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IFE
23/06/2025

IECC 329

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Astrid Yanet Aguilera Cazalbón e Rubens Rosental
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
23/06/2025

IFE nº 329

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Astrid Yanet Aguilera Cazalbón e Rubens Rosental
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IECC 329

Marco Institucional

Curso GESEL “Dinâmica e Características Técnicas dos Sistemas de Armazenamento de Energia no Contexto da Transição Energética”

O GESEL realizará o curso “Dinâmica e Características Técnicas dos Sistemas de Armazenamento de Energia no Contexto da Transição Energética”, que tem como objetivo apresentar os fundamentos técnicos, operacionais e econômicos dos sistemas de armazenamento de energia (SAE), destacando seu papel estratégico na transição energética. Serão abordadas as principais tecnologias de armazenamento, suas aplicações no SIN, aspectos regulatórios e de mercado, bem como metodologias de modelagem elétrica e energética e análise de viabilidade econômica para projetos com baterias (BESS). Início do curso em 24 de junho. Serão 8 aulas de 2 horas cada, às segundas e quartas-feiras, das 19h às 21h. O programa abrange os seguintes tópicos: 1. Transição energética e o papel estratégico do armazenamento de energia; 2. Aplicações dos sistemas de armazenamento; 3. Tecnologias de armazenamento; 4. Mercado, regulação e políticas públicas; 5. Operação de BESS no SIN; 6. Modelagem dinâmica de sistemas de armazenamento de energia com foco em BESS; 7. Análise de modelos de negócio (parte 1); 8. Análise de modelos de negócio (parte 2). Inscreva-se já: https://forms.gle/EjdRTNg5N9aD5WLN7 (GESEL-IE-UFRJ – 30.05.2025)

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Curso EAD de Pós-Graduação Lato Sensu 2025 – Especialização: “Regulação do Setor Elétrico”

O curso destina-se a profissionais do setor elétrico e membros dos Conselhos de Consumidores das distribuidoras de energia, representando uma excelente oportunidade para aprofundar conhecimentos sobre as transformações em curso no mercado energético, especialmente aquelas decorrentes da transição energética. Coordenado pelo Professor Nivalde de Castro, coordenador-geral do GESEL, o programa é oferecido na modalidade 100% online, com aulas ministradas duas vezes por semana no período noturno. A estrutura acadêmica é organizada em disciplinas dinâmicas, cada uma com duração de um mês, seguidas de três meses dedicados à elaboração da dissertação final com orientação individual personalizada. Ao final do curso, os participantes recebem certificado de Pós-Graduação oficialmente reconhecido pelo Instituto de Economia da UFRJ. Faça sua inscrição aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 04.06.2025)

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Webinar GESEL “A Inteligência Artificial no Setor Elétrico Brasileiro”

No dia 2 de julho, das 10h às 12h, o GESEL realizará o webinar “A Inteligência Artificial no Setor Elétrico Brasileiro”. O objetivo do evento é debater, com especialistas altamente qualificados, as perspectivas e os desafios do uso dessa tecnologia disruptiva no Sistema Elétrico Brasileiro (SEB), destacando seu potencial para transformar as áreas de geração, transmissão, distribuição e comercialização, bem como a operação, regulação e planejamento nos próximos anos. Save the date e inscreva-se aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 21.05.2025)

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Congresso derruba vetos de Lula e amplia subsídios para energia eólica offshore

O Congresso Nacional derrubou vetos do presidente Lula a trechos da lei que cria o marco legal das eólicas offshore, incluindo dispositivos que ampliam subsídios e obrigações de contratação de energia, como a prorrogação de contratos do Proinfa, com impacto estimado de R$ 164 bilhões aos consumidores até 2050, segundo a consultoria PSR. A decisão, articulada por Davi Alcolumbre e vista como um recado ao ministro Alexandre Silveira, inclui medidas que o governo considerava "jabutis", por não estarem diretamente ligadas ao tema principal da lei. Apesar da derrubada dos vetos, seguem válidas as regras centrais que regulamentam a exploração da energia eólica no mar. Na mesma sessão, o Congresso também derrubou o veto presidencial ao pagamento vitalício de pensão a famílias de crianças com microcefalia causadas pelo zika vírus, revertendo a proposta de indenização única de R$ 60 mil e garantindo um benefício mensal às famílias beneficiárias do BPC. (Valor Econômico - 17.06.2025)

