Foi publicada a Lei 24.940 no Diário Oficial de Minas Gerais em 27/7/24, estabelecendo a Política Estadual do Hidrogênio de Baixo Carbono e Hidrogênio Verde, que visa aumentar o uso de hidrogênio de baixo carbono na matriz energética do estado, reduzir emissões de gases de efeito estufa e estimular a cadeia produtiva desse setor. A legislação, oriunda do Projeto de Lei 3043/21 de autoria do deputado Gil Pereira (PSD), amplia o escopo original que se restringia ao hidrogênio verde. No dia 26/7/24, também foi sancionada a Lei 24.939, que altera a Lei 14.986 de 2004 para acelerar o encaminhamento de denúncias ambientais, obrigando que queixas sobre segurança de corpos d'água sejam enviadas ao órgão competente em até dois dias. (ALMG – 29.07.2024) 

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) revelou que cinco portos no Brasil têm acordos ou memorandos relacionados à produção de hidrogênio de baixo carbono, enquanto 14 incluíram essa indústria em seus planejamentos estratégicos. O Diagnóstico de Descarbonização, aprovado recentemente, avalia a preparação dos portos para receber embarcações movidas a combustível verde e outras iniciativas de descarbonização. O Porto de Pecém se destaca com 36 memorandos e quatro pré-contratos para hidrogênio verde. Contudo, nenhum porto iniciou adaptações de infraestrutura para produção ou exportação de hidrogênio. O estudo aponta desafios significativos, como falta de regulamentação, incentivos fiscais, e tecnologias adequadas, além de dificuldades na implementação de ações devido à complexidade regulatória. A pesquisa também destacou que muitos portos e terminais ainda não veem potencial significativo no mercado de hidrogênio, com a maioria dos terminais não considerando a produção como uma oportunidade viável. (epbr – 29.07.2024) 

O Departamento de Energia dos EUA (DOE) anunciou um financiamento de até US$ 3,4 milhões para pesquisa e desenvolvimento de hidrogênio limpo e células de combustível, concedido através do Subsídio de Pesquisa e Desenvolvimento para Pequenas Empresas de US$ 52 milhões. O Escritório de Tecnologias de Hidrogênio e Células de Combustível (HFTO) selecionou 17 projetos para receber apoio financeiro, integrando os prêmios 2024 Phase 1 Small Business Innovation Research (SBIR) e Small Business Technology Transfer (STTR). O programa SBIR já destinou mais de US$ 52 milhões para mais de 200 pequenas empresas nos EUA. (H2 View – 29.07.2024) 

A Alemanha adotou sua esperada estratégia de importação de hidrogênio, visando atender até 70% de sua demanda com importações devido à capacidade limitada de produção nacional. A nova estratégia, que segue a revisão nacional de julho de 2023, prioriza o transporte de hidrogênio via gasodutos de países vizinhos e o envio de amônia, considerando-os métodos mais eficientes e econômicos. A Alemanha buscará hidrogênio renovável "verde" e outras formas de baixo carbono, e adotará uma abordagem focada na redução de emissões em vez de apenas distinguir o tipo de hidrogênio. Para o sucesso da estratégia, será essencial o desenvolvimento de infraestrutura adequada e um sistema de certificação rigoroso que permita a importação de hidrogênio a preços competitivos e em tempo hábil, alinhando-se com as metas de descarbonização e a demanda setorial. (Hydrogen Central – 30.07.2024) 

A estratégia de importação de hidrogênio da Alemanha enfrenta críticas por não abordar a falta de gasodutos confiáveis para transportar hidrogênio limpo de outras partes da Europa. Embora o governo alemão tenha apresentado planos ambiciosos para importar hidrogênio e construir infraestrutura, incluindo o gasoduto H2Med, há preocupações sobre a viabilidade e o custo do hidrogênio na escala necessária. O setor industrial, incluindo a Federação Alemã do Aço e a Thyssenkrupp AG, exige um plano mais detalhado e sinais claros de demanda para atrair investimentos na produção e infraestrutura. A estratégia ainda não garante a conectividade necessária com a rede europeia, o que pode atrasar a implementação e aumentar a incerteza sobre a disponibilidade e custo do hidrogênio para a Alemanha. (Hydrogen Central – 30.07.2024) 

