A Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), destaca a importância do Brasil na transição energética global através do potencial do hidrogênio verde, incentivando o país a não apenas exportá-lo como commodity, mas transformá-lo em produtos de valor agregado. Com um potencial técnico para produzir 1,8 bilhão de toneladas anuais de hidrogênio, o Brasil busca alinhar sua agenda com os objetivos acordados na COP 28. Internamente, esforços estão sendo feitos para organizar um Plano de Transformação Ecológica, incluindo parcerias com instituições financeiras internacionais e reestruturação do Fundo Clima. Marina participou de um painel do G20, onde foi discutida a importância da transição energética e a possibilidade de colaboração entre o Brasil e os Estados Unidos. A prioridade é dada ao desenvolvimento da indústria doméstica de hidrogênio de baixo carbono, visando a geração de empregos e a industrialização local, especialmente em setores como a siderurgia, onde o Brasil se destaca com sua reserva de minério de ferro e energia limpa. (EPBR – 27.02.2024) 

A Áustria planeja apoiar os produtores nacionais de hidrogênio renovável com um pacote de subsídios de 400 milhões de euros, apoiado pelo Banco Europeu de Hidrogênio (BEH). O Ministério da Proteção Climática e o Ministério das Finanças pretendem lançar leilões de hidrogênio renovável sob o esquema Leilão como Serviço do BEH, visando subsidiar a produção com um prêmio fixo por quilograma de hidrogênio. Um projeto de lei correspondente está em revisão para permitir o financiamento nacional, visando estabelecer 1 GW de capacidade de eletrólise até 2030, com o objetivo de substituir a maior parte do hidrogênio gerado a partir de combustíveis fósseis. A ministra da Proteção Climática destacou a importância de investir no setor agora para garantir a competitividade e cumprir os objetivos climáticos e energéticos do país. (H2 View – 28.02.2024) 

Os Clean Hydrogen Regional Hubs dos EUA (H2Hubs), selecionados para receber um financiamento combinado de 7 bilhões de dólares, expressaram preocupações sobre a orientação proposta pelo governo em relação ao Crédito Fiscal de Produção de Hidrogênio Limpo (PTC) da Lei de Redução da Inflação. Em uma carta conjunta ao Secretário do Tesouro e a um conselheiro sênior da Casa Branca, os líderes dos H2Hubs alertaram que as regras propostas pelo Tesouro podem ter consequências negativas de longo alcance para a indústria doméstica de hidrogênio limpo. Segundo a orientação proposta, os produtores de hidrogênio verde dos EUA devem obter eletricidade renovável de ativos com menos de três anos de idade e igualar a eletricidade renovável e a operação do eletrolisador até 2027. Os líderes dos H2Hubs enfatizaram a necessidade de revisão da orientação para evitar a limitação do desenvolvimento do mercado de hidrogênio limpo e para alcançar os objetivos climáticos da administração Biden. A coalizão Hydrogen Forward e outros intervenientes no setor também manifestaram insatisfação com as regras propostas, descrevendo-as como restritivas e impraticáveis. Os comentários sobre a orientação foram encerrados antes da publicação final, com as regras esperadas para se tornarem um estatuto antes das eleições de novembro nos EUA. (H2 View – 27.02.2024) 

A Alemanha planeja destinar até 3,53 bilhões de euros (3,8 bilhões de dólares) de fundos públicos para importações de hidrogênio verde entre 2027 e 2036, visando descarbonizar setores industriais intensivos em carbono. O financiamento será utilizado para equilibrar a oferta e a demanda, ajudando a compensar a diferença entre os preços. Com a necessidade futura de importar até 70% de suas necessidades de hidrogênio, a Alemanha busca acelerar a transição para fontes de energia mais limpas. No entanto, especialistas destacam que a capacidade de alcançar as quantidades previstas dependerá de uma série de fatores, incluindo a evolução dos custos e da tecnologia no setor de hidrogênio verde. (Reuters – 20.02.2024) 

