Após negociações sobre uma proposta para reformar o mercado energético da UE, o acordo foi formalmente aprovado pelo Parlamento e pelo Conselho, com a introdução de ligações no texto. Nos próximos anos, será estabelecida a Estrutura de Supervisão para Operadores de Redes de Hidrogênio (ENNOH) para supervisionar esses operadores, separando-se do órgão da rede de gás ENTSOG. Especialistas recomendaram essa separação para evitar distorções no mercado. A ENNOH começará a trabalhar num plano decenal de desenvolvimento do hidrogênio em 2026, em colaboração com os operadores de redes existentes de gás e eletricidade. A partir de 2027, espera-se que empresas de gás convertam alguns gasodutos em infraestruturas ENNOH, adaptáveis para transportar hidrogênio, e a partir de 2028, a ENNOH operará de forma independente. (Hydrogen Central – 11.12.2023)  

O acordo reforça o planejamento a longo prazo das infraestruturas para um setor de gás descarbonizado na Europa, exigindo que os planos de desenvolvimento da rede nacional considerem cenários conjuntos para eletricidade, gás e hidrogênio. Os operadores de redes de hidrogênio e gás devem fornecer informações sobre infraestruturas desativadas ou reaproveitadas, enquanto os planos de desenvolvimento específicos para redes de hidrogênio garantem uma construção realista do sistema baseada na projeção da procura. Este acordo também permite o uso de gases renováveis e de baixo carbono na UE, facilitando sua conexão à rede existente e oferecendo descontos nas tarifas transfronteiriças. Introduz um sistema de certificação para esses gases, garantindo equidade competitiva e consistência na avaliação das emissões de gases com efeito de estufa. Além disso, estabelece um desenho de mercado para o hidrogênio na Europa, com fases de implementação distintas antes e depois de 2033, incluindo uma estrutura de governação sob a forma da ENNOH para promover infraestrutura dedicada ao hidrogênio. (Hydrogen Central – 11.12.2023)  

A Comissão Europeia, o Conselho de Ministros e o Parlamento Europeu alcançaram um acordo final sobre o pacote de hidrogênio e gás descarbonizado, composto por um regulamento e uma diretiva. Essas legislações moldarão o mercado de transmissão, distribuição e armazenamento de hidrogênio na União Europeia. A Hydrogen Europe expressa decepção com a decisão de adiar a publicação do Ato Delegado que define o hidrogênio com baixo teor de carbono por 12 meses, em vez dos seis inicialmente previstos após a entrada em vigor do pacote. Isso é considerado crucial para o setor, que busca clareza para atingir as metas do programa Fit for 55. O pacote agora aguarda um acordo final sobre a reforma do mercado de eletricidade antes de ser finalizado e, em seguida, os textos serão formalmente aprovados pelo Conselho e pelo Parlamento antes de entrarem em vigor. Este acordo é um marco significativo para o desenvolvimento do setor, e a Hydrogen Europe está comprometida em colaborar com seus membros para avançar do conceito para a implementação. (Hydrogen Central – 11.12.2023)  

A Bulgária está buscando integrar-se entre os 20 países do mundo com um vale de hidrogênio funcional, revelou o ministro. Este projeto receberá um financiamento de 8,2 milhões de euros, provenientes da União Europeia. Segundo o ministro, as tecnologias do hidrogênio desempenharão um papel crucial na descarbonização da economia búlgara. O ministério também divulgou um roteiro nacional para o hidrogênio, com foco nessa fonte de energia, que promete abrir novas oportunidades de negócios, economia e investimento inovador para o país. O conceito de vale do hidrogênio abrange toda a cadeia de valor, desde a produção até o armazenamento, distribuição e consumo do hidrogênio. Existem apoios estatais disponíveis para o hidrogênio verde, produzido por eletrólise utilizando energia renovável, e para o hidrogênio com baixo teor de carbono, que pode envolver o uso de energia nuclear. Entretanto, a tecnologia do hidrogênio ainda precisa percorrer um longo caminho para se tornar competitiva em relação ao hidrogênio produzido diretamente a partir de gás fóssil. Isso faz com que os investidores ainda dependam de subsídios substanciais na União Europeia para viabilizar financeiramente esses projetos. (Hydrogen Central – 09.12.2023)  

