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IFE
02/10/2025

IECC 343

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Astrid Yanet Aguilera Cazalbón e Rubens Rosental
Assistente de pesquisa: Paulo Giovane e Sérgio Silva

IFE
02/10/2025

IFE nº 343

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Astrid Yanet Aguilera Cazalbón e Rubens Rosental
Assistente de pesquisa: Paulo Giovane e Sérgio Silva

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IECC 343

Marco Institucional

Fazenda pode recomendar veto a trecho da MP da Tarifa Social

O Ministério da Fazenda está avaliando a repactuação dos royalties pagos pelas usinas hidrelétricas, aprovada pelo Congresso por meio da Medida Provisória da Tarifa Social, e considera que isso representa uma 'renúncia de receita da União'. A medida foi incluída durante a tramitação no Legislativo e tem como objetivo antecipar recursos para amenizar os reajustes tarifários nas regiões do Norte e Nordeste. De acordo com informações do jornal Valor Econômico, há a possibilidade de a Fazenda recomendar o veto a esse trecho, mas ainda não houve uma decisão final sobre o assunto. A repactuação dos royalties das usinas hidrelétricas é uma medida polêmica, pois envolve questões financeiras e impacta diretamente as receitas da União. A antecipação dos recursos para mitigar os aumentos nas tarifas de energia nas regiões menos desenvolvidas, como o Norte e Nordeste, visa beneficiar a população local, mas levanta preocupações sobre os efeitos dessa renúncia de receita nos cofres públicos. A decisão sobre a possível recomendação de veto ao trecho da Medida Provisória da Tarifa Social ainda está em discussão no Ministério da Fazenda, e a incerteza sobre o desfecho desse processo gera expectativas e tensões no cenário político e econômico. A análise da viabilidade e dos impactos dessa repactuação dos royalties é fundamental para garantir um equilíbrio nas contas públicas e para avaliar os efeitos positivos e negativos dessa medida para as regiões envolvidas. A relação entre as usinas hidrelétricas, os royalties pagos e a tarifa de energia elétrica é complexa e sensível, envolvendo interesses diversos e demandando uma análise criteriosa por parte das autoridades responsáveis. A decisão final sobre a repactuação dos royalties e a possível recomendação de veto ao trecho da Medida Provisória da Tarifa Social terá repercussões significativas no setor energético e nas finanças públicas, exigindo uma avaliação cuidadosa dos impactos e das alternativas disponíveis. (BroadcastEnergia - 22.09.2025)

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Fazenda: Há acordo com Congresso para incorporar ReData ao projeto da IA

O governo e o Congresso chegaram a um acordo para incorporar a Medida Provisória (MP) 1.318/2025 ao projeto de lei (PL) 2.338/2023, que trata do marco regulatório para inteligência artificial (IA). A intenção é garantir a aprovação do PL ainda este ano para que o regime especial para data centers entre em vigor em 2026. O relator do PL, deputado Aguinaldo Ribeiro, defendeu a inclusão de instrumentos de fomento para o desenvolvimento da IA no Brasil, além de mecanismos de controle e proteção ao cidadão. A Fazenda concordou com a proposta, considerando-a bem estruturada. A alternativa de incorporar a MP ao PL é o "plano A", enquanto a segunda opção seria seguir o rito comum da medida provisória. A vigência do texto é crucial, considerando as diversas MPs em tramitação. Com a MP do Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter (ReData), haverá uma tomada de subsídios para ajustes no decreto regulamentador. O sistema de cadastramento das empresas deve estar operacional até dezembro, antecipando os efeitos da reforma tributária sobre o consumo em 2027. A desoneração é vista como essencial para atrair data centers ao Brasil. (BroadcastEnergia - 22.09.2025)

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MME abre consulta pública sobre implantação de medidores inteligentes

O Ministério de Minas e Energia iniciou uma consulta pública com propostas de diretrizes para a implementação de medidores inteligentes no Brasil. As contribuições para aprimorar o texto podem ser enviadas até 6 de outubro, dentro dos próximos 15 dias. Essa iniciativa faz parte da política de estímulo à digitalização gradual das redes e serviços de distribuição de energia elétrica, estabelecida em junho deste ano. As empresas devem buscar metas de digitalização em até 10 anos. A adoção de medidores inteligentes traz benefícios como a redução de perdas e custos operacionais, melhoria na qualidade do serviço e maior controle do consumo de energia pelo consumidor. Entre os pontos em consulta, destaca-se a instalação de medidores inteligentes adicionais em 4% das unidades consumidoras a curto prazo, definição das funcionalidades mínimas, financiamento, uso de recursos do Programa de Eficiência Energética e diretrizes para análise de custo-benefício a médio e longo prazo. Os documentos e informações relacionadas estão disponíveis na página do Ministério de Minas e Energia na internet. (BroadcastEnergia - 21.09.2025)

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Silveira condiciona renovação de concessões ao cumprimento de critérios rigorosos

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que apenas distribuidoras que atenderem integralmente aos critérios definidos em decreto terão suas concessões renovadas. A declaração ocorreu durante a assinatura da prorrogação do contrato da Neoenergia Pernambuco, a segunda distribuidora a aderir às novas regras, após a EDP Espírito Santo. Segundo Silveira, o modelo garante segurança jurídica e impulsionará R$ 120 bilhões em investimentos na distribuição de energia até 2027. O ministro destacou que as empresas precisam ir além da geração de lucros, assegurando qualidade, digitalização e preparo para eventos extremos, enquanto Aneel e TCU terão papel central na avaliação técnica e na decisão final sobre as renovações. (Valor Econômico - 23.09.2025)

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Silveira confirma que reforma do setor elétrico deve ser endereçada na MP com teto para CDE

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sinalizou apoio à reforma do setor elétrico através da Medida Provisória (MP) 1304/2025, que estabelece um limite para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Ele expressou a esperança de que o Congresso Nacional aborde a reforma nesta MP, alertando que o governo poderá considerar uma nova abordagem se não houver progresso até o final do ano. A proposta visa uma redução gradual nos preços de energia entre 2026 e 2027, com a abertura do mercado livre para consumidores de baixa tensão. A intenção é permitir que um grupo mais amplo de consumidores, incluindo residenciais, possa escolher seus fornecedores de energia, que atualmente é em média 20% mais barato no mercado livre do que no mercado regulado. Essa mudança tem o potencial de quebrar o oligopólio das distribuidoras e beneficiar a classe média, pequenos comerciantes e indústrias. Silveira também participou de um evento sobre a renovação contratual da Neoenergia PE, indicando investimentos futuros significativos com a renovação de distribuidoras sob a responsabilidade da Neoenergia. (BroadcastEnergia - 23.09.2025)

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Silveira: Cabe discussão sobre ressarcimento aos geradores por corte de geração

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou hoje em Brasília que está aberto a discutir a possibilidade de compensação às empresas geradoras de energia afetadas por cortes de geração, especialmente nos casos em que a falta de estrutura e planejamento do poder público seja identificada como causa. No entanto, ele se posicionou contrário a ressarcimentos em situações de falta de demanda, argumentando que isso faz parte do risco assumido pelos investidores. O Ministério de Minas e Energia formou um grupo de trabalho para tratar desse tema e planeja apresentar os resultados em breve, com o objetivo de trazer transparência e estabilidade aos investidores, sem impactar negativamente as tarifas de energia para os consumidores. Atualmente, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê compensação apenas nos casos de cortes relacionados à indisponibilidade de equipamentos do sistema de transmissão, como danos em linhas que afetam o transporte de energia. No entanto, muitos cortes estão ocorrendo com base em outros critérios, como confiabilidade elétrica e razão energética, sem garantia de ressarcimento para os geradores. O ministro enfatizou que a questão dos cortes de geração precisa ser solucionada no âmbito da responsabilidade do poder público e que qualquer discussão sobre ressarcimento deve evitar impactar negativamente a conta de luz dos consumidores. (Broadcast Energia – 23.09.2025)

