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IFE Armazenamento: Usinas Reversíveis e Baterias 61

Políticas Públicas e Financiamentos

Brasil: EPE publica estudo sobre desafios e oportunidades para UHRs

O estudo "Roadmap de Usinas Hidrelétricas Reversíveis" da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) analisa as oportunidades e desafios para a implementação dessas usinas no Brasil, destacando a importância de um projeto piloto, a criação de uma modalidade de outorga e a revisão do desenho de mercado. As usinas reversíveis, que permitem o armazenamento de energia e podem responder aos horários de pico, oferecem flexibilidade, confiabilidade e serviços ancilares, como o controle de frequência do sistema elétrico. O estudo detalha três tipos de ciclos para essas usinas: aberto, fechado e semiaberto. Embora os custos iniciais de implantação sejam estimados entre US$ 1.200 e US$ 1.600 por kW, a regulação e a definição de mecanismos de remuneração ainda são desafios, com sugestões de ajustes regulatórios e criação de novos produtos no mercado de energia.(Agência CanalEnergia – 29.01.2025)

China: Capacidade de armazenamento de energia cresce 130% em 2024

Em 2024, a China adicionou 42,37 GW/101,13 GWh de nova capacidade de armazenamento de energia, elevando sua capacidade total para 73,76 GW/168 GWh, um aumento de mais de 130% em relação a 2023. A duração média de descarga dos sistemas foi de 2,3 horas, superior a 2,1 horas em 2023. A implantação de armazenamento se concentrou principalmente em províncias como Mongólia Interior, Xinjiang e Shandong, com uma tendência crescente de projetos em grande escala, sendo que 62,3% da capacidade instalada ultrapassou 100 MW. A China também avançou na integração de novas tecnologias de armazenamento, incluindo sistemas não baseados em lítio, como armazenamento em ar comprimido e baterias de sódio-íon. Esse crescimento faz parte da estratégia nacional de integrar energias renováveis, com o país planejando adicionar 200 GW de energia renovável anualmente entre 2025 e 2027. (Ess News – 23.01.2025)

Austrália: Financiamento para projeto BESS de 760 MW/3.096 MWh

A Quinbrook Infrastructure Partners garantiu AUD 722 milhões (US$ 450 milhões) para financiar as duas primeiras fases de seu projeto de armazenamento de energia em baterias (BESS) Supernode, que será construído em Brendale, Queensland. O projeto de AUD 2,5 bilhões, que incluirá baterias e um centro de dados, terá capacidade total de 760 MW/3.096 MWh, tornando-se um dos maiores do mundo. As duas primeiras fases, com capacidade de 520 MW/1.856 MWh, já estão em construção, e a terceira fase está prevista para aumentar a capacidade. A Quinbrook firmou contratos de compra de energia com Origin Energy e Stanwell para garantir a viabilidade financeira do projeto. Financiado por grandes instituições financeiras, o projeto ajudará a armazenar energia solar excedente e fornecer energia durante os picos de demanda da rede. A entrega da primeira fase está prevista para 2025.(Ess News – 21.01.2025)

EUA: Mercom Capital Group registra US$ 19,9 bilhões em financiamento para armazenamento de energia em 2024

Em 2024, o Mercom Capital Group relatou o segundo maior financiamento anual para o setor de armazenamento de energia, com US$ 19,9 bilhões arrecadados em 116 transações, ficando atrás apenas de 2022. Embora o financiamento de capital de risco tenha caído 60% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 3,7 bilhões, o financiamento por dívida e do setor público aumentou 65%, somando US$ 16,2 bilhões. As empresas de tecnologia de baterias de lítio-íon lideraram os investimentos, com destaque para a Form Energy, que arrecadou US$ 405 milhões. No setor de redes inteligentes, o financiamento corporativo totalizou US$ 2,4 bilhões, com um aumento de 13% no financiamento de capital de risco, liderado por empresas de carregamento de veículos elétricos como a Electra. O mercado de armazenamento de energia continua a atrair investidores, apesar das variações no tipo de financiamento. (Ess News – 23.01.2025)

