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IFE
06/09/2024

IFE Diário 6.032

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

IFE
06/09/2024

IFE nº 6.032

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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IFE Diário 6.032

Regulação

Artigo GESEL: "Mais um leilão de transmissão com aprimoramentos regulatórios"

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL), Lillian Monteath (pesquisadora plena do GESEL-UFRJ) e Isabela Ramagem (pesquisadora associada do GESEL-UFR) tratam do Leilão nº 02/2024 de transmissão de energia elétrica, aprovado pelo TCU e publicado pela ANEEL, que permitirá contratos de longo prazo indexados ao IPCA. O leilão inclui a licitação de ativos existentes, como subestações e linhas de transmissão cujas concessões estão próximas do vencimento, o que é inovador no setor. O TCU avaliou que a licitação dos ativos existentes é viável e minimiza riscos regulatórios, apesar das objeções de alguns agentes durante a Consulta Pública nº 04/2024, que preferiam a prorrogação das concessões. A ANEEL foi orientada a realizar estudos conclusivos para fundamentar a decisão entre licitação ou prorrogação. O leilão, com investimento previsto de R$ 3,35 bilhões e geração de cerca de 7.000 empregos, marca uma nova etapa no modelo de contratação de ativos de transmissão e pode oferecer importantes aprendizados e aprimoramentos para o setor. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 06.09.2024)
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Aneel aciona bandeira vermelha patamar 1 após correção de dados do PMO pelo ONS

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta quarta-feira (4/9) o acionamento da bandeira vermelha patamar 1 para os consumidores do País. A redução do patamar da bandeira vermelha ocorre após a correção de informações do Programa Mensal de Operação (PMO) de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema (ONS). Diante dessa alteração, a Aneel solicitou para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) avaliação das informações e recálculo dos dados, o que indicou o acionamento da bandeira vermelha patamar 1. Nesse patamar serão cobrados R$ 4,463 para cada 100 quilowatt-hora consumidos. Além disso, a diretoria da Aneel definiu que serão instaurados processos de fiscalização para auditar os procedimentos dos agentes envolvidos na definição da PMO e cálculo das bandeiras. Importante esclarecer os consumidores que a mudança é válida a partir de 1° de setembro. Para as contas que já foram faturadas, a devolução será feita até o segundo ciclo posterior à constatação do ajuste, conforme disposto no artigo 323, parágrafo 3° da Resolução Normativa 1000 que trata dos direitos e deveres dos consumidores. (Aneel – 04.09.2024)
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Aneel abre consulta para regulamentar antecipação de recebiveis da Eletrobras

A Aneel abriu consulta pública para regulamentar a criação de cotas extraordinárias da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que servirão como garantia para a antecipação de recebíveis da Eletrobras e para o fluxo de recursos necessários à quitação dos empréstimos relacionados às contas Covid e Escassez Hídrica. Esta medida, prevista na Medida Provisória 1212 de abril de 2024, visa promover a modicidade tarifária e foi estabelecida em conjunto com os ministérios de Minas e Energia e da Fazenda. A antecipação de recebíveis foi assinada com um sindicato de bancos em agosto e a cota extra, que será paga pelos consumidores do mercado regulado até 2027, cobre possíveis inadimplências da Eletrobras. A fase de contribuições para a regulamentação da MP começou em 4 de setembro e vai até 13 de setembro, com sugestões sendo recebidas pelo e-mail cp020_2024@aneel.gov.br. (Agência CanalEnergia - 04.09.2024)
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Aneel aprova CP para transferência de controle da Amazonas Energia 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu uma consulta pública para tratar do plano de transferência de controle da Amazonas Energia do Grupo Oliveira para os fundos de investimentos Futura e FIP Milão, controlados pelo grupo J&F. O plano prevê que os novos controladores assumirão, respectivamente, 61,13% e 30% da participação na empresa. Além disso, é previsto um equacionamento do endividamento da companhia, com a conversão de R$ 10 bilhões da dívida existente em aumento de capital da concessionária, ainda em 2024. A área técnica da Aneel identificou que isso equacionaria o problema de endividamento da empresa, permitindo, inclusive, a exclusão do cadastro de inadimplência. A consulta pública terá duração de 10 dias e o processo está em andamento com base na Medida Provisória nº 1.232, publicada pelo governo para possibilitar a troca de controle da concessionária. Em novembro de 2023, a agência reguladora recomendou ao Ministério de Minas e Energia (MME) a caducidade da concessão. O MME optou pela troca de controle flexibilizando regras, entendendo que a caducidade seria mais 'cara' para o consumidor. O plano de transferência do controle pode prever, a critério da Aneel, a cobertura da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) para flexibilizações temporárias em parâmetros regulatórios de eficiência por até 3 ciclos tarifários. Ou seja, 15 anos. (Broadcast Energia – 05.09.2024) 
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TCU determina levantamento sobre ações de enfrentamento da crise hídrica

