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IFE
30/06/2025

Hidrogênio 201

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Kalyne Brito e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Gabriel Eleotério
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
30/06/2025

IFE nº 201

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Kalyne Brito e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Gabriel Eleotério
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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Hidrogênio 201

Políticas Públicas e Financiamentos

Reino Unido anuncia financiamento para projetos aeroespaciais verdes

O setor aeroespacial do Reino Unido será impulsionado por um financiamento de mais de £250 milhões para projetos tecnológicos aeroespaciais de ponta. Anunciado hoje pela Ministra da Indústria, Sarah Jones, no Paris Air Show. O financiamento combinado do governo e da indústria possui o objetivo de auxiliar no desenvolvimento de tecnologia do setor aeroespacial do Reino Unido. Isso inclui avanços em turbinas e vôos movidos a hidrogênio. Ademais, o anúncio foi feito quando novos números da associação comercial do setor elevaram quase 50% em relação a 2014. Por fim, a ministra afirma que o governo está apoiando o setor, e que esse investimento manterá a inovação na vanguarda, não apenas do crescimento, mas também do modelo industrial. (Governo do Reino Unido - 17.06.2025)


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Orlen garante financiamento para projetos de hidrogênio limpo

A empresa polonesa de petróleo e gás Orlen Group garantiu PLN 1,7 bilhão (US$ 459 milhões) em financiamento para apoiar o desenvolvimento da produção de hidrogênio limpo. Este financiamento derivou do Plano de Recuperação Nacional e possui o objetivo de ajudar a ampliar a infraestrutura e construir uma cadeia de fornecimento de hidrogênio na Polônia e em toda Europa. Além disso, o projeto será executado pela Lotos Green H2. Por fim, os projetos representam parte da estratégia da Orlen, que projeta uma expansão até 2035 de seu portfólio de produção de H2 baseado em eletrólise. (H2view - 17.06.2025)


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Produção

Brasil: Neoenergia inicia obras de usina de hidrogênio verde no Distrito Federal

A Neoenergia iniciou a construção de uma das primeiras usinas de hidrogênio verde do Brasil, em Taguatinga, no Distrito Federal. O projeto tem investimento de mais de R$ 30 milhões e deve ser inaugurado em outubro. A iniciativa faz parte do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, regulamentado pela Aneel. Além disso, a planta será alimentada por uma usina solar e um centro de conhecimento e inovação, assim potencializando o desenvolvimento do H2V como vetor energético. Por fim, a companhia tem projetos no Brasil e na Espanha e a previsão é que a planta comece a operar no segundo semestre de 2026 com uma produção esperada de cerca de 2,8 mil toneladas de hidrogênio Verde.. (Eixos – 16.06.2025)


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Reino Unido: Uniper e ITM avançam com usina de hidrogênio verde de 120 MW

A ITM Power será responsável pela engenharia do projeto de hidrogênio verde Humber H2ub, da Uniper, no Reino Unido, que contará com seis eletrolisadores Poseidon de 20 MW, totalizando 120 MW. Este é o primeiro projeto a utilizar oficialmente os módulos Poseidon da ITM, que são padronizados e voltados para grandes escalas. A planta, prevista para iniciar operação em 2029, fornecerá hidrogênio à refinaria Humber da Phillips 66 e aguarda decisão final de investimento. O projeto foi pré-selecionado na 2ª rodada do programa HAR do governo britânico, que oferece contratos de 15 anos como incentivo. (H2 View - 23.06.2025)


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Hidrogênio solar pode ser produzido a 4,23 US$/kg na Arábia Saudita

Pesquisadores da Universidade Rei Fahd, na Arábia Saudita, analisaram a viabilidade técnica e econômica da produção de hidrogênio verde por meio de sistemas autônomos baseados em energia fotovoltaica (PV), solar concentrada (CSP) e combinações híbridas (PV-CSP). O estudo modelou a produção off-grid com eletrólise por células de óxido sólido (SOEC), comparando desempenho, custos e impactos ambientais em diferentes regiões do Oriente Médio. O sistema PV teve menor custo nivelado do hidrogênio (US$ 4,23/kg) do que o CSP (US$ 4,95/kg), apesar do CSP apresentar maior fator de capacidade (55,4%). O CSP mostrou menores emissões e uso de solo, mas maior consumo de água, sendo mais indicado para regiões costeiras. A análise reforça o potencial de sistemas híbridos na transição energética do Oriente Médio. (PV Magazine - 13.06.2025)


