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IFE
11/01/2024

IFE Hidrogênio 155

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Kalyne Brito e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Sofia Paoli e Gabriela Vasconcelos
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
11/01/2024

IFE nº 155

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Kalyne Brito e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Sofia Paoli e Gabriela Vasconcelos
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Hidrogênio 155

Políticas Públicas e Financiamentos

Presidente da Solatio garante que há muitos compradores de hidrogênio verde

Devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia, o mercado global de hidrogênio verde acelerou sua expansão. Duas empresas multinacionais, Green Energy Park e Solatio, anunciaram investimentos de aproximadamente R$ 200 bilhões no litoral do Piauí para desenvolver projetos de produção de hidrogênio verde e amônia. O investimento abrange um período de 10 anos, com a previsão de produção de energia limpa a partir de 2027. A inauguração do projeto ocorreu em 15 de dezembro com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin, do ministro Wellington Dias e do governador Rafael Fonteles. O presidente da Solatio Energia, Pedro Vaquer, destaca a crescente urgência do mercado de hidrogênio verde, impulsionada pela decisão da Europa de reduzir sua dependência do gás russo. “Há muitos compradores de hidrogênio verde, mas não tem produção. Uma certeza é que o mercado não vai faltar. Aqui (no Piauí) qualquer hidrogênio que irá gerar vai ter comprador, já que existe uma necessidade de mercado de mais de 100 vezes maior do que podemos produzir”, disse Pedro Vaquer (Cidade Verde – 24.12.2023)  
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B3 prepara plataforma de negociação de créditos de carbono

A B3 anunciou uma parceria com a ACX Group para criar uma plataforma de negociação de créditos de carbono. O acordo inclui um investimento de até R$10 milhões por parte da B3. Prevista para ser lançada no primeiro trimestre de 2024, a plataforma funcionará como um espaço de negociação entre emissores de créditos de carbono e empresas interessadas em compensar emissões de gases do efeito estufa por meio da aquisição desses ativos no mercado voluntário. A ferramenta, chamada ACX, oferecerá aos clientes acesso a um livro centralizado de ordens e estará conectada aos principais padrões globais. A B3 visa posicionar o Brasil como um dos maiores fornecedores de créditos de carbono, comprometendo-se a impulsionar esse mercado no país, oferecendo um ambiente seguro, transparente e integrado para a negociação de créditos. (epbr – 12.12.2023)  
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Paraná avança na estruturação de políticas de estímulo ao hidrogênio renovável em 2023

Em 2023, o Paraná avançou significativamente na diversificação de sua matriz energética, que já é 98% renovável. O Estado se prepara para futuramente iniciar a produção de hidrogênio renovável (H2) e estimular a fabricação de biofertilizantes. Os benefícios da produção de H2 incluem a criação de uma nova fonte de energia limpa, redução nas emissões de gases poluentes, melhorias no armazenamento e transporte de energia, além de ampliar a disponibilidade energética. Adicionalmente, o H2 pode servir como base para fertilizantes mais sustentáveis, contribuindo para uma pegada renovável. Diversas iniciativas foram desenvolvidas pelo Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria do Planejamento, para alcançar esses objetivos. Uma delas é o Plano de Hidrogênio do Paraná, que foi contratado em agosto junto à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Este plano, com sete etapas, visa mapear a situação do H2 no Estado e implementar medidas relacionadas ao licenciamento, financiamento e desoneração da cadeia de produção. (Governo do Paraná – 23.12.2023)  
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Imposto no petróleo e desoneração do hidrogênio marcam escolhas na reforma tributária

A Câmara dos Deputados aprovou a inclusão de uma nova alíquota de até 1% do imposto seletivo sobre a produção de óleo e gás na reforma tributária, contrariando a oposição do setor de petróleo e gás natural. Apesar dos esforços da indústria, apoiada por frentes parlamentares ligadas à energia e mineração, a medida foi mantida com 333 votos favoráveis, apenas 26 a mais do que o necessário para rejeitar a tentativa de derrubá-la em segundo turno. Além disso, a reforma tributária incluiu o hidrogênio de baixo carbono no texto constitucional, equiparando-o ao benefício já concedido aos biocombustíveis, como o etanol, e foi mantido pelos parlamentares. Muitos detalhes, incluindo a maior parte deles, aguardam definição em leis complementares que devem ser apresentadas ao Congresso Nacional no início de 2024, conforme previsto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (epbr – 19.12.2023)  
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Hidrogênio de baixo carbono cria carreiras profissionais que moldarão o futuro do planeta