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FNCE ameaça acionar STF contra vetos derrubados no marco das eólicas offshore

A decisão do Congresso Nacional de derrubar vetos presidenciais a dispositivos alheios ao marco legal das eólicas offshore — os chamados “jabutis” — gerou forte reação da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), que considera acionar o STF por possível inconstitucionalidade. A medida restabelece obrigações como a prorrogação de contratos do Proinfa, a contratação compulsória de 4,9 GW em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e 250 MW em hidrogênio verde, resultando, segundo a FNCE, em um custo estimado de R$ 197 bilhões aos consumidores em 25 anos, com impacto de até 3,5% na conta de luz. A entidade critica a condução legislativa, alegando falta de base técnica e participação da sociedade civil, e alerta que essas medidas podem agravar a sobreoferta de energia, intensificar os cortes em geração eólica e solar (curtailment) e comprometer a expansão das fontes renováveis no país. (Valor Econômico - 17.06.2025)

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Veja os principais temas em emendas na MP sobre a reforma do setor elétrico

A Medida Provisória em discussão no Congresso sobre a reforma do setor elétrico tem sido alvo de intensas alterações, com mais de 600 emendas até o momento. Diversos interesses setoriais estão sendo incluídos no texto, abrangendo temas como cortes de geração renovável, armazenamento de energia e a abertura do mercado livre aos consumidores residenciais, cujo início está previsto para 1º de agosto de 2026. As distribuidoras solicitam mais tempo para se adaptar. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mencionou a possibilidade de aprimoramentos no texto, destacando a importância de manter propostas fundamentais, como a nova tarifa social. Em relação aos cortes de geração, há debates sobre ampliar o ressarcimento aos geradores afetados, mesmo com a posição da Aneel contrária a mudanças. Questões de confiabilidade elétrica e razão energética têm motivado as interrupções, demandadas pelo ONS. Emendas visam regulamentar o armazenamento de energia, sem subsídios previstos, e promover a geração térmica a gás em data centers, além de abordar a geração distribuída e a autoprodução. A micro e minigeração distribuída também são temas em destaque, com propostas que visam impactar as concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica. Estas medidas buscam trazer mais clareza e segurança jurídica ao setor elétrico, em meio a um cenário de intensas transformações e debates no Congresso. (Broadcast Energia - 12.06.2025)

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MP 1.300 enfrenta emendas e preocupações com impactos ao consumidor

A Medida Provisória 1.300, que propõe uma ampla reforma do setor elétrico, iniciou sua tramitação no Congresso com quase 600 emendas apresentadas, gerando preocupação no mercado sobre possíveis "jabutis" e aumento de custos para o consumidor. A MP se apoia em três pilares: ampliação da tarifa social de energia, abertura do mercado livre para consumidores de baixa tensão e a redução de subsídios, especialmente os destinados a fontes renováveis via descontos na Tusd/Tust. Também estabelece restrições à autoprodução de energia por grandes consumidores, visando evitar abusos no modelo. O ambiente político e as articulações envolvendo vetos presidenciais a projetos relacionados às eólicas offshore, além da possibilidade de uso político da MP, geram incertezas quanto ao seu desfecho. A escolha do deputado Fernando Coelho Filho como relator foi vista com otimismo por parte do setor, mas há o risco de a MP caducar se não for votada em tempo. (Valor Econômico - 16.06.2025)

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MP 1.300 propõe justiça tarifária, mas gera reação da indústria e debate no Congresso

A Medida Provisória nº 1.300/2025, proposta pelo governo federal, visa modernizar o setor elétrico ao promover justiça tarifária e ampliar a Tarifa Social, realocando R$ 3,6 bilhões da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para beneficiar 21 milhões de famílias de baixa renda. No entanto, a retirada de subsídios da indústria, especialmente o fim gradual do “desconto no fio” para novos contratos de energia incentivada, gerou forte reação do setor produtivo, que teme aumento de custos e perda de competitividade. A medida provocou insegurança jurídica e risco regulatório, com grandes empresas alertando para prejuízos bilionários e possível judicialização. Apesar do reconhecimento de distorções causadas pelos subsídios atuais, o governo enfrenta dificuldades políticas para equilibrar os interesses da indústria, das fontes renováveis e dos pequenos consumidores, e já sinalizou abertura para negociar um período de transição. A MP recebeu quase 600 emendas no Congresso e ainda pode ser alterada antes de perder a validade em setembro. (Valor Econômico - 18.06.2025)

