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IFE
26/11/2025

Data Center 10

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Cristina Rosa e Piero Carlo Sclaverano
Pesquisadores: Paulo Giovane
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
26/11/2025

IFE nº 10

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Cristina Rosa e Piero Carlo Sclaverano
Pesquisadores: Paulo Giovane
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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Data Center 10

Oferta de Energia Elétrica

EUA: Produtora de hidrogênio verde suspende projetos e migra para demanda energética de data centers

Uma empresa de hidrogênio verde de Nova York anunciou a suspensão das atividades ligadas a um empréstimo de US$ 1,7 bilhão do Departamento de Energia dos Estados Unidos (EUA) e interrompeu o desenvolvimento de seis instalações industriais para redirecionar sua operação ao mercado de data centers, cujo consumo energético cresce rapidamente com a expansão da inteligência artificial. A decisão indica uma mudança estratégica no setor de energia limpa: projetos de hidrogênio, antes tratados como prioridade em descarbonização, começam a perder tração frente à pressão imediata por fornecimento elétrico estável para centros de dados de alta densidade. A movimentação reflete uma tendência crescente nos EUA, onde empresas e investidores passam a enxergar a infraestrutura digital, e suas necessidades críticas de energia, como um destino mais urgente e lucrativo para capital, mesmo à custa de atrasos na transição industrial para combustíveis de baixo carbono. (CarbonPulse – 13.11.2025)


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Europa: TotalEnergies firma joint venture para atender demanda crescente de energia de data centers

A TotalEnergies formará uma joint venture 50/50 com a tcheca EPH para reforçar sua presença no mercado europeu de eletricidade e ampliar a oferta de energia flexível necessária ao crescimento dos data centers na região. A operação, prevista para ser concluída em 2026, inclui mais de 14 GW em ativos como térmicas a gás, biomassa e sistemas de baterias, combinando geração renovável intermitente com fontes despacháveis. A EPH receberá € 5,1 bilhões em ações, cerca de 4,1% da TotalEnergies, tornando-se um de seus principais acionistas. A parceria busca integrar gás e energia, fortalecer a comercialização no continente e desenvolver soluções híbridas para clientes corporativos, especialmente provedores de infraestrutura digital. Na COP30, a TotalEnergies também anunciou US$ 100 milhões para um fundo de descarbonização, alinhando a estratégia às metas climáticas e ao avanço da demanda elétrica impulsionada por IA e data centers. (MegaWhat Energy – 19.11.2025)

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EUA: Vertiv e Caterpillar unem forças para energia inteligente em data centers

A Vertiv e a Caterpillar anunciaram uma parceria estratégica, que inclui a Solar Turbines, para desenvolver soluções integradas de geração, distribuição e refrigeração voltadas ao rápido crescimento dos data centers de Inteligência Artificial (IA). A iniciativa prevê arquiteturas pré-fabricadas e validadas que aceleram projetos, reduzem custos de engenharia e aumentam a resiliência operacional. Enquanto a Vertiv fornecerá módulos padronizados de energia e cooling, a Caterpillar disponibilizará turbinas a gás e motores para sistemas CCHP, capazes de gerar eletricidade e calor de forma eficiente. A proposta busca aliviar a pressão sobre redes elétricas e oferecer maior eficiência energética, reduzindo PUE por meio da otimização ponta a ponta, da geração ao resfriamento. A solução promete suportar a expansão de cargas de IA com infraestrutura escalável, confiável e de implementação mais rápida. (Data Center Dynamics – 24.11.2025)


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Brasil: Axia intensifica aposta em data centers como novo motor de demanda elétrica

A Axia Energia, sucessora da Eletrobras após três anos de reestruturação, entra em fase de expansão mirando novos vetores de demanda, especialmente projetos de data centers. Segundo o CEO Ivan Monteiro, a empresa segue reduzindo custos e passivos, mas agora combina essa agenda com crescimento estratégico em segmentos emergentes como hidrogênio verde e eletrificação industrial. No setor de data centers, a Axia presta assessoria técnica, firmou memorandos de entendimento e já iniciou processos governamentais para projetos em Campinas (SP) e Canindé do São Francisco (SE). A companhia é cada vez mais procurada para orientar localização, acesso à rede e requisitos de infraestrutura, fortalecendo sua atuação além do fornecimento de energia. Monteiro destaca ainda o desenvolvimento de “funding intelectual” para preparar a Axia para a transformação elétrica em curso, marcada por renováveis, geração distribuída e abertura total do mercado livre. (Valor Econômico – 19.11.2025)

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Tendências de Mercado

Global: Google prevê dobrar capacidade de IA a cada 6 meses e acelera expansão de data centers

