O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), destacou que a viabilidade do uso do hidrogênio na indústria local depende do quadro legal em discussão no Congresso Nacional, com foco inicial na exportação. Enfatizando a dependência da legislação federal para políticas fiscais e de mandatos, ele ressaltou que o estado já oferece incentivos via ICMS e está engajado em projetos de energia renovável, especialmente eólica offshore e hidrogênio, atraindo investidores europeus. Projetos em andamento visam a produção de amônia e metanol verde, com destaque para uma parceria entre Eletrobras e Green Energy Park. Fonteles aponta a necessidade de um arcabouço nacional para garantir competitividade e destaca a importância da aprovação do marco legal, cujo relatório do senador Otto Alencar é aguardado com expectativa. (epbr – 03.06.2024) 

O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), pressiona pela aprovação do PL do hidrogênio verde no Congresso Nacional, argumentando que é crucial aproveitar a atual oportunidade. Ele destaca a necessidade de uma legislação para dar segurança jurídica e atrair investimentos, ressaltando que outros países já estão à frente nesse setor. Fonteles enfatiza a importância da infraestrutura e da formação de mão de obra especializada, posicionando o Piauí como líder potencial na transição energética global. Ele destaca o momento geopolítico e econômico favorável ao hidrogênio verde e ressalta o compromisso das instituições locais em impulsionar as energias renováveis no estado. (Agência CanalEnergia - 05.06.2024) 

O Japão e a União Europeia concordaram em colaborar para impulsionar a demanda e oferta de hidrogênio limpo, visando substituir gradualmente o gás natural e os combustíveis fósseis russos, respectivamente. Ambos os países reconhecem o hidrogênio como uma fonte vital para alcançar metas de neutralidade carbônica e redução de emissões. A UE planeja produzir e importar grandes quantidades de hidrogênio renovável até 2030, enquanto a Alemanha acelera planos de infraestrutura para essa transição. O Japão planeja investir significativamente em subsidiar a produção de hidrogênio limpo. Empresas como Itochu Corp. já estão conduzindo estudos para estabelecer cadeias de fornecimento de hidrogênio e amônia. (Hydrogen Central – 04.06.2024)

O gabinete da Alemanha aprovou um projeto de lei para acelerar a expansão da energia do hidrogênio, dando prioridade à infraestrutura relacionada como um interesse público superior e simplificando os procedimentos de licenciamento. Visando reduzir as emissões de gases de efeito estufa em setores industriais poluentes como aço e produtos químicos, a Alemanha visa aumentar a dependência do hidrogênio, com ênfase em eletrolisadores que utilizam energia renovável. Este movimento alinha-se com os planos de investimento do governo, que destinou bilhões de euros para a aquisição de hidrogênio verde e derivados, enquanto a legislação não aborda a rápida construção de novas centrais elétricas a gás natural, uma questão-chave para a indústria energética. (Hydrogen Central – 29.05.2024)

A crise no setor eólico brasileiro, marcada pela desindustrialização e a saída de empresas como a GE, está sendo enfrentada com medidas governamentais e novos investimentos. Nivalde de Castro, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), avalia que o excesso de oferta no setor eólico e solar é um fenômeno econômico causado por subsídios desnecessários, criando um desequilíbrio entre oferta e demanda. Ele sugere a exportação como solução para a indústria eólica e prevê que o setor de hidrogênio gerará demanda no médio prazo, abrindo um cenário para novos investimentos. Além disso, ele vê as grandes empresas de tecnologia, que são eletrointensivas e atraídas por energia barata e renovável, como potenciais impulsionadoras da demanda no Brasil. Acesse aqui a matéria na ínetgra. (Valor Econômico - 05.06.2024) 

O ex-presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, enfatizou que políticas de incentivo aos biocombustíveis devem evitar criar obstáculos para a produção de combustíveis sintéticos e hidrogênio verde. Ele destacou que programas como o Combustível do Futuro e RenovaBio priorizam biocombustíveis devido à importância do etanol e biodiesel, mas essa exclusividade pode prejudicar o desenvolvimento de combustíveis sintéticos e hidrogênio verde. O Ineep e o governo da Bahia firmaram um acordo para desenvolver um mercado local de hidrogênio verde, com a Bahia planejando criar um hub de combustíveis sustentáveis na Baía de Todos os Santos, incluindo incentivos fiscais e infraestrutura portuária para facilitar a produção e distribuição. (epbr – 10.06.2024) 

