O governo da Espanha anunciou um investimento de 400 milhões de euros para projetos de hidrogênio verde, reforçando seu papel como hub de produção e exportação do energético renovável na Europa. O anúncio de Pedro Sánchez, referindo-se ao “Green, baby, green”, contrasta com a política energética de Donald Trump, que priorizou petróleo e gás em seu mandato anterior. Enquanto os EUA podem reverter incentivos a energias renováveis, a União Europeia segue fortalecendo sua estratégia de descarbonização com a Bússola da Competitividade, impulsionando a redução da dependência energética e o desenvolvimento de tecnologias limpas. Além disso, projetos como os gasodutos H2Med e SoutH2 Corridor avançam para interligar países europeus e o Norte da África, consolidando o hidrogênio verde como peça-chave na transição energética do bloco. (Eixos - 02.02.2025) 

O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou um novo investimento de 400 milhões de euros para projetos de hidrogênio verde que não foram selecionados no primeiro leilão do Banco Europeu do Hidrogênio. Em abril de 2024, a Espanha apresentou 46 projetos totalizando 2,9 GW de eletrólise. Sánchez destacou que o país cresce de forma mais sustentável que outras potências e já possui 56% de sua eletricidade proveniente de fontes renováveis. Além disso, o governo está próximo de aprovar 1,3 bilhão de euros para o programa Valles do Hidrogênio, estruturando hubs de hidrogênio em todo o país. (Eixos - 30.01.2025) 

O governo de Queensland, na Austrália, decidiu interromper novos investimentos em um projeto de hidrogênio verde, que visava produzir 70 mil toneladas por ano até 2028, após a mudança para o governo conservador do Partido Nacional Liberal. O projeto, que já estava em estágio avançado e havia sido selecionado para subsídios de até 2 bilhões de dólares australianos, foi considerado pouco lucrativo pelo novo governo. A decisão gerou críticas, especialmente do ministro australiano de Mudanças Climáticas, Chris Bowen, que ressaltou os impactos negativos para a economia local e o emprego, além de destacar a importância do hidrogênio verde. Essa retirada de financiamento ocorre em meio a incertezas globais sobre a energia renovável, acentuadas por decisões políticas, como a saída dos EUA do Acordo de Paris. (Valor Econômico - 04.02.2023) 

Um grupo de associações solicitou à Comissão Europeia uma “verificação da realidade” na política do hidrogênio, recomendando maior pragmatismo tecnológico, revisão dos critérios de combustíveis RFNBO e mais incentivos financeiros. Também pedem segurança regulatória para o planejamento de longo prazo, aceleração da infraestrutura e criação de mercados para hidrogênio e seus derivados. O pedido se alinha a iniciativas como o Acordo Industrial Limpo e o Plano de Ação para Energia Acessível. Em 2024, a Comissão abriu o segundo leilão do Banco Europeu de Hidrogênio, destinando € 1,2 bilhão para produtores de RFNBO na EEA. (Energy.Biz - 04.02.2025) 

Dezesseis vales de hidrogênio na Espanha formaram a Aliança dos Vales do Hidrogênio durante o II Congresso Nacional do Hidrogênio Verde em Huelva, visando reforçar o papel do país no setor europeu de hidrogênio verde. A coalizão visa descarbonizar os setores industrial e de transporte, além de promover o desenvolvimento da cadeia de valor do hidrogênio, alinhando-se com a meta de neutralidade climática até 2050. A aliança inclui entidades como AGH2, AHMUR, BH2C, entre outras, e está envolvida em 333 projetos, produzindo quase 900.000 toneladas de hidrogênio por ano e reduzindo 11 milhões de toneladas de CO₂ anuais. A iniciativa é um passo estratégico para a transição ecológica e econômica da Espanha e contribui para os esforços da Europa em atingir a neutralidade climática até 2050. (FCW - 06.02.2025) 

A Comissão Europeia apoiará 41 projetos transfronteiriços de infraestrutura energética com até € 1,25 bilhão em subsídios, incluindo mais de € 250 milhões para 21 estudos de desenvolvimento de hidrogênio. Os financiamentos visam reduzir os riscos de investimento nesse mercado emergente e complementar a política de hidrogênio da UE. Projetos como o Backbone Espanhol de Hidrogênio, a Rota Nórdica de Hidrogênio e o Interconector de Hidrogênio BarMar-H2Med receberam apoio significativo, com valores de até € 32,5 milhões, € 28 milhões e € 20 milhões, respectivamente. Esses projetos, classificados como Projetos Importantes de Interesse Comum (IPCEI) e Projetos de Interesse Mútuo (PMI), são fundamentais para a descarbonização e integração dos mercados de energia. O próximo edital de propostas de energia do CEF está previsto para o final de 2025. (H2 View - 30.01.2025) 

