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IFE
25/09/2025

IECC 342

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Astrid Yanet Aguilera Cazalbón e Rubens Rosental
Assistente de pesquisa: Paulo Giovane e Sérgio Silva

IFE
25/09/2025

IFE nº 342

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Astrid Yanet Aguilera Cazalbón e Rubens Rosental
Assistente de pesquisa: Paulo Giovane e Sérgio Silva

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IECC 342

Marco Institucional

GESEL/UFRJ realiza visita técnica às Usinas Hidroelétricas Reversíveis de Kaprun, na Áustria

No dia 15 de setembro de 2025, o GESEL/UFRJ realizou visita técnica às Usinas Hidroelétricas Reversíveis (UHRs) Limberg I, II e III, localizadas em Kaprun/Salzburg, Áustria. A comitiva contou com a presença de Roberto Brandão (diretor científico do GESEL), Lillian Monteath (pesquisadora sênior do GESEL), além da diretoria da CTG. A atividade integra a Missão Técnica Internacional – Armazenamento de Energia Elétrica, coordenada pelo GESEL/UFRJ entre os dias 8 e 19 de setembro de 2025, no âmbito do projeto de PD&I da CTG “Valoração de Sistemas Centralizados de Armazenamento de Energia para Participação em Leilões de Reserva de Capacidade do SIN”. Com agendas programadas na França, Itália, Áustria e Inglaterra, a missão busca conhecer experiências internacionais e adquirir conhecimentos relevantes que permitam ao Setor Elétrico Brasileiro (SEB) avançar na implementação de sistemas de armazenamento de energia. O objetivo é disponibilizar recursos que favoreçam a integração sustentável de fontes renováveis na matriz elétrica nacional. A iniciativa conta com o apoio do Itamaraty, por meio da Divisão de Energia Renovável (DAT), que foi fundamental para viabilizar reuniões e visitas técnicas com o auxílio das Embaixadas do Brasil em Paris, Roma, Viena e Londres. (GESEL-IE-UFRJ – 16.09.2025)

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GESEL: Falta de planejamento na transmissão agrava desperdício de energia renovável, avalia Nivalde de Castro

O Brasil, apesar de possuir uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo e abundância de fontes renováveis como o sol e o vento, enfrenta um paradoxo: grandes volumes de energia solar e eólica são desperdiçados por falta de infraestrutura de transmissão e gestão eficiente do sistema elétrico — fenômeno conhecido como curtailment. Usinas renováveis são frequentemente desligadas, enquanto termelétricas caras e poluentes continuam operando, elevando os custos para os consumidores. Esse cenário gera prejuízos bilionários ao setor, desestimula investimentos e põe em risco a credibilidade regulatória do país, que se prepara para pedir apoio internacional na COP30. O professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL, Nivalde de Castro, destaca que o problema do desperdício de energia renovável no Brasil se agravou porque a expansão das usinas solares e eólicas ocorreu mais rapidamente do que a construção de linhas de transmissão. Segundo ele, para evitar sobrecargas e riscos de apagões, como o ocorrido em agosto de 2023 devido a falhas em usinas renováveis, o Operador Nacional do Sistema passou a adotar critérios mais rigorosos, resultando em cortes frequentes. Nivalde aponta que esse descompasso entre geração e infraestrutura é um dos principais entraves à plena utilização da energia limpa no país. Acesse o texto na íntegra aqui. (CartaCapital - 18.09.2025)

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Câmara aprova MP que reformula tarifa social com isenção para famílias de baixa renda

A Câmara dos Deputados aprovou, no último dia de vigência, a MP que reformula o programa da Tarifa Social de Energia Elétrica, garantindo isenção de até 80 kWh/mês para famílias inscritas no CadÚnico com renda de até meio salário mínimo por pessoa. A aprovação, por meio de emenda aglutinativa, viabilizou consenso entre os partidos e evitou o retorno ao modelo anterior, com descontos escalonados. Pressões políticas marcaram a votação, usada como moeda de troca nas negociações da chamada PEC da blindagem. O texto mantém dispositivos como a isenção da CDE para determinados consumidores, mudanças nos horários de desconto para irrigação e aquicultura, além da repactuação de pagamentos pelo Uso do Bem Público, com previsão de arrecadação de R$ 6 bilhões para aliviar tarifas no Norte e Nordeste. Ficam de fora propostas controversas, como a criação de novas modalidades tarifárias e mecanismos de leilão para o risco hidrológico. (Valor Econômico – 17.09.2025)

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Senado aprova isenção total da tarifa social de energia para famílias de baixa renda

O Senado aprovou, por 49 votos a favor e 3 contrários, a medida provisória que reformula o programa da Tarifa Social de Energia Elétrica, garantindo gratuidade de até 80 kWh por mês para famílias de baixa renda inscritas no CadÚnico. O texto, que já havia passado pela Câmara, segue agora para sanção presidencial. Entre os dispositivos mantidos estão: a redistribuição do custo da energia nuclear de Angra 1 e 2 para todos os consumidores, a isenção da CDE para determinados usuários e a mudança de horários dos descontos para irrigação e aquicultura. Foi incluída ainda a permissão para repactuação de pagamentos por Uso do Bem Público, com expectativa de arrecadar mais de R$ 6 bilhões para aliviar tarifas no Norte e Nordeste. Ficam de fora propostas polêmicas como tarifas diferenciadas por horário e o leilão para passivos do risco hidrológico. Temas como abertura do mercado livre e fim de subsídios serão tratados em nova medida provisória. (Valor Econômico – 17.09.2025)

