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IFE
30/05/2025

Hidrogênio 198

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Kalyne Brito e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Gabriel Eleotério
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
30/05/2025

IFE nº 198

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Kalyne Brito e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Gabriel Eleotério
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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Hidrogênio 198

Políticas Públicas e Financiamentos

Empresas de energia renovável da Índia e da Alemanha se unem para impulsionar a amônia verde na Índia.

A Juno Joule Green Energy Private e a empresa de comércio de energia SET Select Energy, sediada na Alemanha, juntamente com sua subsidiária de energia verde Select New Energies, assinaram um memorando de entendimento para desenvolver e comercializar em conjunto a amônia verde produzida em Andhra Pradesh. O acordo foi formalizado durante a Cúpula Mundial do Hidrogênio 2025. O projeto foi concebido para produzir até 1 milhão de toneladas por ano de amônia verde. Ademais, será desenvolvido em três fases, com um investimento total previsto de US$ 1,3 bilhão. Com isso, a instalação contará com uma usina de dessalinização integrada para converter a água do mar em água pura necessária para a eletrólise, além disso, contara com uma diversificação de energias renováveis para alimentação dos eletrolisadores. Por fim, uma vez em operação, espera-se que o projeto evite mais de 1,8 milhão de toneladas de CO2 anualmente. (H2 View 27.05.2025)


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Warradarge e Xodus lideram projeto de hidrogênio verde e amônia na Austrália Ocidental

O governo da Austrália Ocidental concedeu à consultoria global de energia Xodus um terreno para desenvolver um projeto de produção de hidrogênio verde e amônia, que será operado sob a bandeira da Warradarge Energy. Localizado na Área Industrial Estratégica de Oakajee do Xodus Group, o projeto terá duas fases e poderá produzir até 800.000 toneladas por ano de amônia verde. Ademais, o projeto será alimentado por energias renováveis a um preço competitivo. O objetivo inicial é fornecer hidrogênio doméstico para descarbonização de setores como transporte pesado e mineração, mas também possui um foco no desenvolvimento de exportação dessa amônia. (H2 view 27.05.2025)


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Brasil aposta no hidrogênio de baixo carbono, mas setor enfrenta entraves regulatórios e logísticos

O mercado brasileiro de hidrogênio de baixo carbono tem grande potencial, com R$ 200 bilhões anunciados em 20 projetos e projeções que indicam capacidade de suprir até 5% da demanda global até 2040. Contudo, o setor ainda engatinha: poucos projetos saíram do papel e os que existem estão em fase piloto. O avanço depende da consolidação do marco legal, sancionado apenas em 2024, e da superação de desafios como maturidade tecnológica, infraestrutura para transporte e armazenamento, certificação do combustível e acesso a financiamento competitivo. A disponibilidade de energia renovável, essencial para o hidrogênio verde, esbarra em gargalos de transmissão, como os enfrentados por projetos no porto do Pecém (CE), que tiveram pedidos de conexão à rede negados pelo ONS. Além disso, empresas enfrentam dificuldades para garantir contratos de venda (offtake), fundamentais para viabilizar investimentos. Enquanto iniciativas como as do Porto do Açu sinalizam avanço, o sucesso da transição depende de regulamentação ágil e planejamento integrado entre governo, reguladores e investidores. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Produção

Energy Estate da Austrália adquire terreno no centro de hidrogênio Arches, na Califórnia

A desenvolvedora australiana Energy Estate adquiriu o Complexo Industrial de San Luis (SLIC), na Califórnia, marcando sua entrada na indústria de hidrogênio dos EUA. O local será usado para produzir hidrogênio verde com energia solar, atendendo setores como transporte e agricultura, e integra a iniciativa do centro de hidrogênio Arches, apoiado por US$ 12,6 bilhões do estado da Califórnia. A empresa vê essa parceria como estratégica para expandir sua plataforma de centros industriais limpos, diante dos desafios enfrentados pelo setor de hidrogênio na Austrália, como atrasos, custos altos e incertezas políticas. Contudo, a proposta de orçamento de 2026 do governo Trump inclui um corte de US$ 15 bilhões que pode afetar centros como o Arches, localizado em estado democrata, colocando em risco parte do apoio ao projeto. (H2 View - 21.05.2025)


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Pirólise do metano ganha espaço no debate sobre produção de hidrogênio