O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, em 4 de setembro, que uma análise imediata das ações do governo, da Aneel e do ONS para enfrentar a crise hídrica deve ser realizada. A proposta do ministro Benjamin Zymler, que foi aprovada por unanimidade, visa auditar as medidas adotadas para lidar com a estiagem severa e evitar problemas semelhantes aos do passado. O presidente do TCU, Bruno Dantas, sugeriu um levantamento preliminar para orientar uma possível auditoria mais detalhada. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico recomendou ao ONS o uso de critérios menos restritivos na operação do sistema e a possibilidade de despacho de usinas térmicas fora da ordem de mérito. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que, apesar da crise atual, a situação é mais confortável comparada a crises passadas e que os recursos disponíveis permitem manter a bandeira tarifária em níveis controláveis. (Agência CanalEnergia - 04.09.2024)
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TCU defende ajuste na repactuação das hidrelétricas após custos adicionais de R$ 33,5 bi

O ministro do TCU Jorge Oliveira propôs arquivar uma representação contra a Aneel sobre possíveis irregularidades na repactuação de contratos das hidrelétricas Teles Pires, Jirau e Santo Antônio, conhecida como risco hidrológico. Apesar das usinas terem enfrentado problemas de seca entre 2010 e 2013 e a Aneel ter feito uma repactuação em 2015 para minimizar prejuízos, a auditoria do TCU indicou que as usinas continuaram negociando energia excedente no mercado livre, possivelmente a um sobrepreço para os consumidores. O TCU defende que os termos da repactuação deveriam ser ajustados para refletir melhor a energia realmente comercializada, já que o custo adicional repassado aos consumidores superou R$ 33,5 bilhões entre 2016 e 2021. Entretanto, tanto a Aneel quanto o Ministério Público do TCU argumentam que não houve irregularidade e que a legislação vigente não proíbe tal prática. (Folha de São Paulo - 04.09.2024) 
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Consumidores enfrentarão custo de R$ 100 bi em ineficiências e subsídios na conta de luz

Um estudo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Livres de Energia (Abrace) revelou que os consumidores brasileiros enfrentarão um custo de mais de R$ 100 bilhões em ineficiências e subsídios na conta de luz em 2024, representando mais de 27% do custo total do setor elétrico do país, que é de R$ 366 bilhões. Apesar de ter energia abundante e barata, o Brasil possui tarifas de eletricidade extremamente altas, superiores até mesmo às de países de baixa renda. O estudo, parte do "Índice Brasil do Custo da Energia", destacou ineficiências ocultas como altos custos de energia contratada compulsoriamente e encargos como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A Abrace defende que esses encargos sejam cobertos pelo Tesouro Nacional e critica a influência política que tem inflacionado os custos e atrasado a modernização do setor. O governo enfrenta desafios na gestão do setor elétrico, com projetos de lei parados e decisões pendentes que contribuem para a ineficiência e altos custos. (Valor Econômico - 05.09.2024)
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Transição Energética

Senado aprova incentivos ao hidrogênio verde

O Senado aprovou o PL 3.027/2024, que estabelece regras para o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), como parte do marco regulatório da pauta verde. Este projeto visa corrigir questões técnicas deixadas pelo veto do PL 2308/23 e prevê a concessão de créditos fiscais para a comercialização de hidrogênio de baixa emissão produzido no Brasil, totalizando R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032. O novo PL redefine objetivos e metas para o desenvolvimento do mercado interno de hidrogênio, com prioridade para setores industriais e transporte pesado. A medida tem caráter autorizativo, e o governo não é obrigado a conceder os créditos. Os projetos selecionados devem seguir critérios de menor intensidade de emissões e maior potencial de adensamento da cadeia nacional. A aprovação do projeto é vista como um avanço significativo para a indústria de baixo carbono no Brasil. (Agência CanalEnergia - 05.09.2024)
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Senado aprova projeto Combustível do Futuro

