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IFE
31/07/2024

IFE Hidrogênio 177

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Kalyne Brito e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Bruno Elizeu e Ana Eduarda Rodrigues
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
31/07/2024

IFE nº 177

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Kalyne Brito e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Bruno Elizeu e Ana Eduarda Rodrigues
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Hidrogênio 177

Políticas Públicas e Financiamentos

Brasil: Câmara aprova projeto que prevê incentivos ao hidrogênio com baixa emissão de carbono

A Câmara dos Deputados aprovou emendas do Senado ao Projeto de Lei 2308/23, que regulamenta a produção de hidrogênio considerado de baixa emissão de carbono (hidrogênio verde), instituindo uma certificação voluntária e incentivos federais tributários. O texto segue para sanção presidencial. Uma das principais mudanças propostas é o aumento da quantidade de dióxido de carbono por quilograma de hidrogênio produzido a partir da fonte de energia utilizada para obter o hidrogênio. Enquanto o texto da Câmara previa um índice igual ou menor a 4 Kg de CO2, o Senado aprovou 7 Kg. Outra mudança retira a previsão de diminuição gradativa desse limite a partir de 2030. Também foram aprovados o fim de percentual máximo de exportação do hidrogênio para a empresa obter benefícios fiscais; e a fixação em lei de limites máximos de subvenção fiscal para obtenção e comercialização do hidrogênio. (Agência Câmara Notícias - 11.07.2024). 
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Brasil: Aumentar limite de emissão no PL do hidrogênio não beneficia etanol, dizem organizações

A Coalizão Energia Limpa e o Observatório do Clima criticaram a emenda do Senado ao PL 2308/2023 que elevou o teto de emissões para o hidrogênio ser considerado de baixo carbono, de 4 kgCO2eq/kgH2 para 7 kgCO2eq/kgH2, argumentando que beneficia combustíveis fósseis. O projeto, que estabelece o marco regulatório para hidrogênio de baixa emissão de carbono, foi aprovado com incentivos fiscais e financeiros. Críticas incluem a ausência de menção à captura e armazenamento de carbono (CCS) e a adesão voluntária à certificação de emissões, apontando riscos de aumento de emissões e questionando a credibilidade do hidrogênio brasileiro no mercado internacional. (epbr – 10.07.2024) 
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Brasil: Indústria busca conclusão para marco do hidrogênio antes do recesso

As associações ABIHV, ABEEólica, Absolar, Abiogás e Nordeste Forte pediram apoio dos deputados federais para a rápida conclusão do marco legal do hidrogênio de baixo carbono, estabelecido pelo PL 2308/2023, aprovado pelo Senado em junho. O projeto, que agora será analisado pela Câmara, inclui incentivos fiscais de R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032. A urgência se deve ao risco de atraso devido ao recesso parlamentar e às eleições municipais. As associações destacam a importância dessa lei para a política pública de estímulo à indústria do hidrogênio de baixo carbono no Brasil, temendo que atrasos comprometam o potencial do país em liderar o setor. Por outro lado, a Coalizão Energia Limpa e o Observatório do Clima criticaram a emenda que aumentou o teto de emissões para hidrogênio de baixo carbono, argumentando que favorece combustíveis fósseis e carece de medidas para captura e armazenamento de carbono. (epbr – 10.07.2024) 
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Brasil: PL do hidrogênio vai à sanção com aumento de limites de emissão e mais R$ 5 bi em créditos

A Câmara dos Deputados aprovou as emendas do Senado ao PL 2308/23, estabelecendo um marco regulatório para o hidrogênio de baixa emissão de carbono, incluindo incentivos fiscais e financeiros para o setor. O projeto, que segue para sanção presidencial, prevê créditos fiscais de R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032, sem restrição de rota, e aumentou o teto de emissões de 4 kgCO2eq/kgH2 para 7 kgCO2eq/kgH2. A medida visa beneficiar biocombustíveis, mas foi criticada por organizações ambientais por potencialmente aumentar as emissões de GEE. O regime especial de incentivos, Rehidro, suspende tributos para a cadeia produtiva do hidrogênio e inclui políticas de conteúdo local, pesquisa e inovação. (epbr – 11.07.2024) 
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Brasil: ANP enfrenta desafios para regular mercado de hidrogênio no Brasil