Uma Missão internacional sobre hidrogênio realizou audiência na Embaixada do Brasil em Portugal com o Ministro Olympio e sua equipe. A missão brasileira teve a participação do engenheiro Cayo Moraes (EDP Brasil), das pesquisadoras Luíza Masseno e Helga Miranda e do coordenador do Gesel-UFRJ Prof. Nivalde de Castro. O objetivo da reunião, realizada dia 13/12, foi apresentar uma visão do status dos projetos de H2V com destaque para a planta da EDP em Pecém e as perspectivas para o Brasil à luz das possibilidades de integração com Portugal e Espanha, onde a missão esteve em visitas técnicas na Iberdrola e Centro Nacional de H2 (CNH2) – instituição de pesquisa financiada pelo governo espanhol localizada em Ciudad Real. (GESEL-IE-UFRJ – 15.12.2023)   

A Floating Power Plant, uma empresa dinamarquesa pioneira em tecnologia de energia renovável, acaba de firmar um significativo acordo de subvenção no valor de 26 milhões de euros com o Fundo de Inovação da Comissão Europeia. A subvenção será destinada ao projeto e SEAWORTHY, cujo acrônimo significa “Sustainable dispatchable Energy enabled by wAve-Wind OffshoRe plaTforms with onboard HYdrogen”. O projeto integra recursos flutuantes de energia eólica e das ondas para gerar eletricidade, aproveitando o excedente de energia para produzir e armazenar hidrogênio. Este avanço marcante tem como objetivo principal impulsionar a obtenção de energia renovável despachável offshore, ao mesmo tempo em que contribui significativamente para a descarbonização de áreas onde é desafiador reduzir as emissões. (Hydrogen Central – 09.12.2023) 

A empresa norte-americana de resíduos para energia, GenHydro, iniciou um projeto-piloto de resíduos metálicos para hidrogênio e energia limpa em Lancaster, Pensilvânia. O projeto, localizado no BURLE Business Park, pretende demonstrar a tecnologia de waste-to-energy da GenHydro, fornecendo hidrogênio limpo e eletricidade renovável para as instalações comerciais e industriais do parque. O sistema de reator da GenHydro utiliza resíduos metálicos e uma reação exotérmica de oxidação e redução para produzir hidrogênio limpo e energia renovável. (H2 View - 12.12.2023) 

A Hy2Gen, empresa global de desenvolvimento de projetos de hidrogênio, adquiriu com sucesso a Kiwi AG, incluindo sua planta em Werlte, Alemanha, atualmente a maior do mundo para produção de e-Metano. Essa aquisição marca a entrada da Hy2Gen na produção de hidrogênio renovável e seus derivados. A Kiwi AG traz consigo uma década de experiência, sendo responsável por uma planta pioneira. A integração permitirá à Hy2Gen expandir sua presença no mercado de hidrogênio renovável e acessar uma linha de projetos com capacidade total de 300 MW para eletrólise e metanação. A produção de hidrogênio renovável e metanol renovável está prevista para começar em outra planta da Hy2Gen em Friesoythe no quarto trimestre de 2027, sob o projeto NAUTILUS. Ambos os locais na Baixa Saxônia são estratégicos devido à sua proximidade com portos do Mar do Norte, facilitando as vendas internacionais. (GreenCarCongress - 12.12.2023) 

A Everfuel firmou uma colaboração estratégica com a ITOCHU e a Osaka Gas para acelerar a produção de hidrogênio verde. A Nel ASA concordou em vender suas ações na Everfuel para a HyVC ApS, um consórcio japonês, que ajudará no avanço da produção de hidrogênio verde. A colaboração visa desenvolver e comercializar hidrogênio verde, inicialmente mirando nos países da Alemanha, Benelux e Nórdicos, antes de expandir para novos mercados. (Everfuel - 12.12.2023) 

A ADNOC (Abu Dhabi National Oil Company) e a SOCAR (State Oil Company of Azerbaijan Republic) assinaram um acordo de colaboração estratégica (SCA) para explorar o desenvolvimento de tecnologias de energia com baixa emissão de carbono. Este acordo visa avançar nas tecnologias de hidrogênio azul, gerenciamento de carbono e geotérmica para acelerar a descarbonização dos sistemas de energia nos Emirados Árabes Unidos, Azerbaijão e outros mercados-chave. Ambas as empresas se tornaram signatárias fundadoras da Oil and Gas Decarbonization Charter na COP28, comprometendo-se a eliminar a queima rotineira de gases e atingir zero emissões de metano até 2030, buscando a neutralidade de carbono até 2050. A ADNOC alocou inicialmente $15 bilhões para avançar em soluções de menor emissão de carbono e novas energias, reduzindo sua intensidade de carbono em 25% até 2030 e visando a neutralidade de carbono até 2045. O acordo busca explorar oportunidades para apoiar as ambições de neutralidade de carbono por meio da colaboração em tecnologias sustentáveis. (ADNOC - 07.12.2023) 