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Governo aposta na MP 1.300 para impulsionar transição energética e reduzir tarifas

O secretário executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia, Fernando Colli, defendeu que as ações tomadas pelo governo na MP 1.300, publicada em 21 de maio, trará com seus três eixos, as bases para que o país promova a transição energética justa e inclusiva, que foi o tema do Enase 2025. Os efeitos que são esperados como a redução da inadimplência e redução de custos operacionais para as distribuidoras, e consequentemente, seu efeito sobre a tarifa é uma das contribuições que o setor elétrico pode dar no âmbito da COP 30, que ocorre em novembro, em Belém. Em sua participação na abertura do evento deste ano, Colli detalhou as motivações do governo que levaram aos três eixos da MP 1300 e suas políticas públicas. Ele argumentou entre os pontos que não faz sentido, por exemplo, subsídios da tarifa fio por classe de tensão. Mas que o governo apresentou períodos de transição que darão tempo para que haja a mudança gradual com segurança regulatória adotada de forma cuidadosa. (Agência CanalEnergia - 13.06.2025)

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MP 1.300/2025 marca nova era no setor elétrico e fortalece papel da CCEE

A assinatura da Medida Provisória nº 1.300/2025 marca um avanço histórico na modernização do setor elétrico brasileiro. O dispositivo amplia o acesso ao mercado livre de energia para todos os consumidores de baixa tensão, propõe uma solução definitiva para o impasse do GSF (Generation Scaling Factor), reequilibra custos e encargos e amplia as atribuições da atual Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que passará a se chamar Câmara de Comercialização de Energia. Segundo o presidente do Conselho da CCEE, Alexandre Ramos, a entidade terá papel central neste novo cenário, sendo responsável por garantir a integridade, transparência e estabilidade do mercado. Ele destaca que a CCEE está pronta para receber os novos consumidores e ampliar a atuação na certificação energética, oferecendo uma migração segura e eficiente, além de iniciar estudos para gerir garantias contratuais de forma voluntária, mirando agregar liquidez ao ambiente livre. (CCEE – 13.06.2025)

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EPE: Acordo com o BBCE para utilização da curva forward em estudos do setor elétrico

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) assinaram um acordo para o uso da BBCE Curva Forward – referência de preços calculada diariamente - em estudos da EPE. Segundo o presidente da EPE, Thiago Prado, o acordo permitirá acesso a dados fundamentais para análises futuras de preço, mercado e comportamento do consumidor. Camila Batich, diretora-presidente da BBCE, por sua vez, ponderou que o acordo demonstra a solidez da referência de preços da companhia. (Agência CanalEnergia - 12.06.2025)

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GESEL promove webinar sobre renovação das concessões de transmissão

Nesta sexta-feira, 27 de junho, das 10h às 12h, o GESEL realizará o webinar “Renovação das Concessões de Transmissão: Desafios e Escolhas para o Futuro do Setor”, que discutirá aspectos regulatórios e estratégicos da prorrogação das concessões no Brasil. A coordenação será do Professor Nivalde de Castro, coordenador-geral do GESEL/UFRJ. A apresentação ficará a cargo de Claudio Domingorena (ISA Energia), com foco nos desafios regulatórios, jurídicos e econômicos envolvidos. O debate contará com a participação de Nelson Hubner (ENBPar), Isabela Vieira (MME), Esdras Jamil (TCU), Rafael Janiques (Escritório ASBZ) e Bruno Pascon (CBIE Advisory). O evento reunirá agentes, reguladores e especialistas para discutir caminhos que fortaleçam a segurança jurídica e a transição energética no país. Inscreva-se já: https://forms.gle/UHoBFVeDDvWgHArs6 (GESEL-IE-UFRJ – 09.06.2025)