A Penn State recebeu um financiamento de US$ 1,1 milhão da ARPA-E para um projeto inovador sobre hidrogênio geológico, produzido naturalmente no subsolo. A equipe liderada por Shimin Liu irá explorar técnicas para extrair esse hidrogênio de reservatórios subterrâneos, utilizando processos como a serpentinização de peridotito e a injeção de dióxido de carbono para melhorar a produção. O projeto visa desenvolver novas tecnologias para a produção sustentável e de baixo custo de hidrogênio, com o potencial de contribuir para a descarbonização de indústrias e integrar hidrogênio à infraestrutura energética existente. O financiamento apoia pesquisas para enfrentar os desafios técnicos e ambientais e avaliar a viabilidade econômica da tecnologia. (Hydrogen Central – 28.07.2024) 

A Comissão Europeia aprovou um esquema de € 998 milhões proposto pelos Países Baixos para apoiar a produção de hidrogênio renovável, alinhado com a Estratégia de Hidrogênio da UE e o Acordo Verde Europeu. Esse esquema, que visa aumentar a capacidade de eletrólise para pelo menos 200 MW, será financiado através de uma combinação de subvenções de investimento e prêmios variáveis. A medida também faz parte do Plano REPowerEU, que busca reduzir a dependência de combustíveis fósseis russos e acelerar a transição verde. A ajuda será distribuída por meio de uma licitação competitiva, aberta a projetos de eletrólise com capacidade mínima de 0,5 MW. A Comissão Europeia concluiu que o esquema é necessário e apropriado para promover a produção de hidrogênio renovável, oferecendo incentivos que os beneficiários não teriam sem o apoio público. Além disso, salvaguardas foram implementadas para minimizar distorções na concorrência e comércio dentro da UE. Com isso, a iniciativa contribuirá para as metas climáticas dos Países Baixos e da UE, ajudando a evitar cerca de 55 quilotons de CO₂ por ano até 2030. (Green Car Congress - 30.07.2024) 

O Ministério da Transição Ecológica da Espanha lançou um programa de apoio com várias iniciativas para promover a transição energética. Com € 1,2 bilhão dos fundos NextGenEU, o governo cogita criar grandes vales de hidrogênio renovável com eletrolisadores de alta capacidade. Além disso, foram destinados € 750 milhões para fortalecer a cadeia de valor industrial de energias renováveis e armazenamento, visando a fabricação de equipamentos como painéis solares e baterias. Outro aspecto do programa inclui € 250 milhões para apoiar projetos inovadores de energias renováveis e armazenamento, como agrovoltaicos e sistemas térmicos renováveis. Por fim, € 120 milhões serão investidos para desenvolver comunidades energéticas que busquem eficiência e mobilidade sustentável, com foco em projetos multicomponentes e na integração local. (PV Magazine - 31.07.2024) 

A Celesc está desenvolvendo um projeto de Hidrogênio Verde (H2V) em parceria com o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), com 40% de conclusão. O projeto, com investimento de R$ 9,25 milhões e previsão de conclusão em 2026, visa criar uma microrrede isolada que combina energia solar, armazenamento em baterias e produção de hidrogênio verde por eletrólise. Instalado em Faxinal dos Guedes, SC, o projeto promoverá a sustentabilidade e reduzir a dependência de combustíveis fósseis, abrindo novas possibilidades para a geração de energia limpa no Brasil. (Celesc - 29.07.2024) 

A DH2 Energy recebeu aprovação para desenvolver uma planta de produção de hidrogênio verde de 35 MW em Aragão, Espanha. A planta Hysencia, que obteve Autorização Ambiental Integrada, terá sua construção iniciada em 2025, com previsão de produzir 1.700 toneladas de hidrogênio renovável anualmente para os setores de mobilidade e industrial. O projeto inclui uma eletrólise de 35 MW alimentada por uma usina solar fotovoltaica de 49 MWp, capaz de gerar 99 GWh de eletricidade renovável por ano, além de uma conexão de 10 MW à rede elétrica. O Hysencia foi um dos sete projetos selecionados no primeiro leilão europeu de hidrogênio renovável, realizado em abril de 2024, de um total de 132 propostas. Raquel Fernández Corzo, Diretora de Desenvolvimento de Projetos de Hidrogênio Renovável da DH2 Energy para a Espanha, destacou que o projeto terá um impacto positivo em Aragão, tanto durante a construção quanto na operação, contribuindo para o fornecimento de hidrogênio verde como uma fonte de energia limpa. A localização estratégica do Hysencia facilita o fornecimento de hidrogênio ao setor de transportes, devido à proximidade com importantes eixos de comunicação terrestre. (H2 View - 30.07.2024) 

