IECC 337
Marco Institucional
Curso GESEL sobre Usinas Hidrelétricas Reversíveis Módulos 2 e 3
Estão abertas as inscrições para os Módulos 2 e 3 do Curso sobre Usinas Hidrelétricas Reversíveis (UHRs), voltado a profissionais do setor elétrico, pesquisadores e estudantes de pós-graduação interessados em aprofundar seus conhecimentos técnicos sobre essa tecnologia de armazenamento de energia. As aulas serão ministradas online, sempre às terças e quintas-feiras, das 19h às 21h. O Módulo 2, com início em 12 de agosto e término em 4 de setembro, totaliza 16 horas e aborda os principais componentes e arranjos das UHRs, benefícios, ciclos de armazenamento, turbinas e bombas (incluindo pré-dimensionamento e cavitação), turbinas-bomba de velocidade variável e estruturas como tomada d’água, chaminé de equilíbrio, vertedores e barragem. Serão também apresentados estudos eletroenergéticos e exemplos internacionais, como os projetos Turlough Hill e Goldisthal, além de experiências de países como EUA, Portugal, Suíça, entre outros. O Módulo 3, de 16 de setembro a 9 de outubro, também com 16 horas, é focado em critérios de seleção e implantação de UHRs, estimativas de custo e três estudos de caso aprofundados: UHR Irapé, UHR Coxilha Grande e UHR Ibiapaba, abrangendo desde estudos preliminares até o dimensionamento final e parâmetros hidroenergéticos. As aulas serão conduzidas por três professores com ampla experiência no setor: Prof. Dr. Afonso Henriques Moreira Santos, Prof. Dr. Sérgio Valdir Bajay e Prof. Dr. Paulo Sergio Franco Barbosa. Inscreva-se aqui: https://forms.gle/JFDSz52bWHtsYZ6R9 (GESEL-IE-UFRJ – 15.07.2025)
Open Brazil Power 2025: Call for Applications
The Open Brazil Power Program 2025, led by Enel Foundation and SEforALL, will select up to 30 young Brazilian professionals (at least 50% women) for a free advanced training in sustainable energy. The program includes an online module on Brazil’s power sector (with GESEL/UFRJ) and an international module delivered by top Italian universities (Politecnico di Torino, Politecnico di Milano, SDA Bocconi). Applicants must be 24–35 years old, hold a postgraduate degree, be fluent in English, and committed to a career in energy. Applications are open from July 17 to August 31st, 2025. For more information, click here. (GESEL-IE-UFRJ – 18.07.2025)
Reunião sobre comissão da MP 1300 é cancelada no Senado
Foi cancelada a reunião destinada à instalação dacomissão responsável por analisar a Medida Provisória 1.300. O encontro aconteceria às 14h30 nesta terça-feira (12). De acordo com informações do Senado Federal, ainda não há nova data definida para a instalação do colegiado. No entanto, a nota não informa o motivo do cancelamento. Editada em maio, a MP que trata da modernização do setor elétrico recebeu 600 emendas. O texto altera oito leis, com mudanças como ajustes na Tarifa Social de Energia Elétrica, novo cronograma para a migração ao mercado livre e a criação do supridor de última instância. Deputados governistas da Comissão de Minas e Energia da Câmaraadmitiram no começo de julho que o tempo está curto para a aprovação da medida. Ademais, o presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério (PL-RO),acusou o governo de não trabalhar para o avanço da MP no Congresso Nacional. (Agência CanalEnergia - 12.08.2025)
Governo teme caducidade de MP da reforma do setor elétrico
A demora do Congresso em instalar a comissão mista para analisar a Medida Provisória 1.300/2025, que trata da reforma do setor elétrico, tem gerado preocupação no Ministério de Minas e Energia, especialmente quanto à manutenção do novo modelo de Tarifa Social. Batizado de "Luz do Povo", o programa garante gratuidade no consumo de até 80 kWh por mês para famílias de baixa renda, em vigor desde julho. Enquanto o ministério acredita que o modelo está assegurado por pelo menos um ciclo tarifário, técnicos da Aneel e especialistas jurídicos alertam que, se a MP não for aprovada, o benefício pode ser suspenso imediatamente. A instalação da comissão no Congresso foi adiada pela segunda semana consecutiva, gerando críticas sobre a falta de empenho do governo. A Abradee defende urgência na tramitação da MP, alertando que sua não aprovação pode causar aumentos nas tarifas de energia. (Valor Econômico - 13.08.2025)
MP 1300 corre risco de caducidade com atraso na tramitação, alerta senador
O presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério (PL-RO), alertou nesta quarta-feira (13/08) sobre o risco iminente de caducidade da Medida Provisória 1300, que trata da expansão da tarifa social de energia e promove reformas no setor elétrico, incluindo a abertura do mercado de baixa tensão. Com prazo de validade até 17 de setembro, a medida enfrenta sérios obstáculos em sua tramitação, com a comissão mista responsável por sua análise tendo seu início de trabalhos adiado por duas vezes - inicialmente marcada para 5 de agosto e depois para 12 de agosto - sem que uma nova data tenha sido estabelecida. O senador criticou a falta de empenho do governo em acelerar o processo, ressaltando que "não é papel da oposição impulsionar medidas provisórias", e destacou o contraste com a MP 1304, que avança mais rapidamente e trata do teto de gastos para a Conta de Desenvolvimento Energético e ajustes no marco da eólica offshore. Rogério revelou ter apresentado emendas a ambas as medidas, enfatizando que a oposição trabalha para corrigir falhas nas propostas. A demora coloca em risco inclusive a possibilidade de incorporação dos temas da MP 1304 ao texto da reforma setorial, estratégia que se torna cada vez mais inviável com o passar do tempo. A comissão mista, que terá o senador Eduardo Braga (MDB-AM) como presidente e o deputado Fernando Coelho Filho (União-PE) como relator, permanece sem previsão concreta para iniciar seus trabalhos, aumentando as chances de que importantes mudanças no setor elétrico sejam perdidas com a caducidade da medida. (Agência CanalEnergia - 13.08.2025)
Inel propõe conversão da MP 1300 em PL diante de atrasos no Congresso
O Instituto Nacional de Energia Limpa (Inel) manifestou preocupação com os sucessivos adiamentos na análise da MP 1300/2025, que moderniza o setor elétrico, e defendeu sua conversão em projeto de lei. Com o prazo de vigência se encerrando em 17 de setembro e sem nova data para instalação da comissão mista - cancelada duas vezes em agosto -, a entidade alerta que restam menos de 30 dias úteis para debater as quase 600 emendas ao texto. O Inel argumenta que a complexidade da matéria, que inclui abertura do mercado livre e equalização de subsídios, exige discussão aprofundada para evitar instabilidade regulatória e judicialização. A entidade sugere que o governo envie a proposta como PL, permitindo análise mais cuidadosa que a MP, cujo prazo curto naturalmente limita o debate qualificado. (Agência CanalEnergia - 13.08.2025)