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Regulação

Furtos de energia custaram R$ 10,3 bi em 2024, com impacto direto nas tarifas

A Aneel revelou que os furtos de energia ("gatos") geraram prejuízos de R$ 10,3 bilhões em 2024, sendo as 10 maiores distribuidoras responsáveis por 74% dessas perdas não-técnicas. Light (RJ) e Amazonas Energia (AM) lideram o ranking, com 34,1% das perdas. Além disso, as perdas técnicas (inerentes ao sistema) somaram R$ 11,2 bilhões no mesmo período, com destaque para Equatorial Pará, CEA Equatorial e Energisa Tocantins. Esses custos são repassados aos consumidores via tarifas. A Aneel monitora os índices e aplica incentivos regulatórios para redução progressiva desses prejuízos. (Broadcast Energia - 16.06.2025)

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Aneel enfrenta redução de verba mesmo com alta arrecadação e demanda reguladora

Apesar de ter sido reconhecida pela OCDE por suas boas práticas de governança, especialmente em autonomia de gestão e responsabilidade, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) enfrenta um corte de 25% em seu orçamento para 2025, totalizando R$ 38,6 milhões a menos, o que compromete atividades essenciais como fiscalização e atendimento. O diretor-geral Sandoval Feitosa lamenta que o congelamento ofusque o reconhecimento internacional e destaca que, embora a arrecadação da agência tenha quase dobrado entre 2016 e 2024 — passando de R$ 4,1 bilhões para R$ 7,5 bilhões —, a Aneel opera com um quadro de servidores reduzido e maior demanda regulatória, impulsionada pela expansão do setor elétrico, especialmente com o crescimento das fontes eólica, solar e da geração distribuída, que aumentou de 5,7 mil para 5,3 milhões de beneficiados em nove anos. (Valor Econômico - 16.06.2025)

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Aneel: Reunião da diretoria discute revisões tarifárias e consultas públicas

A diretoria da Aneel irá analisar, em reunião da diretoria nesta terça-feira (17/06), assuntos relacionados consultas públicas e recursos administrativos. No âmbito das revisões tarifárias serão analisados os processos referentes aos reajustes tarifários anuais da Light Serviços de Eletricidade S.A., com vigência a partir de 15 de março de 2025, e da Copel Distribuição S.A. – Copel-DIS, com vigência a partir de 24 de junho de 2025. Ambos os processos estão sob a responsabilidade da Superintendência de Gestão Tarifária e Regulação Econômica (STR) e contam com relatorias dos diretores Fernando Mosna e Agnes da Costa, respectivamente. No âmbito das consultas públicas serão discutidos os resultados das Consultas Públicas nº 16/2025 e nº 17/2025, voltadas à revisão da RAP de contratos de concessão de transmissão de energia elétrica. As revisões abrangem contratos decorrentes da desverticalização promovida pela Lei nº 10.848/2004 e empreendimentos licitados com data de revisão prevista para julho de 2025. Os processos estão sob relatoria da diretora Ludimila da Silva e Fernando Mosna, respectivamente. (Aneel - 16.06.2025)

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Aneel aprova ONEE 2025 com meta de 500 mil alunos e premiação nacional

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a proposta da RGE Sul para a Olimpíada Nacional de Eficiência Energética (ONEE) 2025, que envolverá 500 mil estudantes do 8º e 9º anos, 25 mil professores e 8 mil escolas em todo o país. Com orçamento de R$6,36 milhões do PEE, a iniciativa usa metodologias inovadoras, como gamificação e Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL), alinhadas à BNCC. Professores receberão formação EaD de 40 horas. Os melhores alunos de cada estado ganharão notebooks, e os 27 finalistas disputarão o título nacional em evento presencial em Brasília, em novembro. A execução é liderada pelo Instituto ABRADEE, com apoio de especialistas em educação e comunicação. (Agência CanalEnergia - 13.06.2025)

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Empresas

Petrobras contesta ação popular sobre permanência de executivo em comitê

A Petrobras recebeu uma ação societária questionando a manutenção de Arthur Cerqueira Valério no Comitê de Pessoas da empresa, incluindo a continuidade de sua remuneração. A petroleira considerou a demanda "improcedente" e manteve sua posição, gerando debates sobre governança corporativa. O caso, que envolve questões administrativas e de transparência, ocorre em meio ao constante escrutínio sobre as decisões da estatal. Acompanhado por investidores e mercado, o desfecho poderá impactar a percepção sobre a gestão da companhia. (Broadcast Energia - 16.06.2025)