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MP 1300 é aprovada no Congresso horas antes de vencer

O Senado também aprovou o projeto de conversão da MP 1300. A avaliação dos parlamentares foi confirmada na noite desta quarta-feira, 17 de setembro, pouco mais de três horas antes do prazo final de validade da MP. O placar ficou em 49 votos a favor, três contrários e três abstenções. O texto segue agora para sanção presidencial e assegura a manutenção das alterações implementadas na Tarifa Social que estão em vigor desde julho deste ano. Os senadores ratificaram o texto aprovado pela Câmara dos Deputados, onde ele foi relatado por deputado Fernando Coelho Filho (União-PE). O projeto a mantém a extensão dos benefícios da tarifa social. Também autoriza a antecipação do pagamento do Uso do Bem Público – UBP, com a destinação de recursos da repactuação feita por geradores hidrelétricos em favor de consumidores das regiões Norte e Nordeste.Prevê ainda o rateio do custo da energia de Angra 1 e 2 com todos os consumidores do Sistema Interligado e a aplicação de descontos para irrigação e aquicultura. (Agência CanalEnergia - 17.09.2025)

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Governo anuncia plataforma para expansão do Luz para Todos

O governo federal anunciou o desenvolvimento de um aplicativo digital para o programa Luz para Todos. Conforme publicação, a cooperação técnica acontece entre os ministérios de Minas e Energia (MME) e o da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). O objetivo é facilitar o cadastro e acompanhamento das solicitações de atendimento em regiões rurais e remotas da Amazônia Legal e outras áreas do país. Dessa forma, a solução poderá ajudar 1,2 milhão de pessoas sem acesso regular à energia elétrica no país. Propondo uma interface intuitiva, a ferramenta permitirá o acesso sem estar conectado à internet para que os moradores, além de contar com geolocalização automática para mapeamento das comunidades beneficiárias e otimizar o planejamento de obras. (Agência CanalEnergia - 12.09.2025)

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MME cobra renovação técnica das concessões

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou agilidade na renovação das concessões de distribuidoras de energia elétrica, destacando que o processo precisa seguir critérios técnicos e não ser contaminado por disputas políticas. Segundo ele, as prorrogações podem garantir R$ 120 bilhões em investimentos até 2030, fundamentais para melhorar a qualidade do serviço e modernizar o setor. Até o momento, apenas a EDP Espírito Santo teve contrato renovado, enquanto outras empresas aguardam conclusão dos trâmites. Silveira reconheceu a lentidão do processo, mas reforçou que o decreto presidencial publicado em 2024 determina regras claras para as renovações. O ministro também comentou sobre a MP que reformula a Tarifa Social, prestes a vencer, defendendo sua aprovação como essencial para a população mais pobre, embora tenha lamentado alterações que reduziram o alcance do benefício à classe média. Ele indicou que esse ponto poderá ser tratado em outra medida provisória, a MP 1304, que integra a reforma mais ampla do setor elétrico. (Valor Econômico – 16.09.2025)

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Ministro critica morosidade na renovação das distribuidoras

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acusou a Aneel de morosidade na análise dos processos de renovação das concessões das distribuidoras. Ele cobrou publicamente maior velocidade da agência e disse que não vai deixar que politicagem e pressões políticas impeçam o ministério de avançar nos contratos das empresas. Silveira levantou suspeitas de politização do tema na Aneel, ao empossar nesta terça-feira, 16 de setembro, os novos diretores da agência, Gentil Nogueira Jr e Willamy Frota. Na cerimônia no MME também foi empossado José Fernando Gomes como diretor da Agência Nacional de Mineração. (Agência CanalEnergia - 16.09.2025)

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MME liderará grupos de trabalho para avaliar riscos no setor elétrico e de commodities

O Comitê Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas (CNSIC) publicou no dia 11 de setembro, no Diário Oficial da União, a Resolução nº 5, que cria 11 Grupos de Trabalho Temáticos voltados à proteção de setores estratégicos do país. Os GTs irão atuar em áreas como energia elétrica, petróleo, gás natural e biocombustíveis, sob responsabilidade direta do MME, além de adentrarem áreas, como transporte, governo digital, finanças, defesa e outros. Cada grupo será coordenado pelo GSI ou pelo ministério responsável. Com isso, dando um maior protagonismo ao campo energético, os grupos ligados ao MME terão a missão de elaborar diagnósticos nacionais de segurança do setor elétrico e aplicar questionários de avaliação de riscos nas cadeias das commodities energéticas. Por fim, a participação será considerada serviço público relevante e as atividades possuem o hiato de até um ano e servirão de base para políticas nacionais de proteção das infraestruturas críticas. (Agência CanalEnergia - 12.09.2025)

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ONS e Aneel discutem modulação de recursos energéticos distribuídos