Mais de 400 empresas e organizações japonesas se uniram para criar um fundo de um bilhão de dólares destinado a fortalecer a infraestrutura da cadeia de abastecimento de hidrogênio no Japão. A iniciativa, planejada para começar no semestre fiscal que termina em setembro, priorizará investimentos nos países participantes do Quadro Econômico Indo-Pacífico (IPEF). Liderado pela empresa de private equity Advantage Partners, o fundo focará na produção, armazenamento e transporte seguro de hidrogênio. Esta estratégia visa melhorar a segurança energética do Japão e acelerar sua transição para uma matriz energética mais sustentável. A Japan Hydrogen Association, formada por empresas como Iwatani, Sumitomo Mitsui Financial Group e Mitsubishi UFJ Financial Group, supervisionará a gestão e distribuição dos investimentos. (Hydrogen Central – 07.06.2024) 

Os leilões de hidrogênio têm ganhado destaque na Europa como uma estratégia para promover a produção e uso de hidrogênio verde, com Alemanha, Reino Unido, Dinamarca e Países Baixos desenvolvendo seus próprios esquemas de subsídios. O hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis, é crucial para a descarbonização de setores industriais e de transporte, embora seja significativamente mais caro que o hidrogênio convencional. A União Europeia, com metas ambiciosas de produção e importação de hidrogênio renovável, realizou seu primeiro leilão em 2024, premiando sete projetos com 720 milhões de euros. Países como a Alemanha complementam esses esforços com subsídios nacionais adicionais, enquanto a Dinamarca já conduziu leilões independentes e os Países Baixos colaboram com a Alemanha para leilões conjuntos. O Reino Unido adota uma abordagem contratual para apoiar a produção de hidrogênio de baixo carbono. O sucesso desses regimes depende não apenas dos subsídios, mas também de investimentos em infraestrutura de suporte, como gasodutos, e da demanda crescente dos setores industriais. O futuro dos leilões de hidrogênio na Europa promete ajustes para equilibrar a participação regional e garantir a viabilidade econômica dos projetos selecionados. (Hydrogen Central – 07.06.2024) 

Nos últimos quatro meses, startups no setor de hidrogênio de baixa emissão levantaram mais de US$ 1 bilhão em investimentos de risco, segundo dados da Crunchbase. Este valor representa mais de dois terços do total arrecadado em todo o ano passado e inclui rodadas iniciais significativas, como a Série B da Hysata, que arrecadou US$ 110 milhões, e a Série B da Koloma, que levantou US$ 246 milhões. Este aumento no financiamento sugere um crescente interesse dos investidores, impulsionado por avanços tecnológicos, incentivos governamentais e a crescente receptividade do mercado ao hidrogênio verde. (Hydrogen Central – 06.06.2024) 

A Hydrogen UK prevê que o setor de hidrogênio do Reino Unido possa contribuir com mais de 7 bilhões de libras esterlinas ao Valor Adicionado Bruto anual até 2030, impulsionado por uma expansão planejada de 10 gigawatts na capacidade de produção de hidrogênio com baixas emissões. Esta estimativa surge de uma Avaliação de Impacto Econômico recente, destacando que o setor poderá sustentar cerca de 30.000 empregos diretos até a década de 2030, com a produção de hidrogênio respondendo por uma parcela significativa deste valor econômico. A Hydrogen UK enfatiza a necessidade de medidas decisivas para garantir que estas projeções se concretizem, incluindo o cumprimento de metas governamentais e investimentos contínuos em infraestrutura crítica de transporte e armazenamento de hidrogênio. A organização também apela por um alinhamento mais estreito entre diferentes departamentos governamentais e a exploração de políticas que estimulem a demanda por hidrogênio de baixo carbono em diversos setores, destacando a importância de mitigar riscos e garantir sustentabilidade econômica a longo prazo para o setor. (Hydrogen Central – Hydrogen Central – 06.06.2024) 

O governo do Canadá anunciou um investimento significativo de quase US$ 10 milhões para lançar o Clean Hydrogen Hub na Universidade Simon Fraser, em Burnaby. Este projeto pioneiro será financiado pela PacificCan, juntamente com contribuições do governo provincial da Colúmbia Britânica, da própria universidade, da cidade de Burnaby e outros parceiros. O Hub se concentrará na produção de hidrogênio limpo usando hidroeletricidade, uma fonte de energia renovável, e empregará tecnologia avançada de eletrolisador para reduzir custos. Além de fortalecer a economia local e criar oportunidades de emprego, o projeto visa impulsionar a inovação tecnológica no setor de energia limpa, alinhando-se com as metas climáticas do Canadá para atingir emissões líquidas zero até 2050. (Hydrogen Central – 05.06.2024) 

