IECC 349
Marco Institucional
Congresso aprova reforma do setor elétrico com teto para CDE e abre mercado de baixa tensão
O Congresso Nacional aprovou no dia 30 de outubro, o projeto de lei de conversão da Medida Provisória 1304. A proposta de reforma do setor elétrico foi votada no início da tarde, na comissão mista que discutiu a matéria. E aprovada em seguida nos plenários da Câmara e do Senado, de onde seguiu para sanção presidencial. O texto final da MP estabelece limite para as despesas anuais da Conta de Desenvolvimento Energético, a partir de 2027. Um teto de gastos com um cálculo com base no orçamento realizado da CDE de 2025, e corrigido anualmente pelo IPCA. Além disso, o projeto cria o Encargo de Complemento de Recursos (ECR), que será pago pelos beneficiários dos subsídios da conta setorial, sempre que algum custo ultrapassar o teto da lei. Ademais, outro pilar da reforma é a abertura do mercado de baixa tensão, com um projeto que prevê execução de um plano de comunicação e definição de tarifas aplicáveis aos consumidores do ACL e do ACR. Por fim, o texto também define regras para térmicas a carvão, estabelece compensação para os curtailment, cria incentivos a baterias, entre outras medidas. (Agência CanalEnergia - 30.10.2025)
Eduardo Braga: Teto para subsídios será com base em 2025; não espero 'furo' do teto
Em Brasília, no dia 28 de outubro de 2025, o senador Eduardo Braga do MDB-AM detalhou a definição do teto de longo prazo para o crescimento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), baseando-se no orçamento de 2025. Ele assegurou que não prevê um crescimento acima do limite estabelecido ou 'furo do teto' nessa conta que abrange encargos presentes na tarifa de energia elétrica. A destinação de 100% da receita de outorgas de concessão no setor elétrico para a CDE ao longo de sete anos tem o objetivo de contribuir para a modicidade tarifária, buscando, assim, a redução das tarifas, conforme os argumentos apresentados. Contudo, a União sofrerá perdas, já que atualmente 50% dos recursos das outorgas vão para o Tesouro Nacional. O senador afirmou que ao fim desses sete anos, espera-se uma significativa redução no tamanho da CDE em comparação com a atual. A meta é alcançar um reequilíbrio entre segurança energética, elétrica, flexibilidade e potência no setor, ao mesmo tempo em que se propõe diminuir o custo da tarifa para os consumidores. Em relação à geração distribuída, Braga garantiu a preservação de todos os direitos adquiridos. Os novos geradores, denominados 'entrantes', serão responsáveis por um encargo destinado a investimentos em armazenamento na subestação por parte das distribuidoras, especialmente para aqueles que não realizarem o armazenamento de energia. (BroadcastEnergia - 02.11.2025)
Braga não acata trecho com fim do 'desconto no fio' a consumidores de energia renovável
Em Brasília, o senador Eduardo Braga, do MDB-AM, apresentou um relatório sobre a Medida Provisória 1.304/2025, que trata da reforma no setor elétrico, no qual não acatou a proposta do governo de acabar com o "desconto no fio". Essa medida, que estava prevista para entrar em vigor a partir de 31 de dezembro de 2025, visava eliminar a redução nos pagamentos da Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão e da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição para novos contratos de energia renovável. O Ministério de Minas e Energia, liderado por Alexandre Silveira, argumentou que os contratos firmados antes da data limite continuariam com o desconto, porém, prevaleceu a ideia de que esse benefício era um "direito adquirido" durante as outorgas dos empreendimentos. O setor elétrico já havia manifestado preocupações sobre a possibilidade de insegurança jurídica com a proposta do governo. Um levantamento realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a pedido da Broadcast, revelou um aumento significativo de 164% nos contratos de comercialização de energia que se beneficiavam do "desconto no fio", passando de 22,6 mil contratos em junho de 2019 para 59,9 mil em junho de 2025. Esses dados evidenciam a importância e o impacto desse desconto para o setor, demonstrando a relevância da decisão do senador Braga em manter esse benefício. A decisão de manter o "desconto no fio" representa uma vitória para as empresas do setor elétrico e para os consumidores, garantindo a continuidade de um mecanismo que tem se mostrado fundamental para o desenvolvimento e a sustentabilidade do mercado de energia renovável no país. A discussão em torno dessa medida reflete a complexidade e os desafios presentes na busca por soluções que equilibrem interesses diversos dentro do setor elétrico brasileiro. (BroadcastEnergia - 02.11.2025)
Curtailment na MP 1.304 vai encarecer a conta de luz, diz diretor-geral da Aneel
Sandoval Feitosa afirmou que as mudanças aprovadas no Congresso para a MP 1.304 — em especial a remuneração por curtailment a eólicas e solares (exceto por excesso de energia) e a retirada da cobrança para energia injetada pela GD — tendem a aumentar a tarifa ao consumidor. Segundo ele, se o risco dos geradores é reduzido por regras de ressarcimento, a remuneração deveria ser revisitada para refletir menor risco. Feitosa disse que, “no final do dia”, quando a GD desloca a geração centralizada, a GC será ressarcida pelos consumidores, pressionando a conta de luz se não houver veto presidencial. Ele também comentou a abertura do mercado livre, apontando necessidade de regulação robusta para evitar riscos ao consumidor na transição. A fala ocorreu em 31/out, após a aprovação do texto no Congresso, e antecede a etapa de sanção e eventuais vetos. O pano de fundo é o esforço para conciliar previsibilidade aos investimentos com modicidade tarifária em um SIN com cortes crescentes e novas cargas. (Megawhat – 31.10.2025)
Com aprovação expressa, MP do setor elétrico é comemorada por eólicas e especialistas
As primeiras reações à aprovação da MP 1304 de forma expressa no dia 30 de outubro, na Comissão Mista do Senado, na Câmara dos Deputados e no Senado, foram positivas. Ainda mais para o setor eólico, que viu no texto que foi enviado à sanção presidencial a solução à questão do curtailment, o principal assunto do ano para os geradores. Na análise da presidente executiva da ABEEólica, Élbia Gannoum, que estava no palco do Brazil Windpower 2025 quando houve a confirmação do texto, o sentimento é de satisfação com a decisão do Congresso Nacional. Ela explicou que os itens que foram incluídos pelo deputado federal Danilo Forte (União-CE) atendem consideravelmente às questões sobre o tratamento do curtailment. Além disso, segundo Wagner Ferreira, especialista em energia e sócio do escritório Caputo, Bastos e Serra Advogados, a MP traz boas sinalizações para quem está nesse mercado, trazendo componentes que passam pelo preço, competição, CDE e consumidor. Em paralelo, a Abraceel também mostrou apreciação pela aprovação do texto e sinaliza que, junto a essa medida, já há outras ações importantes para o setor, como os comandos para regulamentar o SUI e estabelecer um teto para o CDE. (Agência CanalEnergia - 30.10.2025)
Proposta de mudança no cálculo do custo de capital de elétricas desagrada e pesa em preço-alvo
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou uma proposta no relatório da Medida Provisória 1.304/2025, referente à reforma do setor elétrico, que impactou as distribuidoras de energia atuantes no Norte e Nordeste do país. A proposta sugere que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) leve em consideração as alíquotas de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido no cálculo do custo do capital regulatório a ser aplicado nos reajustes tarifários das distribuidoras. Isso gerou preocupação no mercado, resultando em quedas significativas nas ações de empresas como Equatorial, Energisa e Neoenergia. As distribuidoras argumentam que a medida pode afetar os investimentos nas redes de distribuição, criar insegurança regulatória e diminuir a atratividade do setor nessas regiões. A proposta também levanta questões sobre a continuidade dos investimentos e a qualidade do fornecimento de energia, especialmente em regiões historicamente beneficiadas por incentivos fiscais. A discussão em torno da proposta deve se intensificar nas próximas horas, com a possibilidade de judicialização por parte das empresas afetadas. (BroadcastEnergia - 02.11.2025)
Ministro Silveira lamenta dificuldade com GD
A dificuldade na abordagem em novas regras para a Geração Distribuída foi alvo de comentários do ministro Alexandre Silveira. Em evento na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, 31 de outubro, ele lamentou que o Congresso Nacional não avance no tema. Ontem (30/10), na votação daMedida Provisória 1.304 foi suprimida a parte que instituía a cobrança de R$20 a cada 100kWh compensados por novos sistemas de GD. “Esperava que o Congresso tivesse contribuído, mas infelizmente venceu e nada contra, né, nenhuma crítica pontual. Mas venceram os lobbies e não venceu o interesse público”, explica. O ministro disse ainda que não era possível mais subsídios para essa modalidade. (Agência CanalEnergia - 31.10.2025)
Em meio a debate sobre subsídios, ministro e senador relatam pressões e ameaças do setor de GD
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, revelou ter sido ameaçado por uma entidade ligada ao setor de Geração Distribuída. O ministro participou de evento na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, no dia 31 de outubro. De acordo com ele, a ameaça foi feita no ano passado pelo celular. “Recebi uma ameaça no meu celular do setor de GD”, relatou. Aos jornalistas, Silveira revelou que a ameaça foi pelo seu trabalho para impedir mais subsídios da GD. Além disso, outro agente que foi bastante visualizado por esse segmento foi o senador Eduardo Braga (MDB-AM) que foi abordado no dia 29 por homens que o acusaram de ser responsável por gerar desemprego no segmento de micro e minigeração distribuída. Como resposta a essa movimentação, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, restringiu ainda mais o acesso do público. (Agência CanalEnergia - 31.10.2025)
Relator/Braga prevê isenção fiscal para baterias limitada em R$ 1 bilhão no ano de 2026
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou um relatório da Medida Provisória 1.304/2025 propondo a isenção fiscal para baterias no setor elétrico. A proposta visa beneficiar a aquisição e importação de Sistemas de Armazenamento de Energia em Bateria (BESS) e seus componentes, com a isenção de impostos como IPI, PIS/Pasep, Cofins, entre outros. A medida terá um custo fiscal máximo de R$ 1 bilhão em 2026 e busca incentivar a utilização de sistemas de armazenamento de energia para garantir a estabilidade do Sistema Interligado Nacional, especialmente diante da intermitência das fontes solar e eólica. Braga argumenta que a atual estrutura tributária brasileira dificulta a adoção dos BESS, classificando-os de forma inadequada e impondo uma carga tributária elevada. A previsão do valor será incluída na Lei Orçamentária Anual de 2026, antecipando os efeitos da Reforma Tributária para 2027. Essa medida também se aplica à desoneração de data centers, seguindo a mesma lógica de incentivo à tecnologia e sustentabilidade no setor elétrico.(BroadcastEnergia - 02.11.2025)