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MME/Silveira: Defesa do equilíbrio do setor e abertura do mercado na MP 1304

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou, em 23 de setembro, que espera a aprovação pelo Congresso da Medida Provisória 1304, que trata do reequilíbrio do setor elétrico e da abertura do mercado. Caso a medida não seja votada até 7 de novembro, quando perde a validade, o ministro disse que continuará defendendo um novo envio ao Legislativo ou até mesmo a formulação de uma nova política a partir de janeiro. A MP, que também cria um teto para o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), deve incorporar pontos não contemplados na MP 1300, aprovada na semana passada. Ficaram de fora do texto anterior, e agora voltam à discussão, temas como: abertura do mercado de baixa tensão a partir de 2026, prorrogação de concessões de hidrelétricas e aplicação de tarifas diferenciadas no mercado regulado. Também será debatida a compensação dos cortes de geração. Silveira destacou como prioridade a liberdade de escolha do consumidor, permitindo acesso ao mercado livre, onde a energia é cerca de 20% mais barata que no regulado. (Agência CanalEnergia - 23.09.2025)

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MME/Isabela Vieira: Curtailment é só uma das questões que precisam ser debatidas com urgência

A secretária executiva adjunta Substituta do Ministério de Minas e Energia (MME), Isabela Vieira, abordou os desafios enfrentados no setor energético, como os cortes de geração, durante o seminário Energia em Transformação no Rio de Janeiro. Ela mencionou que a MP 1304/2025 pode oferecer suporte para lidar com essas questões, mas ressaltou a necessidade de debater também temas como armazenamento de energia e o Plano Decenal de Expansão de Energia (PLDE). Vieira destacou a importância de entender que os subsídios às fontes renováveis devem ser temporários e que é preciso encontrar soluções para os desafios atuais, como o excesso de geração em determinados períodos e a alta variação de geração em outros. Ela mencionou que investidores têm expressado preocupações sobre a falta de mecanismos para ressarcir os cortes de geração, mas enfatizou que não vê riscos de fuga de capital, recomendando que os investimentos sejam direcionados para as necessidades do sistema, como expansão e inovação. A representante do MME ressaltou a importância de olhar para o futuro e resolver os desafios presentes, visando a capacidade de superá-los. (BroadcastEnergia - 21.09.2025)

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Congresso retira tarifas diferenciadas de distribuidoras da MP 1300; Abradee critica decisão

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica lamentou a retirada do artigo que autorizava a aplicação de tarifas diferenciadas para o segmento de distribuição da MP 1300. O projeto de conversão da medida provisória foi aprovado no dia 17 de setembro, nos plenários da Câmara e do Senado, de onde seguiu para sanção presidencial. A entidade argumenta que o Congresso Nacional deixou passar a oportunidade de avançar em medidas estruturantes para a modernização do setor elétrico. Em síntese, a movimentação alterou a proposta original da Mp que previa a aplicação de diferentes modalidades tarifárias, como a tarifa horária, a pré-paga e multipartes. Essa alteração foi feita de última hora, retirando essa funcionalidade após pressão do segmento de GD. Além disso, a Abradee, destacou os avanços importantes da Tarifa social para os consumidores e para o setor, destacando a redistribuição dos custos das usinas nucleares de Angra 1 e 2 e a definição de descontos tarifários para a irrigação. (Agência CanalEnergia - 19.09.2025)

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Consultoria da Câmara conclui que acordo de Itaipu que elevou custos é inconstitucional

A Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados elaborou um estudo para verificar a legitimidade da Nota Reversal nº 228, de 3 de maio de 2005. O documento firmado entre Paraguai e Brasil via Itamaraty instituiu gastos socioambientais permanentes na operação de Itaipu Binacional. A conclusão da Conle é que o acordo, que elevou as despesas operacionais de Itaipu de US$ 700 milhões para US$ 2,17 bilhões anuais entre 2022 e 2024, é inconstitucional. A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) pediu o estudo. Segundo Adriana, a Nota é um ato internacional obrigacional e modifica o Tratado de Itaipu. Para ela, internalizar tratados com ônus ao patrimônio nacional sem referendo do legislativo é ilegal. Além disso, a Consultoria menciona um relatório técnico elaborado pelo Comitê Permanente de Energia, que disserta sobre os custos operacionais de Itaipu e como esse movimento vem em crescimento a partir de 2022. Portanto, após a resolução do estudo, a deputada apresentou um Projeto de Decreto Legislativo para sustar os efeitos da Nota Reversal de 2005, além de também ter protocolado requerimentos de convocação para alguns os Ministros do MRE e do MME. (Agência CanalEnergia - 19.09.2025)

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Projeto obriga Aneel a explicar reajustes em tarifas de energia

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4366/21, que obriga a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a divulgar relatórios periódicos à população, em linguagem acessível, sobre a variação das tarifas de energia. O projeto será analisado, de forma conclusiva, pelas comissões de Minas e Energia (CME) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Para se tornar lei, a proposta ainda precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado. De autoria da ex-deputada Angela Amin (SC), o texto prevê dois relatórios. O primeiro deverá explicar as razões de cada mudança tarifária (reajuste ou revisão) aplicada por distribuidoras de energia. Esse documento será publicado no site da Aneel logo após a divulgação do ato que conceder o reajuste. (MegaWhat - 19.09.2025)

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Auditoria no setor elétrico debate custos do “constraint-off” para consumidores

Os impactos do mecanismo conhecido como constraint-off sobre o setor elétrico brasileiro — e seus custos para os consumidores — serão o tema da audiência pública que a Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) promove na terça-feira (23), às 9h. O constraint-off acontece quando uma usina de energia está pronta para produzir eletricidade, mas não pode funcionar devido a limitações na rede, como falta de infraestrutura para transportar a energia ou baixa demanda, entre outros motivos. Quando isso acontece, a usina, mesmo que esteja apta a gerar energia limpa, é obrigada a interromper a produção por decisão do Operador Nacional do Sistema (ONS). (Agência Senado – 19.09.2025)

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Aneel abre 2ª etapa de consulta sobre Governança Regulatória

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta terça-feira (23/9) abrir a segunda fase da Consulta Pública 64/2022, sobre revisão da Norma de Organização Aneel 40/2013, que trata da Governança Regulatória da Agência e seus instrumentos: Agenda Regulatória, Análise de Impacto Regulatório (AIR), Avaliação de Resultado Regulatório (ARR) e Gestão do Estoque Regulatório. As contribuições poderão ser enviadas de 25 de setembro a 10 de novembro. Nesta nova etapa, será avaliada a minuta de ato normativo que irá implementar a alternativa escolhida na AIR. A revisão da norma tem o objetivo de padronizar procedimentos e incentivar a adoção das melhores práticas regulatórias. Na primeira fase da CP 64/2022, a Agência recebeu 135 contribuições de nove participantes usuários e consumidores de energia elétrica e agentes regulados. (Aneel – 24.09.2025)

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Aneel/Sandoval detalha 4 medidas em andamento para evitar graves riscos ao sistema elétrico

