O PAC 3, parte do Programa de Aceleração do Crescimento, trouxe de volta a discussão sobre a produção de energia nuclear em Angra 3, localizada no Rio de Janeiro, como um dos investimentos previstos pelo governo Lula. Embora o programa não inclua a conclusão do projeto parado desde 2015, ele propõe um estudo para avaliar a viabilidade técnica, econômica e socioambiental da usina, reacendendo assim o debate sobre o uso de energia nuclear no Brasil. Especialistas destacam os riscos ambientais associados a essa modalidade, incluindo contaminação por rejeitos e acidentes. Enquanto isso, na União Europeia, há controvérsias sobre classificar a energia nuclear como "investimento verde". No Brasil, a energia nuclear representa uma pequena parcela da matriz energética, e a inclusão de Angra III no PAC 3 é defendida com argumentos de estabilidade no setor elétrico, especialmente diante de eventos recentes, como apagões. No entanto, o projeto exigirá uma parte significativa do orçamento do PAC 3, estimado em R$ 25 bilhões pelo Tribunal de Contas da União. (Metrópoles – 21.08.2023) 

O Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República do Brasil, Marcos Antonio Amaro dos Santos, realizou uma visita ao Observatório Nuclear em Angra dos Reis, onde foi apresentado ao processo de geração de energia nuclear, desde a extração do urânio até a transmissão de energia. O Observatório também serve como um espaço educativo e transparente para a comunidade, explicando a história da energia nuclear no Brasil e o compromisso da Eletronuclear com a sociedade e o meio ambiente. Além disso, o Ministro visitou o Mirante para acompanhar de perto o progresso na construção de Angra 3, destacando o compromisso do governo com o futuro sustentável e seguro da energia nuclear no país, desde que seja gerenciada com responsabilidade e transparência. (Defesa em Foco – 17.08.2023) 

Diante de um apagão nacional que afetou diversos setores do Brasil, as usinas nucleares, como Angra I e Angra II, emergiram como uma fonte de energia constante e segura. O deputado Júlio Lopes ressaltou a importância dessas usinas, que operavam com 100% de sua capacidade durante a crise, destacando a independência delas em relação às condições climáticas. Ele enfatizou a necessidade de investir na energia nuclear não apenas para eletricidade, mas também em setores como medicina e produção de alimentos, considerando-a uma opção barata e confiável que pode desempenhar um papel fundamental na descarbonização do planeta. Com a perspectiva de mais usinas nucleares e submarinos movidos a energia nuclear, o Brasil é instado a diversificar e fortalecer sua matriz energética, confiando no potencial da indústria nuclear para garantir um futuro energético seguro e sustentável. (Defesa em Foco – 17.08.2023) 

Um contrato para o aterro da antiga mina de sal em Gorleben, na Baixa Saxónia, anteriormente considerada um possível local para a eliminação geológica dos resíduos radioactivos de alto nível da Alemanha, foi adjudicado. Em 28 de setembro de 2020, a organização de gestão de resíduos Bundesgesellschaft für Endlagerung (BGE) publicou uma lista de potenciais locais de armazenamento de resíduos radioativos da Alemanha. No entanto, a cúpula de sal de Gorleben e 78 outras cúpulas de sal foram excluídas do processo de seleção do local através da aplicação dos critérios de pesagem geocientífica. A mina Gorleben foi oficialmente fechada em setembro de 2021. A BGE concedeu agora a um consórcio formado pela Redpath Deilmann GmbH e Thyssen Schachtbau GmbH um contrato para aterrar a mina usando o sal armazenado acima do solo. (WNN - 16.08.2023) 

O processo de descomissionamento da central nuclear de Grafenrheinfeld, na Alemanha, atingiu um marco importante com a conclusão do tratamento, limpeza e esvaziamento do reservatório de armazenamento de elementos combustíveis, seguindo a drenagem e limpeza da piscina do reator no ano passado. Isso marca a transição para uma fase de “livre de água”. O próximo passo envolverá a desmontagem do vaso de pressão do reator de 400 toneladas, previsto para iniciar em novembro e durar cerca de oito meses. A central, que operava um reator de água pressurizada de 1.275 MWe, encerrou suas operações em 2015. Desde o início do desmantelamento, mais de 12.100 componentes foram removidos, cerca de 3.100 toneladas de material foram desmontadas e as partes internas do vaso de pressão do reator já foram retirados. (WNN - 24.08.2023) 

O Ministério da Energia do Cazaquistão atualizou o progresso da construção da primeira central nuclear do país, confirmando que Ulken, no distrito de Zhambyl, região de Almaty, foi escolhido como o local mais adequado para a central, após revisão e aprovação das instruções de um estudo pela Comissão Interdepartamental para o Desenvolvimento Nuclear. A lei local exige divulgação pública para obter o consentimento da população em relação à construção da central nuclear. As audiências públicas são iniciadas pelo governo local, e os fornecedores considerados para o projeto incluem empresas como China National Nuclear Corporation, Energia Hidrelétrica e Nuclear da Coreia, Rosatom e EDF. Embora o Cazaquistão seja o principal produtor mundial de urânio, o país carece de capacidade de geração nuclear. (WNN - 17.08.2023) 