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estão discutindo formas para modular os chamados recursos energéticos distribuídos, geradoras conectadas diretamente na rede das distribuidoras de energia elétrica, a fim de garantir mais flexibilidade para a rede. Atualmente, há um volume significativo de geração conectada diretamente na rede das distribuidoras, as chamadas usinas tipo 3. Esses projetos hoje não sofrem curtailment porque estão fora da gestão do ONS. Além da micro e minigeração distribuída (MMGD), que representa a maior parte dos recursos energéticos distribuídos, entram nessa categoria cerca de 6 GW em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), 9,6 GW em termelétricas — a grande maioria a biomassa —, e mais de 1 GW em eólicas. (MegaWhat – 16.09.2025)

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Associações setoriais pressionam Congresso por ajustes na geração distribuída

Associações ligadas ao setor de energia enviaram uma carta aos parlamentares alertando para distorções causadas pela política de micro e minigeração distribuída (MMGD). Elas apontam que o excesso de produção solar dos sistemas instalados em residências e empresas está gerando cortes de geração e volatilidade nos preços da energia, afetando a sustentabilidade do setor elétrico. Alegam que a MMGD está aprofundando a concentração de renda, beneficiando os mais ricos e penalizando os mais pobres. As associações pedem ao Congresso que evite ampliar os subsídios e busque soluções equilibradas, onde a geração distribuída também contribua para resolver os problemas que causa. A carta surge em meio à discussão da Medida Provisória 1.300/2015, que aborda questões tarifárias e que será votada em breve. As associações defendem uma revisão do crescimento da MMGD e uma melhor valoração da energia injetada na rede. Enquanto isso, a Associação Brasileira de Geração Distribuída e outras entidades afirmam ser a favor da modernização tarifária, mas contrárias a mudanças que prejudiquem a geração distribuída. Em resposta, classificam a visão das associações contrárias como "retrógrada" e defendem a transição energética como uma tendência mundial. Pedem à Agência Nacional de Energia Elétrica que promova a previsibilidade regulatória, estimule a inovação e fortaleça a confiança do consumidor. (BroadcastEnergia - 16.09.2025)

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ABGD: Tarifas hora-sazonais previstas na MP 1.300 prejudicam investidores em geração distribuída

A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) emitiu um comunicado em Brasília hoje, repudiando o uso de 'tarifas hora-sazonais' que, segundo a entidade, prejudicam os consumidores que investiram em geração distribuída. Essa questão está inserida na medida provisória 1.300/2025, que versa sobre a ampliação da tarifa social. O sistema de tarifação em discussão envolve variação do custo da energia elétrica de acordo com o horário do consumo, com valores mais altos nos horários de pico e mais baixos nos períodos de menor demanda. A ABGD expressou apoio à proposta em si, porém destacou preocupações com as alterações que considera oportunistas e prejudiciais à segurança jurídica, especialmente em relação aos poderes conferidos à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pela MP. A entidade argumenta que a flexibilidade concedida à Aneel para definir tarifas diferenciadas, incluindo por horário e outras variáveis, pode resultar em insegurança jurídica e falta de previsibilidade tarifária. A ABGD alerta para os riscos e sugere que as mudanças propostas necessitam de revisão para garantir a proteção dos consumidores de baixa renda e a estabilidade do setor de geração distribuída. (BroadcastEnergia - 16.09.2025)

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MP do Redata desonera investimentos e exige energia renovável

O presidente Lula assinou nesta quarta-feira, 17 de setembro, a Medida Provisória que cria a Política Nacional de Data Centers (Redata), que antecipa efeitos da reforma tributária e desonera a importação de máquinas equipamentos não fabricados no Brasil para os centros de dados. O texto será enviado ao Congresso amanhã, quando serão conhecidos mais detalhes. O governo antecipou que a MP, que tem o intuito de atrair investimentos em infraestrutura de dados no país e fomentar a inovação, vai exigir que pelo menos 10% da capacidade de processamento de dados seja disponibilizada ao Brasil e que a energia elétrica usada por eles seja renovável. (MegaWhat - 17.09.2025)

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PGR não se opõe a acordo que amplia participação da União na governança da Eletrobras

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não se opõe à homologação do acordo firmado entre a União e a Eletrobras, que aumenta a influência do governo no Conselho de Administração da empresa. O entendimento, assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, reconhece que o acordo resolve o impasse criado após a privatização da Eletrobras, ocorrida durante o governo Bolsonaro, que limitava o poder de voto da União a 10% mesmo detendo cerca de 42% das ações ordinárias. Pelo novo arranjo, o governo terá três das dez cadeiras no Conselho de Administração e uma das cinco no Conselho Fiscal. As negociações ocorreram na Câmara de Mediação da AGU, e o acordo foi considerado uma solução adequada para restaurar direitos de governança proporcional ao investimento público, sem alterar formalmente o artigo impugnado na ação de inconstitucionalidade. (Valor Econômico – 16.09.2025)

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Regulação

Aneel/Sandoval alerta que ONS corre o risco de ‘perder o controle’ sobre a rede elétrica

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, alertou sobre o crescimento acelerado da geração distribuída e seu impacto no Sistema Interligado Nacional (SNI). Ele destacou que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estaria perdendo o controle da rede devido à expansão da geração distribuída, que não é gerida diretamente por eles. No último dia dos pais, 37% da carga do SIN foi atendida por geração distribuída, evidenciando um problema estrutural de controle de frequência e tensão. Feitosa ressaltou a falta de flexibilidade operativa das fontes de geração distribuída, como a solar, que dependem de condições climáticas. Medidas emergenciais estão sendo discutidas para garantir a segurança do suprimento elétrico, mas mudanças estruturais dependem de ações legislativas. A discussão também abrange a Geração Distribuída 3 (GD3) e a definição de requisitos para Recursos Energéticos Distribuídos (RED). O setor elétrico enfrenta desafios para integrar a geração distribuída de forma eficiente e segura, visando evitar problemas futuros no controle da rede elétrica nacional. (BroadcastEnergia - 17.09.2025)

