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IFE Hidrogênio 185
Políticas Públicas e Financiamentos
Espanha anuncia pacote de investimentos para hidrogênio verde
O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou um novo pacote de investimentos para fortalecer a liderança do país no hidrogênio verde, incluindo 400 milhões de euros destinados a projetos não selecionados no primeiro leilão do Banco Europeu do Hidrogênio. Em abril de 2024, a Espanha apresentou 46 projetos, totalizando 2,9 GW de capacidade de eletrólise, e agora acelera sua transição energética com iniciativas estratégicas. Durante evento da Enagas, Sánchez destacou que a Espanha cresce mais e de forma mais sustentável do que qualquer outra grande economia, registrando um crescimento trimestral do PIB de 3,5% e uma matriz elétrica com 56% de fontes renováveis. Além disso, o governo está próximo de aprovar o programa Valles do Hidrogênio, que investirá 1,3 bilhão de euros na estruturação de hubs de hidrogênio em todo o país. A Espanha já multiplicou por três sua meta inicial de capacidade instalada de eletrolisadores, alcançando 12 GW em cinco anos, consolidando-se como um dos epicentros globais do hidrogênio renovável e prevendo 81% de sua eletricidade gerada por fontes limpas até 2030. Essa transição reduzirá em mais de 80 bilhões de euros a dependência dos combustíveis fósseis. O país também concentra 20% dos projetos globais de hidrogênio verde anunciados e tem papel-chave no gasoduto H2Med, que conectará a Espanha a Portugal, França e Alemanha, e poderá servir como ponte entre o Norte da África e a Europa, viabilizando a exportação de cerca de 2 milhões de toneladas de hidrogênio verde por ano. (Eixos – 30.01.2025)
Link ExternoTérmica a hidrogênio verde quer participar de leilão de capacidade
A Nexblue está avançando com seu projeto de produção de hidrogênio verde para geração de e-metanol e energia termelétrica, visando participar do próximo leilão de reserva de capacidade no fim do ano. O CEO da empresa, Nelson Silveira, destacou que o projeto busca ser equiparado às termelétricas a gás natural, aguardando um parecer da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e da Aneel antes de 14 de fevereiro para garantir sua elegibilidade no leilão. A estratégia da Nexblue envolve a integração de cinco projetos no Ceará, Piauí e Maranhão, cada um com termelétricas de 22 MW e eletrolisadores de 160 MW, utilizando um parque solar para alimentar a eletrólise do hidrogênio. Esse hidrogênio será utilizado tanto para alimentar turbinas a gás operando 100% com hidrogênio quanto para sintetizar e-metanol a partir da combinação com CO2 capturado da biomassa. A empresa busca evitar os desafios logísticos do transporte de hidrogênio, consumindo toda a produção dentro da própria planta. A competitividade do projeto reside na sinergia entre a geração termelétrica e a produção de e-metanol, uma abordagem que garante viabilidade econômica. Além disso, a verticalização da empresa reduzirá custos ao gerar sua própria energia solar, isentando-se de encargos setoriais, e ao produzir biomassa a partir de capim-elefante, coco e coco de babaçu, aproveitando resíduos locais para capturar CO2 biogênico. O e-metanol produzido será voltado para a descarbonização do setor marítimo, atendendo às exigências da Organização Marítima Internacional (IMO) para redução de emissões, com cada unidade projetada capaz de produzir 50 mil toneladas por ano. (Eixos – 30.01.2025)
Link ExternoData centers e hidrogênio vão estimular contratos de compra de energia solar e eólica em 2025