A Comissão Reguladora Nuclear dos Estados Unidos (NRC) está preparando uma nova regra que aplicará requisitos de preparação para emergências com base no desempenho e informados sobre riscos a pequenos reatores modulares (SMRs) e outras tecnologias nucleares avançadas. Essa regra, programada para entrar em vigor 30 dias após sua publicação no Registro Federal ainda este ano, reconhece as diferenças tecnológicas entre SMRs e reatores maiores. Os requisitos incluem a determinação escalável do tamanho de zonas de planejamento de emergência, permitindo que requerentes e licenciados desenvolvam programas de preparação para emergências baseados em desempenho. A regra se aplicará a várias tecnologias nucleares, excluindo reatores de água leve maiores e reatores de pesquisa e teste existentes. O presidente do NRC, Christopher Hanson, descreveu a regra como resultado de anos de esforços colaborativos e destacou o compromisso da NRC com a proteção da saúde pública e segurança. (Petronotícias – 18.08.2023) 

O governador do Texas, Greg Abbott, está buscando transformar o estado em um líder nacional em energia nuclear avançada e emitiu uma diretriz para formar um grupo de trabalho que analisará essa questão. O grupo se concentrará em coordenar com o ERCOT para enfrentar desafios técnicos, considerar incentivos financeiros, identificar mudanças necessárias no mercado, superar obstáculos regulamentares e acelerar o processo de licenciamento para a construção de novos reatores nucleares. O interesse na energia nuclear avançada no Texas é evidenciado pelo projeto de pequeno reator modular (SMR) da X-Energy, que a Dow anunciou em maio como parte de seus planos na região. O SMR Xe-100 da X-energy, refrigerado a gás de alta temperatura, tem a capacidade de atender a diversas aplicações, incluindo aquelas que atualmente dependem de combustíveis fósseis para produzir vapor e calor em setores como manufatura e produção de hidrogênio. (Power Engineering – 22.08.2023) 

A Comissão de Serviços Públicos de Minnesota (PUC, na sigla em inglês) aprovou o pedido da Xcel Energy para expandir o armazenamento de combustível nuclear usado na usina nuclear de Monticello, permitindo que a usina funcione por pelo menos mais dez anos. A aprovação ocorreu como parte da solicitação da Xcel para prolongar a vida útil da usina até 2040, com a empresa buscando a renovação da licença de operação da usina até 2050. A PUC autorizou o aumento do armazenamento de combustível usado na instalação existente da usina para acomodar a extensão da operação. A planta, que começou a operar em 1971, concluiu recentemente um projeto para substituir componentes, licenciar a planta por mais 20 anos e aumentar sua capacidade de geração. A decisão final da Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC), em relação à renovação da licença, é esperada até o final de 2024. (WNN - 25.08.2023) 

A Autorité de Sûreté Nucléaire (ASN), reguladora de segurança nuclear da França, decidiu permitir que o reator de energia Tricastin 1 opere por mais dez anos além dos 40 anos originais, tornando-o o primeiro reator nuclear francês a receber tal autorização. Essa decisão foi baseada em medidas de segurança propostas pela EDF, a operadora, e as regulamentações da ASN, visando garantir a segurança durante esse período prolongado de operação. A EDF opera vários reatores nucleares na França, incluindo os de 900 MWe, e as melhorias de segurança serão implementadas individualmente em cada reator durante suas revisões periódicas de segurança até 2031. A decisão também inclui requisitos adicionais relacionados a riscos sísmicos e ondas de calor na demonstração de segurança. (Petronotícias – 17.08.2023) 

A PGE PAK Energia Jądrowa submeteu um pedido ao Ministério do Clima da Polônia para uma decisão preliminar sobre a construção de uma central nuclear com pelo menos dois reatores APR1400 da Coreia, na região de Patnów-Konin, província de Wielkopolska. A tecnologia detalha a aplicação do projeto, incluindo a capacidade instalada, o período de operação e o uso. Esta decisão preliminar é a primeira aprovação oficial do Estado para o investimento em instalações nucleares na Polônia e permite que a empresa solicite outras medidas administrativas, como licenças de localização e construção. O presidente da PGE afirmou que o processo está avançando conforme planejado, mudando a previsão de início de operação da usina por volta de 2035. (WNN - 17.08.2023) 

A Polskie Elektrownie Jądrowe (PEJ) submeteu um pedido ao chefe da voivodia da Pomerânia para emitir uma decisão de localização da primeira usina nuclear da Polônia, que será construída em Choczewo, na província da Pomerânia. A decisão de localização é fundamental para o projeto, permitindo à PEJ obter os terrenos necessários para a construção da usina e definir as condições técnicas, ambientais e de proteção. Esse passo representa um marco importante nas atividades do PEJ para obter aprovações administrativas durante a construção da primeira central nuclear do país. (WNN - 22.08.2023) 