O Senado aprovou, em 4 de setembro, o texto base do PL 528/2020, conhecido como "Combustível do Futuro", que institui programas para diesel verde, combustível sustentável para aviação e biometano, entre outros. O projeto, aprovado com uma única votação contrária, prevê aumento na mistura de etanol na gasolina e de biodiesel no diesel. Modificado pelo Senado, o texto retorna à Câmara dos Deputados para nova análise. Inclui também o Programa Nacional de Descarbonização do Gás Natural e incentiva o uso do biometano, com metas anuais de redução de emissões. O Ministério de Minas e Energia e a Associação Brasileira do Biogás destacaram a importância do projeto para a sustentabilidade da matriz energética brasileira e a descarbonização do setor. (Agência CanalEnergia - 05.09.2024)
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Importações brasileiras de produtos de transição energética da China somam US$ 4,96 bi

Entre janeiro e agosto de 2024, a importação brasileira de produtos relacionados à transição energética, como carros elétricos, híbridos, painéis solares e baterias de íon de lítio provenientes da China, totalizou US$ 4,96 bilhões, representando 12,2% das importações da China para o Brasil. Essa proporção aumentou de 9,6% no ano passado e 2,7% em 2019. Esses itens verdes representam 2,9% das importações totais brasileiras, em comparação com 0,5% em 2019. A crescente participação desses produtos na pauta de importação reflete a estratégia da China de expandir sua presença no mercado global de tecnologias verdes e está alinhada com seus planos de longo prazo, como os “China 2025” e “China 2030”. Apesar das barreiras tarifárias em vigor, o Brasil continua sendo um importante destino para esses produtos chineses, que dominam a oferta de itens como painéis solares e baterias no país. (Valor Econômico - 06.09.2024)
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Estudo aponta que gás está bloqueando avanço do hidrogênio verde

Um estudo da Energy Science & Engineering apontou que a infraestrutura existente de gás natural é amplamente incompatível com o hidrogênio e não pode ser reutilizada sem reformas extensivas e dispendiosas. Os autores descobriram que os planos globais de misturar hidrogênio aos sistemas de gás natural como uma tentativa de prolongar a vida útil da infraestrutura de gás vão, na verdade, atrasar o desenvolvimento da cadeia do hidrogênio. Segundo o texto, cada parte da infraestrutura de gás existente, desde dutos até aparelhos de uso final, enfrenta desafios técnicos, de segurança, ambientais e econômicos quando reutilizados para o hidrogênio. O estudo é revisado por pares e coassinado por especialistas em hidrogênio do Reino Unido, Austrália, Canadá e EUA. A equipe inclui membros do grupo independente de especialistas Hydrogen Science Coalition e Ilissa Ocko, conselheira sênior do enviado presidencial especial dos EUA para o Clima, John Kerry. (Agência CanalEnergia - 04.09.2024) 
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AES Brasil aposta em livro sobre certificação de hidrogênio verde

Como forma de contribuir para esse debate e para o avanço na obtenção das certificações de projetos de H2V no país, a AES Brasil viabilizou a produção e a publicação do livro “Certificação de Hidrogênio: Aspectos Comerciais, Geopolíticos e Tecnológicos”, escrito por Guilherme Dantas, pesquisador sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e sócio diretor da Essenz Soluções. O livro é um dos resultados do projeto “Habilitadores técnicos e regulatórios para a criação de um mercado de hidrogênio verde síncrono no Brasil”, do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que também contou com contribuição da Sun Mobi. (Agência CanalEnergia - 05.09.2024) 
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Braskem faz parceria com universidade da Itália focada em conversão de CO2

