A comissão especial da Câmara dos Deputados sobre transição energética adiou a votação do relatório do deputado Bacelar (PV/BA) sobre o marco legal do hidrogênio de baixo carbono para o final de novembro. O relator está analisando novas sugestões do governo federal e considerando possíveis alterações na última versão do texto, após receber 241 contribuições por meio de consulta pública. O relatório propõe a criação da Política Nacional do Hidrogênio de Baixo Carbono e um regime especial de incentivos fiscais chamado Rehidro, visando fornecer segurança jurídica para a produção e uso de hidrogênio na matriz energética brasileira. A comissão também aprovou seis requerimentos para audiências públicas conjuntas com a Comissão de Minas e Energia, abordando temas como biometano, novos combustíveis marítimos, descarbonização do transporte de cargas, etanol de segunda geração e metodologia de análise do ciclo de vida dos combustíveis. (EPBR – 09.11.2023)

O Ministério de Minas e Energia (MME) apresentou a proposta de Projeto de Lei do Governo Federal para o marco legal do hidrogênio no Brasil ao Grupo de Trabalho de Transição Energética do Conselho Econômico Social Sustentável (CDESS), popularmente conhecido como "Conselhão". O texto é resultado das discussões realizadas pelo Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio (Coges-PNH2) ao longo dos últimos dois meses. Com foco na regulamentação do processo de certificação do hidrogênio, a minuta proposta pelo Coges-PNH2 propõe a criação do Sistema Brasileiro de Certificação de Hidrogênio (SBCH2) e estabelece a estrutura, a governança e as competências dos órgãos que farão parte desse sistema. Além disso, o texto também estabelece diretrizes para a exploração e produção do hidrogênio natural (também conhecido como geológico) em território nacional. O MME receberá as contribuições à proposta até o dia 17 de novembro pelo e-mail pnh2@mme.gov.br. (MME - 07.11.2023) 

A planta de produção de hidrogênio renovável instalada na hidrelétrica de Itumbiara (MG/GO) recebeu a certificação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O projeto-piloto de Itumbiara é voltado para estudos de desenvolvimento de soluções de descarbonização em vários setores. A produção acumulada desde o comissionamento da planta, em 2021, ultrapassa 3 toneladas de H2V, com capacidade de produção de cerca de 100 kg/dia. A certificação da CCEE comprova a utilização de energia hídrica e fotovoltaica para a eletrólise. Parte da energia consumida na produção é oriunda da central fotovoltaica de 800 kWp instalada ao lado do sistema e outra parte é proveniente da própria hidrelétrica. O caráter híbrido e a combinação dessas duas fontes limpas são tidos pela Eletrobras como os pontos fortes do projeto, que enfatizam a empresa como um dos principais players do mercado de produção de H2V. (CanalEnergia – 08.11.2023) 

O governo Lula finalizou a proposta para o marco legal da exploração de hidrogênio de baixo carbono, optando por usar debêntures incentivadas e o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi) para financiar os projetos, mas adiando incentivos tributários e regulatórios mais robustos. A minuta do projeto de lei, que inclui regras para a precificação do carbono, instalação de infraestruturas, certificação e taxonomia, foi enviada à comissão da Câmara dos Deputados e será apresentada à sociedade civil. A criação de novos incentivos, focados no desenvolvimento de conteúdo local, indústria nacional e mecanismos de exportação de valor agregado, será tratada posteriormente. (Valor Econômico - 07.11.2023).

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) lançaram oficialmente a Estratégia Nacional de Hidrogênio, revelada em julho, com o objetivo de alcançar uma capacidade de produção local de 1,4 Mtpa de hidrogênio com baixo teor de carbono até 2031, 7,5 Mtpa até 2040 e 15 Mtpa até 2050. Desenvolvida em colaboração com a consultoria australiana GHD e a Fraunhofer CINES, uma organização de investigação alemã, a estratégia visa criar "dois oásis de hidrogênio" dentro de oito anos e cinco até 2050. Os EAU buscam liderar globalmente os esforços de descarbonização, com o hidrogênio desempenhando um papel fundamental. A estratégia contribuirá para a redução das emissões em setores desafiadores, como transporte, produtos químicos e metais. O lançamento ocorre em meio ao compromisso dos EAU de triplicar sua capacidade de energia renovável até 2030. Para acessar a estratégia na íntegra, clique aqui (H2 View - 08.11.2023) 

