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IFE
22/08/2023

IFE 5.789

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Leonardo Gonçalves, Maria Luísa Michilin e Sofia Paoli

IFE
22/08/2023

IFE nº 5.789

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Leonardo Gonçalves, Maria Luísa Michilin e Sofia Paoli

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IFE 5.789

Regulação

Aneel: Proposta para redução de taxa extra da conta de luz

A diretoria da Aneel analisará uma proposta de consulta pública para reduzir o valor das taxas extras cobradas na conta de luz para bancar o uso de usinas térmicas. As chamadas bandeiras tarifárias, porém, não devem ser acionadas este ano, diante do elevado nível dos reservatórios das hidrelétricas. Desde abril de 2022, está vigente a bandeira verde, que não representa cobrança adicional. A proposta é feita cerca de dois anos depois da criação de uma bandeira extra para enfrentar a crise hídrica de 2021, uma das maiores que o país já viveu. Na época, a Aneel passou a cobrar mais R$ 14,20 por cada 100 kWh consumidos. A ideia da área técnica da Aneel agora é reduzir a bandeira amarela em 36,9%, de R$ 2,98 para R$ 1,98 por 100 kWh. A bandeira vermelha pode cair 31,3%, de R$ 6,50 para R$ 4,46 por 100 kWh. Já a vermelha nível 2, para secas mais severas, cairia 18,6%, de R$ 9,79 para R$ 7,87. Segundo a nota técnica que embasa a proposta, a redução reflete a queda dos custos dos combustíveis das térmicas, o crescimento da oferta de energia hidráulica, e a suspensão de alguns contratos de térmicas emergenciais fechados durante a crise hídrica. Se aprovada pela diretoria da Aneel, a proposta ficará em consulta pública, para receber contribuições do mercado antes de voltar à avaliação do colegiado. (Valor Econômico - 21.08.2023)
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Artigo de Edvaldo Santana: "O apagão e o lema do Chacrinha"

Em artigo publicado no Valor Econômico, Edvaldo Santana, doutor em engenharia de produção e ex-diretor da Aneel, aborda a questão do recente apagão no SIN. O autor aponta que no dia do apagão, a geração por meio da fonte solar passava de 2 GW para quase 20 GW, numa rampa espetacular. E 95% disso entre o norte de Minas e o Nordeste. No mesmo intervalo, mais 4 GW de geração distribuída (GD) com solar fotovoltaica eram agregados à rede. Simultaneamente, as eólicas, que produziram mais de 22 GW na madrugada, reduziam a geração, por falta de vento, para 14 GW. Neste sentido, Santana indica que com o veloz e promissor crescimento das renováveis na matriz elétrica, o recurso escasso agora é confiabilidade, e não mais a energia. O autor ainda sublinha que, neste novo cenário, reservatórios serão mais utilizados e térmicas flexíveis necessárias, assim como é urgente um novo desenho para a gestão da operação do sistema. (GESEL-IE-UFRJ - 22.08.2023)
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Transição Energética

Piauí costura megaprojeto de hidrogênio verde também com a China

Além da espanhola Solatio Energia, o governo do Piauí deverá fazer tratativas com empresas chinesas para a produção de hidrogênio verde. O governo do Piauí está buscando consolidar no Estado um megaprojeto de transição energética. Ele começou a ganhar forma por meio de um memorando de entendimentos entre a Solatio e governo piauiense. (Relatório Reservado - 18.08.2023)
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Empresas

Isa Cteep: Início da operação comercial de projeto em MG

A Isa Cteep comunicou o início da operação comercial do projeto Triângulo Mineiro, pertencente à sua subsidiária integral IEMG, com 20 meses de antecipação em relação ao prazo estabelecido pela Aneel. O projeto Triângulo Mineiro está localizado no Estado de Minas Gerais e contempla duas linhas de transmissão com 158 quilômetros de extensão e quatro subestações digitais. Destas, três são subestações novas e uma ampliação de uma subestação pertencente a outra transmissora que, juntas, totalizam 1.600 MVA de potência. O investimento realizado até o momento foi de aproximadamente R$ 450 milhões e o regime de tributação é de lucro presumido com consolidação integral na Isa Cteep. O projeto foi integralmente financiado por meio de debêntures verdes de infraestrutura. (Valor Econômico - 21.08.2023) 
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Cemig lança edital de R$ 150 mi em inovação

