No dia 2 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o marco regulatório do hidrogênio de baixo carbono (PL 2308/23) no Porto do Pecém, Ceará, mas vetou o capítulo sobre créditos fiscais e o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), devido a problemas de legislação financeira. Lula anunciou que um novo projeto será enviado ao Congresso para corrigir os pontos vetados. Durante o evento, Lula destacou a importância do Brasil na transição energética e criticou a falta de créditos de carbono para países em desenvolvimento. Além disso, ele sancionou o projeto que cria o Fundo de Investimento em Infraestrutura Social (FIIS), que deve captar R$ 10 bilhões para investimentos em serviços essenciais. O marco regulatório do hidrogênio ainda precisa ser regulamentado por decreto, e a implementação dos créditos fiscais enfrentará desafios técnicos e legislativos. (Agência EPBR - 03.08.2024). 

O governo brasileiro publicou o marco legal para o hidrogênio verde com a Lei 14.948, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2 de agosto. A lei estabelece a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, o Regime Especial de Incentivos (Rehidro) e o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), além de criar incentivos e diretrizes para a indústria. Contudo, dois vetos foram aplicados: um ao parágrafo sobre investimento em infraestrutura social, por questões de inconstitucionalidade, e outro aos artigos relacionados a créditos fiscais, por gerar insegurança jurídica. A ANP será responsável pela autorização e regulação da produção de hidrogênio, e a Aneel poderá declarar utilidade pública para áreas dedicadas a projetos de hidrogênio. (Agência CanalEnergia - 05.08.2024). 

A lei 14.948, sancionada em 2 de agosto, trará segurança jurídica para investimentos no Brasil, especialmente no setor de hidrogênio verde. Apesar de necessitar de regulamentações adicionais e uma nova lei para tratar de subsídios, a avaliação geral é positiva. Fernanda Delgado, da ABIHV, destacou a importância desse marco legal e mencionou a apresentação de um novo projeto de lei para complementar o PL 2308, visando incentivos fiscais que somam R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032. O advogado Pedro Dante ressaltou a clareza regulatória proporcionada pela nova lei, incluindo a regulação pela ANP e definições importantes para o setor. Thiago Luiz Silva apontou que a regulamentação do acesso aos subsídios será crucial, e destacou a importância do Rehidro para a aquisição de equipamentos e serviços. A expectativa é que, com esses avanços, o Brasil se torne mais competitivo no mercado global de hidrogênio verde. (Agência CanalEnergia - 05.08.2024) 

A sanção do projeto de lei que cria o marco do hidrogênio de baixa emissão de carbono foi bastante celebrada pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). Para a entidade, a abundância de energias renováveis e do potencial eólico onshore e offshore brasileiro abre uma janela para o hidrogênio renovável no país, que deve se destacar pela produção do H₂ mais competitivo do mundo. “Além do potencial de produção do Brasil e uso no mercado interno, vemos uma demanda global para o hidrogênio renovável [...] e o Brasil pode se tornar um grande exportador deste combustível limpo”, acrescentou a associação em nota. Ademais, o energético poderá ter papel de destaque na descarbonização da economia e na reindustrialização do país. De acordo com um estudo da consultoria Mckinsey, o Brasil, até 2040, poderá conduzir a transformação de sua matriz elétrica para a produção do hidrogênio verde, investida que tem R$ 1 trilhão previsto em investimentos. Segundo o head de hidrogênio da Abeeólica, André Themoteo, o marco legal é a conclusão de um trabalho concebido a várias mãos ao longo dos últimos dois anos, no entanto, ainda precisa de regulamentação. (Agência CanalEnergia | 02.08.2024). 

O deputado federal José Guimarães (PT/CE), líder do governo na Câmara, apresentou um requerimento de urgência para o PL 3027/2024, que aborda incentivos fiscais vetados no marco regulatório do Hidrogênio Verde. A diretora executiva da ABHIV, Fernanda Delgado, destacou que o veto era esperado e que o novo PL, apresentado em 2 de agosto, visa solucionar essa questão. O projeto, apoiado por várias associações, incluindo ABIHV e ABEEólica, concederá créditos fiscais para projetos de hidrogênio de baixo carbono. O PL 3027/2024, que institui o Programa de Desenvolvimento de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), mantém os valores de créditos fiscais do PL 2308, totalizando R$ 18,3 bilhões, com validade de 2028 a 2032, permitindo o uso dos valores não utilizados em anos subsequentes. O objetivo é preencher a lacuna deixada pelos vetos e acelerar a discussão legislativa. (Agência CanalEnergia - 07.08.2024) 