O Acordo Comercial Provisório (ITA) entre a UE e o Chile entrou em vigor após a ratificação pelo Chile e visa fortalecer a competitividade das empresas de ambos os lados, promovendo o desenvolvimento de economias Net Zero. O ITA destaca a produção de hidrogênio verde no Chile e o desenvolvimento de cadeias de valor de matérias-primas críticas, como lítio e cobre, e permitirá a cooperação entre os dois países em desafios globais, como mudanças climáticas e segurança das cadeias de suprimentos. Além disso, o acordo garantirá acesso estável e sustentável da UE a matérias-primas essenciais e combustíveis limpos, como o hidrogênio. (H2 View - 03.02.2025) 

A Avalon Renovables anunciou um investimento de quase 8 bilhões de euros na Andaluzia nos próximos cinco anos para projetos de hidrogênio verde e derivados. As iniciativas, que abrangem Jaén, Huelva, Cádiz e Málaga, podem gerar 10.000 empregos. Em Huelva, será construída uma planta para produzir 350.000 toneladas anuais de e-metanol. O projeto PBAC, em Algeciras e Cádiz, prevê a produção de amônia verde, e-metanol e e-SAF. Málaga terá uma planta de e-SAF, enquanto Jaén receberá uma usina de biocombustíveis a partir de resíduos da produção de azeite. A produção começará em 2028. (El Economista - 04.02.2025) 

A ITM Power, fabricante britânica de eletrolisadores, firmou um contrato com uma empresa europeia de energia para co-desenvolver uma configuração padronizada de uma planta de produção de hidrogênio verde de 10 MW. O projeto integrará dois sistemas de eletrolisador conteinerizados NEPTUNE V de 5 MW, reconhecidos por sua eficiência de custo e confiabilidade. O cliente planeja implementar esse design em vários projetos de hidrogênio no Reino Unido, acelerando a implantação e contribuindo para a crescente economia de hidrogênio do país. Além disso, a ITM Power alcançou uma redução de 40% no uso de irídio em seus eletrolisadores, mantendo o desempenho e a longevidade, o que melhora a relação custo-benefício e a sustentabilidade de sua tecnologia. A empresa também está avançando no desenvolvimento de sua próxima plataforma de células, a CHRONOS, que incorporará melhorias tecnológicas para otimizar a eficiência e escalabilidade de seus eletrolisadores. 

A Quebec Innovative Materials Corp. (QIMC) firmou uma parceria com a Avalio para explorar de hidrogênio natural. A parceria buscar explorar o vetor energético em St-Bruno-de-Guigues, Quebec, onde foi encontrada concentrações significativas de hidrogênio. Ademais, a colaboração busca melhorar os métodos de perfuração em profundidades de 500 m e 1,5 km, combinando a experiência das duas empresas. A QIMC, com baixos níveis de dióxido de carbono e metano nas suas reservas, tem se destacado como líder neste setor emergente. O CEO da QIMC, John Karagiannidis, enfatizou que a aliança com a Avalio é crucial para aprimorar as técnicas de exploração, enquanto a Avalio vê na parceria uma oportunidade estratégica de aplicar sua competência em um projeto de alto risco, com foco em soluções de exploração sustentável. (EnergyNews.Biz - 05.02.2025) 

A Acwa Power firmou uma parceria com a SEFE alemã para impulsionar a produção de hidrogênio verde, com foco na maior planta de hidrogênio verde do mundo em Neom, Arábia Saudita. O projeto é uma parte central dos esforços de transição energética do Oriente Médio, visando reduzir as emissões de carbono e promover uma energia mais limpa e sustentável. A usina de hidrogênio reflete a visão da Arábia Saudita para a cidade de Neom, que se posiciona como um centro futurista focado em inovação e sustentabilidade. Este projeto está alinhado com a Visão 2030 do país, buscando diversificar sua economia e avançar para fontes de energia renováveis, à medida que o Oriente Médio se adapta aos padrões globais de sustentabilidade. (EnergyNews.Biz - 03.02.2025) 

A Startup Hydvance é lançada por ex-funcionários da Universal Hydrogen, visando desenvolver soluções para descarbonizar a mobilidade pesada, focando no armazenamento de hidrogênio líquido para aviação, ônibus, caminhões e barcos. A Hydvance oferecerá serviços de auditoria de segurança, testes e seleção de materiais para avançar no uso do hidrogênio em transportes pesados. (Hydrogen Today - 01.02.2025) 

