O Ministério de Minas e Energia publicou nesta quinta-feira (10) portarias que avançam com a regulamentação da geração de energia eólica offshore no Brasil, enquanto empresas como Shell e Neoenergia aguardam maior segurança regulatória para iniciar projetos. Uma das portarias define normas e procedimentos complementares da cessão de uso de áreas fora da costa (offshore) para geração de energia elétrica, além de delegar à agência reguladora Aneel competências para firmar os contratos de cessão de uso. Em outra portaria, o governo estabeleceu a criação de um portal digital para gestão das áreas offshore. Segundo o ministério, o balcão único servirá para acompanhamento do uso do bem público e da evolução dos projetos pela sociedade, investidores e interessados em desenvolver empreendimento da fonte no Brasil. (Folha de São Paulo – 20.10.2022) 

Mesmo recorrendo a medidas para conter a alta de tarifas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não consegue evitar a aprovação de índices de reajustes de dois dígitos. Ontem, a diretoria da agência liberou o aumento da conta de luz para mais três concessionárias. Os índices médios de alta ficaram entre 7,22% e 14,72%, com elevação superior a 20% para alguns segmentos da indústria. As tarifas da distribuidora Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL Piratininga) serão reajustadas, em média, em 14,72% a partir do próximo domingo. A alta na fatura vai alcançar 1,8 milhão de clientes da companhia de 27 municípios de São Paulo, incluindo Santos. (Valor Econômico - 19.10.2022) 

Está aberto o período de contribuições para revisão do Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico – MCPSE, aprovado por meio da Resolução Normativa nº 674, de 11 de agosto de 2015. O formulário de contribuições está disponível no portal da ANEEL juntamente com os demais documentos da Tomada de Subsídios 02/2022. Interessados têm até 19/12/2022 para enviar contribuições. Acesse aqui o formulário. A instituição do Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico – MCPSE objetivou o controle do cadastro e das movimentações dos bens e instalações do setor elétrico brasileiro pelas concessionárias, permissionárias, autorizadas e pelo Órgão Regulador. Sua aplicação visa o acompanhamento patrimonial e a avaliação dos ativos em serviços outorgados de energia elétrica, tanto para fins tarifários como para fins de reversão. A proposta dos temas a serem tratados na revisão do MCPSE contou com a colaboração das áreas de regulação de distribuição e transmissão e de regulação econômica de estudos de mercado da Agência. (Aneel – 19.10.2022) 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promoveu, nesta quarta-feira (19/10), o 1º Encontro com as Associações do Setor Brasileiro na sede da Agência, em Brasília. A reunião contou com representantes dos Setores de Distribuição, Transmissão, Geração, Comercialização e Consumo. Na ocasião, os diretores Hélvio Guerra, Fernando Mosna e Giácomo Bassi trataram de assuntos que pautarão a regulação e o Setor Elétrico em 2023. O Diretor-geral, Sandoval Feitosa, em vídeo, destacou a importância da participação social no processo de regulação em prol da sustentabilidade do Setor Elétrico Brasileiro. As reuniões ocorreram separadamente com os representantes de cada Setor. Pela manhã, a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE), a Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica de Menor Porte (ABRADEMP) debateram com os Diretores e Superintendentes das áreas, temas referentes à distribuição. Em seguida, os representantes da Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica e do Instituto para o Desenvolvimento e Pesquisa de Transmissão de Energia (IDTE) discutiram os assuntos referentes à Transmissão. (Aneel – 19.10.2022) 

A diretoria da Aneel invalidou o resultado do Leilão de Fontes Alternativas de 2010 para o empreendimento eólico Casa Nova, da Chesf. A estatal participou do certame com liminar, após ter negada a qualificação prévia pela Empresa de Pesquisa Energética. Apesar da decisão, a empresa não pode ser multada por descumprimento do edital, uma vez que a possibilidade de aplicação de penalidade já prescreveu. A Chesf negociou 61,4 MW médios de energia, ao preço de R$ 131,5/MWh e foi habilitada pela comissão de licitação da Aneel, na etapa de análise da documentação. Posteriormente, teve a habilitação confirmada pela diretoria da agência, que homologou em outubro de 2010 o resultado do leilão para todos os vencedores, incluindo o projeto Casa Nova. A liminar que permitiu a participação do empreendimento foi suspensa em 2013 em segunda instância, e o processo já transitou em julgado. A Chesf tem pleiteado desde 2014 a exploração da usina no regime de produção independente, e implantou, inclusive, a EOL Casa Nova A, com 27 MW, que seria parte do projeto original vencedor de 2010. (CanalEnergia – 19.10.2022) 

