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IFE Hidrogênio 182
Políticas Públicas e Financiamentos
Brasil: Governo seleciona 12 projetos para hubs industriais de hidrogênio
O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou no dia 20 de dezembro, a seleção de 12 projetos para criação de hubs de hidrogênio de baixa emissão de carbono no Brasil. Os projetos selecionados são parte da chamada pública do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2). O objetivo é impulsionar a descarbonização da indústria brasileira e consolidar polos produtivos de hidrogênio limpo até 2035. O edital atraiu 70 propostas de todas as regiões do país, abrangendo 20 estados. Os empreendimentos selecionados utilizam diversas fontes para a produção de hidrogênio, incluindo eletricidade da rede interligada, energia solar, eólica, etanol e biomassa, com capacidade projetada de produção anual entre mil e 350 mil toneladas de hidrogênio de baixo carbono. Entre os destaques estão o Uberaba Green Fertilizer, da Atlas Agro, que visa produzir fertilizantes verdes por eletrólise a partir de energias renováveis, e o Hub de Hidrogênio e Amônia da Cemig, ambos em Minas Gerais. A Petrobras, Eletrobras, Neoenergia, CSN e os portos de Suape e Açu também figuram entre os aprovados. Os projetos classificados serão agora detalhados quanto à viabilidade e alocação dos recursos, com análise de aspectos técnicos, financeiros, localização, parcerias, impacto ambiental e potencial de mercado, incluindo aplicações como produção de aço verde, alumínio, fertilizantes e e-metanol (Eixo – 23.12.2024)
Link ExternoAlemanha: H2Global lançará segundo leilão de hidrogênio com foco global e regional
A segunda rodada de leilões do programa H2Global implementará uma estratégia dupla, com dois leilões distintos realizados em diferentes continentes, totalizando € 3 bilhões (US$ 3,1 bilhões) em financiamento. O objetivo é fortalecer cadeias de suprimentos globais resilientes para hidrogênio verde e seus derivados, com a distribuição de parte dos recursos por meio de leilões regionais em áreas estratégicas, como América do Norte, América do Sul, Austrália, Ásia e África. Além disso, o “lote global” contará com financiamento conjunto da Alemanha e da Holanda, com compromissos de até € 2,7 bilhões e € 300 milhões, respectivamente. A Alemanha também está em negociações com a União Europeia para definir alocações de financiamento adicionais destinadas a leilões específicos na Europa, buscando fomentar ainda mais o mercado de hidrogênio verde e promover parcerias internacionais no setor de energia sustentável. Esse esforço visa consolidar uma infraestrutura global robusta para a produção e comercialização de hidrogênio, impulsionando a descarbonização em larga escala. (H2 View – 08.01.2025)
Link ExternoTesouro dos EUA flexibiliza regras de crédito tributário de hidrogênio de 45V
O Tesouro dos EUA anunciou alterações nas regras para produtores de hidrogênio que desejam se qualificar para créditos fiscais da Lei de Redução da Inflação (IRA). A Seção 45V do Inflation Reduction Act (IRA) oferece incentivos de até US$ 3/kg para hidrogênio limpo, buscando equilibrar os custos em relação ao hidrogênio cinza e outros combustíveis fósseis. Inicialmente, uma proposta de dezembro de 2023 exigia que a operação das plantas de hidrogênio limpo fosse sincronizada com a geração de energia renovável no mesmo horário, a partir de 2028. Contudo, esse requisito de correspondência horária foi prorrogado para 2030. (H2 View – 03.01.2025)
Link ExternoEUA: Mudanças nas regras de impostos sobre hidrogênio atraem críticas