Conta Bandeiras vai repassar R$ 129 mi para distribuidoras
A Aneel fixou os valores daConta Bandeiras referente à contabilização de setembro de 2025. O montante que será repassado às concessionárias de distribuição de energia elétrica credoras, até 05 de novembro de 2025, tem o total de R$ 129 milhões. Nesse cenário, o maior repasse ficou com a Energisa MT, com cerca de R$ 23 milhões. De acordo com Despacho Nº 3.226, publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 31 de outubro, os valores a serem repassados à Conta Bandeiras, pelas concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica devedoras, até 03 de novembro de 2025, tem o total de R$ 26 milhões. (Agência CanalEnergia - 31.10.2025)
Eduardo Braga muda porcentual de multa administrativa aplicada pela Aneel, de 4% para 3%
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou um relatório que propõe a redução do porcentual da multa administrativa aplicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de 4% para 3%. Essa mudança faz parte da medida provisória 1.304/2025, que traz alterações no setor elétrico. Com a nova redação, a agência reguladora terá a capacidade de determinar as multas a serem impostas aos concessionários, permissionários e autorizados de instalações e serviços de energia elétrica, limitando-as a 3% do faturamento ou do valor estimado da energia produzida e consumida em casos específicos. O cálculo dessas multas levará em consideração o período de 12 meses anteriores à infração ou estimados para um período de 12 meses, caso o infrator não esteja em operação ou tenha operado por menos de 12 meses. A medida provisória em questão precisa ser votada tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado até 7 de novembro para se tornar válida. Caso contrário, perderá sua eficácia. (BroadcastEnergia - 03.11.2025)
Eduardo Braga: R$ 15 bi poderão ser destinados à CDE com recursos de outorgas
O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da Medida Provisória (MP) 1.304/2025, revelou que a reforma do setor elétrico poderá destinar cerca de R$ 15 bilhões à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) ao longo de sete anos. Esses recursos seriam provenientes de outorgas de usinas hidrelétricas, permitindo ao poder concedente prorrogar ou licitar empreendimentos de geração de energia elétrica com capacidade superior a 50.000 kW outorgados antes de 11 de dezembro de 2003. Caso haja prorrogação das outorgas até 31 de dezembro de 2032, o valor será direcionado à CDE. A partir de 2027, um 'teto de gastos' será estabelecido para a CDE, baseado no orçamento de 2025 atualizado pelo IPCA, com destaque para despesas relacionadas a fontes incentivadas. Em 2026, haverá um rateio de custos entre consumidores de diferentes níveis de tensão, com aqueles em Alta Tensão arcando com 50% do valor unitário, os de Média Tensão com 80%, e a previsão é de que a CDE só possa ter reajustes de acordo com o IPCA até 2032. Braga afirmou que qualquer estouro do teto de gastos será suportado pelo sistema e não pelos consumidores. (BroadcastEnergia - 03.11.2025)
Braga estima redução do atual nível da CDE em 80% no intervalo de 7 anos
O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da medida provisória 1.304/2025 que propõe mudanças no setor elétrico, anunciou durante uma sessão da comissão mista que estima uma redução de 80% na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) ao longo de sete anos. Ele destacou que essa previsão considera a diminuição de encargos como a Conta Consumo de Combustíveis (CCC) e a entrada de recursos extras provenientes de outorgas de hidrelétricas. A votação da MP foi adiada para o dia seguinte, às 10h, devido a pedidos de parlamentares por mais tempo para analisar o relatório apresentado por Braga. Com o prazo de validade da medida se encerrando em 7 de novembro, é necessário que ela passe pela comissão, pela Câmara e pelo Senado para ser aprovada. A proposta visa trazer mudanças significativas no setor elétrico, buscando reduzir os custos e tornar o sistema mais eficiente, com a expectativa de impactos positivos a longo prazo no setor energético do país. (BroadcastEnergia - 03.11.2025)
Braga: Mudança de Wacc para distribuidoras no Norte e NE poderá reduzir tarifas em 2,5%
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) retirou do seu relatório da Medida Provisória (MP) 1.304/2025 uma proposta de mudança no cálculo da taxa de remuneração da capital para as distribuidoras de energia do Norte e Nordeste do país. Ele defendeu a equalização dos cálculos em nível nacional e regional, visando reduzir as tarifas dos consumidores nessas regiões em até 2,5%. Atualmente, o Norte e Nordeste já contam com benefícios fiscais que reduzem o imposto de renda em 25%. A proposta original da MP envolvia a utilização das alíquotas de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido no cálculo da remuneração de capital (WACC) pelas distribuidoras, o que resultaria em uma redução no denominador da remuneração de capital e, consequentemente, na tarifa ao consumidor. Enquanto a remuneração de capital a nível nacional é de 11,45%, nas regiões Norte e Nordeste é de 14,71%, o que impacta diretamente no valor final das tarifas de energia. O senador esclareceu que houve um mal-entendido sobre a proposta e que um projeto autônomo será apresentado para tratar do tema. Essa decisão de Braga busca garantir uma equidade nos cálculos e benefícios para os consumidores de energia elétrica nessas regiões do país. (BroadcastEnergia - 03.11.2025)
Abrace: Relatório da MP 1.304 tem propostas que comprometem competitividade da matriz nacional
A Abrace Energia, associação que representa os grandes consumidores de energia, analisou o relatório da Medida Provisória 1.304, que propõe ajustes no marco regulatório do setor elétrico. O texto, apresentado pelo senador Eduardo Braga, busca modernizar e reequilibrar riscos, mas levanta preocupações. Entre as alterações propostas, estão contratações compulsórias de geração, como termelétricas a gás natural e térmicas a biomassa. A Abrace destaca a inclusão de termelétricas a carvão nacional como Reserva de Capacidade, com custo mínimo e investimento em armazenamento flexível. Além disso, o relatório prevê a contratação de térmicas a biomassa, sujeita à avaliação do CNPE. A associação ressalta a ampliação da contratação de energia eólica offshore, além da prorrogação de usinas do Proinfa. Parlamentares estão discutindo as propostas, com a expectativa de votação ainda hoje. A Abrace aponta que, embora haja tentativas de modernização, alguns dispositivos podem manter distorções e encarecer a matriz elétrica, o que gera preocupações no setor. (BroadcastEnergia - 03.11.2025)
BofA: relatório sobre MP 1.304 frustrou expectativa de solução para cortes de geração
O relatório do senador Eduardo Braga sobre a Medida Provisória nº 1.304, com reforma do setor elétrico, gerou desapontamento no mercado, de acordo com os analistas do Bank of America Merril Lynch (Bofa), Gustavo Faria e André Silveira. A proposta de solução para os cortes de geração renovável, conhecidos como curtailment, foi considerada insuficiente pelos investidores. A proposta prevê o reembolso de parte dos cortes relacionados às indisponibilidades da rede, abrangendo cerca de 40% do total de cortes. Além disso, o relatório propõe a criação de uma nova cobrança setorial (ECR) para compensar as renováveis e os subsídios à geração distribuída, o que pode impactar a competitividade das empresas de geração renovável. Outros pontos destacados no relatório incluem a obrigação de contratação de 4 gigawatts (GW) de térmicas a gás, em contratos de 20 anos e com 50% de inflexibilidade, o que poderia beneficiar geradores termelétricos. Também foi mencionada a concessão de incentivos fiscais para projetos de armazenamento de energia. Os analistas do BofA consideram essas medidas como levemente baixistas para os preços de energia de longo prazo, estimando um impacto inferior a R$ 10 por megawatt-hora (MWh) para a contratação térmica. A análise aponta para uma falta de amplitude na solução proposta para os cortes de geração renovável, o que desapontou os investidores e levantou preocupações sobre o impacto no setor elétrico e na competitividade das empresas do ramo. (BroadcastEnergia - 03.11.2025)
MP 1304 prepara setor elétrico para a nova realidade tributária
A Medida Provisória 1304, aprovada no dia 30 de outubro, traz importantes avanços na proteção aos consumidores de energia elétrica, segundo análise do sócio da área de energia e recursos naturais do escritório Demarest, Henrique Reis. O especialista avalia que o texto aprovado reforça o direito à conscientização e informação clara sobre tarifas e contratos de energia, além de também estabelecer diretrizes para regulamentação do supridor de última instância, oferecendo segurança aos consumidores. Além disso, a MP também amplia a fiscalização da Aneel sobre práticas comerciais no mercado livre, colocando um maior grau de observação para cuidados jurídicos adicionais, focando na transparência e evitando práticas abusivas. Por fim, no campo tributário, a medida alinha-se às transformações profundas trazidas pela reforma tributária com a criação do IBS e CBS. A nova sistemática prevê tributação apenas na operação final com o consumidor, com diferimento nas etapas anteriores. (Agência CanalEnergia - 03.11.2025)
Proposta de solução para cortes de geração prevista em relatório da MP 1.304 frustra setor
O relatório do senador Eduardo Braga sobre a Medida Provisória 1304, que visa reorganizar o setor elétrico, desapontou o mercado ao abordar o problema dos cortes de geração, conhecidos como curtailment, que afetam geradores renováveis, como usinas eólicas e solares. O relatório propõe compensação para cortes devido a indisponibilidade externa e requisitos de confiabilidade elétrica, mas não para cortes por excesso de oferta. Essa decisão desagradou analistas e investidores, que esperavam uma solução mais abrangente. Empresas como Auren, expostas aos cortes, viram suas ações caírem após a publicação do relatório. A diretora de Assuntos Regulatórios da Auren alertou sobre a insustentabilidade financeira do setor se nada for feito. A situação é atribuída a fatores macroeconômicos, como baixo crescimento e expansão da micro e minigeração distribuída. A proposta de Braga não compartilha os custos com esse segmento, o que desagrada alguns players do setor. O presidente da Vestas na América Latina critica a inclusão de medidas na MP que podem aumentar os cortes, como a contratação de térmicas a gás e a renovação de contratos com usinas a carvão. Ele defende que a solução para o curtailment deve ser liderada por órgãos técnicos, como a Aneel e o ONS, e não por decisões políticas. A necessidade de abordagem técnica para resolver o problema é destacada diante das críticas ao texto proposto por Braga. (BroadcastEnergia - 03.11.2025)