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Aneel discutirá ações emergenciais para reduzir impacto da GD no sistema elétrico

O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, anunciou que medidas paliativas serão analisadas para mitigar os impactos do crescimento acelerado da micro e minigeração distribuída (MMGD) no sistema elétrico. A preocupação aumentou após um episódio no Dia dos Pais, quando a alta geração de energia solar e o baixo consumo quase causaram um colapso momentâneo na rede. Uma reunião foi marcada para o dia 19 com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e distribuidoras. Segundo Feitosa, o problema não é a geração distribuída em si, mas a ausência de mecanismos de controle por parte do ONS. Serão debatidas medidas como mudanças em contratos de termelétricas para maior flexibilidade e a integração de usinas distribuídas ao controle do ONS. O encontro visa estabelecer protocolos e avaliar a necessidade de alterações regulatórias urgentes para garantir a estabilidade do sistema. (Valor Econômico – 16.09.2025)

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Aneel debate variáveis para prorrogação de contratos de distribuição

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu no dia (15/9) a Tomada de Subsídios (TS 12/2025) para a formação da base de dados para estudos do Fator X no segmento de distribuição de energia elétrica. As contribuições serão recebidas até 24 de outubro e servirão para a análise de resultado regulatório e revisão do Submódulo 2.5 e 2.5A dos Procedimentos de Regulação Tarifária (PRORET) referentes ao componente de produtividade (Pd) do Fator X. Em síntese, a TS 12/2025 está relacionada aos processos de prorrogação dos contratos de concessão das distribuidoras. Seu objetivo é definir as variáveis que devem ser consideradas no cálculo da produtividade das distribuidoras, colocando em destaque o fator X que é empregado nos cálculos de reajuste e de revisão tarifária periódica das concessionárias de distribuição. (Aneel – 16.09.2025)

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Aneel abre Tomada de Subsídios sobre a base de dados para estudos do Fator X

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu nesta segunda-feira (15/9) Tomada de Subsídios (TS 12/2025) para a formação da base de dados para estudos do Fator X no segmento de distribuição de energia elétrica. As contribuições a serem recebidas até 24 de outubro servirão para a análise de resultado regulatório e revisão do Submódulo 2.5 e 2.5A dos Procedimentos de Regulação Tarifária (PRORET) referentes ao componente de produtividade (Pd) do Fator X. A TS 12/2025 está relacionada aos processos de prorrogação dos contratos de concessão das distribuidoras de energia elétrica, conforme Decreto 12.068/2024. O objetivo é definir as variáveis que devem ser consideradas no cálculo da produtividade das distribuidoras observando diretrizes do Decreto em itens como modernização e aumento da resiliência das redes. O Fator X é empregado nos cálculos de reajuste e de revisão tarifária periódica das concessionárias de distribuição. (Aneel – 16.09.2025)

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Empresas

Petrobras: Transição energética será destino de 15% do CAPEX no Plano 2025-2029

A Petrobras anunciou que vem aumentando seus investimentos planificados para a transição energética. A petroleira afirmou que destinará US$ 16,3 bilhões para projetos de baixo carbono em seu Plano 2025-2029, o equivalente a 15% do CAPEX total, ampliando em 42% o orçamento anterior. A estatal afirma que os recursos irão para descarbonização das operações, diversificação de produtos e PD&I, com foco em tecnologias como eólica, solar, hidrogênio e captur e armazenamento de carbono (US$ 5,7 bi), além de bioprodutos (US$ 4,3 bi). Outros US$ 1,3 bi serão aplicados em mitigação de gases de efeito estufa via programa carbono neutro. Ainda, a companhia destaca avanços entre 2015 e 2024, como a redução de 40% das emissões absolutas e de 70% do metano, além de ganhos de eficiência energética. A empresa também prevê investir US$ 500 milhões em projetos de hidrogênio, iniciando com planta piloto no Sudeste. O detalhamento foi feito em resposta ao lançamento de estudos do Observatório do Clima e de professores da UFRJ que apontam para a necessidade de mudanças na empresa para que o Brasil possa cumprir suas metas no Acordo de Paris. (Agência CanalEnergia - 18.09.2025)

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Eletrobras: Digitalização de 269 subestações até 2027

A Eletrobras anunciou que planeja digitalizar 269 subestações até 2027, utilizando modelos 3D em BIM (Modelagem da Informação da Construção) associados a dados construtivos e operacionais, criando gêmeos digitais para otimizar gestão, reduzir custos e apoiar decisões. Segundo o VP de Inovação, Juliano Dantas, 15% da base de transmissão já deve estar digitalizada até o fim de 2025. A tecnologia GeoBIM permitirá monitoramento digital das obras, com drones captando imagens para fiscalização em tempo real. Em paralelo, a companhia investiu mais de R$ 20 milhões em Wi-Fi 6G interno na usina hidrelétrica Tucuruí, garantindo conectividade em galerias a 90 metros abaixo do nível do mar e possibilitando suporte remoto de especialistas. O projeto será expandido para usinas como Itumbiara, Furnas e Paulo Afonso, com mais R$ 90 milhões previstos. O VP de Operações e Segurança, Antônio Varejão, destacou que o objetivo é ampliar o número de sensores e fortalecer modelos de manutenção preditiva, aumentando a eficiência e a confiabilidade dos ativos. (Agência CanalEnergia - 12.09.2025)