O Google avalia que precisará dobrar sua capacidade de atendimento de Inteligência Artificial (IA) (“serving capacity”) a cada seis meses para acompanhar a demanda crescente, segundo o vice presidente de Google Cloud, Amin Vahdat. Em apresentação interna, ele projetou um salto de 1.000 vezes em computação, armazenamento e redes em quatro a cinco anos, exigindo avanços massivos sem elevar custos ou consumo de energia. A disputa por infraestrutura, diz Vahdat, tornou-se o ponto mais crítico e caro da corrida da IA. A empresa já revisou seu custo de capital anual para até US$ 93 bilhões, sendo 60% destinados a servidores e 40% a data centers e redes, e anunciou novos investimentos: US$ 40 bilhões em Texas, US$ 2 bilhões na Turquia e mais de US$ 6 bilhões na Alemanha. A nova linha de TPUs Ironwood, capaz de escalar até 9.216 chips por superpod, sustenta essa expansão. Sundar Pichai reconheceu temores sobre uma “bolha de IA”, mas afirmou que o maior risco seria subinvestir em capacidade computacional. (Data Center Dynamics – 24.11.2025)


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EUA: Nvidia dispara com demanda recorde de GPUs para data centers de IA

A Nvidia registrou receita de US$ 57 bilhões no trimestre, alta de 62% em relação ao ano anterior, impulsionada por encomendas maciças de GPUs para data centers de IA, que sozinhas somaram US$ 51 bilhões, crescimento de 66%. Jensen Huang afirmou que as linhas Blackwell estão “fora de série” e que as GPUs para nuvem estão esgotadas. A CFO Colette Kress revelou visibilidade de US$ 0,5 trilhão em receita das arquiteturas Blackwell e Rubin até 2026, sem incluir novos acordos como os firmados com Anthropic e projetos na Arábia Saudita. A receita de redes avançou 162%, chegando a US$ 8,2 bilhões, com hyperscalers como Meta, Microsoft, Oracle e xAI construindo “fábricas de IA” de gigawatts usando os switches Spectrum-X. Apesar de temores de bolha e críticas sobre investimentos em clientes, a empresa sustenta que expande o ecossistema CUDA. A Nvidia continua impedida de vender hardware de ponta à China e não contabiliza receita futura desse mercado. (Data Center Dynamics – 20.11.2025)



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Brasil: IA pressiona qualidade dos dados e exige novos padrões para data centers e redes IoT

A transformação digital impulsionada pela inteligência artificial está elevando a pressão sobre a qualidade e a preparação dos dados gerados por redes Internet das Coisas (IoT), especialmente em ambientes industriais, segundo análise da KPMG apresentada no evento IoT, MVNOs e Redes Privativas. Para 52% dos CEOs, a falta de organização dos dados dificulta a adoção de modelos avançados. Frank Meylan destaca que arquitetura, latência e segurança se tornam críticas, pois decisões em tempo real exigem processamento próximo à origem dos dados, ampliando a demanda por edge computing e impactando diretamente o dimensionamento de data centers e seu consumo energético. As redes operacionais, menos maduras em segurança, tornam-se novos pontos de vulnerabilidade conforme passam a se integrar às redes de tecnologia da informação. (Telesintese – 19.11.2025)


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Europa: Investimentos em IA, data centers e defesa definirão próxima década

A Europa vive um momento decisivo no seu ecossistema tecnológico, segundo o relatório State of European Tech 2025, da Atomico, que aponta a Inteligência Artificial (IA), tecnologia climática, capacidade de computação e defesa como pilares essenciais para a competitividade futura. Embora o continente concentre talento crescente, com aumento anual de 22% desde 2016, falta alinhamento entre ambição, capital e políticas. A IA já domina o financiamento, com 31% do capital de 2025, impulsionada por megainvestimentos em empresas como Mistral AI e a startup de data centers Nscale, refletindo a corrida europeia por infraestrutura computacional capaz de rivalizar com Estados Unidos e China. O setor de defesa também acelera, atraindo financiamento recorde, liderado pela alemã Helsing. O relatório alerta que a Europa ainda investe pouco em capacidade de computação e I&D digital, permanecendo presa a setores tradicionais. (EuroNews – 19.11.2025)


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Global: Falha na Cloudflare derruba serviços globais e expõe fragilidade da infraestrutura digital

Uma falha na rede da Cloudflare provocou instabilidade temporária em grandes plataformas como X, ChatGPT e Letterboxd, após usuários relatarem erros internos de servidor associados ao sistema de roteamento da empresa. O problema começou perto do meio-dia no horário do Reino Unido e se espalhou de forma intermitente pela infraestrutura da provedora, levando a múltiplos serviços a ficarem inacessíveis. Até o agregador Down Detector sofreu impacto antes de registrar um pico de reclamações, indicando uma falha em nível de rede, não em sites isolados. Como a Cloudflare fornece serviços de segurança, roteamento e performance amplamente utilizados, uma única anomalia pode gerar interrupções em cadeia. A empresa afirmou ter restaurado seus sistemas e prometeu divulgar detalhes técnicos e medidas preventivas para evitar novas quedas, ressaltando a crescente dependência global de infraestruturas críticas de conectividade que sustentam data centers e serviços de inteligência artificial. (DigWatch – 19.11.2025)


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Global: Google alerta para riscos do boom da IA e pressões energéticas dos data centers