MP 1300 amplia subsídios energéticos com impacto de R$ 13,5 bi/ano nos consumidores
Estudo da Volt Robotics revela que a expansão da Tarifa Social pela MP 1300 terá custo 101,4% superior ao previsto, atingindo R$ 13,5 bilhões anuais - sendo R$ 10,1 bilhões só na CDE. A medida beneficia 27 milhões de famílias (70 milhões de pessoas) com isenção total ou parcial na conta de luz, mas apresenta disparidades regionais: enquanto consumidores do Nordeste terão até 56% de redução, estados como Amapá verão apenas 16% de desconto. O impacto recairá principalmente sobre São Paulo (31% do custo total), criando um déficit de R$ 988 milhões no estado. A MP já em vigor desde julho elevou o orçamento da CDE em 38,5% para 2025, totalizando R$ 51,4 bilhões. (Agência CanalEnergia - 11.08.2025)
Liquidação financeira do GSF arrecada R$ 1,34 bi e alivia pressão no setor elétrico
A liquidação financeira extraordinária do Mercado de Curto Prazo (MCP) arrecadou R$ 1,34 bilhão, com execução integral dos títulos negociados, incluindo lances classificados e marginais. Desse total, R$ 793 milhões serão incorporados à liquidação ordinária do MCP em setembro, enquanto R$ 551 milhões serão destinados à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), valor superior ao projetado pelo Ministério de Minas e Energia. O resultado representa um marco na resolução de uma disputa de dez anos, com 74,5% dos débitos represados sendo liquidados e ágio superior a 65% sobre o valor dos créditos. A CTG Brasil emergiu como maior vencedora do leilão, adquirindo os dois maiores lotes, seguida por Eletronorte, CEMIG e outras geradoras. A medida, prevista na MP 1300/2025, ajuda a reduzir a pressão tarifária e fortalece a CDE, que financia políticas públicas no setor. A Aneel será responsável por formalizar as extensões de outorga (até sete anos) para as usinas participantes, com informações a serem enviadas pela CCEE até 20 de agosto. O sucesso do leilão contrasta com o passivo histórico, que já ultrapassou R$ 10 bilhões, demonstrando avanços na governança do setor. (Agência CanalEnergia - 14.08.2025)
Governo anuncia R$ 420 mi do Luz para Todos no Acre e em Rondônia
O presidente Lula e o ministro Alexandre Silveira anunciaram R$ 420 milhões em novos investimentos do programa Luz para Todos no Acre e em Rondônia. No Acre, serão R$ 250 milhões para levar energia a seis mil novas unidades, além da inauguração de duas subestações da Energisa. Também foi destacada a futura ligação de Cruzeiro do Sul ao Sistema Interligado Nacional, que permitirá economia de diesel e redução de emissões de CO₂. Em Rondônia, foram liberados R$ 173,9 milhões para a instalação de kits solares para seis mil famílias. O governo também destacou a ampliação da Tarifa Social por meio do programa Luz do Povo, que garante gratuidade na conta de luz para famílias de baixa renda com consumo de até 80 kWh. As medidas integram o Novo PAC e visam promover inclusão social, segurança energética e sustentabilidade na Amazônia. (Agência Eixos – 11.08.2025)
Setor vê conservadorismo em modelo para bandeira tarifária, que poderia ser verde
O modelo computacional atualizado do setor elétrico, que define a bandeira tarifária mês a mês, foi considerado conservador por agentes de mercado. A Armor Energia projetou a bandeira verde em julho, em vez da vermelha, mais cara. O ONS analisa diversos cenários hidrológicos para prever possíveis crises hídricas. Antes da atualização, a calculadora de risco apontava 30% de chance de escassez hídrica, agora aumentou para 40%. Isso impacta o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), com maior probabilidade de acionamento de termoelétricas e bandeiras tarifárias mais caras. A decisão do CMSE de manter os parâmetros de aversão ao risco visa evitar crises como a de 2021, quando houve despacho intensivo de termoelétricas. A alteração na calculadora busca manter reservatórios mais cheios para garantir a segurança do sistema. O ONS justificou a manutenção dos parâmetros com base em estudos técnicos e validados, visando uma melhor aderência dos modelos computacionais à realidade operativa do setor elétrico. A questão levantada por especialistas é a relação entre o armazenamento de energia e os custos adicionais para os consumidores, com indicativos de desequilíbrio nesse cenário. A discussão envolve o equilíbrio entre segurança energética e custos para o consumidor, com diferentes pontos de vista sobre a gestão de riscos no setor elétrico. (Broadcast Energia - 06.08.2025)
EPE: Reforma tributária e MP 1.300 ameaçam expansão da geração distribuída
Estudo da Empresa de Pesquisa Energética indica que a reforma tributária (substituição de ICMS/PIS/Cofins por IBS/CBS) e a MP 1.300/2025 (que abre o mercado livre para baixa tensão em 2027) podem reduzir a rentabilidade e desacelerar o crescimento da micro e minigeração distribuída (MMGD). Apesar das projeções otimistas (65 GW de capacidade até 2029), técnicos alertam para riscos não contabilizados: perda de isenções estaduais e mudanças tarifárias que impactam a viabilidade econômica dos projetos solares. A EPE já identifica sinais de saturação em algumas regiões e revisou para baixo as estimativas de crescimento do setor. (Broadcast Energia - 08.08.2025)
ONS admite possível revisão extraordinária de projeções após tarifaço dos EUA
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reconheceu que sua última revisão de projeções de carga energética (que reduziu a previsão para 81.542 MWmed em 2025) não considerou os impactos da tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos brasileiros. Maria Aparecida Martinez, gerente executiva de Planejamento do ONS, afirmou que uma revisão extraordinária poderá ser submetida à Aneel caso os efeitos do protecionismo americano se materializem na demanda energética. A atual projeção, que já reflete temperaturas mais amenas e crescimento modesto de 1,9% em 2025, contribuiu para a alta nos preços de energia, embora menor que o esperado pelo mercado. (Broadcast Energia - 08.08.2025)
Energia elétrica lidera impacto inflacionário com alta de 10,18% no ano