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Leilões

Aneel/Mosna vota por encaminhar ao TCU pedido sobre potencial ilegalidade em portaria do MME

Na última quarta-feira, o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Fernando Mosna, decidiu enviar ao Tribunal de Contas da União (TCU) um pedido para investigar uma possível ilegalidade em uma portaria do Ministério de Minas e Energia (MME). A questão em foco é um leilão destinado a resolver ações judiciais que buscam isenção ou redução dos riscos hidrológicos. Mosna alega que a portaria estabeleceu uma taxa de desconto de 10,94% ao ano para o leilão, enquanto a Medida Provisória 1.300/25 indicava uma taxa de 9,63% com base nos parâmetros anteriores da Aneel. O diretor argumenta que o MME não tem competência para definir esses valores, o que caracterizaria uma usurpação de competência normativa. A discussão está em andamento, com o diretor recém-empossado Gentil Nogueira discordando do envio do caso ao TCU, afirmando que a Agência não deve fiscalizar a legalidade dos atos do Ministério de Minas e Energia. A polêmica sobre o leilão e a suposta irregularidade na portaria promete gerar debates e análises mais aprofundadas nos próximos dias. (BroadcastEnergia - 17.09.2025)

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Aneel autoriza extensão a usinas vencedoras em leilão sobre risco hidrológico; TCU é acionado

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a extensão do prazo de outorga de usinas vencedoras do Mecanismo Concorrencial Centralizado, um leilão que visou resolver o impasse do risco hidrológico (GSF) de hidrelétricas. O objetivo do certame era solucionar a questão de ações judiciais em curso que buscavam isenção ou mitigação dos efeitos dos riscos hidrológicos relacionados. Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) tinham um passivo de R$ 1,1 bilhão no Mercado de Curto Prazo (MCP), devido às ações judiciais, e esse valor foi ofertado como 'títulos' no leilão. Grandes hidrelétricas compraram esses títulos e tiveram direito à extensão de suas concessões por até sete anos. A Aneel aprovou a ampliação das outorgas, que está prevista na Medida Provisória (MP) 1.300/25. O leilão foi conduzido pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em agosto. O diretor da Aneel, Fernando Mosna, questionou a legalidade de uma portaria do Ministério de Minas e Energia (MME) que estabelecia uma taxa de desconto diferente da prevista na MP. Ele argumentou que o MME não tinha competência normativa para definir esses valores. Os autos foram encaminhados ao Tribunal de Contas da União (TCU) devido a essa possível ilegalidade, com o voto divergente do diretor Gentil Nogueira. A MP 1.300/25 aguarda aprovação, e a situação permanece em desenvolvimento. (BroadcastEnergia - 17.09.2025)

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TCU: Aneel cumpriu requisitos formais para leilão de transmissão; R$ 7,89 bi de investimento

O Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cumpriu os critérios para o próximo leilão de transmissão, previsto para outubro. Serão leiloados 1.178 km de linhas de transmissão em onze lotes, com investimentos estimados em R$ 7,89 bilhões após ajustes feitos a partir de recomendações da Unidade de Auditoria Especializada em Energia Elétrica e Nuclear. O TCU votou processo de acompanhamento do leilão, destacando a importância estratégica das instalações para o Sistema Interligado Nacional. Uma questão levantada foi a recomendação da Aneel ao Ministério de Minas e Energia (MME) para a caducidade dos contratos das concessionárias Mez 6, 7, 8, 9 e 10 Energia, porém, o TCU sugeriu solução consensual para manter essas instalações em operação. O órgão recomendou ao MME que tome as providências necessárias para a rápida entrada em operação dos empreendimentos das empresas do grupo MEZ Energia. A Aneel decidiu retirar os lotes da MEZ Energia do leilão de outubro, totalizando cinco lotes removidos que serão incluídos no primeiro leilão de transmissão de 2026. Esta decisão visa garantir a segurança e confiabilidade do sistema elétrico interligado. (Broadcast Energia – 17.09.2025)

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Concessões de usinas são prorrogadas em meio a disputa legal sobre regras de leilão

A Aneel aprovou a prorrogação dos contratos de concessão de usinas que participaram do leilão do risco hidrológico, realizado em agosto com base na Medida Provisória 1.300/2025. O leilão visou resolver entraves judiciais que travavam o mercado de energia, permitindo que geradores com créditos não pagos oferecessem esses valores em troca da desistência de ações judiciais, enquanto compradores disputavam as ofertas em troca da extensão das outorgas. A arrecadação total foi de R$ 1,34 bilhão, sendo R$ 792,59 milhões injetados no mercado e R$ 550,63 milhões destinados à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Apesar do êxito financeiro, o processo foi alvo de críticas do diretor Fernando Mosna, que apontou ilegalidades na portaria do Ministério de Minas e Energia (MME), incluindo a fixação de uma taxa de retorno acima do permitido. Mosna defendeu o envio do processo ao TCU, o que foi aprovado pela maioria, embora tenha havido divergência do diretor Gentil Nogueira, que considerou a medida redundante diante da atuação já iniciada pela Corte. (Valor Econômico – 16.09.2025)

