O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja visitar o Amapá para anunciar uma medida provisória que impede um aumento de 44,4% nas contas de luz proposto pela Aneel. A medida, que teve reação negativa no Congresso, foi uma promessa de Lula aos políticos locais, incluindo os senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues. A visita ocorre em um contexto de negociações para a aprovação de Flávio Dino ao STF, com a CCJ, presidida por Alcolumbre, responsável pela análise. A Aneel sugeriu manter a tarifa atual por mais 45 dias para permitir a publicação e regulamentação da MP. (Valor Econômico - 12.12.2023)

O diretor da Aneel, Fernando Mosna, propôs manter a tarifa de energia do Amapá inalterada por mais 45 dias para aguardar a regulamentação de uma medida provisória que evitará um aumento de 44,41% nas contas de luz. A MP, prometida pelo presidente Lula, deve ser assinada em breve. A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) solicitou o aumento para compensar investimentos pós-privatização. A Aneel está considerando os impactos sociais e econômicos no Amapá, onde 65% da população vive em pobreza. A decisão final sobre a revisão tarifária da CEA será tomada na primeira reunião da diretoria da Aneel em 2024. (Valor Econômico - 12.12.2023)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a criação do ambiente regulatório experimental para a execução dos Sandboxes Tarifários, resultantes da primeira chamada pública sobre o tema. Sandboxes são ambientes controlados de testes nos quais inovações podem ser experimentadas sem estar sujeitas à regulação usual. Projetos de empresas como CPFL, Enel, EDP, Equatorial e Energisa serão implementados nesse contexto. A CPFL conduzirá um piloto de Tarifa Binômia Aplicada a Consumidores de Baixa Tensão em Jaguariúna (SP), enquanto a Enel experimentará uma modalidade trinômia com sinalização horária e o mecanismo Peak Time Rebate em São Paulo/SP. A EDP testará um Piloto de Resposta da Demanda na Baixa Tensão, a Equatorial realizará testes de Tarifa Horo-Sazonal-Locacional, e a Energisa implementará um sandbox de Tarifa Horária – Time of Use, Dinâmica e Pré-Pagamento. As distribuidoras comunicarão aos consumidores participantes as regras de faturamento diferenciado, e as tarifas serão publicadas pela Superintendência de Gestão Tarifária e Regulação Econômica. (CanalEnergia - 12.12.2023)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu os reajustes para as permissionárias Ceprag, Coopersul e Coopernorte no Rio Grande do Sul, com as novas tarifas entrando em vigor em 22 de dezembro. Na Ceprag, que atende comunidades agrícolas, comércio e pequenas indústrias rurais, os consumidores experimentarão uma redução média de 6,55%, sendo de 6,98% na alta tensão e 6,59% na baixa tensão. A Aneel atribui essa diminuição a novos contratos realizados por meio de chamada pública, resultando em uma redução de 4,49% no preço médio de energia. Na Coopersul, com reajuste médio de 10%, os consumidores de alta tensão verão um aumento de 12,18%, enquanto na baixa tensão será de 9,68%. A Coopernorte, também com reajuste médio de 10%, atende áreas rurais e terá impacto de 5,57% na alta tensão e 10,05% na baixa tensão. Custos de transmissão e energia contribuíram para os reajustes, sendo a Coopernorte especialmente afetada com 1,63% de impacto nos custos de transmissão e 2,57% decorrentes da redução do desconto da tarifa de suprimento. (CanalEnergia - 12.12.2023)

O rascunho do acordo final da COP28, apresentado em Dubai, que propõe a redução da produção e consumo de combustíveis fósseis até 2050, foi criticado por não incluir termos como "eliminação" ou "redução gradual". Países europeus, o Brasil e nações insulares expressaram descontentamento, considerando o texto insuficiente e decepcionante. O comissário de Clima da União Europeia, Wopke Hoekstra, e a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, destacaram a falta de instrumentos para manter o aquecimento global dentro do limite de 1,5°C estabelecido em 2015, ressaltando a importância de elementos ausentes no rascunho. (Valor Econômico - 12.12.2023)

