Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro, Professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL-UFRJ), Vitor Santos, Professor do Instituto de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade de Lisboa, e João Mello, Pesquisador e doutorando da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, analisam o conceito de mercado local de energia, uma inovação tecnológica e regulatória em curso. Os autores concluíram que “uma dinâmica inovadora de mudanças radicais no mercado de energia da UE e, especificamente, de Portugal, derivadas diretamente da digitalização, irá contribuir para o processo de descarbonização, objetivo maior e estratégico da transição energética. Ademais, o esforço de aprimoramento do marco regulatório europeu frente às inovações tecnológicas poderá servir de base para sistematizar subsídios para o Brasil modernizar o seu mercado elétrico.” (GESEL-IE-UFRJ – 15.08.2022)

O GESEL está lançando o relatório Observatório de Tecnologias Exponenciais número sete. O Observatório de Tecnologias Exponenciais visa contribuir com a sistematização e a divulgação do conhecimento, identificando o papel das tecnologias exponenciais no processo de transição energética, as estratégias e iniciativas para a sua aplicação que estão sendo adotadas nos setores elétricos nacional e internacional e, por fim, apresentar os novos modelos de negócio e as mudanças comportamentais do consumidor. Com base no Informativo Eletrônico Tecnologias Exponenciais, o Observatório também identifica os desafios e as perspectivas para o setor elétrico na trajetória para uma economia de baixo carbono. (GESEL-IE-UFRJ – 15.08.2022)

As principais instituições do setor elétrico decidiram em assembleia realizada no final de julho, criar o Comitê Brasileiro do Conselho Mundial de Energia, tendo o vice-presidente Institucional e Regulatório do Grupo Delta Energia, Luiz Fernando Vianna, como presidente, e Nelson Fonseca Leite, ex-presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) como diretor-executivo. A criação do Comitê tem o objetivo de apoiar o futuro do setor elétrico no País, focando no desenvolvimento de atividades e ações relacionadas aos recursos energéticos e ao uso racional de energia. (BroadCast Energia – 12.08.2022) 

A Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel esclarece a atual situação dos empreendimentos vencedores do 1º Procedimento de Contratação Simplificado – PCS/2021, estabelecido pela Portaria Normativa do Ministério de Minas e Energia - MME n° 24, de 17 de setembro de 2021, bem como as questões subsequentes relacionadas à operacionalização dos Contratos de Energia de Reserva – CER, oriundos do PCS. Dos 17 empreendimentos contratados, 7 encontram-se concluídos, com todas as unidades geradoras em operação comercial, 1 encontra-se em teste, 1 está paralisado e os outros 8 se encontram ainda em construção. (Aneel – 11.08.2022)

Balanço divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica mostra que sete das 17 usinas emergenciais contratadas em outubro do ano passado estão em operação comercial e uma em fase de testes para entrada no sistema. Mas apenas uma delas, a UTE Fênix, uma usina a cavaco de madeira em Santa Catarina, estava disponível dentro do prazo estabelecido no edital do Procedimento Competitivo Simplificado. Vencida a data limite de 1º de agosto para conclusão das usinas, oito ainda estão com obras atrasadas e uma totalmente paralisada. A fiscalização da Aneel intimou os 16 empreendimentos não cumpriram o cronograma para explicar o atraso. (CanalEnergia – 11.08.2022)

A Administração Biden-Harris, através do Departamento de Energia dos EUA (DOE), lançou hoje (10 de agosto) dois novos escritórios de programas - o Grid Deployment Office e o Office of State and Community Energy Programs. Juntos, os escritórios conduzirão mais de US$ 23 bilhões em investimentos para modernizar e expandir a capacidade da rede elétrica do país e implantar energia mais barata e limpa em toda a América. Administrados através do Gabinete do Subsecretário de Infraestrutura do DOE, com financiamento da Lei de Infraestrutura Bipartidária, os novos escritórios ajudarão a gerar empregos bem remunerados, trazer oportunidades econômicas para comunidades carentes e turbinar o trabalho contínuo do Departamento para atingir a meta do Presidente de atingindo 100% de eletricidade limpa até 2035 e uma economia líquida zero até 2050. (Além da energia – 11.08.2022)