A Braskem e a Università Ca’Foscari Venezia, da Itália, anunciaram uma colaboração para desenvolver rotas tecnológicas catalíticas com o objetivo de transformar o CO2 em carbonatos orgânicos e outros produtos de alto valor agregado. A parceria, válida por três anos, prevê que a petroquímica atue no desenvolvimento de tecnologias em escala, em conjunto com a universidade italiana, conduzindo também experimentos em seus próprios laboratórios. Os carbonatos orgânicos têm aplicações amplamente estabelecidas em mercados consolidados, mas também podem ser utilizados em outros mercados promissores em ascensão, como eletrólitos para baterias veiculares. Além disso, a tecnologia a ser desenvolvida tem o potencial de reduzir as emissões dos processos químicos, uma vez que utiliza o CO2 previamente capturado das fontes que o emitem, bem como entregar ao mercado um produto com menor pegada de carbono comparado à rota tradicional (base fóssil). (Agência CanalEnergia - 05.09.2024)
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Países deverão aumentar ambição para alcançar metas de Paris 

Os países deverão aumentar sua ambição para que a meta do Acordo de Paris de limitar a elevação da temperatura média global em até 1,5 graus Celsius seja mantida. Diante dessa necessidade que deverá ser tratada na COP 29, em novembro em Baku, no Azerbaijão e depois, em 2025 em Belém, no Brasil, o país ganha um importante holofote sobre suas pretensões de ser o líder na transição energética global. Isso se deve ao fato de que o país está na presidência do G20 atualmente e traz os assuntos relacionados ao grupo, ao mesmo tempo ocupará a presidência o Mercosul e da COP até o evento de novembro do ano que vem. De acordo com a CDP, organização sem fins lucrativos que administra a maior plataforma mundial de dados ambientais, a perspectiva com a COP deste ano está centrada em no acordo da Nova Meta Quantificada Coletiva sobre Financiamento Climático, ou NCQG. Este tem como função fornecer uma avaliação do progresso e desatacando as principais ações concretas que precisam ser tomadas para alcançar o estabelecido no Acordo de Paris. E ainda, abre caminho para que os países atualizem suas NDCs até 2025. Raíssa Saré, Lead de Engajamento Político do CDP Latin America, lembra que esse fator fará com que a COP 30, no Brasil, seja a primeira a ocorrer sob as revisões dessas metas dos países. (Agência CanalEnergia - 04.09.2024) 
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ONEE: Um mês para o fim das inscrições

A edição 2024 da Olimpíada Nacional de Eficiência Energética (ONEE), que visa engajar estudantes em atividades que promovam a eficiência energética e a sustentabilidade, já conta com 48,4 mil participantes. As inscrições são gratuitas e estão abertas até 4 de outubro. A expectativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), realizadora da competição, é alcançar 200 mil alunos do 8º e 9º anos de escolas públicas e particulares, além de 9,6 mil professores e 3,1 mil escolas de todo o país. As avaliações serão em 7 e 12 de outubro, os resultados serão divulgados em 25 de outubro e a premiação acontecerá em novembro, em Brasília. Além da distribuição de medalhas, haverá a entrega de notebooks para os primeiros colocados de cada estado. Ademais, os medalhistas da ONEE estarão automaticamente classificados para a segunda fase da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) de 2025. (Aneel – 04.09.2024)
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Artigo de Emanuele Cappellano: "Justiça climática e a descarbonização da mobilidade"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Emanuele Cappellano (CEO da Stellantis) trata da urgência de enfrentar os impactos das mudanças climáticas, destacando que os fenômenos extremos, como as recentes enchentes no Rio Grande do Sul, demonstram a gravidade da situação. Cappellano enfatiza que, sem políticas climáticas eficazes, a temperatura global pode aumentar cerca de 5°C até 2100, afetando 3 bilhões de pessoas e forçando migrações em massa. Ele ressalta a importância das próximas conferências da COP29 e COP30 para discutir a mitigação de carbono e a adaptação aos eventos climáticos extremos. O CEO destaca o potencial do Brasil em liderar a descarbonização e a inovação na mobilidade sustentável, aproveitando sua matriz energética renovável e o programa Mover, que promove o uso de combustíveis renováveis e tecnologias híbridas. Com um investimento de R$ 32 bilhões, a Stellantis pretende lançar novas tecnologias e veículos, alinhando-se com o compromisso global de neutralizar emissões de carbono e impulsionar a economia nacional. (GESEL-IE-UFRJ – 06.09.2024)
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Empresas