A GeoPura, com sede no Reino Unido, levantou 56 milhões de libras (71 milhões de dólares) em investimentos para expandir a produção de suas unidades de geração de energia movidas a hidrogênio. O Banco de Infraestruturas do Reino Unido (UKIB) comprometeu mais da metade do financiamento com um investimento de 30 milhões de libras (38 milhões de dólares), seguido por Barclays Sustainable Impact Capital, GM Ventures, SWEN Capital Partners e Siemens Energy Ventures. A GeoPura planeja aumentar a fabricação e fornecimento de unidades de energia de hidrogênio (HPUs) em Newcastle, Reino Unido, para substituir geradores tradicionais movidos a diesel, visando implantar uma frota de mais de 3.600 unidades. As HPUs fornecem 250 kVA de energia elétrica, usando células a combustível para oferecer energia fora da rede para diversas aplicações. Já implantadas em locais como o Ministério da Defesa, Balfour Beatty, National Grid e BBC, as HPUs também foram usadas para descarbonizar o carregamento de veículos elétricos na base da Força Aérea Real do Reino Unido em agosto passado. O CEO da GeoPura, Andrew Cunningham, destacou a importância do financiamento para a substituição de geradores a diesel na próxima década e expressou satisfação em trabalhar para causar um impacto positivo na redução das emissões poluentes. (H2 View – 22.02.2024)  

A North West Hydrogen Alliance (NWHA) está incentivando o governo do Reino Unido a estabelecer uma nova meta de produção de hidrogênio de 20 GW até 2035. Em um manifesto, a NWHA propôs recomendações essenciais para desenvolver a oportunidade do hidrogênio no país. Além da meta de capacidade de produção, a NWHA busca acelerar modelos de negócios para transporte e armazenamento de hidrogênio, juntamente com projetos de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS). O manifesto também destaca a importância de criar uma cadeia de abastecimento nacional e uma estratégia de competências para apoiar a indústria de hidrogênio no Reino Unido, prevista para criar 100 mil empregos e gerar £ 13 bilhões (US$ 16,4 bilhões) em valor adicionado bruto até 2050. Além disso, a NWHA recomenda a revisão dos processos de planejamento de hidrogênio, um programa nacional de envolvimento público e um ambiente regulamentar favorável para investimentos em infraestrutura elétrica para apoiar a produção de hidrogênio verde. (H2 View – 19.02.2024)  

O governo australiano está investindo US$ 70 milhões no Pilbara Hydrogen Hub, um centro de produção e exportação de hidrogênio limpo. Os centros de hidrogênio, como o Pilbara Hydrogen Hub, são locais onde produtores, usuários e exportadores de hidrogênio colaboram para compartilhar infraestruturas e conhecimentos especializados. O hub terá potencial para se tornar uma porta de entrada internacional para o aço e ferro verdes fabricados na Austrália. Em suas fases iniciais, o centro dará prioridade à infraestrutura de usuários comuns, incluindo um gasoduto de hidrogênio ou de amônia e melhorias nas infraestruturas portuárias para apoiar a produção de hidrogênio renovável. Este investimento faz parte dos esforços do governo australiano para impulsionar a indústria de hidrogênio no país. O gasoduto planejado para o Pilbara Hydrogen Hub permitirá uma capacidade de produção de cerca de 492 mil toneladas por ano, o que é suficiente para abastecer 26 mil veículos pesados durante um ano inteiro. O centro, além de criar mais de 1.000 empregos na construção e operação, incluirá o desenvolvimento do Instituto de Treinamento e Pesquisa em Energia Limpa, visando capacitar os trabalhadores locais para as novas funções na indústria de hidrogênio. O projeto, que será realizado nas terras tradicionais dos povos Ngarluma e Kariyarra, tem o envolvimento dos governos da Austrália e da Austrália Ocidental, em colaboração com os guardiões tradicionais da região de Pilbara, buscando criar oportunidades econômicas sustentáveis para as comunidades das Primeiras Nações. (Hydrogen Central – 20.02.2024)  

A Comissão Europeia aprovou um terceiro projeto importante de interesse europeu comum (IPCEI) para apoiar infraestruturas de hidrogênio, chamado "IPCEI Hy2Infra". Este projeto, notificado por sete Estados-Membros (França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Polônia, Portugal e Eslováquia), receberá até 6,9 bilhões de euros em auxílios estatais, visando impulsionar o fornecimento de hidrogênio renovável e contribuir para os objetivos do Pacto Ecológico Europeu e do Plano REPowerEU. O financiamento público deverá desbloquear 5,4 bilhões de euros em investimentos privados, envolvendo 32 empresas em 33 projetos. O projeto "IPCEI Hy2Infra", aprovado pela Comissão Europeia, visa apoiar infraestruturas de hidrogênio, complementando os dois primeiros projetos importantes de interesse europeu comum (IPCEI) na cadeia de valor do hidrogênio. A conclusão geral dos projetos está prevista para 2029, com implementação de eletrolisadores e gasodutos entre 2026 e 2029, dependendo da área geográfica. (Hydrogen Central – 20.02.2024)  