A Lei de Redução da Inflação destina-se a destinar US$ 369 bilhões a incentivos de energia limpa , eficiência energética, combustíveis verdes e muito mais – ações que os pesquisadores dizem que poderiam alinhar os EUA à meta do Acordo de Paris de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 40% em relação aos níveis de 2005. "Por mais de um século, nosso código tributário tem sido ponderado para promover os combustíveis fósseis, mas agora estamos apenas a uma assinatura presidencial de um campo de jogo nivelado que desencadeará um crescimento dramático da energia limpa", disse Gregory Wetstone, CEO da American Conselho de Energias Renováveis. "Não podemos dizer que este projeto sozinho alcançará nossos objetivos climáticos, mas pela primeira vez nos coloca no caminho." (Renewable Energy World – 12.08.2022)

Quase dois meses após ser privatizada, a Eletrobras já começa a dar os primeiros passos para se posicionar como uma das principais geradoras de energia renovável do mundo, e deve triplicar sua capacidade de investimentos, que hoje está em aproximadamente R$ 4 bilhões ao ano, para R$ 15 bilhões anuais. O primeiro passo foi a eleição do novo conselho de administração, na semana passada, e a confirmação de Wilson Ferreira Júnior como presidente-executivo da companhia. Paralelamente, a gestão que está atualmente à frente da companhia realiza uma revisão de políticas internas e estudo de simplificação de estruturas, como parte de um plano ambicioso que inclui a revisão da matriz de custos da Eletrobras, investimentos para implantar sistemas e tecnologia que tragam mais eficiência à companhia, e um programa de investimentos que inclui modernização de hidrelétricas e a busca por diversificação do portfólio agregando ativos de geração eólica e solar fotovoltaica. Essas mudanças na geração de energia, somada à descotização realizada em diversas de suas hidrelétricas, permitirão que a companhia avance também numa estratégia de comercialização no mercado livre. Segundo fontes consultadas pela reportagem, e que aceitaram falar sem ter o nome identificado, a estratégia da empresa para atuação nesse segmento, agora sob gestão privada, está sendo desenhada, com metas de curto, médio e longo prazo, um trabalho que deve ser concluído dentro de dois meses. (BroadCast Energia – 12.08.2022)

Um passo que tende a ser dado já na largada, segundo Ferreira Jr., será a reavaliação dos custos da empresa, o que pode levar a novos cortes, se necessário. Ferreira Jr. sinalizou, inclusive, com a possibilidade de abrir novos Plano de Demissão Voluntária (PDVs). "Vamos buscar eficiência, acho que o mercado espera que exista isso, até como um fruto da privatização... e se a gente entender que tem pessoas a mais, podemos fazer um PDV", disse. Nesse campo, embora o executivo evite especificar em quais pontos as reduções de custos podem ocorrer, há grande expectativa dentro e fora da empresa que ele avance com o enxugamento da empresa com a simplificação de áreas internas nas diversas empresas do grupo - como jurídico, financeiro, regulatório -, desativações de ativos deficitários e venda dos que não são prioritários. Ainda assim, fontes afirmam que Ferreira Jr. não deve assumir o desgaste de demissões e mudanças radicais nas subsidiárias no curtíssimo prazo. Um impeditivo prático é o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) válido até 2024, fechado entre empresa e funcionários e à espera de detalhes burocráticos para homologação. (BroadCast Energia – 12.08.2022)

De acordo com pessoas próximas à gestão da Eletrobras, no plano que tem sido desenhado para a atual fase da empresa também está a renegociação de passivos judiciais, especialmente com relação aos empréstimos compulsórios, de maneira a reduzir valores provisionados. A Eletrobras encerrou março de 2022 com R$ 33,8 bilhões em provisões para litígio. Desse total, R$ 25,6 bilhões se referem aos processos do empréstimo compulsório, um imbróglio que se arrasta há décadas. A expectativa é que essa movimentação aumente o fôlego financeiro da empresa nos próximos trimestres, elevando ainda mais a capacidade de investimentos. "Isso deve ser frente de ataque imediato", disse uma fonte. (BroadCast Energia – 12.08.2022)