Sundar Pichai, CEO da Alphabet, afirmou que nenhuma empresa está imune a um eventual estouro da bolha de Inteligência Artificial (IA), apesar do crescimento “extraordinário” do setor e da valorização recorde das gigantes tecnológicas. Ele reconheceu sinais de “irracionalidade” no mercado e comparou o momento ao excesso de investimentos da era pontocom. Pichai destacou ainda o avanço da Alphabet no Reino Unido, incluindo investimentos de £5 bilhões e a decisão de treinar modelos no país. Contudo, alertou para o aumento “imenso” da demanda energética gerada pelos data centers de IA, que já representam 1,5% do consumo elétrico global, pressionando metas climáticas e exigindo expansão urgente da infraestrutura energética. (BBC– 18.11.2025)


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Europa: UE acelera expansão de data centers, mas esbarra em limites energético

A União Europeia (UE) busca recuperar liderança global em infraestrutura digital após ver sua fatia na capacidade mundial de data centers cair de 25% em 2015 para 15% em 2024. Com o Plano de Ação “AI Continent”, lançado em 2025, a UE pretende triplicar sua capacidade em até sete anos para reforçar competitividade, soberania digital e autonomia estratégica. Contudo, o crescimento enfrenta sérios entraves energéticos: data centers exigem cargas elétricas altas e rápidas, enquanto as redes europeias avançam lentamente e já mostram saturação em hubs como Frankfurt, Londres, Amsterdã, Paris e Dublin, onde novos projetos chegaram a ser suspensos. Embora Espanha e Finlândia despontem como novos pólos, o aumento do tamanho médio dos projetos pode elevar a demanda de pico para até 10% em alguns países. Custos de congestionamento, longas filas por conexão e gargalos de equipamentos complicam previsões e atrasam construções. (IEA – 16.11.2025)


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Global: IEA aponta que investimentos em data centers superam petróleo e gás

O novo World Energy Outlook da IEA revela uma inflexão histórica: em 2025, os investimentos globais em data centers devem alcançar US$ 580 bilhões, ultrapassando os US$ 540 bilhões previstos para o suprimento de petróleo. A explosão da demanda por processamento, impulsionada por IA generativa, serviços digitais e nuvem, acelera o consumo elétrico, com expectativa de triplicar até 2035. Apesar do salto, os data centers responderão por cerca de 10% do crescimento total da demanda de energia, em meio à eletrificação de veículos, climatização e eletrodomésticos. Mais de 85% da nova capacidade será concentrada em Estados Unidos, China e UE, enquanto países como o Brasil tentam atrair investimentos via o programa Redata. No petróleo e gás, o relatório alerta para queda de descobertas, declínio acelerado de campos e déficits de refino na década de 2040, indicando risco de insuficiência de investimentos mesmo com demanda ainda crescente. (Agência Eixos – 14.11.2025)


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Expansão e Investimentos

Brasil: Unicamp inaugura supercomputador de IA financiado pela Shell para pesquisa em energia

A Unicamp inaugurou o Abaporu, seu maior cluster de Inteligência Artificial (IA), instalado no data center do Instituto de Computação e financiado pela Shell Brasil dentro do programa CEPETRO. O sistema, equipado com 28 GPUs Nvidia H200 e L40 e investimento inicial de US$ 1 milhão, será usado principalmente em projetos que integram IA e engenharia de petróleo, incluindo decisões operacionais no pré-sal. O cluster também estará disponível para outras pesquisas do laboratório Recod.ai. Considerado um dos ambientes acadêmicos mais avançados do país, o Abaporu marca a nova fase da parceria Unicamp–Shell, voltada ao desenvolvimento de modelos generativos capazes de simular e gerenciar reservatórios de petróleo por meio de comandos em linguagem natural, reduzindo a complexidade de sistemas técnicos e ampliando a capacidade de processamento científico dentro do campus. (Data Center Dynamics – 24.11.2025)


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Brasil: Axia usa mineração de bitcoin para testar infraestrutura e preparar entrada em serviços para data centers e IA

A Axia Energia lançou operações de computação de alto desempenho no Rio de Janeiro e na Bahia usando ASICs de mineração de bitcoin como plataforma de teste para futuros serviços destinados a data centers e aplicações de Inteligência Artificial (IA). A estratégia permite estudar, com menor custo de capital, demandas críticas como consumo energético, resfriamento, conectividade e gestão de cargas pesadas, já que 1 MW em chips de IA pode custar US$ 50 milhões, enquanto a mesma potência em ASICs custa cerca de US$ 1 milhão. O projeto baiano integra uma micro-rede com eólica, solar, baterias e mais de 170 máquinas, simulando o comportamento de um data center em ambiente complexo. Segundo o vice presidente Juliano Dantas, a operação prepara a empresa para oferecer soluções completas de energia e computação, além de ajudar a estabilizar o grid ao absorver excedentes renováveis, uma funcionalidade alinhada às necessidades dos futuros mega-data centers de IA no país. (Petronotícias – 20.11.2025)