A Cemig abriu inscrições do edital de R$ 150 milhões que selecionará projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) para soluções de descarbonização e eletrificação da economia, incluindo eletromobilidade, hidrogênio verde, além da promoção da sustentabilidade, com a preservação do meio ambiente e o combate às mudanças climáticas. Também serão analisadas tecnologias que promovam a excelência na experiência dos clientes nos mercados de energia e a eficiência nos processos administrativos da companhia. As propostas de projetos devem buscar a máxima conexão com os quatro eixos direcionadores de interesse, definidos no edital: (I) objetivos estratégicos da Cemig; (II) desenvolvimento e aplicação de tendências e tecnologias emergentes no contexto do setor elétrico; (III) geração de valor nos negócios e operações atuais da empresa e desenvolvimento de novos produtos, serviços e negócios, além de objetivos estratégicos do Plano Estratégico Quinquenal de Inovação (PEQuI) 2023-2028 definido pela Aneel. (Agência CanalEnergia - 21.08.2023)
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Urca Trading: Criação de comercializadora de energia

A Urca Trading, braço de comercialização do grupo Urca Energia, está lançando uma área que será dedicada à negociação de contratos de eletricidade com clientes de pequeno porte. A iniciativa se insere às vésperas de uma redução nos limites de migração para o mercado livre. Em janeiro, consumidores de energia com carga abaixo de 0,5 MW, conectados em média e alta tensões, poderão mudar de ambiente de contratação. O potencial de migração varia entre 72 mil e 165 mil unidades consumidoras, segundo estimativas da CCEE. A expectativa, segundo presidente da Urca Trading, Dante Beneveni, é que a empresa conquiste uma carteira de 500 clientes no fim deste ano e alcance a meta de 2,5 mil novos consumidores no fim de 2024. Como diferencial, a Urca quer oferecer contratos de fornecimento de energias renováveis, de usinas próprias e de terceiros. Inclusive, com possibilidade de contar com selo de certificação da origem da energia, abrindo a esses novos clientes a oportunidade de descarbonizar e tornar as operações mais sustentáveis. “Essa oportunidade de abertura de mercado faz com que as empresas se adaptem e isso tende se a popularizar ainda mais”, disse o executivo. (Valor Econômico - 22.08.2023)
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Leilões

Aneel avalia recurso de consórcio Gênesis, inabilitado do leilão de junho

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) analisa nesta terça-feira, 22, a homologação do resultado do primeiro leilão de transmissão deste ano. No mesmo processo também está prevista a discussão sobre o recurso apresentado pelo Consórcio Gênesis, que foi inabilitado pela agência reguladora após vencer a disputa por dois lotes no certame, realizado no fim de junho. Formado pelas empresas The Best Car Transporte de Cargas e Entec Empreendimentos Eireli, o consórcio arrematou dois lotes no leilão de transmissão, mas não foi habilitado pela agência reguladora, que identificou uma série de inconsistências na documentação apresentada pelas empresas. (Broadcast Energia - 21.08.2023) 
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TCU analisa segundo acordo com térmicas do leilão emergencial

O Tribunal de Contas da União (TCU) analisa na próxima quarta-feira, 23, o segundo acordo relacionado às usinas térmicas contratadas no leilão emergencial, chamado formalmente de Procedimento Competitivo Simplificado (PCS), que foi realizado em outubro de 2021 por conta da crise hídrica. Dessa vez, o plenário julga o caso de três usinas que pertencem ao BTG. O caso é visto como um dos mais simples pela área técnica do órgão fiscalizador, uma vez que os empreendimentos entraram em operação no prazo previsto no edital do certame. O TCU também discute acordos com outros vencedores que não cumpriram o cronograma estabelecido pelo governo. (Broadcast Energia - 21.08.2023) 
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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