De acordo com avaliação da Agência Internacional de Energia, os compromissos já assumidos na COP 28 nas áreas de renováveis, eficiência energética e metano ainda são insuficientes para a meta climática internacional de limitar o aquecimento global a 1,5°C. A associação analisou qual seria o impacto nas emissões globais de gases com efeito de estufa relacionadas com a energia se todos os signatários dos compromissos os cumprissem integralmente. Há expectativa ainda sobre os acordos que poderão ser acertados na área de combustíveis fósseis. O tema é considerado mais complexo e vem sendo tratado com cautela pelos participantes. A análise mostra que o cumprimento total destes compromissos resultaria em emissões de gases de efeito de estufa relacionadas com a energia em 2030, cerca de 4 gigatoneladas de equivalente de CO2 inferiores ao que seria esperado sem eles, baseados no World Energy Outlook 2023 da AIE. Essa redução nas emissões de 2030 representaria apenas cerca de 30% da lacuna de emissões que precisa ser debelada para colocar o mundo na meta estipulada pelo cenário Net Zero 2050 da AIE. (CanalEnergia - 11.12.2023)

Especialistas em financiamento climático enfatizam a necessidade de trilhões de dólares para projetos de energias renováveis e florestais, visando reduzir a poluição e evitar um aquecimento global catastrófico. Governos ricos enfrentam dificuldades para liberar tais fundos, levando à discussão sobre a combinação de investimentos privados com créditos de carbono. O plano proposto visa melhorar a supervisão e aumentar a liquidez financeira, com mercados de carbono permitindo que empresas comprem créditos para emitir gases de efeito estufa, financiando assim projetos verdes. O "Acelerador de Transição Energética" (ETA), anunciado em Dubai, busca garantir a integridade dos créditos de carbono e apoiar comunidades locais, com Chile, República Dominicana e Nigéria como países-piloto. (Valor Econômico - 12.12.2023)

Francesco La Camera, diretor geral da Irena, destaca que triplicar a capacidade global de energias renováveis até 2030 é um esforço monumental necessário para limitar o aumento da temperatura global em 1,5°C, conforme estabelecido na COP 28. Isso implica aumentar a capacidade de 3,4 terawatts para 11 terawatts, reduzindo o uso de combustíveis fósseis e investindo significativamente na transição energética. A América Latina, com sua energia já baseada em renováveis, pode enfrentar menos desafios nesse processo. A meta inclui também dobrar a eficiência energética global, e países produtores de petróleo estão se adaptando com projetos de energia renovável e hidrogênio, enquanto os EUA e a França veem a energia nuclear como uma solução a longo prazo. A capacidade instalada de energias renováveis em 2022 foi de 295 GW, mostrando um crescimento impressionante em comparação com a energia nuclear. (Valor Econômico - 12.12.2023)

A Unigel, enfrentando dificuldades financeiras e tentando renegociar uma dívida de R$ 3,7 bilhões, solicitou um procedimento de mediação com seus credores e a suspensão da execução de dívidas por até 60 dias. A empresa detalhou suas adversidades, incluindo o aumento dos custos do gás natural e a queda dos preços de químicos e fertilizantes, e mencionou credores importantes como Morgan Stanley, Goldman Sachs, detentores de bônus e debenturistas, além de Shell e Petrobras. Apesar da pressão dos debenturistas, que declararam vencimento antecipado de títulos por não terem acesso às demonstrações financeiras da Unigel, a empresa permanece otimista quanto à continuidade das negociações e busca um sócio para um projeto de hidrogênio verde. A Unigel também vendeu uma operação no México para reforçar o caixa e continua as negociações com a Petrobras para a produção de fertilizantes nitrogenados. A decisão dos debenturistas de iniciar a execução da dívida foi motivada pela ausência de uma nova proposta de reestruturação por parte da Unigel, apesar de uma proposta anterior que estendia o prazo de vencimento para 2029 e eliminava a exigência de aporte de capital do controlador. (Valor Econômico - 12.12.2023)

