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IFE
03/01/2024

IFE Energia Nuclear 40

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e João Pedro Gomes
Pesquisadores: Cristina Rosa e Gustavo Esteves
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
03/01/2024

IFE nº 40

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e João Pedro Gomes
Pesquisadores: Cristina Rosa e Gustavo Esteves
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Energia Nuclear 40

Políticas Públicas e Planos de Governo

Brasil: Situação administrativa da ANSN é tema de debate na Câmara

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública para debater a situação administrativa da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN). ANSN foi criada em 2021 a partir da fragmentação da Comissão da Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Com a divisão, a ANSN ficou encarregada das atividades de monitoramento, regulação e proteção enquanto a CNEN continuou responsável pela condução de pesquisas. Na audiência de 28 de novembro, o autor do requerimento, deputado Bandeira de Mello (PSB-RJ), lembrou que a ANSN ainda não foi integralmente constituída, mas enfatizou que sua criação é uma consolidação de um novo marco legal nuclear. (Câmara dos Deputados – 28.11.2023) 
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Brasil: Câmara aprova projeto de transformação da Nuclep em sociedade de economia mista

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que prevê a possibilidade de transformar a estatal Nuclep em sociedade de economia mista. A estrutura societária de estatais do setor nuclear foi reorganizada pela Lei 14.120/21, que determina que as empresas públicas são 100% do governo enquanto as sociedades mistas podem ter participação do setor privado. O texto da proposta, portanto, pretende alterar essa lei. O autor da proposta, ex-deputado Guiga Peixoto (SP), explicou que a transformação societária da Nuclep possibilitaria novos investimentos. O relator, deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA), por sua vez, recomendou a aprovação do projeto com o argumento de que a empresa passaria a ter melhores oportunidades e desempenho na participação em projetos do setor. (Câmara dos Deputados – 30.11.2023) 
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Brasil: SGB firma parceria com órgão geológico da França

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) e o órgão de Assuntos Internacionais do Serviço Geológico Francês (BRGM, da sigla em francês) celebraram cooperação para o desenvolvimento de projetos conjuntos no campo das geociências. As áreas prospectadas para a parceria incluem: minerais críticos para a transição energética, uso do urânio e armazenamento geológico de CO2 em aquíferos salinos profundos. (Agência Brasil – 27.11.2023) 
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Brasil: Plano Nuclear apresentado na França percorre questões sobre a produção de urânio

O presidente da Frente Parlamentar das Atividades Nucleares, deputado Júlio Lopes (PP-RJ), apresentou uma proposta para o Plano Nuclear Brasileiro na França. A proposta para a reativação do programa nuclear brasileiro foi elaborada em parceria com a Marinha. Já a questão sobre a possibilidade de securitização do urânio com abordada com o presidente Lula e com o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto. Segundo o parlamentar, é previsto um valor de US$ 7 bilhões em 10 anos. “Só a mina de Santa Quitéria (CE) vai produzir 2,3 mil toneladas de urânio a partir de 2026, com um valor a ser pago de royalties na ordem de US$ 400 milhões anuais”, explicou Lopes. (Veja – 27.11.2023) 
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Brasil: Definição de acordo ambiental para os municípios no polo da energia nuclear

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Frente Parlamentar Mista de Tecnologia e Atividades Nucleares (FPN), deputado Júlio Lopes (PP), realizaram um encontro para definir o acordo sobre a compensação ambiental da Eletronuclear com os prefeitos dos municípios de Paraty, Rio Claro e Angra dos Reis, em relação a instalação das usinas de Angra 1, 2 e 3. Segundo o parlamentar, a reunião possibilitou a harmonização da situação com as prefeituras e enfatizou o esforço do governo para retomar as obras e normalizar o pagamento dos direitos de licenciamento. O valor a ser pago para Angra dos Reis soma R$ 264 milhões, R$ 40 milhões para Paraty e R$ 10 milhões para Rio Claro. (Diário do Vale – 18.11.2023) 
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África do Sul iniciará novas aquisições nucleares

O Departamento de Recursos Minerais e Energia (DMRE) da África do Sul confirmou seus planos de adquirir 2500 MWe de nova capacidade nuclear, emitindo pedidos para propostas até março de 2024, enquanto a segunda unidade da central nuclear de Koeberg passa por uma manutenção prolongada. O Regulador Nacional de Energia da África do Sul (NERSA) deu sua aprovação após o DMRE atender a condições suspensivas. A aquisição faz parte do Plano de Recursos Integrados de 2019, que inclui a operação contínua da central nuclear de Koeberg, atualmente licenciada até 2024 e 2025. A Eskom, concessionária da usina, busca estender a vida operacional por mais 20 anos. A unidade 1 de Koeberg está operacional, enquanto a unidade 2 está offline para manutenção e deve retornar em agosto. A energia nuclear é vista como crucial para a segurança e soberania energética da África do Sul, enfrentando desafios energéticos. (WNN - 12.12.2023) 
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China: Projeto de aquecimento nuclear de longa distância entra em operação