À medida que o mundo se une para conter a crise climática e atingir as metas estabelecidas na redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), o hidrogênio verde, (H2V) surge como peça fundamental na substituição dos combustíveis fósseis e na descarbonização da economia. O processo de transição energética abre portas para profissionais especializados, como fabricantes de eletrolisadores, engenheiros e técnicos de células a combustível, profissionais focados nas áreas da indústria química, aço e mobilidade. Com o surgimento dessas novas carreiras, a educação e a formação profissional terão de se adaptar o mais breve possível para atender às demandas deste mercado emergente. Instituições acadêmicas e centros de formação técnica já estão atualizando seus currículos para preparar a próxima geração de profissionais para um mercado de trabalho em evolução (H2Verde Brasil – 17.12.2023)  
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Departamento do Tesouro dos EUA divulga orientação sobre crédito à produção de hidrogênio

O Departamento do Tesouro dos EUA e o Internal Revenue Service (IRS) divulgaram propostas de regulamentos sobre o Crédito de Produção de Hidrogênio Limpo, estabelecido pela Lei de Redução da Inflação (IRA) como parte da agenda do presidente Biden. Essa iniciativa visa criar empregos de qualidade, fortalecer a segurança energética, incentivar o investimento privado na construção de uma economia de energia limpa e combater a crise climática. Janet L. Yellen, Secretária do Tesouro dos EUA, enfatizou que os incentivos da Lei de Redução da Inflação impulsionarão a produção de combustíveis com baixo teor de carbono, como o hidrogênio, contribuindo para a redução das emissões na indústria pesada. Jennifer M. Granholm, Secretária de Energia dos EUA, destacou que essas propostas visam a impulsionar investimentos na indústria do hidrogênio, liderando a transição global para energia limpa, com potencial para transformar a indústria, o transporte e fortalecer a segurança energética do país, enquanto cria empregos e novas oportunidades econômicas em comunidades por toda a América. (US Treasury - 22.12.2023)  
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BEI e Alemanha aceleram o desenvolvimento global do hidrogênio limpo

O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Alemanha estão fortalecendo a economia global do hidrogênio por meio da expansão do Fundo para o Hidrogênio Verde, criado em 2021. O BEI confirmou uma contribuição alemã adicional para o fundo, permitindo sua expansão para fornecer subsídios ao investimento, além de aconselhamento estratégico e assistência técnica a países em desenvolvimento. Werner Hoyer, presidente do BEI, destacou que o hidrogênio verde pode ajudar a reduzir a pegada de carbono das indústrias e que os países do Sul Global têm potencial para produzir energia renovável para isso. O financiamento adicional para o fundo visa reduzir o déficit de financiamento para projetos de hidrogênio verde em grande escala, apoiando toda a cadeia de valor, desde a produção até o armazenamento e infraestrutura de transporte. Isso visa impulsionar o crescimento internacional da economia do hidrogênio, lidando com desafios como condições de mercado desfavoráveis e riscos associados a tecnologias emergentes. (EIB – 19.12.2023)  
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Declaração conjunta UE- Alemanha sobre a participação da Alemanha nos “leilões como serviço”

A Comissão Europeia e a Alemanha anunciaram um marco significativo no reforço do financiamento de energias sustentáveis na Europa, com a Alemanha tornando-se o primeiro Estado-Membro a aderir ao novo esquema de "Leilões como Serviço" da UE, dentro do Banco Europeu de Hidrogênio. A Alemanha planeja disponibilizar 350 milhões de euros do seu orçamento nacional para a produção de hidrogênio no país, além dos 800 milhões de euros já alocados para projetos europeus pelo Fundo de Inovação da UE. Este aporte financeiro adicional tem como objetivo impulsionar e financiar mais projetos de hidrogênio renovável. A Comissão convida outros Estados-Membros a participarem deste serviço em futuros leilões. No 23 de novembro de 2023, a Comissão abriu o primeiro leilão da UE no âmbito do Fundo de Inovação para apoiar a produção de hidrogênio renovável. Este movimento está em linha com os objetivos do Plano REPowerEU, do Plano Industrial do Pacto Ecológico e das metas estabelecidas na Diretiva Energias Renováveis para o hidrogênio. No leilão, o Banco Europeu de Hidrogênio cobrirá a diferença entre o custo de produção do hidrogênio renovável e o preço de mercado. (EC – 19.12.2023)  
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Equinor e SEFE firmam acordos de vendas de gás e buscam fornecimento de hidrogênio