O Ministério do Clima e Meio Ambiente da Polônia está buscando a participação de municípios específicos no processo de escolha de um local para uma nova profundidade de superfície destinada a resíduos radioativos de vida curta e baixa atividade. Enquanto o repositório nacional existente opera desde 1961, uma nova instalação será dedicada exclusivamente ao armazenamento de resíduos de nível baixo e intermediários, originários de diversas fontes na Polônia, como energia nuclear, indústria, medicina e pesquisa e desenvolvimento. O ministério prioriza locais com cerca de 100 hectares para instalações, sendo necessários critérios específicos como distância das fronteiras, baixa qualidade produtiva do solo, ausência de áreas protegidas e riscos naturais. O município escolhido receberá uma taxa anual do Orçamento do Estado, e o prazo para inscrições vai até 15 de novembro, podendo ser prorrogado. Nesse caso, a seleção final dependerá da aprovação da comunidade local e de estudos geológicos para garantir a conformidade com a Lei Atômica. (WNN - 18.08.2023) 

A cúpula de contenção externa da unidade primeira da usina nuclear Kursk II, na Rússia, foi concluída com cerca de 4.000 metros cúbicos de concreto, resultando em uma estrutura de 65,4 metros de altura, 26,9 metros de diâmetro e paredes com 1 ,5 metros de espessura. A instalação dessa cúpula é considerada a etapa final da construção de uma das barreiras físicas de defesa da usina nuclear em profundidade. A utilização de concreto autoadensável acelerou o tempo de construção e proporcionou uma distribuição uniforme na estrutura de concreto armado. Kursk II é uma nova central nuclear que contará com dois reatores VVER-TOI, sendo a primeira unidade em construção desde 2018. (WNN - 25.08.2023) 

A Comissão Canadense de Segurança Nuclear (CNSC) e a Inspeção Estatal de Regulamentação Nuclear da Ucrânia (SNRIU) assinaram um memorando de entendimento (MoU) para cooperação e troca de informações em questões regulatórias nucleares. O MoU foi assinado durante uma visita do presidente do CNSC, Rumina Velshi, à Ucrânia, e estabelece as bases para futura cooperação no domínio da segurança nuclear e radiológica. As partes discutiram áreas de cooperação, incluindo avaliações de segurança pré-licenciamento de novos projetos de instalações nucleares, atividades regulatórias para o desmantelamento de instalações de urânio, restauração do funcionamento seguro da central nuclear de Zaporizhzhia e melhoria das atividades regulatórias para a gestão de resíduos radioativos. (WNN - 21.08.2023) 

Após décadas de preparação e complexa engenharia, a Sellafield Ltd. atingiu um marco crucial ao remover com sucesso os primeiros resíduos do Silo de Revestimento de Combustível de Pilha (PFCS), uma instalação de alto risco localizada em Sellafield, Reino Unido. O PFCS, projetado nos anos 50 para conter materiais de revestimento irradiados, estava inacessível desde a década de 1970. Nos últimos anos, uma estrutura de concreto e portas cegadas foram construídas ao redor do silo, permitindo o acesso. Com a colaboração da Bechtel Cavendish Nuclear Solutions, a Sellafield Ltd. desenvolveu a tecnologia necessária para remover os resíduos, marcando um progresso significativo na missão de desativar instalações de alto risco e limpar resíduos perigosos. (WNN - 16.06.2023) 

O processo de desmantelamento das unidades da central nuclear de Leningrado, na Rússia, alcançou um marco significativo com a conclusão do descarregamento dos dois reatores RBMK desligados. Os reatores Leningrado 1 e 2 foram encerrados em 2018 e 2020, respectivamente, após 45 anos de operação. Todo o combustível nuclear dos dois reatores, um total de 3.361 conjuntos de combustível, foi descarregado em reservatórios de armazenamento. Parte desses conjuntos será usada nos reatores Leningrado 3 e 4, proporcionando benefícios econômicos, enquanto o restante será transferido para o depósito de combustível usado. Os planos para o descomissionamento final passaram por consultas públicas e agora aguardam aprovações ambientais e licenças para execução. O projeto de reator RBMK, conhecido por suas deficiências. (WNN - 23.08.2023) 

A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) está acompanhando e divulgando dados ao vivo fornecidos pelo Japão sobre o lançamento controlado de água tratada da Central Nuclear de Fukushima Daiichi (FDNPS). O Japão iniciou a descarga de água tratada no mar, transmitindo informações detalhadas sobre o processo para a AIEA. A agência já publicou um relatório abrangente sobre a segurança dessa descarga, concluindo que o plano japonês está em conformidade com os padrões internacionais de segurança e terá um impacto radiológico insignificante nas pessoas e no meio ambiente. A AIEA continuará a monitorar as atividades de descarga, realizar revisões de segurança contínuas no local e garantir que todas as atividades estejam de acordo com os padrões internacionais relevantes. (IAEA – 24.08.2023) 

