A Aneel deve divulgar até maio uma nota técnica sobre a regulamentação de sistemas de armazenamento de energia, após análise das contribuições da consulta pública encerrada em janeiro. O diretor da Aneel, Ricardo Tili, destacou que o armazenamento será essencial para a continuidade da expansão das energias renováveis no Brasil, especialmente a solar. A regulação será dividida em três ciclos: o primeiro abordará questões gerais, removendo obstáculos ao desenvolvimento da tecnologia; o segundo tratará de aspectos mais específicos, como usinas reversíveis e o empilhamento de receita, essencial para a viabilidade econômica; e o terceiro focará em detalhes como armazenamento descentralizado e sistemas pós-medidor. Tili também ressaltou que o armazenamento pode reduzir a necessidade de expansão das redes de transmissão e distribuição, além de contribuir para maior eficiência na rede elétrica. (Agência Eixos – 05.02.2025) 

O Brasil está avançando na regulamentação das usinas hidrelétricas reversíveis (UHRs), com destaque para o debate sobre sistemas de armazenamento de energia, incluindo baterias e usinas reversíveis, na Aneel. O planejamento de regulamentação está previsto para ser concluído no primeiro semestre de 2025. Um ponto chave é a definição das regras de acesso à rede de transmissão, outorgas e remuneração dos empreendimentos. Atualmente, o país não possui usinas reversíveis operando, mas a EPE mapeou um grande potencial. As UHRs podem ser importantes para o atendimento à ponta de carga, sendo remuneradas para armazenar energia e gerar potência quando necessário. A regulamentação inicial inclui apenas usinas de ciclo fechado, mas há um movimento para incluir também as de ciclo semiaberto, aproveitando locais de mineração ou adaptando usinas já existentes. (Agência Eixos – 01.02.2025) 

Um estudo da consultoria Oliver Wyman prevê que o mercado de armazenamento de energia, por meio de baterias, movimentará US$ 450 milhões no primeiro leilão do setor no Brasil, previsto para o segundo semestre. A demanda global por baterias deve crescer cinco vezes até 2030, com investimentos de cerca de US$ 148 bilhões. No Brasil, fatores como a necessidade crescente de fornecimento de energia, impulsionada pela demanda de Data Centers, e a redução de 20% no custo das baterias, ajudam a impulsionar o setor. Além disso, a implementação de leilões exclusivos para armazenamento de energia e o apoio governamental devem acelerar o desenvolvimento das tecnologias. O estudo também destaca que, se o sistema de armazenamento estivesse em operação, poderia ter reduzido em 21% a queima de combustíveis fósseis em usinas térmicas no ano anterior. (Agência CanalEnergia – 04.02.2025) 

O governo de Chipre lançou diretrizes para um esquema de apoio à implantação de aproximadamente 150 MW/350 MWh de armazenamento de energia, com um orçamento de € 35 milhões. O "Esquema de Subsídios para Sistemas de Armazenamento de Energia em Combinação com Fontes de Energia Renovável" tem como objetivo reduzir o desperdício de energia renovável, aumentar a capacidade da rede e diminuir os custos de eletricidade. Financiado pelo Fundo Just Transition da União Europeia, o programa se destina a apoiar tecnologias de armazenamento em locais híbridos com fontes renováveis, abrindo inscrições até 28 de março. O Chipre também planeja construir uma rede nacional de sistemas de armazenamento de energia, com o objetivo de avançar na transição para a neutralidade climática. (Energy Storage – 10.02.2025) 

O governo da Libéria está buscando consultores para desenvolver e implementar o primeiro leilão de energia solar com armazenamento em baterias (BESS) do país. O edital solicita apoio para criar os mecanismos legais, técnicos, comerciais e financeiros para o leilão, que pode envolver até 20 MW/60 MWh de BESS e 70 MW de capacidade solar em dois locais. A seleção dos produtores independentes de energia para financiar, construir e operar os sites será realizada após as ofertas. O projeto faz parte do "Projeto de Fortalecimento e Acesso ao Setor de Energia da Libéria", financiado pelo Banco Mundial, e as manifestações de interesse devem ser enviadas até 25 de fevereiro de 2025. Além disso, a Libéria iniciou a construção de sua primeira usina solar de grande escala em outubro de 2024, com previsão de conclusão para este ano. (Ess News – 06.02.2025) 