Porto Rico: Financiamento para projeto de 55 MW/55 MWh

O Escritório de Programas de Empréstimos (LPO, na sigla em inglês) do Departamento de Energia dos EUA (DOE) anunciou mais de US$ 1,2 bilhão em empréstimos e compromissos condicionais para projetos de energia em Porto Rico, com foco em renováveis e armazenamento em baterias. O LPO garantiu US$ 584,5 milhões para um sistema solar de 100 MW e BESS de 55 MW/55 MWh, além de financiar três outros projetos de BESS no território. Também foram anunciados compromissos condicionais para projetos da Pattern e Infinigen, com BESS adicionais e integração solar. Esses projetos apoiam a meta de Porto Rico de se tornar 100% renovável até 2050 e estão alinhados com a iniciativa Justice40, que destina 40% dos investimentos federais a comunidades desfavorecidas. Esses investimentos significam um avanço importante para a infraestrutura energética do território, embora o futuro do LPO sob a administração Trump permaneça incerto. (Energy Storage – 20.01.2025)

Romênia: Financiamento para projetos de armazenamento de energia

O Ministério da Energia da Romênia anunciou uma nova rodada de financiamento não reembolsável de 150 milhões de euros (158 milhões de dólares) para sistemas de armazenamento de energia em baterias, voltado para instalações independentes. O programa será conduzido por meio de uma licitação competitiva, onde as ofertas serão classificadas pelo valor da ajuda estatal solicitada por MWh. O financiamento está disponível para microempresas, pequenas e médias empresas, grandes empresas e autoridades autônomas, tanto na Romênia quanto em outros países da UE. O objetivo é apoiar investimentos em sistemas de armazenamento que armazenem energia renovável e operem de forma independente. A Romênia já atraiu 14 bilhões de euros em financiamentos não reembolsáveis e alocou 80 milhões de euros em seu plano de recuperação, visando um total de 1,8 GW de capacidade de armazenamento. O país também lançou outros programas de armazenamento, com a meta de alcançar 1.000 MW de capacidade nos próximos dois anos. (Ess News – 20.01.2025)

Mecanismos de Inserção de Armazenamento de Energia

Wood Mackenzie: Mercado de armazenamento de energia cresce 44% em 2024

O armazenamento de energia, especialmente por meio de sistemas de baterias (BESS), tem se tornado essencial para expandir a geração renovável, mas ainda enfrenta desafios, como a necessidade de fornecer energia constante para as redes. Apesar das limitações das baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP), a capacidade de armazenamento está crescendo rapidamente, com o mercado de BESS expandindo 44% em 2024, de acordo com a Wood Mackenzie. O governo global tem aumentado os investimentos, com destaque para a China, que lidera o mercado e responde por metade da capacidade instalada. A Arábia Saudita também se destaca, com planos de instalar 14 GW de capacidade até 2033. Avanços em tecnologias como baterias de fluxo e ferro-ar prometem maior duração e eficiência, enquanto os custos de armazenamento continuam a cair. No entanto, o protecionismo comercial e a dependência de fornecedores limitam o crescimento, e outras formas de geração, como gás com captura de carbono e hidrogênio verde, serão necessárias para garantir a segurança energética. (Woodmac – 23.01.2025)

Canadá: Lançamento de projeto de UHR de 1 GW/11 GWh

O governo de Ontário, no Canadá, iniciou os trabalhos de pré-desenvolvimento para um projeto de armazenamento de energia em hidrelétrica reversível (UHR) de 1 GW/11 GWh, localizado em Meaford, a 180 km de Toronto. Com investimento de até CA$ 285 milhões (US$ 198 milhões), o projeto será co-desenvolvido pela TC Energy e pela Nação Saugeen Ojibway. A proposta envolve o bombeamento de água da Baía Georgiana para um reservatório elevado durante a baixa demanda e sua liberação para gerar energia durante picos de consumo. A TC Energy, que apresentou a proposta em 2019 com um custo estimado de CA$ 4,5 bilhões, aguarda a aprovação final do governo provincial após a realização de avaliações ambientais e de custos. O ministro de energia de Ontário destaca que o projeto pode atender ao crescimento da demanda por eletricidade, que deve aumentar 75% até 2050, e contribuir significativamente para a economia da província, com previsão de impactar o PIB em CA$ 6,2 bilhões ao longo de 50 anos. (Energy Storage – 29.01.2025)