A Equinor e a empresa estatal de energia alemã SEFE (Securing Energy for Europe) firmaram um acordo para o fornecimento de 111 terawatts-hora, aproximadamente 10 bilhões de metros cúbicos (bmc) de gás natural por ano, de 1º de janeiro de 2024 até 2034, com uma opção para mais 5 anos, refletindo os preços de mercado. Esses volumes anuais representam cerca de um terço da demanda industrial alemã. A opção de 5 anos adicionais totaliza 319 TWh (aproximadamente 29 bmc) durante o período. Além disso, as empresas assinaram uma carta de intenções (LoI) não vinculativa, com planos para que a SEFE se torne um comprador de longo prazo do fornecimento de hidrogênio de baixo carbono e em grande escala da Equinor a partir de 2029, estendendo-se até 2060. O CEO da Equinor, Anders Opedal, afirmou que esse acordo responde à necessidade da Europa por um suprimento de energia confiável e de longo prazo, além de oferecer uma rota viável para a descarbonização em larga escala. (Equinor – 19.12.2023)  
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Produção

Brasil: Copel GT investirá mais de R$ 3 milhões em planta piloto para produção de hidrogênio a partir de biomassa

A Copel GT anunciou um investimento de mais de R$ 3 milhões na construção de uma planta piloto para a produção de hidrogênio de baixo carbono a partir de biomassa. O projeto, que conta com recursos do programa de P&D da Aneel e tem parceria com a Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), visa utilizar o hidrogênio produzido como insumo para a fabricação de amônia e ureia, utilizados em fertilizantes. A localização específica da planta ainda está em estudo. O investimento reflete a busca por alternativas sustentáveis na produção de hidrogênio no setor energético. (Energia Hoje - 20.12.2023) 
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Brasil: Hub de hidrogênio no Piauí mira exportação e indústria verde

O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, participou do lançamento da pedra fundamental de dois projetos de produção de hidrogênio verde na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Piauí. As plantas da Green Energy Park e do grupo espanhol Solatio, com obras previstas para começar no final de 2024, têm como objetivo abastecer a União Europeia com energia limpa e produtos verdes. Os projetos, totalizando 20 GW de capacidade, serão instalados na ZPE do Parnaíba, com a produção de hidrogênio e amônia verde do Piauí escoada pelo futuro Porto de Luís Correia. O governador do Piauí, Rafael Fonteles, destaca o financiamento europeu e enfatiza a intenção de não apenas exportar hidrogênio verde, mas utilizá-lo como matéria-prima para impulsionar uma indústria verde na região Nordeste, visando à produção de diversos produtos e combustíveis verdes. (EPBR - 18.12.2023) 
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Brasil: RS prevê firmar o nono memorando sobre hidrogênio verde em 2024

O Rio Grande do Sul planeja firmar o nono memorando sobre hidrogênio verde em 2024, refletindo o crescente interesse de empreendedores na produção desse combustível proveniente de fontes de energia renovável, como a eólica e a solar. O governo gaúcho já possui oito Memorandos de Entendimento (MoU) assinados com empresas interessadas em instalar unidades ligadas à cadeia de hidrogênio verde no estado, e espera oficializar mais um no início do próximo ano. Essa iniciativa faz parte das apostas do Rio Grande do Sul na área de energia e sustentabilidade, buscando impulsionar o setor de hidrogênio verde na região. (Jornal Do Comércio - 11.12.2023) 
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Brasil: Paraná busca iniciar a produção de hidrogênio renovável

O Paraná está avançando na produção de hidrogênio renovável, buscando diversificar sua matriz energética e promover a sustentabilidade. O Plano de Hidrogênio do Paraná, iniciado em agosto, visa mapear a situação do hidrogênio no estado e implementar medidas relacionadas ao licenciamento, financiamento e desoneração da cadeia. O estado, conhecido por sua produção de frango e suínos, pretende aproveitar a biomassa gerada por essas atividades para produzir hidrogênio renovável de forma econômica. O Paraná almeja produzir amônia verde como biofertilizante, reduzindo as importações de fertilizantes e contribuindo para a sustentabilidade no agronegócio local. O plano analisa potenciais consumidores, aplicações diretas de hidrogênio e demandas em setores como refino de óleos e produção de fertilizantes. A equipe agora está trabalhando em hipóteses de investimento, considerando diferentes abordagens governamentais para garantir impacto social e econômico positivo. O Paraná busca se destacar como produtor de hidrogênio renovável em meio à transição global para energias sustentáveis. (SouAgro - 25.12.2023) 
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Brasil: Adece e Fiec assinam masterplan de R$ 6 mi para o hidrogênio

A Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) assinaram um plano de cooperação, chamado de masterplan, para impulsionar os negócios de hidrogênio de baixo carbono no Estado. O acordo, divulgado no Diário Oficial do Estado, prevê investimentos de R$ 6 milhões, sendo R$ 5 milhões provenientes da Adece e R$ 1 milhão da Fiec. O masterplan inclui ações estratégicas para diferenciar o Hub de Hidrogênio Verde, mas não fornece detalhes específicos sobre as implementações previstas. (O povo - 23.12.2023) 
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Bloom Energy e SK ecoplant colaboram em projeto de hidrogênio inovador

Bloom Energy e SK ecoplant anunciaram uma colaboração para desenvolver um projeto pioneiro de hidrogênio em Jeju Island, Coreia do Sul, em parceria com a Korea Southern Power Co., Ltd (KOSPO) e o governo local. Previsto para iniciar no final de 2025, o projeto utilizará a tecnologia de eletrolisador de óxido sólido (SOEC) da Bloom, com 1,8 megawatts (MW) para produzir hidrogênio em larga escala. O hidrogênio produzido será utilizado principalmente como combustível de transporte. Jeju Island, conhecida por seus projetos de energia renovável, busca converter integralmente veículos e a geração de eletricidade para fontes renováveis até 2030, e o projeto visa contribuir para esse objetivo (BloomEnergy - 27.12.2023) 
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México: Copenhagen Infrastructure Partners firma acordo com Autoridades Mexicanas para projeto de hidrogênio

A Copenhagen Infrastructure Partners (CIP), por meio de seus fundos Growth Markets Funds II e Energy Transition Fund I, firmou um Memorando de Entendimento (MoU) com o Corredor Interoceânico do Istmo de Tehuantepec (CIIT) e a Secretaria da Marinha do México (Semar) para desenvolver o Helax Istmo, um projeto de hidrogênio e combustíveis marítimos em Oaxaca, México. O projeto visa contribuir para os objetivos de desenvolvimento sustentável do México e a descarbonização global da indústria de navegação. O MoU foi assinado na presença do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, reconhecendo o impacto transformador do projeto no Istmo. A expectativa é que o projeto passe por consultas formais com comunidades indígenas e sociais no início de 2024. (GlobeNewsWire - 22.12.2023) 
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Egito: ACWA Power anuncia planos para projeto de hidrogênio de baixo carbono

A ACWA Power assinou um acordo para desenvolver a primeira fase de um projeto de hidrogênio limpo no Egito. O hidrogênio produzido será destinado para a produção de 600 mil toneladas de amônia por ano e terá um investimento esperado de US$ 4 bilhões, com a intenção de expandir para uma segunda fase com capacidade de até 2 milhões de toneladas por ano. A ACWA Power assinou o acordo com o Sovereign Fund of Egypt (TSFE), a Suez Canal Economic Zone (SCZone), a Egyptian Electricity Transmission Company (EETC) e a New and Renewable Energy Authority (NREA). O projeto será alimentado por parques eólicos e solares, marcando um passo significativo no desenvolvimento da instalação de hidrogênio verde em grande escala. (ACWA Power - 20.12.2023) 
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Noruega: Fortescue recebe mais de €200 milhões da UE para projeto de hidrogênio verde

A empresa de energia Fortescue, do bilionário Andrew Forrest, recebeu mais de €200 milhões do Fundo de Inovação da União Europeia para financiar o projeto de hidrogênio e amônia de 300 MW em Holmaneset, na costa oeste da Noruega. O projeto visa capitalizar o excedente de energia renovável da rede de transmissão norueguesa, produzindo amônia para os mercados doméstico e europeu. A concessão, parte de uma alocação total de €3,45 bilhões para projetos de grande escala, será paga em parcelas, condicionadas ao fechamento financeiro e à conclusão de marcos específicos do projeto. O início da construção está previsto para 2025. (Hydrogen Insight - 15.12.2023) 
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Armazenamento e Transporte

Japão/Coreia do Sul: Mitsubishi, Amogy e SK Innovation avançam na cadeia de abastecimento de amônia no Leste Asiático