A Lituânia lançou uma licitação no valor de € 102 milhões (US$ 105 milhões) para aquisição de serviços de armazenamento de energia, visando fortalecer a resiliência de sua rede elétrica após se desconectar da rede russa e se integrar à rede da União Europeia. O governo busca instalar pelo menos 800 MWh de sistemas de armazenamento até 2028, com foco no equilíbrio da rede e na integração de fontes renováveis. O projeto será apoiado por subsídios de até 30% dos custos de investimento, com um valor máximo de € 150.000 por MWh. Esta licitação faz parte de um plano mais amplo de apoio estatal de € 180 milhões aprovado pela Comissão Europeia para o desenvolvimento de 1.200 MWh de capacidade de armazenamento na Lituânia. O prazo para inscrições vai até 17 de junho de 2025.(Ess News – 10.02.2025) 

A BW ESS, em parceria com a MIRAI Power, está se preparando para co-desenvolver até 1 GW de projetos de armazenamento de energia em bateria (BESS) no sul da Alemanha, uma região com grande potencial para esse tipo de tecnologia. A Alemanha, maior mercado de eletricidade da Europa, está expandindo rapidamente sua frota de BESS, com um foco crescente na gestão de preços negativos de eletricidade e no aproveitamento da energia renovável. Em 2024, o país instalou cerca de 19 GWh de capacidade de armazenamento, sendo a maior parte proveniente de sistemas residenciais. Contudo, em 2025, a Alemanha verá uma expansão significativa de sistemas de armazenamento em grande escala, com pedidos de conexão à rede que somam 340 GW. A BW ESS já possui um pipeline de desenvolvimento global de 7 GW, com projetos importantes em andamento no Reino Unido e na Itália, e planeja expandir ainda mais sua atuação no mercado de BESS. (Ess News – 11.02.2025) 

A Tesvolt, fabricante alemã de sistemas de armazenamento de energia, criou a subsidiária Tesvolt Energy para negociar energia por meio de unidades de baterias de 100 kWh a 10 MWh. A empresa irá colaborar com os traders algorítmicos Enspired, Entrix e The Mobility House, que competirăo para maximizar a receita gerada com a capacidade de armazenamento de uma usina virtual de energia (VPP, na sigla em inglês), composta por baterias comerciais e industriais agrupadas. O foco é oferecer flexibilidade à rede elétrica alemã, essencial para equilibrar a geração solar e eólica. A receita será dividida igualmente entre os participantes do VPP, e a Tesvolt desenvolveu um software para otimizar as negociações. A empresa já possui 100 MWh de capacidade em operação e planeja expandir, com retorno sobre investimento estimado entre três e quatro anos. (Ess News – 06.02.2025) 

Um estudo da Australian National University sugere que usinas hidrelétricas reversíveis de longa duração (UHRs), combinadas com baterias, poderiam atender às necessidades globais de armazenamento de energia, representando 95% da capacidade necessária para a indústria elétrica. Os sistemas UHRs não exigem novas barragens, têm um custo de capital mais baixo do que as baterias e podem durar mais de 100 anos. Combinados com baterias, esses sistemas poderiam fornecer armazenamento de longo prazo essencial para apoiar sistemas de energia renovável. Os Atlas Globais de UHRs identificaram 0,8 milhão de locais fora de rios, com um potencial de armazenamento de 86 milhões de GWh. Esses locais oferecem uma solução de armazenamento altamente credível e de baixo custo, sem os desafios ambientais e de infraestrutura das usinas hidrelétricas tradicionais. (Ess News – 03.02.2025) 