Egito Construção de sistema de armazenamento de 300 MWh

A AMEA Power está desenvolvendo um pioneiro sistema de armazenamento de energia em bateria (BESS) de 300 MWh, integrado à sua planta solar fotovoltaica de 500 MW em Abydos, no Egito, a primeira instalação do tipo em escala de utilidade no país. Anunciado em setembro de 2024, o projeto contará com sistemas de BESS fornecidos pela Trinasolar e conversores de energia da Sineng Electric. A construção da planta será realizada em parceria com a Energy China ZTPC. Além disso, a empresa está investindo US$ 800 milhões em outro projeto solar de 1 GW com BESS de 600 MWh em Benban, Aswan, que se tornará o maior da África. A AMEA Power também foi premiada com projetos de BESS em uma licitação na África do Sul, reforçando seu compromisso com a expansão de energias renováveis. (Ess News – 23.01.2025)

EUA: GridStor adquire sistema de BESS de 100 MW/400 MWh

A GridStor adquiriu um sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS) de 100 MW/400 MWh no Arizona, enquanto as desenvolvedoras On.Energy e esVolta avançaram com novos projetos de BESS no Texas. On.Energy garantiu uma linha de crédito de construção de US$ 243 milhões para implantar um portfólio de 160 MWh em baterias no Texas, com 200 MWh programados para 2025 e um pipeline de 2 GWh até 2028. A esVolta, com apoio da Captona LLC, recebeu financiamento para três projetos no Texas, totalizando 490 MW/980 MWh, previstos para operar até julho de 2025. Já a GridStor, com apoio do Goldman Sachs, comprou um sistema de BESS de 100 MW/400 MWh no Arizona, visando atender à crescente demanda energética na região. Além disso, a empresa anunciou a aquisição de um projeto de 200 MW/800 MWh em Oklahoma, reforçando sua presença no mercado de armazenamento de energia. (Ess News – 29.01.2025)

EUA: Governo eleva incentivos fiscais para componentes domésticos para BESS

O IRS dos EUA atualizou as proporções de custos para sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) no cálculo de qualificação para incentivos fiscais de conteúdo doméstico, com um aumento esperado no número de fornecedores dos EUA nos próximos anos. A tabela revisada, apresentada no "Aviso 2025-08", ajuda a determinar a elegibilidade para um adicional de 10% no crédito fiscal de investimento (ITC), dependendo da quantidade de componentes fabricados nos EUA, com um aumento gradual até 2027. Para BESS em grande escala, a proporção do Pacote/Módulo de Bateria foi reduzida de 72,4% para 65,6%, enquanto a do Recipiente/Habitação de Bateria aumentou de 22,3% para 29,8%. O IRS não explicou a redução nos custos das baterias, mas é possível que ela reflita a queda global nos preços. Além disso, espera-se que o número de fornecedores dos EUA de células, módulos e recipientes de BESS aumente significativamente até 2027, impulsionado por incentivos fiscais e tarifas comerciais. (Energy Storage – 28.01.2025)

EUA: Associação de energia solar planeja expandir armazenamento de energia para 700 GWh até 2030