Eletrobras capta US$ 750 mi com alta demanda e taxa abaixo da prevista

A Eletrobras realizou uma captação internacional de US$ 750 milhões, com demanda quase quatro vezes maior que a oferta, refletindo o interesse dos investidores estrangeiros em papéis brasileiros. Os títulos da Eletrobras, com vencimento em dez anos e taxa de 6,75%, tiveram o menor prêmio pago pela empresa em suas emissões, abaixo da faixa prevista. A Petrobras também fez uma captação de US$ 1 bilhão com forte demanda, obtendo uma taxa de 6,25%, o menor spread desde 2011. Esses movimentos indicam uma janela promissora para emissões de empresas brasileiras, embora o volume futuro dependa das condições econômicas dos EUA e das decisões do Federal Reserve. Desde janeiro, o total captado por empresas brasileiras com bonds superou US$ 18 bilhões, ultrapassando o montante do ano passado. (Valor Econômico - 05.09.2024) 
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Eletrobras/Siemens: Acordo para modernização de ativos de transmissão no SIN

A Siemens Energy fechou uma série de contratos com a Eletrobras que visam a modernização e a revitalização de ativos de transmissão no Sistema Integrado Nacional (SIN). O escopo dos contratos inclui a renovação de subestações, a substituição de disjuntores, e o fornecimento de novos bancos série de compensação reativa e de sistemas de monitoramento de transformadores para correntes contínuas de alta tensão (HVDC). O negócio de equipamentos e soluções soma mais de R$ 300 milhões e abrange territórios em diversos estados, como o Rio de Janeiro, Maranhão, Pará, Mato Grosso e Rondônia. Segundo o vice-presidente sênior da companhia para a América Latina, André Clark, investimentos substancias em infraestrutura são essenciais para o aproveitamento do potencial de geração renovável brasileiro, e essa parceria tem sinergias com busca por resiliência e segurança do sistema para dar suporte à transição energética. (Agência CanalEnergia - 04.09.2024)
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Itaipu: Convênio com a PF para fortalecer o combate a crimes na fronteira

A Itaipu Binacional assinou um convênio de cooperação com a Polícia Federal e o Itaipu Parquetec para o desenvolvimento do projeto Áspide Tecnológico. O objetivo da iniciativa é ampliar as soluções tecnológicas aplicadas no combate aos crimes na região transfronteiriça, abrangendo o reservatório de Itaipu. O investimento total é de R$ 22,8 milhões e inclui a aquisição de equipamentos modernos de observação - como drones e câmeras para monitoramento tático – e desenvolvimento de pesquisas de soluções em Internet das Coisas (IoT) e inteligência artificial para análise de dados - como o reconhecimento facial. Além disso, está prevista a criação de uma rede de comunicação entre os agentes para aprimorar a segurança regional. (Agência CanalEnergia - 05.09.2024)
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Hitachi anuncia investimento de US$ 200 mi em expansão e nova fábrica no Brasil

A Hitachi Energy anunciou que investirá US$ 200 milhões na expansão de sua planta em Guarulhos e na implantação de uma nova fábrica em local a ser definido ao longo dos próximos quatro anos. Nos primeiros dois anos, o aporte será feito na expansão da capacidade da fábrica de Guarulhos, incluindo uma nova sala de testes para transformadores, e na contratação de mais 150 funcionários. A previsão é que a nova unidade tenha 40 mil metros quadrados de área construída e 300 mil de área. A ideia é replicar cerca de 80% do repertório da planta de Guarulhos e contratar mais 450 funcionários no local, que ainda está em definição. O executivo destacou que a fábrica será no eixo Rio-São Paulo para aproveitar a infraestrutura. A expectativa é dobrar a capacidade fabril atual. Todo o recurso empregado nos novos aportes serão da própria companhia. (Broadcast Energia – 05.09.2024) 
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Hitachi/Amjad: Regra para modernizar rede traria investimento ao Brasil