A Masdar, uma das empresas de energia limpa de crescimento mais rápido no mundo, assinou um acordo de desenvolvimento não vinculativo (Heads of Terms - HoT) com a OMV, uma empresa integrada de energia, combustíveis, matéria-prima, produtos químicos e materiais, para explorar a produção de hidrogênio verde para a descarbonização de processos industriais nas refinarias da OMV. O acordo HoT forma a base para um acordo conjunto para desenvolver uma planta de eletrólise em larga escala, alimentada por energia renovável. As empresas planejam colaborar no desenvolvimento do projeto e tomar uma decisão final de investimento no segundo semestre de 2024. O acordo foi assinado na conferência climática da ONU, COP28, em Dubai, e segue um Memorando de Entendimento (MoU) assinado anteriormente este ano em Abu Dhabi. O objetivo é construir uma cadeia robusta de hidrogênio e apoiar a meta contínua da Masdar de produzir 1 milhão de toneladas de hidrogênio verde por ano globalmente até 2030. A OMV tem o objetivo de se tornar neutra em carbono até 2050, com o uso e produção de hidrogênio verde sendo uma parte central dessa estratégia. (Masdar - 09.12.2023) 

A Unigel, enfrentando dificuldades financeiras e tentando renegociar uma dívida de R$ 3,7 bilhões, solicitou um procedimento de mediação com seus credores e a suspensão da execução de dívidas por até 60 dias. A empresa detalhou suas adversidades, incluindo o aumento dos custos do gás natural e a queda dos preços de químicos e fertilizantes, e mencionou credores importantes como Morgan Stanley, Goldman Sachs, detentores de bônus e debenturistas, além de Shell e Petrobras. Apesar da pressão dos debenturistas, que declararam o vencimento antecipado de títulos por não terem acesso às demonstrações financeiras da Unigel, a empresa permanece otimista quanto à continuidade das negociações e busca um sócio para um projeto de hidrogênio verde. A Unigel também vendeu uma operação no México para reforçar o caixa e continua as negociações com a Petrobras para a produção de fertilizantes nitrogenados. A decisão dos debenturistas de iniciar a execução da dívida foi motivada pela ausência de uma nova proposta de reestruturação por parte da Unigel, apesar de uma proposta anterior que estendia o prazo de vencimento para 2029 e eliminava a exigência de aporte de capital do controlador. (Valor Econômico - 12.12.2023) 

O acordo tem como objetivo impulsionar o crescimento global do ecossistema de hidrogênio e enfrentar ativamente as mudanças climáticas, compartilhando com a comunidade internacional os avanços realizados na Coreia. A Hyundai Motor e seus parceiros coreanos oferecerão estudos de caso e orientação sobre projetos de hidrogênio, com a Global Green Growth Institute (GGGI) produzindo um relatório de avaliação baseado nesses estudos para disseminação global. A Hyundai Motor lidera com seu processo 'Waste-to-Hydrogen', expandindo sua aplicação globalmente, o qual produz hidrogênio limpo a partir de biogás de resíduos orgânicos como resíduos alimentares, lamas de esgoto e esterco animal. Este método não só produz uma fonte de energia ecologicamente correta, mas também reduz o metano, um dos principais contribuintes para as mudanças climáticas. As instalações sul-coreanas transformam resíduos em hidrogênio diariamente, contribuindo para uma abordagem neutra em carbono por meio de energias renováveis. (HydrogenCentral – 11.12.2023)  

Empresas e portos belgas e do Texas assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para explorar uma coalizão de "importação-exportação" de moléculas renováveis e com baixo teor de carbono, juntamente com um corredor de transporte verde. Este MoU tem como objetivo fortalecer a parceria entre as duas regiões, com foco na facilitação do transporte de hidrogênio limpo dos Estados Unidos para a Europa até 2026. (H2 View - 12.12.2023) 