A Alemanha, juntamente com a Comissão Europeia e líderes do setor do hidrogênio, concordou com a necessidade de ação decisiva e colaborativa para impulsionar a implantação do hidrogênio até 2030. Durante uma reunião recente, destacaram-se prioridades como a simplificação regulatória para incentivos à procura de hidrogênio, acesso facilitado ao financiamento e garantias de competição justa entre hidrogênio localmente produzido e importado. O Ministro Robert Habeck enfatizou o compromisso da Alemanha com medidas concretas para fortalecer o mercado do hidrogênio, enquanto o Vice-Presidente Šefčovič destacou o papel crucial do Fundo de Inovação da UE para impulsionar o setor. Os líderes empresariais sublinharam a importância do apoio contínuo dos governos para acelerar investimentos e promover a transição energética globalmente. (Hydrogen Central – 11.06.2024) 

O Departamento de Energia dos EUA (DOE) está próximo de finalizar acordos de cooperação com sete centros regionais de hidrogênio limpo, selecionados para receber um financiamento total de 7 bilhões de dólares. Kelly Cummins, Diretora Interina do Escritório de Demonstrações de Energia Limpa do DOE, anunciou no Hydrogen Americas Summit em Washington, DC, que esses centros não apenas facilitarão a conexão entre produtores de hidrogênio e usuários finais, mas também integrarão finanças, força de trabalho e redes de fornecimento. Os centros, que abrangem 14 estados dos EUA, têm o potencial de produzir três milhões de toneladas de hidrogênio limpo anualmente, aproximadamente um terço da meta nacional para 2030. (H2 View – 11.06.2024) 

A Comissão Europeia anunciou a implementação de um novo mecanismo piloto de cinco anos destinado a acelerar os investimentos no mercado de hidrogênio. Parte do pacote recentemente adotado de Gases Descarbonizados e Hidrogênio, este mecanismo facilitará a coleta, processamento e acesso a informações sobre a oferta e demanda de hidrogênio renovável e de baixo carbono, além de seus derivados. Ele permitirá que compradores europeus se conectem com fornecedores tanto dentro como fora da UE, fornecendo dados de mercado sobre fluxos e preços de hidrogênio. A Comissão está atualmente em processo de aquisição para selecionar um fornecedor de serviços que desenvolverá uma plataforma de TI para operar o mecanismo, visando iniciar as operações até meados de 2025. Kadri Simson, Comissária de Energia da UE, enfatizou que esse mecanismo será crucial para estimular um mercado funcional de hidrogênio, apoiando a transição energética e facilitando o desenvolvimento de infraestruturas de transporte necessárias. (H2 View – 03.06.2024) 

O Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) registrou um aumento significativo no volume de projetos sob contratos, dobrando em apenas um ano e totalizando R$ 800 milhões para 116 projetos ativos. Sob a orientação do atual governo, retomou pesquisas paralisadas anteriormente, especialmente focadas em tecnologia, pesquisa e inovação, alinhadas com a política governamental. O destaque vai para os investimentos em transição energética, com ênfase em novas formas de baterias e hidrogênio verde, incluindo o desenvolvimento de projetos como o hidrogênio em pó e um posto de abastecimento de veículos. O PTI, em parceria com a Eletronuclear, também está explorando maneiras de utilizar o hidrogênio produzido em Angra, visando evitar o descarte na atmosfera. O projeto de expansão da usina de hidrogênio verde, com obras programadas para iniciar no segundo semestre deste ano, promete impulsionar ainda mais as pesquisas na área, com previsão de conclusão até o início de 2026. (Agência CanalEnergia - 29.05.2024). 

A Eletrobras e a Prumo Logística assinaram um memorando de entendimento para avaliar a viabilidade de projetos de baixo carbono no Porto do Açu, no Norte Fluminense (RJ), com foco na produção de hidrogênio renovável. O acordo também contempla a análise da viabilidade técnica, ambiental e econômica para a instalação de uma fábrica e o uso de recursos para pesquisa, desenvolvimento e financiamentos que incentivem projetos relacionados, visando impulsionar a economia verde e a segurança energética. (Valor Econômico - 05.06.2024). 

