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IFE
17/07/2023

IFE 5.763

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Leonardo Gonçalves, Maria Luísa Michilin, Sofia Paoli e Vinícius José

IFE
17/07/2023

IFE nº 5.763

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Leonardo Gonçalves, Maria Luísa Michilin, Sofia Paoli e Vinícius José

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IFE 5.763

Transição Energética

Brasil: Plano de Transição Ecológica terá seis eixos

Aposta do governo para colocar o Brasil como destaque na agenda ESG, o Plano de Transição Ecológica desenhado pelo Ministério da Fazenda deverá ter seis grandes eixos. As frentes de atuação incluem áreas como finanças, bioeconomia e infraestrutura. O conjunto de medidas pode chegar a mais de cem ações, que serão anunciadas oficialmente em agosto. Os seis eixos serão os seguintes: finanças sustentáveis; adensamento tecnológico do setor produtivo; bioeconomia; transição energética; economia circular; e nova infraestrutura e serviços públicos para adaptação ao clima. A implementação das medidas será ao longo do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme já informou em declarações recentes o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Mas vários programas já começarão a ser implementados neste semestre, porque o governo quer chegar à próxima Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, no fim de novembro, com um "bom cartão de visita", segundo uma fonte. (Valor Econômico - 16.07.2023)
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Mercado de créditos de carbono esbarra em regulação e questões fundiárias

Os créditos de carbono são uma das alternativas para se viabilizar economicamente a preservação da Amazônia. No caso desse bioma, os créditos fazem parte do sistema REDD+, de redução das emissões de gases de efeito estufa decorrentes de desmatamento e degradação de florestas. A geração de créditos de carbono na floresta, porém, esbarra em uma série de problemas. Há a questão do custo, que limita o acesso a esse mercado. A emissão dos créditos depende de elaboração de projeto, auditoria e registro em uma certificadora internacional, processo cujas etapas são remuneradas em dólar. Estima-se que o investimento para geração dos créditos atinja a casa de US$ 1 milhão (R$ 4,8 milhões). Além disso, há questões fundiárias históricas ainda não resolvidas, como grilagem de terras, ocupação indevida e conflitos com áreas de preservação e reservas indígenas. Recentemente, o Ministério Público do Pará emitiu nota técnica com recomendações dos procuradores quanto aos projetos de geração de créditos de carbono que envolvem áreas públicas e terras indígenas. Segundo a advogada Fernanda Stefanelo, sócia de ambiental e ESG do escritório Demarest, ainda falta no Brasil um sistema eficiente de análise da cadeia de propriedades na Amazônia. "Esse ponto seria importante para consolidação e transparência de um mercado de carbono no país", afirma Stefanelo. (Valor Econômico - 17.07.2023)
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Bancos vão auxiliar Tesouro na emissão de títulos soberanos sustentáveis

Os bancos Itaú BBA, J.P. Morgan e Santander vão auxiliar o Tesouro Nacional na emissão de títulos públicos soberanos sustentáveis, informou hoje a secretaria do Ministério da Fazenda. Os bancos darão assessoria técnica no processo de revisão do arcabouço, documento que servirá de guia para a emissão desses títulos, e darão assistência à estruturação dos papéis e suporte à primeira emissão. Recentemente, o Comitê de Finanças Sustentáveis Soberanas aprovou o arcabouço para emissões de títulos públicos verdes. O colegiado é formado por nove ministérios, além da Fazenda, que preside o comitê, através do Tesouro Nacional. O arcabouço será submetido à avaliação independente de uma instituição especializada (Second Party Opinion - SPO), além da revisão dos bancos, antes de ser emitido ao público. O documento é uma etapa prévia à emissão dos títulos no mercado externo. Haverá também um road show com investidores. O governo trabalha para lançar os papéis a partir de setembro, podendo ficar para outubro ou novembro, a depender da janela de oportunidade do mercado. (Valor Econômico - 14.07.2023)
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Petroleiras aceleram projetos para armazenar CO2