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Eletrobras avança após privatização, mas ações ainda não refletem progresso

Três anos após sua privatização, a Eletrobras mostra avanços operacionais relevantes, como redução de custos, passivos e número de funcionários, além de aumento dos investimentos e acordo com o governo para encerrar disputas. No entanto, esses progressos ainda não se refletiram na valorização das ações, que seguem abaixo do preço esperado no processo de capitalização. Analistas apontam fatores como a sobreoferta de energia, cenário macroeconômico adverso, riscos políticos e interferência do governo — especialmente após a Ação Direta de Inconstitucionalidade sobre o limite de voto — como entraves ao pleno destravamento do valor da companhia. A liberação gradual da energia para o mercado livre, prevista para concluir em 2027, continua sendo um dos principais trunfos, embora impactada por mudanças no setor, como o crescimento da geração solar e a pressão sobre os preços do MWh. Ainda assim, há sinais de melhora no cenário energético e perspectiva neutra no rating, o que pode favorecer a tese de valorização no longo prazo. (Agência Eixos - 16.06.2025)

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Leilões

Leilão de gás natural da União pode ser adiado para o 1º tri 2026

O primeiro leilão de gás natural da União, organizado pela Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), previsto inicialmente para o fim de 2025, pode ser adiado para o primeiro trimestre de 2026, conforme anunciou o presidente da estatal, Luis Fernando Paroli, durante o seminário “Gás para Empregar”. O leilão, que visa dinamizar o mercado nacional com uma oferta inicial de 300 mil metros cúbicos diários em 2025 e expansão para 3 milhões em 2026, enfrenta desafios devido aos altos custos de acesso à infraestrutura da Petrobras, que hoje detém o controle da maior parte do escoamento e processamento do gás, influenciando os preços finais. A PPSA negocia alternativas para reduzir esses custos e aumentar a competitividade do gás, buscando atrair novos consumidores industriais e contribuir para a transição energética, com a expectativa de que o preço do gás para a indústria possa cair para cerca de US$ 7 a US$ 8 por milhão de BTUs, bem abaixo do atual patamar entre US$ 13 e US$ 16. (Valor Econômico - 16.06.2025)

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CCEE quer usar MP 1300 para zerar passivo de R$ 1,1 bi do GSF com leilão até agosto

A Câmara de Comercialização e Energia, que ainda ostenta a sigla CCEE, pretende aproveitar a vigência da MP 1300 para realizar o procedimento concorrencial para eliminar o passivo de R$ 1,1 bilhão de liminares do GSF. Essa intenção foi revelada pelo presidente do Conselho de Administração da entidade, Alexandre Ramos, durante a abertura do Enase 2025. O executivo explicou que o cronograma deverá estar completo até agosto, mas ainda depende de uma portaria do MME para operacionalizar esse leilão. Além disso, Ramos explica e aborda como dará o operacional e os aspectos relacionados a MP sobre o futuro da entidade. (Agência CanalEnergia - 13.06.2025)

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Presidente da Abraget atenta sobre confiabilidade do sistema elétrico brasileiro

A confiabilidade do sistema elétrico brasileiro será comprometida caso o Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) não ocorra ainda este ano. Esse é o alerta feito pelo presidente da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget), Xisto Vieira Filho, que participou do Enase 2025, realizado no dia 12 de junho. Previsto inicialmente para o primeiro semestre, o LRCAP foi cancelado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e segue sem nova data definida. Para Vieira, esse atraso coloca em risco a estabilidade do Sistema interligado Nacional (SIN), especialmente diante do encerramento dos contratos de várias usinas termelétricas. Por fim, o presidente destaca o caráter de segurança elétrica das usinas termelétricas, mediante a redução da potência das outras energias. (Agência CanalEnergia - 12.06.2025)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

Carga de junho continua a desacelerar com queda no SE/CO

A expansão da carga em junho segue em desaceleração. A previsão divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico é de que o crescimento fique em 0,6% neste mês. No início das projeções para o período, a expectativa era de alta de 2,1%. O Sudeste/Centro-Oeste é quem tem direcionado esse arrefecimento com nova estimativa de redução de consumo em 2,1%. Nos demais submercados são esperadas altas, sendo de 2,2% no Sul, 5% no Nordeste e de 5,7% no Norte. Pelo lado das projeções de energia natural afluente para o fechamento de junho, o ONS calcula que os volumes no SE/CO deverão ser equivalentes a 80% da média de longo termo. No Sul está em 90%, no NE em 39% e no Norte em 60% da média histórica. (Agência CanalEnergia - 13.06.2025)