A Solar Energy Industries Association (SEIA) delineou um plano para expandir significativamente o armazenamento de energia nos EUA até 2030, visando atingir 700 GWh, com 10 milhões de sistemas de armazenamento distribuído. A SEIA argumenta que essa meta é essencial para garantir a segurança energética e a resiliência, especialmente com o crescimento da geração solar e a necessidade de armazenar energia para uso noturno. O documento técnico da SEIA recomenda políticas para apoiar a expansão do armazenamento, como preservar créditos fiscais, garantir acesso à rede e apoiar a manufatura doméstica. Também destaca a importância de investimentos em comunidades de baixa renda e no desenvolvimento de tecnologias de armazenamento de longa duração. Com essas políticas, a SEIA acredita que os EUA podem alcançar suas metas de armazenamento e fornecer energia confiável, criando empregos e fortalecendo a infraestrutura energética. (Ess News – 29.01.2025)

Índia: GUVNL lança licitação para sistemas de armazenamento de 500 MW/1 GWh

A Gujarat Urja Vikas Nigam Ltd (GUVNL), empresa pública de energia, está aceitando propostas para instalar sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) de 500 MW/1 GWh conectados à rede em Gujarat. Os licitantes vencedores receberão contratos de compra de energia e deverão desenvolver os sites sob o modelo de construir, possuir e operar (BOO). As propostas, com prazo até 24 de fevereiro de 2025, devem ter um tamanho mínimo de 50 MW/100 MWh, podendo ser ampliadas em incrementos de 50 MW/100 MWh. Além disso, a GUVNL também abriu uma licitação para alocar 250 MW de projetos solares conectados à rede, com possibilidade de adicionar mais 250 MW. Os contratos de compra de energia (PPAs) podem ser de 25 anos, com prazos de envio para os projetos solares até 10 de fevereiro de 2025. (Ess News – 20.01.2025)

Índia: Leilões de energia renovável com armazenamento devem atingir 74 GW/411 GWh até 2032

A India Ratings (Ind-Ra) prevê que os leilões de energia renovável com armazenamento crescerão significativamente para atender à demanda do Plano Nacional de Eletricidade, que exige cerca de 74 GW/411 GWh de capacidade de armazenamento até 2032. A agência espera que a Índia adicione entre 25 GW e 28 GW de capacidade renovável no ano fiscal de 2024-25, com a maioria dos projetos sendo solares. Até 2030, as renováveis devem representar 55% a 60% da nova capacidade, contribuindo com 35% a 40% para a matriz energética do país. No entanto, desafios como aquisição de terras e infraestrutura de transmissão persistem. Em 2024, 32 GW foram alocados em leilões, com destaque para projetos híbridos e de armazenamento, impulsionados pela necessidade de estabilidade da rede e pela transição energética da Índia. (Ess News – 22.01.2025)

Moldávia: Licitação para projeto de 75 MW de armazenamento de energia

O Ministério da Energia da Moldávia, em parceria com a USAID, lançou uma licitação para 75 MW de armazenamento de energia em baterias, visando melhorar a segurança energética do país. A primeira fase da licitação envolve a aquisição de um sistema de 30 MW, com instalação prevista na usina termoelétrica CET Nord, em Balti, até setembro de 2026. O projeto busca fortalecer a confiabilidade da rede elétrica moldava, facilitar o comércio de energia com Romênia e Ucrânia, e apoiar a integração de energia renovável local. Financiado com US$ 85 milhões da USAID, o sistema ajudará a otimizar a gestão da energia e a manter a flexibilidade da rede. Em 2024, a Moldávia alcançou 580 MW de capacidade renovável, um crescimento significativo, e está investindo mais em projetos solares e eólicos, com leilões previstos até março de 2025. (Ess News – 24.01.2025)

Projetos de Armazenamento de Energia em Larga Escala

África: Mercado de armazenamento de energia cresce de 31 MWh para 1.600 MWh em 2024