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Brasil: Investimentos em data centers podem chegar a R$ 100 bi até 2029

O Brasil se prepara para um forte crescimento no setor de data centers, com projeções de investimentos que podem somar de R$ 60 bilhões a R$ 100 bilhões até 2029, impulsionado pela crescente necessidade de infraestrutura digital e pela atração de gigantes globais. Os projetos previstos para o período somam cerca de 2 gigawatts (GW) de capacidade, contra os atuais 800 megawatts (MW) existentes no país, sendo que o primeiro grande data center de 200 MW foi anunciado pela Tecto (V.Tal). Apesar de o setor enfrentar um dilema ambiental devido ao seu consumo intensivo de energia (já respondendo por 2% do consumo global), o Brasil é visto como um forte candidato para esses investimentos devido à sua matriz energética limpa, o que poderia ajudar a equilibrar o excesso de geração solar e eólica diurna. (Valor Econômico - 18.11.2025)


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Alemanha: Google lança maior investimento para ampliar data centers e cloud de IA na Europa

A Google anunciou um investimento de €5,5 bilhões até 2029 para expandir sua infraestrutura de cloud e Inteligência Artificial (IA) na Alemanha, no maior programa da empresa no país. O plano inclui a construção de um novo data center em Dietzenbach, a ampliação do campus de Hanau e a expansão de escritórios em Berlim, Frankfurt e Munique, criando um polo tecnológico para até 2 mil trabalhadores. O pacote deve adicionar cerca de €1 bilhão anuais ao Produto InB alemão e sustentar 9 mil empregos por ano. As regiões de cloud reforçarão a soberania digital, oferecendo serviços de IA mais rápidos e seguros a empresas como Mercedes-Benz. A infraestrutura seguirá padrões de “cloud soberana”, alinhada às exigências europeias de governança de dados. O projeto também integra ações de descarbonização, incluindo energia livre de carbono até 2030 e o primeiro sistema alemão de recuperação de calor de data centers, capaz de aquecer mais de 2 mil residências. (EuroNews – 12.11.2025)


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Políticas Públicas e Regulatórias

Brasil: Brasscom pressiona por aprovação urgente do ReData para destravar investimentos em data centers

O presidente da Brasscom, Affonso Nina, afirmou que a aprovação do Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (ReData) ainda em 2025 é essencial para garantir previsibilidade aos investimentos em data centers, já que a Medida Provisório (MP) tem vigência curta e expira entre fevereiro e março. Ele destacou que o programa funciona como política industrial digital, combinando incentivos fiscais com exigências ambientais, como a vedação a tecnologias de resfriamento por evaporação, e estímulos à interiorização dos data centers fora do eixo Sul-Sudeste. O regime também exige que empresas invistam 2% do valor dos equipamentos adquiridos em pesquisa e desenvolvimento nacional. No Congresso, o “plano A” é incorporar o ReData ao Projeto de Lei 2.338/23, que regula a IA, mas o risco de atrasos leva a Brasscom a defender um “plano B”: votar a MP de forma independente. Nina disse haver amplo apoio entre parlamentares e que o Executivo já prepara um decreto de regulamentação para ser publicado imediatamente após a sanção, garantindo que o programa entre em operação sem lacunas. (Telesintese – 24.11.2025)

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Brasil: Anatel alerta para riscos sistêmicos e defende regionalização e proteção de data centers

O superintendente Vinícius Caram afirmou que telecomunicações precisam ser tratadas como serviço essencial também em políticas de calamidade, lembrando as falhas enfrentadas no Rio Grande do Sul e a dependência das redes durante a pandemia. Ele destacou que a operação digital, especialmente de data centers, só é resiliente se água, energia e conectividade forem priorizadas como infraestrutura crítica. Caram citou riscos como rompimentos de cabos submarinos, que podem paralisar serviços bancários e de saúde, e defendeu maior soberania digital. Ao mencionar o PL 5003/25, chamou atenção para a necessidade de regulamentar o uso de recursos hídricos pelos data centers, cada vez mais pressionados por eventos climáticos extremos. Caram também alertou que 62% do tráfego brasileiro ainda é processado no exterior e defendeu uma política nacional que pulverize e regionalize data centers, reduzindo vulnerabilidades. (Telesintese – 24.11.2025)


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Brasil: Elea defende reconhecimento de data centers como infraestrutura crítica após colapso no RS

O presidente da Elea, Alessandro Lombardi, afirmou em debate na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que o Brasil precisa classificar oficialmente os data centers como infraestrutura crítica, equiparando-os a setores como água e energia. Ele relatou o caso do data center de Porto Alegre, adquirido da Oi e modernizado, que foi o único a operar durante as enchentes de 2024, mantendo serviços essenciais para operadoras, órgãos públicos e hospitais. Mesmo assim, a proteção civil não tratou a instalação como prioridade, deixando-a dias sem energia, água e acesso adequado. Lombardi alertou que a ausência de um marco regulatório cria vulnerabilidade sistêmica e pediu avanço na certificação prevista pela Resolução 780/2025 e na criação de regras de segurança, continuidade e resposta a desastres. Ele também destacou que 62% dos dados dos brasileiros permanecem no exterior, reflexo do alto custo para instalar centros de grande porte, defendendo o Redata como avanço, mas insuficiente sem estabilidade regulatória para atrair hyperscalers. (Telesintese – 24.11.2025)