A Tokyo Electric Power Company (TEPCO) do Japão começou a descarregar água tratada ALPS armazenada na Central Nuclear de Fukushima Daiichi no mar, e especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) estão monitorando o processo. A AIEA está conduzindo uma revisão plurianual de segurança para garantir que o Japão esteja seguindo os padrões internacionais relevantes para a descarga de água. Amostras da água diluída preparada para a descarga foram analisadas e confirmaram que a concentração de trítio está abaixo do limite operacional. A AIEA estará presente durante todo o processo de descarga, e também lançou uma página web para fornecer dados em tempo real sobre a descarga de água do Japão. (IAEA – 24.08.2023) 

A Usina Nuclear de Zaporizhzhya (ZNPP) na Ucrânia começou a utilizar um novo poço subterrâneo para garantir o resfriamento adequado de seus seis reatores após o colapso da barragem de Kakhovka no início do verão. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) está monitorando as atividades no local e informou que o novo poço já está em operação, fornecendo água para resfriamento. A ZNPP planeja construir mais poços no próximo mês para aumentar suas reservas de água. Além disso, a AIEA continua a observar a segurança nuclear na região, relata atividades militares na área e está preocupada com o impacto psicológico no pessoal operacional devido ao conflito contínuo na Ucrânia. (IAEA – 22.08.2023) 

Seis países do Oriente Médio, África e América Latina foram convidados a se juntar ao bloco Brics, composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a partir de 1º de janeiro do próximo ano, dobrando o número de membros. Os países convidados são Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã, selecionados entre 23 pedidos de adesão. O Brics, fundado em 2009, representa atualmente 40% da população mundial, mais de um quarto do PIB global e 18% do comércio. A expansão do bloco é impulsionada por interesses diversos, incluindo o desejo da China de aumentar sua influência política, a busca de novos aliados pela Rússia em meio a sanções ocidentais e o objetivo dos candidatos em capitalizar a influência econômica do bloco como alternativa geopolítica aos EUA. As tensões regionais, como as de Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, foram superadas à medida que a pandemia de COVID-19 incentivou a retomada de relações diplomáticas. (Valor Econômico – 24.08.2023) 

A Tokyo Electric Power Co. (Tepco) iniciou a liberação controlada de água tratada da usina nuclear de Fukushima Daiichi no Oceano Pacífico, planejando continuar esse processo ao longo de 30 anos. A água passará por um processo de diluição e medição da concentração de trítio, um isótopo radioativo do hidrogênio, antes de ser liberada no oceano. A decisão de liberar a água foi tomada devido à quase capacidade total dos tanques de armazenamento e à necessidade de espaço para o desmantelamento da usina. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) considerou que a liberação terá efeitos de radiação "insignificantes", mas enfrenta oposição de comunidades de pescadores e países vizinhos, como a China e as Ilhas Salomão. A indústria pesqueira japonesa já relatou danos à reputação e o governo ofereceu compensação aos afetados. (Valor Econômico – 24.08.2023) 

O mais recente vazamento de água contaminada por energia nuclear da usina de Fukushima Daiichi levantou preocupações internacionais sobre a competência da Tokyo Electric Power Company (TEPCO) e a falta de regulamentação eficaz do governo japonês, segundo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China. O porta-voz, Wang Wenbin, destacou que a legitimidade e a segurança do plano de descarga oceânica do Japão têm sido questionadas pela comunidade internacional, especialmente em relação à capacidade da TEPCO de gerenciar adequadamente a água contaminada e garantir a eficácia a longo prazo das medidas de tratamento. Ele instou o Japão a considerar as preocupações legítimas da comunidade internacional, a adotar uma comunicação transparente com os países vizinhos e a descartar a água contaminada de forma responsável, aceitando uma supervisão internacional rigorosa. (Portuguese People – 18.08.2023) 

A China anunciou a suspensão de todas as importações de frutos do mar do Japão em resposta à decisão do Japão de despejar água tratada da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico. A alfândega chinesa justificou a medida como uma forma de "proteger a saúde dos consumidores chineses", enquanto o Ministério das Relações Exteriores da China condenou a ação japonesa como "egoísta e irresponsável", acusando o Japão de transferir riscos e poluir o meio ambiente global. O Japão planeja liberar gradualmente a água tratada ao longo de 30 anos, e a Agência Internacional de Energia Atômica afirmou que terá efeitos de radiação "insignificantes". A China já havia proibido as importações de frutos do mar de algumas províncias japonesas e submetido outras a testes de radioatividade. (Valor Econômico – 24.08.2023) 

A Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram um exercício militar conjunto de grande escala, chamado Ulchi Freedom Shield, projetado para se preparar contra as crescentes ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte. Este exercício, que durará 11 dias e envolverá cerca de 30 eventos de treinamento, é considerado mais desafiador e realista, visando fortalecer a postura de defesa combinada e as capacidades de resposta da aliança contra várias ameaças à segurança. A realização do exercício ocorre em meio a preocupações com possíveis provocações da Coreia do Norte, incluindo um teste de míssil balístico intercontinental durante o período do exercício. Além das forças terrestres, navais e aéreas, uma unidade espacial dos Estados Unidos na Coreia também participará desses treinamentos. (Valor Econômico – 21.08.2023) 