Em pesquisa da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia, modelos computacionais estão sendo usados para simular a injeção, armazenamento e extração de 10 mil toneladas de hidrogênio em um reservatório subterrâneo de gás natural em Taranaki. O estudo, liderado pelo doutorando Liu Jinjian e supervisionado por David Dempsey, analisa desafios como a contaminação do hidrogênio com gás residual e a gestão da pressão do reservatório. A pesquisa busca desenvolver uma estrutura replicável para otimizar o armazenamento subterrâneo de hidrogênio no país. (Eviro News - 01.02.2025) 

A rede HyLion planeja produzir hidrogênio com redução de CO₂ na Escócia e convertê-lo em e-metanol. O e-metanol produzido será utilizado no transporte marítimo, aviação e automobilismo no Reino Unido e na Europa. O projeto conta com parceiros como ARUP, McPhy, Bosch e E.ON, visando uma cadeia de suprimentos transnacional. O projeto-piloto inicial prevê a produção de 9 mil toneladas de hidrogênio e 45 mil toneladas de e-metanol anuais, utilizando CO₂ biogênico da biomassa e da indústria de uísque. A produção deve começar em 2028, com potencial de expansão. (MHP - 01.02.2025) 

Um grupo de empresas no Brasil está desenvolvendo embarcações movidas a hidrogênio verde, visando reduzir significativamente as emissões de gases poluentes no transporte marítimo. O projeto, liderado pelo Parque Tecnológico Itaipu e a JAQ Apoio Marítimo, envolve a adaptação dos barcos Explorer H1 e Explorer H2 para operar com hidrogênio verde, com investimentos de R$ 150 milhões. A embarcação Explorer H1 será apresentada na COP30, em novembro de 2025. As embarcações contarão com eletrolisadores para produzir hidrogênio a bordo, e a Explorer H2, com motor híbrido, poderá reduzir suas emissões em 80% utilizando apenas 20% de hidrogênio. O projeto visa não só a inovação tecnológica, mas também a criação de laboratórios flutuantes para promover pesquisa e educação ambiental nos rios e costas brasileiras. (Valor Econômico - 03.02.2025)  

Em um feito registrado pelo Guinness World Records, o caminhão H2Rescue, movido a célula a combustível de hidrogênio, percorreu 2.906 km sem reabastecimento. Desenvolvido pela Accelera, divisão da Cummins, o veículo utilizou 168 kg de hidrogênio, sem emitir CO₂, enquanto um modelo a diesel teria gerado 301 kg de emissões. Além da eficiência no transporte de longa distância, o H2Rescue pode atuar como fonte de energia elétrica por até 72 horas em emergências. (Autoindustria - 04.02.2025) 

A Nippon Gases Deutschland e o HOYER Group lançaram o primeiro caminhão movido a hidrogênio para transporte de gelo seco, em uma parceria voltada para soluções logísticas sustentáveis. O caminhão, equipado com tecnologia de célula a combustível Hyundai "XCIENT Fuel Cell", oferece uma alternativa livre de emissões ao transporte convencional. Com um alcance de até 450 km e reabastecimento rápido, o veículo contribuirá para a redução de 69 t de CO₂ em comparação com caminhões a diesel. A iniciativa destaca a importância do hidrogênio na mobilidade sustentável e reafirma o compromisso das empresas com a inovação ecológica. (Hydrogen Central - 05.02.2025) 

A Hyundai Motor Company e o Kolon Group formaram a Hydrogen Vehicle Alliance para impulsionar o desenvolvimento de veículos movidos a hidrogênio. A parceria integra a experiência da Hyundai em mobilidade inteligente e as tecnologias avançadas de materiais da Kolon. A Hyundai investiu 20 bilhões de wons na Kolon Spaceworks, subsidiária especializada em materiais compostos e mobilidade de hidrogênio, que recentemente obteve certificação internacional para tanques de combustível de hidrogênio de alta pressão. A Hyundai e a Kia adquiriram ações da Kolon Spaceworks, reforçando o compromisso do Hyundai Motor Group com soluções de mobilidade sustentável. A aliança visa avançar em tecnologias como armazenamento de hidrogênio e tampas de bateria, alinhando-se à estratégia da Coreia do Sul para adotar uma economia de hidrogênio. A Hyundai também planeja investir 24,3 trilhões de wons para acelerar a eletrificação e o desenvolvimento de tecnologias de hidrogênio. (EnergyNews.Biz - 05.02.2025) 