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) está se preparando para regulamentar o mercado de hidrogênio, porém enfrenta dificuldades devido à falta de recursos. Segundo Rodolfo Saboia, diretor-geral da ANP, a agência aguarda um mandato legal para iniciar suas atividades regulatórias nesse setor. Saboia mencionou que os servidores da ANP estão se capacitando por conta própria para se tornarem especialistas em hidrogênio, mas enfatizou que a falta de recursos financeiros tem sido um obstáculo. Ele destacou que a ANP não realizou concurso público desde 2015 e que o orçamento tem diminuído nos últimos dez anos, afetando diversas operações regulatórias da agência. Especialistas do setor, como Paulo Emílio Valadão de Miranda, da ABH2, concordam com a importância de avançar na regulamentação para fortalecer o mercado interno brasileiro de hidrogênio, visando tornar futuramente o país um exportador desse recurso energético.( Valor Econômico - 10.07.2024) 
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Alemanha: Governo concede € 4,6 bi para projetos de hidrogênio verde

O governo federal alemão anunciou € 4,6 bilhões em subsídios para 23 projetos de hidrogênio reconhecidos como IPCEI pela União Europeia, no âmbito da iniciativa Hy2Infra. Os projetos financiados incluem 1,4 GW de capacidade de eletrólise, 2 mil km de gasodutos, 370 GWh de capacidade de armazenamento e terminais para movimentar 1,8 mil toneladas de hidrogênio por ano. A iniciativa visa criar uma infraestrutura robusta para descarbonizar a indústria e mantê-la na Alemanha, com projetos como o eletrolisador de 100 MW da bp para descarbonizar a refinaria de Lingen e um eletrolisador de 300 MW da RWE em Lingen. A estratégia também inclui importações futuras de hidrogênio e armazenamento em cavernas para equilibrar a geração de hidrogênio a partir de energia renovável. (epbr – 16.07.2024) 
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Califórnia recebe a primeira parcela do financiamento do DOE para o Hub de hidrogênio

A Califórnia recebeu a primeira parcela de US$ 30 milhões do financiamento federal do Departamento de Energia dos EUA (DOE) para desenvolver seu centro regional de hidrogênio limpo (H2Hub), parte de um financiamento total de US$ 1,2 bilhão. O centro, conhecido como ARCHES, assinou um acordo de US$ 12,6 bilhões com o DOE, com US$ 11,4 bilhões adicionais comprometidos por fundos públicos e privados para construir e expandir a infraestrutura de energia limpa no estado. O projeto visa criar 220.000 empregos diretos e construir mais de 60 estações de abastecimento de hidrogênio, substituindo equipamentos movidos a diesel por equivalentes de hidrogênio nos principais portos da Califórnia. ARCHES criticou as regras propostas pelo governo dos EUA para hidrogênio verde, argumentando que podem impactar negativamente a indústria de hidrogênio limpa do país. (H2 View – 18.07.2024) 
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Espanha: Primeiro-ministro anuncia pacote de energia verde com apoio ao hidrogênio

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, anunciou um pacote de € 2,3 bilhões (US$ 2,5 bilhões) para impulsionar a transição energética da Espanha, focando em hidrogênio verde e subsídios para energia renovável. O plano inclui quatro programas que cobrem hidrogênio e indústrias verdes, além de medidas para apoiar a agricultura, infraestrutura e vilas na transição para energia verde. Este anúncio segue a recente aprovação de um pacote de subsídios de € 794 milhões (US$ 869 milhões) para 652 MW de projetos de produção de hidrogênio verde no país. (H2 View – 17.07.2024) 
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PSR defende cautela nas políticas de incentivo ao H2 no Brasil

O Projeto de Lei 2308/2023, que estabelece o marco legal para o hidrogênio de baixa emissão de carbono, foi enviado à sanção presidencial em 16 de julho. A consultoria PSR vê o marco como um avanço, destacando que as políticas de incentivo são importantes, mas devem ser implementadas com cautela para evitar custos excessivos para os consumidores e promover a descarbonização da indústria doméstica. Apesar de ser um passo positivo, a PSR adverte que o desenvolvimento do mercado de hidrogênio enfrenta desafios, como altos custos e baixa eficiência, com previsões de demanda mais baixas do que o esperado. A consultoria recomenda uma abordagem cautelosa e sugere que o Brasil, com sua diversidade de recursos renováveis, deve considerar diversas soluções de redução de emissões além do hidrogênio. O PL aprovado define hidrogênio de baixa emissão como aquele com menos de 7 kgCO2/kgH2 e propõe um equilíbrio entre a produção local e a exportação para maximizar o desenvolvimento doméstico e minimizar riscos (Agência CanalEnergia - 17.07.2024). 
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Produção