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, anunciou quatro medidas essenciais para prevenir riscos no Sistema Interligado Nacional (SIN) e evitar apagões. Em um evento sobre o papel das hidrelétricas na transição energética, Feitosa destacou a necessidade de controle da geração distribuída. Uma das ações em andamento é a modernização das tarifas, estabelecendo preços para incentivar ou desencorajar o consumo em momentos específicos. Outra medida envolve a flexibilização dos contratos de térmicas para ajustar a geração de acordo com a demanda. Além disso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) busca maior controle sobre usinas do tipo III, que não são despachadas centralmente. A intenção é modular a geração conforme a necessidade. A Aneel já possui regulações para permitir esse controle. A quarta medida proposta visa mudanças regulatórias para controlar usinas de geração distribuída de grande porte. Feitosa ressaltou a importância de não cortar a geração, mas sim modular e controlar a produção. Essas iniciativas visam garantir a estabilidade do sistema elétrico e evitar problemas futuros. (BroadcastEnergia - 25.09.2025)

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Regras para nomeação na Aneel e horário de verão avançam na Câmara

A CME da Câmara aprovou quatro PLs, incluindo o PL 4738, que impõe quarentena e vedações para nomeação de dirigentes da Aneel: proíbe nomear quem atuou, nos últimos 3 anos, em empresas reguladas; ao fim do mandato, ex-dirigentes ficam 3 anos impedidos de atuar em companhias sob a autarquia. O relator Marx Beltrão (PP-AL) defendeu que as medidas mitigam conflitos de interesse e reforçam a neutralidade técnica da agência; o pacote também inclui proposta sobre horário de verão. (MegaWhat - 25.09.2025)

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Aneel publica nova norma unificada para modernizar o processo decisório da Agência

Foi publicada, no Diário Oficial da União desta segunda-feira (22), a nova norma que revisa e consolida as regras do processo decisório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A revisão das Normas de Organização nº 1 (procedimentos) e nº 18 (Reuniões da Diretoria) resultou na publicação de uma norma única. Essa norma estabelece os princípios e as regras do processo administrativo no âmbito da Aneel, abrangendo procedimentos, ordem dos trabalhos, participação dos interessados e processos decisórios. Além disso, a atualização está alinhada ao novo regimento interno da Aneel, vigente desde 1 de julho de 2025, e foi necessária para a incorporação das inovações trazidas pela Lei nº 13.848/2019, Lei das Agências, e para formalizar práticas já adotadas historicamente pela Agência. Em síntese, as principais alterações foram o circuito deliberativo, pedido de vista com prazo de até 60 dias, pedido de vista coletivo, sustentação oral por vídeo e disponibilidade dos votos. Por fim, segundo a Aneel, a nova norma representa um avanço na modernização e na eficiência do processo decisório. (Aneel – 22.09.2025)

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Regulação

ONS deve definir protocolo para controlar GD, anuncia Aneel

A Aneel informou nesta sexta-feira, 19 de setembro, que o Operador Nacional do Sistema Elétrico vai estabelecer, de imediato, protocolos com as distribuidoras para controle da operação de usinas conectadas à rede de distribuição. A medida é vista como necessária para possibilitar a modulação da geração distribuída, que não é despachada pelo ONS. Em seguida, serão definidos protocolos em relação aos minigeradores remotos. A agência fez o anúncio após reunião na tarde de hoje com o Operador e a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica. No encontro, segundo a Aneel, foram debatidos os desafios para o controle de usinas que hoje não é realizado diretamente pelo Operador. E aspectos como o estabelecimento de procedimentos operacionais e de comunicação entre ONS, distribuidoras e geradores. (Agência CanalEnergia - 19.09.2025)

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Aneel adota circuito deliberativo digital com novas regras para decisões da diretoria

De acordo com Regimento Interno da Aneel, em vigor desde 1º de julho de 2025, as deliberações da diretoria deverão ocorrer em reunião pública ou administrativa e em circuito deliberativo, de forma assíncrona e mediante registro de votos dos diretores em sistema informatizado. Foi aprovada a Norma de Organização nº 1 que estabeleceu aprimoramentos no processo decisório da Agência, que detalha os procedimentos do circuito deliberativo. Essa nova forma de deliberação funcionará em rito semelhante ao das reuniões públicas: a pauta será divulgada com três dias de antecedência do seu início (quinta-feira); a pauta deverá conter os votos dos relatores (semelhante ao bloco); os diretores deverão registrar os votos na terça-feira, das 8h às 18h; os destaques de processos serão incluídos na pauta da reunião subsequente; a Secretaria-Geral divulgará no site da Agência a relação dos circuitos em andamento; as atas serão divulgadas no site em até cinco dias úteis do encerramento e, por fim, poderão ocorrer circuitos deliberativos extraordinários em casos de urgência. (Aneel – 23.09.2025)

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Aneel publica norma de organização que limita pedidos de vista

A Aneel publicou nesta segunda-feira, 22 de setembro, norma de organização que limita os pedidos de vistas a 60 dias para matérias do setor elétrico e a 30 dias para processos administrativos. O documento também institui o circuito deliberativo como uma nova modalidade de decisão. A revisão, segundo a Aneel, incorpora inovações trazidas pela Lei nº 13.848/2019, conhecida como Lei das Agências. E formaliza, além disso, práticas já adotadas historicamente pela autarquia. (Agência CanalEnergia - 22.09.2025)

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Aneel adota reuniões quinzenais e circuitos deliberativos para decisões virtuais

A Aneel passará a realizar reuniões quinzenais em vez de semanais e a deliberar também de forma virtual por meio do circuito deliberativo, que estreia em 30 de setembro e terá mais quatro edições até novembro. O novo modelo, já usado por outras agências reguladoras, permitirá maior agilidade, redução de custos e rastreabilidade dos processos. As pautas serão divulgadas com antecedência, os votos registrados eletronicamente e os destaques transferidos para sessões presenciais, que ainda ocorrerão nas últimas reuniões do ano, em dezembro. Segundo a agência, a mudança moderniza a gestão sem comprometer a transparência. (Valor Econômico - 23.09.2025)

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Pauta da 35ª Reunião da Diretoria da Aneel de 2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou a pauta da 35ª Reunião da Diretoria, realizada em 23 de setembro de 2025, com três processos em destaque. O primeiro item trata da aprovação do Edital do Leilão nº 4/2025 de Transmissão, consolidado após análise técnica do Tribunal de Contas da União (TCU). O segundo processo refere-se a um recurso administrativo interposto pela Celesc Distribuição S.A. contra o Auto de Infração nº 35/2024, lavrado pela Superintendência de Fiscalização Técnica dos Serviços de Energia Elétrica (SFT), que resultou em multa pelo descumprimento de prazos na entrega de informações obrigatórias à agência. Já o terceiro ponto da pauta envolve o pedido de efeito suspensivo da Central Energética Palmeiras S.A. – Cepal. A empresa contesta decisão da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), tomada em sua 1.476ª reunião, que determinou seu desligamento por descumprimento de obrigação. Todos os processos têm como diretor-relator Fernando Mosna. Acesse a pauta da reunião aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 23.09.2025)

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Aneel aprova reajustes tarifários de 21 permissionárias de distribuição

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta terça-feira (23/9) os reajustes tarifários anuais de 21 permissionárias de energia, localizadas nos estados de Santa Catarina e de São Paulo. Os novos valores entrarão em vigor a partir de terça-feira, 30 de setembro. Com relação aos fatores que mais impactaram nos reajustes, cabe destaque para a atualização de custos operacionais e de itens financeiros. O efeito médio da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 88 a 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural: subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública). (Aneel – 24.09.2025)

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Novo diretor da Aneel defende equilíbrio regulatório, modicidade tarifária e universalização

Willamy Frota, primeiro amazonense na diretoria da Aneel, afirmou que sua gestão buscará equilíbrio regulatório, modicidade tarifária e universalização, com foco especial nas regiões isoladas da Amazônia Legal e no acesso a energia de qualidade como inclusão social. (MegaWhat - 23.09.2025)