Para atingir metas de descarbonização e de olho no mercado de créditos de carbono, empresas de petróleo e gás aumentam investimentos em pesquisas para captura, armazenamento e utilização de CO2 no Brasil. O desembolso ultrapassou R$ 1 bilhão entre 2020 e 2023. O valor é quase metade do R$ 1,8 bilhão aplicado em pesquisas sobre descarbonização desde 1999, segundo levantamento da ANP. Defensores do método afirmam que a estocagem de CO2 ajuda na descarbonização e é uma forma mais econômica de zerar as emissões até 2050. A captura de CO2 como forma de reduzir as emissões é vista, porém, com reservas por ambientalistas, uma vez que muitos a consideram como “solução falsa”. Esses ambientalistas alegam que há um lobby das petroleiras para prolongar a produção de combustíveis fósseis e não assumir compromissos concretos com a transição energética, o que o setor refuta. O superintendente de tecnologia e meio ambiente da ANP, Raphael Moura, diz que os investimentos neste segmento devem crescer. “Esses números tendem a crescer nos próximos anos, com o estabelecimento de projetos de maior maturidade tecnológica, como o estabelecimento de plantas-piloto de captura subterrânea e até de captura direta do ar. Além da mudança de estratégia das empresas diante de oportunidades associadas à descarbonização e transição energética”, afirma. (Valor Econômico - 17.07.2023)
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UE estuda aumentar subsídio verde para competir com EUA

A Europa precisará intensificar sua resposta à Lei de Redução da Inflação (IRA, pelas iniciais em inglês), de Washington, porque o programa de impulso à transição industrial verde dos EUA será maior do que o imaginado, alertou o chefe da economia de Bruxelas, Paolo Gentiloni. Ele disse que o bloco econômico tem dinheiro suficiente disponível para o futuro imediato, graças a programas como o fundo de recuperação NextGenerationUE (NGEU), de € 800 bilhões, que dura até 2026. No entanto, Bruxelas terá que aumentar seu poder de fogo financeiro depois das eleições da União Europeia de 2024, alertou Gentiloni - possivelmente por meio de uma ideia já cogitada no passado, a de criar um Fundo de Soberania Europeu, que injetaria bilhões em setores importantes, como o de tecnologias verdes. “Você tem uma corrida global, e nessa corrida global, o apoio econômico do setor público é parte da competição - apenas regulamentação não é suficiente”, disse Gentiloni em entrevista. “O poder de atração da IRA está aumentando”. Após meses de debate, a Comissão Europeia anunciou em junho a Plataforma de Tecnologias Estratégicas para a Europa (Step), que destinará € 10 bilhões a programas de ciência e inovação nos próximos anos para “estimular investimentos em tecnologias cruciais”. (Valor Econômico - 17.07.2023)
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Noruega: Investimento de R$ 8,4 bi em CCS

Na Noruega, Shell, Equinor e Total se juntaram para criar a Northern Lights, uma joint venture voltada ao transporte e armazenamento de CO2. O projeto instalado na costa marítima da Noruega entra em operação no ano que vem. Lá as petroleiras vão usar navios especiais para transportar o CO2 capturado de outras indústrias e armazená-lo a cerca de 2.500 metros abaixo mar. A fase 1 inclui capacidade para transportar, injetar e armazenar até 1,5 milhão de toneladas de CO2 por ano. Num segundo momento, ainda sem previsão, o objetivo é expandir a capacidade para 5 milhões de toneladas/ano. “O potencial na Europa é enorme, principalmente para alcançar o objetivo de atingir net zero nos próximos anos. Esse é um mercado novo. Todos estão olhando para ele e também para nós”, disse o gerente de projetos CCUS na Equinor, Jean François Cam. Nesse projeto, os investimentos estão estimados em 25,1 bilhões de coroas norueguesas - cerca de R$ 12 bilhões -, dos quais 16,8 bilhões de coroas (R$ 8,4 bilhões) são investidos pelo Estado. O país assumiu o compromisso de reduzir as emissões de gases poluentes da atmosfera em 50% a 55% até 2030. (Valor Econômico - 17.07.2023)
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Energia nuclear é menos destrutiva do que se imagina, segundo especialista