As empresas elétricas em todo os EUA continuam lançando programas de energia centrados no cliente, projetados para equilibrar as metas climáticas do cliente com a confiabilidade da rede e a acessibilidade da energia, e determinaram que um componente crítico para o sucesso é envolver os clientes corporativos e residenciais em suas próprias decisões de energia. O tema deste ano para o evento de liderança de pensamento do IEI foi Parcerias com Clientes Impulsionando o Futuro da Energia. Foram realizados dois painéis de discussão focados em soluções de energia 100% livres de carbono para clientes corporativos e no uso da tecnologia para engajar clientes residenciais e gerar resultados comerciais e climáticos. (Daily Energy Insider – 20.10.2022) 

A crise de energia na Europa, com a falta de gás russo, vai mexer com uma dais mais tradicionais culturas de todo Reino Unido: os Pubs. Eles estão sendo obrigados a fechar suas portas durante os meses de inverno em uma tentativa desesperada de evitar o aumento das contas de energia, comida e funcionários em meio à crise do custo de vida. Os proprietários destas casas estão fazendo os últimos pedidos às 21h, servindo comida por três horas por dia e alguns chegaram a usar a luz de velas em esforços criativos para evitar custos vertiginosos. Mas alguns pubs estão tendo que tomar medidas mais extremas, fechando suas portas até a primavera, perdendo o período festivo tradicionalmente movimentado. Stella Coulthurst, proprietária do The White Hart, disse que não reabrirá até a primavera, depois que sua conta de eletricidade triplicou para £ 17.500 apenas no último trimestre. Em reais, no câmbio de hoje, R$106,750,00. Apesar de lutar para permanecer aberto durante o inverno, ela disse que estava tendo que pagar com suas economias apenas para sobreviver a cada mês. (Valor Econômico - 19.10.2022) 

 Desbloquear o potencial inexplorado de energia renovável da Indonésia para atender à crescente demanda é mais econômico do que continuar uma forte dependência de combustíveis fósseis domésticos e importados, de acordo com um novo relatório da International Renewable Energy Agência (IRENA). O Panorama de Transição Energética da Indonésia conjunto da IRENA e do Ministério de Energia e Recursos Minerais da Indonésia fornece um caminho energético de longo prazo abrangente e focado em energias renováveis para a transição para um sistema de energia mais limpo e sustentável na Indonésia. (IRENA – 20.10.2022) 

DSO Tauron Dystrybucja, com sede em Cracóvia, relatou o lançamento de medidores inteligentes para mais de 950.000 clientes. Até 2031, a previsão é de que todos os consumidores de energia da empresa sejam faturados via leitura remota, mas a questão na mente dos executivos é qual tecnologia deve ser empregada na próxima fase do rollout. A maioria dos medidores inteligentes instalados foram instalados pela Tauron como parte do projeto Smart City Wroclaw nos anos de 2014 a 2017 e estão usando comunicações PLC baseadas no protocolo OSGP. Como resultado, a concessionária acumulou amplas competências e conhecimento no campo da tecnologia PLC. (Smart Energy – 20.10.2022) h

A Holtec International dos EUA e a Hyundai Engineering & Construction da Coréia do Sul concordaram em acelerar o programa para completar o equilíbrio do projeto da planta dos sistemas e estruturas restantes para o pequeno reator modular avançado SMR-160. O acordo foi assinado em 18 de outubro pelo presidente e CEO da Holtec, Kris Singh, e pelo presidente e CEO da Hyundai E&C, Young-Joon Yoon, no Campus de Tecnologia da Holtec em Camden, Nova Jersey. As duas empresas - apoiadas por Kiewit e Mitsubishi Electric - vêm colaborando para desenvolver um projeto padrão, que será implantado na maioria das regiões do mundo sem nenhuma modificação significativa, reduzindo o tempo desde a autorização do cliente para proceder ao comissionamento da planta , disse Holtec. A Hyundai E&C disse que participará do projeto detalhado necessário para a instalação do SMR-160, levando em consideração o ambiente e as características naturais locais, como clima, temperatura e umidade. (World Nuclear News – 20.10.2022) 

