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IFE
26/04/2024

IFE Hidrogênio 165

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Kalyne Brito e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Bruno Elizeu e Gabriela Vasconcelos
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
26/04/2024

IFE nº 165

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Kalyne Brito e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Bruno Elizeu e Gabriela Vasconcelos
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Hidrogênio 165

Políticas Públicas e Financiamentos

Chamada de Hidrogênio da ANEEL atrai interesse de 95 atores

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) recebeu manifestações de interesse em financiar projetos com foco em hidrogênio no setor elétrico de 93 empresas de energia elétrica e dois grupos econômicos. As manifestações foram provenientes de distribuidoras, transmissoras e geradoras de energia elétrica. Até o momento, essa foi a maior adesão às chamadas públicas da Agência e demonstra o compromisso do setor com a inovação e a sustentabilidade energética. A Chamada Estratégica de Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) n.º 23/2024 da ANEEL visa fomentar projetos que estudem a aplicação do hidrogênio, desde a produção até o uso no setor elétrico, com ênfase em fontes de baixo carbono. A participação expressiva das empresas sinaliza o interesse do mercado em viabilizar uma matriz energética mais limpa e diversificada, alinhada com os objetivos de sustentabilidade do Brasil. As empresas interessadas seguirão um cronograma estabelecido pela ANEEL, que inclui a apresentação de propostas e a execução dos projetos selecionados. Esse processo transparente e estruturado assegura que as melhores ideias sejam exploradas e implementadas, contribuindo para o avanço tecnológico e a eficiência energética no país. (ANEEL – 03.04.2024). 
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Comissão especial debate experiências internacionais na produção de hidrogênio

A Comissão Especial da Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde da Câmara dos Deputados promoveu uma audiência pública para discutir experiências internacionais na produção de hidrogênio. A pedido do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), foram convidados o presidente do Comitê Econômico e Social Europeu, Oliver Röpke; e a embaixadora da Delegação da União Europeia no Brasil, Marian Schuegraf. “A participação de representantes da Comunidade Europeia nesta audiência será importante para a troca de informações sobre a produção de hidrogênio no continente europeu e nos ajudará a compreender como são formuladas e implementadas as políticas de investimento no setor”, diz Arnaldo Jardim, que é presidente da comissão especial. (Agência Câmara de Notícias — 04.04.2024). 
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Governo lança iniciativa para direcionar investimentos para setores de baixo carbono

Rafael Dubeux, secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, destacou as debêntures de infraestrutura como um meio de monetizar empresas que buscam a transição verde, excluindo grandes emissores como as indústrias de óleo e gás. Ele mencionou a necessidade de redirecionar incentivos da indústria de combustíveis fósseis para atividades de baixo carbono. A nova regulamentação permite que setores como hidrogênio, armazenamento de energia e transformação mineral de minerais estratégicos captem recursos via debêntures para projetos de infraestrutura, visando a eletrificação e o uso ampliado de energia solar e baterias. Dubeux enfatizou a intenção de promover a descarbonização da economia e o desenvolvimento da indústria local, beneficiando minérios extraídos no Brasil para agregar valor ao segmento. (Valor Econômico - 03.04.2024). 
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EUA concedem subsídio recorde de US$ 6 bi para deixar indústria mais verde

O Departamento de Energia dos Estados Unidos anunciou US$ 6 bilhões em financiamento federal para subsidiar 33 projetos industriais em 20 estados, visando reduzir as emissões de carbono, dizendo que o investimento deve apoiar empregos bem remunerados e impulsionar a competitividade dos EUA. A secretária de Energia, Jennifer Granholm, divulgará o apoio durante uma visita a uma instalação da Cleveland-Cliffs Steel Corp em Middletown, Ohio, que receberá até US$ 500 milhões para instalar dois novos fornos baseados em hidrogênio para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 1 milhão de toneladas. (Folha de São Paulo – 25.03.2024). 
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ANEEL confirma prazos da Chamada de Projeto de PDI Estratégico sobre hidrogênio