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Armazenamento e Transporte

Projeto escalável de armazenamento de hidrogênio recebe £500 mil no Reino Unido

A National Gas e a startup Gravitricity receberam £500 mil da Ofgem para desenvolver um sistema escalável de armazenamento subterrâneo de hidrogênio no Reino Unido. O projeto, chamado H2Flexistore, consiste em tanques com revestimento multicamadas enterrados em poços dedicados, capazes de armazenar até 100 toneladas de hidrogênio cada. A proposta visa superar as limitações geológicas do armazenamento em cavernas de sal e oferecer uma alternativa mais barata que os tanques pressurizados ou aéreos. O desenvolvimento técnico será feito em parceria com universidades e empresas do setor, com previsão de um piloto em 2026. O projeto busca viabilizar o armazenamento de hidrogênio em escala para apoiar a transição energética. (H2 View - 12.06.2025)


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Uso Final

Toyota amplia frota de hidrogênio com caminhões movidos a célula de combustível para rotas logísticas europeias

A Toyota Motor Europe integrou seus sistemas de células de combustível em caminhões de 40 toneladas movidos a hidrogênio, fornecidos pela VDL Groep. Além disso, a companhia expandiu sua frota de caminhões pesados movidos a H2 para incluir cinco veículos que operam em rotas importantes na Europa. Além disso, a empresa afirma que os caminhões oferecem desempenho comparável ao dos movido a diesel. Por fim, destaca-se que a Toyota anunciou planos para implantar caminhões pesados movidos a hidrogênio para servir na frota da costa oeste dos EUA. (H2View - 19.06.2025)


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Tecnologia e Inovação

Pesquisador do IFBA cria reator para produção de hidrogênio e garante patente pioneira

O pesquisador Francislei Santos, do IFBA, desenvolveu e patenteou o primeiro reator fotoeletroquímico em formato de U do mundo, voltado para a produção de hidrogênio sustentável. A tecnologia inovadora dispensa o uso de membranas, utilizando grafeno vegetal e luz solar, o que reduz significativamente os custos e amplia a acessibilidade para países em desenvolvimento. O reator permite a separação de hidrogênio e oxigênio de alta pureza, com potencial disruptivo na transição energética. A invenção já foi reconhecida em eventos acadêmicos, como o CONTECC 2023, e rendeu ao professor diversos prêmios e títulos, incluindo formação especializada em hidrogênio verde na Alemanha. (Radar Hidrogênio - 23.06.2025)


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CSIRO demonstra novo reator solar “beam-down” para acelerar a produção de hidrogênio verde

O CSIRO, principal agência científica da Austrália, demonstrou com sucesso uma nova tecnologia de produção de hidrogênio verde usando energia solar concentrada em um sistema “beam-down” e óxido metálico modificado. Ao contrário do modelo tradicional que concentra luz no topo de torres, essa abordagem redireciona a luz para um reator posicionado abaixo, onde o calor gerado ativa uma reação com céria dopada — um catalisador que libera hidrogênio ao interagir com vapor d'água. O processo é mais eficiente que métodos convencionais e pode ser reutilizado ciclicamente. A tecnologia representa um avanço promissor para descarbonizar setores industriais pesados e o transporte, fornecendo uma alternativa limpa e escalável ao hidrogênio cinza derivado do metano. (Reneweconomy - 17.06.2025)


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Nuscale explora a produção de hidrogênio a partir do calor nuclear e dos subprodutos da dessalinização

A NuScale Power, empresa de reatores nucleares modulares, iniciou uma pesquisa para produzir hidrogênio utilizando calor de seus reatores e salmoura residual da dessalinização. A proposta combina energia nuclear e osmose reversa, podendo gerar até 150 milhões de galões de água limpa por dia. O subproduto salino, tradicionalmente um desafio ambiental, seria transformado em matéria-prima industrial. Em parceria com o Laboratório Nacional do Pacífico Noroeste (PNNL), a NuScale desenvolveu um processo termoquímico hidrotérmico que usa compostos salinos e calor nuclear para decompor a água e obter hidrogênio sem eletricidade. A empresa afirma que a solução pode simultaneamente mitigar a escassez hídrica, tratar salmoura e produzir hidrogênio verde, embora a viabilidade comercial ainda dependa de validações técnicas adicionais. (H2 View - 19.06.2025)


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Avanço na reorganização atômica pode reduzir custos de catalisadores de hidrogênio verde

