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IFE
26/11/2025

IFE Armazenamento 74

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Leonardo Gonçalves
Pesquisadores: Gabriel Eleotério e Paulo Giovane Silva
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
26/11/2025

IFE nº 74

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Leonardo Gonçalves
Pesquisadores: Gabriel Eleotério e Paulo Giovane Silva
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Armazenamento 74

Políticas Públicas e Financiamentos

Austrália: Financiamento para projeto BESS de 311 MW/1.244 MWh

A Akaysha Energy garantiu AU$ 460 milhões para construir o Elaine BESS, um sistema de 311 MW/1.244 MWh em Victoria, com apoio de um sindicato de oito bancos internacionais e locais. O financiamento inclui AU$ 75 milhões em cartas de crédito e é lastreado por um contrato de pedágio virtual de 15 anos com a Snowy Hydro, que assume 220 MW, o maior contrato de quatro horas desse tipo no mercado australiano. A construção começou em outubro de 2025, com Megapacks da Tesla e EPC da Consolidated Power Projects, e o projeto se conectará ao NEM por infraestrutura existente, reforçando segurança elétrica e integração renovável em um ponto estratégico da rede. O acordo confirma a confiança institucional no papel do armazenamento no NEM e no histórico da Akaysha em projetos complexos, após contratos como o de 200 MW para o Orana BESS e a ativação da Waratah Super Battery de 850 MW/1.680 MWh. A empresa, apoiada pela BlackRock, também expandiu sua capacidade com uma linha corporativa de AU$ 300 milhões para acelerar seu pipeline global. (Energy Storage – 06.11.2025)

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Brasil: BESS atinge cerca de 1 GW e avança mesmo sem regulamentação específica

Mesmo sem marco regulatório definido, os sistemas de armazenamento de energia por baterias já somam cerca de 1 GW no Brasil, impulsionados por engenheiros e empresas que identificam benefícios econômicos apesar dos custos elevados e da ausência de subsídios. A complexidade dos BESS envolve múltiplas disciplinas, engenharia, contratos, regulação, meio ambiente e modelos de negócio, e demanda arranjos que vão do EPC turnkey ao crescente Battery as a Service (BaaS), no qual usuários acessam a funcionalidade das baterias sem adquiri-las ou mantê-las. Esses modelos, que incluem monitoramento, troca e atualização de equipamentos, exigem contratos claros quanto à alocação de riscos e responsabilidades. A reforma tributária redefiniu o tratamento fiscal desses serviços, aproximando-os do regime aplicado a softwares em décadas anteriores, mas com maior transparência e neutralidade. Nesse cenário, a falta de rigor contratual pode gerar disputas futuras, reforçando a necessidade de análise jurídica multidisciplinar para o avanço sustentável do armazenamento no país. (Agência CanalEnergia – 04.11.2025)

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MME: Lançamento de consulta pública para o 1° leilão de baterias

O Ministério de Minas e Energia abriu consulta pública para o primeiro leilão de contratação de sistemas de armazenamento de energia por baterias, previsto para abril de 2026, com contribuições por 20 dias. O montante de Reserva de Capacidade será definido com base em estudos da EPE e do ONS, e os contratos terão prazo de suprimento de 10 anos, com início em agosto de 2028. Poderão participar sistemas com potência máxima inferior a 30 MW, operação contínua por menos de quatro horas, eficiência de carga e descarga abaixo de 85% e recarga completa superior a seis horas. A remuneração será por receita fixa após o início de suprimento. O objetivo é garantir a continuidade do fornecimento, aumentar a flexibilidade do sistema e mitigar excedentes de energia, além de apoiar o gerenciamento operacional diário. O leilão deverá ocorrer após certames de reserva de capacidade para térmicas marcados para março de 2026, e terá edital e minutas elaborados pela Aneel. Paralelamente, o Congresso incluiu sistemas de baterias no Reidi, com renúncia fiscal de até R$ 1 bilhão ao ano até 2030.( Valor Econômico - 10.11.2025)

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BV e Powersafe: Parceria para o financiamento para armazenamento de energia

O Banco BV e a Powersafe firmaram parceria para financiar projetos de armazenamento de energia, abrangendo desde residências e propriedades rurais até empresas e indústrias de grande porte. A iniciativa busca tornar mais acessível a aquisição de sistemas completos de geração fotovoltaica com baterias, oferecendo condições diferenciadas de crédito e retorno mais rápido sobre o investimento. A linha de financiamento contempla desde baterias residenciais e estações portáteis de energia até sistemas de grande porte (BESS), permitindo que consumidores reduzam custos com eletricidade, aumentem a autonomia energética e garantam maior segurança operacional. De acordo com as empresas, o objetivo é impulsionar o uso de soluções de armazenamento no país, fortalecendo a transição para uma matriz mais limpa e descentralizada. (Agência CanalEnergia - 12.11.2025)