As novas regras fiscais sobre hidrogênio do governo Biden, anunciadas em janeiro de 2025, geraram reações mistas de diferentes setores. O Instituto Americano de Petróleo e produtores de hidrogênio “azul” elogiaram as mudanças, destacando a maior flexibilidade nas regras de contabilidade de emissões e a possibilidade de se qualificar para créditos mais elevados usando gás natural com captura de carbono. Já os desenvolvedores de hidrogênio “verde”, como a Plug Power, consideraram as alterações um avanço, mas enfatizaram a necessidade de refinamentos adicionais, especialmente, sobre a exigência de “incrementalidade”, que determina que usinas de hidrogênio usem eletricidade de fontes renováveis criadas nos últimos 36 meses. Essa exigência recebeu uma exceção para estados com políticas climáticas robustas, como Washington e Califórnia. As regras também beneficiam usinas nucleares com dificuldades financeiras, permitindo que elas contabilizem parte de sua capacidade como incremental. Embora grupos climáticos tenham elogiado a manutenção da regra de correspondência horária para o uso de eletricidade limpa, criticaram o adiamento de sua implementação de 2028 para 2030. O crédito fiscal de até US$ 3/kg é visto como um impulso à descarbonização de setores de difícil alcance, como transporte pesado e portos, especialmente na Califórnia, onde os altos custos do hidrogênio ainda representam um desafio. Segundo dados da S&P Global Commodity Insights, o custo médio de produção de hidrogênio verde na Costa do Golfo dos EUA foi de US$ 2,85/kg em 2024, enquanto no sul da Califórnia o valor chegou a US$ 3,21/kg. Para se qualificar ao crédito integral, os produtores precisam reduzir emissões em 95%. (Hydrogen Central – 06.01.2025)
Link ExternoProdução
Índia pressiona o acelerador de hidrogênio
O mercado indiano de hidrogênio verde está em expansão, impulsionado por desenvolvimentos como o centro de hidrogênio verde da NTPC Green Energy em Andhra Pradesh, um investimento de US$ 22,3 bilhões com capacidade para produzir 1.500 toneladas de hidrogênio verde e 7.500 toneladas de derivados diariamente. Os clusters industriais são fundamentais para a estratégia indiana, promovendo colaboração, redução de emissões e criação de empregos sustentáveis. Além disso, a parceria entre Greenstat Hydrogen India e H2Carrier visa projetos de hidrogênio e amônia verde com tecnologia P2XFloater. No segundo leilão de hidrogênio verde, a demanda ultrapassou a oferta prevista, destacando o crescente interesse do mercado. Parcerias internacionais, como o Roteiro Indo-Alemão para o Hidrogênio Verde, reforçam a ambição do país, que pode até dobrar sua meta de 5 mmtpa até 2030. Contudo, desafios como redução de custos, ampliação de infraestrutura e criação de regulamentos ainda precisam ser superados para consolidar a liderança indiana no setor de energia limpa. (H2 View - 07.01.2025)
Link ExternoCoreia do Sul: GH EnA faz parceria com Utility para produzir hidrogênio a partir de biogás
A GH EnA, da Coreia do Sul, firmou um acordo com a Utility para utilizar os reatores H2Gen, baseados na tecnologia eXERO, na produção de hidrogênio "carbono negativo" a partir de biogás, sem necessidade de eletricidade ou reforma de metano a vapor. Essa solução é apresentada como mais econômica e com menor impacto ambiental em comparação aos métodos tradicionais. Os projetos iniciais serão implementados em diversas localidades, e o hidrogênio produzido será destinado ao setor de transporte comercial, incluindo veículos pesados e ônibus. A tecnologia permite a produção local de hidrogênio limpo, beneficiando indústrias difíceis de descarbonizar, como a siderurgia e petroquímica, além de apoiar as metas do Roteiro da Economia de Hidrogênio da Coreia do Sul. O país também lançou um mercado de licitações para até 6.500 GWh de eletricidade gerada por hidrogênio limpo em 15 anos, com planos de produzir 3.000-3.500 GWh anualmente até 2027, embora dependa de volumes importados para atender à demanda. (H2 View - 08.01.2025)
Link ExternoFrança: TRIG fornecerá energia eólica para projeto de hidrogênio sob novo PPA