Fundador de um centro de estudos dedicado à economia descarbonizada, The Shift Project, e sócio da consultoria Carbone 4, Marc Jancovici criou o método de medição de carbono adotado como padrão mundial para mensurar as emissões de gases de efeito estufa. “Não existe energia verde. Nem rosa, nem preta”, explica Jancovici para Blain em um dos diálogos do livro. “Aliás, nem limpa, nem suja, em termos absolutos. Escolher uma energia significa escolher um tipo de transformação com seus prós e seus contras. Toda energia fica suja se for usada em larga escala, não importa qual". Jancovici, que prefere usar o termo energias não carbônicas em vez de energias renováveis, sugere que consideremos nossa relação com a energia nuclear, segundo ele, menos mortal e menos destrutiva do que sugere o senso comum. O número de mortes resultantes de acidentes como os de Chernobyl e Fukushima, afirma, é sempre muito menor do que o historicamente causado pelas minas de carvão. Dentre as vantagens, ele cita o fato de que as usinas atômicas não emitem CO2, ocupam pouco espaço, exigem pouco material e deixam poucos resíduos. (Valor Econômico - 15.07.2023)
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Empresas

Light: Defesa sustenta que plano de recuperação judicial respeita legislação

Após um grupo de credores divulgar críticas ao plano de recuperação judicial da Light, representantes da empresa também vêm a público para defender a proposta. Segundo o advogado Luiz Roberto Ayoub, sócio do Galdino & Coelho, Pimenta, Takemi, Ayoub Advogados, um dos escritórios que representa a Light, o plano é legal, garante o abastecimento de energia pela companhia e trata-se do primeiro passo para reerguer a empresa. “O plano de recuperação judicial não contém irregularidade e respeita a lei que proíbe concessionárias a postularem recuperação judicial. Sem se descuidar, dentro do possível, que satisfaça os legítimos créditos dos diversos credores”, afirma o advogado. De acordo com Ayoub, o plano proposto resolve o problema da estrutura de capital do grupo. “E isso dará muito espaço para geração de valor no negócio, inclusive com a participação dos credores neste upside”, destaca. (Valor Econômico - 16.07.2023)
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Light: Plano de recuperação judicial tem conversão de dívida em ações

A Light apresentou à Justiça, na sexta-feira (14), seu plano de recuperação judicial, que traz seis opções de pagamento aos credores, levando em consideração a pulverização da dívida da empresa. A companhia oferece quatro opções para o recebimento integral dos créditos. O pagamento à vista para valores de até R$ 10 mil por CPF ou CNPJ é voltado para cerca de 25 mil pequenos investidores que compraram debêntures, o que representa mais de 60% do total. A empresa também oferece a conversão da dívida em ações, voltada, segundo a Light, para investidores que quiserem participar da "criação de valor no grupo após o processo de recuperação judicial". Outra opção é destinada ao credor parceiro Light Energia. Os investidores que apoiarem a separação total da estrutura de capital da companhia, renunciando a quaisquer coobrigações que tenham via Light S.A., e assim apoiando a reestruturação global, terão o benefício de recebimento integral dos seus créditos. Já aqueles credores que desejarem apoiar a Light Serviços de Eletricidade (Light SESA) poderão investir recursos em um FIDC (fundo de investimento em direitos creditórios) da distribuidora à razão de 1,2 para 1. Isto é, a cada R$ 1,20 aportado, R$ 1 de crédito poderá aderir à opção, com recebimento integral. Além dessas opções, o credor também poderá receber recursos à vista por meio de um leilão reverso, deixando de ter exposição ao Grupo Light. Essa opção será financiada com os recursos capitados com o FIDC do credor parceiro da Light SESA. Por último, há a opção de reperfilamento da dívida, na qual o credor poderá receber 80% do valor atual da dívida corrigido em 15 anos e indexado ao IPCA. No início do mês, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) afirmou que o plano de resultados apresentado pela distribuidora de energia Light não trouxe condições suficientes para assegurar a sustentabilidade da sua concessão. Com isso, a agência intimou a empresa a informar em até 15 dias se apresentará um novo plano de recuperação do seu quadro econômico-financeiro ou um plano de transferência de controle societário, conforme autorizado na legislação. (Folha de São Paulo – 14.07.2023) 
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Lemon expande assinatura de energia para interior de SP