A energia elétrica foi o item com maior peso individual no IPCA acumulado (3,26%), contribuindo com 0,39 ponto porcentual e registrando a maior variação para o período janeiro-julho desde 2018. Em julho, a conta de luz subiu 3,04%, impulsionando o grupo Habitação (0,91%) e respondendo por 0,12 p.p do índice mensal (0,26%). Os reajustes tarifários em São Paulo (13,97%), Curitiba (1,97%) e Porto Alegre (14,19%), somados à bandeira vermelha patamar 1, explicam parte da pressão inflacionária. O resultado contrasta com a queda de 2,16% no Rio de Janeiro, evidenciando disparidades regionais nos custos energéticos. (Agência CanalEnergia - 12.08.2025)
Senado marca sabatinas para novos diretores da ANP, Aneel e ANSN
A Comissão de Infraestrutura do Senado agendou para os dias 19 e 20 de agosto as sabatinas de 16 indicados para cargos em agências reguladoras, incluindo diretorias da ANP, Aneel e a recém-criada Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN). Para a ANP, foram indicados Artur Watt Neto, atual diretor do Departamento de Gás Natural do MME e ex-ANP, e Pietro Mendes, secretário nacional de Petróleo e presidente do Conselho da Petrobras. A Aneel terá como novos diretores Willamy Frota, engenheiro elétrico com experiência em empresas do setor, e Gentil Nogueira, especialista em direito regulatório energético. As indicações para a ANSN marcam o início das operações do órgão que substituirá a CNEN na regulação nuclear, com Alessandro Facure (físico nuclear e atual diretor da CNEN) como presidente, Lorena Pozzo (pesquisadora do IPEN) na diretoria de instalações radioativas, e Ailton Dias (engenheiro e especialista em rejeitos nucleares) responsável por instalações nucleares e salvaguardas. (Petronotícias – 13.08.2025)
Curso EAD de Pós-Graduação Lato Sensu 2025 – Especialização: “Regulação do Setor Elétrico”
O curso destina-se a profissionais do setor elétrico e membros dos Conselhos de Consumidores das distribuidoras de energia, representando uma excelente oportunidade para aprofundar conhecimentos sobre as transformações em curso no mercado energético, especialmente aquelas decorrentes da transição energética. Coordenado pelo Professor Nivalde de Castro, coordenador-geral do GESEL, o programa é oferecido na modalidade 100% online, com aulas ministradas duas vezes por semana no período noturno. A estrutura acadêmica é organizada em disciplinas dinâmicas, cada uma com duração de um mês, seguidas de três meses dedicados à elaboração da dissertação final com orientação individual personalizada. Ao final do curso, os participantes recebem certificado de Pós-Graduação oficialmente reconhecido pelo Instituto de Economia da UFRJ. Faça sua inscrição aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 04.06.2025)
Curso GESEL “Financiamento no Setor de Energia Elétrica”; nova turma em setembro
Estão abertas as inscrições para o curso GESEL/UFRJ “Financiamento no Setor de Energia Elétrica”. O início do curso está previsto para o dia 9 de setembro. Serão 12 horas de carga horária com aulas às terças e quintas-feiras, das 19h às 21h. O curso capacita participantes com conhecimentos técnicos sobre financiamento do setor elétrico brasileiro, abordando desde conceitos de corporate e project finance até análise de risco (rating) e debêntures incentivadas. São exploradas fontes de funding como mercado de capitais, BNDES e instituições multilaterais. Estudos de caso aplicados a projetos de transmissão, eólica e hidrelétrica ilustram indicadores financeiros e análise econômico-financeira. O curso também analisa os impactos da transição energética e das inovações tecnológicas, com foco nas condições de financiamento por capital próprio e de terceiros. Inscreva-se já: https://forms.gle/GhZd4Vr23BFHpL9M9 (GESEL-IE-UFRJ – 30.07.2025)
Curso GESEL “Comercialização de Energia Elétrica no Brasil”; nova turma em outubro
O curso “Comercialização de Energia Elétrica no Brasil” analisa o modelo atual de comercialização no atacado e as perspectivas de sua evolução diante da reestruturação regulatória do setor elétrico. Com foco no Desenho de Mercado, destaca a expansão do Mercado Livre e os debates da Aneel e CCEE sobre gestão de riscos. Aborda temas como ambientes regulado e livre (ACR e ACL), leilões, mercado de curto prazo, riscos financeiros, regulação prudencial, formação de preços, MRE, GSF, inadimplência e judicialização do setor. Serão 14 horas de carga horária com aulas às terças e quintas-feiras, das 19h às 21h. O início do curso está previsto para o dia 7 de outubro. Inscreva-se já: https://forms.gle/E3Z1jmwnNztDmakQA (GESEL-IE-UFRJ – 31.07.2025)
Regulação
Aneel prevê alta de 6,3% nas tarifas de energia em 2025
A Aneel revisou para cima a projeção de reajuste médio das tarifas de energia elétrica em 2025, de 3,5% para 6,3%, superando a inflação esperada. O principal fator é o aumento do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que chegou a R$ 49,2 bilhões, sendo R$ 46,8 bilhões pagos pelos consumidores. A elevação está ligada à ampliação de subsídios, como os destinados à geração distribuída, CCC (compra de combustível em sistemas isolados) e Tarifa Social. A devolução de créditos de PIS/Cofins também foi inferior ao previsto, o que reduz o alívio nas contas. A Aneel alertou ainda que, caso o STF limite o prazo de restituição desses créditos, consumidores podem ter que devolver valores às distribuidoras. A MP 1.300/2025, que reforma o setor elétrico, também poderá impactar os encargos. A agência prevê que a bandeira vermelha 2 deve durar até o fim do ano, com possível retorno da bandeira verde apenas em dezembro. (Valor Econômico - 11.08.2025)
Nova metodologia para cobrança de encargos rescisórios de contratos de transmissão
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou uma metodologia inédita para avaliação do 'máximo esforço' na cobrança de encargos rescisórios em Contratos de Uso do Sistema de Transmissão (CUST). A medida visa conciliar a modicidade tarifária com o equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias. A Resolução Normativa Aneel nº 1.125 estabelece critérios para a recuperação de valores inadimplidos, que só podem ser incluídos na Receita Anual Permitida (RAP) após esgotamento de meios administrativos e judiciais. A transmissora deve comprovar 'máximo esforço' na cobrança, documentando todas as etapas, tanto administrativas quanto judiciais. A efetiva recuperação do crédito não é exigida, mas sim a demonstração de diligência e boa técnica na atuação. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também tem responsabilidade após a ação judicial. A medida busca proteger consumidores, manter a modicidade tarifária e incentivar a eficiência das transmissoras. A Aneel incorporou sugestões da consulta pública e respeitou marcos legais. A metodologia reflete as tendências modernas do direito regulatório, promovendo incentivos comportamentais para induzir eficiência. Em resumo, a decisão da Aneel representa um avanço institucional no setor de transmissão, garantindo proteção aos consumidores, equilíbrio financeiro das concessões e transparência regulatória. (Broadcast Energia - 07.08.2025)
