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IFE
09/04/2025

Hidrogênio 193

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Kalyne Brito e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Gabriel Eleotério
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
09/04/2025

IFE nº 193

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Kalyne Brito e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Gabriel Eleotério
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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Hidrogênio 193

Políticas Públicas e Financiamentos

Brasil: Governo precisa olhar para o Hidrogênio com mais ousadia

Nesta última semana, a agenda do presidente Lula (PT) ficou marcada pela visita ao Japão, com o objetivo de aumentar as relações comerciais do Brasil com o país asiático. O destaque no setor de energia foi o avanço nas tratativas para maior espaço no mercado japonês para o etanol brasileiro mirando na mistura dentro do combustível sustentável de aviação. Entretanto, este encontro não deixou muitas vantagens para a temática hidrogênio, que dentro das 100 empresas da comitiva nenhuma era focada em hidrogênio. Apenas dois movimentos que podem ser citados são o anúncio de acordos para o fortalecimento da cooperação técnica e política na área de transição energética, incluindo a Iniciativa para Combustíveis Sustentáveis e Mobilidade (ISFM) e o acordo entre as empresas associadas a Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde (ABIHV) com companhias japonesas. Mas, em uma observação agregada, pode-se considerar uma perda de oportunidade para a produção de H2 doméstica, que poderá sofrer bastante com o crescimento do mercado internacional e de seus possíveis rivais, principalmente no caso de seus possíveis clientes como a UE, China entre outros. (Agência Eixos - 30.03.2025)


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Finep apoia projeto de hidrogênio verde na descarbonização da indústria siderúrgica

A Finep está investindo R$ 102,8 milhões, em recursos FNDCT de crédito reembolsável, no âmbito do programa Finep Mais Inovação, em um projeto da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional de utilização de hidrogênio verde para descarbonização da indústria siderúrgica. Esse projeto foca no H2V e possui o objetivo de promover essa tecnologia, especialmente por meio da eletrólise. Com isso, ele mira em uma substância que contribui como alternativa sustentável de substituição de combustíveis fósseis. Além disso, ao ser produzido por fontes renováveis, este substitui o carbono e reduz tanto em uma perspectiva doméstica, quanto em uma perspectiva internacional, assim, alinhando junto às metas de combate às mudanças climáticas. (FINEP - 28.03.2025)


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Inmetro participa da elaboração de decreto do MME

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) participou de reunião de alinhamento para o desenvolvimento de decreto regulamentar do marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono (H2), em elaboração pelo Ministério de Minas e Energia (MME). A reunião aconteceu na sede do Inmetro, em Brasília/DF. Segundo o Secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento, o Sr. Thiago Barral, um dos elementos que comporão a regulamentação é o Sistema Brasileiro de Certificação do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (SBCH2) para o qual o Inmetro é bastante relevante. Entre as funções do Inmetro, destaca-se a elaboração dos critérios para acreditação e disponibilização das certificadoras e a colaboração com o texto final da regulamentação elaborado pela MME. (MME - 01.04.2025)


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Os desafios para o futuro do Hidrogênio Verde no Ceará

Surgiu mais uma dificuldade para a produção de hidrogênio verde (H2V) no Brasil, principalmente no Ceará: o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) negou às empresas com projetos prontos, como a Fortescue e a Casa dos Ventos, acesso à rede elétrica sob o argumento de que são necessários mais estudos. A questão principal é a falta de Linhas de Transmissão (LTs) que transportem as energias renováveis desde o local da geração até as áreas de instalação das usinas de H2V. Essa problemática virou questão prioritária para o Governo, porque segundo um estudo encomendado pelo MME a ampliação necessária é de 4GW, cuja construção só estaria concluída em 2032. Entretanto, as atividades de ambos os projetos estão previstas para 2029, além disso, no caso da Casa do Ventos, o problema também ocorre no setor do consumo elevado de energia elétrica. (Diário do Nordeste - 02.04.2025)


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Governo do Rio Grande do Sul firma parceria com Infravix Engenharia para impulsionar a produção de hidrogênio

O Governo do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), assinou, nesta sexta-feira (28), um Memorando de Entendimento (MoU) com a Infravix Engenharia durante o Congresso Internacional de Bioenergia+, realizado no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre. O objetivo da parceria é impulsionar a produção de hidrogênio verde (H2V) e seus derivados, com foco na geração de energia renovável e no fortalecimento da matriz energética do estado. A Infravix, especializada em energia renovável, apresentou um projeto de desenvolvimento de uma fábrica de Fertilizante Verde, baseado na produção de hidrogênio, amônia e ureia verdes. A parceria está alinhada com a meta do Estado de neutralidade de carbono até 2050. (SEMARS - 20.03.2025)