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Leilão de transmissão de outubro perde cinco lotes, que serão disputados apenas em 2026

Em reunião pública extraordinária do dia 16/09, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) incluiu cinco lotes no Leilão de Transmissão em 2026 (LT 01/2026). Esses lotes foram retirados do Leilão de Transmissão LT 04/2025) marcado para o dia 31 de outubro próximo na sede da B3, em São Paulo. Em consequência, o prazo para o envio de contribuições à Consulta Pública 28/2025, que trata do leilão LT 01/2026, foi prorrogado até dia 24 de setembro. Por fim, a decisão da Aneel atende a pedido do MME, que estendeu ser a oferta dos lotes no leilão de outubro incompatível com os prazos das etapas da solução consensual em curso. (Aneel – 16.09.2025)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

MME nega suposta confirmação do horário de verão e diz que tema é sempre avaliado pela pasta

O Ministério de Minas e Energia (MME) negou a volta do horário de verão em 2025, ressaltando que a situação energética está controlada até fevereiro de 2026. O ministro Alexandre Silveira afirmou que o retorno só aconteceria em caso de real necessidade devido à demanda energética no período seco. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) atesta que os reservatórios estão em condições favoráveis, superando a seca do ano anterior. A menor geração hidrelétrica e o aumento do consumo devido ao calor são desafios a serem enfrentados. Medidas como maximizar a produção de Usinas Hidrelétricas e reduzir defluências estão sendo consideradas para garantir a segurança do sistema. O debate sobre o horário de verão em 2024 foi descartado devido a outras medidas adotadas para fortalecer a confiabilidade do sistema elétrico, que continua sendo a estratégia principal em 2025. (BroadcastEnergia - 18.09.2025)

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ONS relata novos recordes de demanda

O Operador Nacional do Sistema Elétrico informou em seu boletim diário, IPDO, que na última quinta-feira, 11 de setembro, houve indicação de recorde de demanda média (MW med) no submercado Norte no valor de 9.028 MW med. Orecorde anterior era de 8.977 MW med, ocorrido no dia 10 de setembro de 2025. O boletim também apontou que às 22h36 do dia 11 de setembro houve indicação de recorde de demanda instantânea no submercado Norte no valor de 9.891 MW. O recorde anterior era de 9.759 MW ocorrido em 5 de maio de 2025. (Agência CanalEnergia - 12.09.2025)

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CCEE: Projeções indicam manutenção de cobrança adicional na conta de luz até dezembro de 2025

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou projeções indicando que a bandeira tarifária continuará cobrando valores adicionais na conta de luz dos consumidores em São Paulo até dezembro de 2025. A previsão é de que a bandeira verde, sem custo extra, só retorne em janeiro de 2026. As projeções se baseiam em dois cenários hidrológicos: um otimista e outro pessimista. No cenário otimista, o nível de água nos reservatórios deve chegar a 53% até o fim de setembro e voltar a 70% até março de 2026. Já no cenário pessimista, o recuo é um pouco maior, chegando a 52% em novembro e subindo para 66% em março de 2026. O preço spot da energia, conhecido como preço de liquidação das diferenças (PLD), é influenciado pelo nível dos reservatórios e pelas perspectivas futuras de hidrologia e armazenamento. A bandeira tarifária é acionada com base no PLD, e as projeções apontam para a manutenção da bandeira vermelha 2 em outubro, com possibilidade de retorno à vermelha 1. Para novembro e dezembro, as previsões variam entre bandeira amarela e vermelha 1, dependendo do cenário considerado. (BroadcastEnergia - 17.09.2025)

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Consumidores

CCEE conclui primeira liquidação financeira do MCP e reduz passivo do GSF

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE concluiu nesta terça-feira (9) a primeira liquidação financeira do Mercado de Curto Prazo (MCP) após o sucesso do mecanismo concorrencial que aproximou o setor da solução de um dos seus maiores desafios históricos: a judicialização do risco hidrológico. Na operação referente a julho de 2025, os valores represados devido a liminares que isentam ou limitam os efeitos do chamado GSF (Generation Scaling Factor, na sigla em inglês) caíram cerca de 72%. Passaram de R$ 1,09 bilhão, no processamento de junho, para R$ 310,46 milhões neste mês, o menor valor desde 2015. Os R$ 792,59 milhões de diferença correspondem justamente aos montantes liberados graças ao mecanismo. (CCEE – 11.09.2025)

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BBCE: Queda nos preços da energia para próximos meses de 2025

Os preços da energia elétrica para entrega nos próximos meses apresentaram variações significativas na plataforma de negócios do Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE), com destaque para a queda de até 3,3% registrada na última semana. Enquanto o contrato de suprimento em janeiro de 2026 teve um aumento de 1,82%, indicando um comportamento distinto. A análise do mercado aponta que essas oscilações estão relacionadas à hidrologia, com previsões de chuvas para outubro, o que traz expectativas de alívio no período seco e possíveis recargas nos reservatórios das hidrelétricas. No entanto, a efetiva confirmação dessas previsões é crucial para que os preços realmente se estabilizem. Já o aumento nos preços para janeiro de 2026 pode estar associado a uma maior demanda pelo produto, além da expectativa de uma revisão para baixo da previsão de carga no planejamento anual da operação. No cenário dos contratos mais longos, o destaque vai para o produto anual para suprimento em 2026, que liderou em volume de energia transacionada, com um preço que registrou leve queda. (Broadcast Energia – 16.09.2025)