O projeto Warm Nuclear No 1, iniciativa pioneira na China para fornecer calor nuclear a diversas cidades em nível provincial, entrou em operação na província de Shandong. Conduzido pela State Power Investment Corporation (SPIC), o projeto, em sua terceira fase, utiliza a central nuclear de Haiyang para fornecer calor às cidades de Haiyang e Rushan por meio de um gasoduto de 23 km. Iniciado em novembro de 2020, o projeto agora abrange uma área de 12,5 milhões de metros quadrados, atendendo às necessidades de aquecimento limpo de aproximadamente 400 mil pessoas no inverno. A construção da rede principal de aquecimento por energia nuclear, com um investimento de quase 4 bilhões de yuans (555 milhões de dólares), resultou na substituição significativa de consumo de carvão bruto, redução substancial de emissões de dióxido de carbono e melhoria da qualidade do ar na cidade de Haiyang. (WNN - 27.11.2023) 
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Coreia do Sul: Unidade da usina nuclear Shin Hanul alcançou reação em cadeia sustentada

A Unidade 2 da usina nuclear Shin Hanul, na Coreia do Sul, atingiu pela primeira vez uma reação em cadeia sustentada, marcando um marco significativo no projeto. Este reator de água pressurizada APR-1400 de 1.350 MWe alcançou a primeira criticidade em 6 de dezembro, após obter uma licença de operação da Comissão de Segurança e Proteção Nuclear em setembro. Programado para gerar eletricidade a partir de 20 de dezembro, o Shin Hanul 2 passará por testes de desempenho antes de iniciar a operação comercial em larga escala no primeiro semestre de 2024. Com a operação bem-sucedida, será o 28º reator de energia nuclear na Coreia do Sul e o 4º APR1400 em operação no país. (WNN - 06.12.2023) 
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Egito e EAU: ENEC e NPPA vão explorar oportunidades de cooperação

A Autoridade de Usinas Nucleares do Egito (NPPA) e a Corporação de Energia Nuclear dos Emirados (ENEC) assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) durante a COP28 para explorar áreas potenciais de cooperação nas utilizações pacíficas da energia nuclear. O acordo visa reforçar a cooperação entre os dois países, especialmente em relação às aplicações pacíficas da energia nuclear. O MoU permitirá que ambas as partes explorem oportunidades de cooperação em diversas áreas relacionadas à energia nuclear. Atualmente, o Egito está construindo sua primeira central nuclear em El Dabaa, composta por quatro unidades VVER-1200 fornecidas pela Rússia. (WNN - 12.12.2023) 
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Hungria: Prolongamento da vida útil da central nuclear de Paks em 20 anos

A operadora da central nuclear de Paks, na Hungria, notificou a União Europeia sobre sua intenção de prolongar a vida operacional útil das quatro unidades para 70 anos. O CEO da operadora MVM Paksi Atomerömű Zrt, Péter János Horváth, anuncio o plano de extensão para a UE, marcando o início de um processo de aproximadamente uma década para estender a licença de operação por mais 20 anos. Como unidades existentes, os reatores VVER-440 em operação desde 1982-1987, já tiveram sua vida útil prolongada em 2005 por 20 anos, até 2032-2037. A empresa alega que a central, desempenhando um papel crucial na segurança energética da Hungria, tem condições de servir o país nas próximas décadas após desenvolvimentos, renovações e reforços de segurança. A extensão exigia cerca de 250 projetos de manutenção, com custos potenciais na faixa de 1,5 bilhão de euros. (WNN - 7.11.23) 
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Suécia: Projeto de lei nuclear aprovado pelo parlamento

O parlamento da Suécia aprovou uma alteração legislativa que remove o limite atual de reatores nucleares em operação no país, permitindo também a construção de novos reatores em locais diferentes dos existentes. A mudança, que entrará em vigor em 1º de janeiro, representa um afastamento da limitação de 10 reatores em operação simultânea e abre caminho para a expansão da capacidade de produção nuclear até 2045. O governo sueco destacou a importância da energia nuclear como uma fonte estável e livre de combustíveis fósseis, considerando-a crucial para atender à crescente demanda de eletricidade e para a transição climática, eliminando gradualmente os combustíveis fósseis. (WNN - 30.11.2023) 
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Turquia: Unidade de Akkuyu obtém licença de comissionamento