Os primeiros-ministros da Colúmbia Britânica e Newfoundland e Labrador, David Eby e Andrew Furey, respectivamente, assinaram um compromisso de cooperação em energia verde. O acordo de três anos inclui compartilhamento de informações para impulsionar projetos, acelerar o desenvolvimento de hidrogênio e energia eólica, e colaborar com o governo federal para estimular investimentos privados. Eby destacou que a Colúmbia Britânica pode aprender com Newfoundland e Labrador no desenvolvimento de projetos de hidrogênio. A Colúmbia Britânica está avançando na produção de hidrogênio com o objetivo de ingressar nos mercados de exportação da Ásia e de outros lugares. Eby ressaltou o interesse mútuo em um setor crescente de hidrogênio e um futuro com baixas emissões de carbono. (HydrogenCentral – 09.11.2023) 

O Japão e a Coreia do Sul estão prestes a anunciar uma colaboração mais estreita na construção de uma cadeia de abastecimento de hidrogênio e amônia. Os detalhes da parceria serão revelados numa cimeira do fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico nos EUA na próxima semana. Esta colaboração representa uma fase avançada na relação comercial em evolução entre os dois países, visando fortalecer a cooperação política com o desenvolvimento industrial e a segurança do hidrogênio. Ambos os países têm metas ambiciosas para o uso do hidrogênio em suas estratégias de energia limpa, com a Coreia do Sul visando 30.000 veículos comerciais a hidrogênio até 2030 e o Japão planejando investir 15 trilhões de ienes (106 bilhões de dólares) em hidrogênio nos próximos 15 anos. Um relatório do Conselho do Hidrogênio sugere que o Japão e a Coreia do Sul serão centros importantes de procura de hidrogênio até 2050, tornando-se dependentes de importações devido aos elevados custos de produção de hidrogênio com baixo teor de carbono. (H2 View – 10.11.2023) 

A Fuel Cell & Hydrogen Energy Association (FCHEA) dos EUA assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com o Ministério da Energia da Ucrânia para promover a energia do hidrogênio. O acordo visa facilitar o intercâmbio de melhores práticas, conhecimentos técnicos e experiências entre a indústria do hidrogênio dos EUA e a Ucrânia, promovendo também conexões entre legisladores e partes interessadas. O foco está no desenvolvimento sustentável do hidrogênio, visando a energia segura, prosperidade econômica e responsabilidade ambiental. A Ucrânia, que possui um extenso sistema de transporte de gás, está considerando exportar até 15 GW de geração renovável para países europeus, seja por hidrogênio verde ou eletricidade. (H2 View – 10.11.2023) 

O Governo Liberal de Rockliff está proporcionando oportunidades para o desenvolvimento futuro da água com o início do debate sobre o Projeto de Lei das Emendas Diversas da Água (Delegação e Abastecimento Industrial de Água) de 2023. As emendas ao projeto de lei têm dois objetivos principais: permitir que a Tasmanian Irrigation forneça água bruta em grande quantidade para a produção de hidrogênio e facilitar a gestão comunitária de esquemas de irrigação. O foco principal é envolver as comunidades locais na operação e gestão de esquemas de irrigação de propriedade pública, quando apropriado e viável. A mudança também visa apoiar o fornecimento de água para a produção de hidrogênio verde, alinhado ao ambicioso Plano de Ação de Hidrogênio Renovável da Tasmânia. As alterações permitirão que a Tasmanian Irrigation celebre contratos para o fornecimento de água para uso industrial na produção de hidrogênio verde, impulsionando a transformação da Tasmânia em um exportador global significativo de hidrogênio verde a partir de 2030. 

A Phelan Green Energy está empenhada em construir uma Usina de Hidrogênio Verde na África do Sul, utilizando fontes de energia renovável, como solar e eólica. A África do Sul, com seus vastos recursos naturais e condições climáticas favoráveis, oferece um local ideal para esse projeto. Além de reduzir a pegada de carbono do país, o projeto impulsionará o crescimento econômico, criando empregos e estimulando a inovação. A Phelan Green Energy está comprometida em colaborar com partes interessadas locais para garantir o sucesso do projeto, desde estudos de viabilidade até a produção comercial. (Hydrogen Central - 03.11.2023) 

A Wales & West Utilities está desenvolvendo uma técnica inovadora para produzir hidrogênio com baixo teor de carbono usando águas residuais não purificadas de processos industriais ou precipitação. Este projeto, financiado pelo Fundo de Inovação Estratégica da Ofgem, visa produzir três protótipos de eletrolisadores sem membrana, permitindo a utilização de águas residuais como matéria-prima em vez de água altamente purificada. A parceria com a HydroStar visa reduzir custos, remover metais raros e utilizar um eletrólito verde e não corrosivo. O objetivo é desenvolver produtos fabricados em escala e com custos reduzidos para diversas aplicações, tornando o hidrogênio verde mais acessível e sustentável. O projeto também busca estratégias de injeção inteligentes para beneficiar usuários sensíveis, reduzir restrições operacionais e aumentar a resiliência na transição para emissões líquidas zero. (HydrogenCentral - 09.11.2023) 