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Brasil: Redata impõe padrões ambientais e incentivos fiscais a data centers, mas debate pede mais transparência

O regime Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata) estrutura-se em dois eixos: benefícios tributários, com suspensão e posterior alíquota zero de PIS, Cofins, IPI e II para equipamentos destinados ao ativo imobilizado, e exigências ambientais rigorosas para habilitação de data centers. A Medida Provisória determina que toda energia consumida venha de fontes renováveis e fixa WUE máximo de 0,05 L/kWh, alinhando o país a padrões internacionais diante do alto consumo global previsto para IA: até 6,6 bilhões de m³ de água e 1.000 TWh de energia. O texto, porém, carece de mecanismos robustos de controle público. Especialistas defendem que empresas divulguem anualmente dados de consumo e sustentabilidade em plataforma pública, à semelhança da Diretiva Europeia 2023/1791 e do regulamento 2024/1639, que exigem transparência ampla de data centers. (Valor Econômico – 21.11.2025)


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Rússia: Kremlin lança ofensiva por IA doméstica com expansão de data centers e energia nuclear

A Rússia intensificou seus esforços para desenvolver modelos generativos de Inteligência Artificial (IA) a próprios, após ordem de Vladimir Putin para criar uma força-tarefa nacional dedicada ao tema. No fórum AI Journey, o presidente argumentou que depender de modelos estrangeiros compromete a soberania tecnológica e a segurança estratégica, já que LLMs moldam fluxos globais de informação. O plano prioriza a expansão da infraestrutura de data centers e o reforço do fornecimento energético, incluindo usinas nucleares de pequeno porte, para sustentar cargas computacionais de grande escala. Embora o país ainda fique atrás de Estados Unidos e China, empresas como Sberbank e Yandex avançam com sistemas como Gigachat e GPT russo. Putin prevê que a IA gere mais de 11 trilhões de rublos na economia até 2030 e pede adoção acelerada em órgãos públicos, defendendo restrições para garantir que sistemas críticos usem apenas IA nacional. (DigWatch – 20.11.2025)


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EUA: Congresso trava disputa sobre quem pode regular a IA e futuro das regras estaduais

Republicanos da Câmara renovaram a tentativa de impedir que estados criem suas próprias regras de Inteligência Artificial (IA), alinhando-se ao presidente Donald Trump, que defende um padrão federal único para evitar o que chama de “remendos regulatórios” e “IA woke”. A estratégia agora é inserir o dispositivo no National Defence Authorisation Act, lei anual de defesa e de aprovação obrigatória. A medida imporia uma moratória às legislações estaduais, encerrando o papel central que os estados hoje têm em temas como segurança infantil, direitos autorais, transparência algorítmica e impactos trabalhistas. A proposta, porém, enfrenta resistência ampla, inclusive dentro do Partido Republicano, por receio de que reduza proteções e favoreça grandes empresas de tecnologia. Senadores e governadores críticos afirmam que retirar a autoridade dos estados enfraqueceria respostas locais a abusos e usos predatórios da IA. (DigWatch – 19.11.2025)


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Brasil: MP que ampliava incentivos para data centers em ZPEs perde validade sem votação no Congresso

A Medida Provisória (MP) 1.307/2025, que buscava incluir data centers, serviços digitais e operações de Inteligência Artificial (IA) no regime especial das Zonas de Processamento de Exportação, perdeu a vigência após não ser votada até 17 de novembro. A MP alterava regras para permitir que prestadores de serviços ao exterior usufruíssem dos benefícios fiscais e exigia que toda energia consumida fosse proveniente de novas usinas renováveis, salvo exceções já autorizadas pelo CZPE. O texto recebeu 157 emendas, refletindo disputas sobre exigências ambientais, regras tributárias e critérios de uso de energia limpa. Com a caducidade, seus efeitos cessam e dependem de decreto legislativo para eventual preservação. Em Brasília, discute-se incorporar parte da MP ao Marco Regulatório de IA (PL 2.338/2023) e ao projeto que converterá a MP do Regime Especial de Tributação de Serviços de Data Center (Redata), está ainda válida até 2026, mantendo viva a agenda de incentivos fiscais para a instalação de grandes data centers no país. (Telesintese – 18.11.2025)


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África: Banco Mundial propõe nova estratégia para inclusão digital e adoção de serviços conectados