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Egito: PPAs garantem 720 MWh de projetos BESS

A Hassan Allam Utilities Energy Platform e a Infinity Power firmaram PPAs com o Ministério de Eletricidade e a EETC para desenvolver dois grandes projetos solares no Egito, combinados a 720 MWh de armazenamento. O primeiro, em Benban, adicionará 200 MW solares e 120 MWh de BESS com operação prevista para o 3º trimestre de 2026; o segundo, em Minya, terá 1 GW solar e 600 MWh de armazenamento, entrando em operação no 3º trimestre de 2027. Segundo a Hassan Allam, os projetos reforçam a resiliência da rede e aceleram a transição energética, ajudando o país a atingir 42% de renováveis em 2030 e 65% em 2040. O Egito avança rapidamente em geração limpa, mirando mais de 21 GW renováveis até 2030, incluindo 8,5 GW solares, e projeta implantar 3,3 GW de BESS no mesmo período, consolidando sua posição como líder regional em energia sustentável. (Energy Storage – 11.11.2025)

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Espanha: Novo regulamento visa 22,5 GW de armazenamento até 2030

O governo espanhol aprovou um decreto que fortalece o sistema elétrico e amplia o papel do armazenamento de energia, integrando medidas do chamado “Decreto Anti-Apagão”. O texto reforça a supervisão do setor, conferindo à CNMC maior capacidade de controle e estabelecendo inspeções regulares, além de exigir que a Red Eléctrica apresente propostas técnicas para melhorar a estabilidade e a coordenação da rede. O regulamento fixa uma meta de 22,5 GW de armazenamento até 2030, priorizando projetos híbridos com usinas existentes e simplificando processos administrativos, algo há muito defendido pela UNEF. Também acelera a eletrificação ao definir prazos mais rígidos para acessos à rede, evitar especulação em licenças e facilitar ampliações necessárias, como para carregamento veicular. O decreto ainda introduz regras para repotenciação, cria um regime simplificado para plataformas de P&D e unifica procedimentos de comissionamento de usinas e sistemas de armazenamento, aumentando a segurança jurídica e a eficiência no desenvolvimento desses projetos. (Ess News – 05.11.2025)

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EUA: Financiamento para projeto híbrido de BESS de 300 MW/1.200 MWh

Os IPPs BrightNight e Cordelio Power alcançaram o fechamento financeiro do Pioneer Clean Energy Center, um projeto solar+BESS de 300 MWac e 300 MW/1.200 MWh em Yuma, Arizona. O financiamento, estruturado por um consórcio de bancos internacionais como Crédit Agricole, MUFG, RBC e ING, reforça a expansão das empresas no mercado norte-americano. Com construção avançando e operação prevista para abril de 2027, o projeto apoiará o sistema elétrico de um estado que tem batido recordes sucessivos de demanda, só a APS registrou pico de 8.527 MW em julho de 2025. Tanto APS quanto SRP têm ampliado acordos com BESS, refletindo estratégias descritas no IRP da APS, que trata o armazenamento como elemento essencial. O Arizona tornou-se líder em novas instalações utilitárias, respondendo, junto com Texas e Califórnia, por 75% do total de BESS instalados nos EUA no 2º trimestre de 2025. O Pioneer se junta a uma onda de grandes projetos, incluindo PPAs da APS com Fluence, Invenergy e Copia Power, além de iniciativas de LDES sem lítio conduzidas pela SRP, algumas em parceria com o Google. Para a BrightNight, o Pioneer simboliza seu compromisso em suprir a crescente demanda energética do Arizona. (Energy Storage – 06.11.2025)

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EUA: Financiamento de US$ 1,44 bilhões para projeto BESS híbrido de 1.900 MWh

A IPP Enlight Renewable Energy garantiu US$ 1,44 bilhão em financiamento de dívida para o Snowflake A, sua maior iniciativa até agora: um complexo de 600 MW fotovoltaicos acoplado a 1.900 MWh de armazenamento em Holbrook, Arizona, com operação prevista para o segundo semestre de 2027. O financiamento, obtido via Clēnera junto a seis grandes bancos internacionais, incluindo Wells Fargo, BNP Paribas e Crédit Agricole, será parcialmente convertido em empréstimo a prazo após o COD, enquanto o restante será amortizado com capital fiscal, que a empresa planeja captar em 2026. O projeto possui um PPA de 20 anos com a APS e inaugura o desenvolvimento do complexo Snowflake, que terá uma segunda fase de até 1 GW utilizando a mesma interconexão. A Enlight projeta US$ 128 milhões de receita e US$ 104 milhões de EBITDA no primeiro ano completo de operação. A empresa acelera sua presença no sudoeste dos EUA, após financiamentos recentes para os projetos Quail Ranch e Roadrunner, este último com 290 MWdc/940 MWh e investimento total de US$ 621 milhões. (Energy Storage – 11.11.2025)