AES expande projetos de H2V na América Latina com investimentos bilionários

A AES está focada na expansão de projetos de hidrogênio verde na América Latina, destacando-se um complexo de US$ 4 bilhões no Texas, com 1,4 GW de capacidade de eletrólise alimentada por energia eólica e solar até 2027. No Brasil, a AES planeja um investimento de até US$ 4 bilhões para produzir 800.000 toneladas por ano de amônia verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará. Na Colômbia, a AES planeja operar um projeto similar com 1,1 GW de capacidade eólica em La Guajira, visando transformar a região em um hub de exportação de hidrogênio. No Chile, a AES Andes aguarda decisão final para um projeto de eletrolisador de 2,5 MW, buscando produzir hidrogênio verde para atender demandas locais, especialmente de mineradoras e empresas portuárias, com investimentos estimados em US$ 10 milhões. (bnamericas - 10.07.2024). 
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Brasil possui 62 projetos de hidrogênio verde em aportes de US$ 70 bilhões

Desde 2021, o mercado de hidrogênio verde (H2V) no Brasil tem se expandido rapidamente, com mais de US$ 70 bilhões em investimentos anunciados até julho de 2024 e 62 projetos com capacidade total de 43 GW de eletrólise. A maioria dos projetos está concentrada no Nordeste, especialmente no Ceará. A produção em larga escala deve começar em 2027, com empresas como Fortescue, Casa dos Ventos, AES Brasil, FRV, Voltalia e Cactus já anunciando investimentos. O setor de H2V está se integrando com a indústria nacional, incluindo setores como petroquímico, de transporte e automotivo. Empresas como Bosch estão se preparando para entrar no mercado, apesar dos desafios técnicos e financeiros. A integração e colaboração entre empresas são vistas como essenciais para o desenvolvimento da cadeia produtiva de hidrogênio no país. (Autodata - 17.07.2024) 
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Fortescue faz decisão antecipada de investimento em planta de hidrogênio verde no CE

A mineradora australiana Fortescue anunciou uma decisão antecipada de investimento em um projeto de produção de hidrogênio verde no Porto do Pecém, Ceará. A próxima fase, a decisão final de investimento, está prevista para 2025. O projeto inclui a instalação de uma planta com capacidade de 1,2 GW de eletrólise, capaz de produzir 900 mil toneladas de amônia verde, que seria exportada e convertida em hidrogênio nos países consumidores. A Fortescue destacou o potencial do Brasil devido à disponibilidade de energia renovável e infraestrutura, além da recente aprovação de um marco regulatório para o hidrogênio verde. A empresa também está desenvolvendo projetos em outros países, incluindo EUA e Austrália. (Infomoney - 17.07.2024) 
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Egito: Projeto de hidrogênio verde da Scatec assina acordo de compra com a Fertiglobe

O projeto Egypt Green Hydrogen, liderado pela Scatec ASA e parceiros, alcançou um marco importante ao garantir um contrato de compra de amônia verde com a Hintco, na Alemanha, através do leilão H2Global. O acordo de 20 anos foi assinado em junho de 2024. O projeto, localizado em Ain Sokhna, Egito, incluirá uma planta de eletrolisador de 100 MW, alimentada por energia solar e eólica, produzindo 13.000 toneladas de hidrogênio renovável e 74.000 toneladas de amônia renovável anualmente. O fechamento financeiro está previsto para o primeiro semestre de 2025, com apoio de instituições financeiras como o EBRD e o BEI. O projeto visa posicionar o Egito como um centro global de hidrogênio verde.(Scatec - 11.07.2024) 
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Armazenamento e Transporte

UE: Metas de importação de hidrogênio estão em risco sem diversas tecnologias de transporte