O Ministério de Assuntos Digitais e Transportes (BMDV) da Alemanha suspendeu a aprovação de novos financiamentos para o hidrogênio devido a alegações de nepotismo, após a demissão de Klaus Bonhoff, chefe do departamento de Hidrogênio e Células a Combustível, por suspeita de desvio de fundos para um projeto de hidrogênio com conexões pessoais. As alegações, desencadeadas por reportagens da mídia, levaram a uma investigação interna em andamento, que foi reiniciada após a descoberta de novos e-mails sugerindo favoritismo para Werner Diwald, CEO da Associação Alemã de Hidrogênio e Células a Combustível. O ministério afirmou que há "dúvidas consideráveis" sobre a validade dos financiamentos previamente aprovados, exigindo uma revisão completa do caso. (H2 View – 22.02.2024) 

A Equinor obteve permissão de planejamento para sua planta de produção de hidrogênio de baixo carbono de 600 MW em Humber, Reino Unido. A planta, denominada H2H Saltend, produzirá hidrogênio a partir da reforma a vapor do gás natural utilizando um sistema de captura e armazenamento de carbono. A Equinor planeja capturar e armazenar permanentemente cerca de 900 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano e utilizar a infraestrutura do Cluster da Costa Leste para o armazenamento no Mar do Norte. O projeto visa impulsionar a descarbonização da região industrial. No ano passado, a Johnson Matthey licenciou sua tecnologia de hidrogênio azul LCH para a fábrica de Saltend, a qual pode capturar pelo menos 95% das emissões de CO2. A planta faz parte da ambição mais ampla da Equinor, denominada Hydrogen to Humber, que visa estabelecer 1,8 GW de capacidade de produção de hidrogênio com baixo teor de carbono. Anne Handley, líder do Conselho de East Riding of Yorkshire, destacou que a decisão do conselho não é apenas importante para o projeto, mas também para a região, atraindo investimentos e gerando empregos e oportunidades para a população local. (H2 View – 20.02.2024)  

O Vietnã planeja produzir entre 100 mil e 500 mil toneladas de hidrogênio por ano até 2030, conforme indicado em planos recentemente aprovados. A estratégia visa colocar o país no caminho de produzir 10-20 milhões de toneladas por ano até 2050, utilizando energia renovável e captura de carbono. O hidrogênio produzido deverá substituir parte do gás natural e do carvão em centrais elétricas até 2030, sendo posteriormente empregado em setores como transporte, fertilizantes, aço e cimento. O governo espera que o hidrogênio represente 10% da geração de eletricidade do país até 2050, contribuindo para as metas de Net Zero. A estratégia abrange todo o ecossistema do hidrogênio, desde a produção até a exportação, e prevê o uso de fundos públicos e privados, incluindo a Parceria para uma Transição Energética Justa (JTEP), apoiada pelo G7, para apoiar a produção de hidrogênio. Além disso, a estratégia do Vietnã inclui planos para desenvolver e complementar regulamentos relacionados ao desenvolvimento de energias renováveis, com o objetivo de estabelecer uma base jurídica sólida, transparente e favorável que impulsione o desenvolvimento sustentável dessas fontes de energia. (H2 View – 23.02.2024)  

