Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL‐UFRJ), Roberto Brandão (Pesquisador sênior do GESEL‐UFRJ) e Vitor Santos (Professor do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa - ISEG) abordam os impactos no mercado de energia elétrica europeu derivados da ampliação das fontes eólica e solar na matriz elétrica europeia, processo acelerado pela Guerra da Ucrânia. Segundo os autores, “o processo de transição energética global possui os desafiadores objetivos de descarbonizar as matrizes elétrica e energética, garantir segurança de suprimento para atender as diferentes demandas de energia e manter custos competitivos. Este processo ganhou uma nova dimensão e velocidade a partir da Guerra da Ucrânia, que impôs sanções econômicas impostas à Rússia pela maioria dos países ocidentais, incluindo boicote às importações de petróleo. Em retaliação, a Rússia suspendeu em 2 de setembro o fornecimento de gás natural à Europa.” (GESEL-IE-UFRJ – 09.09.2022)

A Aneel autorizou para início da operação em teste, a partir de 7 de setembro, unidades geradoras das usinas UFV Intelbras, EOL Oitis 8, EOL Ventos de São Januário 16 e UTE Karkey 013, que juntas somam 264,1 MW de capacidade instalada. Para operação comercial, a Aneel liberou unidades geradoras da UFV Luzia 3, UFV Lar do Sol 1 e EOL Ventos de Santo Alderico, que juntas somaram 58,8 MW de capacidade instalada. (CanalEnergia – 08.09.2022) 

Os novos impostos impõem uma taxa temporária de 4,8% sobre a margem de juros e comissões líquidas das entidades financeiras com receitas superiores a 800 milhões de euros e de 1,2% sobre as vendas totais das empresas de energia que faturam mais de 1.000 milhões de euros por ano. O novo imposto sobre o setor de energia estará em vigor durante 2023 e 2024 e buscará arrecadar 2.000 milhões de euros por ano dos lucros extraordinários dessas empresas em 2022 e 2023. Por seu lado, o imposto "excepcional e temporário" visa As “grandes entidades financeiras que já começaram a beneficiar da subida das taxas de juro”, como tem defendido o Governo, vão durar dois anos (ao longo dos anos de 2022 e 2023) e vão procurar angariar 1.500 milhões por ano. (Energías Renovables - 08.09.2022) 

A busca pela neutralidade do carbono marcou o Brazil Green Energy Summit, evento realizado no Rio de Janeiro e focado na transição energética. Promovido pela Net-Zero Circle, plataforma digital global que une stakeholders focados no tema, o encontro fechou o mês de agosto ampliando discussões sobre novas oportunidades criadas por meio da priorização de projetos verdes na matriz energética brasileira. Um dos destaques foi a participação do secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (SPG) do Ministério das Minas e Energia (MME), Rafael Bastos. Ele falou sobre os desafios da política energética no Brasil e os esforços despendidos para a contínua descarbonização da matriz energética brasileira. O secretário também destacou os programas “Renovabio”, “Combustível do Futuro” e o “Novo Mercado de Gás”. (Engie – 08.09.2022) 

Um financiamento de US$ 16,6 milhões foi comprometido para cinco projetos de armazenamento de energia de longa duração (LDES) em Nova York pelo governo do estado dos EUA. A governadora Kathy Hochul anunciou os prêmios ontem em uma conferência de tecnologia de energia na cidade de Nova York. Ao mesmo tempo, Hochul revelou que mais US$ 17 milhões estarão disponíveis por meio de uma oportunidade competitiva de financiamento para projetos que avancem no desenvolvimento e demonstração de tecnologias LDES escaláveis. A ênfase dos últimos prêmios está fortemente no armazenamento usando hidrogênio como meio, com três das cinco tecnologias dos projetos baseadas no gás. (Energy Storage – 09.09.2022) 