CCEE: Consumo de energia subiu 0,4% no Brasil em julho

O consumo de energia em todo o País aumentou 0,4% durante o mês passado, quando o Brasil consumiu 63.322 MWmed. A alta é observada ante julho de 2022, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) com base nos dados preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal. De acordo com a CCEE, o resultado foi impulsionado por residências e pequenos comércios, que apresentaram maior consumo diante do aumento das temperaturas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O ambiente regulado, que concentra consumidores de menor porte atendidos por distribuidoras, apresentou alta de 0,8% no comparativo anual. Já no mercado livre, indústrias e grandes empresas registraram queda de 0,4%. A redução reflete, principalmente, uma produção menor no ramo de fabricação de veículos, informou a CCEE. (Broadcast Energia - 21.08.2023) 
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CCEE: PLD médio diário mantém-se no patamar mínimo regulatório, de R$ 69,04/MWh, em todo o País

O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) mantém-se no patamar regulatório mínimo de R$ 69,04 por MWh nesta terça-feira, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Já são onze meses no piso regulatório, que em 2022 era de R$ 55,70 por MWh. O preço não apresenta oscilações ao longo do dia em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN), de forma que os PLDs médios, mínimos e máximos coincidem em todos os submercados do País. O cálculo do PLD considera os limites máximos e mínimos para cada período e submercado. O valor reflete os modelos computacionais do setor, que levam em conta fatores como carga, incidência de chuvas e o nível de armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas. (Broadcast Energia - 22.08.2023) 
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Gás e Termelétricas

Dias de consumo excessivo de gás na Europa estão desaparecendo

O mercado de gás mais quente de 2022 na Europa esfriou, mas algumas das mudanças deverão permanecer. A demanda por gás natural na Europa não se recuperou, apesar dos preços mais baixos. O preço de referência do TTF da Holanda caiu 85% em comparação com o ano anterior, quando a Europa estava correndo para encher suas instalações de armazenamento de gás para o inverno depois que a Rússia cortou o fornecimento. Os preços caíram em parte porque o armazenamento de gás na Europa já está cheio. Ele atingiu uma meta de capacidade de 90% na semana passada, mais de dois meses antes do cronograma estabelecido no ano passado pela União Europeia. Mas a demanda subjacente também é fraca. De acordo com o rastreador de demanda de gás natural europeu do think tank Bruegel, o uso de gás no primeiro trimestre deste ano foi 18% menor que a média de 2019-2021 e 19% menor no segundo trimestre. As quedas aceleraram em relação à queda de 12% registrada no ano passado. (Broadcast Energia - 21.08.2023) 
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Eurasia: fornecimento de gás natural deve ser suficiente para o inverno da UE neste ano

 As chances dos estoques de gás natural liquefeito (GNL) da União Europeia serem suficientes para o inverno de 2023 são de 90%, avalia a Eurasia, em relatório publicado hoje. Segundo a consultoria, os estoques do bloco estão em mais de 90% da capacidade, e o abastecimento só será interrompido caso o inverno seja rigoroso e duradouro. O relatório considera que, apesar de o problema estar aparentemente resolvido no curto prazo, a Europa vai precisar aumentar sua eficiência e reduzir o consumo do GNL em 10% a 15% para garantir abastecimento seguro em invernos futuros, já que pontos de pressão fiscal e política se estenderão até 2024. "Ferramentas para ganho de eficiência custarão caro e colocarão ainda mais pressão fiscal nos já sobrecarregados cofres do governo, e uma reforma regulatória também se fará necessária", afirma a Eurasia. (Broadcast Energia - 21.08.2023) 
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Julius Baer: risco de desabastecimento de gás natural na Europa é pequeno