O Renewables Infrastructure Group (TRIG) fornecerá eletricidade de parques eólicos franceses para o projeto de hidrogênio Hyd'Occ, desenvolvido pela Qair France em Port-la Nouvelle. Com inauguração prevista para este ano, o projeto deverá produzir 3 mil toneladas de hidrogênio verde anualmente, utilizando energia renovável gerada na região de Occitanie. Esta iniciativa, em parceria com AREC Occitanie, será a maior instalação de hidrogênio renovável da França, responsável por 40% da produção nacional. O diretor da AREC ressaltou a importância do acordo para impulsionar o plano regional de hidrogênio verde. (H2 View - 02.01.2025)
Link ExternoBrasil: Petrobras e CSN assinam acordo para avaliar usina de hidrogênio no PR
A Petrobras assinou um Protocolo de Intenções com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a CSN Inova Soluções. O acordo representa uma primeira etapa para estruturar uma parceria de negócios visando a possibilidade de implantação de uma planta de hidrogênio de baixo carbono em escala comercial no Paraná. A iniciativa tem o objetivo de apoiar os esforços de descarbonização das operações e produtos das duas empresas. A parceria pode contribuir também para mitigação dos riscos, fortalecimento da governança corporativa e compartilhamento de informações, experiências e tecnologias. Até então, a última novidade envolvendo o segmento do H2 pela petroleira foi em outubro, para construção de uma planta no Rio Grande do Norte. (Agência CanalEnergia - 20.12.2024).
Link ExternoArmazenamento e Transporte
Energie AG vai redirecionar trechos do gasoduto austríaco para hidrogênio
A Áustria planeja redirecionar parte de seu gasoduto de gás natural para transporte de hidrogênio, com a Energie AG contratando a Netz Oberösterreich para adaptar o trecho entre Linz e Sattledt. A rede da empresa cobre 6.000 km, e a primeira seção do gasoduto será submetida à aprovação em breve. O sistema funcionará de forma dupla, com gás natural em um tubo e hidrogênio no outro. O gasoduto de hidrogênio terá 40 cm de diâmetro e poderá transportar até 50 m³ por hora, equivalente a 170 MW, similar à capacidade da usina de aquecimento distrital de Linz. A adaptação exigirá uma emenda à licença de operação e já possui uma estrutura legal definida. Segundo Alexander Kirchner, CTO da Energie AG, o hidrogênio verde é fundamental para o futuro energético da região, e a modificação do gasoduto representa um grande passo para tornar a Alta Áustria uma das primeiras regiões do país a utilizar hidrogênio. O projeto usará hidrogênio verde de produtores locais, alinhado ao pacote de subsídios de € 400 milhões anunciado pelo governo em fevereiro, com apoio do Banco Europeu de Hidrogênio (EHB). (H2 View – 09.01.2025)
Link ExternoCoreia do Sul: LUPro produzirá amônia verde em Omã para exportação ao Sudeste Asiático
A sul-coreana LUPro firmou um acordo com a Muscat Investment House, de Omã, para produzir um milhão de toneladas anuais de amônia verde, com exportação destinada à Tailândia e ao Sudeste Asiático. A instalação será construída em Duqm e deverá iniciar exportações para a Tailândia em 2027, onde a MA Corporation comercializará a amônia para outros consumidores industriais na região. O plano inicial prevê a produção de um milhão de toneladas anuais, com meta de expansão para cinco milhões ao longo de cinco anos, utilizando uma usina de energia de 2 GW para sustentar a operação. (H2 View - 03.01.2025)
Link ExternoPenspen avaliará a viabilidade da mistura de hidrogênio para o oleoduto Trans Adriático
A Penspen foi contratada para realizar uma análise de lacunas de hidrogênio no Gasoduto Trans-Adriático (TAP), com 877 km de extensão, que conecta a rede de gás da Itália ao Gasoduto Trans-Anatólio (TANAP) na fronteira entre a Grécia e a Turquia. O objetivo é avaliar a viabilidade da introdução de misturas de hidrogênio no sistema, visando aumentar a capacidade, promover a sustentabilidade e apoiar a descarbonização regional. Embora os operadores do sistema de transmissão (TSOs) do TAP não tenham revelado a taxa de mistura de hidrogênio planejada, um estudo inicial de prontidão para hidrogênio foi iniciado pelo consórcio em 2021. (H2 View – 07.01.2025)