A Lemon Energia está expandindo sua oferta de energia limpa para o interior de São Paulo, na região atendida pela CPFL Paulista. São três usinas de energia solar que irão atender pequenos e médios negócios locais, no modelo de assinatura digital de energia limpa, com desconto de 10% na conta de luz. A primeira usina solar está pronta e conectada ao marketplace da Lemon e já vendeu toda a sua oferta de desconto na conta de luz. As duas demais usinas solares entram em operação no segundo semestre e são uma oportunidade extra de economizar 10% com energia para os empreendedores que perderam a primeira oferta. De acordo com a empresa, todas as cidades atendidas pela CPFL Paulista podem receber o serviço da Lemon. Na fase inicial, contudo, a ideia é oferecer a assinatura digital de energia limpa primeiro para as cidades de Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, Piracicaba e Franca (e seus entornos). Com a entrada de três usinas solares em seu marketplace, fruto de acordo com a Navi Energias Sustentáveis, a startup prevê que São Paulo responderá por cerca de 20% de sua operação até o fim de 2023. (CanalEnergia - 14.07.2023) 
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IFS: Digitalização foi concluída por 17% das empresas de energia e utilities

Uma pesquisa da desenvolvedora de softwares IFS aponta que 17% das empresas globais de energia e utilities concluíram suas jornadas de transformação digital, elencando como um dos motivos a falta de confiança dos executivos de que serão capazes de medir ou definir KPIs (Indicadores-Chave de Desempenho, em português) significativos. Segundo o levantamento, quase oito em cada dez tomadores de decisão (79%) desses setores relatam ser importante que o software empresarial dê a capacidade de definir e medir os indicadores críticos. Outro destaque é que quase três em cada dez dos entrevistados afirmaram que o principal inibidor de negócios para a implementação de sistemas de software corporativo é a incapacidade de medir o valor do investimento durante a jornada de transformação digital. Os setores também estão sujeitos a uma série de desafios: falta de clareza sobre os recursos e habilidades necessárias (indicada por 26% dos entrevistados) aparece como a maior barreira e 22% dizem que é falta de habilidades e conhecimento. Com tais deficiências em habilidades e confiança, 24% respondeu não haver consenso sobre as prioridades dentro da equipe de liderança. O Energy and Utilities Research IFS também mostra 19% dos entrevistados citando um caso de negócios ruim, fazendo com que uma proposta pareça cara. Em relação às soluções inovadoras, a maioria dos tomadores de decisão em energia global e concessionárias desejam implantar data analytics (72%), Inteligência Artificial (68%), Realidade Aumentada (67%), tecnologias de Internet das Coisas (69%), assistentes virtuais (70%) e Chatbots (68%). (CanalEnergia - 14.07.2023) 
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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

PLD completa 10 meses no mínimo regulatório e expectativa é de manutenção no piso em 2024

O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), utilizado no mercado de curto prazo de energia elétrica, está em R$ 69,04 por MWh nesta sexta-feira, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Com isso, completam-se dez meses de PLD no patamar regulatório mínimo, que em 2022 era de R$ 55,70 por MWh. O valor praticado não oscila ao longo do dia em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN), de forma que os preços médios, mínimos e máximos coincidem em todos os submercados do País. O montante reflete modelos computacionais do setor, considerando fatores como carga, incidência de chuvas e o nível de armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas. E, de acordo com o consultor de Preços e Tarifas da consultoria PSR, Mateus Cavaliere, caso não haja nenhuma anomalia, deve se manter no piso até o fim de 2024. (Broadcast Energia - 14.07.2023) 
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ONS: Carga no SIN deve crescer 0,9% ao final de julho

A carga ao final de julho deve ter uma aceleração de 0,9% (69.854 MWmed) no Sistema Interligado Nacional (SIN) e de 11,5% (7.192 MWmed) no submercado Norte e 4,1% (11.621 MWmed) no Nordeste, segundo o boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) sobre a semana operativa de 15 a 21 de julho. Os percentuais mencionados são inferiores àqueles divulgados nas primeiras revisões. As demais regiões, segundo o ONS, registram tendência de redução na demanda. Para o Sudeste/Centro-Oeste, a retração deve ser de 1,0% (39.136 MWmed) e para o Sul pode chegar a 1,3% (11.905 MWmed). Os indicadores comparam as estimativas para o final de julho de 2023, ante o mesmo período do ano passado. (CanalEnergia – 14.07.2023) 
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ONS revisa projeção de carga para julho e espera alta menor, de 0,9% na base anual