Na cúpula digital realizada em Cotonou, líderes africanos e o Banco Mundial defenderam uma mudança de foco: embora a cobertura de redes móveis tenha avançado na África Ocidental e Central, quase dois terços da população seguem offline. O desafio central deixou de ser infraestrutura e passou a ser inclusão, já que a conectividade permanece cara, com internet móvel acima do limite global de preço aceitável e banda larga fixa pesando fortemente no orçamento familiar. A baixa alfabetização digital, o alto custo de dispositivos e desigualdades de gênero limitam a adoção, enquanto empresas lutam para capacitar trabalhadores para ferramentas digitais e soluções de inteligência artificial emergentes. O Banco Mundial recomenda priorizar bens públicos digitais, identidade digital, pagamentos eletrônicos e plataformas interoperáveis, capazes de criar valor direto e estimular o uso. (DigWatch – 18.11.2025)



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Europa: Cúpula reforça soberania digital e mira regras simplificadas, cloud própria e avanço da IA de fronteira

A Cúpula de Soberania Digital Europeia, realizada em Berlim com mais de 900 representantes dos 27 Estados-membros, apresentou um pacote de medidas franco-alemão para fortalecer infraestrutura digital, reduzir dependências externas e ampliar a competitividade europeia em setores estratégicos como cloud, Inteligência Artificial (IA), cibersegurança e dados sensíveis. França e Alemanha propõem simplificação regulatória, incluindo o adiamento de 12 meses das obrigações de alto risco da Lei de IA e ajustes direcionados no GDPR, além de investigar hyperscalers e definir padrões máximos de proteção de dados. As iniciativas incluem a criação do consórcio Digital Commons-EDIC, expansão da infraestrutura pública digital (como o EUDI Wallet), adoção de ferramentas open source e uma taskforce para métricas de soberania digital, com foco em cloud e IA. Os países também querem impulsionar a IA de fronteira e coordenar investimentos privados, que já somam €12 bilhões anunciados por empresas europeias. (Bundesregierung– 18.11.2025)


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Brasil: Casa dos Ventos recebe aval para cinco data centers na ZPE do Pecém em meio a incerteza fiscal

A Casa dos Ventos recebeu autorização da Receita Federal para iniciar a operação de cinco data centers na Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) do Pecém, no Ceará, no mesmo dia em que expirou a MP 1.307, que previa incentivos fiscais para projetos instalados nessas zonas. Também foram liberadas quatro unidades da Exportdata. Entre os empreendimentos potencialmente beneficiados está o mega–data center negociado com a ByteDance, com capacidade inicial de 200 MW e possibilidade de atingir 300 MW, início previsto para 2027 e investimentos estimados em R$ 108 bilhões até 2035, concentrados em equipamentos de alta tecnologia. Em decisões anteriores, o CZPE já havia aprovado os projetos, condição necessária para acesso à MP. A Exportdata planeja investir R$ 349 bilhões em infraestrutura, incluindo geração eólica e solar acoplada às operações, reforçando o Pecém como novo polo nacional de infraestrutura energética e digital voltada para cargas computacionais de alta densidade. (MegaWhat Energy – 17.11.2025)


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Brasil: CGI.br apoia regulação de IA e defende atenção a impactos de data centers e governança policêntrica

O CGI.br publicou nota apoiando o PL 2.338/2023 como base para a regulação da Inteligência Artificial (IA) no país, destacando que o texto alinha a classificação de riscos ao padrão internacional e prioriza a proteção das pessoas sem frear o desenvolvimento socioeconômico. O comitê ressalta que o debate deve permanecer aberto para ajustes após o relatório final e valoriza o caráter multissetorial das audiências que moldaram a proposta. A nota também vincula a regulação às políticas do Executivo, como o PBIA, e apoia uma arquitetura policêntrica com a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) coordenando o Sistema Nacional de Regulação e Governança de IA. O CGI.br chama atenção para impactos ambientais e climáticos da infraestrutura necessária, incluindo construção e operação de data centers, e alerta para a necessidade de evitar assimetrias regulatórias que penalizem pequenas empresas, desenvolvedores e instituições de pesquisa. (Telesintese – 17.11.2025)


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Brasil: Goiás negocia ZPE em Anápolis para atrair data centers de IA com energia limpa e incentivos fiscais

O governo de Goiás negocia a criação de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no porto seco de Anápolis para atrair data centers voltados à inteligência artificial. Segundo o secretário-geral Adriano da Rocha Lima, o estado já aprovou uma lei específica para Inteligência Artificial (IA) que dá segurança jurídica aos investidores e agora busca complementar o arcabouço com benefícios tributários da ZPE. Goiás destaca-se pela ampla oferta de energia limpa e estável, fator crítico para operações de alta densidade computacional. Além da infraestrutura e da política fiscal, o governo estruturou o Núcleo de Excelência em Inteligência Artificial (NEIA) e conta com o Centro de Excelência em IA (CEIA) da UFG para fomentar pesquisa, formação e boas práticas, incluindo ética e transparência no uso da tecnologia pelo setor público. As negociações avançam com foco em posicionar o estado como destino competitivo para grandes operadores de nuvem e clusters de IA. (Convergência Digital– 17.11.2025)


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Singapura: País lança sandbox global para testar sistemas de IA com padrões unificados