Um grupo de associações ligadas à cadeia do hidrogênio sustentável divulgou uma nota conjunta pedindo que o Congresso Nacional restitua os incentivos fiscais previstos no Projeto de Lei (PL) 2308/23 e vetados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por questões técnicas. Conforme as associações, somente os incentivos fiscais permitirão concretizar os primeiros projetos de produção de hidrogênio de baixa emissão, inserindo essa nova indústria no País. 'A nascente indústria do hidrogênio de baixo carbono mantém a expectativa de que o Poder Público brasileiro proporcione um cenário favorável de atração de investimentos desse segmento no País, utilizando-se, dentre outros, também de instrumentos de fomento", destaca a nota. (Broadcast Energia - 06.08.2024) 

O Brasil deu um passo significativo no desenvolvimento do mercado de hidrogênio de baixa emissão de carbono com a aprovação da Lei 14.948/2024, que estabelece o marco legal para essa indústria. A lei estrutura-se em três eixos principais: regulação, governança da Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, e medidas de fomento. Definiu-se que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) será a responsável pela regulação das atividades relacionadas ao hidrogênio, com a possibilidade de sandbox regulatório. A lei introduziu o Regime Especial de Incentivos para Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro), que prevê incentivos tributários, e estabeleceu critérios para a certificação voluntária de hidrogênio. Contudo, a concessão de créditos fiscais foi vetada e será tratada em um projeto de lei separado. Apesar do avanço, há uma agenda normativa a ser desenvolvida, incluindo a regulamentação pela ANP e a aprovação de novas leis e decretos. (epbr – 06.08.2024) 

Até maio de 2024, 46 estratégias nacionais e 8 roteiros foram publicados mundialmente para desenvolver a indústria de hidrogênio de baixo carbono, segundo a IRENA, com metade das estratégias elaboradas por países europeus. Na América do Sul, Chile, Paraguai, Colômbia, Uruguai e Argentina lideraram as iniciativas, mas o Brasil não estava na lista até então. Em agosto de 2024, o Brasil entrou oficialmente no mapa com a sanção do marco regulatório do hidrogênio de baixo carbono, que define o energético com emissões máximas de 7 kgCO2/kg H2. O marco enfrenta críticas ambientais por não ser ambicioso o suficiente na redução das emissões. A IRENA projeta que o hidrogênio limpo será essencial para reduzir as emissões globais de CO2, necessitando de grandes investimentos e um salto na produção até 2050. (epbr – 05.08.2024) 

O Canadá anunciou um investimento de até CAD$ 300 milhões (US$ 216 milhões) para apoiar o comércio de hidrogênio limpo com a Alemanha, fortalecendo a aliança conjunta de hidrogênio entre os dois países. Este financiamento será destinado por meio de um leilão no final de 2024, com um compromisso semelhante da Alemanha após a aprovação da Comissão Europeia. A iniciativa visa garantir que a Alemanha tenha acesso a hidrogênio verde a preços competitivos, produzido pela indústria canadense. A parceria energética entre Canadá e Alemanha, estabelecida em 2021, destaca o compromisso de ambos os países em diversificar suas fontes de energia limpa e acelerar a transição energética global. (H2 View – 02.08.2024) 

O Appalachian Regional Clean Hydrogen Hub (ARCH2) receberá até US$ 925 milhões do Departamento de Energia dos EUA (DOE) para desenvolver um hub de hidrogênio limpo na região dos Apalaches. A Fase 1 do projeto, que começou em julho de 2024, desbloqueou US$ 30 milhões, e o restante será liberado conforme o hub atinge marcos específicos definidos pelo DOE. O ARCH2, um dos sete hubs selecionados pelo DOE, visa apoiar setores como manufatura e transporte com combustíveis limpos, além de criar empregos na região. A previsão é que o hub comece a operar no terceiro trimestre de 2025. (H2 View – 01.08.2024) 