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MME: Custo-benefício para absorver curtailment deve sair em 2025

No painel do Enase dedicado a debater a necessidade de alterações e maior integração entre o planejamento de expansão das renováveis com o sistema de transmissão, a crise dos cortes de geração, os impactos cada vez maiores com as mudanças climáticas e o desafio de incorporar essa nova realidade aos ativos de infraestrutura no processo inédito de licitação de concessões ecoaram como os assuntos principais. Entre as novidades, o diretor do Departamento de Planejamento e Outorgas de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Interligações Internacionais do Ministério de Minas e Energia, Guilherme Zanetti, destaca que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) deve entregar nesse ano a metodologia para precificar o custo-benefício de investimentos que podem ajudar a absorvergeração frustrada de energia no setor elétrico, um dos principais temas do momento, assim como aMP 1300. (Agência CanalEnergia - 13.06.2025)

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Perdas de energia somaram R$ 21,5 bi em 2024, aponta Aneel

As perdas totais de energia no Brasil ao longo de 2024 somaram R$ 21,5 bilhões. Desse valor, R$ 11,2 bilhões são de perdas técnicas e a parcela de R$ 10,3 bilhões representam as perdas comerciais, conhecidas também como perdas não técnicas ou gatos. Os dados constam do relatório anual que a Agência Nacional de Energia Elétrica divulgou nesta sexta-feira, 13 de junho. A maior participação entre as distribuidoras está na Light, do Rio de Janeiro, que representa quase 22% do volume de perdas comerciais da baixa tensão no país. Em seguida vem a Amazonas Energia com pouco mais de 12% e em terceiro a Enel SP com pouco mais de 7%. No geral, as 10 distribuidoras com maiores montantes de perdas em 2024 respondem por 74% das perdas não técnicas do Brasil. A Aneel lembra que as perdas não técnicas têm origem principalmente nos furtos (ligação clandestina, desvio direto da rede), fraudes (adulterações no medidor ou desvios), erros de leitura, medição e faturamento. Esses volumes estão associados à gestão da concessionária e às características socioeconômicas das áreas de concessão. Acesse o relatório aqui. (Agência CanalEnergia - 13.06.2025)

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MME autoriza importação de energia do Paraguai por empresa brasileira

O Ministério de Minas e Energia (MME) autorizou a empresa Zest Energia a importar energia elétrica do Paraguai para o mercado livre brasileiro utilizando a infraestrutura da hidrelétrica Itaipu Binacional, conforme a Portaria nº 2.959 publicada no Diário Oficial da União. A importação será feita por meio da Subestação Margem Direita, sob autorização prévia para uso das instalações de transmissão, e deve respeitar critérios de segurança do Sistema Interligado Nacional (SIN), podendo ser revogada se houver descumprimento ou interesse público. O leilão que viabilizou essa importação, realizado em julho de 2024, gerou dúvidas técnicas sobre a possibilidade física de fluxo de energia paraguaia ao SIN, já que a única energia do Paraguai disponível é a da Itaipu, cuja produção está totalmente contratada. Para viabilizar essa operação, seria necessária a alteração do Tratado de Itaipu, especialmente no “Anexo C”, que regula as condições financeiras e comerciais da usina. (Valor Econômico - 16.06.2025)

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Inovação e Tecnologia

Múltiplas rotas para o hidrogênio de baixo carbono ampliam viabilidade econômica

A adoção de múltiplas rotas tecnológicas para produção de hidrogênio de baixo carbono — como o verde, azul, turquesa e rosa — e sua mistura (blend) pode ampliar a viabilidade econômica e operacional da nova economia do hidrogênio, segundo a Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2). Essa estratégia permite ganhos de escala, redução de riscos tecnológicos, uso eficiente das vocações regionais e maior competitividade de custos. O Brasil, por exemplo, pode se beneficiar de fontes como etanol, biomassa e energia renovável, enquanto países com gás barato e infraestrutura de CCS favorecem o hidrogênio azul. A combinação dessas rotas também viabiliza infraestrutura compartilhada e incentiva a demanda industrial. Para garantir a integridade ambiental, é essencial um sistema robusto de certificação e rastreamento de emissões, que possibilite a aceitação internacional do blend com base na intensidade de carbono, e não apenas na origem do hidrogênio. (Agência Eixos - 15.06.2025)