O governo do Reino Unido anunciou uma garantia de empréstimo de 192 milhões de libras esterlinas para permitir que a Urenco, empresa do Reino Unido, forneça à Energoatom, uma empresa nuclear da Ucrânia, serviços de enriquecimento de urânio. O Reino Unido também assinou um Memorando de Entendimento para apoiar o setor energético moderno e a energia verde. O apoio visa fortalecer a segurança energética da Ucrânia, diminuir a dependência do combustível nuclear russo e isolar a influência russa. A garantia será concedida pelo UK Export Finance (UKEF) e contribuirá para a independência energética da Ucrânia. A Urenco já fornece serviços de enriquecimento para a Energoatom desde 2009. (WNN - 23.08.2023) 

Após o colapso da barragem ucraniana de Kakhovka em junho, que foi realizado na perda de água utilizada para o resfriamento, a central nuclear de Zaporizhzhia (ZNPP) iniciou um bombear água de um novo poço construído e planeja construir mais poços no local para garantir o resfriamento adequado para seus seis reatores. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou que o novo poço já foi comissionado e fornece cerca de 20 metros cúbicos de água por hora, com planos para mais 10-12 poços. O grande lago de resfriamento no local e o canal de descarga da Usina Térmica de Zaporizhzhia também estão intactos, proporcionando reservas de água suficientes para muitos meses. (WNN - 23.08.2023) 

O navio do reator de pesquisa fornecido pela Rússia à Bolívia chegou ao local de construção em El Alto. A Agência Boliviana de Energia Nuclear anunciou que essa etapa marca a transição do projeto da fase de construção para a fase de montagem dos equipamentos. O reator de pesquisa de água pressurizada de 200 kW, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa de Reatores Atômicos da Rússia, está destinado a operar por 50 anos e se concentrará em atividades de pesquisa e desenvolvimento nuclear. O projeto faz parte de um empreendimento russo-boliviano para criar um centro de pesquisa e tecnologia nuclear, incluindo instalações para medicina nuclear, agricultura e outras indústrias. (WNN - 21.08.2023) 

O governo canadense aprovou um financiamento federal de até US$ 74 milhões para o desenvolvimento de pequenos reatores modulares (SMRs) em Saskatchewan, liderado pela SaskPower. Esse financiamento apoiará trabalhos de pré-engenharia, estudos técnicos, regulatórios, avaliações ambientais e envolvimento comunitário e indígena. A SaskPower selecionou o GE Hitachi BWRX-300 para implantação potencial em Saskatchewan, com a construção da primeira SMR prevista para começar em 2030 e entrar em serviço até 2034. O Canadá está investindo em SMRs como parte de seus esforços para aumentar a energia livre de carbono e busca atingir uma rede elétrica líquida zero até 2035. Além disso, o governo de Ontário e a Ontario Power Generation planejam construir quatro SMRs com GE Hitachi BWRX-300 na instalação nuclear de Darlington, produzindo um total de 1.200 MW de eletricidade, com a construção prevista para 2028. (Power Engineering – 21.08.2023) 

O governo canadense aprovou o financiamento de US$ 55 milhões para o desenvolvimento de pequenos reatores modulares (SMRs) em Saskatchewan. A empresa de serviços públicos SaskPower liderou o projeto, que selecionou o reator BWRX-300 da GE-Hitachi para possível implantação em meados da década de 2030. O financiamento apoiará trabalhos de pré-engenharia, estudos técnicos, avaliações ambientais, estudos regulatórios e envolvimento da comunidade e indígena. O projeto visa aproveitar a experiência do Canadá em energia nuclear, utilizando a produção de urânio de Saskatchewan para contribuições ao setor e avanço para uma rede de eletricidade limpa até 2035, contribuindo para as metas climáticas e econômicas. (WNN - 21.08.2023) 

A Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC) emitiu instruções para a criação de uma regra final e um guia regulamentar associado que aplicará requisitos de preparação para emergências com base no desempenho e informado sobre o risco de pequenos reatores modulares (SMRs) e outras novas tecnologias nucleares . A nova regra se baseia no programa existente do NRC para reatores maiores refrigerados a nível de água, adaptando-se às características específicas dos SMRs e outras tecnologias. A estrutura da regra adota uma abordagem tecnológica inclusiva e voltada para as consequências, proporcionando flexibilidade para determinar o tamanho da zona de planejamento de emergência externa. A regra se aplicará a SMRs, reatores de água não leve, reatores de pesquisa, instalações de radioisótopos médicos, entre outras tecnologias. (WNN - 16.08.2023) 

A Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC) concluiu a Declaração Final de Impacto Ambiental (FEIS) sobre o pedido da Kairos Power para uma licença de construção do reator de demonstração de sal fundido Hermes em Oak Ridge, Tennessee. Com base na análise, o pessoal da NRC recomendou a emissão da licença, que será votada após uma audiência. O reator Hermes será uma versão sem energia de 35 MW (térmica) do reator de alta temperatura resfriado com sal de flúor da empresa, destinado a fornecer dados operacionais para apoiar o desenvolvimento de uma versão maior para uso comercial. A usina Hermes 2, composta por dois reatores de 35 MW, também foi apresentada para avaliação pela NRC. (WNN - 18.08.2023) 