A empresa romena de petróleo e gás, OMV Petrom, assinou acordos de financiamento de até 50 milhões de euros (54 milhões de dólares) com o Ministério da Energia romeno para projetos de produção de hidrogênio verde, que totalizarão 55 MW. Esses fundos serão utilizados para construir duas instalações de produção de hidrogênio verde, de 35 MW e 20 MW, respectivamente, no local na refinaria Petobrazi. Planeja-se produzir anualmente 8 mil toneladas combinadas de hidrogênio verde usando energia renovável. A OMV Petrom busca reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) em pelo menos 70% em comparação com os combustíveis convencionais ao empregar hidrogênio verde no processo de produção de combustíveis. A decisão final de investimento está prevista para 2024, com um investimento total estimado em 140 milhões de euros (152 milhões de dólares) para os dois projetos. O financiamento é proveniente do Plano Nacional de Recuperação e Resiliência (NRRP) da Romênia, apoiado pela Comissão Europeia. A OMV Petrom planeja investir aproximadamente 11 bilhões de euros (11,9 bilhões de dólares) até 2030 para apoiar a transição energética do país, com 35% destinados a projetos de baixo e zero carbono. (H2 View – 26.02.2024)  

A Fusion Fuel, por meio do seu projeto HEVO-Portugal, recebeu notificação de aprovação da Comissão Europeia no âmbito dos Projetos Importantes de Interesse Europeu Comum (IPCEI) do Programa Hy2Infra. O projeto, com um investimento de 650 milhões de euros, será desenvolvido em Sines, Portugal, e visa produzir 62 mil toneladas de hidrogênio verde por ano. Uma parte do hidrogênio verde será destinada à produção de amônia verde, a ser exportada do Porto de Sines para o Porto de Roterdã, na Holanda, enquanto o restante será consumido por clientes industriais no mercado interno português.. (Hydrogen Central – 20.02.2024)  

A bp escolheu a tecnologia de captura de carbono da BASF, denominada OASE®, para ser utilizada em sua planta de produção de hidrogênio azul de 1,2 GW em Teesside, Reino Unido. A tecnologia espera alcançar uma taxa de captura de carbono de até 99,99%, contribuindo para o projeto H2Teesside, liderado pela bp em parceria com a Northern Endurance. Estima-se que o projeto capture e armazene aproximadamente dois milhões de toneladas de CO2 anualmente, com operações comerciais previstas para iniciar em 2028. O H2Teesside tem como meta atingir 1,2 GW de produção de hidrogênio até 2030, correspondendo a mais de 10% da meta de 10 GW do governo do Reino Unido até 2030. A tecnologia da BASF utiliza um agente solvente à base de amina para absorver CO2 do fluxo de gás, com o CO2 sendo posteriormente separado e armazenado, enquanto o agente solvente OASE é reutilizado no processo. Will Harrison-Cripps, líder de desenvolvimento de ativos H2Teesside da bp, considera o projeto um "marco crítico" rumo às operações comerciais e destaca o papel potencial do H2Teesside na descarbonização da indústria e do transporte pesado na região de Teesside. (H2 View – 23.02.2024)  

O Powerhouse Energy Group (PHE) concordou em implementar projetos de hidrogênio na Austrália, Itália, Suíça e Hong Kong em parceria com a National Hydrogen. O acordo de cinco anos garantirá que a tecnologia e a experiência em engenharia da PHE sejam exclusivamente fornecidas projeto por projeto à National H2 para implementação. A National H2 financiará o Front-End Engineering Design (FEED) realizado pela subsidiária da PHE, Engsolve, em colaboração com um empreiteiro de Engenharia, Aquisições e Construção (EPC) escolhido. A PHE não será obrigada a contribuir com capital, e a colaboração será baseada em um modelo de taxa de licença e royalties. O CEO da PHE, Paul Emmitt, destacou que a colaboração representa um marco importante, fornecendo um endosso significativo à tecnologia e know-how da empresa e uma plataforma para crescimento e potencial fluxo de renda a longo prazo. O acordo ocorre em meio ao programa Hydrogen Headstart do governo federal australiano, que visa investir A$ 2 bilhões (US$1,5 bilhão) em projetos de hidrogênio. (H2 View – 22.02.2024)

A Universal Hydrogen concluiu as primeiras demonstrações bem-sucedidas da solução de armazenamento de hidrogênio AmpCart™ no Aeroporto Hawthorne, em Los Angeles, EUA, desenvolvida em parceria com a Oshkosh AeroTech. Este sistema oferece uma solução de curto prazo para a escassez de infraestrutura de carregamento para equipamentos elétricos de apoio terrestre nos aeroportos, permitindo que aeroportos como Hawthorne estejam “prontos para o hidrogênio". O teste envolveu o carregamento de tratores eletrificados da DHL usando o protótipo AmpCart™ H2 e módulos portáteis de armazenamento de hidrogênio, marcando um avanço significativo para a implantação operacional prevista até o final de 2024. A Universal Hydrogen visa resolver os desafios de infraestrutura para a adoção do hidrogênio em várias aplicações, incluindo o transporte terrestre e a aviação, enquanto busca otimizar sua tecnologia para voos de até 25.000 pés. (H2 View – 22.02.2024) 