Os projetos de infraestrutura de hidrogênio da Gasgrid Finland, incluindo Nordic Hydrogen Route, Nordic-Baltic Hydrogen Corridor e Baltic Sea Hydrogen Collector, foram incluídos na lista de Projetos de Interesse Comum (PCI) da União Europeia (UE) pela Comissão Europeia. Essa inclusão reconhece a importância desses projetos para alcançar os objetivos da política energética europeia. Os projetos envolvem o desenvolvimento de infraestrutura de hidrogênio na região do Mar Báltico e podem se beneficiar de financiamento da UE e procedimentos acelerados de concessão de licenças. A Gasgrid Finland está envolvida em três projetos específicos que exploram infraestrutura de hidrogênio em toda a região do Báltico, contribuindo assim para a transição para uma economia de hidrogênio. (GasGrid - 07.12.2023) 

A Vallourec apresentou uma solução inovadora para o armazenamento de hidrogênio, chamada Delphy, durante a COP 28. Este sistema vertical de armazenamento de gás comprimido demonstra eficiência e segurança para grandes volumes de hidrogênio, sendo modular e facilmente integrado a ambientes industriais desafiadores. Único em sua abordagem, o Delphy é um marco na transição energética, representando um passo importante para a Vallourec se tornar uma peça fundamental na cadeia de valor do hidrogênio. Com capacidade para armazenar até 100 toneladas de hidrogênio, essa solução subterrânea promete atender às necessidades de produtores de hidrogênio verde, usuários industriais e mobilidade pesada, oferecendo segurança e eficiência ótimas. (H2 View - 09.12.2023) 

A Voith Composites alcançou um marco significativo ao obter a certificação para o tanque de hidrogênio de 700 bar e 350 litros, em conformidade com a regulamentação UNECE R 134 da Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa. Este tanque, denominado Carbon4Tank, está agora aprovado para uso em veículos rodoviários na Europa. Com dimensões sem precedentes, o Carbon4Tank é adequado para veículos pesados, oferecendo uma solução segura e eficiente para armazenamento de hidrogênio em larga escala. Essa conquista representa um avanço significativo para impulsionar o mercado de transporte de mercadorias pesadas sem emissões, contribuindo para a transição para uma economia de hidrogênio e a descarbonização do setor de transporte. (Voith - 12.12.2023) 

A Corinth Pipeworks, segmento de tubos de aço da Cenergy Holdings, foi premiada com um contrato no valor de mais de EUR 27 milhões pela DESFA, Operadora do Sistema de Transmissão de Gás Helênico, para fabricar e fornecer aproximadamente 56 km de tubos de aço soldados longitudinalmente de 30 polegadas (LSAW) para o desenvolvimento da parte grega do Interconector de Gás Natural entre Grécia e Macedônia do Norte (IGNM). Este projeto, que será o segundo gasoduto na Grécia capaz de transferir até 100% de hidrogênio, fortalecerá o papel da Grécia como um hub de energia e contribuirá para a transição energética na região do sudeste da Europa. O gasoduto será certificado para transportar hidrogênio, facilitando o crescimento de um mercado regional de hidrogênio. A implementação desses investimentos chave permitirá a transmissão de gases renováveis, impulsionando a transição energética na Grécia e na região. (Cenergy - 07.12.2023) 

Hong Kong inaugurou sua primeira estação de abastecimento de hidrogênio no depósito de West Kowloon, com capacidade para 500 kg por dia. A Templewater começou a se envolver com o hidrogênio após adquirir a Bravo Transport, a maior operadora de ônibus da Ilha de Hong Kong, e está trabalhando para descarbonizar sua frota de mais de 1.700 ônibus de dois andares. O primeiro ônibus de dois andares a hidrogênio do mundo foi especialmente projetado e construído para Hong Kong por um consórcio de especialistas liderado pela Bravo Transport e pela Wisdom Motor, uma designer e fabricante de veículos comerciais sediada em Fujian. (FuelsCellsWorks - 12.12.2023) 