O diretor executivo de Marketing e Vendas Global da Hitachi Energy, Noaman Amjad, avalia que a adoção de um arcabouço regulatório que incentive a modernização da infraestrutura de energia é uma das pendências quando se fala em atração de investimentos para o setor no Brasil. Para o executivo, uma boa estrutura legal e regulatória foi um dos motivadores para o País atrair tantos investimentos em geração de energia renovável na década passada. Ele cita como exemplo a adoção de subestações digitais, algo que o mundo tem usado por décadas, mas que no Brasil há poucas unidades. Além disso, ele avalia que a regulação deveria permitir ou até mesmo incentivar a adoção de novas tecnologias em segmentos como o de transmissão. Com o avanço tecnológico, é possível fazer mais com menos eletricidade, mas destacou a necessidade de modernização das redes. Para o executivo, diante da movimentação de vários países buscando reduzir suas emissões, sobretudo, em energia, ainda que com diferentes prazos, a forma de planejamento da cadeia de suprimentos mudou e isso precisa ser considerado pelos países que querem garantir o cumprimento de seus planos. A Hitachi Energy tem participação com produtos e soluções em mais de 50% das usinas eólicas e solares no País. A empresa completa, neste mês, 70 anos de atuação no País, por meio de sua fábrica em Guarulhos, em São Paulo. Tem também uma unidade em Blumenau, em Santa Catarina. Ambas as plantas atendem tanto o mercado interno quanto exportam. Segundo Amjad, a fábrica paulista é a segunda maior de sistemas de corrente contínua em alta tensão (HVDC, na sigla em inglês) do grupo. (Broadcast Energia – 05.09.2024) 
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Light: Assembleia com credores internacionais é reagendada

A Light anunciou que a assembleia de credores internacionais abrangidos pelo procedimento de ‘Scheme of Arrangement’ foi reagendada para o dia 17 de outubro de 2024, às 14 horas. A companhia também informou que, em virtude do reagendamento, a audiência perante a Corte Inglesa para confirmação do procedimento está agora prevista para ocorrer no dia 28 de outubro se 2024. A decisão, todavia, não afeta o meio de realização da assembleia dos ‘bondholders’, que continuará a ser exclusivamente de forma virtual. (Agência CanalEnergia - 05.09.2024)
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bp: Nova presidência no Brasil

O novo presidente da bp no Brasil é Andres Guevara de la Veja. O executivo conta com uma larga experiência internacional no setor de energia, incluindo diversas funções no segmento de Upstream, comercialização e, mais recentemente, energia de baixo carbono. Na bp, ao longo de quase 20 anos, ocupou cargos de operação, planejamento e gestão. Atualmente, além da presidência brasileira, ele exerce os cargos de presidente do conselho da JV bp Bunge Bioenergia e de diretor não executivo do conselho da Pan American Energy. (Agência CanalEnergia - 04.09.2024)
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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

Alckmin assegura que não há risco de falta de energia no Brasil apesar da seca

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, garantiu que não há risco de falta de energia no Brasil, apesar da queda nos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Em resposta a uma pergunta sobre a situação hídrica, Alckmin ressaltou que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está preparado para acionar usinas térmicas se necessário e que o país tem gerenciado bem a crise hídrica. Ele reconheceu que o Brasil enfrenta a maior seca desde a década de 50, mas destacou a importância das políticas ambientais e lembrou que, durante a grave seca de 2013 e 2014 em São Paulo, medidas como a interligação de sistemas ajudaram a evitar apagões. (Valor Econômico - 05.09.2024) 
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Setor elétrico enfrenta crise com seca e previsão de chuvas abaixo da média

A seca atual no Brasil, somada à previsão de chuvas abaixo da média, ao aquecimento econômico e às mudanças no padrão de consumo de energia, gerou preocupação no setor elétrico. A Aneel instaurou a bandeira vermelha 1, um acréscimo na tarifa, para lidar com a situação. O governo aprovou medidas para acionar entre 70% e 80% das usinas térmicas para garantir o fornecimento, dada a alta demanda e o baixo nível dos reservatórios. O pico de consumo, que superou 100 mil megawatts em várias ocasiões, ocorre principalmente à noite, quando a geração solar e eólica é reduzida. A falta de chuvas intensificou a dependência das térmicas, e a baixa expansão do sistema elétrico nos últimos anos contribui para a situação crítica, com a possibilidade de uma das piores vazões históricas para este período. O aumento do consumo industrial e residencial também pressiona o sistema, com a bandeira vermelha refletindo o impacto das condições hidrológicas adversas no custo da energia para os consumidores. (O Globo - 05.09.2024) 
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Geração distribuída atinge a marca de 32 GW no Brasil