A Siemens Energy fornecerá um sistema de eletrólise de 280 MW para a planta de hidrogênio verde da EWE em Emden, Alemanha, prevista para operar em 2027. A planta produzirá até 26.000 toneladas de hidrogênio verde por ano para uso industrial. O projeto faz parte da iniciativa Clean Hydrogen Coastline e foi classificado como um Projeto Importante de Interesse Europeu Comum (IPCEI). A Siemens Energy e a Air Liquide também inauguraram uma fábrica de eletrolisadores em Berlim, que fornecerá os eletrolisadores para essa planta. A EWE está envolvida em toda a cadeia de valor do hidrogênio, desde a produção até o armazenamento. (H2 View - 25.07.2024) 

A multinacional americana Raven selecionou Saragoça para estabelecer seu primeiro Hub Europeu dedicado à transformação de resíduos orgânicos em hidrogênio sustentável, utilizando a tecnologia Steam CO₂ Reformer. Este projeto, que exigirá um investimento de 50 milhões de euros e está previsto para iniciar em 2026, será integrado à fábrica da Veolia em Fuentes de Ebro, Saragoça. A planta piloto planeja produzir cerca de 5.250 quilos de hidrogênio por dia, totalizando 1.811.250 quilos anualmente, a partir de resíduos orgânicos. A tecnologia Steam CO₂ Reformer é destacada por não gerar CO₂ nem utilizar vapor d'água ou eletricidade para eletrólise. O projeto visa aprimorar esta tecnologia na Europa e atender à demanda de hidrogênio renovável, ao mesmo tempo, em que oferece uma solução para a gestão de resíduos orgânicos. Raven recebeu 2,4 milhões de euros da Comissão Europeia e 1,4 milhões de euros adicionais da PERTE H₂ Cadena Valor C2 para o desenvolvimento da planta. (El Economista - 31.07.2024) 

Embora a transição para veículos elétricos esteja avançando, a propulsão alternativa com hidrogênio ainda é uma opção significativa no setor automotivo. A Alpine demonstrou o potencial dos motores de combustão a hidrogênio com seu protótipo Alpenglow, e fabricantes como Mazda, Subaru e Toyota estão desenvolvendo motores que podem utilizar combustíveis neutros em carbono e hidrogênio. Embora a eletrificação seja uma tendência crescente, os motores de combustão a hidrogênio e as células de combustível continuam a ser explorados como alternativas viáveis, oferecendo recarga rápida e possibilidades para armazenar eletricidade verde. A decisão sobre o futuro da propulsão automotiva dependerá da viabilidade, acessibilidade e eficácia das tecnologias emergentes. (Hydrogen Central – 28.07.2024) 

Os motores de combustão de hidrogênio estão ganhando destaque devido a avanços em armazenamento, distribuição e eficiência, além de oferecerem zero emissões de CO₂ e reduzirem a poluição do ar. Com melhorias tecnológicas, como a integração híbrida com motores elétricos, eles combinam o rápido reabastecimento do hidrogênio com a eficiência dos motores elétricos. Embora ainda enfrentem desafios significativos, como a necessidade de uma infraestrutura de reabastecimento robusta e a percepção pública, os motores de combustão de hidrogênio representam uma alternativa promissora e econômica aos veículos elétricos e combustíveis fósseis, oferecendo um caminho potencial para um transporte mais sustentável. (Hydrogen Central – 25.07.2024) 

Uma equipe de cientistas da Oregon State University desenvolveu um novo material que converte luz solar e água em hidrogênio de forma rápida e eficiente, contribuindo para a produção de energia limpa. Liderados por Kyriakos Stylianou, os pesquisadores criaram um fotocatalisador usando estruturas orgânicas metálicas (MOFs) que, ao serem expostas à luz solar, dividem a água em hidrogênio. O material mais eficiente, chamado RTTA-1, produziu mais de 10.700 micromoles de hidrogênio em uma hora, utilizando 10% dos fotões recebidos. Este avanço pode ajudar a combater as mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, oferecendo uma alternativa mais sustentável ao método tradicional de produção de hidrogênio a partir de gás natural. (Zap.aeiou - 30.07.2024) 