Auren/Lino: Com adicional de térmicas [em MP] estamos cavando mais o buraco
A diretora de Assuntos Regulatórios da Auren, Priscila Lino, expressou preocupações em relação ao adicional de contratação de térmicas previsto no relatório da Medida Provisória 1.304, apresentado recentemente. Durante o Brazil Windpower, evento de energia eólica em São Paulo, ela destacou que essa medida está agravando a crise no setor elétrico devido aos cortes de geração renovável por razões sistêmicas, conhecidos como curtailment. Priscila Lino alertou que ao aumentar a inflexibilidade do sistema sem abordar soluções para o curtailment, os investidores interessados no país estão enfrentando dificuldades significativas. Ela também levantou questões sobre o tempo de permanência ligado e desligado proposto no leilão de reserva de capacidade que ocorrerá em 2026, apontando que esses períodos prolongados podem complicar ainda mais a situação sem resolver o problema do curtailment. A votação do parecer de Eduardo Braga, marcada para a próxima quinta feira em uma comissão especial, será crucial para determinar o rumo das políticas energéticas relacionadas a essas questões. As declarações de Priscila Lino refletem a preocupação de diversos atores do setor energético com as medidas em discussão, ressaltando a importância de encontrar soluções eficazes que equilibrem a segurança energética, a sustentabilidade e o ambiente propício para investimentos. A complexidade do cenário atual demanda uma abordagem cuidadosa e integrada para garantir a estabilidade e o desenvolvimento do setor no Brasil. (BroadcastEnergia - 03.11.2025)
Neoenergia/Porto: Acho muito injusto que MMGD seja poupada [na MP], mas não desistimos
A diretora do Grupo Neoenergia, Laura Porto, expressou sua preocupação em relação à exclusão da micro e minigeração (MMGD) na discussão sobre segurança operativa na Medida Provisória 1.304, cujo relatório foi apresentado no Congresso Nacional. Porto considera injusto que apenas novos projetos do segmento sejam previstos para contribuição, apontando que a geração distribuída (GD) expandiu-se de forma descoordenada, trazendo prejuízos significativos ao setor. Ela ressaltou que a medida não é democrática, beneficiando apenas uma pequena parcela da sociedade brasileira. Durante o Brazil Windpower em São Paulo, a executiva, que também preside a Abeeólica, afirmou que parte dos conselheiros da associação está em Brasília, coordenadamente defendendo os interesses da indústria eólica. O parecer do senador Eduardo Braga será debatido novamente no Legislativo federal, sendo aguardadas novas discussões sobre o tema. A posição de Laura Porto reflete a preocupação com a equidade e a sustentabilidade no setor de energia, destacando a importância de considerar todas as formas de geração de energia de forma justa e coordenada para o desenvolvimento do país. (BroadcastEnergia - 03.11.2025)
Distribuidoras defendem mais ajustes na MP 1.304, para incorporar novas modalidades de tarifa
A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) defende a necessidade de aprimoramentos no relatório do senador Eduardo Braga sobre a Medida Provisória 1.304/2025. A Abradee propõe a inclusão de novas modalidades tarifárias, como pré-pagamento, tarifas por horário e tarifas multipartes, além da separação contábil entre distribuição e comercialização. Essas medidas são consideradas essenciais para a modernização do setor e para garantir transparência e equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias. A proposta da associação surge em um momento de intensa transformação no setor de energia elétrica, com a abertura total do mercado livre prevista para ocorrer em até três anos. O senador Eduardo Braga fez ajustes em seu relatório, retirando um dispositivo que alterava o cálculo da taxa de remuneração da capital para as distribuidoras do Norte e Nordeste. Essa proposta havia gerado polêmica no mercado, sendo vista como uma quebra das regras que poderia impactar os investimentos nessas regiões. Além disso, Braga reduziu o limite máximo das multas administrativas aplicadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de 4% para 3% do faturamento anual. Apesar da redução, a Abradee considera que o patamar atual de 2% já representa uma penalização elevada. A associação destaca a importância de preservar políticas públicas para o desenvolvimento regional e a manutenção de investimentos em infraestrutura nas regiões Norte e Nordeste. Essas mudanças e propostas refletem a busca por um ambiente regulatório mais adequado e favorável ao desenvolvimento do setor de energia elétrica no Brasil, visando a modernização, transparência e equilíbrio econômico-financeiro das empresas concessionárias. (BroadcastEnergia - 04.11.2025)
Braga vê segurança jurídica se MP 1304 for sancionada com vetos
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) afirmou nesta quarta-feira, 5 de novembro, que não tem dúvida de que o país terá segurança jurídica se a MP 1304 for sancionada com alguns vetos para que “volte o trem para o trilho”. Oprojeto de conversão da medida provisória foi aprovado na quarta-feira passada (30/10) pelo Congresso Nacional e aguarda sanção presidencial. Relator da matéria, Braga argumentou que se todos contribuírem, o Brasil vai conseguir resolver em menos de uma década problemas como o curtailment (corte de geração), o desequilíbrio elétrico e o desequilíbrio energético do sistema interligado. Lembrou que outros países com grande dimensão territorial, como a China, conseguiram equacionar esses três pontos. O projeto da MP estabelece tratamento para o passivo financeiro dos cortes de geração ocorridos a partir de setembro de 2023. Amplia o escopo dos eventos passiveis de compensação, prevendo que apenas os cortes por sobreoferta de energia não serão ressarcidos. (Agência CanalEnergia - 05.11.2025)
CCJ adia votação, mas relator apoia derrubar regras da Aneel sobre tarifas de transmissão
Na CCJ do Senado, o relator Cid Gomes (PSB-CE) apresentou parecer favorável ao PDL que susta duas resoluções da Aneel de 2022 que mudaram o cálculo do uso da rede de transmissão, eliminando a estabilidade tarifária após o período de transição e intensificando o sinal locacional, mas a votação foi adiada por pedido de vista de Rogério Carvalho (PT-SE), com retorno à pauta após sabatinas, segundo Otto Alencar (PSD-BA). O relator alega que as regras geram efeitos assimétricos e podem elevar em até 70% a tarifa de transmissão para geradores do Norte e Nordeste, reduzindo-a em cerca de 40% no Sul, comprometendo projetos renováveis e deslocando investimentos para o Sudeste; também afirma que a Aneel extrapolou seu papel técnico. O PDL, de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE), foi aprovado na Câmara em novembro de 2022 e na Comissão de Infraestrutura do Senado em outubro de 2023. Associações do setor defendem a manutenção das resoluções, dizendo que elas estão alinhadas à lei e reduziram custos aos consumidores em 18 estados queda média de 2,4% no Nordeste, 0,8% no Norte, impacto neutro no Centro-Oeste e altas de 0,5% no Sudeste e 1,5% no Sul e alertam que a aprovação do PDL pode exigir revisão tarifária extraordinária, elevando preços no Norte e Nordeste. (Valor Econômico - 05.11.2025)
Motta reafirma compromisso de buscar eficiência do setor elétrico em conjunto com o Senado
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), reafirmou nesta quarta-feira (5) seu compromisso de buscar a modernização e a eficiência do setor elétrico em conjunto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). “Nós não vamos resolver esse problema de uma vez só. Penso que nós temos que ir caminhando, dando passos firmes”, disse ele, ao participar do seminário Energia e Desenvolvimento Regional: Convergência para o Brasil do Futuro, promovido pela operadora de gás natural Eneva, com apoio do portal Poder360. (Agência Câmara de Notícias – 05.11.2025)
Consumidores bancam subsídios bilionários na tarifa de energia
Os subsídios pagos pelos consumidores de energia no Brasil continuam aumentando, atingindo R$ 48,9 bilhões no ano passado e já em R$ 39 bilhões até outubro deste ano. A maior parte desses subsídios é destinada à fonte incentivada e à geração distribuída. Especialistas apontam que, embora alguns subsídios sejam justificados para auxiliar famílias de baixa renda e universalizar o acesso à eletricidade, muitos são questionáveis. A geração distribuída, em particular, tem gerado desequilíbrios no sistema elétrico, levando a um excesso de energia em determinados momentos. O avanço descontrolado da geração distribuída tem impactado a capacidade do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de gerenciar a oferta e demanda de energia, como evidenciado no Dia dos Pais, quando houve a necessidade de cortes na geração para evitar um colapso. O aumento da energia solar, por exemplo, gera um excesso de produção durante o dia, enquanto a demanda cresce à noite, levando ao acionamento de usinas térmicas mais caras. Além disso, o modelo de geração baseado em energias renováveis, como solar e eólica, apresenta desafios geográficos, com a maior parte da geração no Nordeste e o consumo concentrado no Sudeste, o que dificulta o escoamento da energia e gera custos adicionais. Os desequilíbrios e custos do setor elétrico acabam sendo repassados para o consumidor, como historicamente observado em crises anteriores. A necessidade de soluções para lidar com os desafios do setor elétrico, como o excesso de energia e os custos associados à geração distribuída, permanece em debate. Especialistas apontam que taxas adicionais na conta de luz têm sido uma solução recorrente para cobrir prejuízos, mas a questão sobre como resolver esses desafios de forma sustentável ainda está em aberto. (BroadcastEnergia - 05.11.2025)
Cemig/Passanezi: MP 1.304 é positiva para o setor elétrico
O diretor-presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, elogiou a reforma do setor elétrico proposta na Medida Provisória 1.304/2025 em discussão no Congresso. Ele destacou a abertura do mercado como um ponto positivo e ressaltou a importância de todos se prepararem para as mudanças. Passanezi também apontou a necessidade de avanços em questões como o preço horário e o sinal locacional, visando uma precificação mais próxima do sinal econômico, com preços mais baixos em momentos de excesso de oferta e mais altos em momentos de excesso de demanda. Além disso, ele sugeriu o estímulo a tecnologias disruptivas para a transição energética, em detrimento de subsídios para tecnologias maduras ou não renováveis. Passanezi destacou a importância de promover mudanças que incentivem a inovação e a sustentabilidade no setor elétrico, visando um mercado mais eficiente e alinhado com as necessidades energéticas do futuro. (BroadcastEnergia - 05.11.2025)