A entrevista da série especial Perspectivas 2024 destaca o novo capítulo na história da Petrobrás, marcado pela criação da Diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade. Maurício Tolmasquim, diretor da Petrobrás, revela que a empresa investirá US$ 11,5 bilhões nos próximos cinco anos em projetos de baixo carbono. Ele enfatiza a importância de políticas e regulações adequadas, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, e infraestrutura compatível para criar um ambiente favorável aos negócios de transição energética. Tolmasquim antecipa um crescimento expressivo das energias renováveis, impulsionado pela redução de custos, avanços tecnológicos e a necessidade de descarbonização em setores-chave. Ele destaca que 2023 representou um marco na estratégia de transição energética da Petrobrás, com a aprovação do Plano Estratégico 2024-2028 focado em energias renováveis e descarbonização. Suas perspectivas para o próximo ano incluem um otimismo quanto ao rápido crescimento das energias renováveis, impulsionado por diversos fatores, como eletrificação crescente e avanços tecnológicos, contribuindo para um cenário mais sustentável e limpo. (Petronotícias - 12.12.2023)

A Vale inaugura em Vitória a primeira fábrica de briquete do mundo, com demanda já garantida por mais de um ano por clientes, principalmente da Europa e Oriente Médio. A produção das duas plantas em Tubarão, que começou com testes em agosto, é esperada para alcançar 6 milhões de toneladas anuais, após um investimento de R$ 1,2 bilhão e geração de 2.300 empregos. O briquete, que pode reduzir as emissões de GEE em até 10% no alto-forno, é parte de uma estratégia para a produção de aço com zero emissão no futuro, utilizando hidrogênio verde. A Vale enfatiza seu papel no combate à mudança climática e na neoindustrialização do Brasil, baseada em baixo carbono. O briquete é produzido com tecnologia que confere alta resistência mecânica e menor emissão de gases, sem uso de água. A empresa também está desenvolvendo uma versão para a rota de redução direta, considerada mais limpa que a do alto-forno. (Valor Econômico - 12.12.2023)

A Isa Cteep assinou um protocolo de intenções com o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). A iniciativa, que foi anunciada durante a COP28, em Dubai, tem a finalidade de conjugar esforços para identificar oportunidades de desenvolvimento de projetos de conservação e formação de corredores ecológicos no Estado, mediante à conservação de vegetação nativa em biomas como a Mata Atlântica e o Cerrado. Com a vigência de 12 meses, o protocolo de intenções abre caminho para que as partes dediquem esforços na avaliação de potenciais áreas sob gestão do Governo do Estado de São Paulo com oportunidades de conservação florestal e ecológica, que poderão ser objeto da futura parceria. A Isa Cteep destacou que atuará por meio de seu programa de sustentabilidade Conexão Jaguar, desenvolvido na América Latina desde 2019, com foco em promover a proteção da biodiversidade, o desenvolvimento de comunidades e o combate às mudanças climáticas. A iniciativa voluntária oferece apoio técnico e financeiro para o desenvolvimento de projetos de conservação e REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal). (CanalEnergia - 11.12.2023)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou do lançamento do Programa de Eficiência Energética do município de Hortolândia, em São Paulo. O programa prevê a instalação de 21 usinas fotovoltaicas em prédios públicos, como unidades de saúde, escolas, ginásios, capazes de suprir 80% do consumo dos 19o estabelecimentos da administração municipal, com economia de R$ 4 milhões. A iniciativa lançada nesta segunda-feira, 11 de dezembro, também inclui a troca de veículos a combustão da frota da prefeitura e de parte da frota do transporte público por veículos elétricos. A substituição dos 20 veículos da prefeitura será feita até maio de 2024. Com a troca, serão instalados 19 eletropostos no município para fazer o abastecimento dos novos veículos. (CanalEnergia - 11.12.2023)

A Petrobras está empenhada em desenvolver BioQAV, um querosene de aviação sustentável, através de pesquisas no Cenpes para diminuir a parcela fóssil e incorporar materiais renováveis na produção. O engenheiro Fabio Mendes destaca o desafio do ponto de congelamento na formulação do combustível, com testes em andamento utilizando óleo de soja. O BioQAV compartilha matérias-primas com o diesel renovável e, segundo o diretor Mauricio Tolmasquim, a Petrobras planeja aumentar significativamente sua produção de biocombustíveis até 2030. (Valor Econômico - 12.12.2023)