A RPow e a H2B2 Electrolysis Technologies estão construindo uma planta piloto de hidrogênio renovável em Sevilha, financiada com 2,66 milhões de euros pelo IDAE. O projeto, chamado H2-24/7, usará eletrólise a alta temperatura e armazenamento térmico para produzir hidrogênio 24 horas por dia. A tecnologia inclui um eletrolisador eficiente e um sistema de armazenamento de energia térmica baseado em sais fundidos. O objetivo é aumentar a produção contínua de hidrogênio usando energia renovável, como solar e eólica. (El Economista - 06.08.2024) 

O Ministério da Energia da Romênia lançou uma licitação em 5 de agosto de 2024 para desenvolver novas plantas de produção de hidrogênio no país, com prazo para envio das propostas até 1º de outubro de 2024. O objetivo é contratar empresas para projetar, construir e operar essas instalações, com foco em aumentar a independência energética e promover práticas sustentáveis. Os projetos devem atender a requisitos como experiência técnica em eletrólise para produção de hidrogênio verde, práticas sustentáveis que minimizem o impacto ambiental, viabilidade econômica com planos financeiros detalhados e escalabilidade para expansão futura conforme a demanda aumenta. (Energy News.Biz - 05.08.2024) 

A AustriaEnergy International GmbH apresentou a avaliação de impacto ambiental para um grande projeto de hidrogênio no Chile, com investimento de US$ 11 bilhões. O projeto inclui uma usina de dessalinização, um parque eólico de 1,4 gigawatts, e instalações para produzir hidrogênio verde e amônia. A primeira fase, com início previsto para 2030, produzirá 270.000 toneladas de hidrogênio e 1,3 milhão de toneladas de amônia. A segunda fase adicionará um parque eólico de 2,1 gigawatts, com EIA previsto para 2026. A joint venture é composta pela AustriaEnergy (24,5%), ÖKO Wind (24,5%) e Copenhagen Infrastructure Partners (51%). O financiamento inclui um Green Bond listado em Frankfurt. O projeto enfrenta desafios em sustentabilidade ambiental, viabilidade econômica e dependência de investimentos de títulos verdes. (Energy News.Biz - 07.08.2024) 

A Força-Tarefa do Hidrogênio Limpo da Louisiana realizou sua primeira reunião em 31 de julho, destacando o estado como um dos principais produtores de hidrogênio dos EUA, atrás apenas da Califórnia. No entanto, a produção de hidrogênio na Louisiana é majoritariamente de “hidrogênio cinza”, derivado de gás natural e altamente poluente, o que levanta preocupações sobre a transição para hidrogênio mais limpo. O hidrogênio azul e verde, alternativas mais sustentáveis, enfrentam desafios de custo significativo. O hidrogênio azul, que envolve captura de carbono, é mais caro que o cinza, e o hidrogênio verde, produzido por eletrólise com energia renovável, é ainda mais caro, dificultando a adoção em larga escala. Apesar do potencial do hidrogênio em diversas aplicações e do investimento global projetado de US$ 7 trilhões até 2050, há dúvidas sobre a viabilidade econômica e a transição para tecnologias de hidrogênio mais limpas. (Energy News.Biz - 09.08.2024) 

O Ministério da Transição Ecológica da Espanha lançou um programa de apoio com várias linhas de financiamento financiadas pelo Next Generation EU. O programa destina € 1,2 bilhão para criar grandes clusters de hidrogênio renovável, que devem garantir a compra antecipada de 60% da produção e utilizar eletrolisadores de alta capacidade. Adicionalmente, foram alocados € 750 milhões para fortalecer a cadeia de valor industrial de equipamentos de energia renovável e armazenamento, como turbinas eólicas e painéis solares. Para projetos inovadores, estão disponíveis € 250 milhões, apoiando iniciativas em agrovoltaica e fotovoltaica flutuante, entre outras. Também foram destinados € 120 milhões para o desenvolvimento de comunidades energéticas, com foco em autoconsumo, mobilidade sustentável e armazenamento, cobrindo até 80% dos custos. O objetivo é impulsionar a produção de energia renovável, fomentar inovações tecnológicas e promover comunidades energéticas sustentáveis. (PV Magazine - 31.07.2024) 

A H-TEC Systems, especializada em hidrogênio e parte da MAN Energy Solutions, está inaugurando uma unidade em Hamburgo com planos de alcançar 1 GW de capacidade de produção de eletrolisadores em 2025 e expandir para 5 GW até 2030. A empresa foca em eletrolisadores PEM, sua tecnologia principal há 27 anos. Apesar do crescimento lento do mercado de hidrogênio, devido a incertezas financeiras e desafios de financiamento, a H-TEC está ampliando sua presença na Europa e nos EUA, e busca parceiros locais para fortalecer sua atuação em novos mercados.(PV Magazine - 02.08.2024) 