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) publicou o edital de Chamada de Projeto Estratégico de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) com foco em hidrogênio e seus impactos no setor elétrico brasileiro. O objetivo é estimular o desenvolvimento de tecnologias nacionais na cadeia do hidrogênio, aproveitando o potencial elétrico, geográfico, científico, tecnológico e econômico do país. O edital prevê duas modalidades de projetos: peças e componentes, com foco no desenvolvimento ou nacionalização de tecnologias que contribuam para a eficiência energética dos processos de conversão e armazenamento de hidrogênio; e planta piloto, que inclui a construção de uma unidade de produção de hidrogênio a partir de fontes renováveis como hidráulica, solar, eólica e biomassa, com potência entre 1 MW e 10 MW. (ANEEL – 26.03.2024). 
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EUAl: Exxon pede mudança nas regras de crédito fiscal para viabilizar projeto de hidrogênio

A ExxonMobil e a empresa de energia japonesa Jera estão desenvolvendo um projeto de hidrogênio e amônia de baixo carbono de grande escala, o hidrogênio será produzido a partir da reforma do gás natural. No entanto, as regras de crédito fiscal dos EUA podem ameaçar o projeto, ao tornarem difícil para o hidrogênio azul receber créditos fiscais. A Exxon instou o governo a alterar as regras, alertando que o projeto não se concretizará se as regras permanecerem. A decisão de investimento no projeto multibilionário é esperada no próximo ano. Além de produzir hidrogênio e amônia, a Exxon e a Jera planejam exportar 500 mil toneladas de amônia por ano para o Japão a partir de 2028. A Jera está avaliando um investimento como parceiro minoritário para atender à demanda do Japão por amônia. (Valor Econômico - 27.03.2024). 
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Ventos e hidrogênio colocam Brasil como oportunidade na eólica offshore

A indústria de energia eólica offshore no Brasil aguarda a definição do marco regulatório e a aprovação do Projeto de Lei 5.932/2023 para avançar, enquanto empresas como a WEG, Siemens Gamesa e GE Renewable Energy ajustam suas operações devido à baixa demanda. O Brasil, com seu potencial de ventos e demanda por hidrogênio verde, é visto como um país de oportunidades no setor. O Ministério de Minas e Energia planeja avançar em questões pós-regulamentação após a aprovação do Projeto de Lei, e a Corio Generation planeja investir R$ 20 bilhões no Brasil, aguardando a definição do marco legal. (Valor Econômico - 27.03.2024). 
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Brasil - França: ANP e CRE firmam acordo para cooperar na transição energética

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) do Brasil e a Commission de Régulation de l'Énergie (CRE) da França assinaram uma carta de intenções para cooperar em medidas relacionadas à transição energética. A cooperação visa enfrentar desafios e oportunidades na transição energética, compartilhando melhores práticas e informações para apoiar o desenvolvimento regulatório. As áreas de cooperação podem incluir estratégias para a transição energética, tarifação do gás natural, regulação do armazenamento de gás, biometano, hidrogênio, infraestruturas de transporte de CO₂, futuro das estruturas de gás, acesso de terceiros a elas e integração dos mercados internos de gás. (Valor Econômico - 28.03.2024). 
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EUA: Hy Stor Energy acredita que energia nuclear deve ser incentivada para o hidrogênio sob as regras do IRA

Durante uma audiência pública do Tesouro dos EUA sobre as orientações 45V da Lei de Redução da Inflação (IRA), Clare Behar, Diretora Comercial (CCO) da Hy Stor Energy, expressou a opinião de que os recursos nucleares existentes devem ser incentivados para apoiar a produção de hidrogênio limpo. As regras propostas pelo Tesouro em dezembro de 2023 estipulam que os produtores de hidrogênio limpo nos EUA devem obter eletricidade renovável da mesma rede regional, a partir de ativos com menos de três anos no início da produção de hidrogênio, para acessar o PTC de nível superior de US$ 3/kg do 45V. Além disso, os produtores devem igualar a eletricidade renovável e a operação do eletrolisador no mesmo ano civil até 2027, antes da correspondência horária a partir de 2028. Essas regras foram alvo de controvérsia, com muitos intervenientes sugerindo que poderiam limitar a expansão do hidrogênio verde. No entanto, Behar destacou que, sem essas regras, poderiam ocorrer emissões adicionais significativas, à medida que a demanda por eletrolisadores conectados à rede impulsionasse o aumento da produção fóssil. (H2 View – 27.03.2024)  
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Produção