O grupo Air France-KLM, sob a liderança de Manuel Flahault, está enfrentando o desafio de estimular a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) para atingir a meta global do setor aéreo de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050. Em 2023, a produção de SAF foi de apenas 500 mil toneladas, representando 0,2% do consumo total, mas a demanda prevista para 2050 é de 500 milhões de toneladas. A Air France-KLM tem como objetivo que o SAF represente 10% do seu consumo de combustível até 2030, sem competir com a produção de alimentos. Para acelerar o desenvolvimento de SAF, a empresa investiu US$ 4,7 milhões em uma unidade de produção nos EUA e enfatiza a necessidade de estimular a produção para cumprir as metas estabelecidas. (Valor Econômico - 12.12.2023)

A comunicação é uma ferramenta estratégica vital para as empresas promoverem suas ações de sustentabilidade e enfrentarem desafios ambientais como desmatamento e mudanças climáticas. A Siemens Energy e a Engie estão alinhadas com as Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COPs) para colaborar em questões ambientais. A Siemens Energy planeja painéis colaborativos e a Engie foca em educação ambiental. O Banco do Brasil (BB) estabeleceu metas sustentáveis, incluindo crédito para agricultura sustentável e conservação de terras. A comunicação personalizada e a cocriação são essenciais para o sucesso das estratégias de sustentabilidade dessas empresas. (Valor Econômico - 12.12.2023)

A Eletrobras acordou pagar R$ 1,15 bilhão à Petrobras para resolver disputas judiciais sobre a correção monetária de créditos de empréstimo compulsório de energia elétrica. Esse acordo faz parte de um esforço da Eletrobras para reduzir provisões para contingências, um projeto iniciado em 2023. Até o final de setembro, esses processos judiciais representavam uma provisão total de R$ 19 bilhões. (Valor Econômico - 12.12.2023)

Robson Pinheiro Rodrigues de Campos Foi eleito o novo vice-presidente de engenharia de expansão da Eletrobras. Robson Pinheiro Rodrigues de Campos é advogado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, cursou especialização em finanças pelo IBMEC e é mestre em gestão pela Universidade de Georgetown, além de ter realizado cursos de estratégia e liderança em escolas de negócios. Campos iniciou e fez longa carreira na Wartsila, de 1990 a 2016, onde chegou à posição de presidente e CEO da operação brasileira. Além disso, atuou na transformação da Camargo Correa Infra até 2020 e, mais recentemente, ocupava o cargo de CEO da operação brasileira de engenharia e construção do grupo chileno Sigdo Koppers. (CanalEnergia - 11.12.2023)

A Aneel aprovou um aumento médio de 14,51% nas tarifas da Energisa Acre (EAC), afetando 314 mil unidades consumidoras em 26 municípios do Acre. O reajuste será de 13,63% para consumidores de baixa tensão e 18,47% para alta tensão. A revisão tarifária periódica, que acontece a cada quatro ou cinco anos, inclui novos parâmetros econômicos e metas de qualidade. A Energisa Acre pediu reconhecimento de flexibilização regulatória, o que pode levar a mais aumentos. O diretor-geral da Aneel destacou a redução de 21% nos custos operacionais da EAC, evidenciando a eficiência da distribuidora. (Valor Econômico - 12.12.2023)

A Enel SP está oferecendo condições especiais para os clientes que têm débitos pendentes na fatura de energia. Até o dia 31 de dezembro de 2023, as dívidas poderão ser negociadas até 50% de desconto ou parceladas em até 12 vezes sem juros. Segundo a distribuidora, o objetivo da ação é oferecer condições de negociação flexíveis aos clientes não atendidos pelo Programa Desenrola do Governo Federal, evitando, assim, que estes passem o fim de ano com a energia cortada ou com restrições de crédito. (CanalEnergia - 12.12.2023)

A Cemig Soluções Inteligentes em Energia (Cemig SIM), subsidiária da Cemig, recebeu a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição de mais uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) do grupo Fortlev. O ativo da transação é a SPE Sol de Jequitibá I, destinada à geração distribuída de energia elétrica, que ainda não está operacional. Mesmo quando conectada, no entanto, a expectativa de geração é “irrisória e concorrencialmente negligenciável” se comparada aos mercados, dizem os agentes. A Cemig, contudo, afirma que a operação amplia sua participação no mercado de geração de energia e o grupo Fortlev diz que o negócio é uma alternativa para levantar recursos financeiros. (Broadcast Energia - 11.12.2023)