A Agência Reguladora Nuclear da Turquia (NDK) concedeu permissão à usina nuclear de Akkuyu para comissionar sua primeira unidade de energia. A documentação do pedido foi submetida em duas etapas, e a licença permite o avanço para os processos de partida, configuração e operação, representando a fase final da construção. A CEO da Akkuyu Nuclear JSC, Anastasia Zoteeva, destacou a importância dessa etapa no ciclo de vida da usina. Com a permissão para comissionar a primeira unidade, a usina nuclear de Akkuyu, com quatro reatores VVER-1200 construídos pela Rosatom, entra em uma nova fase e busca iniciar o carregamento de combustível nuclear. O projeto visa atender cerca de 10% das necessidades de eletricidade da Turquia, com o objetivo de ter todas as quatro unidades operacionais até o final de 2028. (WNN - 12.12.2023) 
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Dinâmica Internacional

AIEA: Foguetes disparados perto da usina de Zaporizhzhia

Funcionários da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) na usina nuclear de Zaporizhzhia afirmam ter ouvido foguetes disparados de um sistema próximo de lançamento múltiplo, coincidindo com a perda de conexão da instalação em sua principal linha de energia externa. A central nuclear, localizada na linha de frente entre as forças russas e ucranianas e sob controle militar russo desde março de 2022, sofreu interrupções repetidas no fornecimento de energia e bombardeios frequentes. A AIEA, que instalou uma equipe de especialistas em setembro de 2022 para reforçar a segurança, não atribuiu a autoria do disparo de foguetes em seu último relatório. O diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, expressou grande preocupação com a segurança nuclear em Zaporizhzhia, destacando a fragilidade da situação e os riscos potenciais resultantes do conflito em curso na região. (WWN - 27.11.23) 
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AIEA: Parceria com Fundo da OPEP para agricultura adaptada às mudanças climáticas

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e o Fundo da OPEP para Desenvolvimento Internacional firmaram acordo para esforços colaborativos nas áreas de tecnologia e ciência nuclear para adaptação e mitigação do impacto dos eventos climáticos. Na cooperação, o Fundo da OPEP apoiará a criação de um armazém global de sementes para estoque e preservação de sementes resistentes às novas condições climáticas. A AIEA, por sua vez, contribuirá na aplicação de tecnologias nucleares de irradiação para a promoção de uma agricultura mais resiliente às mudanças climáticas. (AIEA – 08.12.2023) 
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China: Suspensão comercial a produtos aquáticos do Japão continua

Apesar das garantias de Tóquio e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a China mantém as restrições às importações de produtos aquáticos do Japão. A suspensão foi imposta em agosto em decorrência do descarregamento de água tratada da central nuclear de Fukushima. A justificativa apresentada pelo governo chinês foi a prevenção de risco de contaminação radioativa. De acordo com o governo japonês, o impacto das proibições foi percebido principalmente no comércio de frutos do mar, como vieiras, mariscos e pepino do mar. O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o Presidente chinês Xi Jinping buscam uma solução dialogado com base na ciência. Quando confrontado, no entanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou que Pequim continua resistente às descargas mas que espera que os países recorram a negociações para resolver a questão. (Expresso – 22.11.2023) 
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Cuba: Apelo à eliminação total das armas nucleares

O Primeiro Vice-Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Gerardo Peñalver, durante reunião dos Estados partes no Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPAN), afirmou que o perigo das armas nucleares só desaparecerá com sua eliminação total. Em discurso, foram destacados os esforços para a universalização do TPAN e alertados os riscos potenciais e permanentes que a existência ou modernização dos arsenais nucleares representa. Ainda, revelou preocupação com o agravamento das tensões no Oriente Médio sob ameaças bélicas. Em conclusão, suplicou à ONU a realização do desarmamento nuclear como medida prioritária para a resolução de conflitos e prevenção de consequências humanitárias. (Prensa Latina – 27.11.2023) 
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Japão: Terceira rodada do descarregamento de água de Fukushima é concluída

A terceira rodada de descargas de água tratada da central nuclear de Fukushima, no Japão, no oceano foi terminada. Esse foi o penúltimo descarregamento daqueles previstos até março de 2024 e todo o processo tem sido acompanhado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que garantiu que a medida tem impacto insignificante no meio ambiente e na saúde humana. Ao início da rodada, a AEIA emitiu um comunicado dizendo que a concentração de trítio estava abaixo dos limites operacionais e que a segurança do processo é continuamente revisada e não apresentou preocupações técnicas. O governo japonês, por sua vez, enfatizou o compromisso com a segurança do procedimento, argumentando que o povo japonês seria o primeiro a sofrer as consequências da falta de cuidado, o que julgou ser inadmissível. Ainda, foi destacado que pessoas estão regressando para Fukushima ao sinal de segurança e que outras centrais nucleares ao redor do mundo – como a de Qinshan, na China, descarregam água com concentração de trítio superior à presente na água de Fukushima. (Expresso – 22.11.2023) 
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Ucrânia: Chernobyl obtém extensão de seis anos para obras no abrigo original