O mercado de armazenamento de energia na África cresceu significativamente desde 2017, saltando de 31 MWh para 1.600 MWh em 2024, conforme o relatório da AFSIA Solar. O armazenamento se tornou essencial para complementar a geração de energia renovável variável, como a solar fotovoltaica (PV), com desenvolvedores cada vez mais buscando co-localizar sistemas de armazenamento de baterias (BESS) em usinas solares. A capacidade de armazenamento triplicou entre 2022 e 2023, e em 2024 teve um aumento de dez vezes. A introdução das baterias de lítio e a redução nos custos de baterias, com uma queda de 20% em 2024, impulsionaram o mercado. A co-localização de BESS com geração renovável está se tornando a norma para projetos em larga escala. Projetos notáveis, como o da Scatec na África do Sul, destacam-se pela integração de energia solar com armazenamento, abordando desafios de fornecimento e reduzindo o uso de geradores a diesel. O interesse por BESS deve continuar a crescer, com um pipeline de 18 GWh em desenvolvimento na África. (Energy Storage – 20.01.2025)

Arábia Saudita: Construção de sistema de armazenamento de energia de 500 MW/2000 MWh

A Arábia Saudita conectou oficialmente seu maior sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS) à rede elétrica, com 500 MW/2000 MWh de capacidade, localizado em Bisha, na província de Asir. Este é o maior projeto de armazenamento de energia operacional em uma única fase do mundo. O projeto, de propriedade da Saudi Electric Company (SEC), utiliza 122 unidades pré-fabricadas da chinesa BYD, cada uma com sistema de conversão de potência e baterias de fosfato de ferro-lítio. Realizado por um consórcio entre a State Grid Corporation of China e a Alfanar Projects, o desenvolvimento enfrentou desafios devido ao ambiente desértico, como temperaturas extremas e tempestades de areia. O BESS de Bisha faz parte da Visão 2030 da Arábia Saudita para gerar 50% de sua energia de fontes renováveis e visa fortalecer a infraestrutura de energia renovável do país. Além disso, o país está licitando novos projetos de grande escala de BESS. (Ess News – 20.01.2025)

Austrália: Acordo para construção de projeto de UHR de 750 MW/12 GWh

A Gamuda e a Ferrovial firmaram um acordo de envolvimento precoce de empreiteiro (ECI) para o desenvolvimento de um projeto de hidrelétrica reversível (UHR) de 750 MW/12 GWh em Queensland, Austrália, localizado perto de Mackay. O projeto, Capricornia, será co-desenvolvido pelo Capricornia Energy Hub (CEH), com apoio da TC Energy. Ele contará com dois reservatórios e estará conectado ao Mercado Nacional de Eletricidade (NEM), contribuindo para as metas de descarbonização da província. A construção está prevista para iniciar em 2026, criando cerca de 600 empregos. O projeto faz parte de um hub que também inclui uma planta solar de 1 GW, uma planta eólica de 500 MW e um sistema de BESS. No entanto, o setor de UHRs em Queensland enfrentou desafios, como o cancelamento do projeto Pioneer-Burdekin, e agora há incertezas sobre o futuro de outros projetos, como o Borumba UHR, que teve aumento de custos e adiamento. (Energy Storage – 29.01.2025)

Austrália: Modo Energy prevê 16,8 GW de armazenamento até 2027

A Modo Energy prevê que até o final de 2027, 16,8 GW de sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) serão conectados ao Mercado Nacional de Eletricidade (NEM) da Austrália, um aumento de nove vezes em relação à capacidade atual de 2 GW. A transição da geração de energia a carvão para fontes renováveis é um dos principais impulsionadores desse crescimento. A maior parte da capacidade será concentrada em Nova Gales do Sul, Queensland e Vitória, responsáveis por 88% da demanda do NEM. A construção de baterias maiores, como o projeto da usina Eraring e o Waratah Super Battery, e a tendência de baterias com maior duração (2,5 horas até 2027) também são características desse aumento. O valor da capacidade de armazenamento no pipeline até 2027 atingirá 42,8 GWh, com destaque para projetos como o Melbourne Renewable Energy Hub e o Mortlake BESS. (Energy Storage – 22.01.2025)