A Mitsubishi Corporation e a Amogy estabeleceram uma parceria estratégica para focar na tecnologia de craqueamento de amônia em aplicações de transporte de hidrogênio em larga escala. Inicialmente concentrando-se no leste asiático, em particular no Japão e na Coreia do Sul, o estudo conjunto teve início em dezembro de 2023 com a SK Innovation. Ele avaliará a implantação em larga escala da tecnologia da Amogy, incluindo análise de custos em toda a cadeia de valor, explorando oportunidades de expansão nos setores de amônia e hidrogênio. Após a conclusão, as três empresas buscarão explorar oportunidades conjuntas de pilotos nas regiões estratégicas. A tecnologia da Amogy combina craqueamento de amônia e geração de energia por células a combustível de hidrogênio em um único sistema, permitindo o uso eficiente da amônia, com potencial para ser utilizada como transportadora de hidrogênio em transporte em larga escala. (Mitsubishi Corp - 20.12.2023) 
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Uso Final

Reino Unido avança com planos de injeção de hidrogênio em gasodutos após consulta pública

O Reino Unido decidiu avançar com os planos de injetar até 20% de hidrogênio de baixo carbono na malha de gasodutos do país, incluindo Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte. A decisão foi tomada após uma consulta pública, e o governo está disposto a apoiar a mistura de hidrogênio nas redes de distribuição de gás. No entanto, ainda estão em curso estudos para avaliar a segurança da mistura nas redes de distribuição. O Reino Unido tem como meta alcançar até 10 GW de capacidade doméstica de produção de hidrogênio de baixo carbono até 2030, com foco em hidrogênio produzido via eletrólise com energia renovável. (EPBR - 20.12.2023) 
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Brasil: Atlas promete fertilizante de hidrogênio verde a preço de convencional em fábrica de Uberaba

A Atlas Agro, empresa com sede na Suíça, planeja produzir 500 mil toneladas por ano de fertilizantes nitrogenados com hidrogênio de baixo carbono a partir de 2027, em uma fábrica que está sendo construída em Uberaba, Minas Gerais. Contrariando previsões de mercado, a empresa afirma que o fertilizante feito com hidrogênio limpo será vendido ao mesmo preço que o convencional feito com gás natural. A empresa escolheu a rota da eletrólise com eletricidade renovável para a produção de hidrogênio. A planta não precisará de gasoduto, pois será conectada à rede elétrica por meio de parques solares e eólicos. A Atlas Agro recebeu propostas de contratos de compra e venda de energia e está avaliando opções, incluindo 100% solar ou uma mistura de solar e eólica. A empresa planeja replicar o modelo em outras fábricas no Brasil, visando atender à demanda doméstica por fertilizantes nitrogenados. (EPBR - 19.12.2023) 
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Alemanha: Mercedes-Benz Unimog terá nova geração a hidrogênio

A Mercedes-Benz está testando a oitava geração do caminhão Unimog com um motor a hidrogênio. O protótipo está sendo utilizado para cortar grama ao longo de uma rodovia desativada na Alemanha. O caminhão de testes é baseado na versão porta-ferramentas Unimog U 430 e é abastecido em uma estação pública de hidrogênio. Equipado com um motor a hidrogênio convertido de uma unidade a gás natural, o veículo possui um propulsor de 290 cv de potência e 102 mkgf de torque. A próxima fase do desenvolvimento incluirá tanques de hidrogênio maiores para permitir operação contínua durante um dia inteiro de trabalho. (Estradão - 26.12.2023) 
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Honda e Isuzu testam caminhões movidos a hidrogênio em Tóquio

Fabricantes de automóveis japoneses, como Honda e Isuzu, estão desenvolvendo caminhões movidos a hidrogênio para impulsionar a descarbonização. Um caminhão experimental, que não emite carbono e pode percorrer 800 quilômetros por carga, está sendo testado nas estradas de Tóquio. A meta é começar a vendê-lo em 2027 e ter 5 mil desses caminhões em circulação até 2030. A tecnologia de células a combustível de hidrogênio é vista como promissora para caminhões pesados, pois ocupa menos espaço do que as baterias e o reabastecimento é mais rápido. Apesar das expectativas, os carros movidos a hidrogênio ainda não tiveram sucesso comercial significativo, com o Mirai da Toyota e o Clarity da Honda apresentando vendas baixas. A estratégia do Japão para o hidrogênio foi atualizada para se concentrar mais em veículos comerciais do que em automóveis de passageiros. (Valor Econômico - 02.01.2024). 
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Reino Unido: Estação oferece carregamento para veículos elétricos alimentado por hidrogênio