A ENGIE Chile está promovendo a transição energética ao transformar antigas áreas de geração de energia a partir de combustíveis fósseis em locais de armazenamento de energia renovável. Um exemplo é o projeto BESS Tamaya, em Tocopilla, que possui capacidade de 68 MW/418 MWh e é composto por 152 contêineres de baterias de lítio. As baterias armazenam a energia excedente gerada pela Usina Solar Tamaya, permitindo que ela seja injetada no Sistema Elétrico Nacional durante os picos de demanda. Este projeto, que reduz 42.187 toneladas de CO2 por ano, pode abastecer 50.800 residências nos horários de maior demanda. Além do BESS Tamaya, a ENGIE Chile está desenvolvendo outros projetos, como o BESS Coya e o BESS Tocopilla, com a previsão de atingir 2 GWh de capacidade instalada, contribuindo para um futuro energético mais sustentável e flexível. (Além da Energia– 13.02.2025) 

De acordo com um relatório do Instituto de Economia de Energia e Análise Financeira (IEEFA, na sigla em inglês), o armazenamento de energia em baterias atingiu marcos significativos em 2024, desempenhando papel crucial na captura da geração solar que, de outra forma, seria desperdiçada. A análise revelou que a capacidade instalada de armazenamento nos EUA superou 30 GW até o final de 2024 e deve adicionar mais 15 GW até o final de 2025. Na Califórnia, o armazenamento atingiu 13,4 GW, com 11,4 GW de instalações em larga escala. O relatório destacou um recorde de descarga de baterias em outubro de 2024, quando 8.354 MW foram fornecidos para a rede, ajudando a compensar a queda da geração solar durante uma onda de calor. Essa capacidade de armazenamento evitou a necessidade de importações ou geração local a gás, contribuindo para maior estabilidade da rede e redução de emissões. (Ess News – 04.02.2025)

A Habitat Energy firmou um acordo com a Octopus Energy US para otimizar um sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS) de 50MW/100MWh no mercado ERCOT, no Texas. A Octopus utilizou a capacidade flexível do BESS para gerenciar sua exposição à carga de varejo, enquanto a Habitat aplica otimização com IA para maximizar a geração de receita nos mercados atacadistas e oferecer serviços auxiliares ao ERCOT. A Habitat, que atualmente gerencia mais de 1 GW de armazenamento de baterias no ERCOT, busca novas oportunidades em um mercado cada vez mais volátil, onde as receitas estão mais concentradas em poucos dias. A parceria visa aproveitar a flexibilidade do BESS para proteger contra as oscilações do mercado e otimizar a operação, em um cenário onde as dinâmicas de receita do ERCOT estão mudando devido ao aumento da geração renovável e da instalação de baterias. (Energy Storage – 13.02.2025) 

A Solar Energy Industries Association (SEIA) propôs, em um whitepaper, que os EUA alcancem 700 GWh de capacidade instalada de armazenamento de energia até 2030, com a implantação de 10 milhões de instalações solares distribuídas. O documento detalha recomendações para expandir o setor de armazenamento, incluindo preservar créditos fiscais federais para armazenamento autônomo, garantir acesso à rede, reformar processos de interconexão e apoiar a fabricação doméstica. Atualmente, os EUA têm 83 GWh de capacidade instalada, com previsão de alcançar 450 GWh até 2030. A SEIA também destaca a importância do desenvolvimento de armazenamento de longa duração e a necessidade de investimentos em comunidades de baixa renda. No entanto, políticas como o Inflation Reduction Act (IRA) e a dependência de componentes chineses podem representar desafios, especialmente em relação à cadeia de suprimentos e tarifas. (Energy Storage – 03.02.2025) 

Na Finlândia, um sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS) de 10 MWh entrou em operação em Kuhmoinen, com alto conteúdo doméstico em hardware e software desenvolvido pela empresa finlandesa Cactos. O projeto, agora chamado Rando Grid Oy, começou a operar em 24 de janeiro de 2025. Embora as células de bateria sejam adquiridas da Ásia, a montagem do módulo e os sistemas de controle são fabricados localmente. O BESS, composto por 24 unidades da Cactos, participa dos mercados de reserva e atacado de eletricidade. O projeto foi implementado em apenas seis meses, destacando-se pela rapidez de execução. Além disso, a otimização do sistema é realizada por meio da plataforma Cactos Spine e a IA, que melhora a utilização da energia renovável. (Ess News – 06.02.2025)