Austrália: Comissionamento de projeto BESS de 1,6 GWh

A Lumea, braço comercial da Transgrid, iniciou a conexão à rede do projeto de armazenamento de energia em baterias (BESS) de 1,6 GWh do Melbourne Renewable Energy Hub (MREH), em Victoria, Austrália. O projeto, desenvolvido pela Equis em parceria com a Comissão de Eletricidade do Estado de Victoria (SEC), inclui a construção de uma subestação e a instalação de um cabo subterrâneo de 500 kV. O MREH, que usará Tesla Megapacks, é considerado um dos maiores projetos BESS do estado e ajudará na estabilização da rede à medida que mais fontes renováveis se conectem. Com um custo estimado de AU$ 1 bilhão, o projeto, aprovado em outubro de 2023, deverá ser operacional em 2025 e será conectado a três Zonas de Energia Renovável (REZ), contribuindo para a transição energética e a desativação das usinas a carvão. O MREH também apoia as metas de energia renovável e neutralidade de carbono de Victoria. (Energy Storage – 20.01.2025)

Chile: Novos projetos de BESS totalizam mais de 4,7 GWh de capacidade de armazenamento

Entre 23 e 30 de janeiro, seis solicitações para sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) foram submetidas para licenças ambientais no Chile, totalizando mais de 4,7 GWh de capacidade de armazenamento. Três BESS independentes, com mais de 2,8 MWh de capacidade, e três co-localizados, com 630 MWh adicionais, foram apresentados. Dentre os projetos, destaca-se o Kanut Energy Storage System, com 1.906 MWh de capacidade e início previsto para 2027, e o Melipilla BESS, de 922,76 MWh, que começará em 2026. Outros projetos incluem o Polpaico BESS de 300 MW, o Hemera BESS de 541,44 MWh e o La Estancilla Solar Park, com 250 MW/45 MWh. O projeto Sol de la Virgen terá um BESS de 44,1 MWh, com início programado para 2027. Esses projetos refletem o crescente investimento em soluções de armazenamento de energia no Chile. (Ess News – 31.01.2025)

Chile: Sungrow apresenta projeto de BESS de 120 MW/922,76 MWh

A gigante chinesa Sungrow apresentou uma avaliação de impacto ambiental para um projeto de US$ 157 milhões na comuna de Melipilla, região metropolitana de Santiago, que inclui um sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS) de 120 MW/922,76 MWh e uma linha de transmissão de 230 metros de 220 kV. O projeto ocupará 2,8 hectares e envolverá a instalação de 184 unidades de armazenamento conectadas a uma subestação elevadora de alta tensão. O objetivo é armazenar energia gerada por fontes renováveis durante o dia e injetá-la na rede elétrica nacional em momentos de alta demanda. Se aprovado, a construção começará em agosto de 2026, com uma vida útil de 30 anos. O projeto visa atender à crescente necessidade de integração de grandes baterias no Chile, devido ao curtailment da energia renovável no país. (Ess News – 22.01.2025)

Indonésia: Lançamento de projeto solar com armazenamento de 14,2 MWh

A PT Sembcorp Renewables Indonesia e a estatal PT PLN Nusantara Renewables lançaram um projeto de energia solar com armazenamento em larga escala em Nusantara, na ilha de Bornéu, Indonésia. A usina Nusantara Sembcorp Solar Energi (NSSE) possui 50 MW de energia solar fotovoltaica e um sistema de armazenamento em baterias (BESS) de 14,2 MWh, ocupando 87 hectares de terra. O projeto utiliza módulos solares bifaciais e baterias de fosfato de ferro-lítio, com a capacidade de gerar cerca de 93 GWh de energia renovável por ano, atendendo às necessidades elétricas da futura capital da Indonésia, Nusantara. O projeto visa complementar a transição energética do país, que tem metas ambiciosas de energia renovável para 2040. Este lançamento marca a primeira grande incursão da Sembcorp na Indonésia, após o cancelamento de um projeto solar anterior, e reforça o papel do armazenamento de energia na estabilização da rede elétrica. (Energy Storage – 21.01.2025)