O ONS revisou a projeção de carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) para julho e agora espera 69.854 MWmed no mês, alta de 0,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. O montante é 175 MWmed menor que o esperado anteriormente, conforme informações do boletim do Programa Mensal da Operação (PMO) divulgado nesta sexta-feira, 14. A redução no consumo esperado em todo o SIN é reflexo da diminuição do consumo esperado na região Sul, que foi afetada por um ciclone nesta quinta-feira, 13, fazendo com que mais de 1,4 milhão de pessoas ficassem sem energia. Assim, o ONS reduziu em 333 MWmed a previsão de carga para julho neste submercado, fazendo com que a expectativa seja de uma redução de 1,3% em comparação a julho de 2022. (Broadcast Energia - 14.07.2023) 
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ONS: Custo marginal de operação para a semana de 15 a 21 de julho permanece zerado

O Custo Marginal da Operação (CMO) válido para a semana de 15 a 21 de julho permanece zerado em todos os submercados do Sistema Interligado Nacional (SIN), informou o ONS no mais recente informe do Programa Mensal da Operação (PMO). O CMO é o custo para se produzir 1 MWh para atender ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O montante zerado reflete o alto nível dos reservatórios das hidrelétricas em todo País, mesmo diante do período seco, quando as previsões são de menos chuvas e de redução nos níveis de armazenamento. (Broadcast Energia - 14.07.2023) 
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ONS aumenta previsão de afluência no Sudeste/Centro-Oeste e no Sul para julho

O ONS refez a previsão de afluências para o mês de julho e aumentou a expectativa de Energia Natural Afluente (ENA) nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, considerado como a caixa d'água do sistema elétrico do País por responder por 70% da capacidade de armazenamento nacional, e no Sul, em comparação com a projeção anterior. De acordo com o mais recente informe do Programa Mensal de Operação (PMO), o primeiro subsistema passou de 84% da média de longo termo (MLT) para 86%, aumento de 509 MWmed. Com isso, agora são esperados 21.986 MWmed nestas regiões. Já no submercado Sul, a expectativa saltou para 19.409 MWmed, ou 125 pontos porcentuais (p.p.), o que corresponde a 177% da MLT. No Nordeste e no Norte, por outro lado, a expectativa de afluência foi reduzida. No primeiro submercado, a projeção caiu 238 MWmed, ou 6 p.p., para 1.894 MWmed, o correspondente a 50% da MLT. Já no último, a baixa na previsão foi de 143 MWmed, ou 3 p.p., para 83% da MLT (ou 3.998 MWmed). (Broadcast Energia - 14.07.2023) 
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Região Sul cresce 0,6 p.p e opera com 90,6% do nível

O submercado do Sul apresentou aumento de 0,6 ponto percentual e estava operando com 90,6% da capacidade, na última quinta-feira, 13 de julho, se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do ONS. A energia armazenada marca 18.535 MW mês e ENA é de 53.232 MW med, equivalente a 68% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A região Sudeste/Centro-Oeste diminuiu 0,1 p.p e está em 85,6%. A energia armazenada mostra 175.076 MW mês e a ENA é de 23.285 MW med, valor que corresponde a 91% da MLT. Os reservatórios do Norte caíram 0,3 p.p e operam com 95,3% da capacidade. A energia armazenada marca 14.576 MW mês e ENA é de 4.211 MW med, equivalente a 89% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A Região Nordeste baixou 0,3 p.p e opera com 82,2% da sua capacidade. A energia armazenada indica 42.500 MW mês e a energia natural afluente computa 2.087 MW med, correspondendo a 56% da MLT. (CanalEnergia – 14.07.2023) 
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Mobilidade Elétrica

ABB usa tecnologia de data center para estabilizar carregadores rápidos

A ABB desenvolveu uma nova solução de carregamento rápido para veículos elétricos que promete compensar as deficiências de fornecimento da rede, mantendo a potência de recarga mesmo diante de eventuais problemas. Para desenvolver a solução, a ABB relata uma parceria com o grupo de concessionárias de automóveis AMAG da Suíça. Nesta fase, a AMAG está instalando estações de carregamento e sistema de gerenciamento de energia ABB Terra 360 em 13 locais na Suíça. Em alguns locais, as estações de carregamento serão alimentadas com energia por meio do sistema MegaFlex DPA UPS que nivela os picos de demanda de energia, garantindo que o carregamento rápido possa continuar mesmo quando o fornecimento da rede apresentar dificuldades. O carregador Terra 360 da ABB fornece uma potência máxima de 360 ​​kW e pode carregar dois carros simultaneamente. Quando a bateria de um veículo elétrico se aproxima da carga total e o carregamento diminui, o Terra 360 detecta, reduz a potência de carregamento e fornece mais potência ao outro veículo. (Inside EVs – 16.07.2023) 
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CPFL, BYD e CPQD avançam com P&D para segunda vida de baterias