Setor eólico vê em MP aprovada pelo Congresso um avanço para reduzir custos
A Aeris Energy avalia que a Medida Provisória 1304, aprovada recentemente pelo Congresso, representa um avanço importante para o setor eólico ao corrigir distorções nos custos do curtailment. Pela nova regra, a conta que hoje recai sobre os geradores passaria a ser dividida entre os consumidores, reduzindo a pressão financeira sobre as empresas do segmento. Segundo o CEO da companhia, Alexandre Negrão, a medida ainda depende da sanção presidencial, mas já é vista como um passo positivo para destravar investimentos e dar previsibilidade ao setor. Além disso, destacou também a expectativa de recuperação gradual da demanda a partir de 2026. Essa retomada se apoia tanto nas negociações com clientes quanto em estudos de mercado elaborados por consultorias e entidades internacionais. Os quais indicam um retorno ao crescimento sustentado após um período de retração em 2024 e 2025. Por fim, outro fator impulsionador da demanda é a chegada de grandes data centers ao país, como o projeto recente no Estado do Ceará com participação de capital chinês e brasileiro. (Agência CanalEnergia - 06.11.2025)
Regulação
Aneel mantém bandeira vermelha em novembro devido à baixa geração hidrelétrica
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a bandeira tarifária vermelha patamar 1 para o mês de novembro, justificando a medida pelo cenário desfavorável à geração hidrelétrica causado por chuvas abaixo da média e pela queda no nível dos reservatórios. Com isso, continua em vigor o custo adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, destinado a cobrir o acionamento de usinas termelétricas, que possuem custo de operação mais alto. A Aneel destacou ainda que a geração solar, por ser intermitente, não supre a demanda de forma constante, exigindo a complementação térmica. Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias reflete o custo real da produção de energia conforme as condições climáticas e a disponibilidade de fontes renováveis. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê um crescimento de 0,9% na carga do Sistema Interligado Nacional em novembro, impulsionado por temperaturas mais altas em algumas regiões do país. (Agência Eixos – 31.10.2025)
Silveira: Aneel tem que acelerar o processo de renovação das distribuidoras
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou a demora da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em renovar as concessões das distribuidoras de energia, alegando prejuízos aos estados. Durante um seminário no Rio de Janeiro, Silveira pediu celeridade à Aneel para garantir transparência e qualidade na prestação de serviços de energia no Brasil. Ele destacou que apenas duas das 19 renovações foram concluídas, incluindo a da Neoenergia Pernambuco, que resultará em investimentos significativos nos próximos cinco anos. Silveira rebateu críticas do governador e prefeito de São Paulo em relação à renovação da Enel São Paulo, afirmando que as demandas deles já estão contempladas nos novos contratos. O ministro enfatizou a importância da renovação das concessões para garantir melhorias no setor de energia e afirmou que é fundamental que a Aneel atue com agilidade para impulsionar investimentos e aprimorar os serviços prestados. (BroadcastEnergia - 04.11.2025)
Sandoval rebate críticas sobre morosidade na Aneel
O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, disse que não vê atrasos envolvendo a renovação das distribuidoras, mas sim análises importantes que precisam ser empreendidas pelas áreas técnicas da agência após as questões objetivas que vieram com odecreto promulgado no ano passado. A afirmação veio após Feitosa ser informado decríticas do ministro de Minas e Energia a uma certa morosidade da Aneel nesses processos. “É claro que existem casos que demoram e demandam mais tempo. Mas quando iniciei minha gestão tínhamos 750 processos em média na diretoria, número que foi reduzido a 300 agora. E o tempo de deliberação que era de 120 dias passou para 80”, disse ele em entrevista a jornalistas após participação em um evento na Fundação Getúlio Vargas (FGV) nessa sexta-feira, 31 de outubro, no Rio de Janeiro. (Agência CanalEnergia - 31.10.2025)
Aneel propõe revisar tarifas para refletir efeitos da criminalidade no setor elétrico
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, defendeu a inclusão de parâmetros de segurança pública na remuneração das distribuidoras de energia, reconhecendo o impacto da criminalidade sobre o serviço. A proposta surge diante da crise de segurança no Rio de Janeiro, onde o domínio de facções criminosas e milícias tem dificultado a atuação das concessionárias e gerado grandes prejuízos por inadimplência e furtos de energia. Feitosa destacou que é impossível operar com eficiência em áreas controladas pelo crime e afirmou ser necessário ajustar os parâmetros regulatórios para refletir essa realidade. Empresas como a Light enfrentam inadimplência superior a 95% em comunidades dominadas. Em 2024, o furto de energia causou perdas de R$ 10,3 bilhões no país, com Light e Amazonas Energia respondendo por mais de um terço do total. O diretor também apontou contradições entre a cobrança de impostos e a ausência de segurança pública, defendendo maior coordenação entre Aneel e o Fisco para enfrentar o problema. (Agência Eixos – 31.10.2025)
Aneel alerta que ressarcimento a geradoras pode elevar tarifa de energia elétrica
O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, afirmou que o ressarcimento às geradoras por cortes de geração, aprovado pelo Congresso, pode resultar em aumento na tarifa de energia, já que os custos seriam repassados aos consumidores por meio dos Encargos de Serviço do Sistema (ESS). O texto, incluído em medida provisória que reformula o setor elétrico, prevê indenizações às usinas por todos os cortes de geração, exceto os ligados à sobreoferta de renováveis, com compensações retroativas desde setembro de 2023 para empresas que desistirem de ações judiciais. Feitosa destacou que a Aneel fará os cálculos técnicos caso o Executivo solicite, mas ressaltou que a decisão sobre vetos é política, não regulatória. Paralelamente, a Aneel iniciou três processos para definir regras em situações de excedente de geração, em articulação com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que apresentará até 19 de dezembro um plano emergencial para evitar riscos à segurança do sistema. (Valor Econômico - 04.11.2025)
Aneel nega competência para autorizar saque de R$ 1 bi do fundo nuclear solicitado pela Eletronuclear
A diretoria da Aneel decidiu não ter competência para autorizar o saque de cerca de R$ 1 bilhão solicitado pela Eletronuclear do Fundo de Descomissionamento das Usinas Nucleares (FDES), alegando que a gestão desses recursos cabe à Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), sucessora da CNEN. A Eletronuclear justificou o pedido pela pressão em seu caixa, que pode atingir déficit de até R$ 1 bilhão até dezembro, devido ao pagamento de tributos que, segundo a empresa, deveriam ter sido cobertos pelo fundo. A Procuradoria Federal junto à Aneel confirmou que o papel da agência se limita a calcular parcelas da receita fixa das usinas, não a liberar recursos do FDES. O fundo, hoje com cerca de R$ 3 bilhões aplicados em ativos de baixo risco, é destinado exclusivamente ao descomissionamento das usinas de Angra 1 e 2 entre 2040 e 2060, e a ANSN já sinalizou que não permitirá saques antecipados fora das normas estabelecidas. (Valor Econômico - 04.11.2025)
Aneel marca audiência pública para definir sua Agenda Regulatória 2026-2027
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a realização da Audiência Pública nº 7/2025, na modalidade virtual, em 6 de novembro, para debater a minuta da Agenda Regulatória 2026-2027 com a sociedade. O instrumento de planejamento da atividade normativa define o conjunto dos temas prioritários a serem regulamentados pela Agência a cada dois anos. Na primeira etapa da elaboração da Agenda Regulatória, foram coletadas contribuições e propostas para orientar a formulação do documento junto à sociedade por meio de uma Tomada de Subsídios, realizada entre 21 de julho e 20 de agosto de 2025. A segunda etapa será a realização de audiência pública. Por último, ocorrerá a aprovação da agenda pela Diretoria da Aneel. (Agência CanalEnergia - 03.11.2025)
Aneel lança Projeto Energias da Floresta para levar energia a comunidades remotas
A Agência Nacional de Energia Elétrica lançou na última quinta-feira, 30 de outubro, o Projeto Energias da Floresta. A iniciativa é voltada a ampliar o acesso à energia e melhorar a qualidade do serviço em regiões remotas da Amazônia Legal. De acordo com o diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, a Aneel chega à última fase do processo de universalização com a responsabilidade de ajustar o marco regulatório à realidade das comunidades amazônicas. O fator destaque da cerimônia de lançamento do projeto foi o Acordo de Cooperação Técnica com o Instituto de Energia e Meio Ambiente, que possui a meta de construir diagnósticos sobre os desafios técnicos e socioculturais enfrentados por essas comunidades. Por fim, o projeto-piloto será lançado em dezembro. (Agência CanalEnergia - 04.11.2025)
Aneel pensa em abrir escritórios regionais
A Agência Nacional de Energia Elétrica considera a possibilidade de negociar com o governo a abertura de escritórios regionais para ampliar a presença da autarquia nos estados. A autorização para a instalação de representações estaduais da agência foi incluída noprojeto de conversão da Medida Provisória 1304, que aguarda sanção presidencial. O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, afirmou na última terça-feira, 4 de novembro, que a agência pode combinar o movimento de descentralização da fiscalização com a abertura de escritórios localizados. A intenção, no entanto, não é instalar unidades em todo o país, porque isso não seria necessário. A ideia é que cada escritório regional faça a coordenação dos convênios com as agências estaduais daquelas unidades da federação que estiverem mais próximas. “A gente acha que essa combinação vai dar uma melhor resposta para a sociedade. A Aneel vai estar mais presente nos estados e o serviço de distribuição vai melhorar. Principalmente nesse ambiente agora de abertura de mercado, onde há uma dinâmica mais volátil e mais exigência de prestação de serviço adequado junto às concessionárias.” (Agência CanalEnergia - 05.11.2025)
Pauta da 38° Reunião Pública Ordinária da Diretoria da Aneel de 2025