Um grupo de empresas, incluindo Chiyoda, Honeywell UOP, Hydrogenious LOHC e Mitsubishi, elaborou um documento pedindo à União Europeia que reconheça tecnologias de transporte de hidrogênio além da amônia e do metanol para alcançar suas metas de importação. Eles destacam a necessidade de incluir deliberadamente tecnologias como transportadores de hidrogênio orgânico líquido (LOHC), inorgânico líquido (LIHC) e sólido (SHC) nos esquemas de financiamento da UE, como o H2Global e o Banco Europeu de Hidrogênio. Essas tecnologias armazenam e transportam hidrogênio de forma segura e eficiente, sem serem usadas diretamente como energia. O grupo argumenta que as licitações atuais favorecem apenas derivados de hidrogênio, impactando a competitividade e a capacidade do bloco de atingir suas metas. Eles defendem que uma postura tecnologicamente neutra em licitações promoveria a inovação, competição e ajudaria a importar e entregar hidrogênio oportunamente para os compradores europeus. (H2 View – 18.07.2024) 
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Hamburgo tem nova instalação de armazenamento de hidrogênio na Região Metropolitana

A Storengy Deutschland anunciou planos para construir novas cavernas subterrâneas de armazenamento de hidrogênio na Região Metropolitana de Hamburgo, como parte do projeto "SaltHy". Com capacidade para armazenar até 15.000 toneladas de hidrogênio, as cavernas estão previstas para entrar em operação em 2030 e 2034. Cada caverna terá capacidade para 7.500 toneladas de hidrogênio, suficiente para suprir a demanda de uma siderúrgica regional durante dois meses. A conversão de cavernas de gás natural para armazenamento de hidrogênio transformará a região de Stade em um centro importante para a cadeia de valor do hidrogênio. A instalação será integrada à rede central europeia de hidrogênio "EU Hydrogen Backbone" e ao "Hamburg Green Energy Hub", conectando-se diretamente à rede de transporte europeia, com o projeto sendo reconhecido como um "projeto de interesse europeu comum". (Hydrogen Central – 16.07.2024) 
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Brasil: Pecém define consórcio para operar primeiro terminal de exportação de amônia verde

O Complexo Industrial e Portuário do Pecém selecionou um consórcio para operar o primeiro terminal de exportação de amônia verde do Brasil. A amônia verde é produzida a partir de hidrogênio gerado por fontes renováveis, como a energia solar e eólica, e é uma alternativa sustentável aos métodos tradicionais de produção. O terminal facilitará a exportação desse produto, posicionando o Pecém como um hub importante para a indústria de energia verde. A operação do terminal visa fortalecer a economia local, atrair investimentos e promover o desenvolvimento sustentável na região (Opinião CE - 11.07.2024). 
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Uso Final

Airbus aposta no hidrogênio para desfossilização da aviação

A indústria da aviação enfrenta um desafio trilionário para atingir net zero até 2050, substituindo o querosene fóssil com novos combustíveis e tecnologias de propulsão. No curto e médio prazo, os biocombustíveis derivados de biomassa e resíduos (SAF) podem reduzir até 65% das emissões de carbono. A longo prazo, a desfossilização completa dependerá do hidrogênio renovável, conforme aposta a Airbus, que está desenvolvendo motores de célula a combustível movidos a hidrogênio, com previsão de lançamento em 2035. A Airbus trabalha em colaboração com universidades para superar os desafios tecnológicos, como o armazenamento de hidrogênio em escala comercial. Estudos indicam que aeronaves elétricas com bateria, células a hidrogênio e combustão direta de hidrogênio são promissoras para diferentes distâncias, embora enfrentem desafios relacionados à infraestrutura, impactos climáticos e eficiência tecnológica. (epbr – 17.07.2024) 
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Hidrogênio para embarcações de águas interiores

Quando a Future Proof Shipping (FPS) e a Nike lançaram seu primeiro navio porta-contêineres movido a hidrogênio em Roterdã, no ano passado, o setor marítimo passou a considerar o hidrogênio como uma solução para descarbonizar as hidrovias interiores. O transporte hidroviário interior é eficiente em termos de CO2, consumindo apenas 17% da energia do transporte rodoviário e 50% do ferroviário. No entanto, embarcações convencionais ainda emitem CO2, óxidos de nitrogênio (NOx), material particulado (PM) e óxidos de enxofre (SOx), com uma embarcação interior emitindo cerca de 250 gramas de CO2 por tonelada-quilômetro (g/tkm). (H2 View – 17.07.2024) 
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Primeira balsa de passageiros movida a hidrogênio estreia na Baía de São Francisco