A CPFL Energia, em parceria com a fabricante BYD e o CPQD, está avançando com um projeto de P&D voltado ao desenvolvimento de uma solução destinada a segunda vida para baterias de lítio-íon utilizadas em veículos elétricos. A duração de um componente desses em um VE é de oito a dez anos, com a percepção do usuário após esse período da perda de autonomia do veículo, uma vez que esses equipamento sofrem redução da sua capacidade de armazenar energia. O desenvolvimento da iniciativa começou em 2020 com a realização, em laboratório, de diversos ensaios e medições em baterias de ônibus elétricos degradadas, fornecidas pela BYD, assim como cerca de 500 células fornecidas pela BYD, para a execução de uma metodologia de avaliação e seleção das peças mais adequadas para compor uma bateria de segunda vida. Além dessa metodologia, o CPQD desenvolveu algoritmos e o protótipo da própria bateria de segunda vida, incluindo hardware, mecânica e o sistema de gerenciamento conhecido como BMS (do inglês Battery Management System). Realizou também uma prova de conceito (PoC), em suas instalações em Campinas, e uma série de testes de ciclagem por cerca de dois anos visando acelerar o processo de envelhecimento e determinar o tempo real de duração do sistema de armazenamento na sua segunda vida. O próximo passo será uma PoC na Unicamp, onde está instalada uma planta de geração solar. Essa prova de conceito irá encerrar o projeto, previsto para setembro. À partir daí, a tecnologia estará pronta para ser transferida para a empresa responsável pela fabricação e comercialização no mercado. (CanalEnergia - 14.07.2023) 
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Higer: Planos para segunda fábrica de VEs no Brasil

A fabricante chinesa de ônibus, caminhões e vans elétricas Higer anunciou ao governo federal a intenção de construir uma segunda fábrica no Brasil, desta vez no Centro-Oeste. A montadora já tem projeto pronto para instalação de uma unidade em Pecém, no Ceará, com expectativa de começar as obras no início de 2024. O plano de instalar a segunda unidade foi apresentado ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e ao deputado federal Jilmar Tatto. O diretor comercial da TEVX Motors, parceira da Higer no Brasil, Alexandre Colonessi, também participou da reunião. A Higer deve utilizar as instalações no Ceará para montagem de ônibus e caminhões elétricos para o mercado nacional, além de ônibus diesel para exportação. Já na fábrica do Centro- Oeste haverá fabricação de ônibus elétrico para atender o mercado nacional. “Reforçamos o comprometimento da Higer de se instalar no Brasil para atender as necessidades do mercado elétrico de ônibus com um produto nacional, transferir o que há de mais avançado de tecnologia de eletromobilidade e tornar o Brasil base de exportação de VEs para outros países da América do Sul e Central. Inclusive já temos acordo para fornecimento para o Uruguai” afirmou Marcelo Barella, diretor da Higer Bus para América Latina, em nota. (Valor Econômico - 14.07.2023)
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VW e UFABC: Desenvolvimento de células a combustível

A indústria automobilística tem buscado no grafeno recursos para melhorar seus produtos. No caso da Volkswagen (VW), a iniciativa partiu da Universidade Federal do ABC (UFABC), de Santo André, com uma proposta que atraiu a montadora: com a ajuda do grafeno, desenvolver células alimentadas com etanol para converter o biocombustível em eletricidade. Nos projetos em teste nos países desenvolvidos, as células que geram energia para VEs usam hidrogênio. “Quisemos estar junto para entender, pagar para ver”, diz Roger Guilherme, gerente do Way to Zero Center da Volkswagen, departamento ligado ao plano global de descarbonização do grupo. No projeto, orçado em R$ 1 milhão, arcou com R$ 400 mil; a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), R$ 500 mil; e a UFABC, R$ 100 mil. O projeto tem incentivos do programa Rota 2030, do governo federal, de apoio à inovação na cadeia automotiva. No caso da geração de energia para veículos, para Guilherme, uma série de razões confere ao etanol vantagem em relação ao hidrogênio. “Entendemos que [o hidrogênio] é pouco viável no nosso mercado porque é muito perigoso, mais que o gás natural veicular, é abastecido com muito maior pressão, os tanques são mais pesados e é mais caro.” Por isso, a Volkswagen decidiu olhar alternativas. (Valor Econômico - 17.07.2023)
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EUA: Preço médio dos VEs cai 20% em comparação com o ano passado