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Estados Unidos: Illinois aprova meta de armazenamento de 3 GW

A Assembleia Geral de Illinois aprovou o projeto de lei CRGA, que estabelece uma meta de 3 GW de armazenamento de energia até 2030 e amplia investimentos em solar, eólica, eficiência energética e recursos distribuídos, com forte apoio de grupos ambientais e do setor. A medida, que aguarda sanção do governador JB Pritzker, busca conter aumentos nas tarifas impulsionados pelo crescimento de data centers e pela volatilidade do mercado, além de reforçar a resiliência da rede diante de políticas federais que reduziram incentivos à energia limpa. Organizações como SEIA, E2, UCS e a Clean Grid Alliance elogiaram o projeto, afirmando que ele cria uma base sólida para atender à crescente demanda elétrica, reduzir custos e acelerar a transição energética em alinhamento com metas anteriores, como a Lei de Clima e Empregos Equitativos. Grupos de defesa ainda destacam a necessidade de, em 2026, responsabilizar Big Tech e data centers, apontados como grandes impulsionadores do aumento das contas, para que também contribuam com soluções para a estabilidade e o custo da energia no estado. (Energy Storage – 03.11.2025)

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EUA: Financiamento para projetos BESS de 150 MW/300 MWh e 175 MW/350 MWh

A Plus Power garantiu US$ 160 milhões em capital fiscal do Morgan Stanley para dois BESS no Nordeste dos EUA: US$ 95 milhões para o Cranberry Point (150 MW/300 MWh), já operacional em Massachusetts, e US$ 65 milhões para o Cross Town (175 MW/350 MWh), que será a maior bateria do Maine ao entrar em operação no fim de 2025. Ambos os projetos somam mais de US$ 290 milhões em financiamentos de dívida obtidos em 2024, incluindo empréstimos de construção e linhas de crédito. O Cranberry Point usa 82 Megapacks 2XL e foi um dos primeiros BESS a assegurar uma obrigação de capacidade no ISO-NE, operador cuja fila de interconexão já é composta 45% por armazenamento. As duas instalações reforçam a confiabilidade regional ao equilibrar renováveis intermitentes, embora o ISO-NE destaque que mais atualizações de transmissão e distribuição serão necessárias diante do rápido crescimento de recursos energéticos diversos. (Energy Storage – 07.11.2025)

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França: Novas tarifas para armazenamento de energia impulsionam operação estratégica de baterias a partir de 2026

A França implementará, a partir de agosto de 2026, novas tarifas de rede que recompensam projetos de armazenamento de bateria por apoiar a rede em horários críticos, como parte das reformas TURPE 7 aprovadas pela CRE. Os operadores poderão aderir à tarifa “injeção-retirada”, que oferece pagamentos para descarregar durante picos de inverno em zonas de retirada e para carregar ao meio-dia no verão em zonas de injeção, alinhando o uso das baterias às necessidades locais da rede. A medida, que se aplica a ativos conectados nos níveis HTA, HTB1 e HTB2, envolve mais de 3.000 zonas tarifárias e tem potencial para reduzir custos de rede em até 40% e elevar a TIR dos projetos em 1 a 2 pontos percentuais, segundo Clean Horizon e Aurora Energy Research. Embora o setor tenha elogiado o incentivo à flexibilidade, alguns executivos destacaram riscos como mudanças no balanço das zonas e falta de um mercado nodal, enquanto outros apontaram desigualdade entre projetos antigos e novos. O maior BESS da França, de 100 MW / 200 MWh, poderá se beneficiar da reforma, desde que esteja localizado em área habilitada. (Energy Storage – 03.11.2025)

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Itália: MASE autoriza 511 MW em novos projetos BESS

O Ministério do Meio Ambiente e Segurança Energética (MASE) aprovou dois projetos de armazenamento totalizando 511 MW na Emilia-Romagna e no Friuli-Venezia Giulia. O maior, um BESS de 486 MW da EG Tulipano (Enfinity Global) em Fiscaglia, foi ampliado de 288 MW para 486 MW e contará com 464 contêineres com inversores e racks de bateria, além de 120 contêineres RMU com transformadores e painéis HV. A licença impõe medidas de mitigação de poeira e uma análise aprofundada de impacto acústico. O segundo projeto, da Greenstone 1 (Renantis), adiciona 25 MW em Buja, com 48 gabinetes de baterias LFP, oito inversores e oito transformadores. As autorizações reforçam o avanço dos BESS na Itália, que acelera aprovações para atender ao crescente papel do armazenamento na estabilidade e flexibilidade do sistema elétrico.(Ess News – 12.11.2025)