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Consumidores

LUZ/Mota: Mercado livre é uma alavanca de competitividade

Com a popularização dos veículos eletrificados e o aumento da demanda por soluções sustentáveis, o mercado livre de energia tem se consolidado como uma alternativa estratégica para empresas reduzirem custos. Em 2024, mais de 27 mil unidades migraram para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), gerando uma economia de R$ 55 bilhões, de acordo com a Assossiação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel). Segundo a head de inovação da LUZ, Débora Mota, o mercado livre virou uma alavanca real de competitividade. “É possível reduzir custos sem investimento inicial, apenas mudando a forma de contratar energia”, ressaltou a executiva. A expectativa é que, com a abertura total do mercado prevista para 2026 – para pequenos negócios e indústrias - e 2027 – para unidades residenciais e rurais, conforme estipulado pela MP 1.300, o acesso à energia mais barata e limpa seja democratizado. (Agência CanalEnergia - 17.06.2025)

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Biblioteca Virtual

Artigo GESEL: “O Setor Elétrico Brasileiro e a Indústria de Base – Trajetórias Convergentes”

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) e Roberto Brandão (diretor científico do GESEL-UFRJ) analisam a interação histórica entre o desenvolvimento da indústria de base e a consolidação do Setor Elétrico Brasileiro (SEB). Os autores destacam que o processo de industrialização iniciado no segundo governo Vargas e aprofundado com o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek exigiu uma infraestrutura robusta de energia elétrica, o que levou à criação de instituições como a Eletrobras e a Abdib. O artigo mostra como, ao longo das décadas, o SEB passou por transformações importantes, saindo de um modelo estatal centralizado para um arcabouço institucional baseado em planejamento técnico, regulação transparente e leilões competitivos. Essa mudança permitiu a atração de capital privado e a consolidação de grandes grupos econômicos atuando nos quatro segmentos do setor. Com a transição energética em curso, os autores argumentam que o SEB está bem posicionado para enfrentar os novos desafios tecnológicos e ambientais, graças à sua base institucional sólida, sua matriz majoritariamente renovável e à capacidade da indústria nacional de responder às novas demandas. Como exemplos da maturidade do setor, citam a renovação das concessões de distribuição com foco em investimentos urbanos e a expansão da geração renovável, que exige avanços na infraestrutura de transmissão e armazenamento. Ao final, reforçam que o SEB dispõe das condições técnicas, econômicas e regulatórias necessárias para liderar a transição energética, desde que evite distorções como subsídios permanentes e mantenha a racionalidade e a transparência como pilares de sua evolução. Acesse o texto na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 18.06.2025)

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Artigo de Rodrigo Fagundes Cezar: "Questões da governança climática internacional híbrida"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Rodrigo Fagundes Cezar (professor da FGV) trata dos desafios e efeitos ambíguos dos esquemas híbridos de certificação socioambiental, como o Bonsucro, que se tornam obrigatórios quando incorporados por regulações públicas, como a Diretiva de Energias Renováveis da União Europeia. Embora esses arranjos promovam transparência e boas práticas formais, Cezar argumenta que seus impactos sociais e distributivos são limitados, favorecendo grandes produtores e reforçando desigualdades locais, sem necessariamente promover justiça climática. Ele defende que, embora a governança híbrida tenha vindo para ficar, é preciso exigir avaliações de impacto mais robustas e flexíveis por parte de atores privados, com base em evidências científicas, a fim de garantir que esses mecanismos tragam benefícios concretos e não apenas legitimidade regulatória aparente. (GESEL-IE-UFRJ – 16.06.2025)

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Artigo de Bruno Porto e Luciana Arouca: “O Brasil pode liderar a era dos data centers verdes e o mundo está de olho”