A Source3 Energy X está desenvolvendo o Skeena Clean Hydrogen Hub na Colúmbia Britânica, Canadá, com capacidade para produzir 50.000 toneladas de hidrogênio por ano. O projeto, em parceria com o Skeena Industrial Development Park, visa atender à demanda por combustíveis limpos e apoiar a transição para processos de baixo carbono. Inclui também a produção de amônia limpa e combustíveis sustentáveis. O Canadá aprovou créditos fiscais para hidrogênio limpo, que podem atrair mais investimentos no setor. (H2 View - 02.08.2024) 

A RWE firmou um acordo para apoiar os projetos de armazenamento subterrâneo de hidrogênio da UK Oil & Gas (UKOG) em Dorset e Yorkshire, no Reino Unido. Mediante uma carta de apoio, a RWE colaborará com a subsidiária da UKOG, UK Energy Storage (UKEn), para desenvolver esses locais de armazenamento, que poderão armazenar hidrogênio produzido a partir de excesso de energia renovável para futura conversão em energia durante períodos de alta demanda. Este acordo fortalece a posição da RWE no mercado de hidrogênio e ajuda a otimizar a produção e fornecimento de hidrogênio no Reino Unido, contribuindo para a segurança energética e a transição para uma economia de baixo carbono. (H2 View – 02.08.2024) 

A H2eart for Europe lançou um roteiro para impulsionar o armazenamento subterrâneo de hidrogênio (UHS) na UE, destacando três áreas principais: política e regulamentação, economia e implementação. O plano propõe a definição clara de tarifas, a inclusão do UHS nos planos de infraestrutura, a simplificação do licenciamento e o desenvolvimento de mecanismos de apoio financeiro. O objetivo é superar os desafios de longo prazo e fomentar investimentos, visando melhorar a integração de energias renováveis na rede elétrica e alavancar a infraestrutura existente para escalar a tecnologia de armazenamento subterrâneo de hidrogênio. (Hydrogen Central – 01.08.2024) 

A Autoridade de Descomissionamento Nuclear (NDA) do Reino Unido anunciou planos para transformar a antiga usina nuclear de Chapelcross em um centro de energia verde, que incluirá produção e armazenamento de hidrogênio. A NDA está em busca de um desenvolvedor estratégico para o projeto, apoiado por mais de £ 15,3 milhões dos governos escocês e do Reino Unido. Chapelcross, uma usina desativada desde 2004, é um dos locais sob descomissionamento pela Nuclear Restoration Services (NRS), uma subsidiária da NDA. (H2 View – 07.08.2024) 

A Suzuki apresentou uma nova patente para sua scooter movida a hidrogênio, destacando avanços significativos em relação ao protótipo anterior. A patente revela uma mudança para uma configuração de tanque duplo, permitindo a manutenção da distância entre eixos padrão da Burgman 400. Essa alteração resolve os desafios de empacotamento do sistema de hidrogênio sem modificar o chassi da scooter. O design revisado também inclui soluções de gerenciamento térmico e utiliza tecnologia de injeção direta de hidrogênio no motor. A patente faz parte da colaboração da Suzuki com o consórcio HySE, que viabilizará o uso de hidrogênio em motocicletas. (Hydrogen Central – 06.08.2024) 

As bicicletas movidas a hidrogênio estão enfrentando desafios na China, apesar do crescente investimento em tecnologia de hidrogênio. Embora ofereçam uma alternativa mais segura às e-bikes com baterias de lítio, as bicicletas de hidrogênio são recebidas com ceticismo devido a problemas de desempenho e custo. O hidrogênio, embora ofereça alta densidade energética, não se adapta bem ao uso urbano, onde a eficiência das baterias é mais vantajosa. A falta de praticidade e as dificuldades de manuseio têm levado a uma recepção morna, mesmo com o suporte de grandes empresas e políticas governamentais que incentivam o desenvolvimento do setor. (Hydrogen Central – 05.08.2024) 