A Fortum, uma concessionária de energia finlandesa, iniciou um estudo de viabilidade de dois anos para avaliar o potencial de novas instalações de usinas hidrelétricas reversíveis (UHRs) na Suécia, com foco em três locais: Lekstjärnen, Bastvålen e Höljessjön. A empresa já opera três usinas do tipo em Värmland, totalizando 89,5 MW de capacidade, e busca expandir essa capacidade. O estudo irá examinar as condições comerciais, tecnológicas, ambientais e regulatórias para novos projetos. A usina hidrelétrica reversível é vista como essencial para aumentar a flexibilidade e previsibilidade no sistema de energia nórdico, com capacidade de armazenar e gerar grandes quantidades de eletricidade por longos períodos. Decisões sobre novos investimentos serão tomadas posteriormente. (Ess News – 11.02.2025) 

A ACE Power submeteu um projeto de sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS) de 500 MW à Lei de Proteção Ambiental e Conservação da Biodiversidade da Austrália, localizado em Gladstone, Queensland. A bateria será conectada à subestação Raglan e ajudará a armazenar energia da rede para ser liberada durante os picos de demanda. O projeto usará tecnologia de lítio-íon e terá uma vida útil de 45 anos, com possibilidade de repotenciação após 20 anos. A construção do BESS está prevista para levar 18 meses e empregar cerca de 60 pessoas. Além disso, a ACE Power está desenvolvendo outros projetos de BESS na região, incluindo um de 900 MW/3,6 GWh em Nebo e um de 400 MWh em Yabulu. A região de Gladstone tem atraído investimentos devido ao seu potencial em energia renovável, com projetos como o PHES de 9,6 GWh da BE Power Group em desenvolvimento. (Energy Storage – 13.02.2025) 

A Ampyr Australia acelerou o desenvolvimento de seu sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS) de 400 MW/1 GWh em New South Wales, após adquirir a participação da Shell Energy no projeto Wellington BESS. Com a aquisição da Shell, a Ampyr agora detém o projeto completo, incluindo a fase inicial de 300 MW/600 MWh e a fase subsequente de 100 MW/400 MWh. A primeira fase já recebeu as aprovações necessárias e está em fase de finalização de compras e financiamento, com previsão de energização para 2026. O projeto, localizado na Central West Orana Renewable Energy Zone, será integrado ao Mercado Nacional de Eletricidade da Austrália e ajudará a estabilizar o fornecimento de energia, complementando a geração renovável e proporcionando segurança e serviços à rede. A Ampyr visa expandir sua capacidade de armazenamento para 3 GW na Austrália até 2030. (Ess News – 04.02.2025)

O projeto de armazenamento de baterias que será implantada em Western Australia está previsto para estar operacional até 2029, visando substituir a Usina de Energia West Kalgoorlie até 2026. A bateria, com capacidade de 50 MW/500 MWh, fornecerá backup de energia por até 10 horas, essencial em casos de interrupções ou eventos climáticos extremos. Localizada próxima à infraestrutura de transmissão existente, a instalação ainda precisa ter seu local final definido. A proposta faz parte de um esforço maior para impulsionar a tecnologia de vanádio, com o estado investindo em capacidade de mineração, processamento e fabricação de eletrólitos, com uma nova fábrica já em funcionamento em Perth. A produção local de vanádio promete fortalecer a indústria e diversificar a economia, além de posicionar o estado como um fornecedor importante nos mercados internacionais, como EUA e União Europeia. (Energy Storage – 03.02.2025) 

A Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) iniciou a construção do projeto de armazenamento de energia em bateria Summerfield, de 240 MW/960 MWh, no sul da Austrália, com previsão de operação em 2027. Localizado perto de Mannum, na região de Murrayfields, o sistema está estrategicamente posicionado para ajudar a estabilizar a rede elétrica, conectando-se ao interconector Heywood entre as redes do sul da Austrália e Victoria. O projeto visa suportar a meta do governo do sul da Austrália de 100% de energia renovável líquida até 2027, transferindo o excesso de energia solar e eólica para os períodos de alta demanda. A Canadian Solar foi escolhida como parceira de construção e operação da bateria, utilizando sua tecnologia SolBank. A CIP planeja outros grandes projetos de armazenamento no país, com um pipeline local avaliado em mais de AUD 100 bilhões. A bateria Summerfield também conta com um contrato de 10 anos com a Origin Energy. (Ess News – 11.02.2025)

A WestWind Energy firmou um contrato de arrendamento com o governo de New South Wales para desenvolver o Parque Eólico Lake Victoria, que contará com até 203 turbinas eólicas e uma capacidade instalada de 1 GW. O projeto incluirá três sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS), com um total de 1.500MWh, destinados a capturar a energia gerada pela planta eólica e distribuí-la para a rede conforme necessário. Inicialmente, a capacidade do BESS estava prevista para ser de 2.400MWh, mas foi reduzida. Este sistema de armazenamento será essencial para otimizar a energia renovável e garantir a estabilidade do fornecimento. Com um investimento de AU$ 3,8 bilhões, o projeto visa impulsionar a economia regional e fornecer energia limpa a New South Wales, além de gerar empregos e benefícios financeiros para a comunidade local. (Energy Storage – 13.02.2025) 

A NGEN iniciou as operações da maior instalação de armazenamento de baterias da Áustria, localizada em Fürstenfeld, no sudeste do país. O sistema de armazenamento, com potência de 12 MW e capacidade de 24 MWh, foi construído em sete meses, utilizando seis Megapacks 2XL da Tesla. A instalação está situada próxima a um gerador a gás de madeira e a um parque solar de 10 MW, e tem como objetivo estabilizar a rede elétrica da região. O projeto foi desenvolvido em colaboração com a Fürstenfelder Ökoenergie e visa apoiar a transição energética. A NGEN, ativa em vários países europeus, vê esse projeto como o início de uma expansão para utilizar sistemas inteligentes de armazenamento em toda a região DACH e além. (Ess News – 10.02.2025) 

A Aggreko, empresa de origem inglesa e americana, está explorando a integração de armazenamento em baterias em seus projetos de geração de energia no Brasil, especialmente em sistemas isolados no norte do país. A empresa planeja competir em leilões de energia, como o LRCAP, que ocorrerão em 2025, oferecendo projetos híbridos que combinam baterias com usinas térmicas e solares. A hibridização tem como objetivo reduzir custos de geração, melhorar a confiabilidade e otimizar o uso de energia renovável. A Aggreko também está pesquisando as melhores soluções de baterias, considerando a evolução tecnológica e sua expertise adquirida com a compra da Younicos em 2017. A empresa pretende participar do leilão de armazenamento de energia, que deve acontecer após o LRCAP, integrando suas usinas térmicas a sistemas de armazenamento para garantir estabilidade durante os picos de demanda da rede. (Ess News – 03.02.2025) 

Foi iniciada a construção de um sistema de armazenamento de energia em bateria (BESS) de 98 MW/312 MWh em Huatacondo, na região de Tarapacá, Chile. O projeto, que é o segundo no país sob o Mecanismo Conjunto de Creditação (JCM) do Japão, visa contribuir para as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) do Japão em termos de redução de emissões de carbono. A AustrianSolar Chile Cuatro SpA contratou a Canadian Solar para fornecer as baterias SolBank 3.0, e a Tritec-Intervento ficará responsável pela construção do site. O BESS será integrado ao parque fotovoltaico Huatacondo, utilizando um sistema de controle avançado. Este é o primeiro projeto híbrido no Chile no âmbito do JCM e será combinado com a planta solar existente, "S4 Solar", inaugurada em 2019, que tem capacidade de 103 MW e foi desenvolvida por empresas como a Eiffage e a Sojitz. (Ess News – 11.02.2025) 