A semana do setor elétrico terá os olhos quase totalmente voltados para o setor de transmissão. Em Brasília, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) avalia, nesta terça-feira, 12, um processo relativo à revisão periódica da Receita Anual Permitida (RAP). Em São Paulo, os destaques são o Alupar Day, na quinta-feira, 14, e o segundo leilão do segmento do ano, na sexta-feira, 15. Segundo estimativas da Aneel, os três lotes a serem leiloados devem requerer investimentos de R$ 21,7 bilhões. Os olhos do setor estarão voltados, especialmente, para a disputa pelo o lote 1, que concentra cerca de 80% desse aporte e tem grandes chances de ser arrematado pelos chineses da State Grid. (Broadcast Energia - 11.12.2023) 

O leilão de transmissão desta sexta-feira, 15 de dezembro, poderá ter taxa de retorno real de 11,3% e um desconto médio de 20% para a receita anual permitida. Essa é a estimativa do Bank Of America (BofA), divulgada em relatório. O certame colocará três lotes em disputa sendo que o primeiro, que envolve um linhão na tecnologia HVDC, poderá ser dividido em 4 sublotes. O investimento total previsto é de R$ 21,8 bilhões com receita anual permitida de R$ 3,9 bilhões. O banco lembra que nos últimos 9 leilões os licitantes ofereceram um desconto médio de 50% na RAP. No entanto, diz que poderemos observar uma concorrência mais fraca neste leilão, por conta da escala do projeto e tecnologia diferenciada. A divisão do lote 1 pode ajudar a aumentar a concorrência. A instituição destacou que, entre as empresas do setor que acompanha, a Eletrobras já declarou publicamente a sua provável participação no leilão. E cita que o mercado vem cogitando também a participação da State Grid. (CanalEnergia - 11.12.2023) 

O Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) médio diário retornou ao piso regulatório de R$ 69,04 por megawatt-hora (MWh) nesta segunda-feira, 11, depois da leve alta registrada na última sexta-feira, 08. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O preço não apresenta oscilações ao longo do dia em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN), de forma que os PLDs médios, mínimos e máximos coincidem em todos os submercados do País. (Broadcast Energia - 11.12.2023) 

Os reservatórios do Sul apontaram recuo de 0,6 ponto percentual na última segunda-feira, 11 de dezembro, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O subsistema trabalha com 97,1% de sua capacidade. A energia armazenada marca 19.856 MW mês e ENA é de 20.361 MW med, equivalente a 175% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 98,93% e 96,19%, respectivamente. A região Nordeste teve queda de 0,2 p.p e está operando com 50,8% de sua capacidade. A energia retida é de 26.254 MW mês e ENA aponta 1.911 MW med, valor que corresponde a 18% da MLT. A Região Norte cresceu 0,1 p.p e trabalha com 48%. A energia armazenada indica 7.344 MW mês e a energia natural afluente computa 2.651 MW med, correspondendo a 23% da MLT. O submercado do Sudeste/Centro-Oeste teve redução de 0,1 p.p e operava com 63,4% do armazenamento. (CanalEnergia - 12.12.2023) 

A Agência Nacional de Energia Elétrica definiu nesta terça-feira, 12 de dezembro, os valores de potência contratada e de Energia da Usina de Itaipu que serão comercializados pelas distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste em 2024, assim como as respectivas cotas-partes para o ano de 2031. Para 2024, serão disponibilizados para o Brasil 6.055,24 MW med. A Enel SP terá o maior montante anual contratado de 2024, com 7.424.332,270 MWh , sendo seguida pela Cemig (SP), com 5.750.494,940 MWh. A contratação da CPFL Paulista (SP) será de 4.705.670,676 MWh e a da Copel (PR), de 4.560.331,558 MWh. Nas cotas-partes de rateio de potência e de energia para 2031, a Enel SP mais uma vez ficou com a maior, de 0,13635456. A da Cemig é a segunda maior cota, de 0,11144355 e a CPFL Paulista em terceiro, com cota-parte de 0,08947894. (CanalEnergia - 12.12.2023) 