O preço médio de venda de veículos elétricos novos nos Estados Unidos continua a cair mês após mês, atingindo a marca de US$ 53.438 (R$ 257.500) em junho, o que equivale a uma queda de 20% em relação ao ano passado, de acordo com a Kelley Blue Book. Em maio, o preço médio de transação (ATP) revisado para carros elétricos foi de US$ 54.528, enquanto em janeiro foi registrado em mais de US$ 61.000. Em junho de 2022, o ATP para novos veículos totalmente elétricos vendidos nos EUA foi de US$ 66.390. Em outras palavras, o preço médio dos EVs caiu quase US$ 13.000 em um ano. A Cox Automotive, a empresa por trás da Kelley Blue Book, observa que a Tesla - como líder do mercado de veículos elétricos nos Estados Unidos - foi o principal fator por trás da redução de preços. Outro fator é representado pelos aumentos de estoque experimentados por algumas montadoras este ano, sendo que a categoria de VEs está bem acima da média geral do setor no que diz respeito ao número de dias em que os carros novos ficam nos pátios das concessionárias antes de serem comprados. (Inside EVs – 16.07.2023) 
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Energias Renováveis

Portal Solar: Demanda extra por energia solar deve movimentar R$ 2,2 tri até 2050

A demanda extra por energia elétrica no Brasil, decorrente da eletrificação da frota de veículos e da produção de hidrogênio verde, deve movimentar o mercado nacional de energia solar em cerca de R$ 2,2 trilhões até 2050, de acordo com estudo feito pelo Portal Solar, franqueadora de projetos fotovoltaicos. O levantamento foi feito a partir de cruzamento de dados oficiais e projeções de entidades setoriais, órgãos de governo e institutos internacionais. Os dados dizem que a energia solar deve ser protagonista nesse cenário de demanda adicional que virá nas próximas três décadas, tendo a necessidade de adicionar cerca de 540 GW em sistemas fotovoltaicos. Esse total se divide tanto entre sistemas de grande porte (centralizados), de geração própria — que, em sua maioria, são feitos a partir de pequenos terrenos e telhados (distribuídos) —, bem como de aplicações de baterias para armazenamento. “Em razão de exigências ambientais, custos de investimentos e possibilidade de geração elétrica próxima ou junto ao local de consumo, a energia solar fotovoltaica se posiciona, portanto, como a tecnologia mais viável para atender esse crescimento de demanda”, diz o CEO do Portal Solar, Rodolfo Meyer. (Valor Econômico - 14.07.2023)
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Nottus: El Niño não deve provocar alta expressiva de geração eólica no Nordeste

A meteorologista Desirée Brandt avalia que o fenômeno climático El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, não terá um impacto significativo na geração eólica no Nordeste brasileiro. Embora o El Niño torne o fim do ano mais seco na região nordestina e mais chuvoso no Sul do Brasil, o aquecimento das águas do Oceano Atlântico deve mitigar esses efeitos. Brandt ressalta que essa projeção considera apenas os aspectos climáticos e não leva em conta outros fatores, como econômicos e ambientais. A "safra dos ventos" já está começando no Norte de Minas Gerais e no Nordeste, impulsionando a geração eólica, enquanto o Sul do país deve ter chuvas acima da média. Quanto ao submercado Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 70% da capacidade de armazenamento de água do Brasil, a análise deve considerar a qualidade, e não a quantidade, das chuvas, que tendem a ser irregulares durante o El Niño. No entanto, todas as avaliações são baseadas nas projeções atuais do fenômeno e seus efeitos. (Broadcast Energia - 13.07.2023)
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Gás e Termelétricas

Estudo do Ineep aponta para inviabilidade de aumento da oferta de gás a partir da redução de reinjeção no pré-sal