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GESEL publica TDSE 145 “A transição para um mercado varejista liberalizado no Setor Elétrico Brasileiro: Recomendações das melhores práticas internacionais para o seu efetivo alcance”

O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) nº 145, intitulado “A transição para um mercado varejista liberalizado no Setor Elétrico Brasileiro: Recomendações das melhores práticas internacionais para o seu efetivo alcance”. O estudo aborda a transição para um mercado varejista liberalizado no Setor Elétrico Brasileiro (SEB) e examina as melhores práticas de países da OCDE e da União Europeia, nos quais a completa liberalização já se consolidou como realidade, em contraste com o Brasil, no qual os consumidores regulados ainda não dispõem da prerrogativa de escolher seus fornecedores. O trabalho visa subsidiar reformas no Brasil, com foco no PL 414/2021 e na MP 1.300/2025, que propõe um cronograma para a abertura total do varejo. A MP estabelece a abertura em duas etapas (agosto de 2026 para industriais/comerciais e dezembro de 2027 para os demais) e a separação das atividades de comercialização e distribuição até julho de 2026. A liberalização baseia-se em três pilares da experiência internacional: (i) infraestrutura institucional e concorrência; (ii) vetores para o desenvolvimento concorrencial e diretrizes regulatórias; e (iii) política econômica e aspectos ESG. As recomendações incluem a separação das atividades de fio e energia, o compartilhamento de dados (Open Energy), campanhas de comunicação, ferramentas de comparação de preços e aprimoramentos nos procedimentos de migração. O texto enfatiza o monitoramento contínuo da concorrência e a racionalização de encargos e subsídios que distorcem o mercado brasileiro. O objetivo final é um mercado liberalizado amplo, inclusivo, eficiente, justo e sustentável. Acesse o estudo na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 17.09.2025)

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Artigo de Carlos Bingemer e Bruna Correia: "Desafios do curtailment no setor elétrico brasileiro: transformações, impactos e estratégias"

Em artigo publicado pela Agência Eixos, Carlos Frederico Lucchetti Bingemer (sócio da área de Energia do BMA Advogados) e Bruna de Barros Correia (sócia da área de Energia do BMA Advogados) tratam dos desafios enfrentados pelo setor elétrico brasileiro diante da rápida expansão das fontes renováveis, especialmente a solar, eólica e a geração distribuída. Um dos principais problemas abordados é o curtailment, que ocorre quando há excesso de oferta de energia em relação à demanda, exigindo a redução da produção por parte do Operador Nacional do Sistema (ONS). Essa situação, que já afetava hidrelétricas, tornou-se mais crítica com a presença crescente de fontes não despacháveis e da geração distribuída, agravando o controle operacional do sistema. Apesar de soluções como a ampliação da transmissão e a adoção de tecnologias de armazenamento estarem em discussão, elas enfrentam obstáculos regulatórios e prazos longos. O curtailment passou de um problema técnico para uma questão também jurídica e econômica, levantando debates sobre quem deve arcar com os custos da energia não gerada. O tema mobiliza governo e mercado, com medidas em discussão no Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), na Aneel e no âmbito legislativo. Dados recentes mostram cortes recordes de geração, especialmente nas fontes solar e eólica, sinalizando que o fenômeno tende a se intensificar, refletindo os dilemas entre segurança energética, sustentabilidade e competitividade. (GESEL-IE-UFRJ – 16.09.2025)

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Artigo de Carlos Bingemer e Bruna Correia: "Desafios do curtailment no setor elétrico brasileiro: transformações, impactos e estratégias"

Em artigo publicado pela Agência Eixos, Carlos Frederico Lucchetti Bingemer (sócio da área de Energia do BMA Advogados) e Bruna de Barros Correia (sócia da área de Energia do BMA Advogados) tratam dos desafios enfrentados pelo setor elétrico brasileiro diante da rápida expansão das fontes renováveis, especialmente a solar, eólica e a geração distribuída. Um dos principais problemas abordados é o curtailment, que ocorre quando há excesso de oferta de energia em relação à demanda, exigindo a redução da produção por parte do Operador Nacional do Sistema (ONS). Essa situação, que já afetava hidrelétricas, tornou-se mais crítica com a presença crescente de fontes não despacháveis e da geração distribuída, agravando o controle operacional do sistema. Apesar de soluções como a ampliação da transmissão e a adoção de tecnologias de armazenamento estarem em discussão, elas enfrentam obstáculos regulatórios e prazos longos. O curtailment passou de um problema técnico para uma questão também jurídica e econômica, levantando debates sobre quem deve arcar com os custos da energia não gerada. O tema mobiliza governo e mercado, com medidas em discussão no Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), na Aneel e no âmbito legislativo. Dados recentes mostram cortes recordes de geração, especialmente nas fontes solar e eólica, sinalizando que o fenômeno tende a se intensificar, refletindo os dilemas entre segurança energética, sustentabilidade e competitividade. (GESEL-IE-UFRJ – 16.09.2025)