A Plug Power lançou o primeiro programa de preços spot para hidrogênio verde líquido, permitindo compras sob demanda sem contratos de longo prazo. A iniciativa visa oferecer mais flexibilidade a setores como varejo, indústria e geração de energia, além de otimizar a operação das plantas da empresa nos EUA. A S&P Global Platts publicará os preços semanalmente. Segundo o CEO Andy Marsh, essa inovação pode acelerar a adoção do hidrogênio e transformar a dinâmica do mercado global de energia renovável. (Plug Power - 05.02.2025) 

Pesquisadores sul-coreanos, em parceria com a Hyundai e a Kia, desenvolveram um motor de dois litros movido a amônia para aplicações industriais e de mobilidade pesada. O motor utiliza injeção direta de amônia líquida de alta pressão, mitigando desafios como emissões de NOx e instabilidade na queima. A tecnologia melhora a eficiência térmica e energética e pode viabilizar a amônia como alternativa para o transporte de hidrogênio. No entanto, estudos, como um do MIT, alertam para os riscos das emissões de NOx, recomendando a co-combustão com hidrogênio para minimizar impactos ambientais. (H2 View - 05.02.2025) 

O webinar, conduzido por Paul Martin, especialista em desenvolvimento de processos químicos e cofundador da Hydrogen Science Coalition, discutirá os desafios técnicos e econômicos da injeção de hidrogênio em redes de gás natural. Com uma abordagem crítica, ele analisará a viabilidade dessa prática e revisará um estudo da Associação Alemã de Gás e Água (DVGW) sobre a conversão da infraestrutura de gás natural para hidrogênio puro. O evento abordará as limitações dos gasodutos para o hidrogênio, sua relevância para projetos de grande escala e as descobertas de estudos do setor, oferecendo insights essenciais para profissionais da área. 

Em relatório publicado pela BloombergNEF (BNEF), os investimentos globais na transição energética ultrapassaram US$ 2 trilhões em 2024, impulsionados por renováveis, armazenamento, veículos elétricos e redes de transmissão, que cresceram 14,7%. No entanto, setores emergentes como hidrogênio e captura e armazenamento de carbono (CCS) registraram quedas expressivas, com o investimento em hidrogênio recuando 42%, para US$ 8,4 bilhões. A BNEF destaca que a escalabilidade comercial e o risco tecnológico continuam sendo desafios para essas indústrias. Para alcançar a meta de emissões líquidas zero até 2050, seriam necessários US$ 5,6 trilhões anuais entre 2025 e 2030. (Eixos - 31.01.2025) 

Em análise do Plano de Operação Elétrica de Médio Prazo (PAR/PEL 2025-2028), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aponta que métricas essenciais como observabilidade e controlabilidade estão aquém do necessário, destacando a crescente necessidade de flexibilidade no sistema elétrico. A geração distribuída reduziu a carga líquida do SIN em horários críticos, mas aumentou a inflexibilidade da oferta, tornando a flexibilidade, e não a energia, o fator escasso. O próximo leilão de reserva de capacidade priorizará essa característica, permitindo a competição entre baterias, hidrelétricas, termelétricas e hidrogênio. Argumenta-se que subsídios devem ser explícitos para garantir concorrência justa, sem barreiras burocráticas a fontes limpas e renováveis. (eixos - 05.02.2025) 

Em artigo publicado no Economies, os autores analisam o papel do hidrogênio verde produzido pela reforma do etanol na descarbonização da economia brasileira. Utilizando a tabela de insumo-produto do IBGE, o estudo avalia o impacto macroeconômico do hidrogênio verde no PIB e na geração de empregos, além de sua viabilidade econômica e implicações para políticas energéticas. O trabalho destaca os abundantes recursos renováveis do Brasil e os investimentos necessários em infraestrutura para uma economia do hidrogênio. Os resultados oferecem subsídios para a estratégia nacional de descarbonização e podem servir de referência para outros países em transição energética. (Economies - dezembro, 2024) 

Em artigo publicado, os autores analisam o impacto da degradação dos eletrolisadores de membrana de troca aniônica (AEM) na produção de hidrogênio verde em sistemas alimentados por energia solar fotovoltaica. O estudo valida um modelo de eletrolisador e investiga como a consideração da degradação afeta parâmetros técnico-econômicos. Os resultados indicam que incluir o fator de degradação aumenta o custo nivelado do hidrogênio (LCOH) em apenas 1,47%, mas pode chegar a 10% sob taxas mais elevadas de degradação. O trabalho também destaca a viabilidade do aproveitamento do oxigênio como subproduto para eletrolisadores acima de 35 kW e avalia estratégias de substituição de pilhas. (International Journal of Hydrogen Energy - março, 2025)