Aneel estabelece quotas de R$ 513 mi para Reserva Global de Reversão
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu em R$513 milhões o valor total das quotas da Reserva Global de Reversão (RGR) para o período de julho/2025 a junho/2026, a serem pagas por 104 concessionárias de geração e transmissão. Os recursos, que incluem ajustes do exercício anterior, serão arrecadados mensalmente a partir de 15/8 através de boletos emitidos pela CCEE. Criada para financiar indenizações e expansão do sistema elétrico, a RGR teve seu escopo reduzido após a Lei 12.783/2013, sendo agora aplicada principalmente em ativos não amortizados. A cobrança atinge concessionárias licitadas antes de setembro/2012 e aquelas não incluídas no regime de prorrogação. (Aneel - 11.08.2025)
Empresas
Petrobras: Lucro de R$ 26,7 bi no 2º tri 2025
A Petrobras registrou lucro de R$ 26,7 bilhões no 2º trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 2,6 bilhões do mesmo período de 2024. No semestre, o lucro somou R$ 61,9 bilhões, quase o dobro do ano anterior. O Ebitda ajustado foi de R$ 52,3 bilhões no trimestre (+5,1%) e R$ 113,3 bilhões no semestre (+3,2%). A receita de vendas caiu 2,6%, para R$ 119,1 bilhões. A produção de petróleo, gás natural e líquido de gás natural (LGN) atingiu 2,91 milhões bpd (+5%), impulsionada por novos projetos e entrada do FPSO Alexandre de Gusmão. A geração e venda de energia elétrica cresceu fortemente, com receita de R$ 835 milhões no trimestre (+53,8%) e volume de 772 MW médios (+84,7%). Além disso, os investimentos somaram US$ 4,4 bilhões no trimestre e US$ 8,5 bilhões no semestre, alta de mais de 30%, majoritariamente em exploração e produção. E a dívida líquida encerrou em US$ 58,6 bilhões (+26,9%), elevando a alavancagem de 0,95x para 1,53x, influenciada pela alta de 13,4% no dólar. (Agência CanalEnergia - 08.08.2025)
Eletrobras: Projeção de investimentos de até R$ 4,5 bi em transmissão em 2025
A Eletrobras informou que projeta investir entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões em transmissão em 2025, com maior concentração dos aportes para o segundo semestre. Entre abril e junho, foram aplicados R$ 1,1 bilhão, de um total acumulado de R$ 1,9 bilhão no ano, incluindo recursos para o Linhão Manaus–Boa Vista, cuja conclusão está prevista ainda para 2025 após acordo arbitral em julho. Segundo o vice-presidente executivo de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios, Elio Wolff, reforços e melhorias nos ativos existentes geram retornos adequados e resiliência, sendo mais atrativos que operações de M&A. O executivo destacou a trajetória de expansão desde 2022, quando os investimentos somaram R$ 1 bilhão, passando para quase R$ 3 bilhões em 2023 e R$ 3,3 bilhões em 2024. A meta é manter o crescimento também em 2026 e 2027, cujos valores ainda serão definidos. Wolff explicou que a execução mais baixa no 1º trimestre é usual, com recuperação no 2º trimestre e tendência de aceleração no restante do ano. (Agência CanalEnergia - 07.08.2025)
Leilões
Aneel mantém descontos tarifários para hidrelétricas após leilão do GSF
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que as hidrelétricas que tiveram suas outorgas estendidas no leilão de passivos do GSF manterão os descontos nas tarifas de transmissão e distribuição. O mecanismo, que liquidou R$1,1 bilhão em passivos de pequenas hidrelétricas (PCHs e CGHs), permitiu a extensão de concessões por até sete anos para grandes geradoras como Eletrobras, CTG Brasil e Cemig. A decisão, aprovada por maioria dos diretores, estabelece que a prorrogação vale apenas para este leilão específico, sem alterar o regime jurídico das outorgas. A medida impactará a operação do setor hidrelétrico e a formação das tarifas de energia. (Broadcast Energia – 07.08.2025)
Aneel esclarece regras sobre descontos e prazos a vencedores do leilão de débitos do GSF
A Agência Nacional de Energia Elétrica publicou ontem, dia 11 de agosto, despacho com esclarecimentos aos geradores sobre temas relacionados ao leilão de débitos do GSF. O certame foi realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica no dia 01/08, mas havia dúvidas sobre a manutenção dos descontos na tarifa-fio e a extensão das outorgas pelos vencedores do certame. Em síntese, a Aneel estabeleceu a seguinte interpretação, os agentes de geração hidrelétrica que tiverem as outorgas estendidas por meio do mecanismo concorrencial, poderão manter o benefício durante o período de extensão. Além disso, o limite de sete anos aplica-se exclusivamente à extensão de prazo concedido no leilão e a possibilidade de livre disposição da energia durante o período da outorga não implica alteração do regime jurídico. Por fim, sobre o wacc a diretoria da agência formou maioria para limitar a decisão aos pedidos de esclarecimento dos agentes. (Agência CanalEnergia - 11.08.2025)
TCU mantém andamento do leilão do risco hidrológico
O Tribunal de Contas da União (TCU) negou o pedido de suspensão do leilão do risco hidrológico realizado em 1º de agosto, apresentado pelo Ministério Público junto à Corte. O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado solicitava a paralisação dos atos relacionados ao certame até a análise da legalidade da taxa de desconto adotada pelo governo. O relator Jorge Oliveira, no entanto, concluiu que não há risco ao interesse público, destacando que a taxa média de retorno apurada no leilão foi de 7,5%, inferior à usada em 2015 e à sugerida por críticos. A controvérsia gira em torno da metodologia do Ministério de Minas e Energia, que utilizou um WACC de 10,94%, superior ao recomendado pela Aneel, o que, segundo o diretor Fernando Mosna, poderia beneficiar empresas em detrimento dos consumidores. O processo agora segue para análise de mérito pela área técnica do TCU. (Valor Econômico - 12.08.2025)