A empresa sueca de serviços técnicos nucleares Studsvik e a empresa de desenvolvimento de projetos de pequenos reatores modulares (SMRs) Kärnfull Next assinaram um memorando de entendimento para explorar a possibilidade de construir e operar SMRs na unidade industrial da Studsvik perto de Nyköping, na Suécia. Um estudo de viabilidade está em andamento e indica que a localização de Studsvik tem condições adequadas para hospedar SMRs comerciais. Se o estudo confirmar as previsões financeiras, tecnológicas, ambientais e sociais da produção de energia nuclear no local, as decisões sobre financiamento, licenciamento e acordos de compra de energia serão tomadas em 2024. A Studsvik possui ampla experiência em tecnologia nuclear, e a visão é que o primeiro parque SMR da Suécia poderá estar operacional no início da década de 2030. (WNN - 24.08.2023) 

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) está investigando o desaparecimento de dois tubos contendo amostras de urânio enriquecido, material radioativo utilizado na produção de energia nuclear, na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN) em Resende, Rio de Janeiro. O incidente foi detectado após uma transferência interna entre áreas de armazenamento em julho. A empresa informou a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR) e a Polícia Federal (PF). Cada tubo contém uma pequena quantidade de urânio enriquecido usado na usina nuclear de Angra II. A INB ressaltou que a liberação do conteúdo não causaria danos à saúde, mas a PF iniciará investigações para identificar os responsáveis, enquanto a CNEN acompanha a situação e a INB busca a localização das amostras. (O Dia – 17.08.2023) 

Duke Energy Carolinas e Duke Energy Progress recomendaram estender a vida útil de suas usinas nucleares existentes, bem como construir dois novos pequenos reatores modulares (SMRs) até 2035 em um portfólio de energia, que oferece o caminho mais prudente para a Carolina do Norte e do Sul. Nesse caso, uma usina de carvão aposentada na Carolina do Norte é o destinado do primeiro SMR da empresa. Este novo Plano de Recursos Integrados apresentado à Comissão de Serviço Público da Carolina do Sul (PSCSC) em 15 de agosto e à Comissão de Serviços Públicos da Carolina do Norte (NCUC) estabelece quatro portfólios sob dois caminhos para atingir as metas legais de redução de carbono. Ambas as vias têm o objetivo global de alcançar a neutralidade carbónica até 2050, mas com datas ligeiramente diferentes definidas para a meta intermédia de redução de 70%, com uma via a atingir este objetivo até 2030 e a outra até 2034. (WNN - 17.08.2023) 

A Duke Energy propôs a construção de novos reatores nucleares em sua estação de Belews Creek, Carolina do Norte, como parte de um plano para cumprir os mandatos de redução de emissões de dióxido de carbono estabelecidos pela legislação estadual. A concessionária ofereceu três cenários para alcançar uma redução de 70% nas emissões até 2030, preferindo um cronograma que inclui a adição de 600 MW de capacidade de pequenos reatores modulares (SMRs) até 2035. A Duke planeja escolher a tecnologia SMR entre 2023 e 2025 e solicitar uma licença à Comissão Reguladora Nuclear dos EUA em meados de 2025. A usina de carvão em Belews Creek seria encerrada até 2036, enquanto outras usinas da Duke migrariam para o gás natural e explorariam a cocombustão de hidrogênio para geração de eletricidade. Além disso, a Duke Energy busca extensões de licença para suas 11 unidades nucleares existentes em seis usinas nas Carolinas. (Power Engineering – 16.08.2023) 

A empresa de serviços públicos sul-africana Eskom anunciou que a unidade 1 da sua central nuclear de Koeberg, que encontra-se em uma parada de longa duração para manutenção e substituição do gerador de vapor, deverá agora regressar ao serviço no dia 3 de Novembro. O início de trabalhos semelhantes em Koeberg 2 foi adiado para 7 de novembro para garantir que ambas as unidades não fiquem off-line ao mesmo tempo. Segundo a empresa, as obras na unidade 1 atingiram um marco significativo no dia 28 de julho, quando foram concluídas as obras mecânicas de substituição do gerador de vapor - a parte mais significativa da operação. Isto significa que agora pode concluir atividades de interrupção que não poderiam ser realizadas em paralelo com a substituição dos geradores de vapor. Então, o reator será então recarregado com combustível e colocado novamente em serviço. (WNN - 18.08.2023) 

As empresas do ciclo do combustível nuclear na Namíbia, no Cazaquistão e nos Estados Unidos (EUA) estão a trabalhar em projetos para garantir fornecimentos de energia seguros e sustentáveis ​​às suas operações e às comunidades onde estão localizadas. Na Namíbia, a Orano Mining Namibia anunciou o início da construção de uma central solar de 5 MW que fornecerá parte da energia necessária à Central de Dessalinização de Erongo (EDP). No Cazaquistão, a subsidiária da Kazatomprom, Uranenergo LLP, está implementando um programa de investimento aprovado pelo governo regional e nacional que visa garantir a confiabilidade e a sustentabilidade do fornecimento de energia às minas de urânio e aos assentamentos de Taukent e Kyzymshek no Turquestão, reduzindo o tempo necessário para trabalhos de reparo e restauração, também como redução de perdas técnicas nas redes da empresa. Nos EUA, a Urenco USA (UUSA) também iniciou a construção de um painel solar de 0,5 MW, que compensará seu uso elétrico. (WNN - 21.08.2023) 