A Solatio no Brasil marca um ponto crucial em sua trajetória com o início das obras de seu projeto pioneiro em hidrogênio verde por meio da geração solar, previsto para 19 de outubro. Com um investimento inicial de R$ 80 bilhões, a primeira fase contempla 3 GW em eletrolisadores e 4 GW de potência instalada em um parque solar, com operação prevista para janeiro de 2028. A empresa planeja alcançar 11,4 GW em um período de 10 anos, com a capacidade de produção excedente prevista para exportação. A Solatio conta com um fundo soberano como sócio na empreitada, o que dispensa a necessidade de contratos de venda antecipados. O modelo de negócio prevê tanto a exportação de hidrogênio como amônia para a Europa quanto o fornecimento como matéria-prima para outros produtos. Apesar dos desafios, como a capacidade de mão de obra e a infraestrutura elétrica limitada na região, a empresa demonstra confiança em seu projeto inovador, que promete revolucionar o setor de energia no Brasil. (Agência CanalEnergia - 06.06.2024). 

A TotalEnergies e a Air Products firmaram um acordo de 15 anos para fornecer 70 mil toneladas anuais de hidrogênio verde na Europa a partir de 2030, visando descarbonizar refinarias e biorrefinarias, reduzindo 700 mil toneladas de CO2 por ano. Esse acordo faz parte da meta da TotalEnergies de adquirir 500 mil toneladas anuais de hidrogênio verde para cortar em 40% suas emissões de gases de efeito estufa até 2030, comparado a 2015. A Air Products, que investiu mais de US$ 15 bilhões em projetos de transição energética, também assinou com a TotalEnergies um memorando para fornecer energia renovável, incluindo um contrato para 150 MW de energia solar no Texas, com planos de explorar mais oportunidades no Reino Unido, Polônia e França. (Agência CanalEnergia - 10.06.2024). 

A Yara inaugurou a maior planta de hidrogênio verde da Europa em Porsgrunn, na Noruega. A unidade, com capacidade de 24 MW, produz amônia verde para fertilizantes e combustível para navios, usando eletrólise da água alimentada por energia renovável. A Yara espera reduzir 41 mil toneladas de CO2 anualmente ao substituir gás natural por hidrogênio. Além disso, a empresa desenvolve fertilizantes com amônia de baixo carbono, utilizando captura e armazenamento de carbono (CCS), e planeja reduzir 800 mil toneladas de CO2 em Sluiskil, além de projetos nos EUA. No Brasil, a Yara possui várias unidades de produção e está desenvolvendo iniciativas para produção de amônia verde e descarbonização em parceria com a Raízen e Petrobras. (Epbr - 11.06.2024) 

A Hungria inaugurou sua primeira central de hidrogênio verde no Parque Energético Bükkábrány, usando energia de um parque solar de 32 hectares. Localizada em terras recuperadas de uma antiga mina de linhito, a usina ajuda a combater as mudanças climáticas e aumenta a independência energética do país. Um modelo em escala do eletrolisador será instalado no Parque Científico de Szeged para desenvolver algoritmos que otimizem a produção de hidrogênio. Este projeto destaca o compromisso da Hungria com a inovação e a energia sustentável. (Energy News - 06.06.2024) 

A UK Oil & Gas PLC anunciou na quarta-feira que recebeu uma carta de apoio da Summit Energy Evolution Ltd para seus projetos planejados de armazenamento de hidrogênio em Dorset e Yorkshire. A carta, proveniente da subsidiária do conglomerado japonês Sumitomo Corp, destaca o compromisso de investimento na subsidiária de armazenamento de hidrogênio da empresa britânica, UK Energy Storage Ltd. Este apoio é crucial para atender aos critérios de inscrição do governo britânico, impulsionando a progressão do projeto. O CEO da UK Oil & Gas, Stephen Sanderson, expressou otimismo em relação à cooperação contínua com a Sumitomo e à obtenção de mais apoio de outros potenciais investidores. As ações da empresa registraram um aumento de 6,8% na tarde de quarta-feira, chegando a 0,025 pence cada, em Londres. (Hydrogen Central – 29.05.2024) 