Link ExternoUso Final
Brasil: Açu e Yamna firmam acordo de reserva de área para produção de amônia verde
A YamnaCo firmou um acordo de reserva de terras com o Porto do Açu para a implantação de uma fábrica de amônia verde com base em hidrogênio, cuja capacidade de produção poderá chegar a até um milhão de toneladas anuais. O projeto será desenvolvido no complexo industrial portuário do Porto do Açu, localizado no nordeste do Rio de Janeiro, e exigirá cerca de 1,8 GW de eletrolisadores para alcançar sua meta de produção. Com o novo contrato, a empresa britânica terá acesso a uma área de mais dois quilômetros quadrados, além do quilômetro quadrado previamente alocado. A expectativa é de que a decisão final de investimento (FID) ocorra em 2027, permitindo o início da produção das primeiras moléculas verdes em 2030. Esse empreendimento reforça o posicionamento do Porto do Açu como um dos principais hubs de hidrogênio e amônia verde no Brasil, consolidando parcerias estratégicas para a descarbonização global. (H2 View – 07.01.2025)
Link ExternoNippon Gases e HOYER vão implantar caminhão movido a hidrogênio para logística de gelo seco
A Nippon Gases Germany e o HOYER Group receberam um caminhão Hyundai XCIENT com célula a combustível movida a hidrogênio da Hylane, que será utilizado no transporte de gelo seco. O veículo, especialmente equipado com uma caixa seca e dutos de ar para atender às necessidades logísticas específicas das empresas, possui autonomia de até 450 km e pode ser reabastecido em menos de 15 minutos, características que o tornam ideal para operações diárias. Durante o primeiro teste do caminhão, Mona Neubaur, Ministra de Assuntos Econômicos, Indústria, Proteção Climática e Energia da Renânia do Norte-Vestfália, destacou a relevância da tecnologia de hidrogênio para uma mobilidade sustentável, ressaltando que essa solução supera os limites das baterias elétricas, especialmente em tempos de reabastecimento e alcance. Ela enfatizou ainda o apoio do estado à construção de infraestrutura de abastecimento de hidrogênio e iniciativas como a HyTrucks.NRW, reforçando a meta de tornar a região a primeira área industrial neutra em carbono da Europa. Christoph Laumen, diretor da Nippon Gases Germany, estimou que o uso deste caminhão pode evitar a emissão de aproximadamente 69 toneladas de CO₂ em comparação a veículos convencionais movidos a diesel, além de gerar aprendizado essencial para a ampliação de transporte neutro em carbono. (H2 VIew – 09.01.2025)
Link ExternoPorto de Nagoya lança empilhadeiras movidas a hidrogênio para operações de terminal e logística
A Autoridade Portuária de Nagoya implantou empilhadeiras movidas a células de combustível de hidrogênio para empresas que operam no porto do Japão. A entrega do projeto foi supervisionada pela empresa de gás Suzuki Shokan, com a operadora do terminal Tobishima Container Berth recebendo quatro empilhadeiras. Além disso, as empresas de logística Asahi Unyu Kaisha, Shinko Kaiun, Kamigumi e Toyo Butsuryo também receberam quatro empilhadeiras movidas a hidrogênio. (H2 View – 03.01.2025)
Link ExternoTáxis movidos a hidrogênio impulsionam a sustentabilidade em Paris
Uma nova frota de táxis movidos a hidrogênio está sendo usada em Paris como parte do projeto "Hydrogen Fuel for Paris", que visa melhorar a qualidade do ar e promover a sustentabilidade na cidade. O plano inclui a instalação de até oito estações de reabastecimento de hidrogênio na área metropolitana, oferecendo hidrogênio a 350 bar para carros de passeio e 700 bar para veículos maiores. Esses táxis emitem apenas água, têm a mesma autonomia e tempo de reabastecimento que os modelos a gasolina, além de serem mais silenciosos e limpos. Durante as Olimpíadas de Verão de 2024, as estações de hidrogênio apoiaram com sucesso táxis e outros veículos sustentáveis. A meta é que pelo menos 5% da frota de táxis parisienses seja composta por veículos de emissão zero, totalizando cerca de 2.500 táxis a hidrogênio. O projeto, apoiado pela Comissão Europeia e alinhado ao Acordo Verde Europeu, recebeu € 6,74 milhões de financiamento da UE por meio do programa CEF Transport. (Hydrogen Central – 04.01.2025)