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Empresas

Petrobras: Pagamento da 2ª parcela da remuneração aos acionistas

A Petrobras realizou em 22 de setembro, o pagamento da segunda parcela da remuneração aos acionistas referente ao balanço de 31 de março de 2025. O valor bruto distribuído corresponde a R$ 0,45458309 por ação ordinária e preferencial em circulação, sendo R$ 0,30844749 sob a forma de dividendos e R$ 0,14613560 sob a forma de juros sobre capital próprio. Segundo a companhia, todos os acionistas com cadastro devidamente atualizado tiveram seus direitos creditados automaticamente em suas contas bancárias na data do pagamento. A operação foi efetuada pelo Banco Bradesco. (Agência CanalEnergia - 22.09.2025)

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Eletronuclear pede antecipação de R$ 1 bi de fundo nuclear para evitar déficit

A Eletronuclear solicitou à Aneel e à Autoridade Nacional de Segurança Nuclear a liberação antecipada de cerca de R$ 1 bilhão do Fundo de Descomissionamento das Usinas Nucleares (FDES), destinado ao futuro desmonte das usinas, para evitar déficit de caixa que pode chegar a R$ 1 bilhão em dezembro. A companhia alega que pagou cerca de R$ 2 bilhões em tributos do fundo, que deveriam ter sido cobertos com recursos do próprio FDES, hoje com saldo de R$ 3 bilhões. Embora não haja impacto imediato para consumidores, parte dos encargos pode ser repassada às tarifas a partir de 2025. O impasse regulatório entre Aneel e ANSN, herança de mudanças na competência da CNEN, levou o caso também ao TCU. Desde que passou ao controle da ENBPar, a Eletronuclear enfrenta dificuldades financeiras sem o suporte da antiga controladora Eletrobras, acumulando desafios para manter Angra 1 e 2 e viabilizar Angra 3. (Valor Econômico - 24.09.2025)

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Vale: Conclusão de parceria em joint venture com a GIP

A Vale concluiu a formação da joint venture com a Global Infrastructure Partners (GIP) na Aliança Energia e recebeu US$ 1 bilhão em caixa. A composição da estrutura societária consolidada tem a GIP detendo 70% e a Vale, 30%. A operação, aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em maio de 2025, assegura à mineradora energia renovável a custos competitivos, em dólares e sem ajuste inflacionário, fortalecendo sua matriz 100% renovável no Brasil. (MegaWhat - 19.09.2025)


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Leilões

Aneel aprova edital de leilão de transmissão com previsão de atrair R$ 5,5 bi em investimentos

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem, dia 23 de setembro, o edital do leilão de transmissão 04/2025. A aprovação veio após análise do Tribunal de Contas da União. Com isso, a agência fez ajustes em lotes e nas Receitas Anuais Permitidas. O certame acontece no dia 31 de outubro. As inscrições serão no dia 20 e 21 de outubro. Já a assinatura dos contratos de concessão está prevista para o dia 23 de fevereiro de 2026. Além disso, inicialmente, o leilão teria 11 lotes, mas cinco, da MEZ, foram retirados e inseridos na consulta da licitação do próximo ano. Com isso, o lote 1, por conta da retirada do sublote 1B, e os lotes 5,6 e 7, sofreram reajustes que impactaram nos investimentos e RAP. Por fim, de acordo com a agência, o certame deve trazer investimentos de R$ 5,53 bilhões e uma Receita Anual Permitida de R$ 937 milhões, além de ter a estimativa de 13,478 empregos diretos e indiretos. (Agência CanalEnergia - 23.09.2025)

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Aneel critica MME por retirar lote de leilão de sistemas isolados em cima da hora

A retirada a pedido do Ministério de Minas e Energia do lote 2 do leilão de sistemas isolados não foi bem recebida na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O certame tem data para o dia 26 de setembro. Análises técnicas do MME concluíram que, com avanços relacionados ao suprimento de gás a partir de 2030, a manutenção do lote poderia trazer mais risco de arrependimento do que sua retirada. De acordo com o diretor da Aneel Fernando Mosna, o governo já sabia desses fatos e a organização havia sinalizado a urgência para o atendimento da região, o que a retirada do lote contraria. Ainda de acordo com ele, a área técnica da agência já havia se manifestado sobre o encerramento do fornecimento de gás pela TAG quanto à revisão tarifária. Para o Mosna, o lote era o maior do certame, com isso, o melhor seria o encaminhamento para aquela região no sentido de garantir o suprimento. Além disso, para o diretor, Sandoval Feitosa, esse é o terceiro leilão que a Aneel se prepara e que o MME pede alterações na última hora, causando uma desotimização. (Agência CanalEnergia - 23.09.2025)

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Leilão de energia para sistemas isolados da Amazônia tem redução de oferta após decisão do MME

O primeiro leilão de 2025 para suprimento de energia em localidades não conectadas ao Sistema Interligado Nacional será realizado nesta sexta-feira (26), mas sem o lote 2, retirado a pedido do Ministério de Minas e Energia. Com isso, a contratação caiu de 66,9 MW para 18,7 MW, distribuídos entre municípios do Amazonas e do Pará. A decisão gerou críticas na Aneel, que apontou desperdício de recursos públicos pela mudança de última hora. O MME justificou a exclusão pelo risco de desequilíbrio econômico com o fim do contrato do gasoduto Coari-Manaus em 2030. Este é o primeiro certame a exigir participação mínima de 22% de fontes renováveis ou gás natural, mas especialistas avaliam que as regras ainda favorecem o diesel, combustível predominante nos sistemas isolados da Amazônia. O leilão recebeu 80 propostas, somando 1.870 MW, com destaque para soluções híbridas que combinam térmicas a diesel e energia solar com baterias. (Valor Econômico - 25.09.2025)

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Ministro afirma que retirada de lote de leilão não trará grandes impactos

O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou a jornalistas após a abertura da Liquid Gas Week, nesta quarta-feira, 24 de setembro, no Rio de Janeiro (RJ), que a retirada do lote 2 do leilão de sistemas isolados não deverá trazer grandes impactos para a região. De acordo com ele, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) já está fazendo estudos sobre o preço do gás para que a licitação possa ocorrer no menor tempo possível. O ministro avaliou que a medida é cautelosa e evitará problemas futuros. (Agência CanalEnergia - 24.09.2025)


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Oferta de Energia Elétrica

Consumo de eletricidade no Brasil deve atingir 939 TWh em 2035, projeta PDE 2035

O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram um estudo apontando que o consumo total de eletricidade no Brasil deve atingir 939 terawatt-hora (TWh) em 2035, com um crescimento médio anual de 3,3%. Em cenários alternativos, esse crescimento pode variar entre 2,7% e 5% ao ano. Os setores de comércio, serviços, residencial e industrial são os destaques, com segmentos como metalurgia, química e cimento apresentando as maiores altas. O estudo também prevê que classes como rural, administração pública, saneamento e iluminação pública crescerão 4,2% anualmente, totalizando 136 TWh em 2035. O Caderno de Demanda de Eletricidade do Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE 2035) inclui análises de cargas especiais, como eletromobilidade, data centers e projetos de hidrogênio por eletrólise, que podem representar entre 1,2% e 12,9% da demanda total de eletricidade em 2035. O estudo destaca que as perdas técnicas e não técnicas de energia são desafios a serem superados, com previsão de redução das perdas não técnicas em cenários de maior dinamismo econômico. A autoprodução de energia deve representar 11,6% do consumo total em 2025 e crescer em média 1,6% ao ano, atingindo 92,4 TWh em 2035. Grandes consumidores industriais como siderurgia, celulose e petroquímica devem registrar um crescimento médio de autoprodução de 3% ao ano. O estudo projeta um cenário de evolução significativa no consumo e na produção de eletricidade no Brasil nos próximos dez anos, com foco em setores específicos e desafios a serem enfrentados para garantir a eficiência e a sustentabilidade do sistema energético do país. (BroadcastEnergia - 21.09.2025)