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Mecanismos de Inserção de Armazenamento de Energia

Bélgica: Baterias são destaque dos leilões de capacidade

O armazenamento em baterias continua a dominar a capacidade de novas construções contratadas nos leilões do mercado de capacidade da Bélgica. Em contrapartida, os pagamentos do mecanismo de remuneração da capacidade (CRM) desempenham um papel fundamental no apoio a esses projetos. No último dia de outubro, a operadora do sistema de transmissão belga Elia publicou os resultados dos três leilões CRM, realizados simultaneamente pela primeira vez este ano. Segundo a operadora, “os resultados indicam um mercado competitivo com liquidez suficiente e uma forte contribuição das baterias". No primeiro leilão Y-1 para o ano de entrega 2026-2027, um total de 56 unidades foram selecionadas, fornecendo 4.556 MW, dos quais 1071 MW eram de nova capacidade. No segundo leilão o Y-2 para o ano de 2027-2028, concebido para proporcionar uma salvaguarda adicional à segurança do abastecimento, teve um total de 51 unidades de CRM aprovadas com uma oferta de 3.238 MW( abaixo das expectativas). Por fim, para o último leilão, o Y-4 de entrega em 2029-2030, foram selecionadas 65 unidades que totalizam 4690 MW. De acordo com os cálculos da Aurora Energy, quase toda a nova capacidade contratada nos leilões de 2025 veio de baterias de grande escala, além disso, nas últimas cinco rodadas de leilões, vinte e um projetos de baterias de grande escala garantiram contratos com grandes players do mercado. (PVMagazine - 03.11.2025)

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Brasil: País poderá adicionar 18,2 GW de armazenamento de energia até 2040

A consultoria brasileira CELA afirmou que a inclusão de sistemas de armazenamento de energia elétrica em um leilão de reserva de capacidade do governo federal, que poderá ocorrer em junho de 2025, poderá reforçar a rede do Sistema Interligado Nacional (SIN) do Brasil. A CELA informou que as normas técnicas do edital estão sendo elaboradas, mas espera-se que as propostas vencedoras sejam determinadas pelos preços mais baixos e pela capacidade de rede SIN. Além disso, estão também nas expectativas o pagamento fixo mensal aos operadores do projeto, ajustado anualmente pela inflação, com a possibilidade de receita adicional. Segundo a CELA, o mercado brasileiro de sistemas de armazenamento de energia crescerá 12,8 % ao ano até 2040, com um aumento de até 7,2 GW de capacidade instalada durante esse período. As projeções indicam um crescimento das baterias incorporadas a infraestrutura de geração, transmissão e distribuição. Que com a adição de incentivos adequados , regulamentação bem definida e metas estabelecidas poderá ter seu potencial expandido para além de 7,2 GW, chegando a 18,2 GW até 2040. (PV Magazine - 11.11.2025)

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Filipinas: Leilão de armazenamento contrata quase 5 GWh

O Departamento de Energia das Filipinas (DOE) finalizou os resultados do quarto Leilão de Energia Verde (GEA-4), alocando 10.195 MW em 123 projetos renováveis. Cerca de 1,2 GW desse total foi concedido a sistemas híbridos que combinam geração solar com armazenamento em baterias, na categoria Sistema Integrado de Energia Renovável e Armazenamento de Energia (IRESS). Segundo a listagem do Edital, a energia solar montada no solo ainda lidera as alocações gerais com 4,1 GW, seguida por 2,2 GW de energia solar flutuantes e 2,5 GW de energia eólica onshore. O país tem como meta, uma representação das renováveis em 35% de sua matriz energética até 2030 e 50% até 2040. (PvMagazine - 10.11.2025)

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Índia: Baterias são necessárias para resolver o impasse energético

A rede elétrica da Índia depende fortemente de combustíveis fósseis e não está adequadamente preparada para gerenciar a variabilidade da energia solar e eólica. Sem um aumento na capacidade de armazenamento de baterias, grande parte do potencial de energia renovável em expansão da Índia pode ser desperdiçado. Apesar do crescimento da energia limpa, os combustíveis fósseis ainda fornecem 75% a 80% da energia da Índia. Isso destaca a urgência de ampliar os sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS). Para resolver esse gargalo, o governo indiano começou a acelerar iniciativas e políticas como o incentivos vinculados à produção para fabricantes de baterias e financiamento de lacunas. Além disso, o principal drivers é a frequência dos leilões. No primeiro semestre de 2025, a Índia alocou 2,8 GW de capacidade autônoma de BESS, juntamente com 9 GW de projetos de energia solar. Com isso, à medida que os leilões anuais de energia renovável avançam em direção a meta de 50 GW, outros mecanismos cooperativos ao leilão seguem esta tendência, como os investimentos em transmissão por parte do mercado privado e público, projetos em escala de serviços públicos. Além disso, os projetos do país giram ao redor de uma posição parecida com o Brasil, em torno do desenvolvimento das estruturas regulatórias e de seus gargalos. Por fim, a Índia se encontra em uma encruzilhada, com bases renováveis estabelecidas, mas com gargalos para o próximo salto. (PvMagazine - 07.11.2025)