O Brasil deve registrar mais de 2 GW em contratos corporativos de compra de energia solar e eólica (PPAs) em 2025, impulsionado pelo crescimento econômico, aumento da demanda de novas indústrias, como data centers e hidrogênio, e ondas de calor mais frequentes, segundo projeção da BloombergNEF. O cenário representa uma recuperação em relação a 2024, ano que foi desafiador para esse mercado devido ao excesso de oferta de energia hidrelétrica, à expansão de instalações solares de baixo custo e às perdas de R$ 1,7 bilhão associadas ao corte de geração (curtailment) nos 15 meses até novembro de 2024. Para 2025, a expectativa de aumento na demanda por energia fortalece o mercado, com o ONS prevendo um consumo de 82,7 GW no país, um avanço de 3,5% em relação ao ano anterior. O setor de data centers, com 22 projetos contabilizados pelo Ministério de Minas e Energia até agosto, pode demandar até 9 GW até 2035. Além disso, a ANP aprovou 12 novos projetos de hidrogênio verde em 2024, um crescimento de 50% em relação a 2023. No entanto, a volatilidade dos preços da energia deve crescer devido às incertezas climáticas, já que o fenômeno La Niña pode aumentar chuvas no Norte, mas reduzir precipitações no Sul e Sudeste, intensificando períodos de seca e afetando a geração hidrelétrica. (Eixos – 30.01.2025)
Link ExternoItália e Arábia Saudita fecham parcerias que incluem comercialização de hidrogênio verde
Itália e Arábia Saudita firmaram acordos bilaterais estratégicos avaliados em cerca de US$ 10 bilhões para projetos de infraestrutura e energia sustentável, durante a visita oficial da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni ao país árabe. Meloni destacou que essa parceria representa uma nova fase de cooperação estratégica, abrangendo desde iniciativas energéticas até o fortalecimento de parcerias na África, em alinhamento com o Plano Mattei. No encontro com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, também foram discutidas questões geopolíticas, como a busca por paz na Ucrânia, o cessar-fogo em Gaza e o apoio a processos políticos na Síria e no Líbano. Um dos principais acordos foi o memorando de entendimento entre a ACWA Power, da Arábia Saudita, e a italiana Snam, para desenvolver uma cadeia de suprimento internacional de hidrogênio verde e um terminal de importação de amônia na Itália, conectando-se ao SoutH2 Corridor. Esse corredor de 3.300 km interligará o Norte da África à Itália e seguirá até a Alemanha, reforçando o papel do hidrogênio na descarbonização da Europa. (Eixos – 28.01.2025)
Link ExternoUnião Europeia apoia Hydrogen Valley na Áustria
A União Europeia está apoiando o projeto “Hydrogen Industrial Inland Valley Austria” (HI2), que abrange os estados da Estíria, Alta Áustria e Caríntia, com uma doação inicial de 20 milhões de euros, e investimentos totais estimados em 578 milhões de euros até 2030. Este projeto visa transformar locais industriais em centros sustentáveis de produção de hidrogênio verde, essencial para atingir a neutralidade de CO2, com foco em pesquisa, desenvolvimento e implementação de tecnologias de hidrogênio. Com 17 projetos planejados, o projeto abrange toda a cadeia de valor do hidrogênio, desde a produção até o transporte, armazenamento e aplicação, com uma grande parte do hidrogênio sendo destinado à indústria (56%), energia (23%) e mobilidade (21%). O projeto prevê a construção de novas plantas de eletrólise, que produzirão mais de 10.000 toneladas de hidrogênio por ano até 2028, atendendo a uma demanda local de mais de 13.000 toneladas. O cronograma estipula que o planejamento seja concluído até 2026, com usinas operacionais até 2028, e otimizadas até 2030. A meta é produzir cerca de 5.500 toneladas de hidrogênio verde por ano a partir de 2028. O setor industrial, especialmente as indústrias de aço, cimento e matérias-primas, que são muito intensivas em energia, são os focos principais, com a necessidade crescente de hidrogênio verde para descarbonização, estimada em mais de 18.000 toneladas anuais até 2035. (Hydrogen Central – 31.01.2025)
Link ExternoAs ambições da Europa em relação ao hidrogênio verde serão frustradas?