Uma portaria interministerial entre Minas e Energia e Economia estabeleceu em R$ 1,83 bilhão o valor mínimo a ser pago à União no leilão de desestatização da F.D.A. Geração de Energia Elétrica, subsidiária integral da Copel Geração e Transmissão. O valor é a bonificação pela nova outorga da hidrelétrica Governador Bento Munhoz da Rocha Netto, mais conhecida como Foz do Areia. Localizada entre os municípios de Guarapuava, Mangueirinha e Pinhão, no Paraná, a usina controlada pela Copel tem capacidade instalada de 1,6 GW. A bonificação mínima ocorre em função de a extensão do prazo contratual adicionar valor ao contrato de concessão. A desestatização da empresa será conduzida pelo governo paranaense. Conforme os procedimentos estabelecidos pelo Decreto nº 9.271/2018, a União irá celebrar novo contrato de concessão para a UHE pelo prazo de 30 anos. O regime de exploração da usina será alterado de “Serviço Público” para “Produção Independente de Energia (PIE)” e a empresa poderá negociar livremente a energia nos mercados regulado e livre. (CanalEnergia – 19.10.2022) 

As empresas com projetos já cadastrados no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para futuros investimentos em eólicas offshore esperam que haja já em 2023 os primeiros leilões de cessão de uso de área. Esta é a expectativa de companhias como a TotalEnergies e a Corio Generation, que têm três projetos cada a espera dessa definição para realização de investimentos. Para diretor da Corio Generation no Brasil, Ricardo de Luca, além do avanço da regulamentação, que seria sacramentado com a aprovação de um projeto de lei no Congresso Nacional sobre o tema, seria importante a sinalização de qual será a demanda de energia elétrica no País para 2040. Já a diretora sênior de desenvolvimento de negócios offshore no Brasil da TotalEnergies, Fernanda Scoponi, destacou que é preciso considerar a janela de oportunidade existente nos próximos anos. (BroadCast Energia – 20.10.2022) 

Com três meses de antecedência em relação ao cronograma da Aneel, a Cemig finalizou as obras de ampliação das unidades geradoras 1 e 2 da Pequena Central Hidrelétrica Poço Fundo, localizada no Rio Machado, Sul de Minas. Foram investidos cerca de R$ 150 milhões para aumentar a capacidade de geração de 9,16 MW para 30 MW e da garantia física de 5,79 MW médios para 16,59 MW médios. O ativo também recebeu equipamentos mais modernos e eficientes, os quais permitirão a operação remota da usina pelo Centro de Operação da Sistema (COS) da empresa. Com a ampliação, a usina triplicará o número de clientes atendidos, coma produção média passando de 70 mil para 210 mil clientes residenciais do SIN. O gestor do projeto pela Cemig, Tiago Fernandes Saraiva, destacou a execução do empreendimento como desafiadora diante do contexto da pandemia, afirmando que em algumas fases foram quase 300 profissionais no canteiro de obras. A companhia realiza atualmente o maior programa de investimentos da sua história. Ao todo, serão investidos R$ 22,5 bilhões em Minas Gerais até 2025, em melhorias nos segmentos de Geração, Transmissão e Distribuição. Até 2025, os aportes nos negócios de energia elétrica em Minas deverão alcançar um volume médio de R$ 4,5 bilhões/ano, valor 300% superior em relação à média de investimentos no período de 2009 a 2018. Somente em 2022, o recurso previsto no sistema mineiro é de aproximadamente R$ 800 milhões para Geração e R$ 350 milhões para Transmissão, sempre com foco nas fontes renováveis. (CanalEnergia – 20.10.2022) 