A Hydro-Québec está avaliando a possibilidade de reiniciar o reator nuclear Gentilly-2 em Bécancour, Quebec, em resposta à crescente demanda de energia e à necessidade de energia limpa, após ter sido aposentado em 2012. A concessionária considera a retomada do reator como uma medida viável para atender às metas de redução de emissões de dióxido de carbono da província e fornecer energia confiável. O Ministro de Energia de Quebec, Pierre Fitzgibbon, concordou com essa avaliação. O Gentilly-2 possui uma capacidade instalada de 675 MW e opera com reator CANDU (Canadá Deutério Urânio). A decisão final depende de estudos e aprovações regulatórias. (PowerMag – 20.08.2023)

A Holtec International concluiu com sucesso sua primeira campanha de carregamento de combustível usado em uma nova instalação de armazenamento a seco na usina nuclear eslovena de Krško, antes do prazo previsto. Dezesseis barris contendo um total de 592 barras de combustível usado foram colocadas na instalação. O projeto, que foi projetado e construído pela Holtec sob um contrato com a NEK (Nuklearna Elektrarna Krško), foi planejado originalmente para ser concluído até o final do ano, mas foi finalizado antecipadamente. Cada barril HI-STORM FW possui proteção completa contra eventos extremos, garantindo a segurança física e radiológica. A usina nuclear de Krško foi aprovada para operar por mais 20 anos, até 2043. (WNN - 23.08.2023) 

A empresa de tecnologia de microrreatores, NANO Nuclear Energy Inc., iniciou a diligência para estabelecer uma capacidade de produção de combustível nuclear no Laboratório Nacional de Idaho (INL), iniciando a produção já em 2027. A NANO Nuclear Energy está desenvolvendo os microrreatores Zeus e Odin e projetaram uma instalação que integraria suas operações com as instalações do INL, permitindo a produção de combustível para seus próprios reatores e outros clientes. Essa abordagem evitaria o transporte de material nuclear em vias públicas, economizando tempo e custos. A empresa busca suprir uma lacuna de capacidade nacional nos Estados Unidos para a fabricação de combustível nuclear para microrreatores e reatores nucleares avançados. (WNN - 22.08.2023) 

A NexGen Energy finalizou a revisão técnica da Avaliação Ambiental Provincial (EA) e submeteu a Declaração Final de Impacto Ambiental Provincial (EIS) para o projeto Rook I ao Ministério do Meio Ambiente de Saskatchewan, Canadá. O projeto envolve instalações subterrâneas e superficiais para a mineração e processamento de minério de urânio do Depósito Arrow. Após a conclusão da revisão de conformidade, o projeto avançará para a fase de revisão pública da Avaliação Ambiental Provincial. A NexGen considera isso um marco significativo no progresso regulatório do projeto Rook I e destaca a cooperação com as comunidades indígenas locais. O projeto Rook I, que abriga o Depósito Arrow, é o maior projeto de urânio em desenvolvimento no Canadá, com recursos para uma vida útil inicial de 10,7 anos. (WNN - 22.08.2023) 

O desenvolvedor de usinas de reatores avançados Oklo expandiu sua parceria com a Centrus Energy com um memorando de entendimento cobrindo o desenvolvimento das usinas de energia Aurora e o fornecimento de combustível de alto teor de urânio pouco enriquecido (HALEU). O memorando de entendimento diz que as duas empresas pretendem que a Centrus fabrique componentes para as usinas Aurora da Oklo, bem como capacidade de fabricação na fábrica de centrífugas americana em Piketon, Ohio, onde ocorrerá a produção de HALEU. A Centrus também comprará eletricidade das centrais elétricas, enquanto Oklo comprará combustível HALEU da unidade de produção. (WNN - 29.08.2023) 

A Orano USA completou a separação e embalagem do terço superior do vaso do reator da central nuclear Crystal River 3, usando seu método de Segmentação Otimizada como parte do desmantelamento acelerado. O vaso foi dividido em três segmentos, com partes internas divididas por radioatividade e como de maior nível armazenado localmente. O restante foi reorganizado para otimização do transporte e, após preenchimento com argamassa, foi cortado horizontalmente, solidificado e embalado para transporte seguro para disposição final. A usina, que operava desde 1977, foi fechada devido a complicações estruturais e seu desmantelamento acelerado, liderado por Orano EUA, visto ser concluído até 2027, um avanço significativo em relação ao plano original de 2067. (WNN - 24.08.2023) 