A Alemanha, juntamente com a Itália e a Áustria, assinou uma declaração de intenções para estabelecer um corredor de importação de hidrogênio verde, visando fortalecer a segurança energética futura. O Corredor Sul de Hidrogênio, um projeto de um gasoduto de 3.300 km, planeja fornecer hidrogênio verde do Norte de África para os três países até 2030, beneficiando especialmente os estados do sul da Alemanha, que abrigam grande parte da indústria nacional. O ministro da economia alemão, Robert Habeck, enfatizou a importância de um mercado europeu de hidrogênio transfronteiriço para acelerar a transição energética e reduzir as emissões de CO₂ em setores difíceis de descarbonizar. Este corredor é um dos cinco projetados na Europa, com o hidrogênio verde desempenhando um papel crucial na descarbonização de indústrias como siderurgia e química, cuja procura projetada é improvável de ser atendida apenas pela produção local, destacando a necessidade de importação de regiões com maior potencial de produção de eletricidade renovável. (Hydrogen Central – 31.05.2024) 

A ABS está apoiando o projeto inovador LH2CRAFT, uma iniciativa financiada pela União Europeia para revolucionar o armazenamento de hidrogênio líquido (LH2) em grande escala, focando em segurança, modularidade, escalabilidade e sustentabilidade ambiental. Administrado pela Hydrus Engineering SA e pela Technische Universitat Dresden, o projeto envolve 14 membros de nove países. A ABS revisará os sistemas de contenção, manuseio e distribuição do LH2 visando à aprovação em princípio. Panos Koutsourakis, Vice-Presidente de Sustentabilidade Global da ABS, destacou os desafios técnicos e regulamentares, mas também as oportunidades de inovação, emprego e novos mercados. O consórcio está desenvolvendo um sistema de contenção de membrana capaz de armazenar LH2 a -253 °C em grandes volumes, com um protótipo de 10 toneladas para validar o design. A ABS, líder em soluções de descarbonização na indústria marítima, traz sua vasta experiência para este projeto. (Hydrogen Central – 11.06.2024) 

O Porto de Luís Correia, em construção no litoral do Piauí, está sendo planejado para exportar combustíveis derivados de hidrogênio verde, como amônia, metanol e combustível sustentável de aviação (SAF). Segundo o governador Rafael Fonteles, o porto visa atender tanto mercados internacionais quanto outros portos brasileiros. O Piauí pretende formar um hub de hidrogênio utilizando eletrólise com energias renováveis, apesar dos altos custos de eletricidade. A União Europeia anunciou um financiamento de 2 bilhões de euros para projetos de hidrogênio no Brasil, incluindo o Green Energy Park no Piauí. Dois grandes projetos de hidrogênio verde, totalizando 20 GW de capacidade, serão instalados na ZPE do Parnaíba, com produção escoada pelo Porto de Luís Correia. As obras começam em 2024 e devem ser concluídas até 2035. O governador Fonteles enfatiza a urgência na aprovação do Projeto de Lei do hidrogênio (PL 2308/2023) para aproveitar o momento político favorável, apesar de possíveis imperfeições iniciais na legislação. (epbr – 06.06.2024) 

A Fokker Next Gen está desenvolvendo uma aeronave com um design de combustível duplo, capaz de funcionar tanto com combustão de hidrogênio líquido (LH2) quanto com combustíveis de aviação sustentáveis ​​(SAF). Prevista para entrar em serviço em 2035, a aeronave poderá também operar com combustível de aviação tradicional, caso os tipos de combustível alternativo não estejam disponíveis. Com capacidade para 120 a 150 passageiros e uma autonomia de voo de 2.590 km, a aeronave foi projetada para se integrar perfeitamente às operações atuais das companhias aéreas, com custos comparáveis ​​(CASK). (H2 View – 31.05.2024) 

A equipe da TU Graz analisou os riscos associados aos veículos a hidrogênio em túneis, identificando potenciais cenários de perigo e recomendando medidas para minimizar esses riscos. Embora a probabilidade de ocorrência de incidentes seja baixa devido à baixa percentagem de tráfego de veículos movidos a hidrogênio até à data, os danos potenciais seriam extensos devido à elevada densidade energética do hidrogênio e à sua alta pressão de armazenamento. Os cenários de perigo incluem falhas no dispositivo de alívio de pressão térmica, explosões de nuvens de hidrogênio e ondas de choque decorrentes de explosões de tanques. Para mitigar esses riscos, recomendações incluem limites de velocidade mais rígidos, controles de distância precisos e medidas de segurança na infraestrutura dos túneis. (Hydrogen Central – 31.05.2024) 