A primeira balsa comercial de passageiros movida a hidrogênio do mundo, chamada MV Sea Change, iniciará operações na Baía de São Francisco para transportar até 75 passageiros entre o Pier 41 e o terminal de balsas do centro da cidade a partir de 19 de julho. O catamarã de 21 metros será operado como parte de um programa piloto gratuito por seis meses, visando substituir gradualmente embarcações a diesel e reduzir as emissões de carbono no setor marítimo. Equipado com células de combustível que produzem eletricidade pela combinação de oxigênio e hidrogênio, emitindo apenas água como subproduto, o Sea Change pode percorrer 300 milhas náuticas. (Estadão - 13.07.2024) 
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CAE aprova preferência para veículos movidos a combustível limpo

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou uma proposta que estabelece prioridade para veículos movidos a biocombustível ou hidrogênio em licitações públicas. A medida visa incentivar o uso de energias renováveis no transporte e reduzir a emissão de gases poluentes. De acordo com o projeto, veículos elétricos também podem ser beneficiados, desde que sua energia seja gerada predominantemente a partir de fontes renováveis. A proposta segue agora para análise na Comissão de Meio Ambiente (CMA) e, se aprovada, poderá contribuir significativamente para a transição do Brasil para uma matriz energética mais sustentável e menos dependente de combustíveis fósseis (Agência Senado - 09.07.2024). 
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Tecnologia e Inovação

Avançam as pesquisas acadêmicas sobre hidrogênio no Ceará

O Ceará está se destacando como um potencial líder na produção de hidrogênio verde (H₂V), impulsionado pela colaboração entre o governo, iniciativa privada e academia. O FIEC Summit, que acontece em agosto, reconhece projetos inovadores na área. Entre eles, destaca-se uma proposta da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e da Universidade Federal do Ceará (UFC), que visa a produção distribuída de H₂V a partir de efluentes industriais. Além disso, pesquisadores da Universidade de Fortaleza (Unifor) estão desenvolvendo soluções para tratar água e produzir H₂V com potencial comercial. O Ceará é favorecido por sua oferta de energia renovável e parcerias como o Hub de Hidrogênio Verde, consolidando o Estado como um polo estratégico para o hidrogênio verde no Brasil. (Diário do Nordeste - 17.07.2024) 
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Eventos

FIEC SUMMIT Hidrogênio Verde

Nos dias 12 e 23 de agosto acontece o FIEC Summit, evento anual realizado no Ceará. O evento é organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e reúne líderes empresariais, acadêmicos, autoridades públicas e a sociedade para discutir o Hidrogênio Verde. Em sua terceira edição, o FIEC Summit é uma plataforma essencial para explorar as oportunidades dessa nova fronteira energética, promovendo negócios inovadores e a sustentabilidade.  
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Otimização do Design e Análise para gasodutos de Hidrogênio com AutoPIPE

O pacote de aplicativos interoperáveis da Bentley para design e análise de plantas facilita a colaboração entre engenheiros de diversas disciplinas, sendo uma solução ideal para projetos de plantas de hidrogênio. O AutoPIPE integrou o padrão ASME B31.12 para o design e análise precisos de tubulações e pipelines de hidrogênio, assegurando uma coordenação eficaz entre engenheiros de tensões em tubulações, especialistas estruturais e designers CAD. Essa interoperabilidade com uma variedade de aplicativos de design de plantas e soluções de análise estrutural otimiza os fluxos de trabalho, reduz os prazos dos projetos, minimiza discrepâncias de design e melhora a confiabilidade operacional. O evento ocorrerá de forma remota no dia 31 de julho. 
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Artigos e Estudos

Artigo de Joaquim Levy: "Os marcos da transição energética"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Joaquim Levy (diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercado do Banco Safra) aborda a recente queda da inflação nos EUA, que impulsionou a bolsa americana, mas alerta que as preocupações macroeconômicas globais persistem, incluindo incertezas geopolíticas e desafios como mudança climática e demanda crescente por eletricidade. Ele destaca a urgência de reduzir as emissões de CO2, especialmente do carvão, responsável por 65% do aumento associado à energia em 2023. Levy sublinha que o Brasil precisa instituir um mercado regulado de carbono até o final do ano para facilitar a transição energética e estimular a indústria a adotar práticas mais sustentáveis, enquanto aguarda a sanção do Marco do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono para promover tecnologias como o hidrogênio verde. (GESEL -IE - UFRJ - 18.07.2024). 
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Impacto dos impostos no custo do hidrogênio verde no Brasil