A construção e operação de grandes usinas de Geração Distribuída (GD) Remota em 2023 apontam para uma aceleração na expansão da modalidade no Brasil. O mapeamento da consultoria Greener mostra 4,2 GW acumulados desde o início da modalidade até setembro deste ano em ativos operacionais e em construção, um salto significativo em relação aos 2,3 GW registrados em 2022. E que o mercado para novas implementações em grandes usinas deve ultrapassar a marca de 3 GW para 2024 e parte de 2025, devendo movimentar mais de R$ 10 bilhões em investimentos nos próximos dois anos. Segundo o estudo, alguns setores-chave da economia lideram a demanda pelo autoconsumo remoto. O varejo continua sendo o principal segmento de contratação, representando 43%, com destaque para farmácias e supermercados. Já o setor de serviços, que inclui bancos, comercializadoras e gestoras de GD, somam 35%, sendo importantes canais para atendimento de consumidores. (CanalEnergia - 11.12.2023)

A Avenida Europa, em São Paulo, destaca-se pelas lojas de carros de luxo, com especial atenção às marcas chinesas como BYD e GWM, que atraem muitos visitantes e possíveis compradores, incluindo famílias inteiras. A curiosidade pelo carro chinês cresce no Brasil, impulsionada pela variedade de veículos elétricos e híbridos oferecidos. O aumento do Imposto de Importação (II) para carros eletrificados a partir de janeiro tem levado a um movimento maior nas lojas, já que os preços devem subir. As alíquotas variam entre 10% e 25%, dependendo do nível de eletrificação do veículo, com os elétricos puros tendo as menores taxas e os híbridos em torno de 4%. A Volvo planeja absorver parte do aumento, repassando ao consumidor uma média de 7,7%. A expectativa é que a alíquota integral de 35% para carros importados retorne gradualmente até julho de 2026. (Valor Econômico - 12.12.2023)

As montadoras estabelecidas no Brasil celebraram a decisão governamental que influenciaram, prometendo produzir modelos eletrificados no país. A Anfavea expressou preocupação com o aumento de 26% nas vendas de veículos importados, destacando a crescente participação da China. Para 2024, a Anfavea prevê um aumento de 7,7% nas vendas internas e de 4,7% na produção, apesar de uma perspectiva negativa para o mercado externo. O otimismo para o próximo ano baseia-se em um cenário econômico favorável, com expectativa de inflação de 4% e taxa de juros de 9,25%. As vendas internas aceleraram na segunda metade do ano, e a Anfavea estima um crescimento de 8,8% no mercado interno em 2023. Enquanto as montadoras mais antigas no Brasil comemoram, os consumidores permanecem curiosos sobre os carros elétricos, embora preocupados com a infraestrutura de carregamento. Montadoras chinesas planejam iniciar a produção no Brasil entre o final de 2024 e início de 2025. (Valor Econômico - 12.12.2023)

A Porto Seguro firmou uma parceria com a BYD, fabricante chinesa de veículos elétricos, oferecendo um ano de seguro gratuito para clientes que comprarem os modelos 2023/2024 do Song Plus, Yuan Plus, Tan EV e Dolphin EV até 20 de dezembro. O CEO da Porto Seguro, Rivaldo Leite, destaca a importância de um seguro especializado para veículos elétricos, prevendo um aumento na frota elétrica nos próximos anos. O seguro oferecido cobre 100% da tabela Fipe com franquia de 50% e inclui cobertura para terceiros a partir de R$ 150 mil, mas não se aplica a motoristas de aplicativos. (Valor Econômico - 12.12.2023)

Fabricantes de automóveis como Ford, GM e Tesla, ao contrário da prática usual de Wall Street de prometer menos e entregar mais, fizeram previsões excessivamente otimistas sobre veículos elétricos a bateria (BEV), o que confundiu investidores e impactou negativamente os preços das ações. Apesar do crescimento nas vendas de BEVs, com os EUA ultrapassando um milhão de vendas em um ano e a China com 25% das vendas de carros novos sendo BEVs, a Ford e a GM atrasaram investimentos em veículos elétricos e a Tesla reduziu preços. A Ford ajustou a produção da F-150 Lightning para menos da metade da capacidade, e a GM não atingiu sua meta de produção de EVs. A Tesla também enfrentou atrasos e preços mais altos do que o prometido para o Cybertruck, com a pandemia sendo apenas parte da explicação para os desafios enfrentados. (Valor Econômico - 12.12.2023)