A Ark Energy deu início à construção do SunHQ Hydrogen Hub, seu primeiro projeto de hidrogênio verde. Localizado em Townsville, Austrália, o SunHQ contará com um eletrolisador de membrana de troca de prótons (PEM) de 1 MW, produzindo hidrogênio verde a partir de uma conexão behind-the-meter com a Sun Metals Solar Farm de 124 MW. Com uma capacidade de produção de 155 toneladas de hidrogênio verde por ano, o SunHQ será uma das maiores instalações totalmente integradas de produção e abastecimento de hidrogênio verde na Austrália. O projeto, apoiado pelo governo de Queensland e agências de energia renovável, contribuirá significativamente para a descarbonização do setor de transporte ultra-pesado na Austrália, substituindo caminhões a diesel e evitando 1.300 toneladas de emissões de CO2 anualmente. O início da produção de hidrogênio verde está previsto para o final do primeiro trimestre de 2024, com os primeiros caminhões de células a combustível elétricas esperados até o final do segundo trimestre de 2024. (PV Magazine Australia - 03.11.2023) 

A Zona Econômica do Canal de Suez, no Egito, firmou um acordo de 15,6 bilhões de dólares com empresas chinesas para impulsionar iniciativas de produção de combustíveis verdes. Estes acordos deverão criar cerca de 9 mil empregos e abranger 11 projetos. O acordo faz parte dos esforços do Egito para estabelecer parcerias internacionais na produção de hidrogênio verde e derivados na Zona do Canal de Suez. Nos anos fiscais de 2022 e 2023, os portos associados à zona assinaram sete acordos no valor de 1,34 bilhões de dólares. A China, como terceiro maior parceiro comercial do Egito, está envolvida neste acordo. A Zona do Canal de Suez visa aumentar a sua liquidez em dólares americanos para 191 bilhões de dólares até 2026, com receitas recorde de 196 milhões de dólares nos anos fiscais de 2022 e 2023. (HydrogenCentral – 09.11.2023) 

A H2B2 Electrolysis Technologies apresentou a SoHyCal, a maior planta de hidrogênio verde operacional na América do Norte. Localizada na Califórnia, a instalação usa tecnologia de eletrólise PEM e energia renovável, podendo produzir até três toneladas diárias de hidrogênio limpo. Financiada em parte por um subsídio de $3,96 milhões da Comissão de Energia da Califórnia, a SoHyCal já está operando em sua primeira fase, abastecendo postos de hidrogênio na região. A segunda fase, prevista para 2024, ampliará a capacidade para três toneladas por dia, impulsionando a transição para uma energia mais limpa no setor de transporte. (H2B2 - 03.11.2023) 

A Associated British Ports (ABP), principal empresa portuária do Reino Unido, e a Hynamics, subsidiária do Grupo EDF, anunciaram uma parceria ambiciosa para avaliar o desenvolvimento de produção e distribuição de hidrogênio de baixo carbono no Porto de Barry. O Memorando de Entendimento (MoU) assinado visa realizar um estudo de viabilidade para explorar o uso de hidrogênio de baixo carbono na descarbonização de processos industriais locais. O estudo investigará a substituição do gás natural por hidrogênio de baixo carbono em processos industriais e explorará alternativas de uso em setores como operações portuárias e transporte. O projeto busca não apenas a descarbonização das indústrias existentes, mas também atrair investimentos e criar empregos em novas indústrias na região, alinhado à visão do South Wales Industrial Cluster. (Hydrogen Central - 01.11.2023) 

O empresário australiano Andrew Forrest, presidente da Fortescue, uma das maiores mineradoras do mundo, com sede na Austrália, anunciou investimentos de US$ 5 bilhões em um projeto voltado para a produção de hidrogênio verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará. Forrest foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. O governador do Ceará, Elmano de Freitas, participou do encontro. O projeto tem potencial para produzir 837 toneladas de hidrogênio verde por dia, com o uso de 2.100 MW de energia renovável. Segundo informações do governo federal, a iniciativa tem estimativa de gerar cerca de cinco mil empregos na fase de construção. Forrest tem investido em outras quatro plantas de hidrogênio em outras regiões do planeta. No último mês de outubro, o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) aprovou o Estudo de Impacto Ambiental apresentado pela Fortescue para implantação da planta de hidrogênio verde e autorizou a emissão, por parte da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), da licença prévia. A empresa foi a primeira a chegar nessa fase. (O Estadão - 09.11.2023) 