A Cemig já está utilizando o Sistema Aberto de Gerenciamento de Energia (SAGE) para supervisão e controle oficial de seus ativos de geração e transmissão. No fim de setembro, foi finalizado o processo de modernização do sistema digital do Centro de Operações do Sistema (COS) da companhia, com a implantação do software desenvolvido pelo Cepel. O processo, iniciado por um acordo em 2020, foi dividido em duas fases. A primeira foi finalizada em novembro de 2021, e agora aconteceu a efetiva entrega do programa, depois de mais de dois anos de trabalho. Os novos recursos já permitem maior competitividade e eficiência para a empresa, como na operação remota dos aerogeradores dos Parques Eólicos Volta do Rio e Praias de Parajuru, e das UHEs Queimado, Três Marias, Emborcação e da SE Neves. A primeira etapa do projeto consistiu na instalação do sistema SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition System) e na parte de EMS (Energy Management Systems), na implantação do Configurador de Rede. Trata-se de um sistema principal e um redundante, ambos virtualizados, sendo o redundante em uma plataforma em nuvem. Na segunda fase foram disponibilizados os demais aplicativos EMS, Estimador de Estados, Análise de Contingências e Fluxo de Potência do Operador, além do simulador de treinamento de operadores, o TOPSIM, também desenvolvido pelo Centro. Alguns recursos precisam de desenvolvimento por parte da equipe do Departamento de Automação de Sistemas (DAS) para atender a necessidades específicas da estatal mineira. Entre os exemplos, o CAT (Controle Automático de Tensão), Monitor de Contingências, Monitor de Geração e o SAPRI (Sistema Automático de Preparação de Instalações), uma ferramenta que auxilia na recomposição do sistema elétrico após uma perturbação. Concluída a implantação, o projeto está em regime de suporte e manutenção, contratado até o fim de 2023. (CanalEnergia – 20.10.2022) 

O Conselho de Administração da Copel aprovou a distribuição de R$ 970 milhões em Juros sobre o Capital Próprio (JCP) para seus acionistas. Segundo comunicado ao mercado, a proposta segue agora para apreciação da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), a ser realizada em novembro. A ideia é que o pagamento seja feito em duas parcelas: R$ 600 milhões em 30 de novembro desse ano, e R$ 370 milhões até final de junho de 2023. O movimento está em linha com a Política de Dividendos da companhia, cujo objetivo é garantir a adequada remuneração dos investidores, preservando as diretrizes estratégicas e financeiras da corporação. Também foi informado que haverá atualização monetária dos valores creditados entre a data de declaração e a data de efetivo pagamento. (CanalEnergia – 20.10.2022) 

A Siemens Gamesa anunciou que seu ex-diretor de Tecnologia Offshore, Morten Pilgaard Rasmussen, assumirá a partir de 2023 o recém-criado cargo de diretor global de Tecnologia, encarregado de acelerar a harmonização e padronização das diferentes inovações em toda a empresa, sob o programa de estratégia Mistral. Ele será membro do Comitê Executivo, baseado em Pamplona, na Espanha, reportando-se diretamente ao CEO da Siemens Gamesa, Jochen Eickholt. Rasmussen está na companhia desde 2017, tendo sido responsável pelo desenvolvimento de novos produtos e tecnologias para o negócio offshore, trabalhando também em estreita colaboração com o negócio onshore, visando encontrar sinergias e soluções conjuntas. Na nova função, o executivo será responsável por reunir ambas as equipes e desenvolver um denominador comum de trabalho e soluções para os dois tipos de turbinas eólicas. (CanalEnergia – 20.10.2022) 

O valor médio do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) desta quinta-feira, 20, foi estabelecido em R$ 55,70 por MWh para todos os submercados do País, segundo informações da CCEE. O indicador mantém-se no patamar mínimo regulatório há 37 dias. Não há oscilação no valor praticado ao longo do dia, de modo que os preços médios, mínimos e máximos são coincidentes em todos os submercados do Sistema Interligado Nacional (SIN). O PLD considera os limites máximos e mínimos para cada período e submercado. O valor reflete os modelos computacionais do setor, que consideram fatores como carga, incidência de chuvas sobre os reservatórios e o nível de armazenamento nas usinas hidrelétricas. (BroadCast Energia – 20.10.2022) 