Link ExternoBrasil: Vale firma acordo com GreenIron para descarbonizar cadeia de suprimentos de mineração
A Vale anunciou, em 7 de janeiro de 2025, a assinatura de um acordo com a fabricante sueca GreenIron para desenvolver projetos de descarbonização no Brasil e na Suécia. O memorando de entendimento visa descarbonizar a cadeia de suprimentos de mineração e metais, incluindo o desenvolvimento de um estudo de viabilidade para uma instalação de redução direta no Brasil, que será operada pela GreenIron. O acordo também prevê o fornecimento de minério de ferro da Vale para as operações da GreenIron na Suécia. A tecnologia da GreenIron, que utiliza hidrogênio como base para reduzir óxidos metálicos a metais puros, será testada com briquetes de minério de ferro da Vale, visando reduzir o impacto ambiental das operações. As empresas já realizam testes conjuntos há dois anos, e as operações em Sandviken, na Suécia, estão em processo de expansão. (Valor Econômico - 07.01.2025)
Link ExternoTecnologia e Inovação
Método e dispositivo para produzir e armazenar hidrogênio usando eletrólise catalítica heterogênea
A patente descreve um método inovador de produção e armazenamento de hidrogênio por eletrólise catalítica heterogênea, utilizando materiais e processos que aumentam a eficiência na geração de gás hidrogênio a partir de água doce ou salgada. O processo se baseia em eletrodos com substrato poroso, preferencialmente carvão ativado, revestidos por uma camada semicondutora de óxidos, nitretos ou hidróxidos de metais de transição, como dióxido de titânio. A configuração das bandas de energia dos semicondutores é projetada para otimizar a geração de hidrogênio, com a banda de valência abaixo do potencial de oxidação da água e a de condução acima do potencial de redução do hidrogênio. A tecnologia permite tanto a produção contínua de hidrogênio quanto sua geração e armazenamento simultâneos, aproveitando a capacitância eletrônica dos eletrodos. Essa abordagem representa um avanço significativo no campo do hidrogênio como fonte de energia limpa. (Energy News.Biz - 08.01.2025)
Link ExternoNovo Processo de Fabricação de Eletrocatalisadores para Produção de Hidrogênio é patenteado
Em comunicado, a First Graphene Limited anunciou o registro de patente para um processo inovador de fabricação de eletrocatalisadores baseados em grafeno para produção de hidrogênio por eletrólise da água. O processo utiliza óxidos metálicos de baixo custo, como cobalto, ferro e níquel, promovendo eficiência e redução de custos. Essa tecnologia amplia as aplicações do grafeno em mercados globais, incluindo catalisadores industriais, baterias e células de combustível, com previsão de o setor atingir US$ 1,2 bilhão até 2030. Segundo o CEO Michael Bell, a patente reforça a posição da empresa no mercado de hidrogênio e oferece novas oportunidades de comercialização. (Full Cells Works - 08.01.2025)
Link ExternoPesquisadores da Universidade Flinders desenvolvem novo material para a produção de hidrogênio