A Ucrânia confirmou em prorrogar a licença para armazenamento de resíduos radioativos no abrigo original da usina nuclear de Chernobyl de 2023 para 2029, com um prazo até 2025 para desenvolver um novo projeto para o desmantelamento de "estruturas instáveis". Conhecido como "sarcófago", o abrigo original foi construído rapidamente após o acidente de 1986 e ainda contém o núcleo derretido do reator e material radioativo. A estabilidade tornou-se um risco, resultando em atrasos devido ao financiamento, COVID-19 e ocupação russa em 2022. O Novo Confinamento Seguro (NSC), concluído em 2017, permite o desmantelamento remoto e gestão de resíduos, representando um passo crucial na eliminação do risco nuclear em Chernobyl. O NSC, a maior estrutura móvel terrestre, tem uma vida útil de 100 anos e suporta condições extremas, preparando o caminho para a fase de desmantelamento e descomissionamento.(WWN - 7.11.23) 
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Ucrânia: Vulnerabilidade no suprimento para a usina de Zaporizhzhia

A usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, esteve dependendo de uma única linha de fornecimento de eletricidade para o arrefecimento dos seis reatores da planta e outras atividades de segurança. O Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, enfatizou que a situação é preocupante pois torna a usina bastante vulnerável a interrupções na rede em decorrência do conflito. Ainda, foi relatado que a usina dependeu temporariamente de geradores a diesel após um evento externo cortar a conexão das linhas de energia. Além disso, a AIEA informou que o reator 4 está novamente no modo de desligamento a quente para produção de calor para a usina e para a cidade vizinha Enerhodar, onde a maioria da equipe mora. (AIEA - 07.12.2023) 
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Ucrânia: Atividade militar próxima da usina de Khmelnytsky reforça a dimensão dos riscos

Especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) na Ucrânia informaram que o conflito armado no país está continuamente revelando potenciais riscos à segurança nuclear. Além da usina nuclear de Zaporizhzhia, que é o principal alvo de preocupação global por estar próxima da linha de frente do conflito, a usina nuclear de Khmelnytsky, no oeste do país, também percebeu explosões próximas de suas instalações. De acordo com Diretor Geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, não houve danos diretos, mas o incidente que mostra que haverá riscos enquanto houver guerra. “Todas as usinas nucleares da Ucrânia estão vulneráveis, tanto se diretamente atingidas por um míssil ou indiretamente caso seu suprimento externo de energia por interrompido”, completou. Por enquanto, as outras usinas da Ucrânia sob monitoramento do órgão – Rivne, Sul da Ucrânia e Chernobyl – não reportaram atividades militares próximas. (AIEA - 29.11.2023) 
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Ucrânia: Usina nuclear de Zaporizhzhia sofre oitava perda de energia externa

A Central Nuclear de Zaporizhzhia (ZNPP), sob controle militar russo desde março de 2022, sofreu uma perda de energia externa pela primeira vez desde maio, forçando a dependência de geradores a diesel de emergência por quase cinco horas no fim da semana. A usina, composta por seis reatores, perdeu a conexão com sua última linha de backup de 330kV devido a uma "falha externa" na rede, seguida pela perda da linha principal de 750kV, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Os geradores de diesel foram acionados automaticamente, sendo posteriormente limitados para oito para garantir energia suficiente para o resfriamento essencial dos seis reatores desligados. A linha principal foi restaurada, mas a AIEA enfatizou a vulnerabilidade da usina a eventos externos e apelou para a prevenção de ações que possam colocar uma central em perigo. (WWN - 27.11.23) 
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Inovação Tecnológica

China: Demonstração HTR-PM entra em operação comercial

A primeira usina nuclear com reator modular refrigerado a gás de alta temperatura do mundo começou a operar comercialmente, conforme anunciado pela Administração Nacional de Energia da China. Localizada na Baía de Shidao, na província de Shandong, a usina HTR-PM possui dois reatores APR-1400 de 250 MWt cada, acionando uma única turbina a vapor de 210 MWe. Utilizando hélio como refrigerante e grafite como moderador, o reator alcançou a primeira criticidade após uma bem-sucedida demonstração de 168 horas. Desenvolvido em colaboração com a Universidade de Tsinghua, o projeto representa um avanço na tecnologia de reatores de geração IV, oferecendo uma solução inerentemente segura com elevadas temperaturas operacionais. (WNN - 06.12.2023) 
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EAU: ENEC avaliará implantação de SMRs e microrreatores