Freeport East receberá £ 1,44 milhão (US$ 1,8 milhão) para desenvolver tecnologia de hidrogênio verde para barcos de trabalho de alta potência, visando armazenamento e propulsão de baixo carbono. O projeto, conhecido como Hydrogen Zero Emission Maritime (HyZEM), obteve financiamento da Innovate UK e também receberá apoio do Departamento de Mudanças Climáticas, Energia e Meio Ambiente e Água da Austrália. A iniciativa envolve parcerias entre empresas do Reino Unido e da Austrália especializadas em tecnologias de armazenamento e propulsão de hidrogênio verde, visando reduzir os riscos associados à adoção de novas tecnologias no setor marítimo verde. O projeto visa demonstrar aplicações para navios, incluindo tecnologia de abastecimento, armazenamento portuário, infraestrutura de reabastecimento e apoio às cadeias de abastecimento locais. A liderança do projeto está a cargo da Steamology, com a participação de outras organizações como National Composites Center, Duodrive Limited, Chartwell Marine Limited e catapulta Offshore Renewable Energy (ORE). (H2 View – 10.06.2024) 

A Honda Motor iniciou a produção do primeiro veículo de passageiros movido a célula de combustível nos Estados Unidos, o utilitário esportivo crossover CR-V e:FCEV. O veículo, que será lançado nos EUA e exportado para o Japão, tem um alcance de 600 km com um reabastecimento de hidrogênio de três minutos e uma bateria elétrica plug-in para áreas sem postos de hidrogênio. O sistema de célula de combustível, desenvolvido em parceria com a General Motors, é mais durável e custa um terço do preço dos sistemas anteriores da Honda. A Honda planeja que todos os seus novos veículos sejam de emissão zero até 2040 e está investindo pesadamente em elétricos e desenvolvimento de software, além de expandir suas ofertas de veículos de célula de combustível na América do Norte. (Valor Econômico - 06.06.2024).   

Cientistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) descobriram um material que pode contribuir na produção de hidrogênio verde, uma fonte de energia limpa e renovável. Trata-se de um polímero condutor chamado polianilina, que possui camadas de nanotubos de carbono de paredes múltiplas. O hidrogênio verde é uma das promessas para permitir a transição energética, mas enfrenta o desafio de superar os altos custos de produção. O estudo inova ao utilizar um material orgânico (a polianilina) e a nanotecnologia. Ao lançar luz ultravioleta sobre o material, uma corrente elétrica é gerada, promovendo reações químicas que resultam no hidrogênio verde. Os pesquisadores já sabiam que a polianilina conseguia conduzir eletricidade e, assim, gerar o combustível, mas se surpreenderam ao perceber que a presença dos nanotubos de carbono aumentava o desempenho da polianilina. Quanto maior a concentração de nanotubos, menos energia foi necessária para produzir o hidrogênio verde. Por ora, o estudo está em fase de laboratório. Ainda serão necessários testes para verificar se o material é viável ao nível industrial e formas de otimizá-lo em termos econômicos. O hidrogênio verde tem potencial para substituir os combustíveis fósseis em diferentes áreas, como transporte, fábricas e na geração de energia elétrica. Segundo os pesquisadores, o produto também pode servir para fazer ureia, usada em fertilizantes. (Broadcast Energia – 03.06.2024). 

A Comissão Europeia anunciou um projeto-piloto, previsto para 2025, que visa conectar produtores e consumidores de hidrogênio para acelerar investimentos no setor. O Banco Europeu de Hidrogênio coletará dados sobre oferta e demanda de hidrogênio renovável e de baixo carbono, facilitando conexões entre fornecedores e consumidores, tanto na Europa quanto no exterior. Atualmente, existem 254 projetos de hidrogênio renovável no bloco, com uma capacidade instalada de quase 3 GW e 8 GW adicionais previstos. Apenas 4% dos projetos globais de hidrogênio chegaram à decisão final de investimento, e 12% da oferta potencial tem compradores. O mecanismo ajudará a identificar demanda e oferta, e a Comissão Europeia já concedeu €720 milhões a projetos e anunciou um pacote de €6,9 bilhões para infraestrutura de hidrogênio, visando desbloquear €5,4 bilhões em investimentos privados e reduzir a dependência de gás natural, conforme o Plano REPowerEU. (epbr – 06.06.2024) 