A geração distribuída (GD) no Brasil atingiu 32 gigawatts (GW) de capacidade, marcando um crescimento exponencial nos últimos quatro anos, especialmente na energia solar fotovoltaica. Em 2023, o setor acumulou investimentos superiores a R$ 100 bilhões, com uma projeção de crescimento de 35% para 2024, totalizando mais de R$ 140 bilhões. Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), atribui o crescimento ao aumento da conscientização ambiental, busca por alternativas energéticas mais econômicas e maior autonomia no consumo. A GD, que está presente em todos os estados e atende mais de 4 milhões de unidades consumidoras, deverá adicionar cerca de 4 GW até o fim de 2024, alcançando 36 GW. São Paulo lidera com 4,5 GW, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso. (Agência CanalEnergia - 04.09.2024)
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Mobilidade Elétrica

Anfavea pede aplicação imediata da alíquota máxima de 35% para imposto sobre elétricos

A Anfavea, associação das montadoras no Brasil, solicitará à Camex a aplicação imediata da alíquota máxima de 35% para o Imposto de Importação sobre carros elétricos e híbridos, antecipando o cronograma de aumento gradual que vai até 2026. A medida visa refletir a alta nos estoques de veículos elétricos importados, que cresceram devido ao aumento iminente da tributação. A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) acredita que a Camex seguirá as regras, apesar da tensão entre associações do setor. Além disso, a produção de veículos no país cresceu 6,6% até agosto, e a demanda por híbridos e elétricos aumentou 123% em comparação com 2023. A infraestrutura de recarga também está se expandindo, com 10,6 mil pontos de recarga disponíveis. (Valor Econômico - 06.09.2024) 
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Boulos: Nossa meta é em quatro anos tornar elétrica ou híbrida 50% da frota de ônibus em SP

Guilherme Boulos, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, afirmou durante sabatina na Rádio Eldorado nesta terça-feira, 3, que sua meta é tornar elétrica ou híbrida pelo menos 50% da frota de ônibus da cidade a médio prazo. Ele destacou que apesar do custo inicial do carro elétrico ser mais alto do que o diesel, o custo de rodagem é muito menor, o que possibilita a redução dos custos do sistema no longo prazo. A declaração foi feita em resposta a uma pergunta sobre mobilidade e planejamento urbano. Boulos é o segundo candidato a participar da sabatina da Rádio Eldorado, que tem como objetivo discutir propostas e ideias dos postulantes à prefeitura de São Paulo nas eleições municipais deste ano. A transição energética da frota de ônibus é uma das pautas mais importantes do plano de governo do candidato do PSOL, que defende a utilização de tecnologias limpas e renováveis para reduzir a poluição e melhorar a qualidade de vida dos paulistanos. Além disso, Boulos também destacou a importância de investir em ciclovias e em uma rede integrada de transporte público para garantir a mobilidade dos cidadãos. Ele defendeu a criação de um bilhete único que permita o uso de todos os modais de transporte, como ônibus, metrô, trem e bicicletas compartilhadas, com tarifas acessíveis e descontos para estudantes e pessoas de baixa renda. (Broadcast Energia – 05.09.2024) 
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BMW e Toyota anunciam parceria para desenvolver VEs movidos a hidrogênio

A BMW e a Toyota anunciaram uma parceria para desenvolver e lançar carros elétricos movidos a hidrogênio, com o objetivo de popularizar esse tipo de veículo. Em 2028, a BMW introduzirá versões a hidrogênio de um de seus modelos, utilizando tecnologia de motor e transmissão desenvolvida em conjunto com a Toyota. Esses veículos, conhecidos como FCEVs, geram eletricidade a partir da reação entre hidrogênio e oxigênio em uma célula de combustível, diferentemente dos veículos elétricos tradicionais que usam baterias. A BMW vê o hidrogênio como uma alternativa complementar aos carros elétricos a bateria, oferecendo vantagens como abastecimento mais rápido e maior capacidade de reboque, embora a infraestrutura de abastecimento seja limitada. A empresa também está colaborando para expandir a infraestrutura e garantir a segurança dos veículos, e pode considerar a venda da tecnologia desenvolvida para terceiros. (Valor Econômico - 05.09.2024) 
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Energias Renováveis