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou a pauta da 38ª Reunião Pública Ordinária da Diretoria, agendada para 4 de novembro de 2025, que inclui quatro processos relevantes. O primeiro trata da proposta de abertura de Consulta Pública para colher subsídios sobre o aprimoramento dos procedimentos de monitoramento de mercado após o período sombra. Também será analisado o pedido de reconsideração da Neoenergia Distribuição Brasília (NDB) quanto ao despacho que negou provimento ao requerimento sobre o processo de análise da sustentabilidade econômico-financeira da concessionária em 2023. Outro item da pauta aborda o Termo de Intimação da Enel Distribuição São Paulo, referente a falhas e transgressões à legislação e ao contrato de concessão. Por fim, será avaliada a prorrogação do contrato de concessão da Light Serviços de Eletricidade S.A., conforme o Decreto nº 12.068/2024 e a Lei nº 9.074/1995. Os processos estão sob relatoria dos diretores Gentil Nogueira e Agnes da Costa. Acesse a pauta aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 04.11.2025)
Aneel propõe tarifas variáveis conforme o horário de consumo a partir de 2026
A área técnica da Aneel propôs que, a partir de 2026, parte dos consumidores passe a pagar tarifas de energia que variam conforme o horário de uso, incentivando o consumo mais eficiente e refletindo a dinâmica de oferta e demanda do sistema elétrico. O novo modelo prevê preços menores durante o dia, quando há maior geração solar e eólica, e tarifas mais altas no horário de pico, entre 18h e 21h, quando a demanda aumenta e é necessário acionar termelétricas. Inicialmente, a medida deve abranger 2,5 milhões de unidades consumidoras com consumo superior a 1 MWh/mês, como indústrias e grandes residências, com possibilidade de ampliação no segundo ano. A proposta ainda será submetida à diretoria e a consulta pública, e dependerá da expansão dos medidores inteligentes para viabilizar o sistema. O modelo se baseia na experiência da Tarifa Branca, disponível desde 2018, que mostrou reduções médias de até 15% na conta de luz dos consumidores que aderiram voluntariamente. (Valor Econômico - 07.11.2025)
Empresas
Petrobras lucra R$ 32,7 bi no terceiro 3º tri 2025
A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre de 2025, resultado 0,5% superior ao do mesmo período de 2024. Segundo a companhia, a leve alta ocorreu apesar da queda nos preços internacionais do petróleo, que impactou a receita. A estatal também anunciou a distribuição de R$ 12,16 bilhões em dividendos, referentes ao terceiro trimestre, como antecipação da remuneração aos acionistas do exercício de 2025. O pagamento será feito em duas parcelas, reforçando a política de retorno financeiro aos investidores. (Valor Econômico - 07.11.2025)
Petrobras: Aprovação de novo Programa de Desligamento Voluntário
A Petrobras anunciou a aprovação de um novo Programa de Desligamento Voluntário (PDV), voltado a empregados da controladora que já se aposentaram pelo INSS antes da Emenda Constitucional nº 103/2019 e permanecem em atividade na empresa. O público potencial é de cerca de 1.100 funcionários, com desligamentos previstos ao longo de 2026. A medida, aprovada pelo Conselho de Administração, segue o Plano de Negócios da companhia e terá seus impactos financeiros reconhecidos gradualmente conforme as adesões forem efetivadas. Segundo a companhia, o PDV visa oferecer aos empregados aposentados uma transição de carreira estruturada, ao mesmo tempo em que promove a renovação dos quadros, garantindo a continuidade operacional, a segurança das atividades e a transferência de conhecimento crítico entre gerações, em consonância com as práticas modernas de gestão de pessoas. (Agência CanalEnergia - 03.11.2025)
Axia Energia: Prejuízo de R$ 5,4 bi no 3º tri 2025 após movimentações estratégicas
A Axia Energia, nova marca da Eletrobras, registrou prejuízo líquido de R$ 5,4 bilhões no terceiro trimestre de 2025, revertendo o lucro de R$ 7,2 bilhões do mesmo período do ano anterior. O lucro ajustado foi positivo em R$ 2,2 bilhões, queda de 68% ante 2024, influenciado pela ausência do impacto da Revisão Tarifária Periódica que elevou os resultados no ano passado. O Ebitda ficou negativo em R$ 1,5 bilhão, enquanto o Ebitda regulatório ajustado somou R$ 6,4 bilhões, avanço de 3,4%. A receita operacional líquida caiu 9,4% para R$ 10 bilhões, mas no acumulado do ano cresceu 9,2%, com destaque para Geração (+3,7%) e Transmissão (+10,3%). A geração líquida recuou 7,6% (24,5 TWh), com queda de 14,7% no ACR e alta de 15,8% no ACL, onde o preço médio foi de R$ 156/MWh. Os investimentos somaram R$ 2,7 bilhões, alta de 57%, impulsionados por 230 empreendimentos de transmissão com CAPEX de R$ 12,5 bilhões. A dívida líquida ajustada subiu para R$ 42,6 bilhões, elevando a alavancagem para 2,1x Ebitda. Apesar do prejuízo contábil, a companhia aprovou R$ 4,3 bilhões em dividendos, totalizando R$ 8,3 bilhões em 2025, sustentada por visão de preços resiliente e disciplina financeira. Ademais, a companhia destacou entregas relevantes em setembro e outubro, como a venda da participação na Eletronuclear à Âmbar Energia, a alienação da fatia na EMAE, a aquisição da Tijoá Energia e a conquista de dois lotes com compensadores síncronos no Leilão de Transmissão 04/2025. (Agência CanalEnergia - 06.11.2025)
Leilões
Aneel arrecada R$ 5,5 bi em leilão de transmissão com deságio médio de 48%
O 4º Leilão de Transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de 2025 registrou um deságio médio de 47,96%, com Receita Anual Permitida (RAP) total de R$ 487,3 milhões frente ao limite máximo de R$ 963,8 milhões. Realizado em 31 de outubro, o certame ofertou sete lotes, prevendo R$ 5,53 bilhões em investimentos e mais de 13 mil empregos diretos e indiretos. O maior lote, avaliado em R$ 1,25 bilhão, foi arrematado pela FIP Warehouse, responsável por construir 350 km de linhas de transmissão em Mato Grosso e Rondônia. A Axia Energia (Eletrobras) venceu dois lotes, com deságios acima de 45%. Ao todo, o leilão contempla 1.081 km de linhas e 2.000 MW de capacidade de transformação em 12 estados. Quatro lotes foram retirados do edital por solicitação do Ministério de Minas e Energia (MME) e transferidos para 2026, devido a processos de caducidade de contratos anteriores. (Agência Eixos – 31.10.2025)
Leilão de transmissão tem deságio de 48% e todos os 7 lotes são arrematados
Após quase três horas de disputa, o único leilão de transmissão de 2025 terminou. Todos os sete lotes colocados à disposição dos investidores foram licitados. O Deságio sob a Receita Anual Permitida máxima foi de 47,98%, ante o valor estimado inicialmente em R$ 937 milhões, estabelecido pela Aneel. O maior vencedor foi a Axia Energia, por meio da CGT Eletrosul, que ficou com os lotes 6 e 7. O investimento estimado nesses ativos é de mais de R$ 1,6 bilhão. Além disso, o FIP Warehouse, veículo de investimento do BTG Pactual, ficou com o maior lote individual, o de número 4, com aportes calculados em R$ 1,2 bilhão. (Agência CanalEnergia - 31.10.2025)
Setor de transmissão terá dois leilões e R$ 26,5 bi em investimentos previstos para 2026
As atenções do planejamento para o segmento de transmissão estão voltadas agora para 2026. A previsão inicial é de que os investimentos previstos nos dois certames do ano que vem sejam da ordem de R$ 26,5 bilhões. E já há a sinalização de que, para 2027, o valor seja maior ainda, alcançando R$ 40 bilhões. De acordo com a programação do Ministério de Minas e Energia (MME) serão dois certames em 2026. Um no mês de março e outro no segundo semestre. Esse primeiro já está direcionado com 10 lotes, enquanto o segundo ainda deverá ser definido no final do ano com estudos que a Empresa de Pesquisa Energética entregará até dezembro. (Agência CanalEnergia - 31.10.2025)
Leilão de transmissão começa com Shalom FIP levando Lote 1 por R$ 27,2 mi em RAP
O Lote 1, primeiro ativo a ser negociado no Leilão de Transmissão do dia 31 de outubro, foi arrematado pela Shalom FIP Multiestrategia que ofereceu RAP de R$ 27,2 milhões, deságio de 57,51% sobre a RAP máxima de R$ 64.013.032,07. O lote tem investimento projetado em pouco mais de R$ 352,3 milhões. Além disso, o empreendimento leiloado é formado por um lote composto por instalações no Estado de São Paulo. (Agência CanalEnergia - 31.10.2025)
Rialma vence lote de leilão de transmissão com deságio de quase 37%
O Lote 2 do leilão de transmissão foi arrematado pela Rialma, que ofereceu RAP de R$ 85,9 milhões, deságio de 36,73% sobre a RAP máxima de R$ 135.765.517,80. A disputa foi para lances viva voz entre 4 concorrentes, além da vencedora, foram classificadas a Taesa, FIP Warehouse (veículo de investimentos do BTG Pactual) e a Axia Energia- Eletrobras CGT Eletrosul. Foram apresentados 2 lances até a decisão da vencedora. O lote tem investimento projetado em pouco mais de R$ 788,5 milhões e o lote é composto por instalações nos Estados do Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Piauí. (Agência CanalEnergia - 31.10.2025)
CPFL vence Lote 3 com deságio de 53,93% no leilão de transmissão
O Lote 3 do leilão de transmissão foi arrematado pela CPFL que ofereceu RAP de R$ 81,2 milhões, deságio de 53,93% sobre a RAP máxima de R$ 176.171.659,41. O lote tem investimento projetado em pouco mais de R$ 1 bilhão e é o segundo maior em termos de investimentos. Com isso, o vencedor obteve o direito a instalações nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná. (Agência CanalEnergia - 31.10.2025)
Leilão/Transmissão: Axia Energia repete estratégia e leva lote 7 via sublotes A e B
A empresa Axia Energia, antes conhecida como Eletrobras, venceu o leilão de transmissão do Lote 7 promovido pela Aneel, oferecendo o melhor lance combinado pelos sublotes A e B com um deságio de 45,14% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) máxima estabelecida. Com isso, a empresa terá direito a uma RAP de R$ 61,90 milhões. O leilão envolveu uma disputa cruzada, permitindo aos proponentes arrematar o projeto inteiro ou apenas uma parte dele, visando obter o menor valor de RAP entre as propostas para o lote completo e para cada sublote separadamente. A estratégia da Axia, que já havia conquistado o lote 6, foi repetida, com um lance sem deságio pelo lote inteiro e descontos significativos nos sublotes 7A e 7B. A concorrência incluiu propostas de outras empresas como FIP Warehouse do BTG Pactual, Alupar, CPFL, Engie, EDF e Taesa. O Lote 7 contempla a instalação de compensadores síncronos em duas subestações no Rio Grande do Norte, demandando investimentos de aproximadamente R$ 800 milhões. Essas novas instalações, que deverão estar operacionais em até 42 meses, possibilitarão aumentar a capacidade do sistema de transmissão no estado. (BroadcastEnergia - 04.11.2025)
Leilão de transmissão da Aneel tem deságio de 48% e economia de R$ 11,5 bi
