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IFE Hidrogênio 174
Políticas Públicas e Financiamentos
Brasil: Senado aprova marco legal para a produção do hidrogênio de baixo carbono
O Senado brasileiro aprovou o projeto de lei da Câmara (PL 2.308/2023) que estabelece o marco regulatório para a produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono no país, com incentivos fiscais e financeiros significativos para o setor. O projeto cria a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, incluindo programas específicos como o Programa Nacional do Hidrogênio e o Sistema Brasileiro de Certificação do Hidrogênio. O Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro) será implementado com benefícios tributários, incluindo a suspensão de PIS/Pasep e Cofins sobre matérias-primas e produtos. Empresas envolvidas na produção, transporte, armazenamento e comercialização de hidrogênio serão elegíveis, incentivando também a produção de biogás e energia renovável. O projeto visa impulsionar a transição energética no Brasil, visando substituir trens, caminhões e carros por energia de hidrogênio de baixo carbono, contribuindo assim para a redução das emissões de carbono e promovendo o desenvolvimento tecnológico e industrial nacional. (Agência Senado – 19.06.2024)
Link ExternoBrasil: Novo texto do marco do hidrogênio amplia incentivos em R$ 5 bi
O relatório complementar do senador Otto Alencar, aprovado recentemente, introduziu alterações significativas no marco regulatório do hidrogênio no Brasil. Em resposta à emenda do senador Cid Gomes, o relatório prevê um aumento de R$ 5 bilhões em créditos fiscais para projetos de hidrogênio, estendendo o período de concessão dos incentivos de 2028 a 2032. Além disso, o texto inclui uma emenda do senador Astronauta Marcos Pontes que prioriza a concessão de créditos fiscais para projetos com menor emissão de gases do efeito estufa e maior integração na cadeia de valor nacional. Essas medidas visam fortalecer o desenvolvimento de rotas sustentáveis, como o hidrogênio verde, alinhando-se a modelos adotados internacionalmente, como o dos Estados Unidos. (epbr – 12.06.2024)
Link ExternoEUA: Departamento de Energia investe mais de US$ 9 milhões para desenvolver tecnologia de hidrogênio
O Departamento de Energia dos EUA (DOE) está investindo mais de US$ 9 milhões em seis projetos destinados a desenvolver tecnologias de hidrogênio que convertem resíduos em energia limpa. Este financiamento federal, administrado pelo Escritório de Energia Fóssil e Gestão de Carbono, visa tornar o hidrogênio limpo mais disponível e acessível para eletricidade, descarbonização industrial e transporte. Os projetos selecionados focarão em melhorar sistemas que convertem diversos materiais residuais em energia limpa, contribuindo para metas significativas de descarbonização da Administração Biden-Harris e proporcionando oportunidades econômicas locais ao reduzir o volume de resíduos destinados a aterros. Este investimento faz parte dos esforços contínuos do DOE desde 2021 para impulsionar inovações em hidrogênio limpo e apoiar a iniciativa Hydrogen Shot, que visa reduzir drasticamente os custos do hidrogênio limpo nos EUA. (Hydrogen Central – 15.06.2024)
Link ExternoEUA: Departamento de Energia amplia compromisso com uma transição justa para o hidrogênio limpo
O Departamento de Energia dos EUA, por meio do Escritório de Tecnologias de Hidrogênio e Célula a Combustível (HFTO), lançou hoje o recurso “Hidrogênio Limpo e Justiça Ambiental”, demonstrando seu compromisso com uma transição de energia limpa que seja justa e equitativa. Esta iniciativa destaca a importância de abordar as desigualdades ambientais e energéticas, especialmente em comunidades historicamente afetadas pela infraestrutura energética. A nova página web centraliza informações sobre as preocupações comuns das comunidades em relação ao hidrogênio limpo, explora os princípios da justiça ambiental e detalha a estratégia EJ da HFTO, que inclui transparência, segurança, diversidade e acessibilidade. Além disso, a HFTO está buscando um Hydrogen Shot Fellow para fortalecer sua equipe de Justiça Ambiental e Envolvimento Comunitário, promovendo o envolvimento comunitário e apoiando a implementação de planos de benefícios comunitários relacionados ao hidrogênio. (Hydrogen Central – 13.06.2024)
Link ExternoIndústria alemã e legisladores pedem paciência na transição para o hidrogênio como fonte de energia renovável