A Plagazi anunciou a assinatura de uma Carta de Intenções (LOI) com a Litra Gas para estabelecer um acordo comercial visando o transporte de hidrogênio para diversos locais industriais e clientes. A LOI reflete o compromisso de ambas as empresas em reduzir emissões e promover a produção de volumes significativos de energia sustentável, como o hidrogênio. A Litra planeja operar uma infraestrutura de transporte para entregas de gás de hidrogênio comprimido, contribuindo assim para a redução de gases de efeito estufa. A parceria visa construir uma infraestrutura significativa para o transporte de hidrogênio em larga escala na Suécia, promovendo a circularidade e neutralidade de carbono. (Plagazi 01.11.2023) 

A Tubacex integra um consórcio de empresas beneficiadas pelo projeto H2SALT na cadeia de valor do hidrogênio. Este projeto, alinhado à estratégia de descarbonização, tem como objetivo desenvolver um sistema integrado de gestão para o armazenamento de hidrogênio em cavernas de sal, contribuindo para o ambicioso plano europeu de corredor de hidrogênio proposto pela Espanha. Em parceria com empresas renomadas e associações do setor, a Tubacex busca liderar a tecnologia de armazenamento de hidrogênio. Apesar dos desafios no desenvolvimento limitado da tecnologia, o H2SALT visa oferecer soluções seguras, eficientes e economicamente viáveis. Com o apoio do consórcio, a Tubacex confia que o H2SALT será um marco na indústria do hidrogênio, evidenciando seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação. (Tubacex - 01.11.2023) 

Os Países Baixos deram início à construção de um gasoduto de hidrogênio com 1.200 km de extensão para reduzir a dependência da Europa do gás natural. O primeiro trecho ligará o Maasvlakte a uma refinaria de gás em Pernis, operada pela gigante petroquímica Shell. O projeto, parte da iniciativa europeia Hydrogen Backbone, visa construir uma rede de 28.000 km de gasodutos dedicados ao hidrogênio até 2030. Os Países Baixos lideram a implementação desse projeto, crucial para o mix energético futuro da União Europeia, que planeja produzir e importar 20 milhões de toneladas de hidrogênio renovável por ano até 2030. O hidrogênio verde, produzido por meio da eletrólise com energia renovável, surge como uma solução promissora para descarbonizar setores difíceis de eletrificar, como a indústria pesada e o transporte. Apesar dos avanços na infraestrutura de transporte, o sucesso depende da produção em escala do hidrogênio verde, que representa apenas 1% da produção global de hidrogênio. (Hydrogen Central - 01.11.2023) 

Um consórcio liderado por três empresas de rede no Reino Unido, composto pela Northern Gas Networks Ltd., Cadent Gas Ltd. e National Grid Plc, revelou planos para a adaptação da infraestrutura de gasodutos. Essa adaptação visa conectar até 11 gigawatts de produção de hidrogênio à rede até 2030. O projeto, chamado East Coast Hydrogen, busca transformar indústrias intensivas em emissões na costa leste para operar com hidrogênio, impulsionando as ambições do Reino Unido de se tornar líder em combustível limpo até 2030. A East Coast Hydrogen é projetada para economizar até 12 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano até 2037, substituindo o gás natural usado na indústria e geração de energia. (Hydrogen Central - 13.11.2023) 

A FORVIA, 7ª maior fornecedora de tecnologia automotiva, conquistou um contrato significativo de um grande fabricante de automóveis para fornecer sistemas de armazenamento de hidrogênio do Tipo IV para caminhões comerciais de médio porte no mercado norte-americano, com início da produção em 2025. Os tanques de armazenamento Tipo IV oferecem durabilidade, maior autonomia de condução (até 15% a mais), peso mais leve (30% menos) e acessibilidade. A FORVIA possui plantas de produção em locais estratégicos e entregou mais de 10.000 tanques de armazenamento de hidrogênio em 2022. (FORVIA - 07.11.2023) 

A GE Vernova, braço de negócios de Gás da GE, assegurou dois contratos da EnBW para fornecer equipamentos de geração combinada de calor e energia (CHP) a gás natural da classe H para as estações de energia da EnBW em Heilbronn e Altbach/Deizisau, perto de Stuttgart. Os projetos incluem a substituição de unidades movidas a carvão por plantas mais eficientes movidas a gás natural e possibilitam a queima futura de uma mistura de até 100% de hidrogênio até a década de 2030. As plantas CHP em Heilbronn e Altbach/Deizisau estão programadas para gerar aproximadamente 1340 megawatts (MW) no total, alimentando cerca de 2,4 milhões de residências alemãs. Cada planta de 680 MW substituirá as unidades movidas a carvão existentes e está programada para entrar em operação até o final de 2026, visando redução de até 60% nas emissões de carbono. (Hydrogen Central - 07.11.2023) 