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou os resultados do leilão de transmissão encerrado recentemente em São Paulo, com um deságio médio de 47,98% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) máxima estipulada anteriormente em R$ 936 milhões. O Secretário de Leilões da Aneel, Ivo Secchi Nazareno, revelou que a RAP a ser paga aos vencedores após o início da operação dos empreendimentos será de R$ 487 milhões, resultando em um deságio total de R$ 449 milhões. Esta redução representa uma economia estimada de R$ 11,5 bilhões ao longo dos 30 anos de contrato para os consumidores. Durante a coletiva de imprensa, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Prado, destacou que estão em discussão com o Ministério estudos indicando um potencial de investimento de cerca de R$ 6,5 bilhões para o ano de 2026 e de R$ 40 bilhões para 2027 no segmento de energia. Ele ressaltou que um dos principais desafios para os próximos leilões será o desenvolvimento do HVDC (sistema de transmissão de energia elétrica de corrente contínua de alta tensão), que poderá introduzir novas tecnologias no setor. Esses resultados demonstram um cenário promissor para o setor de energia, com expectativas de investimentos significativos nos próximos anos, bem como a adoção de tecnologias inovadoras para aprimorar a transmissão de energia elétrica no país. (BroadcastEnergia - 05.11.2025)
Axia Energia aposta em divisão entre lotes e sai como maior vencedora de leilão de transmissão
A Axia Energia, anteriormente conhecida como Eletrobras, foi a grande vencedora do leilão de transmissão realizado em São Paulo, adquirindo projetos que exigirão investimentos de R$ 1,6 bilhão e gerarão uma receita anual de R$ 138,7 milhões quando estiverem operacionais. A empresa se destacou ao fazer lances agressivos nos lotes 6 e 7, que envolvem a instalação de compensadores síncronos em subestações em Minas Gerais e Rio Grande do Norte, visando aumentar a capacidade do sistema de transmissão e facilitar o escoamento de energia renovável. Com deságios significativos, a Axia evitou disputas acirradas pelos lotes completos, optando por focar em projetos específicos. A expectativa é que esses novos empreendimentos entrem em operação no início do segundo semestre de 2028, gerando um Ebtida adicional de cerca de R$ 150 milhões a partir de 2029. O leilão, que teve um deságio médio de 47,98% em relação à Receita Anual Permitida máxima estabelecida pela Aneel, resultará em uma economia estimada de R$ 11,5 bilhões para os consumidores ao longo dos 30 anos de contrato. Além da Axia Energia, grupos como CPFL, EDP e Shalom FIP Multiestratégia também arremataram lotes, demonstrando o interesse do setor em investir em infraestrutura de transmissão de energia. Com a participação de 20 proponentes, o leilão foi marcado pela competição entre empresas tradicionais do setor, como Alupar, Engie e Taesa, que não conseguiram arrematar nenhum dos lotes ofertados. (BroadcastEnergia - 05.11.2025)
Leilão/Transmissão: Rialma supera Axia (ex-Eletrobras) e conquista lote 2 em disputa a viva-voz
A empresa Rialma Administração e Participações conquistou o Lote 2 do leilão de transmissão realizado pela Aneel na B3, em São Paulo, ao ofertar R$ 85,9 milhões em Receita Anual Permitida (RAP), com um deságio de 36,73% em relação à RAP máxima estabelecida pela agência reguladora. A disputa foi acirrada, superando a oferta da Axia Energia. Outras empresas como Alupar, BTG, EDP, Engie e Taesa também apresentaram lances pelo lote, totalizando 10 proponentes. O Lote 2 inclui três linhas de transmissão com 336 km de extensão e uma subestação, com investimentos previstos em R$ 788,58 milhões. O objetivo do projeto é viabilizar o escoamento da geração de eletricidade na área Leste da região Nordeste, atendendo às regiões leste do Maranhão e centronorte do Piauí, além de Pernambuco e Paraíba. As obras devem ser concluídas em 54 meses. A vitória da Rialma representa um passo importante no setor de energia, com potencial impacto no desenvolvimento e na infraestrutura das regiões beneficiadas. (BroadcastEnergia - 05.11.2025)
Leilão/Transmissão: CPFL leva o lote 3 ao ofertar rap de R$ 81,16 mi, deságio de 53,93%
A CPFL Energia arrematou o Lote 3 do leilão de transmissão da Aneel na B3, em São Paulo, com um lance de R$ 81,16 milhões em Receita Anual Permitida, um deságio de 53,93% em relação ao máximo fixado. Superando concorrentes como Alupar, Axia, Cymi, Engie e Taesa, a empresa conquistou 4 subestações e trechos de linhas de transmissão, totalizando 1.100 MVA em capacidade e 99 km de linhas entre Paraná e Rio Grande do Sul, com investimentos de R$ 1,07 bilhão. O projeto visa atender às demandas de energia na região noroeste do Rio Grande do Sul, melhorar a confiabilidade local, além de beneficiar a região Metropolitana de Porto Alegre e noroeste do Paraná. O prazo para execução das obras é de 48 meses. A conquista da CPFL Energia foi celebrada com aplausos no saguão da B3, destacando a importância do projeto para a infraestrutura energética regional. (BroadcastEnergia - 05.11.2025)
Leilão/Transmissão: FIP Warehouse, do BTG, arremata lote 4 com oferta de R$ 116 mi
No leilão de transmissão realizado pela Aneel na B3 em São Paulo, o FIP Warehouse, do BTG Pactual, arrematou o Lote 4 com o melhor lance. Este lote é o maior em termos de investimentos previstos, com uma estimativa de R$ 1,2 bilhão. O FIP Warehouse ofereceu R$ 116,23 milhões em Receita Anual Permitida (RAP), um deságio de 47,30% em relação à RAP máxima estabelecida pela agência reguladora. A empresa venceu concorrentes como Alupar, EDP, Cymi e Celeo Redes. O Lote 4 é composto por duas linhas de transmissão totalizando 348 quilômetros e uma subestação, com o objetivo de aumentar a capacidade de transmissão do subsistema Acre - Rondônia. O projeto inclui a instalação de infraestrutura no Mato Grosso e em Rondônia, com um prazo de 48 meses para conclusão das obras. Axia Energia e Engie não demonstraram interesse no lote, apesar de estarem habilitados. Este desfecho ressalta a importância dos investimentos em infraestrutura energética para o desenvolvimento do setor no país. (BroadcastEnergia - 05.11.2025)
Leilão/Transmissão: Com deságio de quase 50%, EDP Evita viva-voz e arremata lote 5
A empresa EDP, de origem portuguesa, conquistou o Lote 5 do leilão de transmissão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na B3, em São Paulo. Com um lance de R$ 38,08 milhões em Receita Anual Permitida (RAP), a EDP obteve um deságio de 49,18% em relação à RAP máxima estabelecida pela agência reguladora. Onze outras empresas, como Axia, Alupar, BTG Pactual, Engie e Taesa, também participaram do certame. O BTG, que já havia arrematado o lote 4, apresentou a segunda melhor oferta, com RAP de R$ 50,2 milhões e deságio de 33%. A diferença entre os lances da EDP e do BTG foi superior a 5%, o que não levou a uma disputa a viva-voz. O Lote 5 abrange três linhas de transmissão em Goiás, totalizando 285 km e com o objetivo de atender as regiões de Itapaci, Firminópolis e Matrinchã (GO). Os investimentos previstos para o projeto são de aproximadamente R$ 441,4 milhões, com prazo de execução estabelecido em 48 meses. A conquista da EDP representa um passo significativo no setor de energia elétrica e demonstra o interesse e a competitividade das empresas em contribuir para o desenvolvimento e a expansão da infraestrutura energética no Brasil. (BroadcastEnergia - 05.11.2025)
EDP: Aquisição de lote está totalmente alinhada à nossa estratégia de crescimento em redes
O presidente da EDP na América do Sul, João Brito Martins, anunciou a aquisição de um lote no leilão de transmissão realizado na B3, em São Paulo, como parte da estratégia de crescimento em redes. Ele destacou que este segmento é fundamental para suportar a expansão das fontes renováveis, mitigar os efeitos do curtailment e reforçar a confiabilidade e resiliência das redes. O lote adquirido, que inclui 285 quilômetros de redes de transmissão e uma subestação em Goiás, complementa o portfólio da EDP no Brasil e adiciona valor significativo ao negócio, com um aumento de R$ 38,08 milhões na Receita Anual Permitida (RAP) com o início da operação do empreendimento. A construção do projeto está prevista para os próximos quatro anos, com um investimento estimado em R$ 441,4 milhões, o que também resultará na geração de mais de 1.100 empregos. Este movimento da EDP reforça seu compromisso com o fortalecimento da infraestrutura energética no país e com a promoção de fontes de energia mais limpas e sustentáveis. (BroadcastEnergia - 05.11.2025)
Lotes de ativos da Mez retirados do leilão hoje estão previstos para certame de março de 2026
Em São Paulo, em 31 de outubro de 2025, o secretário nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), Gustavo Ataíde, anunciou que os lotes referentes aos ativos da MEZ Energia, retirados do leilão de transmissão realizado no dia, estão programados para participar do certame de março de 2026. Os ativos em questão, que estão sob a responsabilidade das concessionárias Mez 6 Energia, Mez 7 Energia, Mez 8 Energia, Mez 9 Energia e Mez 10 Energia, foram removidos do leilão a pedido do MME, que busca resolver a situação de forma consensual com a empresa através do Tribunal de Contas da União (TCU). O Ministério tem acompanhado as discussões envolvendo o TCU e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), garantindo que os prazos necessários para a licitação das obras estejam alinhados entre as instituições. A Aneel chegou a recomendar a caducidade das concessões ao MME, porém a decisão de acatar ou não essa recomendação cabe à Pasta. O diálogo constante entre as entidades envolvidas sinaliza um esforço para encontrar uma solução satisfatória para todas as partes, priorizando a continuidade e eficiência no setor energético. (BroadcastEnergia - 05.11.2025)
EDF: Aposta em BESS e LRCAP para futuro da transmissão no Brasil
A EDF Power Solutions confirmou interesse em participar do primeiro leilão de armazenamento por baterias (BESS) previsto para 2026, ampliando sua atuação em tecnologias que aumentem a flexibilidade do sistema elétrico brasileiro. Segundo o CEO André Salgado, a empresa considera o resultado do leilão de transmissão de outubro uma oportunidade para calibrar expectativas e fortalecer sua presença no país. A EDF também deve disputar o leilão de gás (LRCAP) com a térmica de Norte Fluminense e segue investindo em renováveis, com foco em hidrelétricas, eólicas e pequenas centrais. A companhia ainda avalia projetos de hidrogênio verde, combustíveis renováveis e soluções para grandes consumidores como data centers. Salgado destacou a importância de expandir a transmissão para integrar novas fontes e equilibrar o fluxo entre Nordeste e Sudeste, além da tendência de instalação de indústrias próximas à geração. Sobre o armazenamento, afirmou que a EDF estuda incorporar baterias aos parques existentes, mas que o avanço do setor depende de maior reconhecimento regulatório dos serviços prestados por essa tecnologia. (Agência CanalEnergia - 04.11.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