A Siemens Gamesa Renewable Energy patenteou uma estação de energia offshore que combina uma turbina eólica, unidade de dessalinização de água e aparelho de eletrólise para produção de hidrogênio. Destaca-se pela interligação térmica entre eletrólise e dessalinização, otimizando o uso de energia e aumentando a eficiência. Potenciais aplicações incluem produção de hidrogênio para células de combustível, uso industrial e armazenamento de energia renovável. (Energy News.Biz - 06.06.2024) 

A Siemens está lançando ferramentas de IA para otimizar o design e automação de plantas de hidrogênio. O Hydrogen Plant Configurator gera designs e prevê desempenho, enquanto o Comos AI cria especificações e diagramas usando linguagem natural. O SFC Generation automatiza processos com gráficos de funções sequenciais. Essas ferramentas, a serem lançadas entre 2024 e 2025, prometem maior eficiência, mas dependem da qualidade da interface do usuário, precisão dos modelos e integração com fluxos de trabalho existentes. (Energy News - 04.06.2024) 

A patente recente do Battelle Memorial Institute, registrada em maio de 2024, descreve um método inovador que utiliza células eletrolíticas para capturar carbono da água do mar enquanto gera hidrogênio. O processo integra acidificação e neutralização da água do mar para capturar carbono como dióxido de carbono e produzir hidrogênio, utilizando eficientemente os recursos marinhos de forma sustentável. (Energy News.Biz - 04.06.2024) 

O Brasil tem um enorme potencial de energia renovável, como solar, eólica e hídrico. Ao aproveitar esses recursos, os analistas preveem que o Brasil poderia produzir hidrogênio limpo pela metade do custo do hidrogênio cinza até 2050. Isso o tornaria o país mais competitivo para a produção de hidrogênio globalmente e um grande consumidor industrial e exportador de produtos de H2 verde. No entanto, os desafios são abundantes para cumprir esse potencial. Esses obstáculos e as oportunidades para o H2 no Brasil serão apresentadas no webinar no dia 14/07. Os palestrantes do evento também irão avaliar o potencial do Brasil para se tornar um produtor de hidrogênio verde em larga escala e examinar toda a cadeia de suprimentos, dos reguladores aos offtakers; explorar o potencial para reduzir o custo nivelado do hidrogênio renovável (LCoH) no Brasil (Ata Insights - julho de 2024). 

A comunidade está convidada a participar de um Workshop presencial focado na "Produção Eficiente de Hidrogênio e Eletricidade a partir do Biogás" no dia 13 de setembro. O evento, organizado para discutir práticas avançadas e inovações tecnológicas neste campo, abordará as vantagens ambientais, econômicas e sociais do biogás como fonte renovável de energia. Este encontro exclusivamente presencial em Campinas (SP) visa conectar profissionais e entusiastas diretamente, promovendo um diálogo direto sobre as técnicas de refino, reforma e células de combustível de óxido sólido. O foco estará no projeto desenvolvido no âmbito do P&D ANEEL, destacando os desafios e oportunidades específicos do contexto brasileiro. Acesse o link para se inscrever. (Linkedln - 07.07.2024) 

O evento, organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), acontecerá nos dias 12 e 23 de agosto no Centro de Eventos do Ceará, Fortaleza. Essa é a 3ª edição do FIEC SUMMIT – Hidrogênio Verde, que funciona como uma plataforma para discussão e colaboração na vanguarda da inovação sustentável, reunindo especialistas nacionais e internacionais, pesquisadores e líderes dos setores público e privado (FIEC Summit - Julho 2024).

O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 125, intitulado “Estruturas de financiamento para projetos de hidrogênio verde e derivados”. O texto destaca os desafios e peculiaridades do financiamento de projetos de hidrogênio verde (H2V), sublinhando a necessidade de instrumentos financeiros específicos para atrair investimentos. Acesse o estudo aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 05.06.2024). 

O hidrogênio verde está emergindo como uma principal fonte energética global, e no Brasil, destaca-se pelo domínio das fontes renováveis, embora seja crucial estabelecer regulamentações para impulsionar seu crescimento. De acordo com uma pesquisa da consultoria Roland Berger, o Brasil poderá lucrar cerca de R$ 150 bilhões anualmente com o mercado de H2V até 2050, sendo a maior parte proveniente de exportações. A Associação Brasileira de Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis (ABHIC) aponta um potencial significativo para o país se tornar um dos principais produtores globais, atendendo tanto à demanda interna quanto externa. (Agência CanalEnergia - 31.05.2024). 