A INNIO anunciou que a RAG Austria AG (RAG) selecionou a tecnologia inovadora de motor a hidrogênio Jenbacher, do Grupo INNIO, para alimentar sua planta de cogeração de hidrogênio em Gampern, na Alta Áustria. A planta de cogeração, que gera energia elétrica e térmica verde, é parte do projeto Underground Sun Storage da RAG, armazenamento de hidrogênio em um reservatório subterrâneo poroso. A planta de cogeração, programada para entrar em operação na primavera de 2024, terá capacidade de 1 MW. Até 4,2 gigawatt-horas de eletricidade, produzidas no verão, serão armazenadas como hidrogênio verde para uso no inverno. O projeto destaca a importância da coordenação eficiente entre geração, conversão, armazenamento e fornecimento de energia verde. A cogeração eficiente contribui para a transição energética e melhora a eficiência ao utilizar resíduos de calor para aquecimento. (INNIO - 06.11.2023) 

A SunGas Renewables foi selecionada pela ABEL Energy, desenvolvedora de projetos verdes de hidrogênio e metanol na Austrália, para fornecer metanol verde para uma nova instalação de hidrogênio e e-metanol na Tasmânia do Norte, Austrália. O projeto, chamado ABEL Energy Bell Bay Powerfuels, visa produzir 300 mil toneladas de metanol verde por ano, o equivalente ao combustível de navegação para remover 540 mil toneladas de dióxido de carbono da atmosfera anualmente.O projeto está programado para começar em 2027. (Hydrogen Central - 13.11.2023) 

O estado de Queensland, na Austrália, deu início à construção da primeira usina de energia a gás pronta para hidrogênio, utilizando tecnologia da GE Vernova. Desenvolvido pela empresa de energia pública CS Energy, o projeto, chamado Brigalow Peaking Power Plant, faz parte do crescente hub de energia limpa em Kogan Creek, na região de Western Downs. A usina terá inicialmente a capacidade de operar com 35% de hidrogênio renovável, com planos para atingir 100% ao longo do tempo. Com 400 MW de capacidade, a usina será capaz de fornecer energia para mais de 75 mil residências durante os períodos de demanda de pico. Prevista para operar em 2026, a planta será uma parte crucial do hub de energia limpa em desenvolvimento em Kogan Creek. (Hydrogen Central - 11.11.2023) 

A Air Products e o grupo industrial estatal chinês Chengzhi Shareholding inauguraram uma estação de reabastecimento de hidrogênio em escala comercial na cidade de Changshu, na província de Jiangsu. Operando como uma joint venture, a estação abastecerá carros urbanos e caminhões pesados de várias empresas multinacionais e nacionais, incluindo Budweiser, Um China, Nestlé China e JD Logistics, para testar operações logísticas. A estação, operacional há vários meses, contribui para o desenvolvimento ativo de veículos com células a combustível de hidrogênio em conformidade com o Plano de Desenvolvimento da Indústria de Veículos com Células a Combustível de Hidrogênio de Changshu, emitido em 2019. A Air Products, comprometida com a transição para uma economia verde, também forneceu uma estação de hidrogênio para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 em Zhangjiakou. (H2 View – 10.11.2023) 

A Tree Energy Solutions (TES), líder global em energia verde e produção de e-NG (gás natural elétrico derivado de hidrogênio verde, conhecido como e-metano no Japão), firmou uma parceria com a Tokyo Gas Co., Ltd., uma importante empresa japonesa de serviços públicos de gás. Juntas, as empresas pretendem acelerar a transição energética global e a implementação do e-NG, explorando e desenvolvendo suas cadeias de abastecimento em escala internacional. A produção de e-NG já está em operação na Europa, com projetos considerados na Alemanha, França e outros lugares. A parceria buscará a realização precoce da descarbonização do gás natural liquefeito (GNL) e do gás de cidade por meio da ampliação da introdução do e-NG. (TES H2 - 06.11.2023) 

A Purmo Group, líder em soluções sustentáveis para climatização indoor, estabeleceu uma parceria de sete anos com a H2 Green Steel para receber 140.000 toneladas de aço verde entre 2026 e 2033. Este acordo representa um passo significativo na jornada de sustentabilidade da Purmo Group, reduzindo a pegada de carbono associada à produção de aço. A Purmo Group compromete-se a adquirir aço verde da H2 Green Steel para impulsionar suas metas sustentáveis, com a entrega programada entre 2026 e 2033. A produção de aço verde ocorrerá na planta digitalizada da H2 Green Steel em Boden, norte da Suécia, com início previsto para o final de 2025. A pegada de carbono do aço verde é reduzida em até 95% em comparação com métodos tradicionais alimentados por carvão. (Hydrogen Central - 07.11.2023) 

