos da empresa estão em geração distribuída (GD) e a pretensão é aumentar cada vez mais a presença nesse mercado. “É ser no futuro uma distribuidora digital de energia sem ser concessionária”, define o executivo. Ainda, apostando na possível abertura do Ambiente de Contratação Livre (ACL) à baixa tensão, a companhia afirma que o foco dos negócios são os projetos enquadrados como GD 1 – sistemas de até 75 kW -, argumentando que ainda há um estoque considerável de projetos nesse campo. (Agência CanalEnergia - 09.09.2024)
Link ExternoEnel SP: Novo layout para as contas de luz mirando melhor comunicação ao cliente
A Enel Distribuição São Paulo, após pesquisa com os clientes, reformulou o layout de suas contas de energia. O novo modelo dá maior destaque a informações prioritárias, com o objetivo de facilitar a visualização e manter a comunicação direta com o consumidor, e alerta sobre atrasos, possíveis cortes por falta de pagamento e outras informações pertinentes. A ideia é ajudar o consumidor a encontrar as informações que mais importam com rapidez. “Queremos que a fatura seja cada vez mais uma ferramenta de gestão, não apenas do consumo mensal de energia, mas desse relacionamento como um todo”, afirma o diretor de Mercado da empresa, André Oswaldo. O formato passa a valer já em setembro e, em um primeiro momento, será entregue na versão impressa. No futuro, a distribuidora pretende replicá-la na versão online, bem como estender a adoção do novo modelo às concessões do Rio de Janeiro e do Ceará. (Agência CanalEnergia - 10.09.2024)
Link ExternoCPFL Energia: Nova diretoria comercial para a distribuição de energia
O Grupo CPFL Energia anunciou a nomeação de Gustavo Uemura como o novo diretor comercial das distribuidoras CPFL Paulista, CPFL Piratininga, CPFL Santa Cruz e RGE. O executivo, que liderou a área de suprimentos da empresa nos últimos sete anos, assume o novo cargo com a missão de fortalecer a estratégia comercial do grupo e aprimorar a relação com os mais de 10 milhões de consumidores atendidos pelas concessionárias. Uemura é engenheiro de produção, formado pelo Centro Universitário FEI, e possui mestrado em administração pela FGV e Columbia University. Também acumula mais de 25 anos de experiência nas áreas de compras, logística, planejamento, atendimento ao cliente e manufatura. (Agência CanalEnergia - 10.09.2024)
Link ExternoLeilões
MME inicia recebimento de previsões para leilões de energia nova A-4 e A-6
No dia 9 de setembro, o Ministério de Minas e Energia (MME) começou a receber as previsões de necessidade de compra para os leilões de energia nova A-4 e A-6 de 2025. As distribuidoras de energia devem submeter essas previsões para que sejam definidas as diretrizes dos leilões, que ocorrerão em agosto de 2025. O fornecimento começará em 1º de janeiro de 2029 para o leilão A-4 e em 1º de janeiro de 2031 para o A-6. As previsões devem ser registradas no site da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) até o dia 17 de setembro. O MME orienta que as informações sejam mantidas em sigilo até o término do processo licitatório. (Agência Eixos - 10.09.2024)
Link ExternoONS recebe autorização para leilões de redução temporária no consumo de energia por indústrias
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recebeu autorização da Aneel para realizar leilões destinados à contratação de reduções temporárias no consumo de energia por grandes indústrias, com contratos de até um ano. Esse novo recurso, que visa aprimorar o programa de resposta da demanda iniciado em 2018, permitirá ao ONS planejar reduções de longo prazo e não apenas de curto prazo, como é feito atualmente. As indústrias interessadas poderão fazer ofertas para reduzir o consumo em períodos de pico, com as propostas sendo aceitas a partir de outubro deste ano para períodos de quatro meses. Os leilões podem ser realizados até 2026, e as empresas serão remuneradas com uma combinação de receita fixa e variável baseada no preço de liquidação das diferenças (PLD. (Folha de São Paulo - 10.09.2024)
Link ExternoOferta e Demanda de Energia Elétrica
ONS/PMO: Armazenamento deve terminar abaixo dos 50% em dois dos quatro submercados do SIN