A Corporação de Energia Nuclear dos Emirados Árabes Unidos (ENEC) lançou o programa ADVANCE, visando a implementação de tecnologias nucleares avançadas, assinando acordos com fornecedores de reatores modulares pequenos (SMR) e microrreatores. O programa busca fortalecer a posição dos Emirados Árabes Unidos como líder em ação climática, acelerando a transição global para energia limpa. A ENEC trabalhará com a GE Hitachi Nuclear Energy, TerraPower e Westinghouse para avaliar e potencialmente implantar os reatores BWRX-300, Natrium e eVinci, respectivamente, para geração de eletricidade e aplicações não tradicionais, como produção de hidrogênio e descarbonização. O objetivo é capitalizar o investimento nuclear dos Emirados Árabes Unidos, liderar o desenvolvimento de reatores avançados e colaborar internacionalmente, apoiando a meta global de triplicar a capacidade nuclear até 2050. (WNN - 05.12.2023) 
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EUA: Medidas vão apoiar implantações de SMR no exterior

O Departamento de Estado dos EUA e o Banco de Exportação e Importação dos EUA (EXIM) anunciaram uma série de ferramentas financeiras destinadas a apoiar a implementação de sistemas avançados de energia nuclear e ajudar na consecução de metas líquidas zero. Essas ferramentas do EXIM visam apoiar a implementação de reatores modulares pequenos (SMRs) e facilitar a competição de exportadores dos EUA neste mercado global. O suporte financeiro inclui garantias de empréstimos ou empréstimos diretos por até 22 anos após a construção, apoio a desembolsos pré-exportação e colaboração com outras Agências de Crédito à Exportação. Além disso, foi anunciada a intenção de mobilizar mais de 4,2 bilhões de dólares em investimentos em enriquecimento e capacidade de conversão por meio da colaboração de cinco nações conhecidas como Sapporo 5 (EUA, Canadá, Japão, França e Reino Unido). (WNN - 07.12.2023) 
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Holtec: programa Palisades SMR está em andamento

A Holtec International planeja comissionar suas duas primeiras unidades do reator modular pequeno (SMR-300) em Palisades, Michigan, até 2030, ao mesmo tempo que busca reiniciar a unidade de reator de água pressurizada existente no local até o final de 2025. A empresa pretende apresentar um pedido de licença de construção para os dois SMRs em 2026, visando a primeira planta SMR-300 operacional em meados de 2030, sujeita a revisões regulatórias. A escolha de Palisades como local proporciona benefícios de sinergia, como infraestrutura compartilhada e experiência operacional. A Holtec tem desenvolvido o SMR-300, um reator de água pressurizada de 300 MW, desde 2011, destacando sua capacidade aprimorada e a inclusão de tecnologia para produção de hidrogênio. A empresa também está focada na repotenciação da central nuclear de Palisades, prevendo reiniciar suas operações até o final de 2025. (WNN - 05.12.2023) 
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Hyundai e KAERI: Parceria visa a exportação do SMART SMR

A Hyundai Engineering e o Instituto de Pesquisa de Energia Atômica da Coreia (KAERI) assinaram um memorando de entendimento visando colaborar na comercialização e exportação do pequeno reator modular SMART (SMR) projetado pela Coreia para o exterior. Segundo o acordo, a Hyundai Engineering ficará encarregada do desenvolvimento de negócios, financiamento e EPC (engenharia, aquisição e construção) para a verificação e comercialização do SMART, enquanto a KAERI assumirá tarefas de apoio, como projeto e licenciamento de reatores. O SMART, um reator de água pressurizada de 330 MWt com geradores de vapor integrados e recursos avançados de segurança, foi projetado para geração de eletricidade e aplicações térmicas, com uma vida útil projetada de 60 anos e ciclo de reabastecimento de três anos. O acordo pretende impulsionar a exportação da tecnologia SMART para mercados globais, começando pelo Canadá e considerando futuras expansões para países como Uzbequistão e Estados Unidos. (WNN - 11.12.2023) 
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Laurentis inicia parceria com a Tractebel-Hatch no âmbito dos SMR

A subsidiária da Ontario Power Generation, Laurentis Energy Partners, anunciou uma colaboração com a Tractebel e a Hatch para desenvolver um balcão único visando apoiar clientes industriais de pequenos reatores modulares (SMR) globalmente. A parceria busca combinar as habilidades, conhecimentos e experiências das três empresas para apoiar o desenvolvimento de projetos de SMR, simplificando processos, reduzindo riscos e facilitando a transferência de lições aprendidas entre projetos. O objetivo é fornecer soluções abrangentes de energia nuclear para ajudar os clientes da indústria pesada a atingir metas de mudança climática. A Tractebel, subsidiária da Engie, contribuirá com sua experiência internacional em construção e autoridade em projetos nucleares, enquanto a Hatch oferecerá sua experiência em engenharia, consultoria e design de tecnologia e equipamentos ao longo do ciclo de vida de instalações nucleares. (WNN - 07.12.2023) 
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OPG: Formação de cadeia de fornecimento de combustível para SMRs