A Ministra da Ciência e Inovação, Diana Morant, anunciou nesta quarta-feira (7/9) que o Governo de Espanha vai mobilizar mais de 800 milhões de euros em projetos de investigação em transição energética entre 2022 e 2023, o que significa multiplicar o investimento dos dois anos anteriores neste campo. Nesse sentido, Morant destacou o compromisso do Ministério da Ciência e Inovação com as energias renováveis para dotar o país de maior autonomia energética. “Queremos deixar o legado da energia limpa para as gerações futuras”, destacou a ministra. Morant participou em Sevilha na reunião anual dos diretores das 29 Infraestruturas Científicas e Técnicas Singulares(ICTS) da Espanha, grandes instalações dedicadas à pesquisa e desenvolvimento tecnológico de ponta. (Energías Renovables - 08.09.2022) 

Em seu relatório A rota energética da América Latina e do Caribe , o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) afirma que, embora o desenvolvimento do setor elétrico na América Latina e no Caribe esteja no caminho certo para a descarbonização, esses países precisam acelerar para atingir a meta de zero emissões líquidas em 2050. E para isso, eles devem adicionar mais energias Se não houver mudança substancial na tendência atual, e com base nos planos de expansão de cada país, o setor elétrico da região terminaria a década com um gap de emissões de 273 megatons de CO2 equivalente (MtCO 2 e) ainda a ser reduzido, segundo para a análise do BID. (Energías Renovables - 08.09.2022) 

Este projeto permite medir pela primeira vez, graças à tecnologia blockchain, a sustentabilidade da energia com base em padrões internacionais em termos de compromisso ambiental, social e de boa governança. A Enviroscale é a primeira startup nascida como resultado do programa de intraempreendedorismo da Soltec e será incubada pela Aurora, aceleradora da empresa que faz parte da EnerTIC. A Próxima Energía e a Juan Energy constituem o núcleo dos primeiros marketers a aderir a este projeto que responde a uma tendência nas necessidades dos seus clientes. Por sua vez, a Bluetab, empresa da IBM, e a KIO Networks são as empresas que consumirão energia certificada pela Enviroscale, e a empresa EY também manifestou interesse em aderir à plataforma, demonstrando seu compromisso com a sustentabilidade. (Energías Renovables - 08.09.2022) 

A iteração desta semana do Smart Energy Finances procura parcerias e títulos de sustentabilidade anunciados sob o guarda-chuva da Enel. Em particular, a Gridspertise se juntou a uma aliança internacional de empresas de comunicação de energia em aplicativos de rede inteligente para expandir seu portfólio de tecnologia inteligente, enquanto a Enel Finance International emitiu com sucesso um título vinculado à sustentabilidade de € 1 bilhão (US$ 999,4 milhões) para investidores institucionais. Além disso, um novo fundo de crescimento limpo foi aberto no Reino Unido para negócios e projetos estabelecidos, enquanto uma empresa de Inteligência Artificial arrecada fundos para aumentar sua presença no mercado de energias renováveis. (Smart Energy – 09.09.2022) 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta quinta-feira, 8, que o leilão de energia A-5, previsto para ser realizado em 16 de setembro, está suspenso. O certame é voltado para contratação de energia de novos empreendimentos. Além da sessão, a Comissão Especial de Licitação (CEL) da agência informou que a fase de inscrição e aporte de garantia de proposta para participação no certame também foi suspensa, por causa da identificação de inconsistência no Sistema de Gerenciamento de Leilões. "A CEL e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica estão investigando as causas e os efeitos da ocorrência e, oportunamente, será divulgado, via comunicado relevante, novo cronograma das atividades do leilão", diz o comunicado. (BroadCast Energia – 08.09.2022)

O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) segue em seu patamar mínimo nesta quinta-feira, 08 de setembro, em todo o País. Em todos os submercados do Sistema Interligado Nacional (SIN), o preço médio é de R$ 55,70 por MWh, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Não há oscilação do PLD ao longo do dia, de modo que os preços médio, mínimo e o máximo são coincidentes. O PLD considera os limites máximos e mínimos para cada período e submercado. O valor reflete os modelos computacionais do setor, que não absorvem totalmente o despacho de termelétricas, mas sim a incidência de chuvas sobre os reservatórios e o nível de armazenamento nas usinas hidrelétricas. (BroadCast Energia – 08.09.2022)