A CPFL Energia encerrou o segundo trimestre do ano com um lucro de R$ 1,2 bilhão, alta de 12,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado ebitda consolidado da companhia ficou em R$ 2,8 bilhões, volume 38,7% a mais. Já a receita operacional bruta somou quase R$ 14 bilhões, patamar 9,8% a mais. No acumulado do ano os ganhos da companhia chegaram a R$ 2,4 bilhões, nível 16,2% acima do que foi reportado no mesmo período de 2021. O ebitda consolidado ficou em R$ 5,5 bilhões, alta de 36,6% ante o apurado de janeiro a junho de 2021. Enquanto isso a receita bruta acumulou R$ 27,3 bilhões, alta de 8,7%. (CanalEnergia – 12.08.2022)

A Energisa registrou um lucro líquido consolidado de R$ 989,7 milhões no segundo trimestre de 2022, uma alta de 32,1% em relação ao mesmo período de 2021. De acordo com a companhia, o resultado foi afetado pelo efeito positivo de R$ 398,2 milhões referente à marcação a mercado de derivativos, sem efeito caixa, sendo R$ 382,2 milhões referente ao bônus de subscrição atrelado à 7ª emissão da Energisa, e R$ 16 milhões referente a opção de compra pela companhia da participação de minoritários da Energisa Participações Minoritárias. Já no semestre, o lucro líquido atingiu R$ 1,5 bilhão, uma redução de 3,2%. Diante deste cenário, o EBITDA totalizou R$ 1,6 bilhão no trimestre, uma alta de 22,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. No semestre, o EBITDA totalizou R$ 3,4 bilhões, incremento de 28,8% em relação ao 1º semestre do ano anterior. (CanalEnergia – 12.08.2022)

A questão da inadimplência consolidada no grupo Energisa no segundo trimestre deverá ser revertida nos próximos meses. Segundo a análise da empresa, o fato de que no ano passado houve a proibição de corte de energia por três meses derrubou o indicador refletindo nesse ano. No segundo semestre o cenário é mais favorável com a redução do ICMS e o pagamento do auxílio emergencial. A taxa de inadimplência do grupo aumentou de 0,43% no segundo trimestre de 2021 para 1,38%. O destaque nessa piora do indicador foi verificado na concessão da empresa no Mato Grosso, explicou Newton Santos, diretor de Proteção à Receita da companhia. Mas ele se mostrou mais confiante. (CanalEnergia – 12.08.2022)

A Eneva fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 147 milhões, 25% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado ficou em R$ 503 milhões, crescimento de 33%, e a receita operacional líquida também se destacou pelo aumento de 40%, atingindo R$ 1,35 bilhão, também comparados ao período abril/junho de 2021. O resultado financeiro positivo é atribuído principalmente à exportação de energia do Complexo Termelétrico Parnaíba, no Maranhão, para a Argentina, e pela entrada em operação comercial da última unidade geradora da usina térmica Jaguatirica II, em Roraima. (CanalEnergia – 12.08.2022)

A Saudi Aramco bateu seu lucro trimestral em maio passado, pois o aumento dos preços da energia impulsionado pela Invasão da Ucrânia pela Rússia gerou lucros inesperados para os produtores de petróleo. O lucro líquido aumentou para US$ 48,4 bilhões (R$ 245,8 bilhões) no segundo trimestre, o maior lucro do grupo desde sua entrada na Bolsa em 2019. (Folha de São Paulo – 14.08.2022)

A Light terminou o segundo trimestre do ano com um prejuízo de R$ 80 milhões, saindo do campo positivo de um ano antes. O resultado ebitda da companhia, contudo, aumentou 58,9% nesse período, para R$ 613,9 milhões. A receita operacional bruta encerrou em R$ 5,4 bilhões, alta de 8,6%. No acumulado do ano a Light registra agora perdas de R$ 186,1 milhões, um patamar quase 4 vezes pior do que o reportado nos seis primeiros meses de 2021. Da mesma forma que na base trimestral, o ebitda aumentou, dessa vez em 41,3%, para R$ 1,1 bilhão. A receita operacional bruta somou R$ 11,3 bilhões até o fechamento de junho, alta de 5,5%. (CanalEnergia – 12.08.2022)