GDSUN conclui energização da UFV Leopoldo Bulhões, em Goiás

A GDSUN anunciou a energização da Usina Fotovoltaica Leopoldo Bulhões, em Goiás, aumentando sua capacidade operacional para 182,7 MWp com 73 usinas em seu portfólio. A nova usina, com 2 MWp de capacidade e ocupando 37 mil m², possui 3.768 módulos solares e 12 inversores, gerando 328 MWh por mês e aproximadamente 3.936 MWh por ano, suficiente para abastecer cerca de 2 mil residências. O projeto visa atender as demandas energéticas da Claro e da Raízen, apoiando a transição para uma matriz energética limpa e promovendo a redução de custos operacionais e ganhos competitivos. (Agência CanalEnergia - 05.09.2024)
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Aneel libera mais de 36 MW para operação em teste e comercial

A Aneel autorizou a partir de 4 de setembro o início da operação comercial das unidades geradoras UG55 a UG161 da UFV Arinos 8, com 31 MW no estado de Minas Gerais. Além disso, liberou a unidade UG2 da EOL Ventos de São Zacarias 01, com 5,7 MW no Piauí, para operação em teste. As decisões foram publicadas no Diário Oficial da União em 4 de setembro. (Agência CanalEnergia - 04.09.2024)
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Lundin Mining: Contrato de fornecimento de energia renovável com a Serena

A Lundin Mining fechou um acordo de fornecimento de energia renovável com a Serena. A parceria tem início previsto para 2025 e visa o abastecimento do complexo de mineração da Lundin Mining, em Alto Horizonte (GO). O negócio tem duração de 10 anos e a energia será produzida no complexo eólico do Chuí - ativo eólico da Serena no Rio Grande do Sul -, de 582 MW. Ainda, o acordo prevê a economia de emissões de cerca de 150 mil toneladas de CO2 até 2034. Segundo o presidente da Lundin Mining Brasil, Ediney Drummond, esse contrato é um marco na agenda de sustentabilidade da companhia. (Agência CanalEnergia - 05.09.2024)
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Mercado Livre de Energia Elétrica

CCEE: 2,4 mil consumidores migraram ao mercado livre de energia em julho

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) anunciou que 2.456 consumidores migraram para o mercado livre de energia em julho de 2024, um aumento de 272% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Essa mudança foi impulsionada pela abertura do mercado livre de energia para todos os consumidores atendidos em alta tensão desde janeiro de 2024. No entanto, no último sábado, um apagão afetou diversos bairros de São Paulo e parte de Guarulhos, deixando pelo menos 942 mil imóveis sem luz. A Eletrobras afirmou que o incidente foi causado por uma pipa que caiu nas instalações da Subestação Guarulhos, resultando em um curto-circuito. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, espera que o projeto de lei do Combustível do Futuro seja votado hoje. Ele afirmou que a descarbonização é necessária, incluindo a troca do querosene de aviação por combustível sustentável de aviação (SAF) e veículos híbridos a partir de etanol. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de perigo de baixa umidade do ar nas regiões Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste. A seca na Amazônia pode baixar o nível dos rios, tornando o transporte de mercadorias por via fluvial até Manaus impossível. O governo federal discutiu essa situação em uma reunião nesta segunda-feira. Enquanto isso, os contratos futuros de petróleo estão em queda de cerca de 1%, devido à incerteza crescente sobre a demanda, especialmente diante de sinais negativos da China. (Broadcast Energia – 05.09.2024) 
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Biblioteca Virtual

CASTRO, Nivalde de; MONTEATH, Lillian; RAMAGEM, Isabela. "Mais um leilão de transmissão com aprimoramentos regulatórios".

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CAPPELLANO, Emanuele. "Justiça climática e a descarbonização da mobilidade".

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