Em pesquisa liderada por pesquisadores da Universidade Flinders, em colaboração com instituições da Austrália, EUA e Alemanha, foi desenvolvida uma nova classe de materiais solares de óxido de perovskita Sn(II) de núcleo e casca cineticamente estáveis. Esses materiais atuam como catalisadores na reação de evolução de oxigênio, essencial para a divisão da água, abrindo novas possibilidades para a produção de hidrogênio limpo e econômico. O estudo destaca a estabilização de compostos de estanho como um avanço crucial para a eficácia do processo, enquanto estratégias químicas inovadoras permitem maior absorção de luz solar. A pesquisa também alinha-se aos esforços para substituir painéis solares tradicionais de silício por sistemas de perovskita mais eficientes, visando produção de hidrogênio de baixa emissão por eletrólise ou divisão termoquímica da água. Essa abordagem pode viabilizar a produção industrial de hidrogênio impulsionada por energia solar, reduzindo significativamente a pegada de carbono. (Energy News.Biz - 07.01.2025)
Link ExternoEventos
Hydrogen Outlook 2025
O evento, organizado pela Mission Hydrogen, acontece no dia 15 de janeiro de forma online. O evento irá contar com a participação do Dr. David Wenger, CEO da Wenger Engineering, para discutir as perspectivas para o hidrogênio em 2025, últimas tendências, desafios e oportunidades no cenário do vetor energético. (Mission Hydrogen - 09.01.2025).
Link ExternoConexão H2V Energizando o Futuro: Formando parcerias estratégicas para o avanço do hidrogênio verde
O evento acontece no dia 25 de março em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O evento irá reunir especialistas do Instituto do Petróleo e Recursos Naturais da PUCRS, da Begreen, da Noale Energia e outras instituições visando discutir o cenário no hidrogênio no Rio Grande do Sul.
Link ExternoArtigos e Estudos
GESEL publica TDSE 131 “Importância dos Projetos Pilotos no Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio de Baixo Carbono: Chamada Estratégica da ANEEL”
O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 131, intitulado “Importância dos Projetos Pilotos no Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio de Baixo Carbono: Chamada Estratégica da ANEEL”. O alinhamento analítico do estudo está estruturado em quatro seções, além da introdução. A primeira seção é dedicada ao exame de uma seleção de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) que receberam apoio de instituições ligadas ao setor elétrico de diversos países. A segunda seção visa analisar o potencial de impacto que a indústria de H2BC pode impor ao SEB. A terceira seção analisa a Chamada Estratégica aberta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), no âmbito do Programa de PD&I (PROPDI), para estimular investimentos em projetos de H2BC. A quarta seção indica a pertinência e a relevância da ANEEL direcionar recursos do PROPDI para a criação da indústria do H2BC, aderentes, inclusive, à normativa do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Por fim, as conclusões reforçam o potencial que o Brasil detém em escala global deste novo vetor energético, sendo o estímulo ao desenvolvimento de projetos-piloto o caminho inicial e eficiente, segundo as experiências internacionais em curso.
Link ExternoAIE: Holanda deve aumentar a certeza da demanda por hidrogênio
A Agência Internacional de Energia (AIE) recomenda que a Holanda aumente a certeza da demanda por hidrogênio por meio de políticas de descarbonização e obrigações de consumo, além de garantir novos investimentos em geração elétrica, reduzir o congestionamento da rede e gerir a transição do gás natural. O país pretende ampliar sua capacidade de 5 GW para 35 GW até 2035 e 70 GW até 2050, com 3-4 GW de eletrólise até 2030, apoiado por € 7,5 bilhões do governo. O relatório destaca que, apesar do potencial de alta demanda por hidrogênio verde, a incerteza adia decisões de investimento em eletrolisadores, com apenas 11 dos 93 projetos previstos até 2030 tendo alcançado o FID. A maioria do hidrogênio é atualmente usada em refinarias e na produção de amônia. Para descarbonizar o setor elétrico até 2035, a infraestrutura de gás natural deve ser transformada ou desativada. As principais opções para reduzir emissões industriais são a captura e armazenamento de carbono (CCS) e o uso de hidrogênio de baixo carbono, com projetos como NorthH2 e Holland Hydrogen 1 em andamento. Iniciativas como o Corredor Delta Reno, que interligará redes de CO2, hidrogênio e amônia entre a Holanda e a Alemanha, oferecem novas oportunidades de exportação. Além disso, projetos de CCS no Porto de Roterdã visam armazenar CO2 em campos esgotados no Mar do Norte. Por fim, um subsídio para hidrogênio na mobilidade foi criado, mas o aumento no uso de biocombustíveis também será essencial para alcançar as metas climáticas de 2030. (IEA – 09.01.2025)