ONS propõe plano para reduzir geração de pequenas usinas em casos de excesso de energia
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um plano emergencial para lidar com momentos de excedente de geração no sistema elétrico, prevendo a possibilidade de reduzir temporariamente a produção de usinas de pequeno porte conectadas à rede de distribuição. O “Plano Emergencial de Gestão de Excedentes de Energia na Rede de Distribuição” abrange empreendimentos como pequenas centrais hidrelétricas, usinas a biomassa, eólicas e solares de menor porte, as chamadas “Usinas Tipo III”. A medida seria aplicada apenas quando todos os recursos da geração centralizada, sob controle do ONS, já estivessem esgotados. Segundo o diretor de Operação do ONS, Christiano Vieira, a restrição é técnica e necessária para manter a estabilidade e o equilíbrio entre carga e geração no Sistema Interligado Nacional (SIN). O plano surge após alertas sobre riscos de instabilidade causados pelo excesso de geração solar, como o quase apagão registrado em 10 de agosto, quando a produção solar recorde levou ao desligamento emergencial de usinas eólicas e solares centralizadas. O ONS reforça que as medidas seriam usadas apenas em situações excepcionais, como último recurso para evitar falhas no fornecimento de energia. (Valor Econômico – 01.11.2025)
ONS apresenta Plano Emergencial de Gestão de REDs à Aneel
O Operador Nacional do Sistema Elétrico entregou para a Agência Nacional de Energia Elétrica na última sexta-feira, 31 de outubro, o Plano Emergencial de Gestão de Excedentes de Energia na Rede de Distribuição. O objetivo desse plano é definir antecipadamente os procedimentos que devem ser seguidos pelo ONS e pelos agentes em situações emergenciais. Tal momento se caracteriza quando houver indicação de que haverá excedente de geração de energia. Aí não seria mais possível reduzir a geração centralizada que está sob a responsabilidade do operador. O plano será acionado quando todas as alternativas operacionais da rede básica, como corte de usinas centralizadas ou ajustes em UHE já estiverem esgotadas. O diretor de Operação, Christiano Vieira, já havia anunciado a entrega do plano no mesmo dia durante evento na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro (RJ). De acordo com ele, a restrição da geração para controle da frequência é uma medida técnica essencial para garantir a estabilidade do sistema. Para Vieira, quando há previsão de excedente de geração e os recursos da geração centralizada, sob coordenação do ONS, se esgotarem, é necessário recorrer às fontes descentralizadas. O Operador não possui controle nem visibilidade em tempo real sobre elas. (Agência CanalEnergia - 03.11.2025)
ONS: Geração eólica e solar registra recordes instantâneos e diários em setembro e outubro
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou que a geração de eletricidade a partir das fontes eólica e fotovoltaica atingiu recordes nos meses de setembro e outubro. Em setembro, a fonte eólica alcançou 25.065 MWmed às 01h do dia 27, representando 36,88% da demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN) em termos instantâneos, e gerou 17.192 MWmed ao longo do mês. Já a fonte fotovoltaica registrou 39.089,67 MW às 12h30 do dia 29 de setembro, equivalente a 48% da demanda do SIN em termos instantâneos. Em outubro, a fonte eólica atingiu 12.712 MWmed em 16 de outubro, correspondendo a 15,31% da demanda do SIN naquele dia. Esses dados foram compartilhados durante a reunião da Programação Mensal de Operação (PMO) realizada em 30 de outubro. A crescente contribuição das energias renováveis eólica e fotovoltaica para o suprimento energético do país demonstra uma evolução significativa no setor e reforça a importância da diversificação das fontes de geração de eletricidade. (BroadcastEnergia - 04.11.2025)
ONS apresenta plano para corte emergencial de geração em pequenas usinas junto a distribuidoras
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) elaborou um plano emergencial para lidar com possíveis instabilidades na rede elétrica que poderiam causar apagões devido ao excesso de oferta de energia. O protocolo prevê a restrição da geração em usinas de pequeno porte, como Pequenas Centrais Hidrelétricas e térmicas a biomassa, que não são diretamente supervisionadas pelo ONS. O Plano de Gestão de Excedentes de Energia na Rede de Distribuição foi apresentado à Aneel e aguarda análise e possíveis ajustes. O diretor de Operação do ONS, Christiano Vieira, destacou a importância do protocolo para situações atípicas que podem surgir devido ao crescimento do sistema e às condições climáticas. A necessidade do protocolo ficou clara em um episódio no Dia dos Pais, em agosto, quando a oferta de energia superou significativamente o consumo, levando a intervenções severas do ONS. O plano emergencial permitirá ao ONS acessar recursos flexíveis além das usinas hidrelétricas, eólicas e solares para garantir a estabilidade da rede elétrica nacional. A medida será adotada em última instância, com antecedência comunicada às distribuidoras. Existem cerca de 20.000 MW de potência instalada em usinas de pequeno porte, concentradas em diversos estados. O inventário será analisado para definir os detalhes da implementação do plano. O objetivo é garantir a segurança do sistema elétrico em situações críticas. (BroadcastEnergia - 05.11.2025)
Carga desacelera e ONS estima alta mais tímida em 2025
O Operador Nacional do Sistema Elétrico projeta crescimento da carga em 2025 em 1,57%. Esse índice, se confirmado, representa uma desaceleração importante, ante a estimativa de expansão de 2,94%calculada na 2ª revisão quadrimestral. Em termos de carga é um recuo de pouco mais de 1 mil MW médios no ano, passando de 82.389 MW médios para 81.292 MW médios. Os dados foram apresentados na tarde desta quinta-feira, 30 de outubro, primeiro dia da reunião do Programa Mensal de Operação para novembro. Uma das explicações para essa desaceleração está justamente no mês que se inicia no sábado. A carga de novembro deverá ser de 81.984 MW médios, uma alta de 0,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse índice está 2 p.p abaixo do que era esperado na 2ª revisão quadrimestral. Um dos motivos para esse comportamento está na previsão de ocorrência de temperaturas mais amenas neste ano ante o registrado em 2024. (Agência CanalEnergia - 30.10.2025)
Consumo de energia cai 3,5% em setembro com temperaturas mais amenas, aponta CCEE
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica-CCEE, registrou consumo médio de 68.953 megawatts médios no Brasil em setembro. O volume representa uma queda de 3,5% em relação ao mesmo período de 2024, reflexo das temperaturas mais amenas do fim do inverno. De acordo com a CCEE, a variação de temperatura é um dos principais fatores que influenciam a utilização de eletricidade no país. O aumento do uso de aparelhos de refrigeração, como ventiladores e ar-condicionado, tem impacto direto sobre a demanda, especialmente no ambiente regulado, que reúne residências, pequenos comércios e empresas de médio porte. Nesse segmento, a carga foi de 39.099 MW médios, queda de 4,6% na comparação anual. (CCEE – 30.10.2025)
EPE publica seis estudos de expansão da transmissão para diversas regiões do País
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicou, nas últimas semanas, seis estudos de expansão da rede de transmissão, contemplando diferentes regiões do território nacional. A rede de transmissão exerce papel essencial nas profundas transformações pelas quais o setor energético brasileiro vem passando. Alinhados a essa visão, os novos estudos visam atender a uma ampla gama de necessidades do sistema elétrico, incluindo o aumento da confiabilidade e da resiliência do atendimento, a criação de novos pontos de suprimento para distribuidoras e a otimização da utilização das redes existentes por meio da aplicação de dispositivos FACTS (Flexible AC Transmission Systems), reforçando o caráter inovador das soluções propostas. Acesse os estudos aqui. (EPE – 31.10.2025)
MME autoriza importação de energia do Paraguai
O Ministério de Minas e Energia publicou aPortaria que autoriza a Shell Energy, Casa dos Ventos e a Boven aimportar energia elétrica do Paraguai. Isso via subestação de 500 kV de Itaipu. A importação será realizada no mercado livre e deverá seguir diretrizes previstas na Portaria Normativa nº 87/2024, que regula operações dessa natureza. A energia será transportada via Subestação Margem Direita, vinculada à Itaipu, em nível de tensão de 500kV. De acordo com o documento, a operação está condicionada ao cumprimento de uma série de exigências regulatórias, como a obtenção de contratos de uso das instalações de transmissão e a adesão à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em até dez dias úteis. As comercializadoras também deverão prestar contas mensalmente à Aneel, mantendo regularidade fiscal e observando normas tributárias e cambiais. (Agência CanalEnergia - 05.11.2025)
Curtailment das usinas da Engie sobe a 24% no 3º tri
Engie Brasil informou que suas usinas eólicas e solares registraram 24% de curtailment no 3º tri, acima da média do SIN (22%) no período. O volume de geração das fontes variáveis ficou em ~430 MW médios, com cortes mais intensos nos corredores solares e eólicos de maior saturação. A companhia reforçou que vem adotando medidas de mitigação (otimização operativa, ajustes contratuais, avaliação de armazenamento e híbridos), mas destacou que a normalização depende de reforços de transmissão e de novas regras de flexibilidade (serviços ancilares, capacidade) para reduzir desperdícios e riscos econômico-financeiros. Em paralelo, o tema segue no centro de debates regulatórios e legislativos que podem reprecificar riscos em contratos e planejamento. (Megawhat – 05.11.2025)
Consumidores
MP 1304/25 amplia acesso ao mercado livre de energia para consumidores residenciais e comerciais
Aprovada pela Câmara dos Deputados, a Medida Provisória 1304/25 abre caminho para que consumidores residenciais e comerciais possam migrar para o mercado livre de energia, ampliando o acesso que até então era restrito a grandes consumidores. A mudança prevê prazos para que os fornecedores adequem a tensão aos consumidores: 24 meses para os industriais e comerciais, e 36 meses os demais. Ainda, será criado um plano de comunicação para informar os consumidores sobre os benefícios e riscos da migração, além de mecanismos de comparação de preços entre os mercados livre e regulado. A MP também institui a figura do Supridor de Última Instância (SUI), que garantirá fornecimento temporário a consumidores do mercado livre que ficarem sem contrato. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) será responsável por autorizar e fiscalizar esse serviço, e os custos do SUI serão rateados entre os consumidores do mercado livre por meio de encargos tarifários. Além disso, a CCEE (agora Câmara de Comercialização de Energia) ganha novas atribuições, podendo atuar em outros mercados, como o de gás, e oferecer serviços como gestão de garantias, certificação e registro de contratos. A entidade deverá separar suas atividades contábil e administrativamente e poderá realizar monitoramento mais rigoroso dos agentes do setor. (Agência Câmara de Notícias – 30.10.2025)