O ONS divulgou o Boletim de Carga Mensal de Julho, onde aponta que a carga de energia do SIN verificada em julho/22 apresentou variação positiva de 2,4%, em relação ao valor verificado no mesmo mês do ano anterior. Com relação ao mês de junho/22, verificou-se uma variação positiva de 0,7%. No acumulado dos últimos 12 meses, a carga do SIN apresentou uma variação positiva de 1,0% em relação ao mesmo período anterior. A ocorrência de temperaturas elevadas, atípicas para o período de inverno, principalmente nas capitais do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, contribuíram de forma positiva para o desempenho da carga durante o mês de julho. Além disso, a taxa de crescimento apresentada no SIN também conta com a retomada de carga de alguns consumidores livres da rede básica do subsistema Norte, pois estavam com as respectivas demandas por energia reduzidas. (CanalEnergia – 06.09.2022)

Os reservatórios do Sul tiveram recuo de 0,4 ponto percentual na última segunda-feira, 05 de setembro, segundo o boletim do ONS. O subsistema trabalha com 84,6% de sua capacidade. A energia armazenada marca 17.299 MW mês e ENA é de 6.565 MW med, equivalente a 60% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A região Nordeste contou com redução de 0,2 p.p e está operando com 71,6% de sua capacidade. A energia retida é de 37.011 MW mês e ENA aponta 1.852 MW med, valor que corresponde a 65% da MLT. Já o submercado do Sudeste/Centro-Oeste contou com diminuição de 0,3 p.p e operava com 55,1% do armazenamento. A energia armazenada mostra 112.648 MW mês e a ENA aparece com 12.529 MW med, o mesmo que 66% da MLT. A Região Norte teve queda de 0,1 p.p e trabalha com 84,4%. A energia armazenada indica 12.912 MW mês e a energia natural afluente computa 2.155 MW med, correspondendo a 91% da MLT. (CanalEnergia – 06.09.2022)

A Associação Espanhola de Hidrogênio (AeH2), uma organização sem fins lucrativos cujo principal objetivo é promover o desenvolvimento de tecnologias de hidrogênio como vetor de energia, cresceu 138% no último ano e meio, aumentando o número de membros em 208, passando de 151 em dezembro de 2020 para o 360 que soma hoje. Além disso, o número de parceiros promotores do AeH2 também aumentou em relação a 2020 em 57%. Desta forma, os parceiros institucionais estão divididos em 36% das grandes empresas e 64% das PME e centros de investigação. A AeH2, que conta com 20 anos de história, tem promovido e implementado ao longo deste tempo “várias iniciativas que são fundamentais para o desenvolvimento do setor”, todas elas desenvolvidas em colaboração, entre outros, com atores de grande relevância política e institucional. como o Ministério da Indústria, Comércio e Turismo (Mincotur) ou o Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Democrático. (Energías Renovables - 05.09.2022) 

A NHS lança inversor híbrido desenvolvido e fabricado no Brasil. O QUAD, assim como é chamado, é on e off grid, ou seja, ele injeta energia na rede elétrica e ainda conta com um backup de baterias para o armazenamento de energia solar. De acordo com a NHS, o QUAD utiliza a energia solar para suprir as necessidades do local e o que sobra é armazenado. O excedente volta para a rede de distribuição gerando créditos que são revertidos em descontos na fatura de energia. De acordo com o diretor comercial e de marketing da NHS, Fabio Moro, o QUAD representa uma solução para os problemas enfrentados pelos segmentos que acabam sendo mais prejudicados em quedas de energia, como o agronegócio e o hoteleiro. Ele ainda destaca que outra vantagem do QUAD é que por ele ser 100% produzido no Brasil, o suporte é nacional com assistência técnica especializada direto com o fabricante. Assim, o pós-venda é rápido e o cliente tem a garantia de uma das maiores e mais tradicionais empresas do segmento. (CanalEnergia – 08.09.2022) 