A estação de serviço Cairn Lodge, na autoestrada M74 em Lanarkshire, Escócia, oferece agora carregamento para veículos elétricos (VE) alimentado por hidrogênio limpo. Desde 12 de dezembro de 2023, os motoristas de VE que visitam a Cairn Lodge Services têm acesso a seis carregadores da SWARCO Smart Charging, alimentados por hidrogênio até que uma conexão adequada à rede elétrica seja estabelecida. A instalação do gerador de energia de hidrogênio (HPU) da GeoPura fornece eletricidade limpa para as unidades de carregamento, apresentando uma alternativa sustentável aos geradores a diesel para fornecimento de energia fora da rede. A parceria entre a Westmorland Family, responsável pela estação de serviço, e a GeoPura visa destacar o potencial do hidrogênio como solução para os desafios do crescimento do mercado de veículos elétricos, especialmente em locais onde a capacidade da rede elétrica é insuficiente. (Green Fleet - 18.12.2023) 
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Japão: IHI e Gentari assinam MoU para desenvolver cadeia de valor global de amônia limpa

A empresa japonesa de engenharia IHI Corporation e a subsidiária da Petronas, Gentari Hydrogen, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para explorar o desenvolvimento de uma cadeia de valor global de amônia limpa. O MoU abrange a produção, transporte, armazenamento e utilização de amônia verde na região Ásia-Pacífico e outras áreas de interesse mútuo. Além disso, as partes também explorarão a progressão da utilização comercial do IM270, uma turbina a gás totalmente movida a amônia, desenvolvida pela IHI com o apoio da Organização de Desenvolvimento de Tecnologia de Energia Nova e Industrial do Japão (NEDO). Essa demonstração comercial, programada para ser lançada em 2026, pode ser potencialmente a primeira turbina a gás totalmente movida a amônia do mundo, de acordo com a IHI. Com essa colaboração, ambas as partes têm como objetivo acelerar a adoção do hidrogênio limpo como uma alavanca viável para a transição energética, alinhada com a Rota Nacional de Transição de Energia e a Rota de Economia e Tecnologia do Hidrogênio da Malásia, bem como as aspirações de Neutralidade Líquida de Carbono da região. (IHI - 18.12.2023) 
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Tecnologia e Inovação

Nova tecnologia de motor bicombustível a hidrogênio pode reduzir emissões e ampliar a autonomia dos veículos

A subsidiária da Molecular Energies, Dual Fuel Limited (DFL), revelou que sua tecnologia de duplo combustível de hidrogênio tem potencial para reduzir as emissões de motores diesel pesados em cerca de 20%, ao mesmo tempo em que aumenta a autonomia dos veículos. A empresa conduziu testes da sua tecnologia de injeção de hidrogênio no início deste ano, em 2023, através da Helical Technology. Esses testes confirmaram a viabilidade de introduzir com segurança cerca de 20% de hidrogênio em motores diesel de serviço pesado, resultando em uma redução proporcional das emissões. Além disso, a DFL destacou que essa solução poderia ampliar significativamente a gama de veículos. A empresa planeja implementar essa tecnologia no Paraguai a partir de 2024. A Dual Fuel Limited (DFL) está planejando realizar um teste ao vivo da sua solução de duplo combustível em um ambiente de estrada no primeiro trimestre de 2024, visando concluir a calibração do software do sistema. Após os testes, a previsão é que a DFL entregue os primeiros retrofits aos clientes no Paraguai até o terceiro trimestre de 2024, e a empresa já identificou seus primeiros clientes. (H2 View – 20.12.2023)  
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EUA: Teste de micrrorede de hidrogênio na Califórnia

A Southern California Gas (SoCalGas) e a Bloom Energy implementaram a produção e mistura de hidrogênio na rede da Caltech. O projeto, que utiliza um eletrolisador de óxido sólido e células de combustível da Bloom Energy, visa demonstrar o potencial do hidrogênio para a criação de uma microrrede, bem como uma solução de energia limpa para armazenamento de energia de longa duração e geração de energia despachável. No projeto, a água é retirada da linha de serviço da Caltech, que é então executada através do eletrolisador alimentado por energia da rede para criar hidrogênio. O hidrogênio resultante é injetado na infraestrutura de gás natural da Caltech a montante das células de combustível, criando até 20% de mistura de hidrogênio e gás natural. (PEi - 20.12.2023). 
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Mistura de hidrogênio pode trazer mais eficiência aos combustíveis fósseis, diz pesquisador

O pesquisador Robson Barreiros, do Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (Iati), destaca a viabilidade da mistura de hidrogênio com combustíveis fósseis no Brasil. Segundo ele, a adição de hidrogênio ao diesel pode aumentar a eficiência em 9 a 15%, enquanto para a gasolina, esse número chega a 20%. Barreiros lidera projetos no âmbito do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI), visando estudar a eficácia da queima de hidrogênio renovável em conjunto com combustíveis fósseis, destacando redução de consumo e emissões. Ele enfatiza o papel político na implementação dessa tecnologia e prevê avanços até 2035, podendo transformar o setor de energia e combustíveis no país. (EPBR - 20.12.2023) 
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Eventos