A Auren Energia, controlada pelo grupo Votorantim e o canadense CPPIB, fechou o segundo trimestre com prejuízo líquido de R$ 2 milhões, 97,6% menor que os R$ 86,2 milhões reportados no mesmo período do ano passado. A empresa divulgou suas demonstrações financeiras na noite da última quinta-feira, 11 de agosto, reportando EBITDA ajustado de R$ 424 milhões e margem de 32% ante os R$ 248 milhões registrados um ano antes, aumento de 71%. O resultado reflete principalmente o maior preço médio dos contratos e o impacto positivo dos dividendos das empresas investidas no segmento de geração hidrelétrica. Quanto ao desenvolvimento dos projetos no período, as obras dos Ventos do Piauí II e III seguem avançando dentro das expectativas de orçamento e de prazos de entrega. A estimativa é de que a finalização aconteça em novembro de 2022. Até o momento são 36 aerogeradores em operação comercial e 19 em testes, o que representa 60% do total e que deverão agregar 409 MW em capacidade instalada e 197 MWmédios em garantia física. (CanalEnergia – 12.08.2022)

A Aeris Energy registrou um prejuízo líquido de R$ 28,6 milhões no segundo trimestre de 2022 e um prejuízo de R$ 27,3 milhões no semestre. Já a receita operacional líquida atingiu os R$ 651 milhões no 2T22, uma alta de 21,4% em relação ao 1T22. No primeiro semestre, a ROL foi de R$ 1,1 bilhão. O EBITDA ficou em R$ 67 milhões, com margem de 10,3%, crescimento de 23,6% em relação ao 1T22. No semestre, o EBITDA foi de R$ 121 milhões, com margem de 10,2%. (CanalEnergia – 12.08.2022)

A Aneel publicou despachos no Diário Oficial da União (DOU) com multas milionárias para três das 17 usinas contratadas no leilão emergencial, chamado oficialmente de Procedimento de Contratação Simplificado (PCS), no ano passado. As multas são em virtude do atraso para conclusão ou expansão dos empreendimentos. Foram multadas as usinas termelétricas Luiz Oscar Rodrigues de Melo, da empresa Linhares Geração; Povoação 1, da Povoação Energia, e Viana, da Termelétrica Viana S.A. (Tevisa). Os valores são, respectivamente, R$ 5.753.705,07, R$ 12.841.051,01 e R$ 6.570.210,81. A agência informou que, de todas as usinas que venceram o certame, apenas sete estavam operando comercialmente. Destas, só uma começou a gerar no prazo previsto inicialmente, 1º de maio. (BroadCast Energia – 12.08.2022) 

A Eneva deve participar do primeiro leilão de termelétricas compulsórias, marcado para 30 de setembro, somente com projetos na Região Norte. O diretor de novos negócios, marketing e comercialização de gás e energia da companhia, Marcelo Lopes, disse em que a Eneva cadastrou um conjunto de projetos com capacidade superior à demanda prevista. Em seguida, ele descartou projetos no Nordeste, restando então a Região Norte, para a qual o leilão prevê contratação de 1 GW. A licitação para contratação de energia termelétrica a base de gás nacional, a primeira do processo previsto na lei de privatização da Eletrobras, prevê 1 GW na Região Norte, para início de suprimento ao fim de 2026; 300 MW no Maranhão e 700 MW no Piauí, para o fim de 2027. Há 37 projetos cadastrados para o leilão, que somam 12 GW de capacidade. (BroadCast Energia – 12.08.2022) 

A Taesa avalia a sua participação em pelo menos dois dos próximos leilões de transmissão programados. A empresa não aponta quais projetos mais interessam, mas reforça que se posiciona na frente consolidadora de projetos de transmissão no país, inclusive, considerando aquisições no mercado secundário. Quando perguntado sobre a participação da Taesa em geração, o CEO da companhia, André Moreira, comentou que pode ser alvo de estudo da companhia. Contudo, destacou que essa atividade deve estar relacionada à conexão de renováveis e integra a rede que detém. Mas reafirmou que o foco está na transmissão de energia e consolidar essa posição. Na avaliação de Moreira, os deságios vistos atualmente mostram a competitividade do segmento. Ele disse que a empresa, em sua alocação de capital, observa esses movimentos e atua de forma a mitigar esses efeitos. Essa ação dá-se por meio de planejamento prévio formando parcerias de projetos e capex que minimizam os impactos. (CanalEnergia – 11.08.2022)