Singapura inaugurou um sandbox global de garantia de Inteligência Artificial (IA), liderado pela IMDA e pela AI Verify Foundation, permitindo que empresas testem sistemas em cenários reais desde julho de 2025. A iniciativa, apresentada pela ministra Josephine Teo durante a PDPC Week, busca acelerar avaliações transfronteiriças ao alinhar 11 princípios de governança a frameworks internacionais como o NIST AI RMF, a norma ISO/IEC 42001 e o código do Processo de Hiroshima. Em vez de navegar por regras fragmentadas, participantes utilizam benchmarks comuns e acesso a avaliadores especializados, reduzindo barreiras regulatórias e fortalecendo mercados de auditoria e conformidade em IA. O modelo se inspira em sandboxes anteriores de PETs que ajudaram empresas como a Mastercard a harmonizar controles globais. Com dezenas de países desenvolvendo sandboxes próprios, Singapura pretende que o programa influencie padrões internacionais e apoie políticas futuras de governança e segurança da IA. (DigWatch – 16.11.2025)


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União Europeia: Comissão prepara ajustes na Lei de IA diante de pressão por segurança jurídica e menos burocracia

A Comissão Europeia prepara “alterações específicas” à Lei da Inteligência Artificial, a serem apresentadas em 19 de novembro, para oferecer mais segurança jurídica às empresas enquanto as normas técnicas ainda não estão prontas. A comissária Henna Virkkunen reconheceu que a próxima fase da lei, prevista para agosto de 2026, enfrenta atrasos regulatórios, levando Bruxelas a avaliar como apoiar a indústria sem comprometer os princípios fundamentais da legislação. As mudanças devem integrar o pacote digital “omnibus”, que também simplifica regras de dados e cibersegurança. Rascunhos indicam possível carência de um ano antes da aplicação de multas, o que empurra sanções para 2027, medida que ocorre sob intensa pressão de gigantes europeias e críticas dos Estados Unidos, que alegam excesso de rigidez para inovação em inteligência artificial. Organismos de direitos humanos alertam, porém, que ajustes não podem diluir salvaguardas essenciais nem ceder ao lobby tecnológico. (EuroNews – 12.11.2025)


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Inovação e Tecnologia

China: Huawei lança data center modular pré-fabricado para acelerar implantações e reduzir impacto ambiental

A Huawei apresentou o FusionDC1000, um data center modular pré-fabricado que integra infraestrutura civil e eletromecânica em módulos padronizados, tecnologia da informação, energia, baterias e refrigeração, permitindo implantação até 50% mais rápida que a construção tradicional. Com abordagem “estilo LEGO”, a solução melhora o uso de espaço em 15%, reduz 90% da pegada de carbono da obra e atinge 95% de montagem industrializada. O sistema utiliza PowerPODs inteligentes para distribuição eficiente de energia e adota design digital BIM, gêmeos digitais e gestão em nuvem para operação otimizada. Projetado para resistir a incêndios, intempéries e sismos, o FusionDC1000 atende desde fábricas de inteligência artificial e nuvem a centros de colocation e estruturas governamentais, posicionando-se como alternativa sustentável e de rápida escalabilidade diante da alta demanda global por data centers. (Data Center Dynamics – 24.11.2025)


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EUA: Mercado global de UPS para data centers cresce com avanço da nuvem, IA e expansão de infraestrutura digital

O mercado global de sistemas de energia ininterrupta (UPS) para data centers, avaliado em US$ 14 bilhões em 2023, deve atingir US$ 20,1 bilhões até 2030, impulsionado pela crescente dependência de operações digitais contínuas e pela expansão acelerada da computação em nuvem, edge e cargas de Inteligência Artificial (IA). A demanda por energia estável coloca UPS como componente crítico para evitar interrupções em ambientes de alta disponibilidade, com destaque para baterias de íon-lítio, que oferecem maior densidade, vida útil prolongada e integração eficiente em layouts densos. Já as baterias de chumbo-ácido seguem relevantes pela compatibilidade com arquiteturas tradicionais. O crescimento é alimentado por data centers hyperscale, alta densidade computacional, transformação digital e expansão global de edge sites. Provedores de nuvem e operadores de telecom lideram as compras, enquanto a Ásia-Pacífico desponta como região de maior crescimento. Grandes players incluem Schneider Electric, Eaton, Vertiv, ABB e Huawei. (PRNewsWire– 24.11.2025)

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EUA: Foxconn se alia à OpenAI para projetar servidores e suprir boom de data centers de IA