Com grandes projetos de hidrogênio verde e azul enfrentando estagnação e críticas, cresce o interesse por tecnologias alternativas como a pirólise do metano, que produz o chamado hidrogênio turquesa. Apesar de existir há mais de um século, essa técnica teve pouca aplicação comercial até hoje, devido à alta demanda energética. A pirólise envolve a decomposição do metano em hidrogênio e carbono sólido, por meio de aquecimento a temperaturas entre 1.000 °C e 1.500 °C em reatores sem oxigênio. No entanto, diante das limitações econômicas e ambientais das rotas convencionais, investidores e a indústria avaliam se a tecnologia está pronta para avançar como solução viável de hidrogênio limpo. (H2 View - 21.05.2025)


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Hydgen e Spectronik demonstram ecossistema de hidrogênio descentralizado na Ásia

A Hydgen, start-up de eletrolisadores AEM de Singapura e Índia, firmou parceria com a Spectronik para implantar sistemas de produção local de hidrogênio em seus locais de demonstração no Sudeste Asiático. O objetivo é abastecer veículos com célula a combustível e demonstrar um ecossistema descentralizado de hidrogênio. A Hydgen aposta em fornecer hidrogênio de alta pureza diretamente onde é necessário, evitando os altos custos logísticos do hidrogênio cinza, que pode chegar a US$ 20/kg em algumas regiões. A empresa já levantou US$ 1,5 milhão para construir uma fábrica de 2 MW na Índia e escalar seu sistema de 25 kW, focando em mercados onde a infraestrutura atual de hidrogênio é ineficiente. (H2 View - 19.05.2025)


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Eskom licita piloto de hidrogênio verde na África do Sul

Em comunicado recente, a concessionária sul-africana Eskom anunciou uma licitação para a construção de uma planta piloto de hidrogênio verde em Joanesburgo. A instalação será baseada em eletrólise da água e operará por três anos como parte de uma estratégia para avaliar a viabilidade do hidrogênio verde na meta de emissões líquidas zero até 2050. O projeto incluirá engenharia, aquisição e construção e servirá também para mapear regulamentações e desenvolver competências internas. A planta será integrada ao centro de pesquisa da Eskom, que já abriga projetos solares e de baterias. O prazo para propostas vai até 27 de junho. (PV Magazine - 22.05.2025)


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EDF firma pré-contrato com Pecém para planta de hidrogênio verde

O Porto do Pecém assinou um pré-contrato com a EDF para um projeto industrial de produção de hidrogênio verde, reforçando o complexo como polo de investimentos sustentáveis e alta tecnologia. A EDF Renewables Brasil e o governo do Ceará já haviam firmado, em 2023, um Memorando de Entendimento para cooperação na cadeia do hidrogênio verde. A EDF planeja instalar 3 GW de eletrolisadores globalmente até 2030 e vê o Brasil como mercado estratégico, com uma carteira de 1,7 GW em projetos eólicos e solares no país. O Complexo do Pecém já tem sete pré-contratos com empresas interessadas, somando US$ 24 bilhões em investimentos previstos. As decisões finais e contratos definitivos são esperados ainda este ano, com início da produção previsto para 2030. (Eixos - 22.05.2025)


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Hyundai Motor investirá na transformação de resíduos em hidrogênio na Indonésia

O grupo Hyundai Motor anunciou a criação de um ecossistema de transformação de resíduos em hidrogênio na Indonésia, em parceria com ministérios locais e a estatal de energia PT Pertamina. O projeto prevê a instalação de uma estação de reabastecimento de hidrogênio de baixo carbono, gerado a partir do biogás de aterro sanitário, utilizando a infraestrutura de gás natural veicular já existente. A construção deve começar ainda este ano, com operação prevista até 2027. Essa é a primeira iniciativa W2H (waste-to-hydrogen) da Hyundai fora da Coreia do Sul, visando a expansão no mercado do Sudeste Asiático (ASEAN). Paralelamente, a Hyundai investe US$ 1,1 bilhão no Brasil até 2032 para tecnologias de veículos híbridos, elétricos e a hidrogênio, alinhada ao programa federal Mobilidade Verde (Mover). No país, também está em andamento o teste do SUV Hyundai Nexo abastecido com hidrogênio renovável produzido a partir de etanol, no Centro de Pesquisa da USP. (Eixos - 20.05.2025)