As ambições da União Europeia em relação ao hidrogênio verde enfrentam desafios consideráveis, com o custo elevado de produção e a necessidade de investimentos substanciais em infraestrutura, como gasodutos e instalações de armazenamento. A meta da UE de produzir 10 milhões de toneladas de hidrogênio verde até 2030 exige uma enorme quantidade de eletricidade renovável, aproximadamente 500 TWh a mais por ano, um volume comparável ao consumo de energia da Alemanha. Embora países como Alemanha, Espanha e Polônia estejam avançando com planos para atualizar suas infraestruturas e explorar suas vantagens geográficas, como recursos solares e eólicos, a União Europeia enfrenta obstáculos, como a necessidade de integrar o hidrogênio aos sistemas de energia existentes e as desigualdades regionais no acesso à infraestrutura. A produção de hidrogênio verde, ainda cara em comparação com o gás natural, requer a implementação de subsídios e políticas de preços de carbono para se tornar viável. A capacidade de gerar eletricidade verde suficiente, aliada ao ceticismo de algumas instituições sobre os planos ambiciosos da UE, torna o futuro do hidrogênio limpo um teste crucial para a liderança europeia na transição energética global, especialmente diante da mudança de postura dos EUA sob o governo Trump. (Hydrogen Central – 30.01.2025)
Link ExternoDesafios e oportunidades do hidrogênio verde no armazenamento de energia no Brasil
A decisão do STJ, que isentou a Aneel de ressarcir geradores de energia renovável pelos cortes de geração (curtailment), evidencia a necessidade de otimizar o uso do excedente de energia limpa no Brasil. O curtailment, causado por limitações na infraestrutura de transmissão e excesso de geração, gerou perdas de R$ 1,7 bilhão em 15 meses, afetando tanto os geradores quanto os consumidores. Uma alternativa estratégica é a produção de hidrogênio verde a partir desse excedente energético, como já ocorre no Reino Unido, onde o uso de energia eólica desperdiçada gerou economias e fortaleceu o setor de hidrogênio. Além disso, o hidrogênio verde se destaca pelo armazenamento de longo prazo de energia, uma vantagem em relação às baterias convencionais. No entanto, o armazenamento de hidrogênio ainda enfrenta desafios técnicos, como a sua baixa densidade e necessidade de resfriamento extremo, o que demanda soluções inovadoras para viabilizar seu uso. (Agência Eixos – 26.01.2025)
Link ExternoProdução
Empresa indiana planeja usina de hidrogênio verde da Índia
A Indian Oil Corporation Limited (IOCL) está avançando significativamente no setor de energia verde com planos para estabelecer uma planta de hidrogênio verde de 10.000 toneladas por ano em sua refinaria de Panipat. Este projeto posicionará a instalação como a maior produtora de hidrogênio verde da Índia, um combustível sustentável crucial para o futuro. O hidrogênio verde destaca-se por seu potencial de transformar indústrias como refinarias, siderúrgicas e logística pesada, que tradicionalmente enfrentam desafios na descarbonização (Energy Biz - 28.01.2024)
Link ExternoITM irá projetar usina de hidrogênio de 10 MW no Reino Unido
A ITM Power foi contratada por uma empresa europeia de energia não identificada para desenvolver um projeto padrão de usina de hidrogênio verde de 10 MW no Reino Unido. O sistema utilizará dois eletrolisadores Neptune V de 5 MW, lançados em 2024 a £ 4,35 milhões cada. A expectativa é que, após a conclusão do projeto inicial, a tecnologia seja implantada em diversas unidades pelo país. O CEO da ITM, Dennis Schulz, destacou que a configuração modular permitirá a rápida implementação dos projetos. (H2 View - 24.01.2025)
Link ExternoArmazenamento e Transporte
Alemanha: Hesse revela plano para rede de gasodutos de hidrogênio de 280 km