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Projetos de Armazenamento de Energia em Larga Escala

Alemanha: Construção de projeto BESS de 300 MW/700 MWh

A Eco Stor iniciou oficialmente a construção de seu BESS de 300 MW/700 MWh em Förderstedt, Saxônia-Anhalt, marcando um novo salto de escala no mercado alemão poucos dias após a RWE lançar obras em um sistema de 400 MW/700 MWh. Em desenvolvimento desde julho, o projeto é três vezes maior que o maior BESS atualmente operacional na Alemanha, o próprio ativo da Eco Stor de 103,5 MW/238 MWh em Bollingstedt. A cerimônia contou com autoridades locais e o TSO 50Hertz, que destacou o papel crítico do armazenamento para um fornecimento renovável seguro. A expansão rápida do setor é impulsionada por condições favoráveis, incluindo isenção de tarifas de rede para BESS até 2029 e forte liquidez no mercado atacadista alemão. A movimentação recente inclui também a possível venda, pela TotalEnergies, de parte de seu portfólio BESS no país e a mudança societária da própria Eco Stor, agora apoiada pela Brookfield via X-ELIO e pela NIC. Os novos projetos, significativamente maiores do que os anteriormente iniciados, mostram a Alemanha entrando em uma fase de implantação em escala gigawatts, alinhada ao boom europeu de armazenamento. (Energy Storage – 07.11.2025)

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Alemanha: Construção de projeto BESS de 1 GW/4 GWh

A LEAG Clean Power, subsidiária de baixo carbono da alemã LEAG, iniciou a implantação do GigaBattery Jänschwalde 1000, um BESS de 1 GW/4 GWh que será o maior projeto europeu em um único local. Instalado na Lusácia, região historicamente dependente do linhito, o sistema substituirá parte da antiga infraestrutura da mina e da usina adjacente de 3.000 MW, agora integrada à nova GigawattFactory da empresa. Com duração de 4 horas, o BESS apoiará a expansão solar e eólica, estabilizará a rede e aproveitará a conexão existente para reduzir custos. A Fluence fornecerá o SmartStack, solução LFP de alta densidade com até 7,5 MWh por bloco, montada no local e produzida na nova fábrica de 35 GWh/ano da empresa no Vietnã. Previsto para 2027–2028, o projeto ultrapassa em escala todos os BESS atualmente operacionais na Alemanha, cuja capacidade total ainda é inferior a 3,2 GWh. Ele se junta a uma onda de grandes instalações na Europa, como os projetos da RWE e Eco Stor na Alemanha, o Thorpe Marsh no Reino Unido e os empreendimentos de grande porte na Bélgica, Bulgária, Polônia e Itália, que marcam uma clara tendência de megaprojetos de armazenamento no continente. (Energy Storage – 07.11.2025)

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Austrália: Aquisição de projeto BESS de 270 MW/2.160 MWh e conversão de antiga usina a carvão em hub de armazenamento

A Ampyr Australia adquiriu da Green Gold Energy o projeto Davenport BESS, agora renomeado Northern Battery, um sistema de 270 MW/2.160 MWh com até oito horas de duração, a ser instalado no antigo complexo a carvão de Port Augusta. Previsto para iniciar obras em 2026 e conectado ao NEM, o projeto integra a meta da Ampyr de entregar 6 GWh de armazenamento operacional até 2030. Ao reutilizar a infraestrutura existente, a empresa reduz impactos e acelera o desenvolvimento, incorporando inversores de formação de rede, capazes de fornecer suporte de tensão, frequência e estabilidade similar à de geradores síncronos, essencial em redes altamente renováveis. A parceria entre Ampyr e GGE combina desenvolvimento local, expertise em armazenamento e estratégia global da AGP, enquanto iniciativas como um fundo comunitário de AU$ 40 mil e a colaboração com os Proprietários Tradicionais Nukunu reforçam o foco social do projeto. A Northern Battery se junta a outras implantações formadoras de rede na Austrália, posicionando o estado como referência em armazenamento de longa duração. (Energy Storage – 13.11.2025)

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Austrália: Projeto BESS de 300 MW/650 MWh recebe autorização para conexão