O metanol de baixo carbono pode se tornar a fonte mais importante de demanda por hidrogênio limpo no curto prazo. Não é apenas um grande mercado químico que precisa ser descarbonizado, mas o metanol de baixo carbono também é a opção mais prontamente disponível para o setor de transporte marítimo reduzir suas emissões. As regulamentações na União Europeia e a meta de zero líquido da Organização Marítima Internacional estão pressionando o setor de transporte marítimo a adquirir combustíveis verdes. A BNEF estima que a capacidade planejada de projetos de metanol de baixo carbono globalmente pode consumir 1,65 milhão de toneladas métricas de hidrogênio limpo anualmente. Este whitepaper da BNEF e da Climate Technology Coalition fornece uma visão geral do papel do hidrogênio na produção de metanol e descreve potenciais considerações comerciais e políticas que, se implementadas, podem antecipar o cronograma para metanol limpo com custo competitivo (BNEF - 30.05.2024). 

As perspectivas do mercado de hidrogênio para o primeiro semestre de 2024 apontam para um potencial de crescimento significativo na produção de hidrogênio limpo, que poderá triplicar até o final do ano e aumentar 30 vezes até 2030, embora ainda esteja aquém das metas governamentais. A falta de compradores está tornando as decisões de investimento difíceis, destacando a necessidade de desenvolvimento intermediário no setor. Embora a oferta esteja aumentando, a demanda permanece baixa, com apenas uma pequena fração da capacidade de produção planejada identificando compradores até agora. A infraestrutura de transporte e armazenamento de hidrogênio continua em estágios iniciais, com investimentos crescendo, mas apenas uma pequena parte da capacidade anunciada para o futuro próximo tendo alcançado uma decisão final de investimento até o momento. (Hydrogen Central – 29.05.2024) 

O Fórum Econômico Mundial está liderando um esforço para impulsionar o mercado de soluções para combater as emissões de gases de efeito estufa, atuando como um "clube de compras" para promover tecnologias emergentes. A coalizão First Movers, com 98 empresas globais, planeja investir US$ 16 bilhões em tecnologias verdes até 2030. O Brasil, com sua competitividade em alumínio e aço, tem potencial para se tornar um fornecedor global de hidrogênio verde e combustíveis sustentáveis de aviação. No entanto, a implementação dessas tecnologias em larga escala requer um ecossistema de apoio robusto, incluindo políticas direcionadas, marcos regulatórios favoráveis, parcerias público-privadas e linhas de crédito específicas para investimento em infraestrutura e inovação. (Valor Econômico - 05.06.2024). 

O Coordenador do GESEL, Nivalde de Castro é um dos autores do livro “Hidrogênio Verde: perspectivas jurídica, regulatória e técnica”, lançado pela Synergia Editora. A coletânea reúne profissionais que se dedicam ao tema e, em diferentes perspectivas, colaboram com o seu desenvolvimento (GESEL-IE-UFRJ – 10.06.2024) .

O setor de energia é o maior emissor de GEE, com o carvão fornecendo 35,9% da eletricidade em 2023, seguido pelo gás natural com 23%. A Ásia lidera em capacidade de usinas de carvão, especialmente China (68,17%) e Índia (14,22%). Essas usinas emitem cerca de 7.610 milhões de toneladas de CO2 anualmente. De 2000 a 2023, 151 GW de usinas a carvão foram desativadas na Ásia, mas há planos para adicionar mais 549 GW. O artigo explora o potencial do hidrogênio e das tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS) para mitigar as emissões das usinas a carvão na Ásia, incluindo a substituição do amoníaco e a tecnologia de oxi-combustão combinada com a produção de hidrogênio verde.(Oxford Energy - 06.06.2024) 

A Green Hydrogen Systems (GHS) confirmou a confiabilidade de seu protótipo de eletrolisador da Série X após a primeira fase de testes, com mais de 250 horas de testes de confiabilidade em Skive, Dinamarca. A empresa agora está pronta para compromissos contratuais vinculativos com uma estrutura de preços baseada no desempenho para este eletrolisador de 6 MW, adequado para projetos de hidrogênio de médio a grande porte. Eles iniciarão testes de uma segunda fase do protótipo ainda este ano. Peter Friis, CEO da GHS, afirmou que espera que o eletrolisador seja o principal gerador de receita a partir de 2025. (Green Cars Congress - 07.06.2024)