Executivos da indústria alemã e legisladores pediram cautela e paciência em relação à transição para o hidrogênio como fonte de energia renovável para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Em uma conferência organizada pelo jornal Handelsblatt, destacaram que o suporte regulatório é essencial para estimular a mudança maciça para o hidrogênio verde até o início da próxima década, conforme planejado pela Alemanha, que visa alcançar uma capacidade nacional de eletrólise de 10 gigawatts até 2030. A discussão enfatizou a necessidade de evitar excesso de regulamentação que sufoque as empresas, enquanto buscam sincronizar e organizar a cadeia de valor. Apesar dos desafios e possíveis atrasos nos projetos, os participantes expressaram confiança na direção estratégica, sublinhando a importância de planejamento seguro para os investimentos futuros. (Hydrogen Central – 13.06.2024)
Link ExternoComissão Europeia anuncia orçamento do segundo leilão do Banco Europeu de Hidrogênio
A Comissão Europeia anunciou hoje que o orçamento para o segundo leilão do Banco Europeu de Hidrogênio será de 1,2 bilhões de euros, previsto para este ano, representando 25% do Fundo de Inovação para 2024. Este montante, embora superior ao do piloto anterior, ainda fica aquém do orçamento inicialmente planejado de 3 bilhões de euros. Jorgo Chatzimarkakis, CEO da Hydrogen Europe, expressou satisfação com o aumento do financiamento, destacando a importância de garantir que os restantes mil milhões de euros sejam alocados para futuros leilões. Ele enfatizou a necessidade de evolução contínua na concepção do leilão para maximizar seu impacto, incluindo períodos de comissionamento prolongados e maior flexibilidade na acumulação de ajudas, além da introdução de critérios de resiliência para fortalecer a competitividade da cadeia de valor tecnológica europeia. (Hydrogen Central – 13.06.2024)
Link ExternoHong Kong: Estratégia para o hidrogênio planeja ligar a China aos mercados globais
Hong Kong está planejando adotar hidrogênio limpo para aplicações em transporte e energia como parte de uma nova estratégia focada em alinhar-se com o mercado global de hidrogênio enquanto mantém sua autonomia sob o princípio “um país, dois sistemas". A administração da ilha planeja criar um ambiente regulatório favorável para a energia do hidrogênio, desenvolvendo legislação e padrões específicos. Apesar de fortalecer sua conexão com a China, Hong Kong visa estabelecer sua própria posição no setor de hidrogênio, impulsionando iniciativas que poderiam reduzir sua dependência energética tradicional. (H2 View – 18.06.2024)
Link ExternoProdução
Acordo de H2V impulsiona sustentabilidade no Complexo Industrial do Pecém
A Casa dos Ventos e a Utilitas firmaram um acordo para fornecer água de reúso a um projeto de hidrogênio verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. O projeto envolve a instalação de uma fábrica para produção de hidrogênio e amônia verde, com capacidade de até 2,4 GW de eletrólise. A água de reúso, gerada a partir de efluentes sanitários da região metropolitana de Fortaleza, será suficiente para alimentar a primeira fase de produção. O objetivo é adotar soluções sustentáveis e ambientalmente aceitas, com a utilização de eletricidade renovável e água de reúso no processo de eletrólise para a produção de hidrogênio verde. (Valor Econômico - 11.06.2024).
Link ExternoNova instalação de pesquisa na Colúmbia Britânica produzirá hidrogênio usando energia hidrelétrica e solar
A Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, lançou o Distrito Inteligente de Energia de Hidrogênio (SHED), um projeto de US$ 23 milhões que usa energia hidrelétrica e solar para produzir hidrogênio. Este projeto integra energia renovável em uma microrrede, incluindo uma estação de abastecimento de hidrogênio que atenderá veículos leves e pesados. O SHED também permitirá o carregamento bidirecional de veículos elétricos, usando-os como bancos de energia para estabilizar a rede elétrica. Financiado por várias fontes, incluindo o governo canadense e parceiros da indústria, o SHED posiciona a Colúmbia Britânica como líder na economia do hidrogênio e apoia os objetivos de energia limpa da província. (Renewable Energy World - 18.06.2024)
Link ExternoFirjan: Eólicas offshore e H2 podem trazer investimentos de US$ 70 bi para o RJ
O levantamento da Firjan revela que o Rio de Janeiro possui um potencial de investimento significativo de US$ 70 bilhões em projetos de eólicas offshore e hidrogênio, que poderiam gerar até 24 GW de energia. Esses projetos, detalhados no documento "Transição e Integração Energética no Rio", incluem a produção estimada de 114 mil kton/ano de hidrogênio de baixo carbono, equivalente a 6% da produção nacional de petróleo, ou 42 milhões de litros de gasolina C por dia, e/ou 45 milhões de m3/dia de gás natural. A aprovação do PL 576/2021 é vista como crucial para destravar esses investimentos, enquanto desafios ambientais, regulatórios e de licenciamento devem ser abordados para garantir a viabilidade econômica dessas iniciativas renováveis no estado. (Agência CanalEnergia - 12.06.2024).