A Hitachi Energy, empresa de tecnologia para o setor de energia, está trazendo ao mercado nacional uma nova solução para transformadores: as buchas AirRIP com tecnologia Papel Impregnado com Resina (RIP) passam a ser produzidas no Brasil. A bucha, que é o componente do transformador que transfere a tensão da linha para dentro do equipamento ou para o grid elétrico de forma segura, terá mais que o dobro de capacidade em comparação com modelos produzidos até então, chegando a 550kV, além de oferecer maior segurança na sua utilização e reduzir riscos ambientais. A produção será centrada na fábrica de Guarulhos (SP) da Hitachi Energy. Segundo a empresa, as buchas AirRIP são produzidas de forma personalizada para atender aos mínimos e específicos requisitos de cada projeto proposto. Com isso, a solução entregue é totalmente eficiente para as necessidades dos clientes, trazendo facilidade de instalação e atualização do produto. (CanalEnergia – 08.09.2022) 

Uma delegação do Governo das Ilhas Canárias visitou esta semana a central de geração geotérmica de Svartsengi, na Islândia. Esta instalação foi a primeira central geotérmica do mundo a produzir eletricidade (gera 629 GWh por ano) e água quente para aquecimento urbano. A visita enquadra-se na missão comercial e institucional promovida pela Câmara de Comércio de Gran Canaria e pelo Consulado da Islândia no arquipélago. A Islândia, um país de 350.000 habitantes, é atualmente alimentada quase inteiramente por energias renováveis, e segundo o Governo das Canárias: "É um exemplo perfeito de desenvolvimento para territórios como as Ilhas Canárias, que ambiciona tornar-se uma zona neutra de emissões em 2040, dez anos antes do resto do território nacional e europeu". O Plano de Transição Energética das Ilhas Canárias (PTECan), elaborado pelo Instituto Tecnológico das Ilhas Canárias (ITC), estabelece a energia geotérmica como uma das estratégias para alcançar até 2030 que 60% da demanda de eletricidade das Ilhas seja proveniente de fontes renováveis. (Energías Renovables - 07.09.2022) 

Pesquisadores do National Renewable Energy Laboratory (NREL) nos Estados Unidos, em colaboração com cientistas das universidades de Toledo, Colorado-Boulder e Califórnia-San Diego (todos nos EUA), conseguiram desenvolver energia solar perovskita altamente eficiente. células (24% ou mais) e, ao mesmo tempo, estável. Uma estrutura arquitetônica única permitiu que os pesquisadores registrassem uma eficiência estabilizada certificada de 24% sob iluminação solar única, tornando-a a mais alta registrada de seu tipo. A célula de alta eficiência também manteve 87% de sua eficiência original após 2.400 horas de operação a 55 graus Celsius. (Energías Renovables - 07.09.2022) 

A ABGD lançou um Programa Setorial de Qualidade (PSQ) que irá avaliar os dispositivos e equipamentos de energia solar e terá como objetivo atestar sua eficiência e segurança. A iniciativa será gerenciada pelo Instituto Totum. Inicialmente, a participação no programa será voluntária, mesmo que a fabricante não seja associada à ABGD. Os primeiros itens testados serão os inversores. Na sequência, o PSQ fará a testagem de módulos, cabos e fios que compõem o sistema fotovoltaico. Ao final do processo, serão geradas as notas de cada fabricante, além de um selo de qualidade. O programa contará também com a contribuição da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O PSQ irá testar os dispositivos e equipamentos no laboratório do Instituto de Redes Inteligentes da UFSM. Ao todo, serão avaliadas cinco categorias: confiabilidade, desempenho, funcionalidade, segurança e suporte. A certificação concedida terá validade de 24 meses e seguirá a governança similar à certificação de produtos, garantindo os procedimentos de apelação. (CanalEnergia – 08.09.2022) 