A Foton AUV está liderando o mercado de ônibus movidos a células de combustível de hidrogênio na China com a entrega recente do modelo BJ6126 à Beijing Leading Tourism Passenger Transport Company. Este movimento marca uma nova era para o transporte de passageiros e turistas na capital chinesa, promovendo viagens mais ecológicas e eficientes. Desde 2003, a Foton AUV tem sido pioneira na pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de hidrogênio, tornando-se uma referência nacional no setor. Durante as Olimpíadas de Inverno de Pequim 2022, sua frota de 515 ônibus percorreu mais de 1,8 milhão de quilômetros, reduzindo em mais de 1.075 toneladas as emissões de CO₂, demonstrando a eficácia e durabilidade de seus veículos. O ônibus BJ6126 destaca-se por sua alta eficiência, baixo consumo de hidrogênio, e rápido tempo de abastecimento de 15-20 minutos, alinhando-se com a política de "viagem verde" de Pequim e oferecendo uma solução de transporte sustentável e moderna para a cidade. (Hydrogen Central – 02.08.2024) 

O estudo intitulado “Detecção de vazamento de gás hidrogênio usando sensor de temperatura distribuído em sistema de hidrogênio verde”, publicado no *International Journal of Hydrogen Energy*, apresenta uma nova abordagem para identificar vazamentos de gás hidrogênio. Desenvolvido por Donguk Yang e colegas, o sistema utiliza sensores de temperatura distribuídos ao longo do sistema de hidrogênio para monitorar variações térmicas que indicam vazamentos. Esses sensores detectam anomalias no perfil térmico causadas pelo hidrogênio vazando, possibilitando o monitoramento em tempo real e respostas rápidas a possíveis perigos. A tecnologia tem aplicações promissoras em instalações de produção, armazenamento e transporte de hidrogênio, melhorando os protocolos de segurança e prevenindo acidentes. (Energy News.Biz - 07.08.2024)   

Em 24 de julho de 2024, Paul Francis Geary registrou uma patente inovadora para um sistema de eletrólise destinado a aprimorar a geração de hidrogênio. O sistema patenteado integra um eletrolisador, uma bomba de eletrólito alimentada por gás pressurizado e um tanque de armazenamento de ar. A principal inovação é o uso de gás pressurizado para acionar a bomba de eletrólito, substituindo a dependência exclusiva de energia elétrica. O tanque armazena ar pressurizado que é utilizado de forma seletiva para a bomba, e o sistema reutiliza gases das saídas do eletrolisador para pressurizar o ar no tanque, otimizando recursos e reduzindo custos operacionais. Esse sistema oferece uma operação consistente e controlada, e suas aplicações potenciais incluem a produção industrial de hidrogênio, armazenamento de energia renovável e fornecimento de hidrogênio para células de combustível. O sistema consiste em um eletrolisador com entradas e saídas específicas, uma bomba de eletrólito, e um tanque de armazenamento de ar, todos trabalhando em um circuito fechado para melhorar a eficiência e a confiabilidade da produção de hidrogênio. (Energy News.Biz - 07.08.2024) 

Um estudo recente desenvolveu um novo eletrodo para eletrólise da água do mar, visando melhorar a produção de hidrogênio. Pesquisadores da China e da Austrália criaram um eletrodo de sulfeto de níquel-ferro (W-NiFeS) suportado por estruturas de carbono à base de madeira (WC), que resolve problemas de corrosão e alto custo associados aos catalisadores tradicionais. O eletrodo apresenta uma estrutura porosa que melhora a condutividade elétrica e a eficiência. Testes mostraram que ele é mais estável e eficaz nas reações de evolução de oxigênio e hidrogênio em água do mar, destacando-se como uma solução sustentável e econômica para a produção de hidrogênio verde. (Hydrogen Central - 14.08.2024)   

O evento apresentou o plano pioneiro para o uso do hidrogênio desenvolvido para a cidade de Maricá, RJ, que visa garantir um futuro mais limpo e sustentável para seus habitantes. O webinar contou com a participação do Subsecretário de Indústria, Petróleo e Porto de Maricá-RJ Magnun Amado, o qual é o coidealizador da Política Municipal do Hidrogênio e gestor das políticas renováveis e de tecnologia referentes ao hidrogênio no município de Maricá. A gravação do evento está disponível no canal do YouTube da H2Todos. 