Link ExternoArmazenamento e Transporte
Toyota seleciona soluções de armazenamento de hidrogênio líquido da Fabrum
A empresa neozelandesa Fabrum concordou em fornecer sua tecnologia de armazenamento de hidrogênio líquido para a Toyota, marcando sua segunda colaboração com uma empresa japonesa. A solução da Fabrum pode suportar sistemas completos de produção e reabastecimento de hidrogênio, já tendo sido utilizada em setores como aviação, transporte pesado e indústria. Anteriormente, a Fabrum trabalhou com a Obayashi Corporation para implementar tecnologia de reabastecimento de hidrogênio de dupla pressão em Auckland. (H2 View – 17.06.2024)
Link ExternoUso Final
Projeto H2Brasil inicia produção de combustível sustentável de aviação
A primeira fábrica do Brasil para produção de petróleo sintético a partir de biogás e hidrogênio verde foi inaugurada na usina de Itaipu Binacional, visando criar combustível sustentável de aviação (SAF). O projeto H2Brasil, apoiado pelo governo alemão, é experimental e visa explorar a produção de combustíveis verdes. A planta produzirá inicialmente 6 quilos por dia de biosyncrude para SAF, utilizando biogás e hidrogênio verde locais. Apesar do interesse das empresas no SAF e do potencial do Brasil como produtor, desafios regulatórios e custos mais altos em comparação com o querosene fóssil ainda são barreiras para a expansão da tecnologia (Valor Econômico - 17.06.2024).
Link ExternoEventos
Geopolitics of Hydrogen
O evento, organizado pela Mission Hydrogen, acontece do nia 17 de julho, explorará o impacto de transformação do hidrogênio na geopolítica global e na transição energética. O webinar irá abordar três questões principais: o movimento Not in My Backyard - embora as pessoas queiram energia limpa, elas resistem a projetos locais; mudanças industriais e de emprego; e a dependência economica de combustíveis fósseis.
Link ExternoArtigos e Estudos
Artigo GESEL: "O primeiro leilão do Banco Europeu do Hidrogênio"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Adely Branquinho, Nelson Siffert, Thereza Aquino (pesquisadores seniores do GESEL) e Kátia Rocha (pesquisadora do Ipea) tratam dos resultados do primeiro Leilão do Banco Europeu do Hidrogênio (EHB), que comprometeu € 720 milhões em subsídios para 7 projetos de produção de hidrogênio renovável na Europa. Os autores destacam a surpresa do mercado com os resultados do leilão, devido à alta concorrência e aos preços mais baixos do que o esperado. Os projetos vencedores, a maioria localizados na Espanha e Portugal, terão que começar a produzir hidrogênio renovável dentro de 5 anos. Apesar do sucesso do leilão, os autores apontam que ainda persistem incertezas no mercado de hidrogênio de baixo carbono e enfatizam a necessidade de políticas públicas para estimular a demanda e oferta. Eles também discutem as oportunidades para o Brasil neste mercado emergente, destacando a importância de um marco legal regulatório e de iniciativas como a Chamada Estratégica de Hidrogênio da Aneel. (GESEL - 14.06.2024)
Link ExternoOxford: How proper measurement of low carbon hydrogen’s carbon intensity can reduce regulatory risk
O hidrogênio de baixo carbono, obtido por eletricidade renovável, nuclear ou combustíveis fósseis com captura de carbono, pode descarbonizar setores difíceis de eletrificar. Seu sucesso depende da intervenção governamental, como subsídios e políticas de descarbonização, o que o expõe a riscos regulatórios. A fronteira entre hidrogênio de baixo carbono e eletrificação é incerta, e o hidrogênio precisa provar sua relação custo-benefício na redução de emissões. A terminologia e os critérios de qualificação são confusos. O artigo analisa os desafios na compreensão da intensidade de carbono do hidrogênio, a nomenclatura confusa e o impacto das diferentes abordagens de medição. Propõe formas de reduzir o risco regulatório. (OIES - 17.06.2024)
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