Em carta entregue às equipes dos candidatos à Presidência, o Fórum de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Setor Elétrico (Fmase), que reúne uma série de associações do setor elétrico, pediu que haja maior valorização da fonte hidrelétrica e integração entre os órgãos responsáveis pela gestão dos recursos hídricos e o setor elétrico. O grupo solicita ainda o que chama de "tratamento adequado" para que as fontes eólica e solar continuem tendo crescimento. Pede também atenção ao potencial da eólica offshore, do hidrogênio verde e ao reforço da infraestrutura de transmissão para atender os aumentos da geração. Em nota, o Fórum informa ainda apoio a projetos de lei em tramitação. O primeiro citado é o PL 414/2021, que trata, principalmente, da abertura de mercado. A entidade defendeu também a criação de um mercado regulado de carbono, conforme proposto no PL 2158/2015, e também o PL 2.159/2021, sobre licenciamento ambiental. (BroadCast Energia – 08.09.2022) 

A ZAMP, máster franqueada das marcas Burger King e Popeyes no Brasil, uniu-se à Raízen para dar mais um passo no desenvolvimento de uma matriz de Geração Distribuída Compartilhada para restaurantes da marca. O acordo com a Raízen prevê o fornecimento de energia elétrica de fonte renovável para 44 lojas Burger King e Popeyes, como mais um passo importante nos objetivos de sustentabilidade da companhia. Segundo a empresa, o volume contratado, de 4,3 GWh/ano, evitará a emissão de 244 toneladas de gás carbônico na atmosfera, o equivalente ao plantio de 1.745 árvores. A energia renovável comercializada para os restaurantes Burger King e Popeyes será proveniente de usinas solares e de biogás da Raízen nos estados Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Ceará, Paraná, Espírito Santo, Santa Catarina, Bahia, Pará, Sergipe, Maranhão e Mato Grosso do Sul, sendo distribuída por 15 concessionárias diferentes. (CanalEnergia – 08.09.2022) 

A Aquila Clean Energy EMEA, plataforma europeia de desenvolvimento de energias limpas da empresa de investimento alemã Aquila Capital , fechou uma linha de financiamento de 1.000 milhões de euros com o apoio do programa europeu InvestEU. O financiamento consiste num crédito de 400 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI) - apoiado por uma garantia orçamental da União Europeia (UE) no âmbito do programa InvestEU - e de 600 milhões de euros de um consórcio de bancos comerciais. O portfólio inclui cerca de 50 projetos e a maioria está relacionada à energia solar fotovoltaica e eólica onshore, com uma capacidade total de geração de eletricidade de 2,6 GW. O financiamento apoiará o desenvolvimento e a construção do portfólio de energia renovável da Aquila Clean Energy na Espanha e em Portugal nos próximos três anos. (Energías Renovables - 08.09.2022) 

A multinacional Soltec, especializada no desenvolvimento de projetos de energia solar fotovoltaica, anunciou hoje que assinou com a ACEA "um acordo de cooperação para o desenvolvimento conjunto de 340 MW de projetos de energia solar fotovoltaica na Itália". A ACEA italiana é definida pela Soltec como "um parceiro de primeiro nível em um país estratégico para o desenvolvimento de nossa empresa na Europa". Segundo Raúl Morales, CEO da Soltec Power Holdings : “Nossa estratégia de integração vertical é fundamental para fechar operações como a que acabamos de assinar na Itália. Estamos firmemente comprometidos em encontrar parceiros que agreguem valor aos nossos ativos. A diversificação geográfica do nosso pipeline é um valor fundamental que nos permite garantir o crescimento, aproveitar as oportunidades que surgem globalmente nos diferentes mercados, e por outro lado minimizar os riscos, mantendo uma presença relevante na Europa". (Energías Renovables - 08.09.2022) 

A Abiogás está realizando encontros com as equipes dos candidatos à Presidência para defender a adoção de medidas de incentivo ao uso da fonte para geração elétrica. De acordo com a própria associação, o Brasil usa apenas 2% de sua capacidade de geração. A gerente executiva da Abiogás, Tamar Roitman, afirma que "o Brasil tem potencial para produzir 19 GW de energia elétrica a partir do biogás, mas atualmente produz apenas 375 MW". Entre as iniciativas sugeridas para aumentar o uso do biogás estão desoneração tributária de equipamentos, incentivo ao uso de energia gerada pela fonte em prédios públicos e a criação de linhas de crédito em bancos para projetos de geração centralizada e distribuída. A associação argumenta que, em meio ao crescimento do uso de fontes como eólica e solar, que são intermitentes, o insumo poderia contribuir para diminuir a dependência de fontes fósseis para garantir segurança ao sistema elétrico. (BroadCast Energia – 08.09.2022)