A empresa Beyond Aero concluiu com sucesso uma campanha de voo de teste de uma aeronave tripulada movida exclusivamente por motores elétricos a hidrogênio, nomeada em homenagem ao aviador francês Louis Blériot. O protótipo, apelidado de 'Blériot', realizou 10 decolagens, incluindo dois voos completos, atingindo uma altitude de 2.300 pés e uma velocidade de subida de 110 km/h. Este voo é considerado o primeiro da França de uma aeronave tripulada operando com propulsão elétrica a hidrogênio. Utilizando uma célula a combustível com uma proporção híbrida de hidrogênio gasoso e baterias, o sistema gerou uma potência elétrica máxima de 85 kW. A Beyond Aero planeja construir a primeira aeronave executiva movida a hidrogênio elétrico, visando voos de até 800 milhas náuticas, marcando um marco significativo para a empresa e para a indústria da aviação elétrica a hidrogênio. (H2 View – 28.02.2024) 

A Califórnia avança em seu compromisso com o transporte limpo ao expandir sua frota ferroviária de passageiros movida a hidrogênio. Um acordo de US$ 127 milhões com a Stadler Rail, Inc. adicionará seis novos trens, elevando o total para 10, impulsionando a posição do estado como líder em transporte sustentável. Financiado pelo pacote de veículos com zero emissão de US$ 10 bilhões do governador Gavin Newsom, os trens começarão a operar em 2027, inicialmente entre Merced e Sacramento. Com base no conceito bem-sucedido do FLIRT da Stadler, esses trens autoalimentados com células a combustível de hidrogênio não requerem locomotiva separada, contribuindo para a descarbonização do transporte ferroviário nos EUA. Essa iniciativa complementa os esforços da Califórnia em aproveitar a energia limpa do hidrogênio, visando reduzir a poluição e expandir a economia de energia limpa em todo o estado. (Hydrogen Central – 19.02.2024) 

A Wrightbus recebeu um pedido de 28 de seus ônibus de um andar movidos a hidrogênio da operadora de transporte Saarbahn GmbH para serem implantados na Alemanha. Os ônibus, denominados Kite Hydroliners, serão fabricados na sede da Wrightbus na Irlanda do Norte e a entrega dos primeiros cinco está prevista para 2024, expandindo assim a frota de transporte público com zero emissões da Saarbahn. Cada Kite Hydroliner, com um alcance de 640 milhas e capacidade para 90 passageiros, utilizará um módulo de célula a combustível Ballard FCmove de 70kW. Para apoiar a implantação, a Saarbahn também está construindo uma estação de reabastecimento de hidrogênio em seu terminal de ônibus em Saarbrücken, com um investimento estimado em cerca de 5 milhões de euros. O gerente de projetos da Saarbahn, Torsten Burgardt, destacou que o pedido é um passo importante para garantir que metade de sua frota tenha zero emissões nos próximos três anos. (H2 View – 26.02.2024) 

A Nikola, fabricante americana de caminhões com zero emissão, planeja entregar de 300 a 350 caminhões movidos a hidrogênio em 2024, triplicando sua entrega em comparação com os veículos elétricos a bateria, que esperam entregar 100 unidades. Após um aumento nas receitas em 2023 para US$ 11,5 milhões e uma redução do EBITDA negativo para -US$ 102 milhões, a empresa espera que as entregas dos caminhões movidos a hidrogênio atinjam a parte superior da faixa prevista, sujeitas à redução de restrições nos componentes e na distribuição. A empresa enfrentou desafios, incluindo o recall de 209 caminhões elétricos devido a um incêndio, mas continua a impulsionar seu negócio de hidrogênio, com 225 solicitações de vouchers para caminhões com célula a combustível enviadas na Califórnia entre outubro de 2023 e fevereiro de 2024. Prevê-se que o CAPEX de 2024, de US$ 60-70 milhões, seja gasto principalmente em infraestrutura de reabastecimento de hidrogênio, ferramentas de fornecedores e reduções de custos de caminhões de hidrogênio. (H2 View – 23.02.2024) 

