A Resolução Normativa 1089, aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica em 23 de abril, estabelece as Regras de Comercialização de Energia Elétrica relacionadas à caracterização e alocação de custos do deslocamento hidrelétrico induzido pela geração termelétrica inflexível. Esta resolução, que entrará em vigor em 3 de junho, define novas diretrizes para o Sistema de Contabilização e Liquidação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, após o encerramento da consulta pública sobre o assunto. (Agência CanalEnergia - 03.05.2024)

Uma análise do Advancing Clean Technology Manufacturing, divulgada pela Agência Internacional de Energia, revela que o investimento global em cinco tecnologias-chave de energia limpa - energia solar fotovoltaica, eólica, baterias, eletrolisadores e bombas de calor - atingiu US$ 200 bilhões em 2023, um aumento de mais de 70% em relação a 2022, representando cerca de 4% do crescimento do PIB global. O investimento em energia solar mais que dobrou, enquanto o investimento em baterias cresceu cerca de 60%, levando a capacidade de produção de módulos solares fotovoltaicos a estar alinhada com as metas de emissões líquidas zero da AIE para 2030 e representando 90% da demanda líquida zero para células de bateria até o final da década. O relatório destaca que muitos projetos estão em preparação e previstos para operar em breve, com cerca de 40% dos investimentos em energia limpa em 2023 destinados a instalações que entrarão em funcionamento em 2024, chegando a 70% no caso das baterias. (Agência CanalEnergia - 06.05.2024)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou, em boletim de 05 de maio de 2024, uma atualização sobre a situação de empreendimentos do Setor Elétrico Brasileiro (SEB) ante as inundações no estado do Rio Grande do Sul. Em destaque, as barragens da Usina Hidrelétrica Bugres tiveram o nível de segurança alterado de ‘emergência’ para ‘atenção’. Com isso, estão cinco barragens em estado de atenção e duas em emergência. Além disso, houve um desligamento da térmica Pampa Sul que, juntamente à já desligada subestação Nova Santa Rita, deixou o sistema mais fragilizado. Já na rede de distribuição, entre os clientes da RGE, CEEE Equatorial e Cooperativa Certel, são somados cerca de 470 mil consumidores impactados pela interrupção dos serviços no estado. (Aneel – 05.05.2024)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, em boletim de 06 de maio, sobre a situação de empreendimentos do Setor Elétrico Brasileiro (SEB) ante as inundações no estado do Rio Grande do Sul. Em destaque, A barragem da Usina Hidrelétrica Dona Francisca alterou o nível de segurança de ‘alerta’ para ‘atenção’. Com isso, são seis barragens em estado de atenção e duas em emergência. Além disso, a Usina Termelétrica (UTE) Pampa Sul retornou à operação no mesmo dia em que foi desligada (5/5/24). A subestação Nova Santa Rita, contudo, devido às inundações, permanece desligada, o que deixa 16 importantes linhas de transmissão fora de operação. Em razão disso, a conexão é fragilizada e sistemas remanescentes ficam sobrecarregados e, portanto, mais suscetíveis a novas contingências. Já na distribuição, não houve alteração significativa do cenário do dia 5 para o dia 6 de maio. Mesmo com a melhora das condições climáticas em alguns municípios, cerca de 470 mil clientes continuam com o serviço interrompido. A Aneel, por sua vez, reforçou que atua para que a religação de energia seja segura e célere. (Aneel – 06.05.2024)

O Rio Grande do Sul está lidando com os efeitos de fortes enchentes que afetaram a infraestrutura de transportes, energia e água. Segundo um boletim da Secretaria de Logística e Transportes, 26% dos clientes da Corsan, cerca de 750 mil, estão sem abastecimento de água. Além disso, a RGE Sul, distribuidora de energia que atende 381 cidades, tem 270 mil pontos sem energia, representando 8,8% do total de clientes. A CEEE Equatorial também relatou falta de energia, mas não atualizou os números recentemente. (Valor Econômico - 06.05.2024)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concedeu autorização para operação em teste, a partir de 03 de maio, para as unidades geradoras (UGs) 3 e 4 da EOL Caetité F, com capacidade instalada de 8,4 MW, e para as UGs 10 e 2 da EOL Pedra Pintada III e IV, com 9 MW, totalizando 17,4 MW de capacidade instalada. Além disso, a Aneel também liberou a UG7 da EOL Ventos de Santa Eugênia 09, com capacidade instalada de 5,7 MW, para operação comercial. (Agência CanalEnergia - 03.05.2024)

A WEG planeja produzir turbinas eólicas em sua fábrica em Mineápolis, EUA, para atender ao mercado americano, aproveitando os incentivos do Inflation Reduction Act (IRA). A empresa pretende fabricar componentes localmente, como o hub e a nacele, que garantem créditos fiscais. O objetivo é oferecer um modelo de 7 MW de potência, o maior já produzido nas Américas, e obter cerca de 1 GW de participação no mercado, seguindo o plano estratégico de instalar cerca de 3 GW globalmente. Enquanto o mercado brasileiro está estagnado, a indústria eólica global cresceu 50% em 2023. A fábrica em Mineápolis, que possui capacidade modular e flexibilidade operacional, começará a fornecer os primeiros equipamentos a partir de 2026. (Valor Econômico - 07.05.2024)

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, o engenheiro eletricista Armando Ribeiro de Araujo analisa a experiência da Califórnia no sistema elétrico do CAISO, destacando os desafios e estratégias em lidar com a forte participação de fontes intermitentes, como energia solar e eólica. Ele destaca que a intermitência dessas fontes exige cuidados especiais, como a necessidade de fontes despacháveis para equilibrar a geração e a carga, a importância da reserva de energia para períodos sem geração solar ou eólica, a necessidade de capacidade de rampa rápida e a possibilidade de cortar a geração quando há excesso de produção. Araujo conclui que essas considerações são fundamentais para a operação eficiente de sistemas elétricos com alta penetração de energias renováveis intermitentes. (GESEL-IE-UFRJ – 07.05.2024)

A Pré-Sal Petróleo (PPSA) fechou um novo acordo com a B3 para leiloar a parte do governo federal em óleo e gás natural extraída de áreas do pré-sal. O primeiro leilão, marcado para 31 de julho, negociará 33 milhões de barris de petróleo, podendo render entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões para a estatal. Um segundo leilão ocorrerá em abril de 2025. A PPSA e o Ministério de Minas e Energia estão discutindo a criação de um calendário regular de leilões. Os recursos arrecadados serão destinados ao Fundo Social. A PPSA já havia negociado contratos de partilha de produção com a B3 entre 2021 e 2023. A presidente da PPSA, Tabita Loureiro, anunciou que o primeiro leilão ofertará lotes dos campos de Mero e Búzios, na Bacia de Santos. No leilão de 2025, também serão comercializadas cargas de óleo de Mero e Búzios, além do campo de Bacalhau. A produção da União deve aumentar de 50 mil para 103 mil barris/dia em 2025 e 564 mil barris/dia em 2029. (Valor Econômico - 07.05.2024)