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Artigo de Assis Moreira: "Presidente da COP30 anuncia na OMC plano de 'fórum comércio-clima'''

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Assis Moreira (correspondente do Valor Econômico) trata da inédita iniciativa do embaixador brasileiro André Corrêa do Lago, presidente da COP30, que propõe um fórum para integrar comércio e mudança climática, buscando alinhar essas agendas de forma colaborativa e pragmática. A proposta, a ser lançada em Belém e com funcionamento previsto para 2026, visa criar um espaço híbrido e não vinculativo onde negociadores, especialistas e diferentes setores possam dialogar sem formalidades, focando em soluções práticas para desafios como critérios climáticos, contabilização de emissões e transição energética. Apesar dos desafios geopolíticos e da polarização, o fórum busca um “laboratório” de ideias diversas para impulsionar uma cooperação internacional essencial diante da urgência climática, reconhecendo o papel crucial do comércio na viabilização de uma economia global sustentável. (GESEL-IE-UFRJ – 18.09.2025)

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Artigo de Rodrigo Ferreira Fioriti: "Brasil acelera transição energética e se prepara para protagonismo na COP30"

Em artigo publicado pela Agencia CanalEnergia, Rodrigo Ferreira Fioriti, Consultor de Desenvolvimento de Negócios em Energia do Instituto Eldorado, aborda o papel do Brasil na COP30. No artigo, o autor afirma que “a COP30 será mais do que uma conferência: será o reflexo das escolhas que estamos fazendo hoje. O mundo estará atento e o Brasil, se souber aproveitar o momento, poderá sair da condição de promessa para ocupar, de vez, o lugar de protagonista na construção de um futuro mais verde. Chegou a hora de mostrar ao mundo que o país tem potencial, e principalmente, compromisso.” (GESEL-IE-UFRJ – 19.09.2025)

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Entrevista com Sônia Guajajara: ‘Política climática precisa incluir florestas e terra indígena’

Em entrevista publicada pelo Valor Econômico, Daniela Chiaretti (jornalista do Valor Econômico) entrevista Sônia Guajajara (ministra dos Povos Indígenas), que destaca a importância da participação indígena na COP30, a ser realizada em Belém, como fundamental para o avanço das políticas climáticas globais. Guajajara, que preside o Círculo dos Povos na conferência, defende a demarcação das terras indígenas como uma estratégia de mitigação climática e reivindica a destinação de, no mínimo, 20% do Fundo Floresta Tropical para Sempre (TFFF) diretamente às comunidades indígenas e locais. A ministra enfatiza a urgência da implementação de ações concretas diante da crise climática já em curso, com impactos diretos sobre os territórios indígenas, e relata iniciativas como o programa de formação Kontari Katu e a criação da “Aldeia COP” para garantir ampla participação indígena, com expectativa de reunir até 3 mil representantes de diferentes etnias. Ela reforça que não há mais tempo a perder e que a COP30 precisa marcar uma virada efetiva na governança ambiental global, com justiça climática e valorização do conhecimento tradicional indígena. (GESEL-IE-UFRJ – 15.09.2025)

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Entrevista com Al Gore: ‘Ação climática sobreviverá a Trump, mas exigirá determinação de outros líderes’

Em entrevista publicada pelo Valor Econômico, Camila Souza Ramos (jornalista do Valor Econômico) entrevista Al Gore (ex-vice-presidente dos EUA), que critica o retrocesso dos Estados Unidos na transição energética sob a presidência de Donald Trump e defende que outros líderes globais, especialmente da China e do Brasil, devem assumir a liderança para avançar a agenda climática. Al Gore elogia a matriz energética limpa do Brasil e a postura corajosa do presidente Lula, destacando também o papel das inovações tecnológicas e da economia sustentável na transformação global. Ele ressalta a importância de alinhar a transição energética com a conservação da natureza e a segurança alimentar, e se mostra otimista com os avanços esperados na COP 30, além de apontar a necessidade de políticas justas que envolvam agricultores na mudança rumo a um futuro mais verde. (GESEL-IE-UFRJ – 17.09.2025)

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Entrevista com François Massonnet: 'O problema não é se há mudanças climáticas, mas como comunicá-las às pessoas'

Em entrevista publicada pelo Valor Econômico, Vivian Oswald (jornalista do Valor Econômico) entrevista François Massonnet (climatólogo do Centro da Terra e Clima da Universidade Católica de Louvain), que destaca que um dos maiores desafios do combate à mudança do clima é comunicar sua urgência ao cidadão comum, enfrentando obstáculos como a “amnésia climática”, a negação e a desinformação. Para Massonnet, o problema não é mais provar a existência das mudanças climáticas, mas sim engajar as pessoas a agirem, especialmente diante do custo elevado da transição energética, que deve ser assumido pelos governos como um projeto promissor. Ele critica a narrativa do limite de 1,5 °C por ser binária e ressalta a dificuldade humana de perceber as mudanças graduais e a adaptação à nova realidade climática, o que reforça a resistência às ações. Massonnet também enfatiza a importância de transformar dados científicos em narrativas concretas, de combater notícias falsas e de usar formas criativas, como a arte, para sensibilizar a população, reconhecendo ainda o papel político na condução do tema, mesmo diante de discursos negacionistas em grandes potências. (GESEL-IE-UFRJ – 17.09.2025)

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