A Origin Energy recebeu acordos de conexão incondicionais da AEMO para seu BESS Mortlake de 300 MW/650 MWh, garantindo aprovação técnica plena para operar no NEM e avançar para as fases finais de construção e preparação comercial. Localizado junto à usina a gás Mortlake, o projeto de AU$ 400 milhões usará uma subestação dedicada ligada ao pátio de 500 kV da AusNet. Com Fluence como empreiteira principal, as obras iniciadas em 2024 avançam para a meta de comissionamento no fim de 2026. O sistema usará tecnologia de inversores formadores de rede, capazes de fornecer força do sistema e estabilização ativa, recursos cada vez mais valorizados à medida que o NEM incorpora mais renováveis. A aprovação ocorre em um momento de rápida expansão nacional, com 2.936 MW/6.482 MWh adicionados em 12 meses segundo o AEMO. O BESS participará de arbitragem energética, FCAS e serviços de segurança, fortalecendo a estratégia da Origin de liderar a transição energética. Outros projetos formadores de rede, como os BESS da Neoen em Western Downs e Blyth, reforçam a tendência dessa tecnologia no mercado australiano. (Energy Storage – 06.11.2025)

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Austrália: Expansão acelerada de BESS transforma operações do NEM

A capacidade de armazenamento por baterias no Mercado Nacional de Eletricidade da Austrália cresceu 2.936 MW/6.482 MWh no período de 12 meses até o fim do 3º trimestre de 2025, refletindo uma aceleração significativa nas implantações de BESS. Segundo o AEMO, a descarga média atingiu 215 MW no trimestre, aumento anual de 150%, enquanto o suporte das baterias nos picos noturnos elevou-se em 463 MW, reduzindo a necessidade de geração a gás em 11% e hidrelétrica em 3,5%. Esse avanço consolidou o BESS como recurso despachável crucial, com estratégias sofisticadas de estado de carga que priorizam carregamento em horários de excesso solar e descarga quando a demanda atinge o pico. A dinâmica criada pela interação entre solar e armazenamento intensificou a volatilidade de preços, com Queensland registrando o menor preço spot do NEM e um recorde de 25,9% de intervalos com valores negativos ou zero, evidenciando o impacto da abundância renovável e da flexibilidade proporcionada pelos sistemas de bateria. (Energy Storage – 03.11.2025)

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Austrália: Construção de projeto BESS de 400 MW/1.600 MWh

A QIC e a EDP Renováveis Austrália firmaram acordo de exclusividade para desenvolver o Projeto Punchs Creek, uma usina híbrida com 400 MWac de solar e um BESS co-localizado de 400 MW/1.600 MWh (4 horas), posicionando-o entre os maiores projetos solar+BESS do país. Previsto para fechamento financeiro em 2026, o empreendimento já conta com contrato de receita garantida via Licitação 4 do Capacity Investment Scheme, que assegura fluxos mínimos de receita. A EDP negocia um PPA de longo prazo enquanto integra o projeto ao NEM. A parceria marca a entrada da empresa portuguesa em projetos de grande escala na Austrália, alinhada a sua estratégia de expandir um pipeline de 4 GW na APAC até 2030. Para a QIC, o acordo complementa seu histórico em financiamento de infraestrutura e seu papel crescente no setor renovável. Punchs Creek avança em um momento em que Queensland consolida liderança no armazenamento, com metas de 4,3 GW de curta duração até 2030 e 4 GW adicionais até 2035, apesar da revisão de antigas ambições em hidrelétricas bombeadas, incluindo o cancelamento do megaprojeto Pioneer Burdekin. (Energy Storage – 12.11.2025)

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Canadá: Fábrica da NextStar inicia produção de baterias ESS com foco em LFP

A joint venture NextStar Energy, formada por LG Energy Solution e Stellantis, ampliará sua fábrica de Windsor (Ontário) para produzir baterias destinadas a sistemas de armazenamento de energia, tornando-se a primeira grande planta canadense a atuar simultaneamente nos mercados de EV e ESS. A expansão inclui a introdução da química LFP, impulsionada pelo crescimento acelerado de data centers de IA e pela demanda crescente por soluções de armazenamento em rede, complementando a produção já existente de células NMC. A fábrica, com 4,2 milhões de pés² e mais de 1.000 funcionários treinados em programas especializados como o Battery Boost, iniciará a produção em massa nas próximas semanas. O movimento acompanha a tendência de empresas sul-coreanas que vêm convertendo linhas originalmente voltadas a EV para BESS, especialmente nos EUA, onde a demanda por armazenamento supera o ritmo do mercado de veículos elétricos. LG ES, Samsung SDI e SK On avançam com planos de produção anual de até 30 GWh e acordos importantes, como o fornecimento de 7,2 GWh para a Flatiron Energy, reforçando a consolidação do ESS na América do Norte. (Energy Storage – 05.11.2025)