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou nesta sexta-feira, 06, o Programa Mensal de Operação (PMO) que estima que o volume de energia armazenada nos reservatórios das hidrelétricas termine setembro abaixo dos 50% em dois dos quatro submercados do Sistema Interligado Nacional (SIN). No Sudeste/Centro-Oeste, que é considerado a caixa d'água do país e responde pela maior parte da capacidade de armazenamento nacional, a Energia Armazenada (EAR) deve encerrar o mês em 47,4%, 6,2 pontos porcentuais (p.p.) menor que o nível atual e 0,6 p.p. abaixo do esperado na semana passada. Para o Nordeste, a previsão é de redução dos atuais 54,6% para 50,7% no último dia de mês, com expectativa 0,7 p.p. menor frente ao projetado anteriormente. No Norte, a expectativa é que a EAR saia dos atuais 78,4% da capacidade para 74,6%. A previsão é 0,3 p.p. menor que a divulgada na sexta-feira passada. A região Sul foi a que teve a maior redução na projeção de armazenamento, com expectativa de queda do armazenamento dos atuais 60,9% para 43,9% em 30 de setembro, 4,4 p.p. menor que a divulgada na semana passada. O volume de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas deve ficar abaixo da média em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN), com piora das expectativas em quase todos os subsistemas, exceto no Norte. O Sudeste/Centro-Oeste deve terminar o mês com a Energia Natural Afluente (ENA) em 49% da Média de Longo Termo (MLT), ou 9.583 megawatts médios (Mwmed), 1 p.p. mais baixa que a da semana passada. O Sul deve registrar ENA de 36% da MLT, ou 4.128 Mwmed, ao fim de setembro, com volume 6 p.p. menor que o calculado na semana passada. No Nordeste, a expectativa de afluência caiu para 1.268 MWmed, ou 43% da MLT, e no Norte, a previsão aumentou 2 p.p. e foi para 49% da MLT. (Broadcast Energia – 10.09.2024)
Link ExternoArmazenamento das hidrelétricas brasileiras enfrenta queda devido à pior seca em 94 anos
Nos últimos meses, o nível de armazenamento das hidrelétricas brasileiras tem diminuído significativamente devido à pior seca em 94 anos, o que gera preocupações sobre uma possível crise energética semelhante à de 2021. Embora o quadro não seja considerado alarmante ainda, a situação pode piorar se as chuvas esperadas a partir do fim de novembro não ocorrerem. O fenômeno El Niño causou seca em grande parte do país e chuvas intensas no Sul, enquanto o Brasil passou a um período de neutralidade com possíveis efeitos de La Niña, que pode trazer mais chuvas ao Norte e seca ao Sul. Apesar da baixa afluência dos rios e do aumento nas tarifas de energia devido ao acionamento de termelétricas, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) garante que há recursos suficientes para atender a demanda. Medidas para garantir o suprimento elétrico incluem maior uso de energia eólica e solar e acionamento de térmicas a gás natural liquefeito. O consultor Edvaldo Santana alerta que a média histórica para operação dos reservatórios pode estar superestimada devido ao impacto das mudanças climáticas. (Valor Econômico - 11.09.2024)
Link ExternoMobilidade Elétrica
China lidera desenvolvimento de veículos autônomos e desafia Tesla com avanços em IA
A China está liderando o desenvolvimento de veículos com condução autônoma, rivalizando com sua liderança no mercado de veículos elétricos. Empresas chinesas como XPeng e Huawei estão intensificando a competição no setor de software de assistência ao motorista, utilizando inteligência artificial para simular padrões de condução humana e lidar com diversas situações de tráfego. Apesar de a tecnologia ainda exigir supervisão humana, a China busca dominar este setor e desafiar líderes como a Tesla. Com consumidores chineses mais receptivos à condução autônoma e um ecossistema favorável, empresas como XPeng e BYD estão avançando rapidamente, enquanto os EUA monitoram possíveis riscos de segurança nacional associados ao software chinês. Embora a tecnologia chinesa ainda não esteja amplamente disponível nos EUA devido a tarifas e restrições, a indústria automotiva da China continua a crescer, com novos chips e inovações no horizonte. (Valor Econômico - 10.09.2024)
Link ExternoEnergias Renováveis
Novo subsídio da GD solar vai encarecer conta de luz, alertam associações
Dez entidades do setor elétrico brasileiro publicaram uma carta criticando uma emenda ao Projeto de Lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020), aprovada no Senado, que estende de 12 para 30 meses o prazo de transição da Geração Distribuída (GD) e amplia os subsídios até 2045 para projetos de Minigeração Distribuída. A medida, segundo a nota, aumentará em 15% os benefícios concedidos, que já impactam em 13,5% a tarifa dos consumidores residenciais que não possuem GD. As entidades alertam que os subsídios beneficiam principalmente consumidores de alta renda e grandes empresas, enquanto consumidores de baixa renda são prejudicados. (Agência CanalEnergia - 09.09.2024)
Link ExternoBrasol emite R$ 400 mi em debêntures para expandir capacidade de usinas solares