O estado de Hesse, na Alemanha, apresentou planos para desenvolver uma rede de hidrogênio de 280 km, com um custo estimado de até € 300 milhões (US$ 311 milhões), visando conectar a região às rotas nacionais de transporte de hidrogênio, como os gasodutos H2ercules, Flow e Werne-Eisenach Line. Além disso, gasodutos adicionais serão necessários para distribuir o hidrogênio na região. O Ministério de Economia e Energia de Hesse indicou que 15 operadoras de redes de gás, incluindo Open Grid Europe e Terranets bw GmbH, conduziram estudos de viabilidade sobre a rede no norte e centro de Hesse. O estudo propôs um corredor de gasodutos que vai de Lahntal até Kassel, com ramais locais, utilizando tanto novos gasodutos quanto outros reaproveitados. A pesquisa revelou que a indústria local precisará entre 8,5 TWh e 9 TWh de hidrogênio verde por ano entre 2032 e 2035. No entanto, o Ministério de Hesse esclareceu que não será possível fornecer hidrogênio exclusivamente pela rede de gás existente, já que ainda é necessário abastecer os consumidores com gás natural. Como solução, foi proposta uma rede de distribuição para garantir o fornecimento de hidrogênio na região, com uma conexão futura à Rede Nacional Alemã de Hidrogênio, a Wasserstorff-Kernnetz. O Ministro Kaweh Mansoori enfatizou o compromisso da região com a economia de hidrogênio e agradeceu aos operadores pela colaboração no estudo de viabilidade. (H2 View – 31.01.2025)
Link ExternoUso Final
Freija lança estudos FEED para projeto de e-metanol baseado em hidrogênio na Finlândia
A Freija iniciou os estudos de engenharia e design de front-end (FEED) para um projeto de e-metanol baseado em hidrogênio verde na Finlândia. A empresa escolheu um terreno de 150.000 m² em Nokia, na região de Tampere, e divulgou o relatório do programa de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA). O projeto será desenvolvido em até três fases, com uma decisão final de investimento prevista para 2026 e início da produção em 2029. Cada fase produzirá 58.000 toneladas anuais de e-metanol, alinhado com os critérios de Combustíveis Renováveis de Origem Não Biológica (RFNBO) da UE. (H2 View - 23.01.2025)
Link ExternoMissionH24 está explorando o uso de hidrogênio líquido
A MissionH24, um projeto colaborativo entre o Automobile Club de l'Ouest e o H24Project, está explorando uma nova abordagem para o uso de hidrogênio nas competições automobilísticas, migrando do hidrogênio gasoso para o hidrogênio líquido. Essa mudança visa atender melhor às exigências das corridas de endurance, oferecendo uma solução mais eficiente para o armazenamento de energia. O H24EVO, o mais recente protótipo da missão, foi destacado no evento Hyvolution Paris em janeiro de 2025, atraindo um grande número de visitantes, incluindo especialistas, membros da indústria e representantes institucionais. Durante o evento, líderes como Pierre Fillon, Jean-Michel Bouresche e Bassel Aslan compartilharam seus insights sobre a transição energética por meio do hidrogênio. Além disso, a MissionH24 ofereceu uma experiência interativa ao público com o "DiscoverHY", permitindo que os participantes testassem seus conhecimentos sobre o hidrogênio e a competição, demonstrando também a eletrólise de água. O projeto faz parte do consórcio AdvancedH2Valley, promovendo a implementação do hidrogênio como fonte de energia no automobilismo e em outras indústrias. (Hydrogen Central – 30.01.2025)
Link ExternoPlano de produção de motor de hidrogênio da Yanmar é aprovado
A Yanmar Power Technology Co., Ltd., uma subsidiária da Yanmar Holdings, obteve aprovação para o seu “Novo Plano de Produção para Motores Movidos a Hidrogênio e Sistemas de Células de Combustível de Hidrogênio” como parte do projeto de construção de navios com emissão zero do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério de Terras, Infraestrutura, Transporte e Turismo do Japão. A proposta foi aprovada em 9 de janeiro de 2025 e visa estabelecer um sistema de produção avançado para navios movidos a hidrogênio e baterias, com o objetivo de reduzir as emissões de CO2 e aumentar a competitividade industrial e o crescimento econômico. A iniciativa faz parte do YANMAR GREEN CHALLENGE 2050, um esforço global para promover uma sociedade sustentável, que inclui a introdução de um sistema de célula de combustível de hidrogênio para uso marítimo e a realização de testes em terra de um motor de hidrogênio de 500 kW. Com o apoio do projeto de emissão zero, a Yanmar pretende antecipar suas metas de produção de motores a hidrogênio para 2040 e alcançar a neutralidade de carbono em seus produtos de energia marítima, como motores a hidrogênio, até 2045, superando as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa estabelecidas pela Organização Marítima Internacional. A empresa continuará a oferecer soluções ecológicas para apoiar a descarbonização no setor. (Hydrogen Central – 29.01.2025)