Em meio a um cenário macroeconômico deflacionário, e com a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas que iniciam o período úmido em situação mais confortável do que no ano passado, as empresas de energia devem apresentar resultados corporativos melhores no terceiro trimestre deste ano, segundo analistas consultados pelo Broadcast Energia. A divulgação dos balanços do setor começa na próxima terça-feira, 25, com os resultados da Neoenergia. De modo geral, para o mercado, a tendência é que as geradoras e distribuidoras mostrem números mais pujantes, enquanto as transmissoras devem permanecer estáveis. Isso ocorre porque as empresas do segmento de transmissão são remuneradas pela Receita Anual Permitida (RAP). Já no segmento de geração os números melhores devem ser decorrentes da recuperação dos reservatórios das hidrelétricas, que no ano passado estavam em níveis muito baixos devido à crise hídrica. (BroadCast Energia – 20.10.2022) 

O bom cenário hidrometeorológico no início do período úmido deste ano, com perspectiva de chuvas abundantes no horizonte, levou os preços de referência para a energia nos próximos três meses a se manter em trajetória de queda, de acordo com o mais recente levantamento da consultoria Dcide. O índice trimestral para da energia convencional registrou um recuo de 2,19% na última semana, para R$ 59,45 por MWh, ante os R$ 60,78/MWh anotados na semana passada. Com a queda, o preço atual já acumula baixa de 22,22% em um mês. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o País enfrentava uma severa crise hídrica, a queda é de 76,06%. (BroadCast Energia – 19.10.2022) 

Os reservatórios sulistas registraram acréscimo de 0,1 p.p e operavam com 91,6% da capacidade na última terça-feira, 18 de outubro, quando comparado ao dia anterior, afirma o boletim do ONS. A energia armazenada marca 18.734 MW mês e ENA é de 24.415 MW med, equivalente a 93% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. No Sudeste/Centro-Oeste os reservatórios apresentaram recuo de 0,2 p.p, e trabalham com 50,7%. A energia armazenada mostra 103.797 MW mês e a ENA é de 21.905 MW med, valor que corresponde a 109% da MLT. O armazenamento nas UHEs nordestinas também diminuiu 0,2 p.p e o submercado opera com 62,8%. A energia armazenada indica 32.453 MW mês e a energia natural afluente computa 1.968 MW med, correspondendo a 66% da MLT. Por sua vez o Norte do país viu os níveis caírem 0,7 p.p para 67,2% do volume útil. A energia armazenada marca 10.290 MW mês e ENA é de 1.724 MW med, equivalente a 68% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. (CanalEnergia – 19.10.2022) 

A Administração Biden-Harris, através do Departamento de Energia dos EUA (DOE), anunciou no dia 19 de outubro o primeiro conjunto de projetos financiados pela Lei de Infraestrutura Bipartidária do Presidente para expandir a fabricação nacional de baterias para veículos elétricos (EVs) e a rede elétrica e para materiais e componentes atualmente importados de outros países. As 20 empresas receberão US$ 2,8 bilhões combinados para construir e expandir instalações em escala comercial em 12 estados para extrair e processar lítio, grafite e outros materiais de bateria, fabricar componentes e demonstrar novas abordagens, incluindo a fabricação de componentes a partir de materiais reciclados. O investimento federal será acompanhado pelos beneficiários para alavancar um total de mais de US$ 9 bilhões para impulsionar a produção americana de tecnologia de energia limpa, criar empregos bem remunerados, (EE Online – 20.10.2022)