A Aneel autorizou que todas as unidades geradoras da usina termelétrica movida a gás natural Karkey 013, da Karpowership Brasil Energia, comece a operar em teste. O empreendimento tem 258,64 MW de potência e fica em Itaguaí, no Rio de Janeiro. A usina e mais três da mesma empresa estão entre as vencedoras do leilão emergencial realizado pelo governo ano passado em meio à crise hídrica, chamado formalmente de Procedimento de Contratação Simplificado (PCS), mas não cumpriu os prazos para entrada em operação. A agência chegou a revogar a outorga dela e dos empreendimentos da companhia classificados no certame, mas, no dia 22 de agosto, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, decidiu suspender a iniciativa até que o recurso da companhia ante a decisão tomada pelo colegiado tenha o mérito analisado. (BroadCast Energia – 08.09.2022)

A Comissão Europeia propôs aos países europeus nesta quarta-feira, 7 de setembro, aplicar um teto sobre o preço do gás russo, como uma maneira de tentar frear a crise energética causada pela guerra na Ucrânia. A proposta gerou uma reação imediata da Rússia. Segundo o presidente Vladimir Putin, o país vai suspender o fornecimento total de energia ao bloco europeu caso o teto seja implementado. O movimento, articulado pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, também inclui cortes obrigatórios no uso de energia elétrica e novos impostos, sobre empresas de petróleo e gás e sobre o preço da eletricidade gerada pelas energias renováveis. Com essa proposta, a Comissão Europeia antecipa um período de intenso debate na União Europeia para enfrentar rapidamente a crise, que aumenta à medida que a Rússia corta o fornecimento de gás natural para muitos Estados-membros do bloco como forma de retaliação aos países que apoiam a Ucrânia durante a guerra. (BroadCast Energia – 08.09.2022)

A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, anunciou, nesta quinta-feira, que o governo limitará os preços domésticos de energia para residências e empresas, com objetivo de fornecer alívio a uma crise de custo de vida antes do inverno europeu. Em sessão no Parlamento britânico, a premiê informou que a chamada "garantia do preço de energia" valerá por dois anos e impedirá que as contas domésticas médias superem 2,5 mil libras por ano para aquecimento e eletricidade. O governo estima que o teto reduzirá a crescente taxa de inflação do Reino Unido em 4 a 5 pontos porcentuais. A inflação atingiu 10,1% em julho e deve subir para 13% antes do final do ano. Antes da medida, a previsão era de que as contas de energia subiriam a 3,5 mil libras anuais a partir de outubro, o triplo do valor registrado no ano passado. (BroadCast Energia – 08.09.2022)

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira que o país está pronto para estender o racionamento das exportações de gás natural e cortar o fornecimento de petróleo e refinados caso o Ocidente avance com o plano de fixar um teto de preço para o petróleo russo. Antes da invasão na Ucrânia, o gás russo representava cerca de 40% do abastecimento da União Europeia (UE). Essa participação caiu para 9%. No mesmo fórum econômico em que ameaçou reduzir a exportação de grãos da Ucrânia, realizado na cidade russa de Vladivostok, Putin ameaçou cortar as vendas de petróleo para qualquer país que concordar com o limite de preço. As nações ricas do Grupo dos Sete (G7) concordaram em apoiar tal acordo. Estados Unidos e aliados estão tentando convencer outros compradores do produto russo, em especial Índia e China, a assiná-lo. Putin afirmou também que mesmo tendo obrigações contratuais de entrega de energia, o país pode reconsiderar o cumprimento dos contratos se o teto for imposto. (BroadCast Energia – 07.09.2022)