A HyperStrong Technology, com sede em Pequim, assinou um acordo estratégico de três anos com a subsidiária da EVE Energy, Hubei EVE Power, para garantir o fornecimento de 50 GWh de células de baterias para sistemas de armazenamento de energia entre 2025 e 2027, no valor de aproximadamente US$ 2,8 bilhões. Esse acordo marca uma transição significativa na cadeia de suprimentos da HyperStrong, substituindo a CATL como fornecedora principal de células de bateria. Com a EVE ultrapassando a CATL em 2024, o acordo não apenas inclui o fornecimento de células, mas também uma colaboração mais profunda em áreas como capacidade de produção e exploração de mercados internacionais. Essa parceria visa aumentar a eficiência, acelerar o compartilhamento de conhecimentos e criar valor econômico, consolidando a posição das duas empresas no setor global de armazenamento de energia. (Ess News – 10.02.2025) 

O governo da Estônia apoiará financeiramente um projeto de armazenamento de energia em usinas hidrelétricas reversíveis (UHRs) de 500MW para atender à crescente demanda por armazenamento de energia de longa duração, especialmente com a desconexão do país da rede elétrica russa. O projeto, localizado em Paldiski e desenvolvido pela Energiasalv, terá uma capacidade inicial de 500MW/6GWh, com previsão de operação até 2032, e pode ser expandido para 15GWh na segunda fase. A Estônia também está implementando projetos de BESS em grande escala e construindo novas linhas de transmissão e infraestrutura elétrica para garantir flexibilidade no sistema durante o período de transição para a rede elétrica europeia. O projeto de Paldiski é considerado de Interesse Comum da UE e contribuirá para a segurança energética regional. (Energy Storage – 04.02.2025) 

A EDF Renewables North America iniciou as operações de seu projeto Desert Quartzite, localizado no Condado de Riverside, Califórnia, com 375MW de capacidade solar e 600MWh de armazenamento. O sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS) tem 150MW e duração de 4 horas, e visa equilibrar a oferta e a demanda de energia no estado, especialmente com o fenômeno da "curva do pato", que ocorre quando a geração solar atinge seu pico durante o dia e cai à noite. A EDF não revelou os fornecedores dos componentes solares ou de armazenamento, mas o projeto, que entrou em operação em dezembro de 2024, foi construído em terras federais gerenciadas pelo Bureau of Land Management. A integração de armazenamento em projetos solares tem se tornado essencial na Califórnia, dada a crescente demanda por energia renovável e a necessidade de adaptar a rede elétrica ao mix energético do estado. (Energy Storage – 06.02.2025) 

A Enel North America iniciou as operações comerciais da instalação "Estonian", no Texas, que combina uma usina solar fotovoltaica de 202 MW com um sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS) de 104 MW. Localizada no condado de Delta, a instalação conta com contratos de compra de energia (PPA) com a BXP Inc. e a Capri Holdings Limited. A Enel agora opera aproximadamente 5 GW de capacidade de energia renovável e 1,3 GW de armazenamento no Texas, fazendo parte de seu portfólio de 11 GW na América do Norte. O projeto contribui para a flexibilidade e confiabilidade da rede, e as comunidades locais devem receber mais de 23 milhões de dólares em receita tributária. A Enel continua a expandir sua capacidade de resposta à demanda e a fornecer energia limpa e armazenamento flexível para apoiar a transição energética. (Ess News – 07.02.2025) 

A Georgia Power, empresa de energia dos EUA, acelerou seus planos de armazenamento de energia em baterias (BESS) em sua atualização de 2025 do Plano Integrado de Recursos (IRP). A empresa projeta adicionar mais de 2.065 MW de BESS até 2027, além de integrar 4 GW de recursos renováveis até 2035. Isso inclui novos projetos de BESS de grande escala, como 500 MW/2 GWh já localizados na Geórgia, e planos para incorporar armazenamento de longa duração a partir de 2028, com 3.000 MW anuais de BESS de 4 horas e 12 horas a partir de 2033. A Georgia Power também está incentivando a adoção de sistemas solares com armazenamento para clientes residenciais e comerciais por meio de um programa piloto, visando otimizar o uso de energia e reduzir custos para os consumidores. (Ess News – 04.02.2025) 