Regulamentações e conformidade de segurança de hidrogênio

O webinar abordará padrões críticos de segurança, protocolos de conformidade e estratégias de mitigação de riscos no setor de energia. Em parceria com um especialista da Dräger, será analisado o panorama estatístico, os padrões internacionais e o envolvimento essencial de fabricantes, projetistas, engenheiros e órgãos reguladores para manter os padrões de segurança. Os tópicos principais do webinar incluem: Insights sobre protocolos de segurança e conformidade, análise de bancos de dados de incidentes e estatísticas do setor, distinção entre padrões "deveria" versus "deveria": implicações e aplicabilidade, exploração detalhada dos códigos internacionais de incêndio, como NFPA, ISO e outros, perspectivas financeiras, equilíbrio entre medidas de segurança e custo-efetividade e estratégias colaborativas e abordagens com equipes internacionais para simplificar complexidades. (Webinarjam – dezembro de 2023)  
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Artigos e Estudos

Deloitte: Atualizando a economia do hidrogênio verde

O documento aborda as considerações jurídicas e financeiras para impulsionar a energia sustentável, com foco no papel do hidrogênio verde na descarbonização de setores desafiadores, como transporte pesado e processos industriais. Ele oferece uma análise do cenário do hidrogênio verde, abordando os quadros legislativos e políticos atuais e em desenvolvimento, questões financeiras e de viabilidade econômica. Além disso, o documento apresenta recomendações para avançar na cadeia de valor do hidrogênio verde, considerando desafios cruciais e áreas promissoras para oportunidades de desenvolvimento. O alinhamento da arquitetura política e regulamentar para uma economia de hidrogênio verde alinhada com os objetivos de Paris pode oferecer clareza e segurança jurídica crucial para o setor emergente do hidrogênio limpo. Isso cria um ambiente propício ao envolvimento de partes interessadas em toda a cadeia de valor. (Deloitte - 2023)  
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BNDES vai induzir industrialização ligada ao hidrogênio verde

Luciana Costa, economista e diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desde o início de 2023, lidera uma área crucial no banco para a descarbonização da economia brasileira. O BNDES, responsável por financiar projetos de energia no país por décadas, está agora focado no redesenho do setor para o futuro. Costa destaca que o banco tem uma extensa experiência de 15 anos no financiamento da transição energética, especialmente no ciclo de desenvolvimento de energias renováveis como eólica e solar. Atualmente, o BNDES está direcionando seu olhar para o futuro, explorando novas áreas como biocombustíveis e, principalmente, o hidrogênio verde. Ela deixou sua posição de presidente no banco francês Natixis no Brasil para integrar a equipe do BNDES. (Capital Reset – 27.12.2023)  
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Atualização de dezembro do Hydrogen Insights 2023

A atualização de dezembro do Hydrogen Insights 2023 é o mais recente relatório da parceria entre o Hydrogen Council e a McKinsey & Company. Este relatório oferece um panorama abrangente da economia global do hidrogênio, abordando a atual situação do setor e a implementação real do hidrogênio. Destaca-se também uma análise detalhada da evolução dos custos do hidrogênio renovável. O hidrogênio desempenha um papel essencial na descarbonização de setores desafiadores, permitindo o transporte eficiente de energia para regiões com recursos limitados e contribuindo para um sistema energético limpo e resiliente. Apesar de um cenário promissor com mais de 1.400 projetos anunciados globalmente, totalizando investimentos de 570 bilhões de dólares até 2030 e a produção planejada de 45 milhões de toneladas de hidrogênio limpo, há desafios significativos. A Europa lidera com 540 projetos, seguida pela América do Norte com 248. Apesar de um quarto dos projetos ter ultrapassado a fase de decisão final de investimento (FID), a indústria enfrenta aumentos de custos, incertezas regulatórias e maiores custos de financiamento. (Hydrogen Council – 12.12.2023)  
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IEEFA: Más notícias para o hidrogênio azul