A Ontario Power Generation (OPG) escolheu os fornecedores Cameco, Urenco USA, Orano e Global Nuclear Fuel-Americas para os contratos de combustível de seus planejados reatores modulares (SMR) no Novo Projeto Nuclear de Darlington. Paralelamente, a TerraPower e a Uranium Energy Corp (UEC) assinaram um memorando de entendimento para restabelecer as cadeias de abastecimento domésticas de combustível de urânio nos EUA, visando o reator Natrium e o sistema de armazenamento de energia da TerraPower. Os SMRs, incluindo o Natrium, têm se destacado como soluções avançadas para descarbonizar a eletricidade. Esses desenvolvimentos representam avanços significativos na indústria nuclear, fortalecendo as cadeias de suprimentos e impulsionando o compromisso com a próxima geração de energia nuclear. (WNN - 30.12.2023) 
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Polônia: Seis centrais contendo SMRs foram aprovadas no país

O Ministério do Clima e Meio Ambiente da Polônia emitiu decisões de princípio para a construção de usinas de energia baseadas no pequeno reator modular (SMR) BWRX-300 da GE Hitachi Nuclear Energy em seis locais, totalizando 24 reatores planejados. A Orlen Synthos Green Energy (OSGE) detém o direito exclusivo do BWRX-300 na Polônia e apresentou pedidos ao ministério para decisões de princípio em seis locais, excluindo Varsóvia. Essas decisões representam um marco no processo de licenças administrativas para investimentos em instalações nucleares na Polônia, permitindo à OSGE buscar medidas adicionais, como decisões de localização e licenças de construção. O programa visa construir uma frota de reatores BWRX-300 para fornecer fontes de energia estáveis e com emissões zero para os setores de energia, indústria e aquecimento, contribuindo para a descarbonização da economia polaca. (WNN - 08.12.2023) 
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Rosatom: Apresentação do projeto conceitual de SMR para Mongólia

Durante uma sessão à margem da COP28 da ONU sobre alterações climáticas, a Rússia apresentou um conceito para a construção de um pequeno reator modular (SMR) na Mongólia. Embora o país possua consideráveis ​​recursos de urânio, ainda não possui energia nuclear, mas tem explorado planos provisórios nos últimos anos, com a Rosatom destacando o seu projeto de SMR em Yakutia, com comissionamento previsto para 2028. A Rússia e a empresa mongol Dayan Deerkh Energy Ltd assinaram anteriormente um acordo de cooperação estratégica para projetos conjuntos de energia nuclear, eólica e hidroelétrica, visando garantir a independência energética da Mongólia. A Rosatom, enfatizando a ação em relação a mais de 70 projetos de SMRs em todo o mundo, expressou confiança na aplicação de sua experiência para oferecer soluções de SMR aos parceiros globais nos próximos anos. (WNN - 06.12.2023) 
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Reino Unido: Outros contratos concedidos para progredir com a fusão nuclear

A Autoridade de Energia Atómica do Reino Unido (UKAEA) concedeu dez contratos no valor total de 11,6 milhões de libras esterlinas a nove organizações para desenvolverem tecnologias inovadoras na área de energia de fusão. Financiados pelo Programa da Indústria de Fusão, esses contratos variam entre 500.000 GBP e 1,4 milhões de GBP. A iniciativa faz parte do pacote governamental de 484 milhões de libras esterlinas destinado à pesquisa no Reino Unido, com o objetivo de estimular o crescimento económico a longo prazo por meio do desenvolvimento de tecnologias e competências para apoiar programas nacionais e a exportação global. Os contratos da Fase 2 abordam protótipos para novos materiais, fabricação e tecnologias de fusão, além do desenvolvimento de sistemas de aquecimento e resfriamento para máquinas de fusão. (WNN - 08.12.2023) 
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Reino Unido: Reguladores iniciam avaliação do Holtec SMR

O Escritório de Regulação Nuclear (ONR) do Reino Unido, em conjunto com os reguladores ambientais da Inglaterra e do País de Gales, foi encarregado pelo Departamento de Segurança Energética e Net Zero de iniciar uma Avaliação de Projeto Genérico (GDA) para o projeto do pequeno reator modular (SMR-300) da Holtec International. A GDA é um processo que avalia aspectos de segurança, proteção e proteção ambiental de um projeto de usina nuclear destinado à implantação na Grã-Bretanha. A Holtec, que desenvolve o SMR-300 desde 2011, recebeu financiamento de £30 milhões do Future Nuclear Enabling Fund do governo do Reino Unido para concluir as Etapas 1 e 2 do GDA. O Ministro Nuclear do Reino Unido, Andrew Bowie, destacou o investimento multimilionário como parte dos esforços do governo para expandir rapidamente a capacidade de energia nuclear. (WWW - 07.11.23)   
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Veolia seleciona Siteflow para suporte de descomissionamento de Fukushima