A montadora sul-coreana Hyundai revelou planos de investir US$1,1 bilhão no Brasil até 2032 para o desenvolvimento de tecnologias de carros híbridos, elétricos e movidos a hidrogênio verde, durante uma reunião com o presidente Lula e os ministros Geraldo Alckmin e Rui Costa. Este anúncio se segue ao lançamento do programa de Mobilidade Verde do governo federal, que prevê incentivos fiscais de cerca de R$19 bilhões para empresas investirem em eficiência e descarbonização veicular. Outras montadoras como Volkswagen, BYD e GM também anunciaram planos de investimento no país, totalizando bilhões em recursos destinados ao setor automotivo. (EPBR – 22.02.2024) 

A Atlas Agro anunciou a contratação de dois consórcios de engenharia e construção para desenvolver uma fábrica de fertilizantes nitrogenados com hidrogênio verde no Brasil, localizada em Uberaba, Minas Gerais, com um investimento total de R$ 4,3 bilhões. Prevista para começar a operar em 2028, a planta terá capacidade para produzir 500 mil toneladas anuais de fertilizantes. A empresa planeja vender o produto no mercado brasileiro ao mesmo preço dos fertilizantes convencionais e, após a fase de desenvolvimento, avançará para a fase de FEED, detalhando o projeto que consumirá 2,5 GWh de energia renovável anualmente. O objetivo é suprir uma parcela significativa da demanda doméstica, visto que o Brasil importa mais de 90% de seus fertilizantes nitrogenados, visando atender à região com uma expectativa de suprir de 25% a 30% do mercado. Além disso, a Atlas Agro tem um projeto semelhante nos Estados Unidos. (EPBR – 20.02.2024) 

A Universal Hydrogen concluiu com sucesso um teste em solo de hidrogênio líquido de classe megawatt para células a combustível. O teste, conduzido em colaboração com a Plug Power e a Chart Industries, envolveu a alimentação de hidrogênio líquido diretamente em um módulo de célula a combustível, representando um marco importante na validação da infraestrutura de hidrogênio líquido para aviação. Esta conquista destaca o compromisso contínuo da Universal Hydrogen em desenvolver uma solução viável para a descarbonização do transporte aéreo, permitindo a transição para a aviação de zero emissão. Com o objetivo de oferecer uma alternativa escalável e econômica aos combustíveis fósseis, a Universal Hydrogen está trabalhando para construir uma cadeia de suprimentos de hidrogênio líquido para a aviação, incluindo produção, armazenamento, transporte e infraestrutura de abastecimento. (H2 View – 27.02.2024) 

O governo da Austrália do Sul assinou um acordo de princípio para fornecer potencialmente até 40 mil toneladas de hidrogênio verde por ano à mineradora e produtora de aço Whyalla Steelworks. O acordo envolve a construção de uma instalação de eletrólise de 75 MW em Whyalla, que será alimentada por energia renovável gerada na região. O hidrogênio verde produzido seria usado na fabricação de aço, substituindo o carvão coque. Este acordo de fornecimento de hidrogênio verde tem o potencial de tornar a Whyalla Steelworks a primeira siderúrgica do mundo a produzir aço em escala comercial sem emissões de CO2. A iniciativa, que é parte da estratégia mais ampla da Austrália do Sul para se tornar um líder global na produção de hidrogênio verde, busca aproveitar os abundantes recursos renováveis ​​do estado, como a energia solar e eólica, para impulsionar uma economia de hidrogênio sustentável e criar empregos verdes. (H2 View – 26.02.2024) 

A Norfund, em parceria com a Westgass e a Industrial Promotion Services (IPS), está investindo em fertilizantes à base de hidrogênio em Uganda. O projeto está planejando produzir 200 mil toneladas de fertilizantes localmente por ano. O hidrogênio será produzido por meio de um eletrolisador e receberá apoio de 100 MW de uma usina hidrelétrica local. Co-financiado por Norfund e Norad, o projeto será desenvolvido pela Westgass e IPS. O CEO da Westgass, Kinar Kent, acredita que essa iniciativa tornará o Uganda um pioneiro na adoção de tecnologia verde, proporcionando oportunidades de aumento da produtividade agrícola e redução do impacto ambiental. O processo incluirá a produção de amoníaco verde e fertilizantes à base de nitrogênio, fósforo e potássio, visando criar 300 empregos diretos. (H2 View – 20.02.2024) 