MME abre prazo para declarações de necessidade de compra para leilões
O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu o prazo para envio de declarações de necessidade de compra de energia elétrica por parte das distribuidoras para os leilões A-1, A-2 e A-3. Os certames estão previstos para 14 de novembro e contratarão energia de empreendimentos existentes. O início de fornecimento será em: 1º de janeiro de 2026 para o leilão A-1, 1º de janeiro de 2027 para o A-2 e 1º de janeiro de 2028 para o Leilão A-3. Em tese, os interessados deverão enviar as informações pelo cite da CCEE até 22 de agosto, conforme a Portaria Normativa MME nº 107/2025. Ademais, podem participar representantes de qualquer fonte de geração. Por fim, somente usuários com permissão de participante podem acessar a interface da CCEE para envio de declarações e consulta de limites. (Agência CanalEnergia - 12.08.2025)
Leilão do GSF movimenta R$ 1,34 bi e avança na abertura do mercado de energia
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) concluiu a liquidação financeira do leilão do GSF, arrecadando R$ 1,34 bilhão para encerrar litígios judiciais com geradoras hidrelétricas. Em troca do pagamento, as concessionárias envolvidas, como Eletrobras e Cemig, terão seus contratos prorrogados. Do total, R$ 793 milhões irão para a liquidação do mercado de curto prazo em setembro, e R$ 551 milhões serão destinados à Conta de Desenvolvimento Energético, financiada por todos os consumidores. O leilão, respaldado pela Medida Provisória 1300/2025, é visto pela CCEE como um marco na remoção de barreiras para a abertura total do mercado livre de energia, possibilitando maior liberdade ao consumidor. (Agência Eixos – 14.08.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
ONS/CCEE/EPE passam a prever crescimento de 1,9% na carga de energia em 2025
O Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revisaram para baixo a previsão de crescimento da carga de eletricidade para este ano em São Paulo. A redução foi de 1,6%, equivalente a 1.329 megawatts médios (MWmed), resultando em uma projeção de expansão de 1,9% em comparação com o ano anterior, totalizando 81.542 MWmed. Essa revisão foi motivada principalmente pela ocorrência de temperaturas mais amenas entre abril e julho, o que diminui a demanda por energia para climatização. Mesmo com a elevação da premissa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2,2% para 2,3% neste ano, devido aos resultados acima do esperado no primeiro trimestre e à resiliência do mercado de trabalho, o setor elétrico viu a necessidade de ajustar suas projeções. Os agentes do setor já esperavam essa redução, conforme indicado pelo Termômetro Broadcast Energia. (Broadcast Energia - 06.08.2025)
ONS/CCEE/EPE preveem que produção de energia em mini e micro usinas cresça 29% em 2025
As autoridades do setor elétrico revisaram para cima a previsão de crescimento da produção de eletricidade proveniente de mini e micro geração distribuída (MMGD) em 2025. A nova estimativa é que esses sistemas de menor porte devem produzir 6.836 megawatts médios (MWmed), um aumento de 29% em relação a 2024. No entanto, a expectativa é de uma desaceleração nos próximos anos, com crescimento previsto de 15% em 2026, 10% em 2027, 8% em 2028 e 7% em 2029. O crescimento médio anual previsto é de 13,9%, atingindo 10.070 GWmed ao fim da década. O aumento da produção em 2025 se deve ao crescimento da base instalada, que atualmente totaliza 41,98 gigawatts (GW) em mais de 3,7 milhões de sistemas de GD. A previsão é que o país encerre o ano com 46 GW e alcance 65 GW em 2029. As instituições destacam fatores positivos para a expansão da MMGD, como a redução de preços de equipamentos em 2024, baixo percentual de adotantes no país, expansão de veículos elétricos e benefícios fiscais. Por outro lado, fatores negativos incluem aumento do Imposto de Importação de módulos fotovoltaicos, volatilidade do dólar, saturação do mercado de alto consumo e aumento das taxas de juros. Questões técnicas setoriais, como alegações de inversão de fluxo por distribuidoras e incertezas pós-2028, também são apontadas como desafios para um crescimento mais intenso. As autoridades mantiveram as premissas que balizam as estimativas sobre MMGD, ressaltando o potencial de expansão do setor, impulsionado por diversos fatores favoráveis e desafiado por obstáculos a serem superados. (Broadcast Energia - 06.08.2025)
ONS reduz previsão para armazenamento de energia nas hidrelétricas ao fim de agosto
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revisou para baixo as previsões de armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas do Brasil para o final de agosto. No Sudeste/Centro-Oeste, onde está a maior parte da capacidade de armazenamento do país, a expectativa é de 58,5%, 0,9 ponto percentual menor que a projeção anterior. Isso se deve à redução nas perspectivas de chuvas, com a Energia Natural Afluente (ENA) estimada em 72% da média histórica. No Sul, a previsão é de 74% de armazenamento, 4,4 pontos percentuais abaixo do esperado, com ENA em 68% da média histórica. No Norte, a previsão é de 89,6% de armazenamento e ENA em 63% da média histórica. Já no Nordeste, a previsão é de 60,8% de armazenamento, com ENA revisada para cima em 48% da média histórica. Essas revisões refletem a preocupação com a disponibilidade hídrica para geração de energia, especialmente em regiões onde a hidroeletricidade é a principal fonte. (Broadcast Energia - 06.08.2025)
ONS/Prais: Resposta da demanda pode crescer facilmente a 1 GW e tornar-se ator importante
Em São Paulo, durante o Fórum Latino-Americano de Smart Grid, o assessor da diretoria de Planejamento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Marcelo Prais, destacou a importância do programa de resposta de demanda como uma ferramenta crucial para lidar com a curva de consumo de energia ao longo do dia. Esse programa permite que consumidores eletrointensivos sejam remunerados para reduzir seu consumo em horários específicos, contribuindo para a flexibilidade necessária no sistema elétrico. Prais mencionou que o programa tem potencial para crescer rapidamente, atingindo 1 gigawatt (GW) de capacidade. Recentemente, o ONS contratou 229 megawatts (MW) no âmbito desse programa, mais que o dobro do contratado anteriormente. Essa contratação foi autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em caráter experimental. O desafio do Operador reside na "rampa" de carga que ocorre ao fim do dia, com a saída da energia solar, estimada em 36 GW e prevista para aumentar para 52 GW até 2029. Atualmente, as usinas hidrelétricas e termelétricas são as principais responsáveis por lidar com essa variação, mas o ONS também considera as baterias como uma opção viável. Este cenário destaca a importância de medidas como o programa de resposta à demanda para garantir a estabilidade e eficiência do sistema elétrico no Brasil. (Broadcast Energia - 06.08.2025)