A Scania e a SSAB assinaram um acordo para descarbonizar 100% todas as entregas de aço até 2030, utilizando aço livre de carbono da SSAB. A partir de 2026, os veículos pesados da Scania começarão a utilizar o aço Fossil-freeTM da SSAB, aumentando para 100% até o final da década. A SSAB Fossil-freeTM utiliza a tecnologia HYBRIT, substituindo o carvão coqueiro tradicionalmente usado na produção de aço à base de minério de ferro por eletricidade livre de carbono e hidrogênio, resultando em água em vez de dióxido de carbono como subproduto. A SSAB planeja fornecer comercialmente seu aço Fossil-freeTM em grande escala a partir de 2026, visando operações quase totalmente livres de combustíveis fósseis em torno de 2030. (Scania - 14.11.2023) 

A Aker Horizons ASA obteve capacidade de rede para seu projeto de grande escala de produção de amônia verde em Kvandal, perto de Narvik, e em Berlevåg, ambos no norte da Noruega. A capacidade de 250 MW para Kvandal e 120 MW para Berlevåg foi alocada pela Nordkraft Industrinett AS e Barents Nett AS, respectivamente. Essa alocação é crucial para o projeto Narvik Green Ammonia, desenvolvido em parceria com a Statkraft, garantindo energia suficiente para a produção diária de até 1.000 toneladas de amônia verde. O projeto visa a decisão final de investimento em 2025, com operações comerciais previstas para 2028. Essa iniciativa fortalece a posição de Kvandal e Narvik como centros para novas indústrias verdes na região, impulsionando a transição para uma economia mais sustentável. (Aker Horizons - 01.11.2023) 

A First Ammonia e a Uniper revelaram uma parceria durante a Conferência EUA-Alemanha de Hidrogênio, em Berlim, para desenvolver um projeto conjunto de amônia verde no Texas. O projeto utilizará eletrolisadores de óxido sólido de alta temperatura, que são 30% mais eficientes em termos energéticos do que os eletrolisadores convencionais. Cada módulo de 100 MW produzirá inicialmente até 100.000 toneladas métricas por ano de amônia verde. A produção de amônia verde começará em 2026, com rápida expansão possibilitada pelo design modular, atendendo aos clientes industriais da UNIPER globalmente. O projeto visa acelerar a transição energética, fornecendo uma alternativa de amônia com zero emissões de carbono para os consumidores. (Uniper - 01.11.2023) 

Pesquisadores da University of Prince Edward Island (UPEI) estão explorando a produção de hidrogênio a partir de resíduos de alimentos, como cascas de batata, madeira e luz ultravioleta. O professor assistente de engenharia, Yulin Hu, lidera as pesquisas, demonstrando a viabilidade do uso de resíduos de batata para produção de hidrogênio em uma simulação publicada na Frontiers of Agricultural Science and Engineering. O projeto visa combater o desperdício de alimentos, aproveitando resíduos para produção de gás de síntese, e é financiado pelo Fundo para o Desafio Climático, Mitacs e AKA Energy Systems. O estudante de pós-graduação Nasim Mia também pesquisa a geração de hidrogênio usando luz UV. O professor Yulin Hu, da UPEI, está conduzindo pesquisas sobre co-gaseificação de cascas de batata e serradura para entender a viabilidade da produção de gás de síntese. Essa experiência, embora demore mais que a co-gaseificação das cascas de batata, é considerada crucial para avaliar a viabilidade geral da produção de gás de síntese. (HydrogenCentral – 09.11.2023) 

A HGenium, Inc., uma nova participante na indústria de hidrogênio verde, revelou o seu inovador processo termoquímico de divisão de água na conferência AIChE 2023 em Orlando, Flórida. A tecnologia exclusiva da HGenium permite a produção de hidrogênio verde usando materiais e equipamentos prontamente disponíveis com várias fontes de energia térmica. Além de destacar o processo técnico, foi comparado os benefícios do uso de calor em vez de eletricidade na separação de água, incluindo uma ampla gama de fontes de calor, custo significativamente menor, e benefícios de armazenamento mais seguros e econômicos. A empresa anunciou planos de expansão, incluindo um projeto-piloto de planta com operações previstas para o segundo semestre de 2024, seguido pela construção de uma unidade de demonstração à escala comercial em 2025-26. (HydrogenCentral – 09.11.2023) 