Japão inicia testes de produção de hidrogênio limpo usando energia nuclear em 2028

O governo japonês planeja iniciar testes de produção de hidrogênio limpo usando energia nuclear em 2028, após um teste bem-sucedido de segurança do Reator de Teste de Engenharia de Alta Temperatura (HTTR). O HTTR, o qual é mais seguro e gera menos energia do que um reator típico, será usado para produzir hidrogênio. A energia nuclear é vista como uma solução para a produção de hidrogênio sem emissões de gases de efeito estufa, essencial para reduzir as emissões industriais. A Agência Japonesa de Energia Atômica (JAEA) solicitará à Autoridade de Regulação Nuclear do Japão a permissão para iniciar os testes para conectar equipamentos de produção de hidrogênio ao HTTR. Se bem-sucedido, um teste de campo para a produção de hidrogênio nuclear será lançado em 2028, visando expandir a oferta anual de hidrogênio para aproximadamente 12 milhões de toneladas até 2040. (Valor Econômico - 04.04.2024) 
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EXSOTHyC – Um novo projeto europeu aborda os custos de produção de hidrogênio verde através da inovação de materiais

Um novo projeto europeu está abordando os custos de produção de hidrogênio verde por meio da inovação de materiais. O EXSOTHyC, um projeto de pesquisa de três anos financiado pela Clean Hydrogen Partnership, foi anunciado pelos parceiros do consórcio. O projeto tem como foco a inovação de eletrolisadores e é um esforço conjunto entre a indústria europeia e organizações de pesquisa. Coordenado pela Stargate Hydrogen, o projeto conta com a participação da Universidade de Saint Andrews, Agfa-Gevaert, Universidade de Tecnologia de Eindhoven e Instituto Fraunhofer de Tecnologia de Fabricação e Materiais Avançados IFAM. Pesquisadores e engenheiros de cinco países — Estônia, Reino Unido, Bélgica, Países Baixos e Alemanha — estão envolvidos no projeto. Em contraste com abordagens comumente adotadas, o EXSOTHyC otimizará a operação do eletrolisador para tensões mais baixas e eficiências mais altas. No projeto, será desenvolvido um conceito inovador para catalisadores, componentes de células e pilhas para eletrolisadores alcalinos. O nome completo do projeto é "Nanopartículas baseadas em exsolução para o menor custo de hidrogênio verde via eletrólise". (Hydrogen Central – 25.03.2024)  
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Armazenamento e Transporte

Tanques de hidrogênio de alta pressão de Toyoda Gosei são usados para abastecer navio japonês

Um navio movido a hidrogênio está prestes a iniciar suas operações e irá utilizar os tanques de alta pressão fabricados pela Toyoda Gosei. Esses tanques fazem parte das soluções de hidrogênio que empregam a tecnologia de armazenamento também utilizada no veículo de célula a combustível Mirai da Toyota Motor Corporation, o qual também foi adaptado para caminhões leves. Operado pela MOTENA-Sea, com apoio da Mitsui OSK Lines, o navio movido a hidrogênio, chamado HANARIA, será equipado com células a combustível e geradores movidos a biodiesel. Os módulos de armazenamento de hidrogênio para este projeto foram desenvolvidos pela Toyota Motor, combinando vários tanques grandes para permitir o armazenamento e transporte eficiente de maiores quantidades de combustível. Essa solução de hidrogênio foi lançada pela primeira vez em 2023, inicialmente para caminhões com células a combustível. Os tanques podem ser abastecidos com cerca de oito vezes mais hidrogênio do que os tanques dos veículos com célula de combustível de passageiros, também fabricados pela Toyoda Gosei. (H2 View – 02.04.2024)  
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Anunciada a decisão de consentimento para o desenvolvimento do Oleoduto de Dióxido de Carbono Hynet