Uso de energia limpa em residências alcança 71,8% da matriz energética
O brasileiro está cada vez mais valorizando a energia limpa. Segundo o Balanço Energético Nacional (BEN) de 2025, as residências brasileiras alcançaram um índice de renovabilidade de 71,8% em sua matriz energética. De acordo com o relatório, o setor residencial representou quase 80% do consumo da fonte solar, colocando o setor comercial em segundo com 17,4%. Além disso, destacou os avanços significativos por parte do setor industrial. Por fim, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil registrou a marca de 40 GW de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, e o estado de São Paulo lidera o ranking, seguido de Minas Gerais e Paraná. (Agência CanalEnergia - 12.08.2025)
ONS prevê mais térmicas e regras flexíveis para atender ponta no SIN
O atendimento à ponta nos próximos meses precisará de diversos recursos. O SIN precisará de um despacho termelétrico mais intenso, além da flexibilização de regras operativas e garantir o atendimento quando há um aumento na carga. Essa foi uma das recomendações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico ocorrida em Brasília no dia 13 de agosto. Ao mesmo tempo, o colegiado apontou que o atendimento à carga segue em condições favoráveis, mesmo diante de previsões de aumento de demanda para os próximos anos. Além disso, no cenário mais positivo, os resultados apontam para condições de afluência de 87% da MLT, enquanto no pior cenário as condições previstas são de 68% da MLT. Por fim, o CMSE destacou a sanção da Lei nº 15.181, de 28 de julho de 2025, que eleva as penas para crimes contra infraestruturas essenciais, como redes de energia elétrica, telecomunicações e dados, com penas que podem chegar a até 16 anos de reclusão. (Agência CanalEnergia - 14.08.2025)
EPE: Previsão atualizada de investimentos aponta R$ 39,1 bi para expansão da transmissão
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revisou suas previsões de investimento em transmissão para o período até 2036, elevando o valor para R$ 39,1 bilhões. O relatório mais recente, publicado em agosto, considera estudos até maio de 2025 e inclui o leilão previsto para outubro. Segundo a EPE, a maior parte desse valor, R$ 22,4 bilhões (57%), será destinada à construção de novas linhas de transmissão, enquanto R$ 16,7 bilhões (43%) serão investidos em subestações. A expansão da rede de transmissão deve adicionar até 3 mil km de novas linhas até 2036, com um aumento significativo previsto para os anos de 2038 e 2039, quando cerca de 8,4 mil km devem ser adicionados. Ainda de acordo com o relatório, 76% dos investimentos virão de leilões, e os 24% restantes de instalações de caráter autorizativo. A maior parcela dos recursos, R$ 28 bilhões (72%), será voltada para obras que atendem aos mercados regionais, enquanto R$ 11,1 bilhões (28%) serão usados para escoamento de geração e ampliação de interligações. (Agência CanalEnergia - 13.08.2025)
Brasil: MMGD ultrapassa 42 GW de potência instalada
A micro e minigeração distribuída (MMGD) atingiu 42 GW de potência instalada no Brasil, com avanço de 1 GW em apenas 30 dias, segundo dados da ABGD. O país conta agora com 3,74 milhões de unidades geradoras em 5.559 municípios, beneficiando 6,4 milhões de consumidores com créditos energéticos. O segmento residencial lidera (43,1%), seguido por comercial (24,78%) e rural (11,8%). Apesar do ritmo acelerado, a ABGD projeta crescimento de 25% em 2025 - abaixo dos 30% registrados em 2024. As regiões Sudeste, Nordeste e Sul concentram a maior parte da capacidade instalada, reforçando a descentralização da matriz energética brasileira. (Agência CanalEnergia - 11.08.2025)
Consumidores
Liquidação financeira do MCP movimenta R$ 2 bi em junho
A liquidação financeira do MCP (mercado de curto prazo) das operações referentes a junho movimentou R$ 2,1 bilhões de um total de R$ 3,3 bilhões contabilizados. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, R$ 1,09 bilhão está relacionado a liminares do risco hidrológico. Há outros R$ 32,66 milhões que correspondem a parcelamentos. Os demais valores não pagos somam R$ 53,18 milhões. Agentes que possuem decisões judiciais vigentes para não participar do rateio da inadimplência das liminares do GSF perceberam adimplência próxima de 96,9%. Já aqueles amparados por decisões que impõem o pagamento proporcional, verificaram uma adimplência de aproximadamente 57,5%. No entanto, aqueles que não possuem liminares relacionadas ao rateio da inadimplência receberam cerca de 53,3% de seus créditos. (Agência CanalEnergia - 11.08.2025)
BBCE: Volume negociado soma R$ 6,9 bi em julho de 2025
O Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) registrou o segundo melhor mês de julho de sua história, movimentando R$ 6,9 bilhões em negociações. O resultado foi impulsionado pela volatilidade e alta nos preços futuros de energia. O volume total de energia negociada superou 30 mil GWh, um aumento de 2,1% em relação a junho, mas uma queda de 43,1% comparado ao recorde de julho de 2024. Apesar da queda anual, os valores atuais são significativamente maiores do que os de anos anteriores, superando em 155% e 295% os valores de julho de 2022 e 2023, respectivamente. A plataforma também informou que sua segunda liquidação financeira movimentou mais de R$ 142 milhões, e o estoque de derivativos alcançou R$ 3 bilhões em julho. (Agência CanalEnergia - 13.08.2025)
BBCE: Movimentação de mais de R$ 140 mi na segunda liquidação financeira