A Renault está vendendo aproximadamente 5% de sua participação na Nissan por cerca de 765 milhões de euros, resultando em uma perda de capital de 1,5 bilhão de euros. O valor arrecadado será utilizado para fortalecer o braço de veículos elétricos e software Ampere, com planos de torná-lo uma entidade pública separada no próximo ano, contando também com investimento da Nissan. A transação faz parte do programa de recompra da Nissan de 1,6 trilhão de ienes. A Nissan pagará 568,5 ienes por ação, um valor que reflete um aumento de 36% no preço das ações este ano, apesar de ainda serem metade do valor de 2017. (Valor Econômico - 12.12.2023)

A Accelera by Cummins anunciou novos líderes de negócios globais. Brian Wilson assume como gerente geral de e-Mobility e Andreas Lippert será vice-presidente e gerente geral de Eletrolisadores. Os executivos são celebrados pela vasta experiência industrial e tecnológica que possuem e que contribuirá na promoção da operação sustentável para as indústrias que mantêm o mundo funcionando. O novo negócio mobilidade elétrica da companhia, agora comandado por Wilson, reúne tecnologias-chave e equipes de suporte para fornecer uma experiência mais integrada aos clientes, além de impulsionar a inovação em todo o segmento de veículos elétricos a bateria (BEV). Lippert, por sua vez, já foi fundamental no desenvolvimento da infraestrutura tecnológica e na otimização da colaboração técnica da Accelera. O negócio de eletrolisadores, que o executivo passa a liderar, foi identificada pela companhia como sua melhor oportunidade de crescimento, ampliando sua inovação técnica líder do setor e apoiando a crescente economia global de hidrogênio verde. (CanalEnergia - 12.12.2023)

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) iniciou uma consulta pública para receber comentários sobre os critérios de aeronavegabilidade para o modelo EVE-100 da Eve, um eVTOL desenvolvido após a cisão da Embraer e fusão com a Spac Zanite. O EVE-100 é uma aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical, com capacidade para um piloto e quatro passageiros, e combina características de helicópteros e aviões. A certificação do EVE-100 será feita conforme o RBAC nº 21 para aeronaves de classe especial, aplicando-se partes dos requisitos de aeronavegabilidade atuais que a Anac considerar adequados. Os critérios de aeronavegabilidade propostos são específicos para o EVE-100 e não se aplicam de forma geral. (Valor Econômico - 12.12.2023)

A Auren Energia alcançou uma assertividade de 68% em um projeto de inteligência artificial desenvolvido em parceria com a Aquarela Analytics. O projeto consiste em um robô orientado por mais de 50 premissas para auxiliar na formação do preço de energia de curto e médio prazo, tendo executado mais de 520 operações até o momento. Raul Cadena, VP de clientes e comercialização da Auren Energia, destacou que a tecnologia oferece oportunidades para o futuro dos negócios, permitindo recursos mais sofisticados para criar produtos e serviços, agregando valor ao portfólio. A Auren planeja disponibilizar soluções automatizadas com simplificação e inteligência para clientes sem uma área de planejamento energético, mas que buscam qualidade, ofertas customizadas e energia limpa. O uso da inteligência artificial na comercialização de produtos de energia visa fortalecer as tomadas de decisões na mesa de negociações de commodities elétricas, proporcionando teses de investimentos para o curto e médio prazo. A solução integra planejamento energético e ciência de dados, analisando variáveis, mapeando setores e avaliando gestão de riscos, curva de retorno otimizada e lucratividade. (CanalEnergia - 12.12.2023)

Até 11 de dezembro de 2023, a capacidade instalada de usinas solares fotovoltaicas no Brasil atingiu 36 gigawatts (GW), abrangendo projetos de grande escala centralizados e geração distribuída (GD). Esse marco representa 16,3% da matriz elétrica do país, conforme revelado por um levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Abasolar). A GD contribui com 24,8 GW, enquanto as usinas centralizadas representam 11,1 GW. Desde 2012, o setor solar fotovoltaico atraiu mais de R$ 174,3 bilhões em investimentos, com a GD recebendo R$ 124,6 bilhões e a centralizada, R$ 49,7 bilhões. (Broadcast Energia - 11.12.2023)