A GridStor, desenvolvedora americana de sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS), adquiriu um projeto de 150 MW/300 MWh no Texas, que será construído no condado de Hidalgo e está previsto para entrar em operação em 2026. O projeto surge como resposta ao crescimento da demanda por energia no estado, com o ERCOT projetando um aumento no pico de carga até 2030. A GridStor, que já adquiriu outros projetos no ano anterior, como um BESS de 200 MW / 800 MWh em Oklahoma, tem como objetivo aumentar a confiabilidade do fornecimento de energia, especialmente para grandes indústrias na região do Vale do Baixo Rio Grande. A empresa, apoiada pela Goldman Sachs, acredita que o armazenamento em baterias é a solução mais rápida e escalável para estabilizar a rede elétrica e garantir energia durante os períodos de maior demanda. (Energy Monitor – 04.02.2025) 

A BrightNight e a Cordelio assinaram um contrato de compra de energia (PPA) para o Pioneer Clean Energy Center, no Arizona, que combinará 300 MW de energia solar com 1.200 MWh de armazenamento de energia em baterias (BESS). O projeto, situado no condado de Yuma, começará a ser construído em setembro de 2025 e entrará em operação em abril de 2027, gerando centenas de empregos e uma significativa receita tributária. A BrightNight, especializada em projetos híbridos de energia renovável com armazenamento, tem se expandido globalmente, e o Arizona, com sua crescente demanda de eletricidade, tem visto diversos acordos de PPA com empresas de energia limpa. O projeto visa oferecer energia competitiva e confiável, apoiando a resposta à alta demanda de energia do estado. (Energy Storage – 05.02.2025) 

A terceira edição do Leilão de Energia Verde (GEA-3) das Filipinas resultou em 7,5 GW de projetos, superando a meta de 4,65 GW. Destacando-se no leilão, usina hidrelétrica reversível teve ofertas de até 6.950 MW, superando a meta de 4.250 MW. O Lote 1 adquiriu 2 GW de capacidade para Luzon, a ser entregue entre 2028-2030, enquanto o Lote 2 teve 4,2 GW oferecidos para o mesmo local entre 2031-2032, adquirindo 2 GW. Além disso, o Lote 3 obteve 250 MW para a região das Visayas. A tecnologia de armazenamento hidrelétrico reversível requer unidades de bomba-turbina de velocidade variável, para maior flexibilidade e eficiência. O GEA-3 também atraiu propostas de hidrelétricas de represamento e projetos geotérmicos, embora com menor adesão. Todos os projetos vencedores terão contratos de fornecimento de 20 anos, com a revisão das propostas sendo finalizada pela Comissão Reguladora de Energia. (Ess News – 13.02.2025) 

A Welspun New Energy firmou um memorando de entendimento com o governo de Odisha para implementar um projeto de armazenamento de energia em UHRs (hidrelétricas reversíveis) de 1,2 GW e um parque solar flutuante de 1 GW no estado indiano. O acordo, assinado durante o evento Make in Odisha Conclave 2025, inclui um investimento de 135 bilhões de rúpias (INR) para ambos os projetos. As UHRs utilizam excesso de energia limpa para bombear água para um reservatório elevado e, quando necessário, liberam a água para gerar eletricidade, oferecendo uma fonte confiável de energia e mitigando a intermitência de fontes renováveis como solar e eólica. A Welspun New Energy visa estabelecer 5 GW em projetos de energia renovável e produzir 2 milhões de toneladas anuais de amônia verde e metanol até 2030, reforçando a segurança energética e gerando oportunidades socioeconômicas na região. (Ess News – 05.02.2025) 