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Produção

Noruega: Norwegian Hydrogen decide investir em projeto de 25 MW em Rjukan

A Norwegian Hydrogen anunciou que decidiu investir na construção de uma planta de hidrogênio verde de 25 MW em Rjukan, no condado de Telemark, leste da Noruega. O projeto, adquirido da Aker Horizons no início de 2025, deverá ser concluído até o fim de 2027, mas a empresa avalia iniciar uma produção parcial antes disso. A planta fornecerá hidrogênio verde para clientes no sul da Noruega e em partes da Suécia. A empresa também firmou uma carta de intenção com a Nel ASA para o fornecimento dos eletrolisadores necessários. (Renowables Now - 01.04.2025)


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Air Liquide inaugura nova unidade de energia de hidrogênio em Xangai

A Air Liquide, em parceria com a Shenergy, inaugurou o Parque Industrial Químico de Xangai Air Liquide Shenergy Hydrogen Energy Development (ALSHSN), a primeira instalação da China com reboques de hidrogênio Tipo II de 300 bar. Com capacidade inicial para fornecer 12 toneladas de hidrogênio por dia, a planta poderá abastecer mais de 1.000 caminhões médios e pesados diariamente, atendendo 12 estações de reabastecimento. O projeto utiliza hidrogênio de baixo carbono, produzido a partir da reciclagem de CO₂ e biometano, e melhora a eficiência logística com reboques que oferecem 60% mais carga útil e menor emissão de carbono. (Mobilite Plaza - 31.03.2025)


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Fortescue busca governo para viabilizar planta de hidrogênio verde em Pecém

A Fortescue está buscando apoio do governo brasileiro para viabilizar sua planta de hidrogênio verde em Pecém (CE), após o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) negar acesso à rede elétrica. Com capacidade projetada de 1,2 GW em eletrólise e investimentos estimados em R$ 20 bilhões, a planta segue em fase de engenharia e análise de custos, mas enfrenta entraves para obter a energia renovável necessária à produção do combustível. A empresa australiana segue dialogando com autoridades para superar o impasse. (UOL - 04.04.2025)

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Depósito de hidrogênio geológico é descoberto na França

Geólogos descobriram um gigantesco depósito natural de hidrogênio na região de Lorraine, nordeste da França, sob antigos campos de carvão. Avaliações iniciais indicam que pode se tratar da maior reserva mundial de hidrogênio branco — gás natural do subsolo, não gerador de emissões. O local apresenta concentrações crescentes de H₂ com a profundidade, atingindo mais de 15% a 1.100 metros e podendo ultrapassar 90% a 3.000 metros. A origem do gás seria uma reação entre água e minerais de carbonato de ferro, formando uma “fábrica natural” de hidrogênio que se renova continuamente. Estima-se que o depósito contenha até 46 milhões de toneladas do gás, o que representa mais da metade da produção anual global de hidrogênio cinza. A descoberta reacende o potencial de uma transição energética baseada em hidrogênio limpo e abundante. (Inovação Tecnológica - 01.04.2025)


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Europa construirá projeto de armazenamento de hidrogênio

Um projeto na Alemanha liderado pela Ambartec AG e pela TU Bergakademie Freiberg está desenvolvendo uma tecnologia inovadora de armazenamento de hidrogênio baseada em pepitas de ferro oxidado. A proposta consiste em oxidar o ferro para armazenar hidrogênio na forma de óxido de ferro, com alta densidade energética. O hidrogênio pode então ser transportado de forma segura e econômica em contêineres padrão por caminhão, trem ou navio — uma solução especialmente útil para empresas não conectadas à infraestrutura central de hidrogênio. A primeira usina de larga escala utilizando essa tecnologia está sendo construída em Saxônia, com apoio de €4 milhões da UE e do governo local. A meta é viabilizar contêineres de 20 pés (aprox. 6 m) capazes de armazenar até 900 kg de hidrogênio, o equivalente a 30 MWh de eletricidade, impulsionando a transição energética com uma solução prática e segura. (Notebook Check - 01.04.2025)


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Armazenamento e Transporte

China: Air Liquide e Shenergy abrem centro de abastecimento de hidrogênio

A Air Liquide e a Shenergy inauguraram em Xangai o primeiro centro de abastecimento de hidrogênio Tipo II de 300 bar da China, com investimento de US$ 13,8 milhões. Instalado no Parque Industrial Químico de Xangai (SCIP), o centro possui capacidade inicial para fornecer 12 toneladas de hidrogênio por dia, atendendo até 12 postos de abastecimento e apoiando a frota de caminhões médios e pesados movidos a hidrogênio. Os reboques Tipo II, operando a 300 bar, aumentam em 60% a quantidade de hidrogênio transportado por viagem, com menores emissões. O hidrogênio de baixo carbono é produzido a partir de biometano fornecido pela Shenergy e com reaproveitamento de CO₂, contribuindo para a meta de Xangai de atingir o pico de emissões até 2025. (H2 View - 02.04.2025)