O Gecex da Camex aumentou o imposto de importação sobre módulos fotovoltaicos para 10,8%, impactando a indústria de energias renováveis e o projeto de neoindustrialização do Brasil. A tarifa será aplicada a partir de 1º de janeiro pela TEC do Mercosul, e para 324 produtos ex-tarifários, após 60 dias da publicação no DOU. O Mdic estabeleceu cotas de importação a 0% até 2027, com valores decrescentes anualmente. Geraldo Alckmin, do Mdic, ressalta a importância estratégica da produção de equipamentos solares para a segurança energética e a transição ecológica do país. (Valor Econômico - 12.12.2023)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a formação de parceria entre a BRK Ambiental e a empresa São Mamede III, ambas do Grupo Brookfield. A previsão é que a aliança viabilizará a construção, instalação e exploração conjunta de uma usina fotovoltaica em Janaúba, Minas Gerais, a fim de suprir, ainda que parcialmente, as necessidades de energia das partes. A transferência da autorização para exploração da usina para o consórcio, no entanto, está sujeita à aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (Broadcast Energia - 11.12.2023)

A Petrobrás faz novos movimentos para tirar do papel o projeto de construção de um parque termelétrico no Polo Gaslug (antigo Comperj), em Itaboraí (RJ). A empresa anunciou hoje (11), em publicação no Diário Oficial da União, que iniciou a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para requerimento da licença prévia do empreendimento, que terá capacidade total de 1,8 GW com operação à gás natural oriundo da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) da Rota 3. Conforme documentação do projeto, a qual o Petronotícias teve acesso, o parque será composto pelas usinas GasLub I, cuja capacidade será de 1.200 MW, e GasLub II, cuja capacidade será de 600 MW. O empreendimento contará ainda com subestação elevadora de 345 kV e linha de transmissão de 345 kV (LT 345 kV). A linha de transmissão conectará um dos terminais no módulo de entrada de linha da subestação SE UTE Gaslub 345 kV e o outro terminal no novo módulo de entrada de linha a ser construído na subestação existente SE Comperj 345 kV. (Petronotícias - 12.12.2023)  

A estratégia de comunicação para a aquisição da ES Gás pela Energisa representou um desafio devido à falta de familiaridade com o setor de gás natural. A ES Gás, fornecedora de 2,2 milhões de metros cúbicos de gás por dia, foi adquirida em leilão em março. A equipe de comunicação da Energisa, com o suporte das áreas de Relações com Investidores (RI), sustentabilidade e recursos humanos, trabalhou na auditoria e no plano de integração pré-assinatura do contrato em julho, desenvolvendo mensagens-chave para colaboradores e público externo. Um evento significativo com autoridades e clientes introduziu a Energisa e enfatizou seu compromisso com a transição energética, apesar das dificuldades em validar comunicados de imprensa e preparar porta-vozes. (Valor Econômico - 12.12.2023)

O sistema de Boleta Eletrônica da BBCE poderá ser utilizado para negociações com contrapartes que não sejam usuárias da plataforma EHUB, incluindo empresas clientes de comercializadoras varejistas. Com isso, será possível à BBCE ampliar sua cobertura de mercado que já atende aproximadamente 30% das negociações no mercado livre. A estimativa é que com a abertura da plataforma, seja possível um crescimento de 70%. Em comunicado, a BBCE informou que a iniciativa amplia "ainda mais as oportunidades de negócio, as comercializadoras varejistas também poderão trazer a formalização de suas operações para a plataforma, podendo utilizar o BBCE Contrato Padrão nesse processo a partir do plano BBCE Basic". (Broadcast Energia - 11.12.2023) 

A empresa Nexa Recursos Mineirais, do Grupo Votorantim, recebeu aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição da MLT Trading e Comercializadora de Energia. A comercializadora empresa de comercialização e geração de energia elétrica com atuação em 25 estados brasileiros e pertence (99%) a João Alberto Bertin Sanches, que também é sócio (54,36%) da Trinity Energias Renováveis, empresa de comercialização e geração de energia elétrica com atuação em 25 estados brasileiros. Segundo comunicado, a operação representa uma boa oportunidade de negócios para a Nexa e, para os vendedores, está alinhada ao plano de direcionar esforços no segmento de geração de energia. (Broadcast Energia - 11.12.2023)