O risco de abastecimento de gás natural liquefeito (GNL) é pequeno na Europa, afirma o Julius Baer em nota a clientes. "Esperamos que esse ataque de nervosismo seja de curta duração", afirma a movimentação dos preços nos últimos dias. Segundo a nota, a volatilidade deve durar pouco, visto que os estoques de gás natural europeus estão elevados, e a demanda dos países por gás já caiu mais do que as exportações australianas cairiam caso uma greve no setor se concretizasse. O documento aponta que o risco de oferta é pequeno, a menos que novos riscos de abastecimento se formem. O Julius Baer espera que novas instalações de gás natural entrem em operação ainda este ano, o que também trará suprimentos alternativos. (Broadcast Energia - 21.08.2023) 
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Woodside Energy diz que salto nos preços do gás na Europa é 'irracional'

A executiva-chefe da Woodside Energy, Meg O’Neill, afirmou que o salto recente nos preços de gás na Europa por preocupações sobre uma potencial greve na Austrália é algo "irracional" e um "claro sinal da fragilidade do mercado". A Woodside é uma das maiores produtoras de petróleo e gás da Austrália, e a perspectiva de greve em um dos locais operados por ela e pela Chevron na costa oeste da Austrália abalou os mercados internacionais de energia ao longo da última semana. Os preços do gás na Europa chegaram a saltar 40% na semana passada, antes de recuar. Eles voltaram a subir com força na segunda-feira, após a Offshore Alliance, que representa trabalhadores do setor offshore, afirmar que pressionaria por ações, caso não ocorra um acordo em conversas na quarta-feira com a Woodside. (Broadcast Energia - 21.08.2023) 
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Mercado Livre de Energia Elétrica

Aneel: Mais de 5,3 mil consumidores já solicitaram migração para o mercado livre em 2024

A Aneel informou que 5.301 consumidores já estão com processos em andamento para migrar do mercado regulado, no qual são atendidos por distribuidoras, para o mercado livre de energia, no qual poderão escolher seu fornecedor a partir de janeiro de 2024. De acordo com nota da área técnica da agência reguladora detalhando a previsão de migração, a maior incidência de migração deve se dar em janeiro de 2024, com 2.195 unidades consumidoras passando para o mercado livre e em julho do ano que vem, quando 937 unidades devem fazer o mesmo. A agência considerou as informações enviadas pelas distribuidoras de energia até 31 de julho. A migração foi autorizada por meio de portaria publicada em setembro de 2022, que permite aos consumidores atendidos em alta tensão a alteração, chamado tecnicamente de consumidores do "Grupo A". Segundo a CCEE, a abertura tem um potencial de alcançar 2,8 GWmed de carga, com aproximadamente 72 mil unidades consumidoras. (Broadcast Energia - 21.08.2023) 
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Copersucar planeja entrar no mercado de comercialização de energia elétrica

A Copersucar está preparada para entrar no mercado de comercialização de energia elétrica de biomassa. A decisão deverá ser tomada até março de 2024, quando termina a safra 2023/24 de cana, disse Luis Roberto Pogetti, presidente do conselho de administração da maior comercializadora global de açúcar e etanol. Em biometano, produto vindo do biogás, a estratégia da Copersucar será estimular as associadas a criar projetos focados na transformação de resíduos em energia, para ser um negócio escalável. Com 22 grupos econômicos e 37 usinas produtoras, a Copersucar responde por quase 30% da comercialização do mercado global de açúcar, por meio da Alvean, e de 30% do etanol, com a joint venture Evolua, que tem a Vibra (Ex-BR Distribuidora) como sócia. A Copersucar também opera no mercado americano com a EcoEnergy. No Brasil, concorrentes como a Raízen e o Ultra também buscam se fortalecer como grandes comercializadoras de energia elétrica. (Broadcast Energia - 21.08.2023) 
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