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Uso Final

GWM doa equipamentos de célula de hidrogênio para a USP

A GWM fez uma doação de uma célula de hidrogênio, um cilindro de armazenamento e uma membrana de célula de hidrogênio para a Universidade de São Paulo (USP). Os novos equipamentos já foram entregues e serão utilizados em pesquisas e aulas sobre veículos elétricos movidos a célula de hidrogênio (FCEV) e também sobre projetos voltados à redução de emissões de gases de efeito estufa. Com esses novos recursos, os alunos e pesquisadores contarão com uma estrutura de escala real para analisar componentes críticos de veículos elétricos. Por fim, a iniciativa busca estreitar os laços entre a indústria automotiva e a comunidade científica. (Canal VE -31.03.2025)


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Reino Unido busca projetos de geração de energia 100% a hidrogênio até 2030

O governo do Reino Unido lançou, na segunda (31/3), uma chamada pública para receber evidências técnicas de projetos que utilizem 100% de hidrogênio para gerar eletricidade, capazes de entrar em operação até 2030, antes que a infraestrutura de transporte em larga escala para o energético esteja disponível. A iniciativa, liderada pelo Departamento de Segurança Energética e Net Zero (DESNZ), espera contribuir para o aumento das energias descarbonizadas na matriz do país. Como objetivos do plano, estão a meta de triplicar a capacidade de geração solar e adicionar até 35GW de eólicas. Outro objetivo é a estabilização das contas de energia do país, assim minando gradualmente a dependência do gás e do petróleo, mirando na produção do hidrogênio como produto substitutivo. Por fim, vale ressaltar a barreira de implantação no curto prazo devido a dependência do acesso à infraestrutura de hidrogênio. (Agência Eixos - 01.04.2025)


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Tecnologia e Inovação

A Coca-Cola apresenta máquina de venda automática que usa cartuchos de hidrogênio.

Em apresentação na World Expo 2025, em Osaka, a Coca-Cola revelou a primeira máquina de venda automática movida a hidrogênio do mundo, desenvolvida em parceria com a Fuji Electric. O equipamento dispensa conexão à rede elétrica, funcionando com cartuchos de hidrogênio substituíveis que geram eletricidade por meio de uma reação eletroquímica com o oxigênio do ar, emitindo apenas água como subproduto. A energia é armazenada em uma bateria interna, permitindo operação autônoma. Com até 58 unidades previstas para a Expo, a iniciativa destaca os benefícios da solução, como emissão zero de CO₂, flexibilidade de instalação e estímulo à inovação no uso do hidrogênio. (El Economista - 31.03.2025)


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Eventos

Planta de Hidrogênio e Segurança Funcional

Em webinar promovido pela Dräger e pela Pilz no dia 09.04.2025, especialistas destacaram a importância de considerar requisitos específicos de segurança ao longo de toda a cadeia do hidrogênio — da produção ao uso final. Foi enfatizado que aplicar diretamente conceitos de segurança de plantas industriais em larga escala a sistemas menores de hidrogênio pode ser ineficaz, devido às diferenças nos riscos e aplicações. O evento abordou como a combinação de segurança da planta e segurança funcional resulta em soluções mais confiáveis, além de apresentar estratégias integradas para eletrolisadores e estações de abastecimento. A abordagem holística e o uso de tecnologias comprovadas foram apontados como essenciais para garantir a segurança em infraestruturas críticas de hidrogênio.


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O caminho para o hidrogênio alcançando a paridade de custo dos combustíveis fósseis

Em webinar promovido pela Verdagy, o cientista sênior Dr. Kevin Cole apresentará no dia 09.04 a tecnologia de eletrólise alcalina dinâmica (Dynamic AWE), destacando seu potencial para tornar o hidrogênio competitivo com combustíveis fósseis. A solução combina vantagens dos eletrólitos alcalinos e de membrana de troca de prótons (PEM), atingindo densidades de corrente até 400% maiores e reduzindo significativamente os custos de produção. Com integração facilitada a fontes renováveis e aplicação em setores como refino, fertilizantes, aço e combustíveis sustentáveis para aviação, a tecnologia promete viabilizar o hidrogênio em escala industrial. Estratégias digitais de monitoramento e design contínuo também eliminam trocas dispendiosas de stacks, acelerando o caminho para a paridade de custos com fontes fósseis.


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Artigos e Estudos

Hydrogen in steel

O uso do hidrogênio na produção de aço oferece uma grande oportunidade para descarbonizar o setor, pois as emissões podem ser reduzidas em até 90% em comparação com os processos convencionais. No entanto, o excesso de oferta de capacidade está prejudicando a transição para soluções baseadas em hidrogênio, desacelerando o investimento e atrasando o progresso. O documento examina as perspectivas da produção de aço com base em hidrogênio, as dificuldades e desafios em sua implantação e suas soluções. Ele examina os investimentos atuais, as estratégias de negócios e as políticas governamentais que facilitam a adoção do H2 como uma rota para a produção de aço com baixo teor de carbono. Por fim, vale ressaltar que o documento destaca o uso do H2 dentro do setor siderúrgico e como esse movimento é fundamental para um descarbonização do setor (OECD - 28.03.2025)


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