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Ministro Silveira descarta compensar curtailment por falta de demanda

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em entrevista que há espaço para discutir a possibilidade de compensação às empresas onde o curtailment existe por falta de estrutura e de planejamento do governo. No entanto, onde o corte de geração ocorre por falta de demanda, o risco é do investidor, e não há como onerar ainda mais a conta de luz dos consumidores. Silveira disse nesta terça-feira, 23 de setembro, que o grupo de trabalho que discute medidas de mitigação para o problema está sendo concluído. Ele lembrou que o tema também está em discussão naAneel, e é um problema que deve ser resolvido pelo poder público. (Agência CanalEnergia - 23.09.2025)

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ONS terá 26% de flexibilidade para manobras em 2026

O Operador Nacional do Sistema Elétrico atuará com 26% de flexibilidade no parque gerador no ano que vempara manobras na rede de transmissão. A informação veio nessa quinta-feira, 18 de setembro, da diretora de Assuntos Corporativos do ONS, Elisa Bastos. “O sistema estará mais equilibrado”, garantiu a dirigente duranteevento do BMA Advogados no Rio de Janeiro sobre oscortes de geração. Por outro lado, Elisa ressalta ser preciso que o setor avance na definição de atributos de flexibilidade das fontes e serviços ancilares. Principalmente das hidrelétricas. E coloca como mais desafios para a operação o fato de 45% das usinas centralizadas na base de simulação possuírem contratos inflexíveis, além de outras questões como a defluência mínima de rios para as usinas hídricas. (Agência CanalEnergia - 18.09.2025)

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Sistema deve contar com despacho térmico adicional e resposta da demanda

Para a semana operativa de 27/09 a 03/10, o ONS prevê controle mais apertado de reservatórios, com probabilidade de despacho térmico adicional e acionamento de resposta da demanda, que em setembro passou de 200 MW. O Sudeste/CO operará de forma estratégica nas bacias do Grande, Paranaíba e Paraná; o Sul foca controle de reservatórios, e o Norte atende ponta com destaque para Tucuruí — já com Roraima interligada ao SIN desde 10/09. O operador monitora folga de potência diante de recordes renováveis, hidrologia desigual e chance de La Niña no trimestre out–dez/2025. (MegaWhat - 25.09.2025)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

Silveira afirma que cortes por falta de demanda são risco do investidor

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que os cortes de geração de energia por falta de demanda, conhecidos como curtailment, devem ser tratados como risco do investidor e não ensejam ressarcimento. Já nos casos de restrições causadas por falhas de infraestrutura do sistema elétrico, ele vê espaço para discutir compensações. O tema está em análise por grupos de trabalho do CMSE e da Aneel e pode ser debatido no Congresso em nova medida provisória. Silveira também defendeu a abertura do mercado livre de energia e a reestruturação do setor para reduzir subsídios, pontos retirados da MP da Tarifa Social, e afirmou que o governo poderá retomar essas propostas em 2025. Sobre a repactuação dos royalties hidrelétricos aprovada pelo Congresso, disse que a decisão caberá ao Ministério da Fazenda. (Valor Econômico - 23.09.2025)

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Investimentos estrangeiros impulsionam setor de transmissão de energia no Brasil

O setor de energia brasileiro, especialmente o segmento de transmissão, tem atraído forte interesse de investidores internacionais devido à combinação de retorno real atrelado à inflação e estabilidade regulatória proporcionada pela Aneel. Com contratos de 30 anos, receita fixa corrigida pelo IPCA e baixo risco operacional, esse mercado tem se mostrado ideal para fundos de longo prazo e empresas em busca de reciclagem de capital. A valorização das ações do setor na bolsa e o intenso movimento de fusões e aquisições indicam o apetite crescente dos investidores, com empresas como Eletrobras, Isa Energia e Taesa expandindo suas operações por meio de leilões. Desde 2023, mais de R$ 60 bilhões já foram licitados, com novos leilões previstos. Apesar do cenário promissor, riscos como judicialização ambiental, inflação de materiais e concorrência acirrada preocupam o setor. Já a geração renovável enfrenta desafios imediatos, como os cortes de produção impostos pelo ONS, mas mantém potencial de valorização no médio prazo. (Valor Econômico - 19.09.2025)

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Aneel aponta para risco de incapacidade do controle da frequência e da tensão no sistema

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou um comunicado sobre a preocupação em relação ao alto percentual de micro e minigeração distribuída (MMGD) no Sistema Interligado Nacional (SIN). Em duas ocasiões recentes, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) identificou que essa alta presença poderia comprometer o controle da frequência e da tensão no sistema. Em resposta a essa questão, foi realizada uma reunião envolvendo a Aneel, o ONS e a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), onde foram discutidos os desafios para viabilizar o controle da geração distribuída. Foi destacada a necessidade de maior controle sobre usinas que não são atualmente gerenciadas diretamente pelo ONS. Foram mencionadas a possibilidade de estabelecimento de procedimentos operacionais e de comunicação entre ONS, distribuidoras e agentes, com foco inicial nos protocolos das usinas no âmbito de distribuição não despachadas pelo ONS, seguidos pelos protocolos dos minigeradores remotos. Além disso, a 1ª revisão da agenda para o biênio de 2025-2026 incluiu a definição de requisitos de “observabilidade, operabilidade e controlabilidade” de Recursos Energéticos Distribuídos (RED) como uma atividade regulatória adicional. Essas medidas visam garantir a estabilidade e segurança do sistema elétrico diante do crescimento da geração distribuída no país. (Broadcast Energia – 19.09.2025)

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Geração distribuída atinge 37% da carga, mas Aneel alerta para riscos ao sistema elétrico

No último Dia dos Pais, o Brasil testemunhou um marco significativo em seu sistema elétrico, com 37% da carga nacional sendo atendida por geração distribuída, onde consumidores produzem energia renovável para a rede local. Enquanto isso é celebrado por sua natureza limpa e acessível, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) emitiu um alerta sobre possíveis crises. A dependência de fontes intermitentes como solar e eólica dificulta a flexibilidade operacional do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que requer fontes mais previsíveis para atender à demanda instantaneamente. A predominância de empreendimentos "inflexíveis" ameaça a segurança do sistema interligado, especialmente considerando que a geração distribuída escapa do controle direto do ONS. A Aneel planeja discutir medidas emergenciais com distribuidoras para lidar com o crescimento da Micro e Minigeração Distribuída (MMGD), incluindo um possível controle mais rigoroso sobre usinas classificadas nessa categoria. A situação é monitorada de perto, pois a perda de controle da rede é uma preocupação real, destacada por Sandoval Feitosa. Mudanças estruturais dependem de ações legislativas, enquanto medidas paliativas estão sendo consideradas para evitar crises imediatas no setor elétrico brasileiro. (BroadcastEnergia - 21.09.2025)

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EPE: Consumo de energia no Brasil deve crescer 3,3% ao ano até 2035

O consumo de energia elétrica no Brasil deve aumentar em média 3,3% ao ano nos próximos dez anos, chegando a 939 TWh em 2035, segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE 2035), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Ministério de Minas e Energia. O crescimento está associado ao cenário de referência, enquanto cenários inferior e superior projetam entre 2,7% e 5% ao ano. Os setores de comércio e serviços, residencial e industrial terão as maiores expansões. O plano destaca o impacto de novas tecnologias, como veículos elétricos, data centers e produção de hidrogênio, que podem representar até 12,9% da demanda total. Especialistas ressaltam a importância da modernização da transmissão e o desafio das perdas de energia, que hoje atingem cerca de 18%. A regulamentação vigente é considerada suficiente para incorporar essas novas demandas, sem necessidade de subsídios. (Valor Econômico – 23.09.2025)