Aneel: Abertura de CP para aprimoramento do monitoramento do mercado de energia elétrica
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a abertura da Consulta Pública nº 033/2025 para discutir o aperfeiçoamento dos procedimentos de monitoramento do mercado de energia elétrica após o chamado “período sombra”, fase experimental de testes de Monitoramento Prudencial realizada entre novembro de 2023 e novembro de 2024 pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e agentes do setor. A proposta inclui atualizações nos Procedimentos de Comercialização (PdCs), no Manual Algébrico do Monitoramento Prudencial e nos relatórios de Análise de Impacto (AIR) e Resultado Regulatório (ARR). Entre as medidas em destaque estão a manutenção do envio semanal de informações pelos agentes, ajustes no Fator de Alavancagem e aprimoramentos na precificação de recursos de geração. Segundo a Aneel, o novo modelo de monitoramento é essencial para garantir transparência e segurança em um mercado cada vez mais dinâmico, especialmente com a abertura do mercado de baixa tensão, que permitirá a livre escolha de fornecedores por consumidores residenciais e comerciais. O diretor-relator Gentil Sá ressaltou que o processo visa fortalecer a regulação e a estabilidade do setor diante da nova realidade, assegurando que comercializadoras comprovem solidez técnica e financeira para atender à expansão de mais de 90 milhões de unidades consumidoras com responsabilidade e proteção ao consumidor final. (Aneel – 04.11.2025)
BBCE: Lançamento de nova versão de contrato para negociação de preços de energia
O Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) implementou em outubro a nova versão do Contrato Padrão. Criado há 10 anos para padronizar operações de compra e venda de energia, o contrato agora é adaptado à reforma tributária e a novos produtos, como a liquidação financeira. Entre janeiro e setembro, o contrato movimentou cerca de R$ 70 bilhões em negócios na plataforma, sendo obrigatório nas operações em tela e disponível também via BBCE Boleta Eletrônica. A revisão trouxe maior segurança jurídica e simplificação: o documento foi reduzido de 60 para pouco mais de 40 páginas, após análise de 150 páginas de sugestões com apoio dos escritórios Madrona Fialho e Stocche Forbes Advogados. Uma das principais mudanças decorre da reforma que introduz o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), aplicando alíquotas conforme o local de consumo. Segundo Mariana Kubota, do Stocche Forbes, isso representa uma “revolução nos negócios”, exigindo a negociação de commodities pelo valor líquido, com tributação conforme as regras de entrega. A BBCE afirma que o mercado já adota essa metodologia para contratos com vencimento a partir de 2027, tornando o novo contrato um marco de modernização e adequação regulatória do setor elétrico. (Agência CanalEnergia - 06.11.2025)
Biblioteca Virtual
Artigo GESEL: “Estratégia para os data centers após a promulgação do Redata”
Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor do Instituto de Economia da UFRJ e Coordenador-Geral do GESEL), Piero Carlo Sclaverano dos Reis e Cristina Rosa (Pesquisadores Associados do GESEL-UFRJ) analisam a estratégia para o desenvolvimento de data centers no Brasil após a promulgação do Redata — regime especial que busca consolidar um marco de política industrial e ambiental para o setor. O avanço da Inteligência Artificial (IA) acelera a demanda por infraestrutura digital, exigindo grande oferta de energia elétrica confiável e competitiva, já que os data centers são eletrointensivos. A demanda projetada saltou de 2,5 GW em 2024 para 20,1 GW em 2025, o equivalente a quase um quarto do consumo médio nacional, evidenciando uma tendência estrutural. Para converter esse crescimento em infraestrutura concreta, os autores propõem uma estratégia baseada em quatro eixos integrados: planejamento e investimentos adicionais na rede elétrica; estímulo à eficiência energética e flexibilidade da demanda; expansão da geração limpa e flexível; e avanço nos sistemas de armazenamento de energia (SAE), que garantem segurança e estabilidade. O artigo conclui que o sucesso do Redata dependerá de um planejamento energético coordenado, transparente e monitorável, capaz de transformar a corrida por data centers em uma trajetória sustentável e previsível, fortalecendo a infraestrutura digital e a competitividade do país. Acesse o texto aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 04.11.2025)
Artigo de Bráulio Borges e Jean Ometto: "No caminho certo, na velocidade errada"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Bráulio Borges (economista da LCA e pesquisador do IBRE/FGV) e Jean Ometto (pesquisador sênior no Inpe e membro do IPCC) tratam do paradoxo atual da luta contra as mudanças climáticas: apesar do avanço expressivo das energias renováveis, da eletrificação dos transportes e da desaceleração no crescimento das emissões, o mundo ainda caminha em ritmo insuficiente para conter o aquecimento global dentro das metas do Acordo de Paris. Os autores destacam que o planeta segue em trajetória de aumento médio de 2,7°C, reflexo da lentidão e falta de ambição nas metas climáticas nacionais, especialmente entre as grandes economias. Embora a transição energética seja tecnicamente viável e economicamente factível, com tecnologias maduras e competitivas, eles defendem que é urgente acelerar políticas de mitigação, eliminar subsídios aos combustíveis fósseis, ampliar investimentos em energia limpa, combater o desmatamento e fortalecer mercados de carbono, sob pena de agravamento dos impactos climáticos e riscos à segurança alimentar global. (GESEL-IE-UFRJ – 03.11.2025)
Artigo de Richard Hochstetler: "Reforma no tranco: a MP 1.304 e o marco legal elétrico"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Richard Hochstetler (diretor regulatório do Instituto Acende Brasil) trata das profundas transformações do setor elétrico brasileiro e da necessidade de atualização do marco legal para lidar com dois grandes desafios: a descentralização do processo decisório, impulsionada pela abertura do mercado e pelo protagonismo dos consumidores, e as mudanças na matriz elétrica, com o avanço das fontes eólica e solar. O autor explica que o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 10/2025, aprovado pelo Congresso, busca responder a essas mudanças por meio de medidas que garantem o suprimento de energia, aprimoram a precificação e incentivam a flexibilidade e o armazenamento. O texto também prevê ressarcimento a geradores, limitação de subsídios e destinação de parte das prorrogações de concessões para reduzir tarifas. Hochstetler, contudo, alerta que o projeto mantém vícios antigos, como a contratação obrigatória de termelétricas e pequenas hidrelétricas, o que fere a eficiência e a concorrência no setor, e destaca o papel do Ministério de Minas e Energia e da Aneel na regulamentação para consolidar os avanços e evitar retrocessos. (GESEL-IE-UFRJ – 05.11.2025)
Artigo de Michael Bloomberg: "Mobilizando financiamento para energia limpa"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Michael Bloomberg (enviado especial da ONU para Ambição e Soluções Climáticas e fundador da Bloomberg Philanthropies) trata da importância de enxergar a transição energética global como uma oportunidade crescente, destacando que o investimento em energia limpa tem batido recordes e que o Brasil, anfitrião da COP30, está bem posicionado para liderar esse movimento. Ele aponta que o país combina metas climáticas ambiciosas — como reduzir as emissões em dois terços até 2035 e eliminar o desmatamento até 2030 — com políticas concretas para atrair financiamento verde, por meio do Plano de Transformação Ecológica e de parcerias como o Acelerador de Transição Industrial e a Plataforma de Investimento em Transformação Climática e Ecológica (BIP). Bloomberg enfatiza que o sucesso brasileiro pode servir de modelo global, provando que é possível conciliar crescimento econômico, proteção ambiental e inclusão social, e que o engajamento do setor privado será essencial para transformar a COP30 em um marco da ação climática mundial. (GESEL-IE-UFRJ – 06.11.2025)
Editorial Valor Econômico: "Mais subsídios encarecerão conta de luz dos consumidores"
O Editorial publicado pelo Valor Econômico trata do paradoxo do setor elétrico brasileiro, que, apesar de possuir ampla oferta de energia, 85% proveniente de fontes renováveis, mantém tarifas entre as mais altas do mundo devido ao acúmulo de subsídios e decisões políticas equivocadas. O texto critica a aprovação da Medida Provisória 1304, que ampliou benefícios a consumidores de baixa renda, mas também prorrogou subsídios a usinas a carvão até 2040, agravando os custos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em mais R$ 7 bilhões. O editorial aponta que o excesso de incentivos, inclusive para fontes já consolidadas como solar e eólica, e a falta de planejamento geraram distorções, como o “curtailment”, interrupção da geração de energia por falta de demanda, transformando o que poderia ser um sistema eficiente em um fardo para o consumidor. (GESEL-IE-UFRJ – 04.11.2025)
Oferta de Energia Elétrica
ONS: Novembro deve ter aumento de 0,9% na carga do SIN
A carga no Sistema Interligado Nacional de ter um aumento de 0,9% em novembro. Os dados são do Informe do Programa Mensal da Operação do Operador Nacional do Sistema Elétrico. No Sudeste/ Centro-Oeste, a carga fica estável. A região Norte terá a maior alta no mês, de 7,1%. Entretanto, no Sul, haverá variação negativa de 2,3%. Já na região Nordeste, a carga subirá 3,7% em novembro. A expectativa é que os reservatórios fiquem acima de 40% no fim do mês, segundo a estimativa. No Sudeste/ Centro-Oeste os níveis devem chegar em 43,1%. A região Sul terá o maior volume operativo, de 88,3%. No Nordeste, o armazenamento é de 46,8%. A capacidade dos reservatórios do Norte é de 57,7%. A previsão mensal de energia natural afluente é de 22.184 MWh no Sudeste/ Centro-Oeste, o mesmo que 71% da Média de Longo Termo. Na região Sul, a expectativa é de uma ENA de 10.180 MW med. O número equivale a 105% da MLT. No Nordeste, a ENA em novembro fica em 2.103 MW med, que é o mesmo que 40% da MLT. Na região Norte, a ENA de 2.585 MW med corresponde a 64% da MLT. (Agência CanalEnergia - 31.10.2025)