Polônia: Projetos de BESS vencem 2,5 GW em leilão de capacidade

O governo da Polônia está considerando novos leilões de mercado de capacidade (CM) com o objetivo de favorecer usinas a gás, após os sistemas de armazenamento de energia em bateria (BESS) dominarem o último leilão. No leilão de dezembro de 2024, projetos de BESS venceram 2,5 GW de contratos, representando 50% a mais do que em 2023, apesar da redução no fator de desvalorização da tecnologia. Isso ocorreu devido à crescente competitividade dos custos do BESS, que superaram as usinas a gás, que quase não venceram contratos. No entanto, o governo está preparando emendas à Lei do Mercado de Capacidade para ajustar os parâmetros dos leilões, favorecendo as usinas a gás. A estatal PGE também anunciou a escolha da LG Energy Solution para fornecer BESS em um projeto de 263 MW/900 MWh, com contrato de CM. (Energy Storage – 30.01.2025)

Portugal: Projetos de armazenamento de energia recebem € 100 milhões de financiamento

Portugal selecionou 43 projetos de armazenamento de energia, entre 79 candidaturas, para um financiamento de 100 milhões de euros, alocados pelo Ministério da Energia, com o objetivo de instalar esses projetos até o final de 2025. Os projetos, que podem receber até 30 milhões de euros cada, fazem parte do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e visam contribuir para a descarbonização do sistema energético e a transição para uma economia mais verde, alinhada aos objetivos do Plano Nacional de Energia e Clima 2030. Entre os selecionados, destacam-se seis projetos da Iberdrola, que receberam quase 20 milhões de euros. O maior financiamento, de 16,4 milhões de euros, foi para o projeto Solara4Phase4. A iniciativa reforça o compromisso de Portugal com as energias renováveis, que já representaram 71% da eletricidade do país em 2024. (Ess News – 22.01.2025)

Reino Unido: Projeto GeoGrid recebe £ 480.000 para explorar armazenamento geotérmico de longa duração

O projeto GeoGrid no Reino Unido recebeu £ 480.000 do Fundo de Inovação Estratégica (SIF) da Ofgem para explorar o armazenamento geotérmico de longa duração e aprimorar o balanceamento de redes e a gestão de energia. Com a colaboração de várias entidades, incluindo a LCP Delta, Geosolutions Leeds, Universidade de Leeds e E.ON, o projeto busca melhorar a eficiência do sistema de energia para lidar com o aumento da demanda, especialmente devido à eletrificação do aquecimento. O teste será realizado no Campus Geotérmico da Universidade de Leeds e visa soluções escaláveis para o Reino Unido. O GeoGrid pretende reduzir custos de conexão à rede, diminuir a necessidade de reforços caros e aumentar a resiliência da rede, além de otimizar o armazenamento de energia renovável e apoiar a transição para um sistema de energia mais descarbonizado. A abordagem também pode ser aplicada a outros métodos de armazenamento de calor. (Smart Energy – 23.01.2025)

Artigos e Estudos

Artigo de Daniel Araújo Carneiro: Armazenamento de energia em baterias (BESS): confiabilidade e desempenho na regulação de PCHs

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Daniel Araujo Carneiro (diretor da DAC Energia) trata da crescente relevância dos sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) no Brasil, impulsionados pela integração de fontes renováveis como solar, eólica e hídrica. O texto destaca como os BESS são aplicáveis a Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais de Geração Hídrica (CGHs), proporcionando benefícios como regulação de frequência, arbitragem de energia e suporte à integração de fontes renováveis. Além disso, os sistemas híbridos, como os testados na usina hidrelétrica de Vogelgrun na França, combinam hidrelétricas com BESS, aumentando a flexibilidade operacional e reduzindo o desgaste dos equipamentos. Carneiro sugere que o Brasil adote projetos-piloto com PCHs e CGHs, promovendo um setor elétrico mais eficiente, sustentável e resiliente. (Agência CanalEnergia – 27.01.2025)