O Departamento de Energia dos EUA está em negociações com diversas empresas para construir centros de hidrogênio dispendiosos, extraídos do gás natural (metano). Contudo, o último relatório do Instituto de Economia Energética e Análise Financeira (IEEFA) destaca a necessidade do DOE fazer questionamentos críticos antes de alocar mais fundos públicos para os projetos de "hidrogênio azul". O alerta do IEEFA enfatiza que investimentos públicos não devem ser direcionados a projetos com baixa viabilidade financeira, especialmente em um mercado fraco. O relatório do IEEFA em 2022 já indicava um futuro limitado para o hidrogênio, incluindo no transporte veicular, prevendo possíveis obsolescências dos centros de hidrogênio antes mesmo de serem lançados. Com o avanço rápido da tecnologia de baterias elétricas e seu crescimento constante no mercado, o panorama para o uso de hidrogênio no transporte veicular tornou-se ainda mais incerto. (Ieefa – 19.12.2023)
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Análise de risco da cadeia de abastecimento de hidrogênio verde: uma perspetiva dos setores europeus

O hidrogênio verde está recebendo grande atenção acadêmica, profissional e política devido à sua potencial utilização na descarbonização de setores desafiadores na Europa, embora sua cadeia de abastecimento ainda esteja em estágio inicial. Um recente estudo usando métodos Delphi e BWM identificou 43 fatores de risco em sete categorias principais na cadeia de abastecimento de hidrogênio verde. Investimento de capital elevado na produção, falta de capacidade para eletrolisadores e políticas insuficientes foram os principais riscos identificados. Estratégias de mitigação foram sugeridas para esses riscos, visando ajudar os governos e profissionais da União Europeia a implementar eficazmente iniciativas na cadeia de abastecimento de hidrogênio verde. A falta de políticas específicas e incentivos financeiros adequados, juntamente com um contexto regulatório limitado, foi identificada como uma barreira significativa para o avanço comercial do hidrogênio verde, apesar dos esforços recentes de pesquisa e desenvolvimento no campo. (Renewable and Sustainable Energy Reviews – 2023)  
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Efeitos da produção de hidrogênio verde no setor energético na Alemanha

O estudo abordou os efeitos das opções de produção e armazenamento de hidrogênio verde no setor energético alemão, constatando que sua geração geralmente aumenta os custos do sistema energético em todos os cenários modelados. Embora o armazenamento de hidrogênio em cavernas ofereça flexibilidade temporal valiosa, os custos adicionais de transporte podem reduzir esses benefícios, especialmente se as cavernas estiverem distantes da demanda de hidrogênio. A produção de hidrogênio verde pode exigir capacidade renovável adicional, resultando em uma necessidade extra de flexibilidade que pode superar os benefícios que o setor de hidrogênio pode proporcionar. Além disso, os custos adicionais do sistema de hidrogênio foram considerados superiores aos custos médios de fornecimento de hidrogênio, indicando que os produtores de hidrogênio podem não arcar com todos os custos que causam no setor energético. O estudo também identificou possíveis efeitos distributivos, uma vez que os produtores de hidrogênio podem lucrar com preços mais baixos da eletricidade, afetando outros consumidores. As implicações políticas destacam a necessidade de uma expansão rápida das energias renováveis, suporte à flexibilidade das cadeias de abastecimento de hidrogênio e consideração dos efeitos distributivos na produção de hidrogênio sobre outros consumidores de eletricidade. (Energy Policy – 2023)   
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IEA: The Role of E-fuels in Decarbonising Transport

A rápida implantação de combustíveis com baixas emissões durante esta década será crucial para acelerar a descarbonização do setor dos transportes. Para os veículos leves estão disponíveis oportunidades significativas de eletrificação, mas os setores da aviação e marítimo ainda dependem de soluções baseadas em combustíveis para a sua descarbonização. Os combustíveis obtidos a partir do hidrogênio eletrolítico, ou e-combustíveis, poderiam ser um caminho viável para descarbonizar esses segmentos. Além disso, segundo a IEA, os e-combustíveis podem aumentar rapidamente até 2030, sustentados por uma expansão maciça de eletricidade renovável mais barata e por reduções previstas de custos dos eletrolisadores. Os e-combustíveis de baixas emissões podem contribuir para a diversificação das opções de descarbonização disponíveis para a aviação e o transporte marítimo e existe uma grande sinergia potencial com a produção de biocombustíveis, especialmente sob a forma de utilização biogênica de CO2. Este novo relatório da AIE apresenta uma avaliação técnico-econômica das tecnologias emergentes de e-combustível. Avalia as implicações, em termos de reduções de custos necessárias, recursos e investimentos em infra-estruturas, de um objectivo ambicioso assumido de alcançar uma quota de 10% de e-combustíveis na aviação e no transporte marítimo até 2030. (IEA - dezembro de 2023) 
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