Enquanto a Europa planeja proibir a venda de motores a combustão em 2030, nos Estados Unidos, um recente estudo da BloombergNEF concluiu que 52% dos veículos vendidos no país em 2030 serão 100% elétricos. Os analistas responsáveis pela pesquisa afirmam que a principal razão do aumento da perspectiva de 43% para 52% foi o plano de medidas anti-inflação no país, que promete estimular a economia. O aumento da oferta de elétricos , assim como os incentivos previstos no país, onde o presidente Joe Biden é defensor de veículos eletrificados para redução de poluentes, pode contribuir para a adesão a esses veículos. O estudo leva em conta os esforços que as fabricantes de veículos e baterias estão fazendo para produzir os componentes nos Estados Unidos , visando se enquadrar à regra que concede US$ 7.500 em benefícios na compra de carros elétricos. Por isso, os especialistas afirmam que o crescimento só seria expressivo a partir da metade da década , quando as fábricas já estiverem operando. A partir de 2035 na Califórnia, nenhum veículo zero novo poderá emitir poluentes durante o funcionamento, e recentemente, Nova York também planeja o mesmo movimento. Além disso, o constante desenvolvimento de outros veículos elétricos como caminhões de longo alcance e uma estrutura de carregamento contribuirá para que a meta seja alcançada. (IG - 20.10.2022) 

A BMW anunciou recentemente um investimento de US$ 1,7 bilhão para ajudar a preparar sua enorme fábrica de Spartanburg, na Carolina do Sul, para produzir carros elétricos e SUVs. Essa quantia incluiu US$ 700 milhões para a construção de uma fábrica de baterias nas proximidades. Spartanburg é a maior fábrica da BMW em qualquer lugar do mundo. É um dos vários anúncios desse tipo nos últimos meses e anos, à medida que as montadoras se preparam para começar a produzir mais veículos elétricos. Mercedes, Hyundai, Honda e outras também anunciaram projetos de construção de fábricas de baterias nos últimos meses. O anúncio da BMW veio após a aprovação da Lei de Redução da Inflação do governo Biden, que limita os incentivos fiscais para veículos elétricos àqueles com fabricação de baterias e suprimentos de matérias-primas em grande parte dos EUA. No entanto, esse tipo de regulamentação não teve impacto na decisão da BMW de localizar a produção de baterias na Carolina do Sul, disse o presidente da BMW, Oliver Zipse, em entrevista à CNN Business. A logística simples foi um fator muito mais importante. “Você não vai voar centenas de quilos de baterias ao redor do mundo ou colocá-las em um navio”, disse ele. “Você não vai fazer isso. Você localizará de qualquer maneira.” (CNN Brasil - 20.10.2022) 

A inovação foi apontada como a saída para o mercado de carbono brasileiro, que ainda não deslanchou. De acordo com Rodrigo Sluminsky, Diretor Jurídico da Athon Energia, o mundo da energia sem inovação e disrupção não gera adicionalidades, aquilo que é capaz de impactar caso não existisse o crédito. Para ele, o mercado de energia no mundo se viabilizou independente do mercado de carbono. Ele explica que é preciso incentivar atividades que sejam mais difíceis de serem executadas com o mercado de carbono, como a transição em mineração, agricultura e Óleo & Gás. Maria João Rolim, sócia do Escritório Rolim, Viotti, Goulart, Cardoso Advogados, também aposta na inovação para o mercado de carbono. Ela dá como bom exemplo o RenovaBio, política de estado que reconhece o papel estratégico dos biocombustíveis na matriz no que se refere à sua contribuição para a segurança energética, previsibilidade do mercado e mitigação de emissões no setor de combustíveis. Segundo a advogada, players da distribuição de combustíveis estão se tornando investidores de projetos mais limpos e direcionando os recursos. (CanalEnergia – 20.10.2022) 

A Atlas Renewable Energy obteve o parecer da Aneel e já pode iniciar a operação comercial de 32 unidades geradoras da central fotovoltaica Lar do Sol 2, totalizando 49,5 MW em Pirapora (MG). A empresa também foi autorizada a começar os testes na UFV Lar do Sol 8, que reúne também 49,5 MW na mesma localidade. O regulador também deliberou as operações comerciais de dois aerogeradores da Auren Energia referente a 8,8 MW do parque Ventos de São Ciro, e de uma turbina de 3,5 MW da EOL Baraúnas XV, de posse da Brennand Energia em Sento Sé (BA). Já na modalidade de testes, a Agência deu provimento para duas usinas solares da Vale: AC VII e VII, com 16 módulos totalizando 79 MW. A fonte também teve outras duas aprovações: de 23,4 MW da Voltalia no primeiro parque do cluster em Serra do Mel (RN), e de quatro módulos da Neoenergia da UFV Santa Luzia 2, somando 6,5 MW em Santa Luzia (PB). Nos projetos eólicos, destaque para 79,8 MW da EDP Renováveis e pelos parques Boqueirão I e II. Completam a lista 11 MW da EOL Oitis 21, da Neoenergia, além de uma turbina de 4,5 MW da Casa dos Ventos em Várzea Nova (BA), na EOL Ventos de São Januário 15. (CanalEnergia – 20.10.2022) 