A Tesla e a Sumitomo Electric foram selecionadas para fornecer sistemas de armazenamento de energia no Japão. A Tesla fornecerá Megapacks para um projeto de BESS de 134 MW/548 MWh na Maibara Koto Power Storage Plant, em Shiga, com operação prevista para 2026. Este projeto foi um dos maiores vencedores nas licitações de capacidade de baixo carbono de 2023. Já a Sumitomo implantará um sistema de bateria de fluxo de vanádio de 4 MW/12,5 MWh nas Ilhas Oki, destinado a contribuir com a neutralidade de carbono e resiliência local em emergências. Ambos os projetos fazem parte do crescente mercado de armazenamento de energia no Japão, que está sendo impulsionado pelas licitações de capacidade de baixo carbono e pela busca por soluções de energia renovável nas ilhas remotas. (Energy Storage – 05.02.2025) 

A S4 Energy iniciou a operação de um sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS) Tesla Megapack de 10 MW/40 MWh em Rilland, Holanda, destacando-se como o primeiro sistema de duração de quatro horas no país. O projeto foi desenvolvido para enfrentar a sobrecarga da rede elétrica holandesa, que sofre com o descompasso entre a crescente demanda e a disponibilidade de energia renovável. A instalação, composta por 10 Tesla Megapacks, pode fornecer 10 MW de potência por quatro horas consecutivas, oferecendo uma solução escalável para estabilizar a rede e melhorar a flexibilidade do armazenamento de energia. A S4 Energy também anunciou o desenvolvimento de outros projetos na Europa, embora detalhes sobre localizações e cronogramas ainda não tenham sido revelados. (Ess News – 06.02.2025) 

A Firstway Energy obteve aprovação para três projetos de sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) no Reino Unido, totalizando 400 MW de capacidade. O maior projeto, de 200 MW, será instalado em Mill Hey, Cheshire, enquanto os outros dois, de 100 MW, serão localizados em Dudley, West Midlands, e em Boston, Lincolnshire. Em Dudley, o projeto incluirá melhorias ambientais, com um aumento de 28% nas unidades de habitat. A empresa trabalha para acelerar as conexões à rede por meio do sistema 'Protegida' Gate 2A, desenvolvido pela National Grid Electricity Distribution. Essas aprovações fazem parte do desenvolvimento de 40 sites que somam mais de 4 GW de capacidade, marcando um avanço importante para a Firstway Energy no setor de armazenamento de energia no Reino Unido. (Ess News – 07.02.2025) 

Recentemente, novos projetos de armazenamento de energia em larga escala (BESS) foram aprovados na Escócia e no sudoeste da Inglaterra, com destaque para o portfólio da Apatura, que ultrapassou 1.035 MW de capacidade após aprovação de um BESS de 150 MW em Paisley, na Escócia. A empresa também obteve aprovação para outro projeto em Neilston. A Renewable Connections obteve aprovação para o BESS de Summerway Drove em Somerset, com capacidade ainda não especificada, contribuindo para o objetivo do Reino Unido de reduzir emissões até 2050. A Black & Veatch, por sua vez, recebeu contratos para dois projetos no noroeste da Inglaterra e na Escócia, com capacidade total de 200 MWh. Esses projetos visam fortalecer a infraestrutura energética, promovendo um sistema de energia mais resiliente e sustentável. (Ess News – 11.02.2025) 

Em artigo publicado pela Agência Eixos, Daniel Steffens (sócio da Área de Energia e Infraestrutura do Urbano Vitalino Advogados) trata da necessidade do Brasil investir em usinas hidrelétricas reversíveis (UHRs) como parte de sua transição energética. Apesar de ser líder mundial em geração hidrelétrica, o país ainda não possui nenhuma UHR em operação, o que coloca em risco a segurança do fornecimento diante do aumento da geração de fontes renováveis intermitentes, como solar e eólica. As UHRs funcionam como reservatórios estratégicos de energia, armazenando energia durante períodos de baixa demanda e liberando-a quando a demanda aumenta, o que melhora a estabilidade do sistema. O Brasil precisa modernizar sua matriz elétrica, incorporando essas tecnologias e criando um marco regulatório adequado, com leilões de capacidade previstos para 2025, que podem incluir sistemas de armazenamento, além de outras soluções para garantir a confiabilidade da rede elétrica. (Agência Eixos – 11.02.2025)