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EPE: Consumo de energia elétrica cai 1% no 2º trimestre de 2025

O consumo nacional de energia elétrica registrou queda de 1% no segundo trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, segundo a 22ª edição do Boletim Trimestral do Consumo de Eletricidade da EPE. A redução foi puxada pelo setor comercial, que caiu 4%, e pelo residencial, com queda de 1,6%, influenciados por temperaturas mais amenas e aumento das bandeiras tarifárias. Em contrapartida, o consumo industrial cresceu 1,8%. O mercado livre de energia teve avanço de 7,9%, representando 45,6% do consumo total, enquanto o mercado regulado caiu 7,4%, respondendo por 54,4% da demanda. (Agência Eixos – 22.09.2025)

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ONS prepara plano para cortar geração distribuída em casos de excedente e risco ao sistema

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está desenvolvendo um plano de gestão para lidar com a crescente complexidade operacional do sistema elétrico brasileiro, devido ao aumento de micro e mini usinas de geração distribuída. Esse plano envolve a possibilidade de cortes de geração de usinas 'Tipo III', como PCHs, usinas a biomassa, eólicas e solares de pequeno porte, em situações em que o Operador esgotou as alternativas de gestão junto às usinas de geração centralizada. No último dia 10 de agosto, o ONS teve que reduzir a geração hidráulica e cortar 98,5% do potencial de geração das fontes eólica e solar centralizada para manter o equilíbrio do sistema, devido à baixa demanda combinada com boa condição de geração renovável. O ONS alerta que poderá ficar sem opções para garantir o equilíbrio entre carga e geração, defendendo a necessidade de alternativas para manter o controle de frequência do sistema. O plano de gestão de excedentes de energia na rede de distribuição foi apresentado recentemente e deverá ser encaminhado à Aneel até 31 de outubro. Posteriormente, serão tratados os protocolos referentes aos minigeradores remotos, com a expectativa de implementação do plano no primeiro semestre do ano que vem. A Aneel avaliará medidas regulatórias necessárias para viabilizar a implementação do plano. (BroadcastEnergia - 23.09.2025)

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Comércio e residências puxam queda de consumo no 2º tri 2025

Comércios e residências puxaram a queda de 1% no consumo de energia elétrica no segundo trimestre. De acordo com boletim da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a classe comercial apresentou a maior retração, de 4%, interrompendo a sequência de altas observada desde 2021. Já o setor residencial computou recuo de 1,6%, influenciado por temperaturas mais amenas e pela progressão das bandeiras tarifárias. Em contrapartida, a demanda industrial por eletricidade segue em expansão. A alta foi de 1,8% em um contexto de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% na comparação interanual. E apoiado principalmente pela agropecuária (10,1%), além da redução da taxa de desemprego para 5,8% e da expansão dos rendimentos reais médios (3,3%). Tendo em vista os nove segmentos mais eletrointensivos, houve expansão na maior parte. Produtos têxteis (9,3%), metalurgia (4,6%), químicos (3,1%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,1%), borracha e material plástico (2,3%) e minerais não metálicos (0,2%). Somente três registraram queda. Produtos alimentícios (2,1%), celulose, papel e produtos de papel (1,5%) e produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (0,5%). (Agência CanalEnergia - 23.09.2025)

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ONS publica Nota Técnica de critérios para gestão de excedentes

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) publicou a Nota Técnica NT-ONS DOP 0022/2025 que traz os critérios para gestão de excedentes de geração. O documento consolida os procedimentos utilizados para aplicar e apurar restrições de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN) e que tem resultado nos cortes de geração renovável. A publicação, explica o Operador, faz parte das contribuições do órgão ao GT Curtailment, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) no âmbito do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Em nota, o ONS informa que essa publicação reforça o compromisso com a transparência. (Agência CanalEnergia - 24.09.2025)

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ONS: Armazenamento de água nas hidrelétricas do País deve encerrar setembro em 55%

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as hidrelétricas do Brasil devem encerrar setembro com 55% de sua capacidade de armazenamento, indicando uma queda em relação ao início do mês. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste registrou uma redução de 5,7 pontos percentuais na Energia Armazenada, chegando a 52%, enquanto o Norte e o Nordeste também tiveram quedas significativas, para 56% e 83% respectivamente. A região Sul foi a exceção, com um aumento de 1,6 pontos percentuais, atingindo 91% de armazenamento, devido a um volume expressivo de chuvas. Essa situação é reflexo das chuvas abaixo da média no país, resultando em uma Energia Natural Afluente de 69% da média de longo prazo no Sistema Interligado Nacional. A carga de energia prevista para setembro é de 77.217 megawatts médios no SIN, representando um aumento de 3,2% em relação a agosto, mas uma queda de 1,9% em comparação com setembro de 2024. A maior parte desse consumo, cerca de 85%, está sendo suprida por fontes renováveis, com 49% provenientes de hidrelétricas, 22% de usinas eólicas e 14% de usinas solares. Esses dados apontam para a necessidade de monitoramento constante da situação hídrica e energética do país, especialmente diante da dependência significativa das hidrelétricas e das variações climáticas que impactam diretamente a geração de energia. (BroadcastEnergia - 25.09.2025)

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ANA: Seca avançou na maior parte do país entre julho e agosto de 2025

O Monitor de Secas da da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), apontou intensificação do fenômeno da seca entre julho e agosto de em grande parte do Brasil, com avanço em dez estados, incluindo Amazonas, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins. Este último, junto com SP, registrou seca em 100% do território. A severidade só ficou estável no Centro-Oeste, enquanto Nordeste, Norte, Sudeste e Sul tiveram agravamento. Apesar de abrandamento em sete estados, o Nordeste concentra a pior situação desde 2019, com 15% da área em seca extrema. Amapá e Roraima seguem sem registro do fenômeno, mas o Mato Grosso voltou a apresentá-lo. No total, a área atingida passou de 4,2 milhões para 4,8 milhões de km², o equivalente a 58% do território nacional. (Agência CanalEnergia - 22.09.2025)

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Chuvas e La Niña fraca marcam previsão para primavera no Brasil

A primavera de 2025, que começa oficialmente na próxima segunda-feira, 22 de setembro, às 15h19 (horário de Brasília), deve trazer chuvas acima da média para importantes regiões hidrológicas e agrícolas do Brasil. A previsão foi apresentada nesta quinta-feira, 18 de setembro, pela Nottus. O cenário climático atual indica a volta do La Niña, contudo, de fraca intensidade. Esse fenômeno ocorre quando o Oceano Pacífico apresenta temperaturas abaixo da média na região equatorial. De acordo com a sócia-executiva e meteorologista da Nottus, Desirée Brandt, mesmo que o La Niña não se consolide completamente, o Pacífico já está mais frio. Somente essa condição já pode dar alguns sintomas desse resfriamento. Segundo o último relatório da CPC-NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), a probabilidade de formação do La Niña aumentou para 71% entre outubro e dezembro. (Agência CanalEnergia - 18.09.2025)

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Consumidores

Comissão de Minas e Energia aprova liberdade de escolha do consumidor de energia elétrica