Foi anunciada a decisão de consentimento para o desenvolvimento do Oleoduto de Dióxido de Carbono Hynet. O projeto envolve a construção de um novo gasoduto de dióxido de carbono (CO2) que transportará o CO₂ produzido e capturado por futuras instalações de produção de hidrogênio e instalações industriais existentes no noroeste de Inglaterra e no norte do País de Gales para armazenamento offshore. O pedido foi submetido à Inspeção de Planejamento para consideração pela Liverpool Bay CCS Limited em 03 de outubro de 2022 e aceito para exame em 31 de outubro de 2022. Após um exame no qual o público, consultores estatutários e partes interessadas tiveram a oportunidade de prestar depoimento à autoridade examinadora, foram feitas recomendações ao Secretário de Estado em 20 de dezembro de 2023. Esta é a 80ª candidatura energética de 135 candidaturas examinadas até à data e foi novamente concluída pela Inspeção do Planejamento no prazo legal estabelecido na Lei do Planejamento de 2008. As comunidades locais continuam a ter a oportunidade de participar na análise de projetos que as possam afetar. (Hydrogen Central – 22.03.2024)  
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Uso Final

Nepal atinge marco na produção de hidrogênio e reabastecimento de veículos

Nepal atingiu um marco histórico na produção de hidrogênio e reabastecimento de veículos, com o laboratório da Universidade de Katmandu alcançando sucesso na produção de hidrogênio a partir da água e utilizando-o como combustível para veículos. Em colaboração com a Nepal Oil Corporation, a Universidade de Katmandu estabeleceu um laboratório de hidrogênio, importando veículos movidos a hidrogênio e equipamentos de reabastecimento da Coreia do Sul. Dada a crescente importância do hidrogênio como um vetor energético no mercado global, o Nepal possui um potencial significativo neste domínio. O governo já formulou uma política relacionada à utilização do hidrogênio. No entanto, há uma necessidade urgente de promulgar leis e regulamentos específicos para o hidrogênio, a fim de reconhecê-lo formalmente como uma fonte de combustível viável no Nepal. Embora a introdução de veículos a hidrogênio no Nepal esteja em andamento, ainda existem desafios, como a falta de leis necessárias para a emissão de matrículas de veículos. (Hydrogen Central – 01.04.2024)  
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Energia do hidrogênio atinge os Jogos Olímpicos de Paris em 2024

Antes dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2024 em Paris, a Air Liquide instalou uma estação de reabastecimento de hidrogênio para apoiar a frota oficial movida a hidrogênio. Localizada na Place de l'Alma, no centro da cidade, a estação permite tempos de reabastecimento de cerca de cinco minutos, proporcionando uma autonomia de até 650 km. A frota oficial do evento inclui 500 carros Toyota Mirai movidos a hidrogênio. Tanto a Toyota quanto a Air Liquide já colaboraram anteriormente para promover a mobilidade a hidrogênio durante Nuit Blanche, oferecendo transporte público gratuito movido a hidrogênio em Paris. A estação foi financiada pela Clean Hydrogen Partnership, como parte do programa H2ME2, uma parceria público-privada apoiada pelo programa de pesquisa e inovação Horizon 2020 da União Europeia, juntamente com Hydrogen Europe e Hydrogen Europe Research. No início de 2024, a Air Liquide e a TotalEnergies lançaram seu novo empreendimento conjunto de reabastecimento de hidrogênio, chamado TEAL Mobility, operado em igualdade de participação entre as duas empresas. (H2 View – 01.04.2024)  
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Japão investe US$ 33 bi em aeronave de passageiros com propulsão de hidrogênio