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) firmou um contrato com a Companhia Celg de Participações (CelgPar) para os serviços de assessoramento, operação e manutenção da primeira usina fotovoltaica da instituição. O empreendimento terá 5 MW e capacidade para gerar o equivalente a 800.000 kWh de energia por mês, gerando uma economia aproximada de R$ 3 milhões por ano. Além disso, a empresa ficará responsável também pela gestão das contas de luz da unidade consumidora.A ação representa a segunda fase do projeto para a autossuficiência energética do TJGO, que já realizou a instalação de painéis FV em 19 unidades judiciárias da capital e do interior do estado. (CanalEnergia – 20.10.2022) 

Atualmente o mundo possui cerca de 57 GW de eólica offshore instalados na Alemanha, China, Reino Unido, entre outros. No Brasil, o potencial para eólicas offshore está em cerca de 700 GW distribuídos por locais com profundidade de até 50 metros, segundo dados do Roadmap Eólica Offshore Brasil, publicado pela EPE. Segundo a presidente da ABEEólica, Elbia Gannoum, trazer a indústria eólica para o Brasil certamente virá com benefícios. Para a diretora executiva de renováveis do grupo Neoenergia, Laura Porto, o offshore tem desafios mais complexos. Já o diretor de eólicas offshore Brasil e América Latina da Equinor, André Leite, cerca de 20% do offshore no mundo estão localizados em água rasa e ainda 80% na geração flutuando. De acordo com o executivo, a empresa pretende investir cerca de US$ 23 bilhões de dólares nos próximos cinco anos em renovável e soluções de baixo carbono e a eólica offshore vai pegar a maior parte. Para finalizar, o presidente da EPE, Thiago Barral, declarou que a eólica offshore amplia a fonte de desenvolvimento de energia renovável no Brasil. (CanalEnergia – 20.10.2022) 

O último dia do Brazil Windpower 2022 começou com a notícia da publicação de duas portarias do MME referentes ao principal tema de debates no evento: o desenvolvimento da fonte eólica offshore. A receptividade às medidas contidas nos textos foi positiva e as diretrizes e regras foram classificadas como um primeiro passo que traz a segurança jurídica que viabilizará os estudos futuros da tecnologia por aqui. Contudo, ainda há muito a se fazer e a perspectiva ainda é de que os primeiros aerogeradores em alto mar possam começar a operação comercial no horizonte de 2030. Entre os investidores potenciais na fonte há demandas que precisam ser equacionadas, como a perspectiva de apresentação de cronograma não ser exigido quando do leilão da cessão de área, pois demanda estudos ambientais complexos e sensíveis. Outra questão colocada para o curto prazo é a necessidade de que os primeiros leilões de cessão possam ocorrer até o final de 2023, como criar mercado ou demanda para todo esse bloco de energia da offshore. E ainda, isonomia entre os competidores não existindo reserva de mercado para a indústria de óleo e gás, entre outros pontos. (CanalEnergia – 20.10.2022) 