A GreenH Electrolysis, uma joint venture entre a H2B2 Electrolysis Technologies e o GR Promoter Group, concordou em desenvolver uma estação de produção de hidrogênio e abastecimento para apoiar o "primeiro" trem a hidrogênio da Índia. Sob a iniciativa "Hydrogen fer Heritage" da Indian Railways, a Medha Servo Drives recebeu um contrato para um projeto piloto de conversão de um conjunto múltiplo diesel-elétrico, na seção Sonipat-Jind, para hidrogênio. A GreenH fornecerá o equipamento necessário, incluindo um eletrólito PEM de 1 MW, de sua recém-construída fábrica de eletrólitos PEM no distrito de Jhajjar, Haryana. A estação de produção de hidrogênio e abastecimento será uma solução completa, oferecendo suporte total ao usuário final por meio de um acordo de serviço de longo prazo para operação e manutenção. (Hydrogen Industry Leaders - 10.12.2023) 

A Toyota Motor Europe (TME) anunciou a criação da Hydrogen Factory Europe, uma operação local focada na comercialização de tecnologia e sistemas de hidrogênio na Europa. A fábrica será responsável pelo desenvolvimento, produção, venda e pós-venda de sistemas de células a combustível. A iniciativa faz parte da estratégia da Toyota de atingir a neutralidade de carbono na Europa até 2040. A Hydrogen Factory espera impulsionar a produção de sistemas de células a combustível e estabelecer parcerias comerciais para atender à crescente demanda por tecnologia de hidrogênio na região. A Toyota prevê que a Europa se torne um dos maiores mercados de células a combustível de hidrogênio do mundo até 2030. A empresa também está expandindo sua abordagem para veículos de transporte pesado movidos a hidrogênio, incluindo caminhões e aplicações marítimas (Toyota Europe Newsroom - 07.12.2023) 

A Vale inaugurou em Vitória a primeira fábrica de briquete do mundo, com demanda já garantida por mais de um ano por clientes, principalmente da Europa e Oriente Médio. A produção das duas plantas em Tubarão, que começou com testes em agosto, é esperada para alcançar 6 milhões de toneladas anuais, após um investimento de R$1,2 bilhão e geração de 2.300 empregos. O briquete, que pode reduzir as emissões de GEE em até 10% no alto-forno, é parte de uma estratégia para a produção de aço com zero emissão no futuro, utilizando hidrogênio verde. A Vale enfatiza seu papel no combate à mudança climática e na neoindustrialização do Brasil, baseada em baixo carbono. O briquete é produzido com tecnologia que confere alta resistência mecânica e menor emissão de gases, sem uso de água. A empresa também está desenvolvendo uma versão para a rota de redução direta, considerada mais limpa que a do alto-forno. (Valor Econômico - 12.12.2023). 

Um relatório do Opergy Group destaca a proposta de estabelecer um centro de inovação multimilionário em Harwich, visando impulsionar a cidade para se tornar líder nacional em energia limpa. Encomendado pelo Conselho Distrital de Tendring, em parceria com a Universidade de Essex e Freeport East, o documento identifica Harwich como um local ideal para reunir empresas e organizações envolvidas em energia limpa, com foco no crescimento econômico da região. Com uma base sólida em energia eólica offshore e negócios relacionados à energia limpa, o plano inclui a construção de um novo edifício especializado, estimado em mais de £ 10 milhões. Este centro, denominado Centro de Energia Verde, localizado em Bathside Bay, visa capitalizar o potencial de crescimento em setores como o hidrogênio verde para transporte local. O relatório delineia um plano estratégico para fortalecer a inovação e a pesquisa na área, culminando no desenvolvimento do novo edifício, potencialmente transformador devido à posição estratégica de Harwich em Freeport East. (HydrogenCentral – 12.12.2023)  

O gerador portátil de célula a combustível da Denyo está no cerne da transformação da sustentabilidade em Singapura, impulsionando os esforços do país em direção a um sistema energético com baixo teor de carbono. Sua versatilidade o torna ideal para o uso de hidrogênio renovável, oferecendo uma fonte de energia limpa, eficiente e altamente portátil em comparação às opções tradicionais a gasolina ou diesel. Este gerador de célula a combustível movido a hidrogênio é capaz de alimentar locais de trabalho, festivais ao ar livre e fornecer suporte em situações de emergência, assegurando uma pegada ecológica mais amena, alinhada à visão de um futuro sustentável para Singapura. Além disso, as colaborações internacionais de Singapura, como aquelas com o Japão para tecnologias de baixas emissões, ressaltam a relevância global das soluções de células a combustível, em sintonia com o compromisso global da Denyo com a sustentabilidade ambiental. O avanço da Denyo em energia portátil se materializa através de seu gerador portátil de célula a combustível, semelhante aos geradores tradicionais baseados em motor em termos de portabilidade e utilidade. Esta inovação permite o fornecimento de energia em vários locais, incluindo ambientes de engenharia civil e construção. (Hydrogen Central – 09.12.2023)  