A Comissão de Minas e Energia da Câmara aprovou projeto que garante aos consumidores liberdade de escolha do fornecedor de energia, em modelo semelhante ao da telefonia móvel. A abertura será gradual: em agosto de 2026 para setores do comércio e indústria ainda fora do mercado livre e, em dezembro de 2027, para consumidores residenciais. Nesse formato, as distribuidoras atuarão apenas como prestadoras de serviço, responsáveis por entregar a energia contratada, enquanto eventuais falhas serão atendidas por um Supridor de Última Instância (SUI), a ser regulamentado pelo governo. Hoje restrito a grandes consumidores, o mercado livre permitirá negociações diretas de compra e venda, ampliando a concorrência e, segundo o relator Otto Alencar Filho (PSD-BA), reduzindo as faturas de energia e fortalecendo a competitividade econômica. O texto aprovado é um substitutivo ao PL 2987/15 e apensados, incorporando trechos da Medida Provisória 1300/25, que foram transferidos para a Medida Provisória 1304/25, ainda em análise em comissão mista de deputados e senadores. (Agência Câmara de Notícias – 23.09.2025)

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CCEE: Curso sobre formação de preços no setor elétrico em parceria com a PSR

A CCEE Academy, em parceria com a PSR, lançou o curso “Desenhos do Mercado Spot e Formação de Preços no Setor Elétrico”, voltado a profissionais que desejam se aprofundar na precificação de energia. Com enfoque prático e alinhado à realidade operacional, o programa será realizado presencialmente em São Paulo, nos dias 2 e 3 de dezembro de 2025, e conta com instrutores experientes das duas instituições. O conteúdo aborda modelos de desenho de mercado (por custo, oferta e híbridos), contabilização simples e dupla, além da gestão intertemporal de reservatórios, MRE, reservatório virtual, dinâmica de ofertas e estratégias de agentes. A iniciativa mira capacitar profissionais para entender profundamente a formação de preços no Brasil, identificar comportamentos estratégicos e desenvolver estratégias alinhadas ao setor elétrico. (CCEE – 18.09.2025)

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Biblioteca Virtual

Artigo GESEL: “O desafio dos curtailments na União Europeia”

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) e Vitor Santos (Professor Catedrático do ISEG) abordam o desafio crescente dos curtailments na União Europeia (UE). A transição energética europeia, focada em reduzir emissões de CO2 e aumentar a segurança energética, acelerou a expansão de fontes intermitentes (eólica e solar), cuja produção atingiu 47,6% em 2024. Essa dinâmica resultou na externalidade negativa dos curtailments (cortes de geração devido a restrições técnicas ou excesso de oferta) e na redução da flexibilidade operacional dos sistemas elétricos. Embora a média de curtailment se mantenha geralmente abaixo de 4%, exemplos como a Alemanha e a Irlanda demonstram que a falta de investimentos em redes e a capacidade de armazenamento limitada agravam o problema. Em 2022, os custos dos redespachos derivados de congestionamentos atingiram € 5 bilhões na UE, com estimativas de que possam chegar a € 103 bilhões em 2040. Para enfrentar esse cenário preocupante, há um consenso europeu na necessidade de desenvolver iniciativas para melhorar os mecanismos de curtailment e realizar alterações estruturais que reforcem a flexibilidade do sistema elétrico. As prioridades consolidadas incluem investimentos urgentes em redes de transmissão e distribuição, adoção de instrumentos operacionais para flexibilização e, notadamente, investimentos em sistemas de armazenamento de energia. Os autores concluem que o enquadramento analítico da UE, embora deva respeitar as diferenças setoriais, pode servir de base para a busca de soluções conjunturais e estruturais para os crescentes volumes de curtailments que já impactam o Setor Elétrico Brasileiro. Acesse o texto na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 24.09.2025)

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Artigo GESEL: "Geração distribuída e a transição energética injusta no Brasil"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico [GESEL]) e Gabriel Konzen (doutor em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento pela UFRJ) tratam da necessidade de uma transição energética justa no Brasil, destacando o crescimento da micro e minigeração distribuída (GD) solar como vetor importante, mas marcado por fortes desigualdades. Embora a GD já atenda 10% do consumo cativo, os benefícios se concentram nas famílias de maior renda, enquanto os custos dos subsídios — que somaram R$ 11,5 bilhões em 2024 — recaem sobre todos os consumidores, sobretudo os mais pobres. O estudo citado pelos autores mostra que apenas 3% dos sistemas estão em domicílios de baixa renda e que a expansão da GD tem pressionado tarifas em até 8% em algumas regiões. A Lei nº 14.300/2022 introduziu avanços ao prever o pagamento gradual pelo uso da rede, mas não elimina os impactos tarifários. Os autores defendem a modernização do modelo de cobrança, com tarifas em duas partes, para refletir adequadamente os custos fixos e variáveis do setor, compatibilizando a expansão da energia solar com equidade social e sustentabilidade do sistema elétrico. Acesse o texto na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 22.09.2025)

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Artigo de Rafael Pavão das Chagas e Sérgio Granato de Araújo: "Transformando o Dióxido de Carbono (CO2) - Uma Estratégia para a Descarbonização"

CEHTES publica artigo sobre o aproveitamento do CO₂ na produção de combustíveis e produtos químicos, ressaltando seu papel na descarbonização e na inovação industrial, com apoio de tecnologias de captura, e trazendo também uma análise sobre o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE). Abundante, de baixo valor comercial e não tóxico em baixas concentrações, o CO2 apresenta ampla versatilidade industrial. Seu uso como insumo químico, sobretudo quando o carbono é fixado a longo prazo, constitui alternativa relevante para a mitigação dos GEE. Estratégias de uso do CO₂ na produção de bens constituem um pilar para a descarbonização e serão apresentadas neste artigo. O artigo analisa as emissões de GEE no contexto global e brasileiro, destacando suas especificidades, e as tecnologias de captura de carbono, além de abordar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), instituído em 2024 pela Lei nº 15.042 como ferramenta estratégica para o setor. O SBCE não apenas apoia o cumprimento das metas nacionais, como também estimula inovação tecnológica, incentiva investimentos em setores de baixa emissão e fortalece a competitividade das empresas brasileiras no cenário internacional. Acesse o texto aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 22.09.2025)

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Artigo de Flavio Miguez de Mello: "De como um modelo regulatório exemplar, orgulho da engenharia nacional, se tornou, em pouco tempo, defasado da realidade"

O artigo “De como um modelo regulatório exemplar, orgulho da engenharia nacional, se tornou, em pouco tempo, defasado da realidade”, de Flavio Miguez de Mello (Engenheiro Civil, com especialização em hidráulica, pela UFRJ, e mestre em Ciência em Geologia pela mesma instituição), foi apresentado hoje (23/9) no Seminário sobre Desafios e Tendências da Engenharia. O autor contextualiza que, até o final do século XX, o setor elétrico brasileiro era predominantemente hidroelétrico, de fácil operação, confiável e com modicidade tarifária, em um sistema baseado no fluxo unidirecional da energia e na precificação exclusiva do insumo. A partir do século XXI, o quadro mudou com a ascensão de fontes renováveis intermitentes, como eólicas e fotovoltaicas, que recebem incentivos, mas não oferecem flexibilidade, inércia ou capacidade de despacho. As novas usinas hidrelétricas a fio d’água, sem reservatórios, agravaram a perda de regulação. A ausência de políticas para o armazenamento de energia tornou o sistema difícil de operar e menos confiável. Entre as consequências estão vertimentos, cortes de operação (curtailments) que chegaram a 26% em agosto, perda de confiabilidade e risco elevado de não atendimento da demanda — que pode superar 90% em 2029, segundo o ONS. A resposta tem sido a necessidade de usinas térmicas caras e poluentes. Além disso, serviços ancilares prestados por hidrelétricas e térmicas não são remunerados, desestimulando investimentos. Globalmente, sistemas de hidroelétricas reversíveis representam mais de 90% do armazenamento, com forte expansão na China, Europa e EUA, mas o Brasil, apesar de experiências pioneiras, está fora dessa tendência. O recente leilão A-5 contratou apenas pequenas hidrelétricas ineficazes para flexibilidade. Diante disso, o autor alerta para a defasagem regulatória e a urgência de um arcabouço que assegure segurança jurídica e financeira ao armazenamento, especialmente com foco em baterias e usinas reversíveis, para garantir resiliência e potência ao sistema interligado. Acesse o texto na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 23.09.2025)