A Brasol, uma empresa de energia renovável com investimentos significativos da BlackRock e da Siemens, anunciou a emissão de R$ 400 milhões em debêntures simples para financiar sua expansão por meio da construção e aquisição de usinas solares. O CEO Ty Eldridge destacou que o foco são projetos de infraestrutura voltados a grandes consumidores e que parte dos recursos será destinada a soluções de armazenamento de energia. Com o apoio da BlackRock, a Brasol visa investir cerca de R$ 1 bilhão em novos projetos e aquisições, aumentando sua capacidade instalada de 150 MWp para 500 MWp até o final de 2025. Recentemente, a empresa adquiriu projetos solares da BC Energia e planeja investir R$ 250 milhões em 13 parques e R$ 800 milhões em 35 usinas solares. Esse movimento se insere em um contexto de consolidação no setor de geração distribuída no Brasil, onde outras empresas também estão investindo pesadamente em energia renovável. (Valor Econômico - 11.09.2024)
Link ExternoEngie é autorizada a testar operação de novas turbinas de usina eólica na Bahia
A Engie recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para testar novas turbinas de uma usina eólica construída na Bahia. As unidades geradoras (UG) 1 a 6, de 4,5 megawatts cada, da usina Serra do Assuruá 9, localizada na cidade de Gentio de Ouro, poderão ser testadas. A Uberaba Energia também foi autorizada a operar comercialmente a única UG da usina termelétrica Uberaba 2, de 50 MW, em Minas Gerais. A Aneel ainda permitiu que a Pontal Energy opere comercialmente a UG 4, de 4,2 MW, da usina eólica Brejinhos B, em Caetité, na Bahia. Por fim, a Usina Cerradinho recebeu autorização para operar comercialmente a UG 1, de 19,5 MW, da termelétrica Cerradinho MS1, em Maracaju, no Mato Grosso do Sul. As autorizações foram publicadas no Diário Oficial da União. (Broadcast Energia – 10.09.2024)
Link ExternoAtlas Renewable fecha financiamento para planta solar na Colômbia
O BID Invest, o Bancolombia e a Atlas Renewable Energy fecharam um contrato de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento da usina solar fotovoltaica Shangri-La, de 201 MWp, em Tolima, Colômbia. O financiamento de US$ 113 milhões permitirá adicionar 160 MWac de capacidade ao sistema elétrico do país, gerando cerca de 403,7 GWh de energia limpa por ano e evitando a emissão de 162 mil toneladas de CO2. Este projeto, o maior financiado pelo BID Invest na Colômbia e o primeiro da Atlas no país, fortalece a matriz energética e a resiliência do sistema, apoiando a transição energética. Além disso, o BID Invest incentivará a participação feminina na força de trabalho local, com a meta de 15%. (Agência CanalEnergia - 10.09.2024)
Link ExternoChina amplia controle sobre cadeia global de energia renovável
No último ano, a China ampliou significativamente seu controle sobre a cadeia global de fornecimento de energia renovável, com empresas chinesas dominando o mercado de painéis solares e turbinas eólicas. A participação das empresas chinesas entre os cinco principais fornecedores aumentou em 21 categorias, superando 30% em 13 casos. As empresas de painéis solares chinesas dominaram o mercado, enquanto a Goldwind Science & Technology superou a Vestas na liderança de turbinas eólicas. No setor de veículos elétricos, a BYD ampliou sua participação de mercado, aproximando-se da Tesla. Apesar das preocupações dos EUA e da Europa, que intensificaram tarifas e investigações contra práticas comerciais chinesas, o governo chinês continua a apoiar fortemente a indústria de energia renovável com substanciais subsídios. No entanto, em outras áreas, como a subscrição de ações, as empresas chinesas enfrentaram declínios devido a uma desaceleração econômica e restrições a listagens no exterior. (Valor Econômico - 11.09.2024)
Link ExternoMercado Livre de Energia Elétrica
CCEE/Gerusa Cortes: Presença feminina independente de lei ou regulação
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) vem promovendo a equidade de gênero e a diversidade em seu quadro de funcionários e liderança, independentemente de imposições legais ou regulatórias. Segundo Gerusa Cortes, vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE, a instituição busca equiparar a proporção de mulheres em cargos de liderança à de colaboradores em geral, com a meta de alcançar 45% de participação feminina em cargos gerenciais até 2025. O programa "Mulheres em Fase", criado em 2022, visa desenvolver a autoconfiança e as habilidades das mulheres para cargos de liderança. Além disso, a CCEE também implementa ações de inclusão para pessoas com deficiência e promove a diversidade em áreas como raça, LGBTQIAPN+, e gerações. A instituição entende que um quadro mais diverso impulsiona a inovação e a criatividade, especialmente em setores emergentes, como o de energias renováveis. (Agência CanalEnergia - 09.09.2024)
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