Link ExternoTecnologia e Inovação
Pesquisadores descobrem maneira de armazenar hidrogênio usando combustível de aviação de lignina
Uma equipe internacional de cientistas, liderada pelo professor Bin Yang da Washington State University, descobriu uma nova maneira de armazenar e liberar hidrogênio volátil utilizando combustível de aviação à base de lignina, um polímero orgânico encontrado em plantas. A pesquisa, publicada no International Journal of Hydrogen Energy, mostra que o combustível de aviação desenvolvido pelos pesquisadores pode quimicamente ligar o hidrogênio, tornando-o mais estável e fácil de armazenar em forma líquida. Essa inovação resolve um dos maiores desafios do hidrogênio como fonte de combustível, a sua baixa densidade e natureza explosiva, que tornam o armazenamento e transporte ineficazes e caros. O novo processo usa reações químicas para criar carbonos aromáticos e hidrogênio a partir do combustível de lignina, eliminando a necessidade de tanques pressurizados e melhorando a eficiência no armazenamento e transporte. Além disso, o combustível sustentável desenvolvido tem o potencial de aumentar o desempenho e a eficiência dos motores, ao mesmo tempo, em que elimina compostos poluentes comuns em combustíveis tradicionais. A pesquisa é vista como um avanço promissor para a mobilidade com zero emissão, a integração de energias renováveis e a descarbonização industrial. O estudo será seguido pelo desenvolvimento de um catalisador baseado em inteligência artificial, visando tornar o processo ainda mais eficiente e econômico. O trabalho recebeu financiamento do Departamento de Energia dos EUA. (Hydrogen Central – 29.01.2025)
Link ExternoMáquina de trabalho com sistema de energia de hidrogênio
A Kobelco Construction Machinery registrou uma patente em 16 de janeiro de 2025 para um sistema inovador que utiliza hidrogênio como fonte de energia para máquinas de trabalho. A tecnologia inclui um tanque de hidrogênio, um dispositivo de geração de energia, um tubo especializado para condução do gás e uma estrutura de suporte robusta. O design otimiza o fluxo de hidrogênio, garantindo um fornecimento contínuo e eficiente. A patente representa um avanço na engenharia sustentável, reduzindo emissões e promovendo o uso de hidrogênio como alternativa aos combustíveis fósseis em operações industriais. (EnegyNews.Biz - 28.01.2025)
Link ExternoSistema de gerenciamento de salmoura movido a energia solar para produção de hidrogênio e cloro
Em artigo publicado pelo International Journal of Hydrogen Energy, pesquisadores da Universidade Hamad Bin Khalifa, no Catar, propuseram um sistema movido a energia solar para gerenciamento de salmoura e produção de hidrogênio. A configuração integra uma unidade fotovoltaica-térmica (PVT), dessalinização por osmose reversa (RO), eletrodiálise reversa (RED) e um processo fotocloroalcalino (PCA) para converter resíduos em hidrogênio e eletricidade. O sistema alcançou eficiências de energia e exergia de 66,9% e 23,1%, respectivamente, gerando 18,78 kg/dia de hidrogênio e 120,6 m³/dia de água doce. (PV Magazine - 24.01.2025)
Link ExternoEventos
Webinar: Oportunidades do hidrogênio verde no Brasil
Em webinar que será realizado no dia 20 de fevereiro, será discutido como Brasil possui um potencial incomparável para energia renovável, com recursos abundantes em solar, eólica e hidrelétrica. Analistas preveem que o país poderá produzir hidrogênio limpo a metade do custo do hidrogênio cinza até 2050, tornando-se o mais competitivo globalmente na produção e exportação de H₂ verde. No entanto, desafios como a redução da geração hidrelétrica e barreiras técnicas à eletrólise precisam ser superados. Atualmente, mais de 40 projetos de hidrogênio verde estão em desenvolvimento no Brasil. Um webinar abordará oportunidades e desafios do setor, explorando o LCoH, a exportação de derivados como metanol e amônia, e os projetos emergentes.