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Artigo de Victor Cavalcanti e Bárbara Carnevalli: "O impasse regulatório do setor elétrico: entre MPs esvaziadas e mercado retraído"

Em artigo publicado pela Agência Eixos, Victor Gelli Cavalcanti (sócio do escritório Mattos Filho) e Bárbara Mendes Carnevalli (associada do escritório Mattos Filho) tratam das recentes Medidas Provisórias focadas no setor elétrico, destacando que a abordagem fragmentada e temporária do Poder Executivo, exemplificada pelas MPs 1300/2025 e 1304/2025, tem agravado o déficit regulatório e a insegurança jurídica no mercado. Eles ressaltam que a ausência de soluções estruturais para desafios como o curtailment e a geração distribuída limita investimentos e contrai operações de comercialização e fusões e aquisições, evidenciando a necessidade urgente de uma reforma integrada que harmonize preços, regulamente encargos e subsídios e defina claramente o marco da abertura do mercado para garantir a previsibilidade e a sustentabilidade do setor elétrico brasileiro na transição energética. (GESEL-IE-UFRJ – 23.09.2025)

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Artigo de Mariana Nicolletti: "Do carbono à resiliência: o Brasil na vanguarda do relato empresarial em adaptação"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Mariana Nicolletti (coordenadora do Programa Adapta do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas [FGVces]) trata da evolução da agenda de sustentabilidade empresarial, desde a transição do assistencialismo para o tripé econômico, social e ambiental até a consolidação de padrões como o GHG Protocol no Brasil, que estruturaram práticas de transparência e gestão de emissões. Diante da emergência climática e dos impactos bilionários de desastres no país, Nicolletti destaca a urgência da adaptação como investimento estratégico, de alto retorno e baixo arrependimento, embora ainda subfinanciado globalmente e com baixa participação do setor privado. Nesse cenário, o Programa Brasileiro de Relato Empresarial em Adaptação Climática surge como iniciativa pioneira para orientar, mensurar e dar transparência às ações corporativas, articulando empresas, governo e sociedade civil, e posicionando o Brasil de forma estratégica no debate internacional às vésperas da COP30. (GESEL-IE-UFRJ – 24.09.2025)

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Artigo de Guilherme Susteras e Jose Antonio Sorge: "ONS, transparência e cortes de geração: precisamos falar sobre isso"

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Guilherme Susteras, coordenador do grupo de trabalho de geração distribuída da ABSOLAR, e Jose Antonio Sorge, mestre em engenharia elétrica pela USP, abordam sobre como o ONS vem chamando atenção pelos cortes de geração renovável. No artigo, os autores afirmam que “o tema é relevante, porque trata da decisão de reduzir a geração de eletricidade de usinas renováveis já instaladas, em plena capacidade de operação, por limitações do sistema elétrico. Esse debate deve ser conduzido com transparência e ampla participação setorial.” (GESEL-IE-UFRJ – 24.09.2025)

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Artigo de Gláucia Fernandes: "O papel da Inteligência Artificial na transição Energética"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Gláucia Fernandes (professora Adjunta de Finanças do COPPEAD/UFRJ) trata da transformação do setor elétrico impulsionada pela transição energética e destaca a Inteligência Artificial (IA) como elemento central desse processo, capaz de aumentar eficiência, reduzir custos e fortalecer a matriz energética sustentável. Ela aponta que a IA já é aplicada na previsão de demanda, operação de renováveis e automação de redes, ajudando na gestão da intermitência das fontes como solar e eólica, especialmente em setores que exigem alta confiabilidade. Fernandes detalha as principais frentes de atuação da IA, incluindo otimização, gestão de riscos e inclusão social, exemplificando com casos reais de aplicação e reconhecendo os desafios à adoção, como segurança cibernética e regulação. Por fim, ressalta que o Brasil, com sua matriz renovável robusta, tem potencial para se tornar um hub global de data centers, usando a IA para garantir segurança energética e competitividade sustentável. (GESEL-IE-UFRJ – 25.09.2025)

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Artigo de José Eli da Veiga: "O maior suspense da COP30"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, José Eli da Veiga (professor sênior do Instituto de Estudos Avançados da USP) trata das fragilidades da Convenção do Clima desde 1992, destacando que, apesar de avanços pontuais como o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris, as emissões globais continuam crescendo e os compromissos assumidos raramente são cumpridos, inclusive quanto aos prazos mínimos das NDCs. O autor aponta entraves institucionais, como a exigência de consensos em assembleias gerais e a falta de incentivos e penalidades, além da tendência de adiar decisões difíceis de uma COP para outra. Com a aproximação da COP30, ele ressalta que o resultado mais importante será a síntese das novas NDCs, embora haja forte expectativa de frustração diante da dificuldade global de descarbonizar economias ainda dependentes de combustíveis fósseis. (GESEL-IE-UFRJ – 26.09.2025)

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Editorial Valor Econômico: "COP terá de enfrentar situação climática cada vez mais hostil"

O editorial publicado pelo Valor Econômico trata da grave situação do aquecimento global, destacando que o planeta já ultrapassou o limite de 1,5°C estipulado pelo Acordo de Paris, com os sumidouros de carbono naturais — florestas e oceanos — perdendo sua capacidade de absorver as emissões humanas. Em 2023, os ecossistemas terrestres e marinhos praticamente deixaram de captar carbono, agravados por eventos climáticos extremos como incêndios na floresta canadense e secas na Amazônia, que liberaram grandes volumes de CO2. A Amazônia, em particular, enfrenta risco de colapso devido à perda significativa de vegetação nativa, aproximando-se de um ponto de não retorno. Apesar dos alertas científicos e do recorde de emissões globais, as ações para frear a crise climática permanecem insuficientes, com o comprometimento internacional fragilizado, enquanto o Brasil busca liderar esforços para um mutirão global pela proteção do planeta. (GESEL-IE-UFRJ – 22.09.2025)

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Entrevista com Mauro Sousa: "Brasil está atrasado na política para mineral crítico", diz chefe da ANM

Em entrevista publicada pelo Valor Econômico, Marlla Sabino (jornalista do Valor Econômico) entrevista Mauro Sousa (diretor-geral da Agência Nacional de Mineração [ANM]), que trata da necessidade urgente do Brasil em avançar na formulação de uma política ampla para minerais críticos e estratégicos, contemplando aspectos econômicos, ambientais, sociais e tecnológicos, além de definir claramente o papel geopolítico do país nesse setor. Sousa reconhece os impactos negativos da Operação Rejeito sobre a credibilidade da ANM, mas afirma que a agência seguirá transparente e firme no fortalecimento de sua governança, sem necessidade imediata de novos mecanismos de controle. Ele destaca o atraso brasileiro na definição dessa política, a importância de incentivos financeiros, melhoria na infraestrutura e qualificação da mão de obra para atrair investimentos e verticalizar a cadeia produtiva, rejeitando a criação de uma estatal para o setor. Sousa também explica a parceria com a B3 para modernizar os leilões de áreas minerais e enfatiza a necessidade de o Brasil se posicionar com clareza na geopolítica mundial dos minerais críticos para ampliar seu protagonismo econômico e tecnológico. (GESEL-IE-UFRJ – 22.09.2025)

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