A Petrobras está considerando a substituição do hidrogênio fóssil utilizado nos processos de refino por hidrogênio de origem renovável, revelou o diretor executivo de processos industriais e produtos, William França, durante uma teleconferência com analistas. A empresa planeja trocar a produção de hidrogênio, atualmente derivada de gás natural, por hidrogênio gerado a partir de biogás ou eletrólise da água. A Petrobras está em negociações com diversas empresas nacionais sobre essa transição, incluindo um acordo com a Unigel para explorar oportunidades em hidrogênio verde. Além disso, a companhia está considerando a instalação de células de geração solar fotovoltaica em quatro refinarias, começando pela Refinaria Gabriel Passos em Betim, com previsão de iniciar a operação em 2025. O esforço da Petrobras para descarbonizar produtos inclui refinarias processando diesel com 5% de teor renovável (R5), com expansão para outras refinarias até o final do ano. A empresa também está colaborando com a Ultra e a Braskem para transformar a Refinaria Riograndense em uma biorefinaria até 2026, e o diretor executivo de transição energética destacou o potencial sentido estratégico da Petrobras na área de biocombustíveis, dada a vocação do Brasil para a biomassa e infraestrutura já existente. (EPBR – 10.11.2023) 

Acontece no dia 23 de novembro às 19h, a Audiência Pública do Hub de Hidrogênio no Porto do Açu. O Hub terá quatro unidades produtivas: produção de hidrogênio renovável por eletrólise; produção de hidrogênio baixo carbono via reforma a vapor de gás natural com captura de carbono e produção de amônia e metanol de baixo carbono. O conceito do HUB visa estabelecer uma plataforma integrada para a produção de hidrogênio o qual será conectado à unidades de produção de amônia e metanol de baixo carbono, proporcionando circularidade, eficiência e sustentabilidade dentro do HUB e com demais empreendimentos a serem desenvolvidos no Porto do Açu. Audiência servirá para informar, discutir, tirar dúvidas e ouvir opiniões sobre os anseios da população da área de influência do Projeto Hub de Hidrogênio e Derivados de Baixo Carbono. Busca informar toda comunidade interessada sobre as principais atividades que serão desenvolvidas, assim como os principais resultados do estudo de impacto ambiental. A Audiência ocorrerá de forma presencial com transmissão ao vivo no YouTube (Audiência Pública Hidrogênio - novembro 2023). 

A FGV Energia promoverá no dia 22 de novembro o lançamento do "Caderno de Hidrogênio de Baixo Carbono". A publicação oferece um panorama detalhado dos desafios associados ao desenvolvimento da cadeia produtiva do hidrogênio no Brasil. Ele examina as barreiras tecnológicas que o país enfrenta para aproveitar ao máximo as oportunidades advindas da crescente demanda global. Além disso, analisa a necessidade de hubs regionais de consumo vinculados à produção de fertilizantes, refino e setores industriais, como a siderurgia. Adicionalmente, o documento destaca os obstáculos regulatórios, ressaltando a importância de proporcionar segurança jurídica aos projetos e atrair investimentos voltados tanto para o mercado nacional quanto internacional. (FGV Energia - novembro 2023)

O estudo da Consultoria Mirow & Co. indica que o Brasil tem um dos menores custos de produção de hidrogênio verde, o que pode fortalecer sua posição no mercado global. No entanto, o crescimento da demanda interna depende da aprovação de projetos de lei, como um marco regulatório. As empresas e associações ligadas ao hidrogênio no Brasil defendem a necessidade de subsídios para o crescimento da indústria. “Para aproveitar plenamente o potencial do mercado de hidrogênio verde, o Brasil deve estabelecer uma estrutura regulatória robusta. Essa estrutura deve oferecer estabilidade ao ambiente de negócios, definindo governança, taxonomia das diferentes rotas de produção, procedimentos de certificação e incentivos mínimos e transitórios que viabilizem essa indústria emergir”, diz o sócio e líder do estudo na Mirow & Co., Felipe Diniz. Além do mercado interno,em que os consumidores já pagam uma das tarifas mais altas do mundo, a exportação para mercados que buscam descarbonizar suas economias, como a Europa, pode ser outra rota de desenvolvimento. “A União Europeia não terá como suprir toda a sua demanda e deverá ser o principal mercado para os brasileiros, inicialmente”, afirma Diniz. (Valor Econômico - 11.11.2023). 