Link ExternoArtigo de Amanda Chu: "EUA afrouxam regras para hidrogênio verde na corrida para impulsionar o setor"
Em artigo publicado pela Folha de São Paulo, Amanda Chu (jornalista da Folha de São Paulo) trata da decisão do governo de Joe Biden de afrouxar os critérios para a concessão de créditos fiscais a produtores de hidrogênio verde, numa tentativa de impulsionar o setor e consolidar seu legado de energia limpa. O Departamento do Tesouro adiou os requisitos mais rígidos até 2030 e alterou as condições de certificação, permitindo que projetos de hidrogênio produzido com energia nuclear existente também se qualifiquem. A mudança, que atende a demandas de desenvolvedores do setor, visa garantir a competitividade dos EUA no mercado global de hidrogênio limpo, especialmente em relação à União Europeia. No entanto, analistas alertam que, sem demanda suficiente, a indústria de hidrogênio verde pode não se sustentar, apesar dos incentivos fiscais. (GESEL-IE-UFRJ – 07.01.2025).
Link ExternoWood Mackenzie: H2 e amônia deverão acelerar ritmo em 2025
Os mercados de hidrogênio e amônia de baixo carbono em 2024 apresentaram um progresso considerado modesto. Contudo, sinalizações indicam que o ritmo parece pronto para acelerar em 2025. Essa é a conclusão de um relatório publicado pela consultoria Wood Mackenzie. O estudo Hydrogen: 5 things to look for in 2025 traz os principais temas a serem observados nesse mercado. Entre eles incluem a ascensão do hidrogênio azul nos EUA, um projeto verde em escala giga atingindo a Decisão Final de Investimento (FID, na sigla em inglês) o aumento da implantação de eletrolisadores chineses, a persistente incompatibilidade entre os FIDs do projeto e os contratos de compra e um aumento nos investimentos em amônia de baixo carbono. De acordo com a consultoria, o hidrogênio azul será responsável por uma parcela dominante das decisões de investimento nos EUA. Esse caminho é impulsionado por desenvolvimentos políticos sob uma segunda administração Trump. Mais de 1,5 Mtpa de capacidade deverá atingir o FID em 2025. Esse patamar é de pelo menos dez vezes mais do que o verde, que agora tem uma perspectiva enfraquecida nessa região. (Agência CanalEnergia - 18.12.2024)
Link ExternoAn integrated geospatial model for evaluating offshore wind-to-hydrogen technical and economic production potential in Brazil
O artigo publicado na International Journal of Hydrogen Energy mostra que o hidrogênio de recursos renováveis oferece uma grande oportunidade para descarbonizar os suprimentos atuais de energia. A produção de hidrogênio por eletrólise usando eletricidade eólica offshore (offshore wind-to-hydrogen) pode oferecer uma rota de processo de baixo carbono e um modelo de negócio nascente. O estudo modela a produção eólica offshore para hidrogênio conduzindo uma análise geoespacial do potencial de produção bruta e técnica ao longo da costa brasileira, juntamente com uma análise de sensibilidade para o fator de capacidade e a área instalada considerada. Indicadores econômicos como LCOE e LCOH também são mapeados. Uma investigação detalhada foi executada para os locais mais apropriados para eólica offshore para hidrogênio. Os resultados foram comparados com a literatura, mostrando que o Brasil tem um potencial muito competitivo para o desenvolvimento de projetos eólicos offshore para hidrogênio. (International Journal of Hydrogen Energy - janeiro 2025).
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