Pesquisadores da Universidade Politécnica de Valência e do CSIC desenvolveram um novo método para a produção de hidrogênio verde usando radiação de micro-ondas. Este método melhora a eficiência ao reduzir a temperatura operacional necessária e simplificar o processo, utilizando materiais como óxidos de cério dopados. O processo permite a eletrificação direta sem contato físico, resultando em uma produção mais econômica e eficiente de hidrogênio a partir da água. O estudo, publicado na Advanced Energy Materials, estabeleceu novas diretrizes para o design de materiais e o uso de micro-ondas na produção de hidrogênio. (PV Magazine - 26.07.2024) 

A patente “Método de Produção de Hidrogênio a partir de Gás de Síntese Baseado em Biomassa” apresenta uma nova tecnologia para produzir hidrogênio utilizando biomassa. O processo envolve a pirólise da biomassa para gerar gás e carvão, sendo então tratados para produzir um gás de síntese rico em hidrogênio. Um sistema de conversão de energia recupera e reutiliza a energia do gás residual, aumentando a eficiência. Esse método oferece uma alternativa renovável e com menor impacto ambiental em comparação com métodos tradicionais como a reforma de metano e a eletrólise de água. (Energy News.Biz -30.07.2024) 

O webinar abordará diversos projetos e colaborações que estão sendo moldados no cenário do hidrogênio em Taiwan. Será discutido o desenvolvimento do hidrogênio no roteiro de zero emissões líquidas do país, a geração de energia a partir de hidrogênio como subproduto industrial na indústria de semicondutores e a mistura de hidrogênio com gás da Taipower em um projeto de demonstração de geração de energia. O evento oferecerá uma visão sobre as novas tecnologias e aplicações do hidrogênio no país; a utilização do hidrogênio em setores industriais como semicondutores e geração de energia; o papel de órgãos governamentais e corporações no avanço de projetos e infraestrutura de hidrogênio, as parcerias internacionais para promover a tecnologia de hidrogênio e os planos para o hidrogênio na transição energética de Taiwan. O Dr. Harry Kuo e o Dr. Yujen Lin, pesquisadores da Fundação CTCI em Taipei, compartilharão suas experiências e conhecimentos sobre o tema. O evento ocorrerá no dia 21 de agosto.  

A pesquisa publicada no International Journal of Hydrogen Energy explora como a energia nuclear pode ser usada para produzir hidrogênio de forma sustentável. A integração da energia nuclear pode reduzir significativamente as emissões de carbono associadas à produção de hidrogênio, tradicionalmente realizada com combustíveis fósseis. O estudo destaca reatores nucleares como HTGRs e MSRs, que são eficientes e econômicos para essa aplicação. Além disso, aborda inovações em segurança para tornar a produção de hidrogênio nuclear mais segura. A produção de hidrogênio nuclear pode beneficiar indústrias, armazenamento de energia e transporte, oferecendo uma alternativa limpa e potencialmente econômica ao hidrogênio produzido por métodos convencionais. A pesquisa sugere que, com mais estudos e projetos piloto, a energia nuclear pode desempenhar um papel crucial na transformação do setor de energia. (Energy News.Biz - 31.07.2024)

A Holanda, apesar de seu potencial para se tornar um líder em hidrogênio verde, enfrenta desafios com altos custos que podem levar produtores e clientes a buscar alternativas no exterior. Em contraste, o Reino Unido está avançando com uma rede de gás nacional que pode absorver até 100% de hidrogênio verde, e a Espanha está se destacando com um plano de € 2,3 bilhões para impulsionar a produção de hidrogênio verde. A Espanha aprovou recentemente um pacote de € 794 milhões para grandes projetos e visa aumentar sua capacidade de eletrolisadores para 11 gigawatts até 2030. O Reino Unido também está adaptando sua infraestrutura para compressão de hidrogênio, o que pode auxiliá-lo a se tornar uma "superpotência de energia limpa". (Hydrogen Central – 29.07.2024)