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Armazenamento e Transporte

Cilindros Tipo IV da Umoe Advanced Composites aprovados para o mercado dos EUA

Os cilindros de hidrogênio Tipo IV da Umoe Advanced Composites (UAC), feitos com fibra de vidro, receberam aprovação do Departamento de Transportes dos EUA (DOT) para armazenamento e transporte a 350 bar. Essa certificação permite a implantação imediata dos reboques nos EUA, suprindo uma importante lacuna na infraestrutura de hidrogênio para distribuição e abastecimento. Os cilindros oferecem redução mínima de 40% no CAPEX e até 70% de economia de peso, resultando em maior eficiência, menor consumo de combustível e energia. Segundo Shawn Laughlin, presidente da Celly H2, essa aprovação acelera a expansão do hidrogênio limpo nos EUA, trazendo uma solução escalável e testada. A UAC, que atende 32 países, amplia sua atuação no mercado americano com esses reboques MEGC, que apoiam descarbonização em mobilidade, indústria e energia. (H2 View - 21.05.2025)


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OQGN e Fluxys firmam parceria para desenvolver infraestrutura de transporte de hidrogênio em Omã

A OQ Gas Networks SAOG (OQGN), operadora exclusiva da rede de gás natural de Omã, firmou parceria com a belga Fluxys para desenvolver uma rede de transporte de hidrogênio no país, com a Fluxys atuando como acionista minoritária. A colaboração, que segue um Memorando de Entendimento de setembro de 2023, visa acelerar a infraestrutura de hidrogênio alinhada às metas nacionais de produção e descarbonização. A Fluxys adquiriu 4,9% da OQGN durante sua oferta pública inicial, fortalecendo o compromisso conjunto na transição energética. O acordo reflete a estratégia da Fluxys de investir em cadeias energéticas de baixo carbono em regiões com potencial renovável para conectar Omã à Europa. A assinatura ocorreu em Mascate, com presença do ministro de Energia e Minerais de Omã. (Energynews.Biz - 20.05.2025)


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RAG Áustria demonstra viabilidade de armazenamento de hidrogênio em larga escala em reservatórios de gás esgotados

A RAG Austria AG armazenou com sucesso cerca de 500 mil m³ de hidrogênio em um reservatório de arenito esgotado em Gampern, comprovando a viabilidade do armazenamento sazonal de hidrogênio em formações geológicas porosas. O projeto Underground Sun Storage 2030 converte excedente de energia renovável em hidrogênio no verão para uso no inverno, fornecendo eletricidade e calor sem CO₂. Com base neste sucesso, a RAG lidera o projeto europeu EUH2STARS, financiado com € 20 milhões, para ampliar a tecnologia até o nível de prontidão técnica 8. O armazenamento subterrâneo de hidrogênio oferece solução para o desafio do desequilíbrio sazonal de energia, superando limitações de baterias e hidrelétricas bombeadas. A iniciativa inclui parceria com o município de Gampern no projeto SeasonalStorage4EG, promovendo segurança energética local e sustentabilidade. (EnergyNews.Biz - 20.05.2025)


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Uso Final

Uberaba atrai segundo projeto de hidrogênio verde para fertilizantes

A empresa H2Brazil anunciou, no dia 22.05, a assinatura de acordos para desenvolver dois grandes projetos de hidrogênio verde no Brasil, primeiro é na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Uberaba, em Minas Gerais, e o outro no Porto do Açu, no Rio de Janeiro. A planta em MG terá capacidade de até 820Mw, para produção de fertilizantes nitrogenados a partir do hidrogênio verde, com um investimento estimado de R$ 7,8 bilhões. Além do projeto da H2Brasil, estão no radar outras iniciativas relevantes no setor, como a futura planta da Atlas Agro, que pretende produzir amônia verde. E por fim, o projeto no Porto do Açu que pretende produzir e-metanol a partir de hidrogênio verde. ( Eixos 22.05.2025)


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Tecnologia e Inovação

INEOS lança eletrolisador alcalino "Hydraeon" visando produção de hidrogênio verde em larga escala