A Veolia Nuclear Solutions (VNS) firmou uma parceria com o fornecedor francês de soluções de software Siteflow para aprimorar seus sistemas operados remotamente na indústria nuclear. O Siteflow será usado pela VNS UK para testar seu mais recente braço robótico, destinado à manutenção e descomissionamento da usina nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão. Este novo braço robótico, programado para implantação em 2024, é uma evolução do modelo anterior, que já está em operação no mesmo local. A Siteflow supervisionará os testes e o planejamento de operação do novo braço robótico, marcando um avanço na expansão internacional da Siteflow desde a abertura de seu escritório no Reino Unido em novembro do ano passado. (WNN - 05.12.2023) 
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Empresas

Nuclearelectrica e Framatome: Acordo visando a produção de isótopo médico

A Nuclearelectrica, da Romênia, e a Framatome, da França, assinaram um acordo de cooperação para explorar a produção do isótopo médico lutécio-177 na central nuclear de Cernavoda. O acordo envolverá um estudo de viabilidade técnica com base no trabalho da Framatome na produção de isótopos no Canadá, visando maximizar a infraestrutura existente para converter alvos em isótopos médicos. O lutécio-177 é um radioisótopo usado na terapia com radionuclídeos direcionados para tratar o câncer de próstata. A parceria busca fortalecer a cadeia de abastecimento de medicina nuclear na Europa, contribuindo para a saúde global e explorando os benefícios das centrais nucleares na geração de energia limpa e no crescimento econômico. (WNN - 30.12.2023) 
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Orano: Remoção do navio do reator Crystal River é concluída

A Orano concluiu, em menos de dois anos, a segmentação, embalagem e remoção do recipiente do reator e seus componentes internos da usina nuclear Crystal River 3, na Flórida. Utilizando seu processo patenteado de Segmentação Otimizada, a operação envolveu o içamento das peças, realizado pela Mammoet, com o Siteflow sendo utilizado para facilitar o teste do mais recente braço robótico destinado ao descomissionamento da usina de Fukushima Daiichi, no Japão. O processo reduziu significativamente a quantidade de trabalho, acelerou a remoção e manteve o projeto dentro do cronograma do contrato de seis anos, proporcionando uma solução mais eficiente e econômica para a eliminação de resíduos radioativos de baixo nível. (WNN - 08.12.2023) 
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Sheffield Forgemasters deve recuperar o credenciamento nuclear

A Sheffield Forgemasters, empresa do Reino Unido, está avançando na busca para recuperar o estatuto de fornecedor de peças forjadas e fundidas pesadas para o mercado nuclear civil. Após uma pesquisa e auditoria da Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos (ASME), a empresa foi recomendada para acreditações de Organização de Materiais (MO) e soldagem (NPT). A Sheffield Forgemasters espera agora a aprovação do comitê ASME para se tornar o único produtor britânico de peças críticas para a segurança de centrais nucleares, capaz de fabricar componentes por soldadura física. A empresa, com origens na década de 1750, já assinou memorandos de entendimento com diversos desenvolvedores de reatores modulares no Reino Unido, alinhando-se com a estratégia do governo para expandir a capacidade nuclear no país até 2050. (WNN - 11.12.2023) 
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Orano: Modelo de embalagem recebe aprovação de regulador dos EUA

A Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC) aprovou o modelo de embalagem nuclear TN Eagle da Orano, projetado para o transporte e armazenamento a seco de combustível usado. O TN Eagle, aprovado anteriormente pela Autoridade Francesa de Segurança Nuclear, apresenta um design inovador e modular, atendendo às variadas necessidades dos operadores de usinas. A aprovação da NRC é considerada um marco que permite à Orano continuar desenvolvendo suas atividades de transporte de combustível nuclear usado nos Estados Unidos. O modelo TN Eagle é elogiado por sua capacidade de reduzir significativamente o número de peças de embalagem, os tempos de fabricação e aumentar a segurança e competitividade. A construção de uma nova fábrica para fabricar o TN Eagle começou em fevereiro de 2023 no porto de Cherbourg, na França, com previsão de comissionamento em 2024. (WNN - 28.11.2023) 
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Eventos

COP 28: Países pedem triplicação da energia nuclear até 2050

Durante a COP 28, uma declaração que apela à triplicação do uso da energia nuclear até 2050 foi assinada por 22 países. O objetivo traçado é a utilização da fonte como meio para cumprir as metas de neutralidade em carbono. John Kerry, um representante dos EUA na conferência, explicou que as evidências apontam que o alcance do Net-Zero não é possível sem alguma participação da energia nuclear e defendeu que a declaração é apartidária. A organização internacional 350.org, por outro lado, mostrou menos entusiasmo. Masayoshi Iyoda, ativista japonês do grupo, pontuou que a energia nuclear é perigosa e não deveria ser considerada para a descarbonização. Como solução, o grupo defende o avanço em energias renováveis e melhorias de eficiência energética. (Valor Econômico – 02.12.2023) 
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COP 28: EUA tem plano internacional para desenvolvimento de fusão nuclear