A Atiaia Renováveis em parceria com a B3 está lançando sua solução Hedge de Submercado via Derivativo. O produto denominado “Swap de Submercados (PLD)” possibilita a proteção contra a variação do PLD entre diferentes submercados, trazendo maior previsibilidade, além de redução dos custos quando comparado com os contratos de energia PPA (Power Purchase Agreement). Este produto foi estruturado tendo como referências os valores do PLD de dois submercados, publicados diariamente pela CCEE e a definição do montante energético a ser hedgeado. O cliente, mediante pagamento de prêmio, tem o direito de exercer a opção quando a variação do PLD entre os dois submercados for financeiramente favorável. Como o PLD pode sofrer variações, os derivativos se tornam uma alternativa financeira para as companhias reduzirem suas exposições quando atuam em diferentes submercados. A empresa destacou que com essa nova solução pretende estimular a liquidez deste tipo de instrumento de hedge via derivativos de energia, possibilitando que as contrapartes definam os submercados, o prazo a ser contratado e a quantidade de energia a ser protegida. (CanalEnergia – 12.08.2022)

A Neoenergia inaugurou na última quinta-feira, 11 de agosto, na Bahia, um novo centro de operação integrada (COI) com o objetivo de ter mais uma opção para o monitoramento da rede elétrica da Neoenergia Coelba, distribuidora que atende o estado. Foram destinados quase R$ 37,5 milhões para a construção da unidade. A empresa destacou que a iniciativa dá continuidade à implementação do Programa SISCON, que contempla a implementação de novos sistemas, a modernização da infraestrutura de informação e a padronização dos processos de operação. Até 2024 serão implantados todos os projetos do programa beneficiando os clientes dos quase 1.000 municípios atendidos pela Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Pernambuco (PE), Neoenergia Cosern (RN) e Neoenergia Elektro (SP e MS). De acordo com a Neoenergia, os investimentos têm impacto positivo nos indicadores de qualidade do serviço de fornecimento estabelecidos pela Aneel como o DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora). (CanalEnergia – 12.08.2022)

O ONS revisou a projeção de carga para o Sistema Interligado Nacional (SIN) em agosto para 67.351 MWmed. O montante representa redução de 0,5% em relação ao mesmo mês de 2021. Na comparação com a previsão indicada no Informe do Programa Mensal da Operação (IPMO) da semana passada, houve uma redução de 352 MW médios, ou 0,6 ponto porcentual. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, a expectativa é que o consumo de energia termine o mês em 38.655 MWmed, alta de 0,2% ante o mesmo período do ano passado. Para o Sul, o ONS passou a esperar uma redução de 3,6% na carga em relação a agosto do ano passado, para 11.237 MWmed. No Nordeste a estimativa é que a carga fique em 10.906 MWmed, redução de 2% na comparação com agosto de 2021. Já na região Norte a projeção é que a carga termine o mês em 6.553 MWméd, alta de 4,2% em comparação igual mês do ano passado. (BroadCast Energia – 12.08.2022) 

O Custo Marginal da Operação (CMO) para o período de 13 a 19 de agosto caiu 22,5% em todos os subsistemas na comparação com a semana passada, para R$ 70,65 por MWh. A informação foi publicada no Programa Mensal da Operação (PMO), divulgado pelo ONS. O CMO é o custo para se produzir 1 MWh para atender ao Sistema Interligado Nacional (SIN). (BroadCast Energia – 12.08.2022) 

Em meio a um clima mais úmido em boa parte do País, o ONS elevou novamente a previsão de afluências para o Centro-Sul do País. Destaque para a região Sul, onde o ONS passou a projetar Energia Natural Afluente (ENA), ou seja, quantidade de água que chega nas usinas e que é capaz de ser transformada em energia, acima da média histórica para o período. Conforme o mais recente boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) divulgado a ENA da região Sul deve chegar a 134% da média de longo termo (MLT), 53 pontos porcentuais acima dos 81% projetados na semana passada. Diante disso, a expectativa para o nível de armazenamento dos reservatórios da região, ao fim de agosto, passou a ser de 83,1%, um patamar 14,3 pontos porcentuais (p.p.) mais elevado que a estimativa anterior. (BroadCast Energia – 12.08.2022) 