A taiwanesa Foxconn planeja investir de US$ 1 bilhão a US$ 5 bilhões para ampliar sua capacidade nos Estados Unidos e atender à crescente demanda por infraestrutura de Inteligência Artificial (IA) de gigantes como Nvidia e OpenAI. A empresa anunciou uma parceria estratégica com a OpenAI para co-desenvolver racks de servidores, repensando arquitetura, energia e resfriamento de data centers de alta densidade. A expansão inclui produção local de cabeamento, sistemas elétricos e equipamentos críticos, com expectativa de montar até 2.000 racks por semana em 2026. O acordo reforça a aposta da Foxconn em hardware de IA para reduzir a dependência da Apple e apoiar megaprojetos de data centers, como o plano de US$ 500 bilhões da Oracle–OpenAI–SoftBank. A colaboração reflete a busca por soluções mais resilientes diante de falhas recorrentes em tecnologia artificial, energia e cooling que marcam os primeiros meses de operação desses centros de computação avançada. (BloomBergLínea – 21.11.2025)


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EUA: Evolução da IA corporativa exige data lakes robustos, storage escalável e inferência em larga escala

A metáfora “dados são o novo petróleo” não se sustenta: enquanto o petróleo é finito e fungível, os dados corporativos são únicos e renováveis, e hoje formam a base para personalizar modelos de Inteligência Artificial (IA) nas empresas. A maioria das organizações já testa ou inicia aplicações com IA generativa, mas muitas provas de conceito fracassam na transição para produção devido ao alto custo da infraestrutura, falta de alinhamento estratégico e escassez de talentos. O data lake corporativo, baseado em storage de objetos, torna-se essencial para ingestão, normalização e fine-tuning de LLMs. Para dados dinâmicos, o uso de RAG e bancos vetoriais reduz alucinações. Em 2025, cresce a adoção de inferência em larga escala com pipelines desagregados entre prefill e decode, apoiados por KV caches que chegam a petabytes em NVMe e storage de rede. (Data Center Dynamics – 20.11.2025)


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África: Meta conclui núcleo do 2Africa, maior cabo submarino do mundo, ampliando conectividade global

A Meta anunciou a conclusão da infraestrutura central do 2Africa, hoje o maior sistema de cabos submarinos do mundo, com 45 mil km e capacidade de 180 Tbps. O projeto, desenvolvido por um consórcio com China Mobile, Vodafone, Orange, Telecom Egypt e outros, conectará 33 países por meio de 46 pontos de aterragem, ligando o Reino Unido à África Ocidental, Sul e Oriental, além de rotas para o Mediterrâneo, Golfo e Ásia. Lançado em 2020, o 2Africa avança em fases, mas enfrenta atrasos em trechos do Mar Vermelho devido a riscos de segurança na costa do Iêmen, que também afetam o cabo Blue-Raman da Google. A extensão 2Africa Pearls, com novos acessos no Oriente Médio e na Índia, deve entrar em operação em 2026. Paralelamente, a Meta prepara o Project Waterworth, cabo de 50 mil km que conectará cinco continentes, ampliando ainda mais a espinha dorsal global de dados que sustenta nuvens, data centers e serviços de inteligência artificial. (Data Center Dynamics – 19.11.2025)


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Brasil: Data centers migram ao resfriamento líquido

A rápida expansão da Inteligência Artificial (IA) está redefinindo o design dos data centers, que passam de modelos tradicionais a ar para instalações de alta densidade com resfriamento líquido, marcando um “ponto de virada”, segundo o índice da Turner & Townsend. O setor enfrenta forte ceticismo: 83% dos especialistas não acreditam que a cadeia de suprimentos esteja pronta para fornecer a tecnologia necessária. Esses centros têm um “prêmio de IA”, elevando custos em 7% a 10% devido ao aumento da demanda energética e aos sistemas de resfriamento mais complexos. No Brasil, principal hub da América Latina, o maior desafio não é a falta de energia, mas a infraestrutura para conectar cargas de alta tensão. Equipamentos críticos, como geradores, transformadores e sistemas de resfriamento líquido, têm longos prazos de entrega e dependem de importação, exigindo planejamento antecipado e desenvolvimento do mercado interno. Apesar de custos competitivos, o país precisa fortalecer compras, logística e resiliência energética para sustentar sua liderança. (Veja– 19.11.2025)


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Brasil: Plataformas fortalecem IA e infraestrutura distribuída para escalar streaming e FAST

As plataformas de vídeo estão acelerando o uso de Inteligência Artificial (IA), canais FAST, agregação de serviços e otimização de infraestrutura – incluindo distribuição em cloud, CDNs e playout de alta precisão – para reduzir custos e melhorar a experiência do usuário. No Streaming Academy, Claro TV+, Sky, Encompass e Google detalharam motores próprios de recomendação, publicidade dinâmica inserida na cena, regionalização de conteúdo e mecanismos de segurança. A Encompass opera processamento distribuído em três continentes, com mais de 1 milhão de horas armazenadas e 1.800 canais, exigindo playout preciso para monetização em FAST. Claro TV+ mostrou ganhos com seu motor Smart Content, enquanto Sky+ combina IA e curadoria humana para recomendações equilibradas. O Google apresentou inserção dinâmica avançada e o formato SDAI para eventos ao vivo. Latência baixa, usabilidade, segurança e combate à pirataria surgem como eixos centrais, apoiados por infraestrutura distribuída. (Telesintese – 14.11.2025)


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