Pesquisadores liderados por Mouna Rafei e Eduardo Gracia descobriram que a adição transitória de molibdênio a catalisadores de níquel-ferro desencadeia uma reorganização estrutural permanente ao nível atômico, aumentando a atividade e a durabilidade catalítica mesmo após o molibdênio ser eliminado durante o uso. Essa "memória estrutural" representa um novo paradigma no projeto de catalisadores, especialmente para eletrólise alcalina, ao permitir alto desempenho com metais abundantes e de baixo custo. A inovação pode reduzir drasticamente a dependência de metais nobres, como irídio e rutênio, tornando o hidrogênio verde mais competitivo para aplicações industriais. Embora promissora, a aplicação comercial exigirá testes adicionais de estabilidade, tolerância a impurezas e adaptação aos processos produtivos. (Energy News - 20.06.2025)


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Artigos e Estudos

EPE lança Nota Técnica sobre hidrogênio e biomassa: oportunidades para o Brasil

O hidrogênio de baixa emissão de carbono e a bioenergia destacam-se como opções de descarbonização altamente alinhadas às potencialidades brasileiras. Em sua nova Nota Técnica "Hidrogênio e Biomassa: Oportunidades para produção e uso de hidrogênio em sistemas de bioenergia", a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) evidencia a relação de fortalecimento mútuo entre esses dois segmentos, destacando arranjos e oportunidades de negócio que se ancoram nas sinergias identificadas. A Nota Técnica foi apresentada por uma equipe técnica da Diretoria de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (DPG) da EPE. Com isso, a nota demonstra como as relações entre os dois segmentos possuem potencial para gerar valor agregado, fortalecer ambas as cadeias e reduzir as emissões de gases de efeito estufa do setor energético. Por fim, a EPE busca iluminar o debate para promover uma transição energética alinhada às potencialidades e vantagens brasileiras. (EPE – 23.06.2025)


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Hidrogênio arco-íris: diversificar para ganhar escala

A adoção de múltiplas rotas de produção de hidrogênio de baixo carbono e sua mistura pode aumentar a viabilidade econômica e operacional, e destravar a nova economia do hidrogênio. A estratégia de formar um blend é defendida pela Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2). Que observa que a busca por diferentes rotas tecnológicas e pegadas de carbono é a possibilidade de consolidar os ganhos relevantes de escala e a competitividade de custos. Rotas como Verde, Azul, Turquesa, entre outras, reduzem os riscos associados à dependência. Ademais, outro fator relevante para os debates, é a vocação regional, cada região do planeta, possui determinadas vantagens para adotar uma rota, o Brasil, por exemplo, tem um enorme potencial na produção de hidrogênio a partir do etanol e de fontes renováveis diversas. Além disso, outra vantagem destacada é que combina rotas, eleva a escala e viabiliza investimentos em infraestrutura compartilhada, assim destravando demanda industrial. Por fim, o fator certificação e padronização é uma etapa necessária para a aceitação em mercados exigentes e para uma melhor contabilização das emissões de carbono no ciclo produtivo de cada rota. (Eixos - 15.06.2025)


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Armazenamento subterrâneo para descarbonização: Compensações entre hidrogênio, gás natural, e dióxido de carbono

À medida que os esforços de descarbonização se aceleram globalmente, o papel do armazenamento subterrâneo em larga escala de energia e gases relacionados ao clima está se tornando cada vez mais importante. Embora se espere que a demanda por gás natural como combustível de transição aumente pelo menos até o final da década, o hidrogênio limpo está ganhando cada vez mais destaque nos planos de descarbonização de longo prazo. Ao mesmo tempo, volumes crescentes de CO₂ precisam ser sequestrados para reduzir sua concentração. Pensando neste panorama, este documento examina a adequação, às oportunidades e os desafios associados ao armazenamento geológico em grande escala de gás natural, H₂ e CO₂, com foco nas quatro principais estruturas de subsuperfícies. Ele conclui que nem todas as formações são igualmente adequadas para todos os gases, a análise também destaca que, embora o hidrogênio e o gás natural possam competir pelas mesmas estruturas de armazenamento, os custos são diferentes significativamente para o lado do H₂, colocando neste um papel mais afirmativo por parte do governo em uma perspectiva de longo prazo. Por fim, o estudo conclui defendendo um planejamento integrado de armazenamentos subterrâneos que vá além das estreitas econômicas, colocando o protagonismo nos fatores sociais, políticos e sistêmicos. (OIES - junho de 2025)


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