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou em seu boletim diário, IPDO, que na última terça-feira, 09 de agosto, às 22h35min, foi registrado um novo recorde de demanda máxima instantânea na região Norte com um valor de 7.563MW, sendo que o recorde anterior era de 7.410 MW, ocorrido no dia anterior, 08 de agosto de 2022. Também no dia 09 de agosto foi registrado recorde de carga média diária na região Norte com um valor de 6.806 MW med, sendo que o recorde anterior era de 6.748MW med, ocorrido em 27 de agosto de 2021. (CanalEnergia – 11.08.2022)

Operando com 79,4% de sua capacidade de armazenamento, os reservatórios do Nordeste tiveram redução de 0,3 ponto percentual em seus níveis na última quarta-feira, 10 de agosto, se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do ONS. A energia armazenada marca 41.031 MW mês e ENA de 2.195 MW med, equivalente a 69% da MLT. A região Norte teve recuo de 0,3 p.p e os reservatórios trabalham com 87,7% da capacidade. A energia retida é de 13.420 MW mês e ENA de 2.770 MW med, valor que corresponde a 101% da MLT. O submercado do Sudeste/Centro-Oeste diminuiu 0,2 p.p e a capacidade está em 59,4%. A energia armazenada mostra 121.467 MW mês e a ENA é de 15.052 MW med, valor que corresponde a 70% da MLT. Os reservatórios da Região Sul tiveram aumento de 0,6 p.p e operam com 70,2%. A energia armazenada é de 13.793 MW mês e a energia natural afluente marca 13.758 MW med, correspondendo a 72% da MLT. (CanalEnergia – 11.08.2022)

O MME divulgou o resultado da consulta pública que tratou da revisão ordinária de garantia física das usinas hidrelétricas despachadas de forma centralizada pelo ONS. Uma nova consulta de 15 dias foi aberta trazendo a minuta de portaria com os valores de garantia física que serão aplicados às usinas a partir de 1º de janeiro de 2023. A determinação vale para um conjunto de 87 de hidrelétricas classificadas como “revisáveis”. São empreendimentos que estão em operação comercial há mais cinco anos, contados a partir da entrada da última unidade geradora. Os indicadores Teif e IP deverão ser utilizados para determinar Índices de Referência de Disponibilidade considerados nos Procedimentos e nas Regras de Comercialização de Energia Elétrica. (CanalEnergia – 12.08.2022)

Ao passo que o período do inverno se aproxima no hemisfério Norte, as preocupações na Europa quanto a um racionamento de energia e gás por conta da crise geopolítica causada pela guerra na Ucrânia tem feito com que países e empresas olhem com mais atenção a experiência brasileira. Entre os interesses estão elementos do atual modelo de mercado, mais notadamente o mecanismo de contratos de longo prazo e do planejamento indicativo. Ficam ainda as lições que o Brasil também pode tirar dessa situação da Europa para garantir o suprimento da demanda local, pois estamos em meio a um processo de desenvolvimento de um novo modelo via PL 414, que está no Congresso Nacional. Esse é o tema da mais recente edição do Energy Report, da PSR. A consultoria destaca que a atual situação energética europeia colocou em risco o suprimento de energia e, ainda, abalou a confiança da União Europeia em seu modelo de mercado. (CanalEnergia – 11.08.2022)

Os preços da energia na Europa atingiram novos recordes na quinta-feira, 11 de agosto, já que uma onda de calor está limitando o fornecimento e provocando incêndios florestais na França. Os ganhos refletem um mercado apertado para o gás natural, após o corte de fornecimento do gás russo, no momento em que a Europa trabalha para reabastecer os estoques para o inverno. A queda na produção nuclear, bem como a baixa geração eólica e hídrica, exacerbou o aperto, aumentando o espectro de intervenção para reduzir a demanda. As ondas de calor neste verão intensificaram a demanda e aumentaram as interrupções no fornecimento, com as principais vias fluviais - que são usadas para gerar energia hidrelétrica, resfriar usinas nucleares e transportar commodities energéticas - secando. (Valor Econômico – 11.08.2022)