Um estudo da consultoria Mirow & Co. revelou que o custo do hidrogênio verde no mercado interno brasileiro é inflacionado em até 55% devido a impostos, em contraste com o produto exportado, especialmente aquele originário de Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs), que desfrutam de benefícios fiscais. Essa disparidade sublinha a falta de incentivos no país para estimular a demanda doméstica, ao contrário de regiões globais que já implementaram políticas favoráveis. Recentemente, o Congresso brasileiro avançou com um marco legal para o hidrogênio de baixa emissão de carbono, buscando reduzir os custos de produção para menos de US$ 2 por quilo até 2030, incluindo hidrelétricas como fonte de energia. Apesar do potencial no mercado global, o Brasil enfrenta desafios regulatórios para competir internacionalmente e desenvolver um mercado interno sustentável. (Valor Econômico - 14.07.2024). 
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From Brazil to Europe: The Renewable Hydrogen Opportunity

O Brasil está à beira de um avanço significativo no mercado de hidrogênio com a recente aprovação pelo Senado da Política Nacional de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PL 2308/2023). Esta política visa estabelecer uma estrutura para certificação de hidrogênio, desenvolvimento de mercado, subsídios e incentivos fiscais, distinguindo-se da legislação europeia com definições e critérios únicos. À medida que a demanda por hidrogênio na Europa continua a aumentar para atender às metas climáticas ambiciosas, os vastos recursos de energia renovável do Brasil o posicionam como um fornecedor principal de hidrogênio renovável. Isso apresenta uma oportunidade estratégica para o Brasil expandir seus modelos de negócios de hidrogênio renovável e impulsionar as exportações para a Europa. O relatório visa responder as seguintes questões: Qual é o atual marco regulatório para hidrogênio no Brasil e como ele se alinha aos padrões globais? Como o Brasil pode aproveitar seus recursos de energia renovável para atender à crescente demanda por hidrogênio na Europa? Quais são as vantagens competitivas do hidrogênio renovável brasileiro em comparação aos concorrentes europeus? (Aurora Energy Research - 18.07.2024). 
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NREL: Levelized Cost of Dispensed Hydrogen for Heavy-Duty Vehicles

Neste breve relatório técnico, é analisada a variação dos custos nivelados do hidrogênio (H2) dispensado por estações de abastecimento (HRS) para veículos pesados de célula a combustível (FCEVs) viáveis no horizonte de 2030. Ainda, são explorados diferentes cenários variando distâncias de entrega de hidrogênio, tamanhos das HRS, taxas de utilização das HRS e economias de escala no Modelo de Análise de Entrega de Hidrogênio (HDSAM). Assim, foi observado como a contribuição para o custo nivelado de cada componente da cadeia de suprimento muda. (NREL - 17.07.2024) 
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NREL: Capital Structure for Techno-Economic Analysis of Hydrogen Projects

Este relatório fornece estimativas de parâmetros de princípios contábeis geralmente aceitos atualizadas de suposições que podem ser usadas para refletir o custo do financiamento da implantação de infraestrutura de hidrogênio. O relatório também fornece estimativas de parâmetros para estruturas de análise financeira mais simplificadas, como fluxo de caixa descontado e modelos financeiros anualizados. Os valores dos parâmetros são derivados do feedback da indústria e refletem os fatores macroeconômicos atuais, como taxas de juros mais altas e perfil de risco mais alto de tecnologias emergentes de hidrogênio, dada uma miríade de fatores, como inexperiência de construção de projetos, custos de capital e inflação crescente, entre outros. (NREL - julho 2024). 
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McKinsey: Global Energy Perspective 2023, Hydrogen outlook

O Global Energy Perspective 2023 prevê que a demanda global por hidrogênio limpo crescerá para 125-585 milhões de toneladas anuais até 2050, impulsionada pela substituição do hidrogênio cinza por hidrogênio verde e azul. A produção de hidrogênio verde, proveniente de fontes renováveis, dominará, enquanto o hidrogênio azul, feito com gás natural e captura de carbono, terá uma participação significativa. A Ásia será a principal consumidora, seguida por Europa e EUA. O comércio global de hidrogênio deve expandir, conectando centros de produção e demanda, com avanços tecnológicos e infraestrutura sendo fundamentais para essa transição. (McKinsey - janeiro, 2024) 
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