A BBCE finalizou seu segundo ciclo de liquidação financeira, movimentando R$ 142,2 milhões em 331 contratos, com a participação de nove empresas. Graças ao seu sistema de encontro de contas, apenas R$ 13,2 milhões foram transferidos efetivamente. Esse processo, que utiliza o Bradesco como agente de liquidação, funciona da seguinte forma: após receberem um relatório detalhado, as empresas com valores a pagar fazem um único depósito do saldo líquido no 5º dia útil. Já as que têm valores a receber recebem o crédito no 6º dia útil em uma única transferência para a conta de sua preferência. O segundo ciclo superou o primeiro, que registrou 150 contratos, sete participantes, R$ 52,4 milhões em volume financeiro e R$ 6,8 milhões em transferências reais. (Agência CanalEnergia - 11.08.2025)
CCEE: Divulgação de lista de providências para caso de desligamento de comercializadora
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) estabeleceu diretrizes para proteger os consumidores caso a sua comercializadora de energia seja desligada. Em situações como essa – que, segundo a entidade, são raras – a CCEE notifica imediatamente os clientes e suspende a exigência a exigência de cumprimento de prazos para transição entre fornecedores, mirando assegurar ao máximo possível o abastecimento ininterrupto de energia. Os consumidores, diante de um episódio do tipo, têm três alternativas: fechar contrato com outro agente varejista habilitado, aderir diretamente à CCEE, se cumprirem os requisitos, ou retornar provisoriamente ao mercado regulado. E como medida preventiva, a CCEE recomenda que os consumidores verifiquem se a empresa está devidanebte habilitada, avaliem sua reputação e saúde financeira por meio dos boletins de Segurança do Mercado e mantenham seus cadastros atualizados. (Agência CanalEnergia - 13.08.2025)
Biblioteca Virtual
Artigo GESEL "O papel dos sistemas de armazenamento na transição energética"
Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) e Igor Barreto Julião (pesquisador associado do GESEL-UFRJ) destacam a necessidade urgente de substituir progressivamente fontes fósseis por alternativas renováveis para combater as mudanças climáticas e atender à crescente demanda por energia. Embora tecnologias como a solar e a eólica tenham avançado rapidamente, sua característica intermitente cria desafios de “despachabilidade”, dificultando o equilíbrio entre oferta e demanda. Nesse contexto, os sistemas de armazenamento de energia surgem como solução estratégica, utilizando tecnologias eletroquímicas (como baterias de íon-lítio, chumbo-ácido, íon-sódio e fluxo redox), mecânicas (como usinas hidrelétricas reversíveis) e térmicas, além de combinações híbridas com supercapacitores e volantes de inércia. Esses sistemas ampliam a estabilidade da rede, permitem o aproveitamento de excedentes e oferecem resposta rápida, apesar de exigirem altos investimentos iniciais. Por fim, reforçam que o armazenamento é o elo vital para tornar a geração renovável estável, confiável e despachável, acelerando a descarbonização e fortalecendo a resiliência dos sistemas elétricos no Brasil e no mundo. Acesse o texto na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 13.08.2025)
Artigo GESEL: "A crescente importância do armazenamento de energia"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Sidnei Martini (professor da USP e pesquisador associado do GESEL-UFRJ) e Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) tratam da evolução e dos desafios do sistema elétrico brasileiro diante das transformações tecnológicas e da transição para fontes renováveis, como solar e eólica, que apesar de sustentáveis têm geração intermitente. Eles explicam como a operação do Sistema Interligado Nacional, tradicionalmente unidirecional, se tornou mais complexa com o crescimento da micro e minigeração distribuída, exigindo adaptações nas redes de distribuição e aumentando a dificuldade de equilibrar oferta e demanda. O artigo destaca o problema do curtailment — desligamento de geração para evitar sobrecarga — agravado pelo excesso de oferta impulsionado por subsídios, e aponta o armazenamento de energia, via baterias e usinas hidrelétricas reversíveis, como solução técnica e estrutural. Por fim, enfatizam a necessidade de estudos de cenários e de um arcabouço regulatório que garanta segurança jurídica para esses investimentos, essenciais para a sustentabilidade e equilíbrio financeiro do setor elétrico. Acesse o texto na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 12.08.2025)
Artigo de Joisa Dutra: "O mito da modicidade tarifária"
Em artigo publicado pela Folha de São Paulo, Joisa Dutra (Diretora do FGV-Ceri) trata das contradições e desafios nos setores de energia e saneamento, destacando que, embora se busque acesso universal, tarifas acessíveis, resiliência climática, previsibilidade regulatória e retorno aos investidores, esses objetivos não podem ser alcançados simultaneamente sem reformas profundas e escolhas difíceis. Ela cita um relatório recente do Reino Unido que propõe uma revisão estrutural completa, incluindo a extinção do regulador atual, para superar a deterioração dos serviços e a falta de investimentos. Dutra ressalta que o modelo britânico inspirou reformas no Brasil, mas que aqui falta uma política integrada e clara, com regulação econômica previsível e autonomia institucional, enquanto a insistência em tarifas artificialmente baixas e subsídios distorce o sistema, atrapalha investimentos e compromete a sustentabilidade. Por fim, enfatiza que, para viabilizar os trilhões necessários à infraestrutura moderna e resiliente, é preciso abandonar a ilusão da tarifa baixa como fim absoluto e assumir os custos reais da transformação. (GESEL-IE-UFRJ – 11.08.2025)
Artigo de Clarissa Lins: "Por que falar em contabilidade de carbono"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Clarissa Lins (sócia fundadadora da Catavento Consultoria) trata da importância da mensuração precisa e padronizada das emissões de gases de efeito estufa (GEE) como base essencial para a construção de uma economia de baixo carbono. Ela destaca que, apesar de existirem diversas metodologias adotadas por países e empresas, a falta de harmonização global dificulta a comparação de dados, gera inconsistências e eleva custos, especialmente para empresas de países em desenvolvimento. Lins ressalta que a contabilidade de carbono confiável é fundamental para políticas públicas robustas, investimentos em tecnologias sustentáveis e o desenvolvimento de mercados que valorizem produtos de baixa emissão. Aponta ainda iniciativas internacionais, como as lideradas pelo G7, G20 e Climate Club, que buscam aprimorar padrões e incentivar a descarbonização, e enfatiza que a COP30 representa uma oportunidade para avançar em compromissos globais que fortaleçam a integridade e a credibilidade da contabilidade de carbono, promovendo um sistema transparente e eficiente para impulsionar a transição climática. (GESEL-IE-UFRJ – 11.08.2025)