Devido à primeira remessa do Renault Kwid E-Tech a desembarcar no Brasil, o TEV (Terminal de Veículos) da Santos Brasil, no Porto de Santos, recebeu no último dia 2 de agosto o maior lote de veículos elétricos de sua história. Foram 324 unidades desembarcadas do navio Grande Sapphire. Para o início de setembro já está previsto um novo lote com 430 veículos no navio Taipan e, até o final do ano, mais 500 unidades, o que mostra o crescimento do mercado de carros elétricos no Brasil - neste ano já foram vendidos cerca de 4.000 veículos zero emissão no país. De olho nessa transição de mercado, a Santos Brasil equipou o TEV com dois carregadores para VEs. (Inside EVs - 12.08.2022)

Depois que Elon Musk sugeriu que a Tesla estaria pensando na construção de sua próxima gigafábrica no Canadá, agora tem-se a confirmação de que o fabricante está realmente avançando com o plano. De acordo com uma fonte do Canadá, a montadora já havia apresentado documentos ao governo de Ontário afirmando que tinha a intenção de construir uma "fábrica avançada" no estado. A Electric Autonomy Canada obteve os documentos de negociação, que segundo a lei canadense devem ser tornados públicos, apresentados pela Tesla em julho. (Inside EVs - 12.08.2022)

Os derivados de níquel usados nas baterias de lítio da Tesla também virão da Indonésia. A montadora norte-americana assinou contratos no valor de cerca de US$ 5 bilhões para comprá-los de empresas locais. A Indonésia está se concentrando fortemente no fornecimento de níquel para grandes indústrias automotivas. Nos últimos meses, bloqueou as exportações de níquel apenas para investidores e, assim, atraiu investimentos de gigantes siderúrgicas chinesas e de empresas sul-coreanas, como LG e Hyundai. (Inside EVs - 13.08.2022)

O carregamento sem fio será um fator muito importante para tornar o carro elétrico cada vez mais popular. A Siemens e a Mahle estão bem cientes disso e celebraram um novo acordo para desenvolver ainda mais essa tecnologia. Os esforços dos dois gigantes da alta tecnologia se concentrarão na criação de um único padrão para tornar a cobrança sem fio menos complexa e mais acessível. Na prática, o objetivo da Siemens e da Mahle é trabalhar o hardware de VEs e infraestrutura de carregamento para fazer as duas partes "conversarem" de forma padrão para toda a indústria. Segundo a Siemens, "o carregamento sem fio é o mercado do futuro e facilitará a vida dos motoristas do futuro". (Inside EVs - 13.08.2022)

A Aneel autorizou para início da operação comercial, a partir de 12 de agosto, unidades geradoras da usinas fotovoltaicas Lavras 6, 7 e 8, que juntas somam 64,8 MW de capacidade instalada. Os empreendimentos estão localizados no estado do Ceará. (CanalEnergia – 12.08.2022)

O Sebrae no Rio Grande do Norte lançou o projeto do primeiro polo para aceleração de negócios de energias renováveis do Brasil, que será instalado no Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do Senai-RN, em Natal, complexo que já sedia o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e o Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER). A expectativa é que o projeto seja desenvolvido ao longo de, no mínimo, três anos, com estruturação iniciada ainda neste semestre. Apesar de instalado no estado nordestino, a atuação será voltada para todo o País, de acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-RN, Itamar Manso Maciel Júnior. (BroadCast Energia – 12.08.2022)

O grupo cearense Telles, que hoje atua em áreas como distribuição de combustíveis, embalagens e água mineral, vai investir R$ 200 milhões para estrear no setor elétrico com uma usina solar de 50 MW, diz a vice-presidente, Aline Telles Chaves. (Valor Econômico – 14.08.2022)