A Slovenské elektrárne assinou um acordo de longo prazo com a Westinghouse para o licenciamento e fornecimento de conjuntos de combustível VVER-440, como parte de sua estratégia de diversificação de fornecedores para suas centrais nucleares na Eslováquia. O objetivo é ter pelo menos dois fornecedores alternativos de combustível nuclear. O acordo busca fortalecer a segurança energética do país e garantir a operação estável das centrais nucleares, que geram metade da eletricidade da Eslováquia. A Westinghouse será um fornecedor alternativo de combustível para os reatores VVER-440 da Slovenské elektrárne, seguindo uma tendência de diversificação observada em países da União Europeia que procuram alternativas aos fornecedores de combustível nuclear. (WNN - 25.08.2023) 

A Westinghouse anunciou a criação de um centro de excelência para produção de combustível nuclear de baixo teor de urânio enriquecido Plus (LEU+) em sua Columbia Fuel Fabrication Facility (CFFF) na Carolina do Sul. A iniciativa visa atender à crescente demanda por combustível LEU+ na faixa de enriquecimento de 5-10% devido ao aumento da geração de energia nuclear e à necessidade de reduzir as interrupções nas centrais nucleares. A empresa está expandindo suas operações na CFFF com processos avançados, equipamentos atualizados e seguranças para fabricar de forma sustentável, eficiente e confiável o combustível nuclear LEU+. O programa EnCore Fuel da Westinghouse, incluindo inovações como o revestimento de barras de combustível AXIOM e o combustível ADOPT, visa oferecer maior segurança, economia e confiabilidade nas operações nucleares. (WNN - 29.08.2023) 

Técnicos e operadores nucleares estão atualmente realizando o carregamento de combustível na Unidade 4 da Usina Vogtle, um passo importante à medida que a unidade nuclear se aproxima de entrar em operação. O processo envolve a transferência de 157 conjuntos de combustível para o núcleo do reator, seguido por testes de inicialização para demonstrar a operação dos sistemas de refrigeração e fornecimento de vapor. A Southern Nuclear operará a nova unidade, que se espera entrar em operação comercial no final de 2023 ou início de 2024. As Unidades 3 e 4 da Vogtle representam a primeira construção de usinas nucleares nos EUA em mais de três décadas, apesar de enfrentar desafios, como custos excessivos e atrasos na construção, que causaram disputas entre os parceiros do projeto. (Power Engineering – 17.08.2023) 

Em artigo publicado pela FGV Energia, Leonam dos Santos Guimarães, ex-presidente da Eletronuclear e atual Diretor Técnico da ABDAN, e Luiz Roberto Bezerra, Diretor da FGV Energia, discorrem sobre o papel das usinas nucleares frente a variabilidade das fontes renováveis de geração de energia. Segundo os autores, “o apagão de energia ocorrido no dia 15/08/2023 em diversas regiões do Sul, Sudeste, Norte e Nordeste que, segundo Ministério de Minas e Energia, causou a interrupção de 16 mil MW de carga, reacendeu no cenário do país a discussão sobre a necessidade de traçar estratégias para garantir a segurança eletroenergética frente ao crescente crescimento da parcela das fontes de energia renováveis solar e eólica na matriz energética do Sistema Elétrico Brasileiro (SEB)”. De acordo com o texto, “o Brasil possui o privilégio de possuir a riqueza natural de energias renováveis como também do urânio para contribuir como fonte de energia limpa e eficiente para o suporte à reserva de geração girante, bem como para a trajetória da descarbonização do planeta”. Para acessar o conteúdo na íntegra, clique aqui. (FGV Energia – 25.08.2023) 

Cientistas americanos anunciaram ter alcançado, pela segunda vez, uma reação de fusão nuclear capaz de produzir mais energia do que a consumida no processo, um marco importante na busca por uma fonte de energia limpa e ilimitada. No entanto, os resultados ainda não foram publicados em artigos científicos revisados por pares, levantando a necessidade de confirmação. A fusão nuclear, que une átomos, é vista como uma promissora alternativa à fissão nuclear em usinas nucleares convencionais, uma vez que não produz resíduos radioativos e utiliza átomos de hidrogênio pesado, abundantes na água do mar, como combustível. Embora seja um avanço significativo, a tecnologia de fusão ainda enfrenta desafios para se tornar uma fonte comercialmente viável de energia contínua em larga escala. (Estadão – 19.08.2023) 

A energia nuclear tem sido reconhecida como uma fonte comprovada e segura de energia limpa, mas sua adoção em larga escala é limitada principalmente devido ao alto custo associado à construção de usinas nucleares. Enquanto alguns argumentam que a energia nuclear é a única forma escalonável de fornecer energia barata, confiável e limpa, superando a natureza intermitente das energias renováveis, outros, como a Greenpeace, consideram-na muito cara e lenta em comparação com alternativas como a energia eólica e solar. Embora a energia nuclear seja limpa e emita menos CO2 por quilowatt-hora do que o carvão e o gás natural, seu alto custo inicial e o tempo necessário para construir usinas nucleares têm levantado preocupações sobre sua viabilidade econômica e sua capacidade de ajudar a mitigar as mudanças climáticas de maneira rápida e eficiente. (CNBC – 22.08.2023)