Durante a COP 28, em Dubai, John Kerry, representante dos Estados Unidos, afirmou que os EUA têm o plano de trabalhar com outros países para a implementação da fusão nuclear. O plano “Parcerias Internacionais numa Nova Era de Desenvolvimento de Energia de Fusão”, destaca alguns objetivos para parcerias internacionais. Entre eles: identificação oportunidades de cooperação em pesquisa e desenvolvimento, permissão de acesso compartilhado a infraestruturas de pesquisa, expansão do mercado potencial com a participação do setor privado, e compartilhamento de melhores práticas para formular regulamentações. Segundo Kerry, a tecnologia tem potencial revolucionário e será vital para o enfrentamento das mudanças climáticas. A proposta envolve 35 países. (EPBR – 07.12.2023) 
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COP 28: Indústria Nuclear apoia compromisso com neutralidade em carbono

Nuclear, um compromisso ambicioso de pelo menos triplicar a capacidade nuclear global até 2050. Empresas operando em mais de 140 países assinaram o compromisso, alinhando-se com governos de 24 países que apoiaram uma Declaração Ministerial com objetivos semelhantes. A diretora-geral da Associação Nuclear Mundial, Sama Bilbao y León, destacou a importância dessa meta para alcançar o desenvolvimento econômico sustentável e enfrentar as mudanças climáticas. O compromisso reconhece a contribuição significativa da energia nuclear na geração de eletricidade limpa e de baixo carbono, propondo metas de crescimento acelerado, mobilização de investimentos e cooperação com governos e partes interessadas. (WNN - 05.12.2023) 
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COP 28: AIEA lança projeto cooperativo para segurança hídrica e alimentar em evento paralelo

Durante um evento paralelo da COP 28, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) lançou um projeto de cooperação técnica para soluções sustentáveis diante do impacto das mudanças climáticas. Segundo os convidados, a relevância do tema é explicada pelas enchentes, secas e outros eventos climáticos extremos que estão afetando o acesso a recursos naturais essenciais. A proposta, então, envolve potencializar as atividades de adaptação climática já praticadas pela AIEA na segurança hídrica e alimentar com o uso de técnicas nucleares. Também, foi enfatizada a importância de parcerias para esforços e financiamento direcionados ao enfrentamento das mudanças climáticas no longo prazo. O projeto está previsto para começar em janeiro de 2024, com duração de quatro anos, e requer contribuições financeiras de novos parceiros para cumprir seus objetivos globais. (AIEA – 05.12.2023) 
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Ecom Nuclear: Comunicação na energia nuclear precisa ser repensada para ampliar sua adoção no Brasil

No 6º Encontro de Comunicação do Setor Nuclear (Encom Nuclear), especialistas identificaram a comunicação ineficaz como um dos principais obstáculos para a ampliação da energia nuclear no Brasil. A importância da transparência, educação e acesso à informação, especialmente sobre segurança, foram destacadas e devem estar inscritas nas estratégias para a maior aceitação da fonte. A experiência francesa baseada na transparência e educação contínua sobre segurança nuclear foi citada como exemplar e sua reprodução foi estimulada. Segundo Marco Antônio Torres Alves, gerente de Comunicação Institucional da Eletronuclear, a adaptação da comunicação para alcançar um público mais amplo é essencial para o avanço do setor nuclear, que se faz urgente frente às mudanças climáticas. (Defesa em Foco – 25.11.2023) 
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Seminário Internacional de Energia Nuclear: Energia Nuclear tem vantagens sobre eólica offshore

O vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben) argumentou, durante o painel inaugural do Seminário Internacional de Energia Nuclear, que a conclusão de Angra 3 ou a construção de mais projetos nucleares são alternativas mais seguras e baratas para a oferta de energia do que as eólicas offshore. Segundo ele, a Eletronuclear estimou cerca de R$ 500/MWh para a energia nuclear enquanto o preço apontado para a geração eólica no mar foi R$ 600/MWh. “Angra 3 pode entrar antes e mais em conta e é preciso discutir outras fontes com custo mais elevado do que a nuclear que estão entrando na matriz”, explicando. Em apoio à continuidade das obras da usina, outros especialistas do setor enfatizaram que a existência de Angra 3 teria aliviado o custo da última crise hídrica, que a longevidade das plantas e o fator capacidade elevado são pontos positivos pouco valorizados, e que a corporação está se esforçando para que a energia nuclear tenha preço de mercado, sem que sejam transferidos aos consumidores o custo da ineficiência do governo ao longo dos anos. (CanalEnergia – 21.11.2023) 
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