O Japão planeja colaborar com o setor privado para desenvolver uma aeronave de passageiros, explorando sistemas de propulsão além dos motores a jato convencionais, como motores de combustão de hidrogênio. O projeto, que envolve um investimento conjunto de 5 trilhões de ienes (US$ 33 bilhões) dos setores público e privado, visa evitar os erros que levaram ao fracasso do SpaceJet da Mitsubishi Heavy Industries. A estratégia inclui a formação de uma equipe de desenvolvimento com várias empresas, a criação de padrões tecnológicos internacionais e o financiamento principalmente via títulos soberanos de transição climática. O objetivo é aumentar a competitividade da indústria aeronáutica japonesa e contribuir para o objetivo global de atingir zero emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050. (Valor Econômico - 27.03.2024). 
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Tecnologia e Inovação

Eletrolisador energeticamente eficiente da dupla dinamarquesa deve chegar ao mercado global

A Stiesdal Hydrogen e a Danfoss Heat Exchangers concordaram em lançar um eletrolisador globalmente após operações bem-sucedidas na Dinamarca. Sob um acordo comercial, as empresas dinamarquesas desenvolverão soluções escaláveis para o componente principal do eletrolisador da Stiesdal, aproveitando a perícia da Danfoss em soldagem e chapas personalizadas. Um protótipo foi projetado e testado, com as primeiras versões de produção implantadas em uma planta de biogás e energia combinada. Bo Birkemose, Chefe de Parcerias Estratégicas da Stiesdal, destacou que a colaboração alcançou um marco significativo na reengenharia do componente da eletrólise alcalina, resultando em um eletrolisador que se integra bem com fontes de energia renováveis, permitindo a produção de hidrogênio verde com uma boa relação custo-benefício. Dennis Appel, vice-presidente sênior da Danfoss, complementou: “Nosso projeto de trocador de calor, uma competência central da Danfoss, atende perfeitamente às necessidades da Stiesdal por um eletrolisador com eficiência energética”. (H2 View – 03.04.2024)  
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Nu:ionic conclui teste de tecnologia de produção de hidrogênio por reforma de microondas

A startup canadense Nu:ionic Technologies concluiu com sucesso uma demonstração contínua de 48 horas de seu Microwave Catalytic Reformer™ (MCR) para produzir hidrogênio com baixo teor de carbono a partir de uma variedade de matérias-primas. Projetado para ser utilizado em diversas aplicações, o reator eletrificado de 100 kW pode utilizar biogás, gás natural, metanol ou amônia renovável como matéria-prima. Este processo utiliza eletricidade para alimentar a reação de reforma, eliminando a necessidade de combustão de combustível, resultando em quantidades reduzidas de matéria-prima necessária para produzir hidrogênio, ao mesmo tempo, em que reduz as emissões. A Nu:ionic afirma que o MCR utiliza cerca de 30% menos gás natural em comparação com os métodos de reforma convencionais, o que também reduzirá as emissões de metano a montante. Além disso, o pacote MCR é significativamente mais compacto em comparação com o equipamento de reforma a vapor de metano (SMR). (H2 View – 26.03.2024)  
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Eventos

Hidrogênio Verde e suas Aplicações

Acontece nos dias 4 e 5 de março a palestra Hidrogênio Verde e sua Aplicações que será ministrada pelo Prof. Dr. Newton Pimenta, mestre em Física e Doutor em Química Analítica. O evento será realizado no Senai Barra do Ceará das 8h30 às 17h30.
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Webinar GESEL/CIMATEC: Chamada Estratégica para projetos de H2

O GESEL realizou, no dia 11 de abril, o Webinar Chamada Estratégica para projetos de H2, realizado em parceria com a CIMATEC. O evento contou com exposição do Superintendente da STE ANEEL, Paulo Luciano de Carvalho, e três debatedores: Guilherme Oliveira Arantes (BNDES), Mauricio Moszkowicz (GESEL-UFRJ) e Joel Lacerda Ferraz Neto (Cimatec). A coordenação do evento foi realizada pelo Prof. Nivalde de Castro (GESEL-UFRJ). Com a abertura da Chamada Estratégica para PDI de H2R, o evento teve como objetivo conhecer mais detalhes sobre o Edital e abrir espaço para dúvidas e esclarecimentos. O evento foi gravado e está disponível no canal do GESEL no YouTube. (GESEL-IE-UFRJ – 03.04.2024) 
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Artigos e Estudos