A fornecedora de equipamentos navais e para geração de energia Wärtsilä finalizou a entrega de 16 motores 34SG a gás para três projetos no Espírito Santo em tempo recorde. Com uma potência combinada de aproximadamente 150 MW, os ativos serão suficientes para fornecer eletricidade a cerca de 280 mil residências na região, por meio das UTEs Luiz Oscar Rodrigues de Melo e Povoaҫӑo1, localizadas na cidade de Linhares, e a UTE Viana 1, em Viana. Os pedidos foram feitos no quarto trimestre de 2021 pela Tevisa, Linhares Geração e Povoação Energia, empresas detidas por fundos administrados pelo BTG Pactual Asset Management. A urgência de conclusão veio da necessidade de atender ao prazo de operação comercial exigido das usinas, conforme as regras do Leilão de Capacidade de Reserva, organizado pelo Ministério de Minas e Energia em outubro de 2021. Da assinatura do contrato ao início da operação, o tempo normalmente necessário para cada projeto seria de aproximadamente 14 meses. Neste caso, a companhia completou os trabalhos em menos de oito meses. A construção dos edifícios até o comissionamento levou apenas três meses e, embora o equipamento tenha sido entregue no segundo trimestre de 2022, todas as três plantas já estavam em operação comercial em julho de 2022. A fornecedora atua desde 1990 no Brasil, com operações no Rio de Janeiro e Manaus. Até o momento entregou 2,9 GW de capacidade em usinas no Brasil, dos quais mais de 700 MW estão atualmente cobertos por contratos de serviço de longo prazo. Além disso, também converteu 275 MW de potência movida a petróleo para funcionar com gás natural no país. (CanalEnergia – 20.10.2022) 

A produção total de petróleo e gás natural no Brasil ultrapassou a marca de 4 milhões de barris de óleo equivalente (boe/d), pela primeira vez este ano em setembro, somando 4,047 boe/d, sendo 3,147 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo e 143 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d) de gás natural, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 20 de setembro, pela ANP. Esta foi a segunda vez que a produção total ultrapassou a barreira dos 4 milhões de boe/d. A primeira havia sido em janeiro de 2020, informou a ANP. A produção de petróleo e gás natural da Petrobras cresceu 1,4% em setembro, para 2,677 milhões de boe/d, sendo 2,074 milhões de bpd de petróleo e 95,8 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. (BroadCast Energia – 20.10.2022) 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atualizou os valores utilizados na metodologia preço de suporte que são usados no financiamento de projetos de geração no mercado livre. Os novos patamares que o banco de fomento definiu na semana passada são de R$ 180, R$ 160 e R$ 150 por MWh. A elevação em termos reais, ou seja, acima da inflação, variou de 3% a 10%. A instituição financeira apontou que essa atualização poderia ter sido feito antes. Contudo, a questão da crise hídrica do ano passado que levou à uma forte instabilidade do preço da energia levou o banco a esperar um momento mais prudente para aplicar a mudança. Com a melhoria das condições que trouxeram um cenário de maior normalidade, revisitaram a metodologia e verificou-se que os valores precisavam ser atualizados. (CanalEnergia – 19.10.2022) 

A expansão das renováveis no mercado livre hoje é vista como ferramenta indispensável para um futuro net zero. “O Mercado Livre de Energia tem um papel relevante na expansão do Brasil. Hoje cerca de 80% das renováveis é viabilizada pelo ACL e muitos são eólicos”, disse o CEO da Evoltz, Ricardo Cyrino. Segundo ele, hoje o desafio é o acesso para o escoamento de energia gerada. Já o CEO da Comerc, André Dorf, afirmou que quando falamos em aceleração na implantação de renováveis, o Brasil tem um bom caso para mostrar pro mundo. “O crescimento não foi linear e tivemos transformações importantes e o avanço do ACL foi um fator fundamental para a expansão das renováveis e os próximos passos devem acelerar ainda mais a expansão das renováveis no Brasil”, ressaltou. (CanalEnergia – 19.10.2022) 

A Norte Energia, concessionária da usina hidrelétrica de Belo Monte, lançou um site exclusivo voltado para a comercialização de energia. A intenção da empresa é aproximar-se de potenciais compradores, que poderão adquirir energia diretamente da geradora, bem como comprar certificados internacionais de energia renovável, os I-RECs, lastreados na produção da usina. Segundo a empresa, o processo de compra e venda por meio do site será feito de maneira flexível, permitindo a adaptação dos contratos de acordo com as necessidades do cliente. Com capacidade instalada de 11.233,1 MW e 4.571 MW médios de garantia física, Belo Monte destina cerca de 70% de sua produção ao Ambiente de Contratação Regulada (ACL) e outros 10% estão compromissados pelo regime de autoprodução. Com isso, a energia disponível para comercialização chega a 914 MW médios. (BroadCast Energia – 20.10.2022)