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edvaldo Santana (ex-diretor da Aneel) trata do Rehidro, um projeto de lei que aborda a política de hidrogênio de baixo carbono no Brasil. O projeto, que não se restringe ao hidrogênio verde, abrange atividades como geração de energia, estrutura de transporte e estocagem, dessanilização, portos e outras. No entanto, o Rehidro é criticado por não ter métricas para quantificar os efeitos da política de baixo carbono e por conceder isenções e subsídios que podem aumentar os custos para os consumidores de eletricidade. Além disso, Santana, questiona a origem do projeto, que não foi iniciado no Poder Executivo, um fórum mais técnico, e o silêncio das mais de 40 entidades de classe ligadas ao setor elétrico. (GESEL-IE-UFRJ – 10.11.2023). 

O relatório publicado pela Agência Internacional de Energia (IEA) explora as oportunidades e os desafios que a América Latina têm pela frente. Fornece informações sobre as formas como as perspectivas para a região e as maiores tendências energéticas globais estão profundamente interligadas – bem como recomendações sobre políticas que poderiam permitir à América Latina e o Caribe tirar pleno partido do seu grande potencial. Segundo o relatório, com a abundância de recursos renováveis, a região tem potencial para se tornar um dos maiores produtores de hidrogênio limpo e seus derivados, especialmente na Argentina, Brasil, Colômbia e Chile (IEA - Novembro de 2023). 

O relatório é um recurso valioso para compreender a perspectiva do capital humano no setor energético chileno e os requisitos específicos exigidos pela nova indústria do hidrogênio renovável (H2R), fornecendo informações detalhadas sobre os perfis ocupacionais e as competências necessárias para a indústria do hidrogênio no país. O estudo destaca a importância de programas de treinamento que abordam assuntos como segurança, regulamentos, códigos e regulamentações relacionadas ao hidrogênio. Além disso, existe a oportunidade de integrar aspectos de sustentabilidade na formação, como a compreensão de indicadores ambientais, sociais e de governação, promovendo a criação de “empregos verdes”. E conclui que, embora algumas competências técnicas possam ser transferidas de indústrias relacionadas, existem perfis específicos para o setor H2R que precisam de ser criados (H2 Chile - 08.11.2023). 

Em artigo publicado pelo Estadão, o presidente da Abrace Energia, Paulo Pedrosa, aborda a influência da geografia na trajetória do Brasil, destacando a importância das riquezas naturais, como terra, sol, água e vento, na atual crise climática. O autor critica a perpetuação de modelos de exploração desigual na energia e destaca a necessidade de uma transição energética mais justa e sustentável. Defende a descarbonização da produção nacional, ressaltando o potencial das energias renováveis e do gás do pré-sal. Ele conclui que para alcançar um desenvolvimento equitativo, é crucial envolver os pagadores de conta e romper com o modelo das capitanias hereditárias. (GESEL-IE-UFRJ – 10.11.2023) 

O relatório destaca a persistência das desigualdades no contexto da transição energética, apesar dos objetivos do Acordo de Paris. A desigualdade no acesso à energia e no desenvolvimento de energias renováveis entre países e indivíduos continua a ser um desafio para atingir os objetivos do acordo. O documento enfatiza a necessidade de mudanças significativas nos setores de energia, incluindo a eliminação gradual da produção e consumo de combustíveis fósseis. O hidrogênio verde é apresentado como uma oportunidade potencial para países ricos em recursos e uma solução de descarbonização para os industrializados. O relatório destaca princípios para investimentos sustentáveis em hidrogênio verde, incluindo o desenvolvimento de infraestrutura de energias renováveis, integração de eletrolisadores nas redes nacionais e considerações sobre a produção e exportação de hidrogênio verde. Estudos de caso da Namíbia, Índia e Colômbia oferecem insights sobre as diferentes abordagens e desafios enfrentados por esses países na transição para o hidrogênio verde. O relatório visa orientar as instituições financeiras de desenvolvimento na definição de prioridades relacionadas ao hidrogênio verde, visando a descarbonização e o desenvolvimento sustentável. (New Climate – 01.11.2023) 

O Brasil, com sua matriz elétrica predominantemente renovável, tem potencial para liderar a transição energética, destacando o hidrogênio verde como uma oportunidade valiosa para impulsionar a indústria nacional e reduzir as emissões. No entanto, o país corre o risco de repetir erros passados ao não adotar uma abordagem eficaz, resultando em altos subsídios e privilégios injustificados. A necessidade de uma governança eficiente é enfatizada para coordenar políticas e garantir que o hidrogênio produzido seja inicialmente direcionado ao mercado nacional, promovendo redução de emissões, competitividade industrial e desenvolvimento econômico. O artigo destaca a importância de evitar a repetição de erros anteriores no setor elétrico e adotar uma abordagem lógica e competitiva para o hidrogênio verde, transformando-o em uma nova fronteira de desenvolvimento para o Brasil. (EPBR – 08.11.2023)