Em artigo publicado pela Agência Canal Energia, Bruno Porto (Gerente de Negócios Imobiliários Logísticos, Industriais e Data Centers da JLL) e Luciana Arouca (Diretora de Sustentabilidade da JLL) tratam de como o Brasil pode obter a vanguarda da era dos data centers verdes, muito puxado pela sua matriz energética renovável e por suas vantagens ambientais. Segundo os autores, “o Brasil surge como protagonista de uma nova geração de data centers verdes. O país possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com cerca de 85% da eletricidade gerada por fontes renováveis contra uma média global de apenas 30%.”. Por fim, ambos concluem que “o momento é de alinhamento estratégico. Em vez de replicar modelos intensivos em carbono, o Brasil tem a oportunidade de criar um ecossistema digital com baixa emissão, alta eficiência e impacto positivo”. (GESEL-IE-UFRJ – 17.06.2025)

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Artigo de Luiz Eduardo Barata: "Jabutis acendem alerta na conta de luz"

Em artigo para O Globo, Luiz Eduardo Barata (presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia e ex-diretor do ONS) alerta sobre os impactos dos "jabutis" da Lei das Eólicas Offshore na tarifa de energia elétrica. Se os vetos presidenciais forem derrubados pelo Congresso, essas medidas adicionais — como a contratação obrigatória de 8 GW em térmicas a gás e PCHs desnecessárias, além da prorrogação de subsídios a térmicas a carvão até 2050 — poderão elevar a conta de luz em 9%, equivalente a 25 anos de bandeira vermelha patamar 2, com custo anual de R$ 20 bilhões. Barata contrasta a rápida reação do Legislativo contra o aumento do IOF (que afeta principalmente a classe média e empresas) com a urgência de se evitar medidas que oneram todos os consumidores de energia, especialmente em um setor já marcado por ineficiências. Ele defende que o Congresso priorize soluções estruturais, como a redução de custos e o planejamento energético, em vez de aprovar subsídios distorcidos em um cenário de overbooking de energia no SIN. O artigo conclui com um apelo: assim como os líderes do Senado e Câmara atuaram contra o IOF, devem agora barrar os jabutis que penalizam a população com tarifas mais altas, garantindo a sustentabilidade do setor elétrico. (GESEL-IE-UFRJ – 18.06.2025)

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Artigo de Philip Yang e Robert Muggah: "COP30 precisa integrar cidades e florestas"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Philip Yang (fundador do Instituto URBEM) e Robert Muggah (co-fundador do Instituto Igarapé, Bioverse e SuperNature) tratam da urgência de integrar cidades e florestas na arquitetura climática global, destacando que, às vésperas da COP30 em Belém, é essencial reconhecer essas duas frentes como interdependentes na luta por um futuro sustentável. Os autores argumentam que, embora as florestas sejam reconhecidas como fundamentais para o equilíbrio climático, as cidades — responsáveis por cerca de 75% das emissões globais — ainda são subvalorizadas nas negociações internacionais. Eles propõem medidas concretas, como a formalização da participação de governos subnacionais na UNFCCC, acesso direto a financiamento climático urbano, planejamento integrado entre áreas urbanas e ecossistemas florestais e a valorização de soluções locais que unam sustentabilidade urbana, conservação ambiental e justiça social. A COP30, sediada na Amazônia, é apontada como uma oportunidade decisiva para romper a fragmentação atual e construir um novo paradigma de governança climática que una desenvolvimento urbano justo à preservação ambiental. (GESEL-IE-UFRJ – 18.06.2025)

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Artigo de Rachel Maia: "O coletivo é o novo singular"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Rachel Maia (CEO da RM Cia 360) trata da urgência e das oportunidades da transição climática justa, destacando a importância de ações coletivas e políticas públicas centradas na inclusão social, justiça ambiental e qualificação profissional. A partir de reflexões do Fórum Ambição 2030, realizado em São Paulo, Maia enfatiza que o setor empresarial e a sociedade civil devem agir de forma concreta para que a sustentabilidade deixe de ser apenas discurso. Com a participação da jornalista Leticia Vidica, o evento reforçou que justiça climática deve considerar populações mais impactadas — como indígenas, negras e periféricas — e que o setor financeiro, a educação e o trabalho digno são pilares indispensáveis para um futuro sustentável. A transição ecológica, segundo ela, não é apenas um desafio, mas uma oportunidade histórica de construir uma economia baseada em solidariedade, inclusão e respeito à vida. (GESEL-IE-UFRJ – 18.06.2025)

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