Custo da produção de hidrogênio na Arábia Saudita e na Alemanha: uma abordagem baseada em modelo

O artigo examina a competitividade da produção de hidrogênio verde na Arábia Saudita e na Alemanha, utilizando um modelo de power-to-carrier. Comparando a produção baseada em energia solar na Arábia Saudita com a baseada em energia eólica na Alemanha, a análise se concentra na relação custo-benefício. Os resultados indicam que a Arábia Saudita necessita de menos investimentos devido à sua alta radiação solar. Os eletrolisadores alcalinos são dominantes devido aos menores custos de capital, enquanto o armazenamento de baterias aumenta os investimentos sem melhorar significativamente a produção de hidrogênio. O custo nivelado do hidrogênio (LCOH) de recursos renováveis é mais baixo na Arábia Saudita, sugerindo potencial competitividade na exportação de hidrogênio verde para a Alemanha. O estudo destaca a importância do avanço tecnológico dos eletrolisadores para a redução de custos. (Kapsarc – 25.03.2024)  
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Importações de hidrogênio verde para a Europa: uma avaliação de fontes potenciais

Este artigo apresenta uma análise comparativa do potencial de três países — Marrocos, Chile e Austrália — para exportar hidrogênio verde para a União Europeia (UE). A avaliação é realizada com base em uma variedade de indicadores: o custo nivelado estimado do fornecimento de hidrogênio verde ao longo do tempo, o estágio de desenvolvimento de projetos de hidrogênio, expectativas para a demanda interna de hidrogênio, estado do setor de eletricidade renovável, colaboração com países e instituições da UE e não pertencentes à UE, disponibilidade de infraestruturas marítimas, capacidade de exportação, ambiente geral de negócios e riscos políticos. Os resultados destacam que Marrocos, Chile e Austrália apresentam opções de alto potencial para exportações de hidrogênio para a UE, tanto individualmente quanto em sinergia. Além disso, o estudo identifica pontos fortes e fracos complementares em cada país. Detalhes sobre as diferentes fontes e mecanismos de financiamento disponíveis para impulsionar o desenvolvimento do setor de produção de hidrogênio verde em cada país são explorados no documento. (OIES — 04.04.2024)  
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Artigo GESEL: “Perspectivas para a economia de hidrogênio verde no Brasil”

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador geral do Gesel), Luiza Masseno Leal (pesquisadora plena do Gesel e doutoranda em Economia – UFF) e Vinicius José da Costa (pesquisador do Gesel e mestrando em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento — UFRJ) discutem o papel do hidrogênio verde (H2V) como um elemento crucial na descarbonização de atividades econômicas de alta emissão de gases do efeito estufa, particularmente as que são difíceis de eletrificar diretamente. Destaca-se que o H2V também pode substituir a importação de combustíveis fósseis, trazendo benefícios de segurança de suprimento e o potencial de desenvolver novas cadeias produtivas verdes locais. Ainda, segundo os autores, o Brasil é destacado como tendo condições ideais para a produção de energia renovável necessária para impulsionar a transição para uma economia de baixo carbono, com um potencial significativo de produção de energia renovável e uma infraestrutura adequada para exportação. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) lançou uma Chamada Estratégica para atrair investidores e desenvolver projetos de H2V no país, visando estimular novos modelos de negócio e tecnologias nacionais. Em resumo, o artigo destaca o potencial do Brasil no contexto da economia do hidrogênio verde, enfatizando a importância de iniciativas como a Chamada Estratégica da Aneel para impulsionar o desenvolvimento desse mercado e preparar a indústria nacional para a exportação. (GESEL-IE-UFRJ – 25.03.2024). 
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Artigo de Tatiana Schnoor: “Brasil é visto como potencial fornecedor de hidrogênio para indústrias”