Artigo de Sidney Klajner: "Saúde no centro dos debates da COP30"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Sidney Klajner (presidente do Einstein Hospital Israelita) trata da importância de colocar a saúde no centro das discussões sobre a crise climática, especialmente na COP30, que será a primeira realizada na região amazônica. Ele destaca que, embora temas como descarbonização e proteção ambiental sejam cruciais, o impacto direto das mudanças climáticas na saúde humana tem sido pouco abordado, apesar dos esforços recentes da OMS e avanços simbólicos na COP28. Klajner aponta os graves riscos já evidentes no Brasil, como o aumento de doenças, desastres climáticos e vulnerabilidade das populações periféricas, exemplificados pela situação crítica em Belém, onde o aumento da temperatura, alagamentos e elevação do nível do mar ameaçam milhões. Para ele, a COP30 é uma oportunidade histórica para transformar a saúde em eixo estruturante das soluções climáticas, com compromissos concretos em financiamento, infraestrutura resiliente e proteção das comunidades mais vulneráveis, afirmando que justiça social e justiça climática são indissociáveis e que a omissão pode custar caro em vidas e recursos. (GESEL-IE-UFRJ – 11.08.2025)
Artigo de Edvaldo Santana: "Deslize elétrico de R$ 200 bilhões"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edvaldo Santana (ex-diretor da Aneel) trata da comparação entre o colapso ambiental da Ilha de Páscoa, causado por decisões insustentáveis dos seus habitantes, e os erros crônicos do setor elétrico brasileiro (SEB), que persiste em políticas equivocadas e modelos ultrapassados. Ele destaca a aplicação inadequada de séries estatísticas estacionárias para estimar vazões de hidrelétricas, que subestimam a escassez hídrica atual, gerando distorções de preços e subsídios injustos entre consumidores. Santana critica medidas recentes, como a Medida Provisória 1307, que criam reservas de mercado e aumentam desperdícios energéticos, e aponta que esses erros são fruto tanto do viés conservador quanto de acordos espúrios no setor. Por fim, relaciona essas falhas ao equívoco da escolha de Belém para sediar a COP30, prevendo um evento destinado ao fracasso. (GESEL-IE-UFRJ – 12.08.2025)
Artigo de Daniel Araujo Carneiro: “Resiliência Energética Global: Onde o Brasil se Encaixa e o Desafio de Manter a Força da Água”
Em artigo publicado na Agência CanalEnergia, Daniel Araujo Carneiro (diretor da DAC Energia) examina a diversidade da matriz elétrica brasileira, com ênfase na dependência de recursos hídricos para geração de energia no Brasil. Ele cita um estudo da TRG Datacenters que avaliou a resiliência energética de 79 países, criando o Índice de Independência e Resiliência Energética. O ranking considerou principalmente a geração hidrelétrica, a participação de energia alternativa e nuclear e o baixo uso de combustíveis fósseis. Islândia, Noruega, Suíça e Suécia lideram a lista, e o Brasil aparece em sexto lugar, com 60,2% da eletricidade vinda de hidrelétricas, com destaque para a contribuição de pequenas centrais. Constata-se, todavia, que, nos últimos anos, o país tem enfrentado crises hídricas severas, com reservatórios atingindo níveis historicamente baixos. “Esse cenário levanta uma preocupação importante: à medida que a fonte hidrelétrica se torna menos previsível em períodos de estiagem prolongada, a resiliência do sistema elétrico pode ficar comprometida”, ressalta o autor. Diante disso, é ponderada a necessidade de diversificação da matriz nacional, com investimentos em solar, eólica, biomassa e armazenamento de energia. O autor conclui, por fim, que a modernização e integração de fontes renováveis são essenciais para que o país mantenha sua posição de destaque e fortaleça sua segurança energética frente a desafios climáticos e operacionais. (GESEL-IE-UFRJ – 12.08.2025)
Artigo de Raphael Ruffato: “Energia limpa sem acesso é só discurso”
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Raphael Ruffato (fundador e CEO da Lead Energy) trata do avanço das fontes limpas no Brasil, e como esse movimento possui uma dualidade entre grande potencial ofertante e elitização da demanda. Segundo o autor, “o consumidor brasileiro, especialmente o de baixa tensão, como residências e pequenos negócios, continua refém de um modelo em que não há liberdade de escolha, nem incentivo ao consumo consciente e sustentável. A energia limpa, que deveria ser o padrão, muitas vezes se apresenta como uma opção de nicho, cara ou inacessível.” Por fim, ele conclui que “o aumento do consumo de fontes renováveis não virá das grandes concessionárias ou do governo, mas de novas iniciativas, como a de startups, que coloquem o consumidor no centro da discussão. Mais do que pagar menos pela energia, a população precisa entender pelo que está pagando e ter o direito de escolher a melhor opção para suas necessidades”. (GESEL-IE-UFRJ – 14.08.2025)
Artigo de Edlayan Passos e Luisa Bianchet: "Brasil e China, corrida na transição"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edlayan Passos (especialista em energia) e Luisa Bianchet (analista de Relações Institucionais do Instituto E+ Transição Energética) tratam da iminente superação pela China da alta pegada de carbono de sua produção industrial, graças a um programa governamental que estabelece metas de uso de energia renovável em setores-chave, alinhado à meta chinesa de emissões líquidas zero até 2060. Essa transformação pode limitar a oportunidade do Brasil de se tornar um hub global de manufatura verde, a menos que o país implemente rapidamente uma política pública integrada que conecte os setores elétrico, industrial e ambiental para viabilizar investimentos em energia limpa e inovação industrial. Ao mesmo tempo, a crescente demanda chinesa por energia renovável pode favorecer o Brasil por meio da realocação de etapas industriais estratégicas, como a produção de silício metálico para painéis solares, o que agregaria valor à indústria nacional e contribuiria para a descarbonização global. O desafio principal é o custo elevado, mas políticas conjuntas de financiamento e incentivos podem ajudar a superar essa barreira, transformando a transição energética em uma oportunidade colaborativa entre Brasil, China e mercados globais de baixo carbono. (GESEL-IE-UFRJ – 15.08.2025)