Este curso abrangente é destinado àqueles que buscam uma perspectiva ampla, independente e sem exageros sobre as tecnologias e os fatores de mercado que influenciarão a expansão das cadeias de fornecimento de hidrogênio. O curso fornece uma perspectiva claramente explicada e focada em negócios sobre as diferentes maneiras pelas quais o hidrogênio pode ser armazenado e transportado de sua fonte de produção até sua aplicação de uso final (ou armazenado para uso como combustível). As opções cobertas incluem o próprio hidrogênio, juntamente com os principais derivados e transportadores baseados em hidrogênio que oferecem alternativas potencialmente mais econômicas e práticas. Os participantes serão capazes de separar o que realmente está acontecendo no mercado das manchetes e do hype, e identificar os prós e contras de diferentes opções de cadeia de suprimentos em diferentes escalas de implantação. O curso avaliará os prós e contras de diferentes soluções e caminhos de perspectivas que incluem eficiência energética, economia e praticidade. 

De produtores a usuários finais, os projetos de hidrogênio estão crescendo em todo o mundo para impulsionar a transição para uma energia mais limpa e a descarbonização. O evento virtual World Hydrogen Projects mostrará desenvolvimentos de projetos de toda a cadeia de valor do hidrogênio. Junte-se a nós para ouvir diretamente dos principais participantes da indústria que estão liderando projetos de hidrogênio. Nossos palestrantes estarão aqui para fornecer relatórios de progresso, discutir seus desafios e sucessos de projeto e explorar as metas futuras para suas empresas. O evento será realizado no dia 27 de novembro de forma remota. 

A Editora Synergia lançou do Tomo III do livro coletivo Segurança e Transição Energética, no dia 20 de agosto, na sede da FGV Rio de Janeiro. Este terceiro tomo reuniu 62 coautores que, com sua expertise, assinaram 34 capítulos, abordando temas correlatos à sustentabilidade do setor de energia, entendida não só como a preservação dos recursos naturais, mas, também, a resiliência e eficácia das instituições. “Nunca, como no momento atual, em que enfrentamos eventos climáticos extremos, como os ocorridos no Rio Grande do Sul, com as enchentes de maio, se falou tanto na importância da resiliência dos sistemas para fazer frente às interrupções no suprimento de eletricidade. Igualmente, nunca antes se necessitou tanto debater a qualidade da prestação do serviço público de energia elétrica, a valorização dos atributos e a complementaridade das fontes de energia, pois, como ressaltaram dois coautores, “quanto mais plural, controlável, diversificado e integrado for o sistema de eletricidade de uma nação, maior será sua capacidade de reação à imensa diversidade de intempéries que podem abalar a sua capacidade de atender à carga”. (Agência CanalEnergia - 14.08.2024) 

A Deloitte, em colaboração com a Agora Energiewende, lançou um relatório sobre o impacto da regulamentação de hidrogênio com baixo teor de carbono na União Europeia. O estudo utiliza um modelo de mercado de eletricidade especialmente configurado, associado a um modelo internacional de comércio de hidrogênio. O relatório avalia a regulamentação de baixo carbono com ênfase na competitividade da produção de hidrogênio por eletrólise na Europa, a produção de hidrogênio renovável no continente e as importações de combustíveis de baixo carbono. (Deloitte - julho de 2024)

O relatório explora como a América Latina pode utilizar seus abundantes recursos solares, eólicos e hidrelétricos para se tornar um ator significativo no mercado global de hidrogênio limpo, ao mesmo tempo em que melhora a segurança energética e impulsiona o crescimento econômico. Os países da região têm estratégias diversas para o hidrogênio limpo e podem seguir três caminhos principais: exportadores líquidos, descarbonizadores locais ou participantes focados. Argentina e Chile visam ser exportadores líquidos, com o Chile possuindo potencial para oferecer o hidrogênio verde mais barato do mundo até 2050. Brasil, Colômbia e México estão focados na descarbonização local, usando hidrogênio limpo para reduzir emissões, especialmente em setores difíceis de descarbonizar. Panamá e Uruguai adotam uma abordagem focada, desenvolvendo hidrogênio limpo para setores específicos como transporte marítimo e rodoviário. O relatório também identifica desafios como baixa demanda, desenvolvimento lento de infraestrutura e capacidades locais limitadas, propondo um roteiro para superar essas barreiras com medidas nas áreas de tecnologia e P&D, padrões e certificação, mercados e financiamento, e alinhamento entre oferta e demanda. (WE Forum - 15.08.2024)