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Tatiana Schnoor (jornalista do Valor Econômico) trata da posição estratégica do Brasil na geração e fornecimento de energias renováveis para indústrias em transição para fontes verdes. A feira de tecnologia industrial Hannover Messe, na Alemanha, discutirá a "Energização de uma Indústria Sustentável", com foco em digitalização, automação e eletrificação. O Brasil, com potencial para produzir 1,8 bilhão de toneladas de hidrogênio por ano, é candidato a parceiro em 2026, buscando aumentar suas exportações de energia limpa e atrair investimentos alemães para projetos de hidrogênio de baixo carbono, através do Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2). No entanto, desafios como infraestrutura, logística, preço de mercado e questões legais precisam ser superados. (GESEL-IE-UFRJ – 26.03.2024) 
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Artigo de Sergio Eminente: “O e-fuel como opção para descarbonizar os transportes”

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Sergio Eminente (sócio da Kearney especializado no setor automotivo) trata do desafio da descarbonização no setor de transportes, responsável por quase 20% das emissões globais de gases de efeito estufa. Ele destaca a eletrificação como uma alternativa viável para veículos de passeio e alguns modais, mas aponta que veículos pesados, como aviões e navios de carga, apresentam barreiras para a eletrificação. Nesse contexto, os combustíveis sustentáveis, como biocombustíveis e combustíveis sintéticos (e-fuels), surgem como alternativas promissoras. Eminente ressalta o potencial do Brasil como uma região estratégica para a produção de e-fuels, devido à sua alta disponibilidade de energia renovável, proximidade de mercados consumidores e indústria bem desenvolvida. Ele estima que o país tenha um excedente de geração de energia elétrica suficiente para produzir até 10 bilhões de litros de combustível em 2035, gerando uma receita potencial de US$ 12 bilhões em 12 anos. No entanto, ele também aponta desafios, incluindo o custo da energia renovável, incertezas políticas e regulatórias, e as tecnologias de captura de carbono e produção de hidrogênio verde. (GESEL-IE-UFRJ – 26.03.2024). 
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Armazenamento e H2V vão potencializar crescimento das energias renováveis no Brasil

O desenvolvimento do armazenamento em conjunto com o hidrogênio verde está projetado para impactar significativamente o setor produtivo e impulsionar o crescimento das energias renováveis no Brasil, com previsão de movimentar até R$ 1 trilhão em investimentos nos próximos 15 anos. O CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, alerta para a necessidade de mais incentivos para o avanço do hidrogênio verde no país, enfatizando que o Brasil está atrasado nesse aspecto em relação ao resto do mundo. Por outro lado, a vice-presidente da Absolar de H2V e CEO da Cela, Camila Ramos, expressa confiança no potencial do Brasil como produtor de hidrogênio verde, apontando para o iminente anúncio do primeiro grande projeto comercial do país nesse sentido. (Agência CanalEnergia - 03.04.2024). 
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GlobalData: Inovação no hidrogênio verde impulsionando aumento no investimento

Um novo briefing destaca que as inovações no campo do hidrogênio verde estão despertando um interesse crescente na tecnologia, impulsionando um aumento nos investimentos de capital de risco (VC). Segundo o relatório da GlobalData, a Índia está experimentando uma atividade especialmente intensa, com projetos no valor de 2 bilhões de dólares já aprovados e planos para investir até 12 bilhões de dólares nos próximos anos na produção de hidrogênio verde. O analista da GlobalData, Sourabh Nyalkalkar, destaca a importância do ano de 2024 para o setor de energia limpa, especialmente com um enfoque significativo no hidrogênio verde. Ele observa um esforço coordenado das principais economias globais e um aumento nos investimentos de capital de risco em start-ups de hidrogênio verde, enviando uma mensagem clara ao setor energético. Nyalkalkar incentiva as partes interessadas a acompanharem de perto esse desenvolvimento em busca de potenciais oportunidades de crescimento. A indústria automóvel mostra um interesse particular no potencial de crescimento das células de combustível de hidrogênio. Em 2022, o presidente da BMW, Oliver Zipse, destacou que “a próxima tendência será o hidrogênio. Quando for mais escalável, o hidrogênio será a coisa mais moderna a conduzir”. (Energy Monitor — 27.03.2024) 
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