A INEOS Electrochemical Solutions lançou o Hydraeon, um eletrolisador alcalino modular disponível em capacidades de 25 MW e 100 MW, projetado para produção de hidrogênio verde em larga escala. Baseado na tecnologia consolidada de eletrólise de cloro-álcali, o Hydraeon oferece alta eficiência, segurança e flexibilidade operacional, podendo funcionar com apenas 10% da capacidade para lidar com energia renovável intermitente. Destaca-se pelo baixo consumo energético, pureza elevada do hidrogênio e design de baixa pressão, que aumenta a segurança. O sistema tem custos competitivos e manutenção simplificada, com componentes recondicionados a cada oito anos. A INEOS, maior operadora de eletrólise na Europa, posiciona o Hydraeon como solução líder para a transição ao hidrogênio verde. (FCW - 15.05.2025)


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Tecnologia de eletrólise da H2Pro é destaque na Nature Reviews como inovação para o hidrogênio verde

A revista Nature Reviews Clean Technology destaca a eletrólise de água desacoplada (DWE), tecnologia inovadora da israelense H2Pro que supera limitações dos eletrolisadores convencionais frente à energia solar e eólica intermitente. Diferente das tecnologias alcalina e PEM, o DWE separa a produção de hidrogênio e oxigênio em etapas distintas, usando um ciclo redox proprietário, o que aumenta a eficiência, segurança e flexibilidade operacional. A abordagem permite ativação/desativação rápidas e operação eficiente em cargas variáveis, essencial para o uso sustentável da eletricidade renovável. O artigo, assinado por especialistas do Technion, Universidade de Glasgow, Fraunhofer e DTU, reconhece o DWE como uma solução chave para escalar o hidrogênio verde economicamente. A H2Pro planeja instalar o primeiro sistema comercial em Tziporit, Israel, ainda este ano. (FCW - 16.05.2025)


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Eventos

Webinar Internacional Destaca Projetos de Hidrogênio em Larga Escala no Brasil

No dia 4 de junho de 2025, às 11h (horário de Brasília), a plataforma Mission Hydrogen promoverá o webinar gratuito "Projetos de Hidrogênio em Larga Escala no Brasil", reunindo especialistas para discutir o papel estratégico do país na transição energética global. O evento contará com a participação de Markus Lehman, diretor da GH2 Global, e Fernanda Delgado, diretora executiva da ABIHV. Serão abordados temas como os principais projetos de hidrogênio verde em desenvolvimento no Brasil, oportunidades de investimento, parcerias internacionais e os desafios regulatórios para a consolidação do país como um hub global de energia limpa. A transmissão será em inglês, com possibilidade de tradução simultânea. (Mission Hydrogen - maio de 2025)

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Artigos e Estudos

Panorama do Hidrogênio Verde no Brasil: Oportunidades e Desafios para o Futuro Energético

Em artigo publicado na Revista de Gestão e Secretariado, Giovana Bosso Barbosa, Julia Chinen de Araujo, Lucas da Silva Inocêncio, Matheus Petiz Delgado, Renata dos Santos Oliveira, Jose Antonio Soares tratam da análise do panorama do Hidrogênio verde no Brasil, destacando suas oportunidades e desafios como vetor estratégico para o processo e tendência de transição energética. Segundo os autores, “O Hidrogênio verde, obtido pela eletrólise da água com uso exclusivo de fontes renováveis, desponta como uma alternativa promissora à descarbonização da economia.”. Por fim, eles concluem “que o país tem potencial para se tornar referência internacional no mercado de Hidrogênio verde, caso sejam implementadas políticas públicas eficazes, incentivos econômicos e programas de capacitação técnica”. (Revista de Gestão e Secretariado - 2025)


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Whitepaper promove eletrólise modular AEM como uma rota econômica para hidrogênio verde

Em whitepaper publicado pela Ansaldo Green Tech, os autores destacam o potencial dos eletrolisadores AEM (membrana de troca aniônica) modulares para superar desafios do hidrogênio verde, como escalabilidade, custo e segurança. A tecnologia combina vantagens dos sistemas alcalinos e PEM, mas com menor uso de metais preciosos, como irídio e platina, reduzindo o custo nivelado do hidrogênio (LCOH). Compatível com energias renováveis variáveis e mais segura devido à menor pressão de operação, a AEM modular permite expansão gradual e flexível da produção. Apesar de ainda incipiente, o estudo aponta avanços que podem elevar a vida útil da tecnologia para até 80 mil horas. (H2 View - 20.05.2025)


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