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Canadá: Construção do maior projeto BESS do país com 411 MW/1.858 MWh

O Canadá iniciou oficialmente a construção do Skyview 2, um BESS de 411 MW/1.858 MWh desenvolvido pela Potentia Renewables, agora em parceria com os Algonquins da Primeira Nação Pikwàkanagàn. Selecionado no programa LT1 de Ontário, que prioriza participação indígena, o projeto terá cerca de 390 unidades SolBank 3.0 fornecidas pela e-STORAGE, responsável também por EPC, integração e 21 anos de serviços. Localizado em Edwardsburgh Cardinal, o sistema entra em obra em 2026 e deve operar no segundo trimestre de 2027. O governo provincial classifica Skyview 2 como peça-chave para fortalecer a confiabilidade elétrica diante da expansão renovável e da pressão por segurança energética. Para a Potentia e e-STORAGE, o projeto representa seu maior contrato de armazenamento já firmado, consolidando Ontário como referência em BESS de grande escala. (Ess News – 13.11.2025)

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Chile: Acciona Energia instalará BESS de 200 MW/1 GWh no complexo solar Malgarida

A Acciona Energia adicionará um BESS de 200 MW/1.000 MWh ao complexo solar Malgarida, no deserto do Atacama, ampliando a flexibilidade de uma usina fotovoltaica de 238 MWp já em operação desde 2021. O sistema de cinco horas permitirá armazenar e despachar energia conforme a demanda, apoiando a integração das renováveis em uma rede chilena que já alcançou 70% de geração limpa e enfrenta crescente curtailment, com 3,2 TWh reduzidos apenas em agosto de 2025. O Chile avança rapidamente rumo às metas nacionais, com 2 GW de armazenamento previstos para janeiro de 2026 e um pipeline superior a 8 GW. Nesse contexto, durações de cinco horas se tornaram padrão em usinas híbridas e projetos autônomos, como os grandes complexos da AES Andes e da Grenergy. A Acciona soma este projeto a outros dois BESS em desenvolvimento no país, totalizando 1,5 GWh integrados às suas usinas solares. (Energy Storage – 13.11.2025)

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EUA: Início da operação de projeto BESS de 220 MW/440 MWh no Texas

O projeto Hidden Lakes Reliability, um BESS de 220 MW/440 MWh da GridStor, entrou oficialmente em operação no Texas após sua dedicação em 4 de novembro. Adquirido em 2024 da Balanced Rock Power e anteriormente chamado Evelyn Battery Energy Storage, o sistema conecta-se a uma subestação existente da Texas New Mexico Power, acelerando a interconexão e permitindo participação imediata no mercado ERCOT. A construção, iniciada em outubro de 2024, gerou cerca de 100 empregos e contou com US$ 74 milhões em financiamento liderado pelo First Citizens Bank. A GridStor afirma que o projeto trará dezenas de milhões em receitas fiscais ao condado de Galveston e ao distrito escolar local, além de reforçar a resiliência da rede diante do crescimento da demanda elétrica. A empresa, apoiada por investidores institucionais, vem expandindo rapidamente seu portfólio, adquirindo outros BESS de grande porte, incluindo instalações de 100 MW/400 MWh no Arizona e 200 MW/800 MWh em Oklahoma, e planeja continuar buscando projetos avançados para atender concessionárias, data centers e grandes consumidores industriais. (Energy Storage – 06.11.2025)

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EUA: Peak Energy fecha acordo de até 4,75 GWh em íon-de-sódio

A startup Peak Energy assinou com a desenvolvedora Jupiter Power um contrato de fornecimento que pode superar US$ 500 milhões para até 4,75 GWh de sistemas BESS de íon-de-sódio entre 2027 e 2030, estabelecendo o maior compromisso comercial global já firmado para essa química. A primeira fase prevê 720 MWh em 2027, a maior implantação única anunciada de íon-de-sódio, com opção de mais 4 GWh até 2030. A Peak argumenta que sua tecnologia NFPP, totalmente passiva e sem resfriamento ativo, reduz energia auxiliar em até 97%, diminui a degradação em 33% e pode entregar economia líquida de até US$ 75/kWh ao longo de 20 anos. Embora o sódio ainda não rivalize o LFP em escala e custo imediato, o modelo operacional de baixa manutenção e alta segurança coloca a tecnologia como candidata para atender cargas de hiperescaladores e IA. O acordo segue o comissionamento do primeiro BESS de sódio em grande escala nos EUA (3,5 MWh no SolarTAC) e antecede a inauguração da gigafábrica da Peak em 2027. Fundada em 2023, a empresa busca ocupar o espaço deixado por players como a Natron, que encerrou operações em 2025. (Ess News – 13.11.2025)