Entre os dias 4 a 8 de dezembro, a pesquisadora do GESEL Luiza Masseno participou da “Imersão em Hidrogênio Verde”, promovida pela Câmara de Comércio Brasil-Alemanha (AHK São Paulo) na Alemanha, no Estado da Baviera. A imersão, que faz parte da pesquisa internacional no âmbito do GESEL, incluiu visitas técnicas em empresas e instituições de pesquisa envolvidas em diferentes elos da cadeia de produção do hidrogênio verde, além da participação no evento Hydrogen Dialogue e na dinâmica de matchmaking. As visitas técnicas incluíram: Fraunhoufer UMSICHT, HyPerformer, Energie Campus, Hydrogenious, MR, Proton Motor e MAN. (GESEL-IE-UFRJ – 15.12.2023)  

Segundo a IRENA, espera-se que o hidrogênio e seus derivados satisfaçam 14% da demanda global de energia até 2050, exigindo um aumento de mais de cinco vezes na produção. A expansão do hidrogênio verde exigirá uma grande implantação de energia renovável e eletrolisadores, impactando significativamente o comércio internacional de hidrogênio renovável, produtos relacionados e serviços ao longo da cadeia de valor. A publicação conjunta da IRENA e OMC explora como políticas comerciais podem apoiar esse desenvolvimento, mapeando desafios comerciais na cadeia de abastecimento, avaliando cenários de comércio global e oferecendo recomendações para ampliar os mercados relacionados ao hidrogênio verde. (IRENA - dezembro, 2023) 

O hidrogênio limpo está se tornando crucial para reduzir emissões em setores difíceis de descarbonizar, como siderurgia e indústria química. A compreensão da pegada hídrica do hidrogênio é cada vez mais importante, especialmente em regiões com escassez de água. Um relatório da IRENA e Bluerisk analisa as implicações hídricas da indústria global do hidrogênio. O documento detalha as intensidades de retirada e consumo de água em vários métodos de produção de hidrogênio, com o hidrogênio verde se destacando como a tecnologia mais eficiente em termos de água. Baseado em entrevistas com especialistas e análises extensivas, o relatório prevê um aumento na produção global de hidrogênio e destaca a importância de considerar a água no planejamento energético. Destaca-se a necessidade de considerar cuidadosamente o uso da água na produção de hidrogênio em regiões com escassez hídrica, visando um desenvolvimento sustentável e resiliente nos setores de energia e água. O relatório oferece recomendações para orientar políticas e práticas industriais visando eficiência hídrica, equilibrando as necessidades energéticas com a conservação dos recursos hídricos. (IRENA - dezembro, 2023) 

Espera-se que o hidrogênio com baixo teor de carbono desempenhe um papel fundamental na concretização dos planos de desenvolvimento sustentável. No entanto, existe uma lacuna entre o custo de produção de hidrogênio com baixo teor de carbono e a disponibilidade dos seus potenciais utilizadores para pagar por esse hidrogênio. Para implementar o apoio ao desenvolvimento da indústria, propomos a utilização de acordos de longo prazo sobre hidrogênio com baixo teor de carbono, atribuídos através de mecanismos de leilão. São contratos entre produtores e consumidores que especificam o preço de produção e o preço que os consumidores estão dispostos a pagar (o preço de referência). O preço de referência está indexado aos índices internacionais do gás natural, principal produto que o hidrogênio de baixo carbono pretende substituir por um preço de mercado internacional. Assim, o preço de referência é definido pelo índice do gás natural acrescido de um prêmio, representando o preço extra que os consumidores estão dispostos a pagar pelos combustíveis de baixo carbono. A diferença entre os dois preços é coberta através de fundos de políticas públicas. O ágio e o custo de produção são definidos através de leilão bilateral. Isto visa minimizar os fundos de políticas públicas necessários para incentivar o mercado de hidrogênio com baixo teor de carbono, facilitando ao mesmo tempo acordos de longo prazo e mitigando os riscos de preços que podem dificultar o investimento (Chaire Gouvernance Et Régulation - Dezembro de 2023).