O Selo Energia Verde, o primeiro do mundo focado na produção de energia estritamente a partir da biomassa da cana-de-açúcar, é oferecido as geradoras e a consumidores e comercializadoras de energia elétrica que adquirem energia de usinas certificadas. Até agosto, 63 usinas sucroenergéticas, 9 comercializadoras e 5 consumidores conquistaram o Selo Energia Verde, que faz parte do Programa de Certificação da Bioeletricidade. Essas empresas foram convidadas para serem homenageadas durante o Seminário de Bioeletricidade UNICA/CEISEBR, que ocorrerá durante a Fenasucro & Agrocana 2022, em Sertãozinho (SP). Representante da CCEE fará a entrega de um quadro homenagem aos atuais participantes do Programa de Certificação da Bioeletricidade, que foi criado em 2015 pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), em parceria com a CCEE e apoio da ABRACEEL. (CanalEnergia – 12.08.2022)

O primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, disse que propôs à Comissão Europeia a construção de um gasoduto a partir Portugal, passando por Espanha e França para chegar até o território alemão. A ideia é diminuir a dependência da Rússia, que vem cortando o fornecimento para países que impuseram sanções contra Moscou por conta de sua invasão da Ucrânia. Scholz disse que propôs a discussão do tema em conversas com os líderes da Espanha, Portugal, França na Comissão Europeia e pressionou fortemente para a criação de tal projeto. O aumento dos custos de combustível desencadeado pela guerra da Rússia na Ucrânia vem colocando uma enorme pressão financeira no governo da Alemanha, que está procurando diversas maneiras de garantir o fornecimento sem repassar totalmente os altos custos de energia para a população e para as empresas. (Valor Econômico – 11.08.2022)

Portugal apoia a proposta alemã da construção de um gasoduto que atravessaria o país e a Espanha tendo como destino a Europa Central, segundo o primeiro-ministro António Costa. A intenção foi levantada em uma coletiva de imprensa pelo chanceler federal alemão, Olaf Scholz, e foi respondida pelo português de forma positiva. Sobre o tema, fontes do Ministério da Transição Ecológica espanhol disseram à Cadena SER que a integração das políticas energéticas europeias tem "grandes vantagens", algo que dizem que "esta crise está mostrando ainda mais". Em sua proposta, Scholz afirmou que um gasoduto com grande oferta "resolveria de maneira massiva os problemas atuais". O alemão disse ainda que o abandono da energia nuclear no país pode ser postergado, o que levará em consideração a situação no próximo inverno europeu. Com a oferta do gás russo em risco, Berlim vem buscando maneiras de se assegurar energeticamente. (BroadCast Energia – 12.08.2022) 

As autoridades da National Iranian Gas Company (NIGC) dizem que o grande projeto de gasoduto que está sendo construído ao longo do Mar Cáspio está quase concluído, em meio aos planos do Irã de aumentar o fornecimento de gás ao Azerbaijão, sob um acordo de troca com o Turcomenistão. O chefe de operações de despacho do NIGC, Mohammad Reza Joulayi, disse que o gasoduto Rasht-Chelavand estará pronto para transferência de gás nos próximos dias. Joulayi disse que o gasoduto de 42 polegadas e 150 Km desempenhará um papel importante nos acordos de fornecimento de gás do Irã com o Azerbaijão. O projeto do gasoduto iniciou em 2019 com o objetivo de expandir sua rede de transferência de gás em regiões mais frias do norte do país. No entanto, o projeto acelerou em novembro, depois que o Irã assinou um grande acordo de troca de gás com o Turcomenistão para entrega ao Azerbaijão. (Petronotícias – 11.08.2022)

As empresas brasileiras desperdiçaram R$ 150 bilhões desde 2003 por estarem fora do mercado livre de energia. O cálculo foi feito pelo Desperdiçômetro, plataforma criada para calcular em tempo real os prejuízos financeiros e ambientais da falta de portabilidade na conta de luz. O desperdício equivale à diferença entre o que foi pago pelas empresas no mercado regulado e o quanto elas teriam gasto caso estivessem no mercado livre. Para chegar a esses valores, é utilizada a base da Aneel, que possui registros de dados desde 2003, e o histórico de tarifas das distribuidoras ao longo do mesmo período. A iniciativa foi lançada no final de março, durante evento na Câmara dos Deputados, como parte das ações promovidas pelo setor para defender a importância e urgência da aprovação do Projeto de Lei 414, que dispõe sobre a portabilidade da conta de luz e modernização do setor elétrico. (BroadCast Energia – 12.08.2022)