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia , Alexandre Silveira, estão travando um embate sobre as quantias de reinjeção de gás natural da Petrobras em campos do pré-sal. Silveira quer que a Petrobras reduza a injeção para aumentar a oferta de gás, dizendo inclusive que a estatal trata a política para o energético com desdém. A estatal rebate, dizendo que essa é uma questão técnica e que a reinjeção é necessária para aumentar a produtividade dos campos. No meio desse debate, o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), ligado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), elaborou um estudo para analisar o tema com uma lupa. Desta vez, o Ineep ficou do lado da diretoria da Petrobras e diz que é inviável o aumento da oferta de gás no curto prazo a partir da redução da reinjeção. O estudo do Ineep aponta que o Brasil é um país petrolífero, não gasífero e possui baixo volume de reservas de gás natural, de cerca de 12 trilhões de pés cúbicos (TCF). (Petronotícias – 13.07.2023) 
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3R firma contrato para vender gás natural a ES Gás até dezembro de 2025

A 3R Petroleum firmou um contrato com a ES Gás, através da subsidiária 3R Offshore, para fornecimento do gás natural produzido no Polo Peroá, localizado na Bacia do Espírito Santo. O acordo tem vigência de 30 meses, até dezembro de 2025, e prevê o fornecimento de 400 mil m³/dia de gás natural, sendo que volumes de produção superiores poderão ser negociados entre as partes e/ou ofertados no mercado livre de gás natural. A 3R afirma que o contrato fortalece a participação nacional da 3R no mercado livre de gás natural, somando-se ao compromisso firmado em maio de 2022 com a BahiaGás para venda do gás natural produzido nos Polos Rio Ventura e Recôncavo. "Ao ampliar sua participação nessa modalidade comercial, a 3R diversifica seu portfólio de clientes e acessa novas oportunidades de monetização da sua produção, além de suportar o processo de abertura do mercado livre de gás natural no Brasil", completa. (Broadcast Energia - 14.07.2023) 
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PetroReconcavo fechou contrato para suprimento de gás natural com a Copergás

Avanços na abertura do mercado de gás natural. A petroleira independente PetroReconcavo anunciou que assinou um novo contrato para o fornecimento de gás natural no Nordeste do país. O novo acordo foi celebrado com a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) e terá prazo de vigência de 10 anos, com valor estimado em R$ 1,6 bilhão. O início de fornecimento de gás natural está previsto para o dia 1º de janeiro de 2024, e é de natureza firme e inflexível com possibilidade de fornecimento adicional, na modalidade interruptível e flexível, no caso de acordo entre as partes. Os volumes firmes de fornecimento são de 150.000 m³/dia em 2024 e 250.000 m³/dia de gás natural no período compreendido entre os anos de 2025 e 2033. (Petronotícias – 14.07.2023) 
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Preço do gás na Europa registra maior queda semanal em 2023

Os preços do gás natural na Europa registraram sua maior queda semanal este ano, já que os estoques acima da média e a demanda fraca superaram as preocupações com as ondas de calor no Mediterrâneo. Os contratos de primeiro mês de referência fecharam em queda de 2,4% após saltar no início do dia e terminaram a segunda semana de julho com queda de 22%. Esta foi a maior perda do ativo desde dezembro. O calor extremo está atingindo o sul da Europa e partes da Alemanha, e a próxima explosão do Saara deve elevar as temperaturas a níveis recordes em partes da Itália neste fim de semana. E, apesar dos sinais de recuperação em certos setores, a demanda industrial europeia geral por gás continua fraca, de acordo com a S&P Global Commodity Insights. A demanda industrial no noroeste da Europa caiu 16% em junho em relação ao ano anterior e ficou 25% abaixo da média de 2017-21, disseram eles. (Valor Econômico - 14.07.2023)
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Mercado Livre de Energia Elétrica

MME autoriza comercializadoras a importar e exportar energia

O Secretário de Planejamento e Transição Energética do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral, publicou na sexta-feira, 14 de julho, no Diário Oficial da União, Portarias onde autoriza comercializadoras a importar e exportar energia elétrica interruptível com a República Argentina e com a República Oriental do Uruguai. São elas: PIE-RP Comercializadora de Energia; Shell Energy do Brasil; Eneva Comercializadora de Energia. Segundo os critérios utilizados pelo ONS, a importação e a exportação de energia elétrica de que trata a autorização não deverão afetar a segurança eletroenergética do SIN. A exportação de energia elétrica não poderá produzir majoração dos custos do setor elétrico brasileiro. (CanalEnergia - 14.07.2023) 
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