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EUA: Xcel Energy projeta instalação BESS de 735,5 MW

A Xcel Energy apresentou à Comissão de Serviços Públicos de Minnesota um plano para construir o maior sistema de armazenamento por baterias do Centro-Oeste, elevando a capacidade total para 735,5 MW. A proposta dobra o BESS previsto para a usina Sherco, que sairá de 300 MW para 600 MW, acrescenta 135,5 MW no complexo Blue Lake e expande em mais 200 MW a planta solar Sherco Solar. Os projetos, com construção prevista para 2026 e operação em 2027, usarão baterias LFP conectadas à rede existente, permitindo armazenar energia eólica, solar, nuclear e a gás para uso em períodos de alta demanda. A iniciativa deve gerar mais de 200 empregos sindicais e cerca de US$ 260 milhões em receitas tributárias locais, além de se qualificar para créditos fiscais federais repassados aos consumidores. Paralelamente, a Xcel pretende instalar até 200 MW de baterias distribuídas até 2028 como uma VPP, estratégia vista por críticos como uma forma de concentrar a propriedade desses recursos no âmbito da concessionária. (Energy Storage – 05.11.2025)

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Índia: Construção de megaprojeto BESS de 1.126 MW/3.530 MWh

O Adani Group revelou planos para instalar um sistema BESS de 1.126 MW/3.530 MWh em seu gigantesco complexo renovável Khavda, configurando a maior instalação de armazenamento em um único local da Índia e uma das maiores globalmente. Com mais de 700 contêineres e tecnologia de bateria de íons de lítio integrada a sistemas avançados de gestão energética, o projeto fornecerá três horas de energia firme e desempenhará papel crítico em suporte à rede, suavização de picos e integração renovável. O comissionamento está previsto para março de 2026. A iniciativa coloca Khavda como o maior parque combinado de energia renovável e armazenamento do mundo e marca a entrada formal da Adani no setor BESS. A empresa planeja escalar rapidamente, adicionando 15 GWh de capacidade até 2027 e alcançando 50 GWh em cinco anos, reforçando sua estratégia de liderança na transição energética indiana. (Ess News – 11.11.2025)

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Japão: Construção de projeto híbrido de 30 MW/125 MWh

A Osaka Gas e a Sonnedix iniciaram a construção de um sistema de armazenamento de 30 MW/125 MWh acoplado a uma usina solar em Kyushu, marcando o maior projeto híbrido solar+BESS já implantado no Japão. Previsto para operar em 2026, o projeto usará Megapacks da Tesla e terá EPC da Toshiba, enquanto a Osaka Gas fará a otimização e participação no mercado. Embora o país tenha BESS autônomos maiores, projetos verdadeiramente co-localizados ainda são raros, especialmente numa região como Kyushu, onde a alta penetração solar e a congestão da rede intensificam a necessidade de controle e despacho otimizado da geração. A Sonnedix, que já opera quase 500 MW de solar no Japão, vê o retrofit como um passo estratégico para oferecer energia despachável. O avanço ocorre em meio a um boom no mercado japonês de armazenamento, mas que ainda enfrenta desafios como longos prazos de licenciamento, escassez de terrenos e regulações em evolução. Também cresce a movimentação de novos players, incluindo uma joint venture entre Samsung C&T e Erex voltada a projetos BESS a partir de 2 MW/8 MWh, com planos de expansão para sistemas acima de 20 MW diante da previsão nacional de até 24,8 GWh instalados até 2030. (Energy Storage – 05.11.2025)

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Portugal: Rondo Energy avança com segundo projeto de armazenamento térmico de 100 MWh

A Rondo Energy anunciou seu segundo sistema de armazenamento de energia térmica de 100 MWh em poucas semanas, desta vez para a cervejaria Heineken em Vialonga, Portugal. O projeto, baseado na bateria térmica Rondo Heat Battery, fornecerá vapor industrial contínuo a partir de eletricidade renovável contratada via um PPA de 25 GWh/ano, abastecido por uma usina solar de 7 MWp instalada pela EDP. A Heineken firmou também um contrato de compra de calor, garantindo previsibilidade de custos energéticos. O sistema, previsto para operar em abril de 2027, utiliza tijolos refratários capazes de armazenar calor a até 1.500 °C, oferecendo descarga superior a 1.000 °C com eficiência acima de 97%. O anúncio segue a entrada em operação do primeiro RHB de 100 MWh na Califórnia, reforçando a expansão global da tecnologia e sua integração com capacidade renovável de grande escala. (Energy Storage – 04.11.2025)

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