Link ExternoCPFL/Estrella: Não consigo ver competitividade no H2V para consumir esses 20%
Durante o Latin America Investment Conference (LAIC), promovido pelo UBS BB, em São Paulo, o presidente da CPFL, Gustavo Estrella, afirmou que não vê competitividade na indústria de hidrogênio verde para consumir os 20% de sobreoferta no setor elétrico brasileiro atualmente. Ele considera que a solução mais viável seria a indústria de data centers, que já está presente no mercado. Estrella alertou que o apoio a essa indústria pode gerar efeitos colaterais, como a expansão da rede de transmissão e distribuição, mas destacou que é preciso lembrar dos ganhos que ela pode trazer. Já o vice-presidente de comercialização da Eletrobras, Ítalo Freitas, afirmou que a regulação desse setor precisa se alinhar às necessidades para o seu desenvolvimento sem aumentar os desafios envolvendo encargos e subsídios que já impactam a tarifa de energia elétrica. (Broadcast Energia – 28.01.2025)
Link ExternoArtigos e Estudos
Hidrogênio vive fase crítica de desenvolvimento, diz GlobalData
O relatório da GlobalData ‘Hydrogen‘ revela que a economia do hidrogênio está atualmente em sua fase crítica de desenvolvimento, já que o aumento na demanda que era esperado em 2020, quando planos ousados de descarbonização da indústria foram anunciados , não está se realizando. À medida que mais indústrias, como aço, transporte e energia, tentam descarbonizar suas operações, a demanda por hidrogênio de baixo carbono deveria crescer. De acordo com o relatório, cerca de 83% da capacidade de hidrogênio de baixo carbono que entrará em operação até 2030 deve vir de usinas de hidrogênio verde, enquanto o restante é de hidrogênio azul. As capacidades de hidrogênio roxo e turquesa devem ser minúsculas. Apenas cerca de 2% da capacidade total esperada até 2030 está atualmente operacional. Para Ravindra Puranik, analista de petróleo e gás da GlobalData, o destino e ímpeto do energético nos próximos anos serão decididos por como as coisas se desenrolarão no futuro próximo. Ele conta que há uma necessidade de expansão da rede de distribuição de hidrogênio em escala, o que inclui a adição de novos gasodutos. Várias empresas de petróleo e gás anunciaram novas usinas de hidrogênio azul e verde, que devem estar operacionais até 2030. (Agência CanalEnergia - 27.01.2025)
Link ExternoHidrogênio verde pode ser solução para o curtailment
A recente decisão do STJ a favor da Aneel, isentando a agência de ressarcir geradores de energia renovável pelo curtailment, reforça a necessidade de otimizar o uso do excedente de energia limpa no Brasil. O problema ocorre quando há excesso de geração ou limitações na transmissão, levando a perdas que somaram R$ 1,7 bilhão em 15 meses. O custo recai sobre o consumidor final, tornando a energia mais cara e incentivando fontes fósseis como gás e carvão. A produção de hidrogênio verde surge como alternativa estratégica, permitindo converter esse excedente energético em combustível limpo. No Reino Unido, estudos indicam que o uso do hidrogênio verde poderia evitar desperdícios e gerar bilhões de libras em economia. Além de seu potencial industrial e para transportes, o hidrogênio verde pode atuar como solução de armazenamento sazonal de longo prazo, diferentemente das baterias, que atendem oscilações de curto prazo. O Leilão de Reserva de Capacidade no Brasil já considera a inclusão de projetos de armazenamento energético, e empresas como a Wärtsilä desenvolvem motores capazes de operar com misturas de hidrogênio e gás natural. No entanto, desafios no armazenamento do hidrogênio persistem, incluindo sua baixa densidade e necessidade de tecnologias como compressão, armazenamento geológico em cavernas de sal e conversão em amônia. É essencial que reguladores e agentes do setor avaliem soluções para integrar o hidrogênio ao sistema elétrico sem onerar ainda mais os consumidores. (Eixos – 26.01.2025)
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