A Uline, fornecedor americano de materiais de remessa e embalagem, expandirá sua parceria com a Plug Power, implantando empilhadeiras movidas a hidrogênio, soluções de armazenamento e dispensadores em quatro centros de distribuição em Wisconsin. Como parte dessa iniciativa, a Uline instalará um tanque de armazenamento de hidrogênio de 18 mil galões (~68 mil litros) e 17 dispensadores para abastecer uma frota existente e 250 novas empilhadeiras movidas a células a combustível da Plug. A parceria entre as duas empresas começou em 2015, e essa expansão resultará em um total de 520 empilhadeiras a célula a combustível e 34 dispensadores operados pela Uline. A CEO da Plug Power, Andy Marsh, destacou a importância da tecnologia para o manuseio de materiais, sublinhando a produtividade e a previsibilidade como benefícios-chave para a estratégia de entrega no mesmo dia da Uline. Além disso, a Plug Power recentemente finalizou um contrato para fornecer infraestrutura de hidrogênio e soluções de célula a combustível a um grande fabricante de automóveis dos EUA para apoiar as operações de manuseio de materiais. (H2 View – 26.02.2024)  

A Energy Vault Holdings começou a construção do maior sistema de armazenamento de energia de longa duração de hidrogênio verde (LDES) nos EUA. O sistema, chamado BH-ESS (Centro de Resiliência de Calistoga), terá 293 MWh de energia despachável livre de carbono, capaz de alimentar cerca de 2.000 clientes na microrrede da Pacific Gas and Electric Company (PG&E) por até 48 horas. Previsto para ser concluído no final do segundo trimestre de 2024, o BH-ESS será o maior projeto de armazenamento de energia de hidrogênio verde em grande escala nos EUA. A instalação atenderá o centro de Calistoga e regiões circundantes durante desligamentos de energia de segurança pública (PSPS). A Energy Vault será proprietária, operadora e mantenedora do sistema, fornecendo energia despachável sob um contrato de 10,5 anos com a PG&E. O diretor comercial e de produto da Energy Vault, Marco Terruzzin, destacou os significativos benefícios de sustentabilidade que a tecnologia trará para a comunidade de Calistoga. (H2 View – 23.02.2024)  

A Conferência Brasil-Alemanha: Desfossilização e Hidrogênio em Complexos Portuários abordará os desafios e oportunidades na desfossilização da indústria e operações logísticas portuárias no Brasil. Além disso, visa  discutir os desafios e perspectivas, proporcionando um fórum internacional para atualização, conhecimento e networking empresarial na cadeia de valor do setor de hidrogênio renovável, especialmente voltado para operações logísticas e indústrias localizadas em complexos portuários no Brasil. O evento ocorrerá no dia 09 de abril às 14h.

O evento busca discutir os requirementos de certificação para a exportação de hidrogênio para a Europa. O evento ocorre de forma híbrida no dia 16 de abril às 8h.

O Plano Nacional de Mudança do Clima deve incluir estratégias para abordar o setor energético, determinando metas específicas de redução de emissões de CO2 para cada setor. O hidrogênio desempenhará um papel crucial na redução das emissões de carbono no Brasil, conforme será apresentado na nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) no âmbito do Acordo de Paris. Um representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) afirmou durante uma audiência pública no Senado que o hidrogênio será abordado no Plano Nacional de Mudança do Clima. O coordenador na Secretaria de Economia Verde, Gustavo Fontenele, destacou a importância de compreender o papel do hidrogênio na estratégia de implementação dos compromissos da NDC brasileira no contexto do Acordo de Paris. O Grupo Técnico Temporário de Mitigação (GTT Mitigação) está encarregado da elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação no âmbito do Plano Clima, uma iniciativa que busca consolidar estratégias e metas do governo federal para atingir os objetivos climáticos estabelecidos pelo Brasil. Este plano terá validade entre 2024 e 2035. (EpBr – 29.02.2024)